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F.A.Q
Anatomia Humana M1
Equipe de Monitoria
2018
F.A.Q
Anatomia humana M1
Ao leitor,
Este é o arquivo do F.A.Q. de Anatomia Humana M1 a respeito do conteúdo programático de
anatomia 2018.1. F.A.Q. é uma sigla em inglês para Perguntas Mais Frequentes. Assim, este documento
contém as perguntas mais comuns na hora de se descrever a anatomia deste período. Pode-se dizer que é um
meio termo entre a Apostila Teórica de Anatomia Humana M1 e o Check-list Anatomia Humana M1 em
termos de quantidade de matéria. Portanto, aproveitem e estudem bastante, pois anatomia é uma matéria que
é substancial na sua vida acadêmica, além de ser pré-requisito em matérias subsequentes.
Victor Sá de Oliveira
Equipe de monitoria,
A Equipe de Monitoria de anatomia 2018 é vínculada e certificada pelo Instituto de
Ciências Biomédicas UFRJ (ICB), sendo composta por alunos de graduação qualificados por meio de um
processo seletivo. Cada monitor contribuiu na elaboração dos materiais e, naturalmente, responsabilizou-se
por determinada parte do conteúdo programático, revisando-a. Portanto, são os monitores de anatomia:
Agradecimentos,
Agradecemos ao Coordenador do Programa de Graduação em Anatomia, Prof. Rogério
Panizzutti (MD PhD), ao Coordenador do Programa de Monitoria Prof. Paulo Louzada (MD PhD), e aos
Professores Titulares de Anatomia Prof. Mário Ary Pires Neto (MD PhD) e Prof. Ricardo de Ary Pires (MD
PhD). Além disso, agradecemos a todos outros colegas que contribuíram de alguma forma com esse material.
OSSOS
Cavidade orbitária: O teto da órbita é formado pela parte orbital do frontal e pela asa menor
do esfenoide. A parte medial é formada principalmente pela lâmina frontal do etmoide, com
contribuição da maxila, do lacrimal e do esfenoide. A parte lateral é formada pelo processo
frontal do zigomático e pela asa maior do esfenoide. O assoalho da órbita é formado pela
maxila e também pelo zigomático e pelo palatino.
Cavidade nasal: O teto possui a parte nasal do frontal, o etmoide e o esfenoide. O assoalho
possui os processos palatinos das maxilas e lâminas horizontais dos palatinos. A parede
lateral é formada pela lâmina perpendicular do osso platino, pela face nasal da maxila e
pelas conchas nasais (a superior e a média são parte do osso etmoide e a inferior é um osso
sozinha). Já o limite posterior são os cóanos, as aberturas para a nasofaringe.
Cavidade oral: A cavidade oral propriamente dita é delimitada superiormente pelos palatos
duro (processos palatinos das maxilas e lâminas horizontais dos palatinos) e mole. Já
inferiormente, o limite é o assoalho da boca, feito principalmente pelo músculo milo-hioide.
Lateralmente, nota-se que o limite é feito pelos dentes e por seus respectivos processos
alveolares (da maxila ou da mandíbula). Anteriormente, a delimitação é feita pelo vestíbulo,
espaço entre os dentes e os lábios. Por fim, o limite posterior é o istmo das fauces, que se
comunica com a orofaringe
2. Descreva as vértebras
As partes genéricas das vértebras são: corpo vertebral (anterior), arco vertebral constituído
por pedículos e lâminas (posterior), forame vertebral originado pelo arco vertebral e pela
parte posterior do corpo vertebral, incisuras vertebrais (superior e inferior), processo
espinhoso (projetado a partir do arco vertebral), dois processos transversos, quatro
processos articulares (dois superiores e dois inferiores).
Por outro lado, as principais características das vértebras lombares são: corpo mais
volumoso, processo espinhoso horizontal e quadrangular com ângulo maior com o corpo,
forame vertebral triangular e menor, processo transverso com processos acessórios,
processos mamilares na face posterior dos processos articulares superiores
Por fim, o sacro sustenta a coluna vertebral e forma a parte posterior da pelve óssea. Possui
cinco cristas transversas que representam a fusão dos processos das vertebras sacrais,
além de diversos acidentes ósseos. O cóccix é um pequeno osso triangular originado de 4
vértebras rudimentares fusionadas.
Atlas (C1): não apresenta corpo vertebral. Apresenta um par de massas laterais. Duas
faces articulares para os côndilos occipitais e duas faces articulares para o áxis (C2).
Apresenta a fóvea para o dente do áxis, onde ele deverá se articular para atuar como eixo
de movimentos rotacionais. Apresenta arcos anterior e posterior, que possui o sulco da
artéria vertebral, e cada um dos arcos tem um tubérculo. Sustenta o peso do crânio.
Áxis (C2): possui as estruturas típicas, como corpo e forame transversário. O diferencial é a
presença do dente do áxis, que se articular com o atlas para formar um eixo de rotação
(movimento do não).
C7: Além das outras características das vértebras cervicais, seu processo espinhoso é bem
proeminente, sendo visível topograficamente. Além disso, por ser uma vértebra de transição,
o processo espinhoso pode não ser mais bífido.
O gradil costal é formado pela coluna torácica, pelas costelas com suas cartilagens condrais
e pelo esterno. O esterno é o osso que fecha anteriormente o gradil, recebendo as
cartilagens das costelas. Ele é a união de três processos ósseos: o manúbrio (mais
superior), o esterno propriamente dito e o apêndice xifoide. Nas duas divisas, nota-se a
presença de sínfises: manúbrio-esternal (ângulo de Louis) e xifoesternal. Ele ainda possui
algumas incisuras. A primeira, mais superior e ímpar é a incisura jugular. Nos dois lados
dela, aparecem as incisuras claviculares, no local da articulação esterno-clavicular. Por fim,
aparecem 6-7 incisuras costais de cada lado, nos locais de articulação com as costelas
1ª costela: é a mais larga, curta e curva das 7 verdadeiras; apresenta uma face
articular na cabeça para a T1; 2 sulcos na superfície superior, separados pelo
tubérculo do músculo escaleno anterior – sulco da artéria subclávia e sulcos da veia
subclávia.
2ª costela: sua cabeça tem 2 faces articulares para T1 e T2; apresenta a tuberosidade
do músculo serrátil anterior.
10ª – 12ª: Articulam-se com apenas uma vértebra.
11ª e 12ª: não tem colo nem tubérculo.
Falsas (8 – 10): suas cartilagens unem-se as cartilagens costais das costelas acima;
Flutuantes (11 e 12): cartilagens rudimentares, sem conexão com o esterno; terminam na
musculatura abdominal.
A escápula possui três margens (superior, medial e lateral) e três ângulos (superior, inferior e
lateral). Seus acidentes são: espinha da escápula, fossa supraespinal e fossa infraespinal,
na região posterior, fossa subescapular, processo coracoide e acrômio (articula-se com a
clavícula), na região anterior, incisura da escápula na parte superior, cavidade glenoide
(articula-se com o úmero) e tubérculos supra e infraglenoidal na região lateral. Os acidentes
na lateral da escápula estão separados do resto do osso pelo colo da escápula.
O antebraço é constituído pelo rádio e pela ulna. Na epífise proximal do rádio estão: cabeça
do rádio (articula-se com o capítulo), colo do rádio, tuberosidade do rádio. A diáfise possui 3
margens (anterior, posterior e interóssea) e 3 faces (anterior, posterior e lateral). Na epífise
distal do rádio estão: processo estiloide do rádio (lateral), incisura ulnar do rádio, tubérculo
dorsal, sulco dos tendões dos músculos extensor longo do polegar, extensor dos dedos,
extensor do indicador e extensores radiais longo e curto do carpo. Já na ulna, em sua epífise
proximal, nota-se: olécrano (forma o cotovelo), incisura troclear (articula-se com a tróclea),
incisura radial da ulna, processo coronoide e tuberosidade da ulna. A diáfise da ulna também
apresenta 3 margens e 3 faces. A epífise distal da ulna é composta pela cabeça da ulna e
processo estiloide (medial).
A mão se divide em: carpo metacarpo e falange. O carpo é mais proximal e se articula com o
rádio. Possui oito ossos, dispostos em duas fileiras. A fileira proximal, de lateral para medial,
é composta por escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme. Já a fileira distal possui, também
de lateral para medial, trapézio, trapezoide, capitato e hamato (esse possui uma
proeminência, chamada hâmulo). Já os ossos metacarpais comunicam o carpo com os
dedos. Eles são numerados no sentido latero-medial em I, II, III, IV e V. Cada um possui uma
base, um corpo e uma cabeça. Os ossos dos dedos são as falanges. Cada mão tem 14
delas, todas com base, corpo e cabeça. Cada dedo possui três falanges (distal, média e
proximal), com exceção do polegar, que apresenta apenas 2 (proximal e distal), sendo que
as falanges distais apresentam uma tuberosidade na extremidade, formando a polpa digital
A cintura pélvica é formada pelos dois ossos do quadril (ou ilíaco ou coxal) e o sacro, que já
foi descrito. Os ossos do quadril unem-se anteriormente na sínfise púbica. Cada um se
articula posteriormente com a porção superior do sacro, na face auricular, e, lateralmente no
acetábulo, com o fêmur. O osso ilíaco é resultado da fusão de três ossos, que são: ílio
(porção superior), ísquio (porção postero-inferior) e púbis (antero-inferior).
O ilío é dividido em asa (superior, 80% do osso) e corpo (inferior). Ele possui como principais
acidentes a crista ilíaca (superior) com a tuberosidade ilíaca em sua porção póstero-medial,
as espinhas ilíacas antero-superior, ântero-inferior, póstero-inferior e póstero-superior e as
linhas glúteas (anterior, posterior e inferior), reflexo da fixação dos músculos glúteos.
O ísquio possui um corpo (superior) e um ramo (inferior). Ele possui as incisuras isquiáticas
maior e menor, separadas pela espinha isquiática, e o túber isquiático, local de apoio do
corpo quando estamos sentados.
O púbis é seccionado em ramos superior e inferior. Ele apresenta a face sinfisial, onde se
articula com o osso coxal contralateral. Além disso, esse osso possui, medialmente, a linha
pectínea (do púbis), que termina no tubérculo púbico. Também se nota, lateralmente, a crista
obturatória, que termina no sulco obturatório.
Cada osso forma uma porção do acetábulo, uma cavidade lateral em que se articula a
cabeça do fêmur. Ela tem uma margem, chamada de limbo, que circunda a face semilunar
do acetábulo. Onde ela é incompleta, é a incisura do acetábulo. Por fim, a fossa do
acetábulo é a cavidade central.
Na região da coxa, encontra-se o fêmur, o mais longo e pesado osso do corpo. Articula-se
proximamente com o acetábulo do osso ilíaco e distalmente com a patela e a tíbia. A epífise
proximal contém: cabeça e colo do fêmur, fóvea da cabeça do fêmur, trocânteres maior e
menor, linha intertrocantérica (anterior), crista intertrocantérica (posterior) e tuberosidade
glútea (posterior). A face posterior da diáfise contém a linha áspera, com os lábios medial e
lateral (originada na tuberosidade glútea) e as linhas supra-epicondilar lateral e medial. A
epífise distal possui os côndilos lateral e medial com os seus epicôndilos lateral e medial,
tubérculo do adutor (medial), fossa intercondilar, na face posterior, e face patelar, na região
anterior.
A perna possui os ossos tíbia e fíbula. A tíbia é o segundo maior osso do corpo, e se articula
com a parte distal do fêmur. Na sua epífise proximal estão: côndilo medial, côndilo lateral
(com a face fibular), face articular superior (em cima dos côndilos, dividida em facetas medial
e lateral), eminência intercondilar (com seus tubérculos intercondilares medial e lateral),
tubérculo de Gerdy (ântero-lateral), tuberosidade da tíbia (anterior) e a linha oblíqua, entre
os dois últimos. A diáfise possui 3 margens e 3 faces, além da linha para o músculo sóleo
(posterior). Na epífise distal estão: incisura fibular, face articular inferior, maléolo medial e
face articular do maléolo medial. Já a fíbula não se articula com o fêmur, possuindo duas
articulações com a tíbia e outra com o pé. Na sua epífise proximal, encontram-se: cabeça da
fíbula e face articular para a tíbia. A diáfise também possui 3 margens e 3 faces. Na epífise
distal, localizam-se: maléolo lateral, face articular do maléolo lateral, fossa do maléolo
lateral.
Os ossos do pé são divididos em três porções: o tarso (mais proximal), metatarso e falanges
(mais distais). No carpo, temos 7 ossos. O talus é o único osso do pé que se articula com os
ossos da perna. Sua face superior é segurada pelos 2 maléolos e contém a tróclea, região
que se articula com os ossos da perna. Apresenta o processo posterior, que contém o sulco
para o tendão do músculo flexor longo do hálux, ladeado por dois tubérculos, medial e
lateral. Já o calcâneo articula-se com o talus superiormente, em dois contatos articulares,
originando uma proeminência medial, o sustentáculo do talus. Anteriormente, articula-se com
o cuboide, osso mais lateral do tarso, com uma tuberosidade. Já o navicular, um osso medial
em forma de barco articula-se com o talus posteriormente e anteriormente com os 3
cuneiformes. Esses ossos são os mais mediais e são nomeados como medial, intermediário
e lateral. Eles articulam-se com o navicular posteriormente e anteriormente com a base de
seu metatarsal correspondente. Já o metatarso possui 5 ossos metatarsais, numerados de
medial para lateral, cada um com base, corpo e cabeça. O quinto metatarsal possui uma
tuberosidade lateral. Por fim, as falanges formam os dedos do pé. De forma similar a mão,
os dedos têm 3 falanges, exceto o hálux, que possui duas.
Ambos são considerados ossos longos e fornecem a maior parte da estrutura óssea de seus
respectivos membros. Outra semelhança é que cada um deles se articula com uma cintura:
escapular no caso do úmero e pélvica no caso do fêmur, cada um com uma cavidade,
glenoide e acetábulo, respectivamente. Para tal, ambos possuem uma cabeça arredondada
que se encaixa nessa cavidade. Além disso, eles se articulam inferiormente com dois ossos
menores cada um: ulna e rádio no caso do úmero e tíbia e patela no caso do fêmur.
As junturas podem ser divididas de acordo com o elemento que interpõe as peças que se
articulam. Há três tipos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais.
Sutura, onde as extremidades dos ossos possuem um sulco que os mantêm firmes e
unidos, como na abóbada craniana;
Sindesmose, que une os ossos com uma lâmina de tecido fibroso, como no caso da
sindesmose tibiofibular;
Gonfose, que é análogo ao encaixe de um pino em um receptáculo, como na raiz do
dente encaixando no processo alveolar da maxila ou da mandíbula.
A ATM é uma articulação sinovial com uma combinação de gínglimo e articulação plana. É
formada pela parte anterior da fossa mandibular do osso temporal, o tubérculo articular e o
côndilo da mandíbula. As partes mais importantes dessa articulação são:
Cápsula Articular - É um fino envoltório frouxo que está inserido anteriormente no tubérculo
articular, posteriormente na fissura escamo timpânica, acima na fossa mandibular e abaixo
no colo da mandíbula.
Disco Articular - é uma lâmina ovulada e fina situada entro o côndilo da mandíbula e a
fossa mandibular. Divide a articulação em parte superior e inferior, cada qual guarnecida
com uma membrana sinovial. Sua face superior é côncavo convexa para se ajustar ao
tubérculo, sendo responsável pela função de movimentos planos. Já fossa da mandíbula e
sua face inferior é côncava para se ajustar ao côndilo da mandíbula, sendo responsável
pelos movimentos de dobradiça.
Ligamento longitudinal posterior: é mais estreito e mais fraco que o anterior. Corre ao
longo da borda anterior do canal vertebral fixando-se então aos discos intervertebrais
e à parte posterior dos corpos vertebrais. Ajuda a evitar a hiperflexao da coluna e a
protusão posterior do núcleo pulposo.
São articulações sinoviais do tipo plano que ocorrem entre o processo articular inferior da
vertebra superior e o processo articular superior da vértebra inferior. Há capsula articular
frouxa e delgada revestida internamente por membrana sinovial. Apresenta alguns
ligamentos que ajudam na fixação das articulações:
Os ligamentos amarelos são aqueles que ligam laminas ipsilaterais de duas vertebras
adjacentes. Ajudam a preservar a curvatura normal da coluna. Formam a parede
posterior do canal vertebral, juntamente com as laminas.
Além disso, existem algumas articulações peculiares nas primeiras vértebras cervicais:
Articulações atlantoaxiais:
São sinoviais, entre C1 e C2. Existem duas articulações laterais (processos articulares) e
uma mediana (dente do axis). Durante o movimento de rotação, o crânio e o atlas giram
como uma unidade sobre o axis. O movimento excessivo é impedido pelos ligamentos
alares, que ligam as bordas laterais do forame magno ao dente do axis, um de cada lado.
Articulações atlantooccipitais:
São aquelas entre as faces articulares superiores de C1 e os côndilos do occipital. São
sinoviais do tipo condiloide, e permitem o movimento de afirmação. Além disso, o crânio e
C1 também estão ligados por membranas atlantoccipitais anterior e posterior, as quais se
estendem dos arcos anterior e posterior de C1 até as bordas anterior e posterior do forame
magno.
Obs.: Articulação Esternoclavicular: É uma articulação do tipo selar (encaixe recíproco). Ela
é dividida em dois compartimentos por um disco articular. Esse disco é firmemente fixado
aos ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior, assim como ao ligamento
interclavicular, conferindo com isso bastante força a articulação.
Disco Articular - Tem forma triangular e está colocado transversalmente sob a cabeça
da ulna, unindo firmemente as extremidades da ulna e do rádio.
É uma articulação do tipo esferoide, composta pela cabeça do fêmur que se encaixa na
cavidade do acetábulo. É formada por uma cápsula articular forte e espessa que envolve
toda a articulação coxo-femoral (muita resistência). Os ligamentos que reforçam a
articulação são: iliofemoral, pubofemoral e ísquiofemural, que saem de suas respectivas
partes do osso do quadril e se fixam nos trocânteres e na linha intertrocantéricada. Também
se destacam os ligamentos da cabeça do fêmur (prende-se na fóvea da cabeça do fêmur),
margem acetabular (possui fibras cartilagíneas) e transverso do acetábulo (fecha a incisura
do acetábulo). É uma articulação muito estável e que dificilmente sofre fraturas.
O joelho é uma articulação sinovial do tipo gínglimo, porém, há divergências, uma vez que
ela permite um certo grau de rotação. Ela é composta por 3 articulações: as articulações
lateral e medial do fêmur com a tíbia e a femoropatelar (esta última é sinovial plana).
Possui uma cápsula articular fibrosa que se fixa superiormente no fêmur e inferiormente na
face articular da tíbia. Uma extensa membrana sinovial reveste a face interna da cápsula
fibrosa fixando-se na periferia da patela e nas margens dos meniscos.
O ligamento da patela, parte distal do tendão do quadríceps femoral que passa pelo
ápice e margens adjacentes da patela para a tuberosidade da tíbia fundindo-se com
os retináculos medial e lateral da patela.
Existem também 4 ligamentos intra-articulares, os cruzados, que formam uma cruz dentro da
cápsula articular unindo o fêmur e a tíbia, e os meniscos, que são placas semilunares
fibrocartilaginosas.
Obs1.: Os três ligamentos acima podem ser agrupados no “ligamento colateral lateral”.
Obs2.: Distalmente às articulações estudadas acima, encontramos ainda as articulações
intertarsicas, tarsometatarsicas, intermetatarsicas, metatarsofalangeanas e articulação dos
dedos.
MÚSCULOS
Na região superior da cabeça, temos o músculo epicrânio, que se divide nos ventres
occipital, responsável pela contração do couro cabeludo e ventral, responsável pelo
enrugamento transversal da testa, resultando em expressão de preocupação ou raiva.
Temos também os músculos auriculares, responsáveis pela movimentação das orelhas, os
quais estão ausentes na maioria das pessoas. Ao redor dos olhos, temos o músculo orbital
do olho, que se divide em parte palpebral, parte lacrimal e parte orbital e é responsável pelo
fechamento das pálpebras, pela compressão do saco lacrimal e pelo movimento dos
supercílios. Próximo a esse músculo, temos o corrugador do supercílio e prócero, que
enrugam a pele da fronte e dos supercílios. Na região do nariz, temos o músculo nasal, que
se divide na parte alar (aumenta a asa do nariz) e parte transversa (atua junto com o
prócero), além do abaixador do septo do nariz.
Próximo a boca, temos vários músculos que atuam na sua movimentação e de estruturas
adjacentes. São eles: músculo orbicular da boca, músculo levantador do lábio superior e da
asa do nariz, músculo levantador do ângulo da boca, músculo abaixador do lábio inferior,
músculo abaixador do ângulo da boca, músculo mentual, músculo zigomático maior,
músculo zigomático menor, músculo risório e músculo bucinador. O sorriso é resultado da
contração dos músculos levantadores e risório, mas principalmente, da ação do bucinador,
também responsável pelo movimento de sopro. No pescoço, temos ainda o músculo
platisma, responsável por esticar a pele, como numa expressão de desespero.
O platisma é o músculo mais superficial, sua inserção se dá na pele, e ele é responsável por
esticar a pele dessa região, causando a expressão facial de “desespero”. Embora esteja no
pescoço, ele é mais comumente agrupado nos músculos da mímica facial, já que participa
dessa função.
A primeira camada de musculatura da nuca é composta pelo músculo trapézio, que eleva,
aduz e roda lateralmente a escápula. Mais profundamente, na segunda camada, temos o
esplênio da cabeça e do pescoço, que fazem, por exemplo, a extensão da cabeça, e o
levantador da escápula, responsável por elevar a escápula e rodar ipsilateralmente a
cabeça. Na terceira, encontram-se os músculos longuíssimos da cabeça e do pescoço
(responsáveis por inclinação ipsilateral da coluna) e os semiespinais da cabeça (extensçao e
inclinação ipsilateral da cabeça) e do pescoço (extensão e rotação contralateral do pescoço).
Já na quarta camada, estão os músculos suboccipitais (reto posteriores menor e maior da
cabeça, oblíquo superior e oblíquo inferior), que são responsáveis pela inclinação, rotação e
extensão da cabeça
Os músculos mais superficiais do dorso são o trapézio e latíssimo do dorso, que faz a
adução e extensão do braço. Os músculos da segunda camada são: os romboides,
responsáveis por fixar a parte superior do esqueleto apendicular ao axial, e os serráteis
posteriores superior (eleva as primeiras costelas) e inferior (abaixa as últimas costelas). Já
na terceira camada, temos o complexo do músculo eretor da espinha, que possui 3
músculos: espinal (mais medial), longuíssimo (intermédio) e iliocostal (lateral), que trabalham
juntos para estender a coluna.
Por fim, na camada mais profunda, estão os músculos rotadores (vão do processo
transverso de uma vértebra para o processo espinhoso da vértebra superior),
intertransversários e interespinais, que vão de um processo ao outro correspondente,
multífidos, que saem do ilíaco e se fixam nos processos mamilares (lombares), transversos
(torácicas) e articulares (cervicais), e os levantadores da costela, que saem do processo
transverso da vértebra e se fixam na primeira (curto) ou segunda (longo) costela inferior à
vértebra.
A parede abdominal é composta pelo músculo reto abdominal, principal responsável pela
flexão do tronco, o músculo piramidal e os músculos largos do abdômen, que são: músculo
oblíquo externo, músculo oblíquo interno e músculo transverso.
Os músculos supraespinal, infraespinal e redondo menor tem sua fixação no tubérculo maior
do úmero, enquanto o músculo subescapular origina-se no tubérculo menor. O supraespinal
origina-se distalmente na fossa supraespinal da escápula e auxilia o músculo deltoide na
abdução. Já o infraespinal tem essa origem na fossa infraespinal da escápula e é o principal
rotador lateral do úmero. O redondo menor, por sua vez, prende-se na margem lateral da
escápula e atua na rotação lateral e na adução do braço. Por fim, o músculo subescapular
se origina na fossa subescapular da escápula e atua na rotação medial e auxilia na adução.
Mais superior e lateralmente, temos o músculo deltoide, responsável por aguentar o peso do
braço. Ele balança o MS na marcha e tem três partes, anterior, média e posterior. Conforme
a atuação separada das partes, ele pode fletir, estender, abduzir e rodar lateral e
medialmente o membro. Na parte anterior, temos o músculo peitoral maior, responsável
pelos movimentos de adução e rotação medial do braço. Graças também à atuação
separada de suas duas partes (clavicular e esternocostal), ele pode fletir e estender o braço.
Já o músculo peitoral menor estabiliza a escápula em sua posição, enquanto o redondo
maior auxilia na adução do MS. Por fim, temos os músculos do manguito rotador, que já
foram descritos acima.
No antebraço, temos a loja anterior dividida em quatro camadas. Temos na primeira camada
o pronador redondo e os músculos responsáveis pela flexão da mão e/ou dos dedos, de
lateral para medial: músculo flexor radial do carpo, músculo palmar longo e músculo flexor
ulnar do carpo. Na segunda camada, temos o músculo superficial flexor dos dedos, que se
insere nas falanges proximais. Já na terceira, temos o músculo flexor profundo dos dedos,
que se insere nas falanges médias ou distais, e o músculo flexor longo do polegar. Na última
camada, temos o pronador quadrado, que não se insere no úmero. Esses músculos da loja
anterior têm sua origem no epicôndilo medial, através do tendão comum dos flexores.
Na região hipotenar, de medial para lateral, estão: músculo abdutor do dedo mínimo e
músculo flexor curto do dedo mínimo. Mais lateralmente, está o músculo oponente do dedo
mínimo. No eixo transverso está o palmar curto, que estende a pele da palma da mão.
Na região palmar média, da palma para o dorso localizam-se os 4 músculos lumbricais, que
fletem as articulações metacarpofalángicas e estendem as articulações interfalángicas. Há
também os 3 músculos interósseos dorsais (abdução) e os 4 interósseos palmares (adução).
Na loja medial, encontra-se mais medialmente o músculo grácil, que auxilia na flexão da
perna e na adução da coxa. Temos também os músculos adutores longo (superficial e
inferior), curto (superficial e superior), magno (profundo e inferior) e mínimo (uma parte do
adutor magno, profunda e superior), que fazem adução da coxa. São auxiliados pelo
pectíneo, que também ajuda na flexão da coxa.
Na loja posterior, temos três músculos que fazem extensão da coxa e flexão da perna. O
primeiro é o músculo bíceps femoral, que possui uma cabeça longa (originada na
tuberosidade isquiática) e uma cabeça curta (originada no lábio lateral da linha áspera). Mais
medialmente, temos o músculo semitendíneo, seguido do semimembranáceo. Os músculos
semitendíneo, grácil e sartório possuem uma inserção distal comum, chamada aponeurose
pata-de-ganso, na região medial do côndilo medial da tíbia.
Na loja anterior da perna, temos o músculo tibial anterior. Ele é o mais medial dessa loja, e
atua na flexão dorsal do pé. Já o músculo extensor longo do hálux e o músculo extensor
longo dos dedos, os quais são responsáveis, respectivamente, pelo movimento de extensão
do hálux e dos dedos, estão mais lateralizados. Por fim, temos o músculo fibular terceiro, um
pequeno músculo fixado na fíbula distal que auxilia na eversão do pé. Na loja lateral, temos
o músculo fibular longo e, por baixo dele, o fibular curto, que são os principais eversores e
auxiliam na flexão plantar.
Na loja posterior, mais superficialmente, temos o músculo tríceps da perna ou sural, que
atua na flexão plantar do pé e é formado por: músculo gastrocnêmio medial e lateral e o
músculo sóleo (mais profundo). O músculo plantar delgado é pequeno e originado
superiormente ao tríceps sural, e é sinergista desse. Temos mais profundamente o músculo
poplíteo, um pequeno músculo na parte superior da perna que permite a rotação do joelho.
Nota-se ainda os músculos flexores longos do hálux (mais lateral) e dos dedos (mais
medial). Eles têm suas funções descritas em seus nomes e seus tendões se cruzam,
justificando sua posição. Por fim, temos o músculo tibial posterior, que, auxiliado pelos
flexores longos, faz a inversão do pé.
Na loja média da planta do pé, temos mais superficialmente o músculo flexor curto dos
dedos. Profundamente a ele, encontramos o músculo quadrado plantar. Esses dois têm a
função de flexionar as articulações metatarsofalângicas e interfalângicas proximal e distal
dos pododáctilos, exceto o hálux. Na região mais interna dessa loja, temos os músculos
lumbricais (4), interósseos plantares (3) e os interósseos dorsais (4). Eles atuam na abdução
e adução dos dedos. Por fim, chegamos na loja medial da planta do pé, onde estão os
músculos abdutor do hálux (mais externo e superficial), flexor curto do hálux (com cabeças
medial e lateral) e adutor do hálux (mais profundo, com suas cabeças oblíqua e transversal
formando um “sete”).
Bibliografia,
1. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R.; Anatomia Orientada para a
Clínica. 6º edição, Rio de Janeiro: Editora Guanabra Koogan Ltda, 2010.
2. PAULSEN, Friedrich; Waschke, Jens; Sobotta: Atlas de Anatomia Humana. 23º edição, , Rio
de Janeiro: Editora Guanabra Koogan Ltda, 2010.
3. NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana, 5º edição, Porto Alegre: Artmed, 2011.
4. STANDRING, Susan; Gray's Anatomy: A base anatômica da prática médica. 40º edição, Rio
de Janeiro: Elsevier, 2008.
5. ROHEN, J. W. ; YOKOCHI, C. Anatomia humana: atlas fotográfico de anatomia sistêmica e
regional. 3º edição, São Paulo: Manole, 1993.
Autores,
Apostila Teórica de Anatomia humana M1
Cleiton Magno Ribeiro da Silva (Texto)
Yuri Martins Guerra (Capa)