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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cívil da Comarca de Vitória –

ES

Alda Morais Santos Albano, brasileira, casada, professora, com inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas nº 781806607 10, Registro geral nº, 626182 SSP ES, e-mail
aldinhasantos.albano@gmail.com, residente e domiciliada a Rua Arthur de Almeida Melo,
50, Jardim da Penha, Vitória – ES, CEP 29060 690.

Alessandra Gomes Porto Magalhães, brasileira, casada, professora, com inscrição no


Cadastro de Pessoas Físicas nº 07168883780, Registro Geral nº 1257421 – ES, e-mail
aleprofeart@gmail.com, residente e domiciliada na rua Minas Gerais, 145, Residencial
Carapina B, Bloco 2, apt. 404, Morada de Laranjeiras, Serra – ES, CEP 29166-930.

Helen Malta Valladão, brasileira, divorciada, professora, com inscrição no Cadastro de


Pessoas Físicas nº 820778517 91, Registro geral nº 563294 SSP ES, e-mail
helen.valladao@yahoo.com.br, residente e domiciliada na Praça Wolghano Netto 400, apt.
101, 50, Jardim da Penha, Vitória – ES, CEP 29060 840.

Jeane Costa Lobo Pontiario, brasileira, casada, professora, com inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas nº 642338396 00, Registro geral nº, 1152684 SSP ES, e-mail
jepontiario@gmail.com, residente e domiciliada a Rua Anísio Fernandes Coelho, 301, apt.
304, Jardim da Penha, Vitória – ES, CEP 29060 770.

Lilian de Melo, brasileira, casada, professora, com inscrição no cadastro de pessoas


físicas nº 679290956 49, Registro Geral 4315045 SSP MG, e-mail
profliliandemelo@hotmail.com, residente e domiciliada na Rua Dr. Cyro Lopes Pereira
422, apt. 301, Jardim da Penha, Vitória – ES, CEP 29060 020

Maria Geonice Cipriano Carvalho, brasileira, casada, professora, com inscrição no


Cadastro de Pessoas Físicas nº 10.287527-68, Registro Geral nº 781011 – ES, e-mail
mgeonice@hotmail.com, residente e domiciliada na rua 41, nº 22, Santa Mônica, Vila
Velha - ES, CEP 29105-605.
Marluza Secchin Malacarne, brasileira, solteira, professora, com inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas nº 29757975249, Registro Geral nº 1860001 – PA, e-mail
marluzasm@gmail.com, residente e domiciliada na rua Ademar Luís Nepomuceno, nº
470, Ed. Santorini, apt 302, Jardim Camburi, Vitória– ES, CEP 29090-520.

Nelson Almeida Filho, brasileiro, solteiro, professor, com inscrição no Cadastro de


Pessoas Físicas nº 970306607 06, Registro geral nº, 464388 SSP ES, e-mail
naf1967@gmail.com, residente e domiciliado a Rua José de Anchieta, 46, Parque
Moscoso, Vitória – ES, CEP 29060 690.

Rogério Natal Afonso, brasileiro, separado, professor, com inscrição no Cadastro de


Pessoas Físicas nº 001.760.267-03, Registro Geral nº 931.579 – SSP ES, e-mail
atelierdissidencia@gmail.com, residente e domiciliado na Rua Antero de Almeida, 21,
Jucutuquara, Vitória – ES, CEP 29040-710.

Rosemara Sant Anna Lovate, brasileira, divorciada, professora, com inscrição no


Cadastro de Pessoas Físicas nº 792239827 15, Registro Geral nº 589430 SSP – ES, e-
mail rosemara.m.santanna@gmail.com, residente e domiciliada a Rua Oscar Rodrigues
de Oliveira 575, apt. 203, Jardim da Penha, Vitória – ES, CEP 29040 – 720.

vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado –


procuração em apenso – nos termos do art. 287, CPC/15, propor a presente

Ação de Cobrança com pedido de tutela antecipada de evidência

em face de Município de Vitória, Pessoa Jurídica de Direito Público, inscrição no


Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica nº 27.142.058/0001-26, com sede na Avenida
Marechal Mascarenhas de Morais 1.927, Bento Ferreira, Vitória, ES - CEP: 29.050-945,
Município de Vitória – Es, pelas razões de fato e de direito abaixo descritas.
Dos fatos

Os autores são servidores municipais que, em litisconsórcio facultativo, movem esta ação
em face do Município de Vitória – ES, por conta de pagamento do percentual a que se
refere o Art. 7º, XVII, CF/88, o gozo de férias com, ao menos, um terço a mais do que o
salário normal.

Detentores de Cargo Público, sendo efetivados por meio de concursos diversos, em


épocas também diferentes, tem em comum a vontade de promover ante o município
cobrança referente ao terço de férias constitucional pago de forma indevida – sobre
período inferior ao de direito determinado pela legislação municipal para férias do
Magistério.

Por anos os integrantes do magistério público de Vitória foram remunerados de forma


incorreta pelo empregador, que fazia o pagamento com base no período de 30 dias de
férias enquanto estas, na verdade, se estendem pelo período de 45 dias, conforme o
Estatuto do Magistério de Vitória.

As negociações com representantes da categoria foram constantes e notórias. E mesmo


com o apoio do sindicato – SINDIUPES – não se chegou a entendimento.
Com as recentes julgados positivos sobre o tema os autores entendem pela justeza do
pedido, não vendo alternativa senão ingressar com a presente ação, pleiteando a
resolução do fato.

Do Direito

A férias anuais são um direito do trabalhador. No Brasil, tal direito foi conquistado após as
greves operárias do início do século XX, na busca por melhores salários, condições de
trabalho mais dignas e outras garantias trabalhistas. Seu objetivo é proporcionar
descanso ao trabalhador, portanto relacionado à saúde, após um período determinado de
atividade. Dentre os fundamentos que norteiam o instituto das férias há o fisiológico e o
psicológico, ligados diretamente a saúde, o social e o cultural, permitindo que o
trabalhador tenha um período para si, como forma de lazer.
O direito a férias é assegurado na Constituição Federal pelo artigo 7º, inciso XVII, com
remuneração acrescida de, no mínimo, um terço a mais sobre o salário. A CLT regula a
matéria nos artigos 129 a 153. O direito é aplicado a todos os empregados (rurais e
urbanos), servidores públicos (artigo 39, Parágrafo 3°, da CF), membros das Forças
Armadas (artigo142, Parágrafo3º, inciso VII, da CF) e empregados domésticos (artigo7º,
Parágrafo Único da CF).

Na Jurisprudência do TST encontramos a Súmula 328, que determina que o pagamento


das férias, integrais ou proporcionais, na vigência da CF/1988, sujeita-se ao acréscimo do
terço previsto no respectivo art. 7º, inciso XVII.

O Município é um ente federativo, em razão de sua autonomia constitucional, determinada


pelo Art. 1º da Constituição Federal. E, sendo um ente federativo autônomo, deve se
subordinar aos princípios nesta contidos, bem como à Constituição do Estado e, no caso,
também a legislação própria. Por este princípio, o da legalidade, o ente deve reger suas
ações pautado nos ditames da lei.

O Estatuto do Magistério Público de Vitória, lei nº 2945/82 do Município de Vitória dita, em seu
artigo 69, Das Férias, que

Art. 69 - O pessoal regido por este Estatuto, com exceção do secretário escolar, quando em
exercício das atribuições específicas do cargo, nos Estabelecimentos de Ensino, gozarão
obrigatoriamente de 45 (quarenta e cinco) dias de férias legais, anualmente.

A Lei nº 2945/82 sofreu alterações ao longo dos anos, relacionadas inclusive ao artigo
citado, revelando manobras da administração pública no sentido de burlar o direito do
servidor. Mas tal intento tem seu fim com a publicação da Lei 9316/2018, do Município de
Vitória, que confirma em seu artigo 1º o texto anterior.

Art. 1º - O art. 69 da Lei nº 2945, de 1982, passa a ter a seguinte redação:

“Art. 69. O pessoal regido por este Estatuto, com exceção do secretário escolar,
quando em exercício das atribuições específicas do cargo, nos Estabelecimentos de
Ensino, gozarão obrigatoriamente de 45 (quarenta e cinco) dias de férias legais,
anualmente.

§ 1º. Os servidores regidos por este Estatuto receberão o pagamento de 1/3 ( um terço)
de férias sobre os 45 (quarenta e cinco) dias.”

Da tutela de Evidência

A necessidade de antecipação da tutela pretendida é medida que se impõe.

A demora no pagamento pretendido representará, em razão de sua natureza salarial,


prejuízo aos autores, por conta da já histórica defasagem de seus salários e das
dificuldades que tem para o sustento seu e de suas famílias. A rápida restituição dos
valoresdevidos é medida justa e necessária.

Demonstrados, portanto, o periculum in mora e a prova inequívoca, mister se faz a tutela


antecipada de evidência com supedâneo nos arts. 294 e seguintes e 311, II do Código de
Processo Civil.

A prova que instrui esta exordial é robusta. Os comprovantes em anexo do pagamento do


terço de férias pelo empregador no período referente a 30 dias e não aos 45 dias a que se
tem direito, prova documental,

Em razão do receio de difícil reparação, requer a autora

digne-se Vossa Excelência de conceder a tutela antecipada

de urgência, determinando a expedição de mandado de

reintegração de posse inaudita altera parte, nos termos dos

artigos arts. 294 e seguintes e 300, do Código de Processo Civil (ou, se o imóvel não foi
ocupado: para possibilitar a venda do imóvel a terceiros, mormente em razão dos preju-

ízos decorrentes dos encargos e impostos que incidirão até

o término da lide, o que não trará nenhum prejuízo ao réu na

medida em que não chegou a ingressar na posse.)

Verifique Vossa Excelência a jurisprudência pátria, que

tem admitido rema

n
sosamente a antecipação de tutela nes-

ses casos:

PEDIDOS

que julgou parcialmente


procedente o pedido inicial, condenando a municipalidade ao pagamento
de 15 (quinze) dias de férias remanescentes à autora, referente ao
período de 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010, acrescidos de 1/3 (um terço),
mais juros moratórios a partir da citação, e correção monetária desde a
data em que deveria ter sido efetuado o pagamento de cada parcela, os
quais deverão ser aplicados em conformidade com a caderneta de
poupança. Fixou, ainda, honorários advocatícios no patamar de 10%
(dez por cento) sobre o valor da condenação.

Ao teor do exposto, dou parcial ao presente apelo para,


em reforma de parte da sentença singular, esclarecer que os valores
resultantes da condenação, após a entrada em vigor da Lei 11.960/09
4 / ac 378272-03 rve 10
PODER JUDICIÁRIO
devem observar os critérios de atualização (correção monetária e juros)
nela disciplinados: juros de mora de 6% ao ano e correção monetária
pelo INPC, até a data de entrada em vigor da referida norma, publicada
em 30/06/2009, que deu nova redação ao art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, a
partir da qual devem incidir os índices oficiais de remuneração básica e
juros aplicados à caderneta de poupança. E, ainda, em relação aos
honorários advocatícios, ficam arbitrados em R$ 1.500,00 (hum mil e
quinhentos reais), nos termos do artigo 20, § 4º, c/c 21, § único, do CPC.
É como voto

PETIÇÃO INICIAL
COM
PEDIDO
DE
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA E DE EVIDÊNCIA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da (...)
(...), por seus procuradores (documento 1), vem, respei-
tosamente, a presença de Vossa Excelência, propor em face
de (...), RG nº (...), inscrita no CPF sob o nº (...), domiciliada
na Rua (...), a competente
Ação de resolução contratual cumulada com reinte
gração de posse, com pedido de antecipação de tutela,
o que faz com supedâneo nos argumentos de fato e de
direito a seguir aduzidos:
I

Fatos
a) Negócio entre as partes
Por força do Contrato Particular de Compromisso de
Venda e Compra firmado em (...) (documento 2), a autora
prometeu vender, e o réu a comprar, pelo preço e condições
ali pactuados, o seguinte imóvel: (...)
Referido imóvel foi entregue ao réu em (...). (ou) Referido
imóvel encontra
-
se incorporado e em construção, conforme contrato.
O preço certo e ajustado foi de R$ (...), para pagamento
da forma a seguir especificada: (...).
b) Mora
Ocorre que o adquirente, ora réu, deixou de adimplir obri-
gação contratual, consubstanciada no pagamento das par-
celas vencidas a partir de (...), totalizando R$ (...) nos termos
da planilha anexa, atualizada para a data da propositura
desta ação.
c) Constituição em mora
Diante do descumprimento dos termos do contrato, outra
não foi a solução encontrada pela autora senão notificar o
réu para que purgasse a mora.
As
sim, acorde com o instrumento de notificação anexo
(documento 3), o réu foi notificado em (...).
O prazo legal para purgação da mora decorreu
in albis
,
sem que qualquer pagamento fosse efetuado, operando
-
se, assim, a devida constituição em mora nos termos
da Lei.
Convém ressaltar que, nada obstante as inúmeras tenta-
tivas da autora para receber o que lhe é devido, o réu per-
manece irredutível.
Deveras, já que se encontra convenientemente imitido na
posse do imóvel sem efetuar qualquer pagamento.
II

Direito
Acorde com a norma insculpida no art. 475 do Código Ci-
vil, tendo em vista a renitência do réu em não cumprir a sua
obrigação de pagar o preço do imóvel, nada obstante a noti-
ficação efetuada, não restou alternativa à autora senão i
n-
gressar com a presente ação, pleiteando a resolução do
contrato por inadimpl
e
mento, para reaver o imóvel.
III

Devolução das parcelas pagas pelo réu
Para que se promova a devolução oportuna das parcelas
pagas pelo réu, i
n
voca
-
se a observância das cláusulas
constantes do contrato
firmado pelas pa
r
tes, mormente
aquelas que dizem respeito à resolução do instrumento por
in
a
dimplemento do comprador, quais sejam, as cláusulas
(...) e (...), cujas diretrizes norteiam a devolução dos valores
pagos, diretrizes essas decorrentes de clara c
ontratação e
absoluta legalidade.
IV

Tutela provisória de urgência, de natureza
antecipada
A presente demanda funda se no descumprimento da
obrigação de pagar as parcelas do preço, fato inequívoco e
devidamente comprovado em razão da regular notificação,
sem contar as inúmeras tentativas inexitosas de demover o
réu a saldar sua dívida.
Dessa maneira, requer a autora digne-se Vossa Excelên-
cia de antecipar a tutela pretendida com fundamento no ar-
tigo 300 do Código de Processo Civil, reintegrando a autora
na
posse do imóvel, de modo que a mesma possa vender ou
compromissar a unidade em questão, evitando maiores da-
nos que certamente serão de difícil, senão impossível repa-
ração.
É inquestionável que o réu adquiriu imóvel da autora me-
diante promessa de venda e compra, obrigando
-
se, em contrapartida, a pagar prestações mensais e
consecutivas.
Ocorre que, mesmo tendo sido regularmente notificado a
purgar a mora, quedou
-
se inerte, tornando
-
se inadimplente.
Por conseguinte, não pagou as parcelas devidas e recu-
sa
-
se
a qualquer tipo de acordo, locupletando
-
se indevida-
mente da posse do imóvel.
A autora, por outro lado, arca com o prejuízo causado pelo
réu, posto que depende dos valores devidos e da reintegra-
ção do imóvel para manter sua e
m
presa em funcionamento.
Verifica
-
se que o réu, desdenhosamente, contando com a
pletora de feitos que assoberba o Poder Judiciário, o que
certamente independe da vontade de Vossa Excelência,
mantém a posse do imóvel em locupletamento ilícito (
ou, se
o imóvel não foi ocupado:
não p
aga as parcelas a que se
comprometeu, o que i
m
pede a autora de negociar o imóvel),
devendo, demais disso, arcar com os e
n
cargos como IPTU,
Taxa de Resíduos Sólidos, Condomínio, manutenção etc.
V

Pedido de tutela provisória de urgência
A necessidade de an
tecipação da tutela pretendida (rein-
tegração de posse) é medida que se impõe.
A demora na reintegração pretendida representará, em
razão da inadimplê
n
cia do réu, o agravamento do débito,
notadamente em razão da característica condominial do
imóvel objeto d
o pedido.
Demonstrados, portanto, o
periculum in mora
e a prova
inequívoca, mister se faz a tutela antecipada de urgência
com supedâneo nos arts. 294 e seguintes e 300 do Código
de Processo Civil.
A prova que instrui esta exordial é robusta.
Em razão do re
ceio de difícil reparação, requer a autora
digne
-
se Vossa E
x
celência de conceder a tutela antecipada
de urgência, determinando a expedição de mandado de
reintegração de posse
inaudita altera parte
, nos termos dos
art
i
gos arts. 294 e seguintes e 300, do Cód
igo de Processo
Civil (ou, se o imóvel não foi ocupado: para possibilitar a
venda do imóvel a terceiros, mormente em razão dos preju-
ízos decorrentes dos encargos e impostos que incidirão até
o término da lide, o que não trará nenhum prejuízo ao réu na
medi
da em que não chegou a ingressar na posse.)
Verifique Vossa Excelência a jurisprudência pátria, que
tem admitido rema
n
sosamente a antecipação de tutela nes-
ses casos:
Tribunal de Justiça de São Paulo.
“Agravo de instru-
mento. Compromisso de compra e venda. C
OHAB/SP.
Resolução Contratual c.c. reintegração de posse. Pedido
de a
n
tecipação da tutela de reintegração. Inadimplemento
incontroverso da mutuária. Pr
e
enchimento dos requisitos
do artigo 273, do CPC [atual art. 300]. Decisão mantida.
Recurso Improvido”
(0
206927
-
81.2012.8.26.0000

rel.
José Joaquim dos Santos

São Paulo

2ª Câmara de
Direito Privado

j. em 18.12.2012

Data de registro:
19.12.2012

Outros números: 2069278120128260000).
Tribunal de Justiça de São Paulo.
“Tutela antecipada.
Possibilidade
de antecipação da tutela, pendente decisão
final em ação de rescisão contratual, cumulada com per-
das e danos e reintegração de posse. Decisão reformada.
Recurso provido”
(Agravo de Instrumento 96.290
-
4

São
Paulo

1ª Câmara de Direito Privado

rel. Ale
xandre
Germano

15.12.1998

v.u.).
Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo.
“Tutela
antecipada. Possessória. Reintegração de posse. Pre-
sença dos requisitos legais necessários à antecipação
pr
e
tendida revistos no artigo 273, I do Código de Proces-
so
Civil. Inconfundibilidade com o pedido de liminar não
típica das ações possessórias. Tutela deferida. Recurso
provido”
(Agravo de Instrumento 00718150
-
6/004

São
Paulo

12ª Câmara

rel. Campos Mello

j. em
14.11.1996

Decisão: unânime

RT
740/329).
Tribunal de Alçada de Minas Gerais.
“Reintegração de
posse. Antecipação da tutela. Liminar. Promessa de com-
pra e venda. Mora. Comprovada a mora dos comprado-
res, a sua posse passa, quando estabelecido em contrato,
a ser precária, sendo licito ao vendedor aj
uizar ação de
reintegração de posse, com pedido de antecipação de tu-
tela e concessão de liminar, com o intuito de reaver a
posse do imóvel objeto do contrato”
(Agravo de Instru-
mento 226689
-
5/00

Belo Horizonte

2ª Câmara Cível

rel. Juiz Almeida Melo

j. em 26.11.1996

Decisão: unâ-
nime).
Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul.
“Ação de
rescisão de contrato cumulada com perdas e danos com
pedido de tutela antecipada de reintegração de posse do
e
s
tabelecimento comercial. Pode o magistrado decidir
num
só e suficiente momento aquilo que, antes e conser-
vadoramente, era decidido em dois ou mais momentos,
po
s
tergando a prestação jurisdicional em favor, invaria-
velmente, do inadimplente, do d
e
vedor, que se beneficia-
va injustificadamente da morosidade processu
al. Havendo
pr
o
va inequívoca, convencendo
-
se o magistrado da ve-
rossimilhança da alegação, verif
i
cado o fundado receio de
dano irreparável ou de difícil reparação, pode ser deferido
o pedido de antecipação provisória da tutela, de reinte-
gração de posse do e
stabelec
i
mento comercial. Agravo
improvido”
(Agravo de Instrumento 196022180

03.04.1996

7ª Câmara Cível

rel. Vicente Barroco de
Vasconcelos).
A medida que se pleiteia, no que tange à antecipação da
tutela de reintegr
a
ção de posse, não é irreversível,
conforme
já decidiu o
Tribunal de Justiça de São Paulo.
“Contrato. Compro-
misso de compra e venda. Ação de rescisão contratual.
Antecipação de tutela. Indeferimento. Pretensão viável
ante a comprovação da mora e a não configuração da ir-
reversibilidade da
medida. Recurso provido”
(Agravo de
Instrumento 194.395
-
4

São Paulo

3ª Câmara de Di-
reito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo

v.u.

rel. Des. Carlos Roberto Gonçalves

em
13.03.2001).
Tribunal de Justiça de São Paulo.
“Agravo. Desp
acho
que inadmitiu pedido de tutela antecipada em ação de
rescisão de compromisso de compra e venda c/c reinte-
gração de posse. Presentes os pressupostos que auto-
rizam a concessão de tal benefício. Não configurada a
irreversibilidade da medida. Recurso prov
ido”
(Agravo
de Instrumento 44.522
-
4

São Paulo

10ª Câmara de
Direito Privado

rel. Ruy Camilo

27.05.1997

v.u.).
VI

Tutela da evidência
Nos termos do art. 311 do Código de Processo Civil, “a
tutela da evidência será concedida, independentemente d
a
demonstração do perigo de dano ou de risco ao resultado
útil do processo”, nas hipóteses aplicáveis ao vertente caso,
quando “a petição for instruída com prova documental sufi-
ciente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu
não oponha prov
a capaz de gerar dúvida razoável.”
Sendo assim, na eventualidade de não ser atendido de
imediato o pedido da autora no que tange à antecipação de
tutela de urgência, requer seja o mesmo pedido reavaliado
após a resposta do réu, a título de tutela de evidên
cia,
quando não restará qualquer dúvida quanto à sua inadim-
plência ante a inexistência de comprovantes de pagamento
das parcelas ajustadas no contrato, concedendo
-
se a tutela
de reintegração de posse, antecipadamente, o que desde já
se requer.
VII

Pedid
o de mérito
Diante de todo o exposto, restando evidente e cristalino o
direito que fundamenta a presente ação, no mérito, requer a
autora:
a) Seja a presente ação julgada procedente, com a con-
sequente declaração de resolução do contrato, além da
condenaçã
o do réu no pagamento de custas, despesas pro-
cessuais e honorários advocatícios, tornando definitiva a
reintegração de posse eventualmente deferida através da
antecipação de tutela requerida;
Caso não seja deferida a antecipação de tutela (de urgên-
cia ou
de evidência), o que se admite apenas por hipótese,
requer a autora, ao final, seja declarada a resolução do con-
trato e determinada a reintegração da posse do imóvel, ex-
pedindo
-
se, para tanto, o competente mandado, com a con-
denação do réu no pagamento de c
ustas, despesas proces-
suais e honorários advocatícios que Vossa Excelência arbi-
trar nos limites legais.
Outrossim, requer sejam observadas as cláusulas contra-
tuais na devolução das parcelas pagas pelo Réu, conforme
disposto nesta exordial.
b) A condenação
do réu no pagamento de aluguéis pelo
tempo em que permaneceu na posse do imóvel (Instrumento
Particular de Venda e Compra, cláusula XX, § Xº,
in fine
)
acrescidos dos impostos vencidos e taxas condominiais não
pagas e que recairão sobre o imóvel objeto dest
a refrega,
apurados em liquidação, que deverão ser subtraídos do va-
lor a restituir, com a condenação do saldo eventualmente
favorável à autora.
VIII

Citação
Tratando
-
se a ré de pessoa jurídica, requer
-
se que a cita-
ção seja efetuada por intermé
dio do sistema de cadastro de
processos em autos eletrônicos nos termos do art. 246, § 1º
do Código de Processo Civil ou, caso a ré não conte com o
cadastro obrigatório, que seja citada pelo correio nos termos
dos arts. 246, I, 247 e 248 do Código de Proce
sso Civil; para
responder no prazo de 15 (quinze) dias (art. 335 do Código
de Processo Civil), sob pena de serem tidos por verdadeiros
todos os fatos aqui alegados (art. 344 do Código de Proces-
so Civil), devendo o respectivo mandado conter o prazo para
res
posta, o juízo e o cartório, com o respectivo endereço.
Ou
Requer
-
se que a citação da ré seja efetuada pelo correio,
nos termos dos arts. 246, I, 247 e 248 do Código de Pro-
cesso Civil, para responder no prazo de 15 (quinze) dias (art.
335 do Código de Proc
esso Civil), sob pena de serem tidos
por verdadeiros todos os fatos aqui alegados (art. 344 do
Código de Processo Civil), devendo o respectivo mandado
conter o prazo para resposta, o juízo e o cartório, com o
respectivo endereço.
Ou
Nos termos do art. 246,
II, do Código de Processo Civil
(justificar o motivo, posto que a citação por Oficial de Justiça
é subsidiária), requer
-
se a citação da ré por intermédio do
Sr. Oficial de Justiça para, querendo, responder no prazo de
15 (quinze) dias (art. 335 do Código
de Processo Civil), sob
pena de serem tidos por verdadeiros todos os fatos aqui
alegados (art. 344 do Código de Processo Civil), devendo o
respectivo mandado conter as finalidades da citação, as
respectivas determinações e cominações, bem como a cópia
do d
espacho do(a) MM. Juiz(a), comunicando, ainda, o pra-
zo para resposta, o juízo e o cartório, com o respectivo en-
dereço, facultando
-
se ao Sr. Oficial de Justiça encarregado
da diligência proceder nos dias e horários de exceção (CPC,
art. 212, § 2º).
IX

Audiência de Conciliação
Nos termos do art. 334, § 5º do Código de Processo Civil,
o autor desde já manifesta, pela natureza do litígio, desinte-
resse em autocomposição.
Ou
Tendo em vista a natureza do direito e demonstrando espírito
conciliador, a par das inúmeras tentativas de resolver
amigavelmente a questão, o autor desde já, nos termos do
art. 334 do Código de Processo Civil, manifesta interesse em
autocomposição, aguardando a designação de audiência de
conciliação.
X

Provas
Requer
-
se provar o alegado po
r todos os meios de prova
em direito admitidos, incluindo perícia, produção de prova
documental, testemunhal, inspeção judicial, depoimento
pessoal, sob pena de confissão caso o réu (ou seu repre-
sentante) não compareça, ou, comparecendo, se negue a
depor (
art. 385, § 1º, do Código de Processo Civil).
XI

Valor da causa

-
se à causa o valor de (...)
Termos em que,
pede deferimento.
Data
Advogado (OAB/SP)
Documento 1
Procuração e Contrato social da Autora
Documento 2
Contrato rescindendo
Documento 3
Notific
ação
, comprovando a regular constituição em mora

Modelo de petição inicial com pedido de tutela


de urgência - evidência - De acordo com o
novo CPC
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA VARA XXX DA COMARCA DE XXX

NOME DO AUTOR, estado civil, profissão, inscrito no RG sob o n°


XXXXX e no CPF sob o n° XXXX, domiciliado no endereço
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx, com e-mail: xxxxxxxxx, vem à presença de
Vossa Excelência, com elevado acatamento, com fundamento nos
artigos 300 ou 301 do novo Código de Processo Civil, propor

AÇÃO XXXXX COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA/EVIDÊNCIA

em face de REQUERIDA , brasileira, solteira, inscrita no RG sob o


n° XXXXX e no CPF sob o n° XXXXXXXX, domiciliada na Rua
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, n° xxx, bairro Xxxxxxx, Cidade (UF),
CEP xxxxxxxxx, com e-mail: xxxxxxxxx, pelos fatos e fundamentos a
seguir expostos.

Inicialmente cumpre esclarecer o pedido de gratuidade de justiça, pois, a


autora é auxiliar administrativo e aufere renda mensal apenas para a manutenção de seus
víveres junto com sua família.

O fato de estar assistida por advogado contratado justifica-se tão somente pela
relação de confiança que a mesma tem com este causídico (inteligência do artigo 99, § 4º
da Lei 13.105/2015 - Novo Código de Processo Civil), que de imediato aceitou o encargo
em nome da máxima que envolve os profissionais do Direito, a manutenção da Justiça,
firmando contrato com a cláusula “ad exitum”.

Destarte requer a concessão da gratuidade de justiça, pois a autora não tem


condições de arcar com as custas do processo, sem prejuízo próprio ou de sua família,
nos termos do artigo 4º da Lei nº 1.060/50 , conforme a declaração firmada em anexo.

[Apresentar e relatar os fatos, em ordem cronológica, que levaram à judicialização do


problema.]

Em razão do exposto, o Requerente não teve alternativa senão optar pela


judicialização do problema, através da proposição da presente ação de XXXXXXXXX.

[Descrever o suporte normativo de direito material da pretensão, citando doutrina e


entendimento jurisprudencial]

III.a TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

A presente ação tem como escopo [fazer breve relato da causa de pedir e pedido a ser
antecipado].

A antecipação da tutela com fundamento no artigo 300[1] do novo Código de Processo


Civil para XXXXXX é de extrema importância.

No caso, verifica-se a probabilidade do direito, bem como perigo de dano de difícil


reparação/ risco ao resultado pretendido no final do processo [escolher].

[Descrever perigo de dano de difícil reparação ou os riscos ao resultado pretendido no


final do processo]

III b. TUTELA DE EVIDÊNCIA

[ deve ser usada quando não for possível ser demonstrada a urgência e a prova for
robusta]

É possível a concessão da tutela de evidência do artigo 311, inciso II[2], pois a pretensão
além de estar instruída de robusta prova documental, encontra respaldo no entendimento
jurisprudencial pacífico das cortes superiores. Verifica-se no entendimento da ENFAM
(Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados) que a tutela de
evidência do inciso II não está restrita ao precedente jurisprudencial obrigatório:

Enunciado 30: É possível a concessão da tutela de evidência


prevista no art. 311, II, do CPC/2015 quando a pretensão autoral
estiver de acordo com orientação firmada pelo Supremo Tribunal
Federal em sede de controle abstrato de constitucionalidade ou com
tese prevista em súmula dos tribunais, independentemente de
caráter vinculante.

[desenvolver sobre as semelhanças do caso com o entendimento jurisprudencial]

OU

É possível a concessão da tutela de evidência do artigo 311, inciso IV[3], pois os


documentos que instruem esta inicial são suficientes para provar os fatos constitutivos do
direito pleiteado, não sendo possível ao réu apresentar provas que desacreditem o que é
aqui demonstrado.

[destacar de forma expressa quais documentos constituem a prova robusta]

III. PEDIDOS

Diante do exposto requer:

A) A procedência da ação para [descrever pretensão].

B) A citação do réu, nos termos dos arts. 246, 247 e 248, para querendo contestar à
presente ação no prazo de 15 dias (art. 335), sob pena de não o fazendo serem os fatos
considerados verdadeiros (art. 341 CPC).

C) A antecipação da tutela de urgência para [descrever pretensão] OU o provimento da


tutela de evidência para [descrever pretensão].

D) Seja condenada a requerida a arcar com as custas processuais e honorários de


sucumbência no importe máximo de 20%.

E) Seja deferido os benefícios da Justiça Gratuita nos termos da Lei 1060/50, conforme
declaração firmada em anexo.

F) Manifesta o seu desinteresse pela auto composição nos termos do art. 334 § 5º.

Por fim, protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,
especialmente pelos documentos juntados e se necessário pelo depoimento pessoal das
partes.

Dá-se a causa o valor de R$ xxxxxxx (xxxxxxxxxxxxx), nos termos do inciso II do artigo


292[4] do Novo Código de Processo Civil.

Termos em que pede deferimento.


Cidade (UF), data.

________________________

Advogado

OAB/UF XXXX

ROL DE DOCUMENTOS:

1. Procuração e documentos pessoais;

2. Declaração de hipossuficiência e comprovante de renda;

3. X

4. X

5. X

[1] Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,
podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder
oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
[2] Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração
de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
...
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob cominação de multa;
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
[3] Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração
de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
...
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida
razoável.
[4] Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: [...] II
- na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a
resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte
controvertida;

Trata-se de apelação cível interposta pelo


Município de
Rio Verde
, nos autos da ação ordinária de cobrança ajuizada por
Zelma
Nascimento Moreira
, contra a sentença (fls. 84/92) prolatada pelo Juiz
de Direito da Vara de Fazendas Públicas e Registros
Públicos e
Ambiental da Comarca de Rio Verde, Dr. Fernando César
Rodrigues
Salgado, a qual julgou parcialmente procedente o pleito
inicial, nos
seguintes termos:
“(...)
com fulcro no artigo 269, inciso I, do
Código de Processo Civil, julgo parcialmente procedente o
pedido
inicial e, condeno o Requerido ao pagamento de 15 (quinze)
dias
de férias remanescentes a autora, referente ao período de
2006,
2007, 2008, 2009 e 2010, acrescidos de 1/3 (um terço), mais
juros moratórios a partir da citação, e correção monetária
desde
a data em que deveria ter sido efetuado o pagamento de cada
parcela, os quais deverão ser aplicados em conformidade com
a
caderneta de poupança”
. Fixou os honorários advocatícios em 10% (dez
por cento) sobre o valor da condenação. Considerou a
isenção do réu em
relação às custas processuais

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