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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

Centro de Ciências Agrárias


Farmácia

FARMACOGNOSIA
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA II

João Victor Matos


Mayra Mendes
Thais Martins

Alegre
2016
1. INTRODUÇÃO

Os óleos essenciais, também conhecidos como óleos voláteis, óleos etéreos ou


essências, são misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente
odoríferas e líquidas. Tem como característica principal a volatilidade, o que os
diferencia dos óleos fixos.
Quimicamente, os óleos essenciais são constituídos de derivados fenilpropanoides ou
de terpenoides. Na mistura de compostos são encontradas diferentes concentrações
de hidrocarbonetos terpênicos, alcoóis simples e terpênicos, aldeídos, cetonas, fenois,
ésteres, e vários outros compostos orgânicos. Nas plantas aromáticas, os óleos
essenciais são encontrados em diferentes órgãos vegetais, em espécies pertencentes
a gêneros e famílias diversas. Encontram-se em estruturas especializadas
denominadas aparelhos secretores: tricomas ou pêlos glandulares; células
modificadas do parênquima, em canais secretores e em bolsas secretoras lisígenas
ou esquizolisígenas.
Os óleos essenciais, quando deixados em contato com o ar, desaparecem por
volatilização. Já os óleos fixos nunca se evaporam ou volatilizam completamente.
Quando são mantidos em contato com o ar, eles podem permanecer fluidos, como
ocorre com o óleo de oliva e de amendoim. Outros tipos de óleos fixos podem se
solidificar lentamente.
Os óleos essenciais vêm de diferentes partes das plantas: pétalas, raízes, caule,
bagas, sementes, seiva, folhas ou casca. Dependendo do tipo de planta em questão
os óleos concentram-se num local distinto. Portanto, o método de extração ideal
também varia em função do órgão da planta que contém o óleo.
A Hidrodestilação é um método antigo e versátil no qual o material vegetal permanece
em contato com a água em ebulição, o vapor força a abertura das paredes celulares
e ocorre a evaporação do óleo que está entre as células da planta (arraste a vapor).
O vapor, que consiste na mistura de óleo e água, passa por um condensador, onde
ocorre seu resfriamento e, como os componentes voláteis e a água são imiscíveis,
ocorre a formação de duas fases líquidas que podem ser separadas (SATOR, 2009).
Para avaliação do rendimento de óleo essencial em laboratório ou mesmo para a
produção em pequena escala, o método de hidrodestilação é empregado com o uso
de aparelho tipo Clevenger (BIASI & DESCHAMPS, 2009). Entretanto, essa
metodologia pode proporcionar degradação de alguns compostos presentes no óleo
essencial, visto que a matéria-prima permanece em contato direto com a água quente
por longos períodos de tempo (SERAFINI et al., 2002).
Extrator Soxhlet é um equipamento composto por um balão de fundo chato acoplado
em condensador para refluxo com cartucho interno. A amostra é colocada dentro do
cartucho poroso que por sua vez é colocado no interior do aparelho de Soxhlet. O
solvente é adicionado no balão e ao ser aquecido é evaporado, o vapor sobe pela
conexão é então condensado caindo no cartucho no qual a amostra se encontra
extraindo a substância desejada, lentamente começa a enchê-lo. O aparelho possui
um sifão, ao preenchê-lo totalmente o solvente é sifonado para o balão onde se
encontrava inicialmente, o processo é reiniciado até que a extração seja completa

2. OBJETIVO

Apresentação e demonstração dos métodos extrativos de óleos essenciais.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Figura 1 – Esquema de Hidrodestilação comum

Fonte: http://quiprocura.net/wordpress/ (2016).


Figura 2 – Esquema de Clevenger

Fonte: http://www.mogiglass.com.br/ (2016).

Figura 3 – Esquema de Soxhlet

Fonte: http://www.maxlabor.com.br/ (2016)


4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na extração por Hidrodestilação, a manta aquecedora tem a função de aquecer o


líquido extrator com a amostra que ficam no balão de destilação com saída lateral. O
termômetro fica com o bulbo na altura da saída lateral do balão, de forma a monitorar
a temperatura do vapor. A rolha de silicone, além de vedar a boca do balão para evitar
perdas, também serve de suporte para o termômetro. O condensador do equipamento
fica levemente inclinado para baixo e tem como função a condensação dos vapores,
possuindo então uma entrada e uma saída de água que faz o resfriamento para o
vapor se tornar líquido. Após o condensador, fica conectada uma junta adaptadora
curva, para que os líquidos escorram para o recipiente, que pode ser uma proveta ou
outro tipo de vidraria. É importante que sejam vedadas com parafilme todas as
conexões feitas, para evitar perdas de material. Esse método é muito utilizado em
laboratório, e é geralmente usado em folhas e flores. Não é recomendando para
extração de óleo essencial de raízes e madeiras, e a extração é por arraste a vapor.
No método de Clevenger, a manta aquecedora aquece de maneira controlada as
substâncias que estão dentro do balão de destilação (líquido extrator e droga vegetal).
O Clevenger é a parte do equipamento onde os vapores com diferentes valores de
pressão de vapor serão destinados a saídas diferentes. O dedo frio é uma espécie de
condensador específico para esse aparelho. As vantagens desse método de extração,
é que é um dos mais econômicos para extração de óleos essenciais. A extração é
branda, sendo mais utilizada em folhas e flores e não é muito eficaz para extração em
raízes e caules. Da mesma forma que na Hidrodestilação, o princípio da extração é
por arraste a vapor, não sendo recomendada para extração de substâncias
termolábeis.
Já na extração por Soxhlet, a manta térmica aquece o solvente que está no balão de
destilação. Há um cartucho que funciona como papel de filtro, onde está contido a
amostra. O tubo extrator é o local onde o cartucho fica posicionado para que o líquido
extrator passe por ele. Há um tubo condensador onde as substâncias vaporizadas são
condensadas, e um sifão que permite o refluxo do líquido extrator. Diferentemente dos
outros métodos, o Soxhlet não extrai por arraste a vapor, e sim por solvente líquido
que cai sobre a droga vegetal do cartucho e fica renovando, sendo uma extração
contínua. Não pode ser utilizado para extração de substâncias termolábeis. A grande
vantagem desse método é a economia de solvente, pois se gasta pouco e é renovado,
entretanto é um método que gasta muito tempo.

5. CONCLUSÕES

Conclui-se que é muito importante conhecer os diferentes métodos de extração de


óleos, pois dependendo do órgão vegetal que contém o óleo essencial, um método
pode ser mais eficiente do que o outro, apresentando assim melhores resultados.
Entender a função de cada parte dos equipamentos é essencial para entender as
vantagens e desvantagens dos métodos, permitindo a escolha do mais adequado às
finalidades do usuário.

6. REFERÊNCIAS

Destilação simples e destilação fracionada. Disponível em: <http://quiprocu


ra.net/wordp-ress/>. Acesso em: 09/04/2016.
Aparelho de Clevenger. Disponível em: <http://www.mogiglass.com.br/>. Acesso em:
09/04/2016.
Extrator Soxhlet. Disponível em: <http://www.maxlabor.com.br/>. Acesso em:
09/04/2016.
BIASI, L.A.; DESCHAMPS, C., 2009, Plantas aromáticas: do cultivo à produção de
óleo essencial. Curitiba: Layer Studio Gráfico e Editora Ltda.
SARTOR, R. B.; 2009. Modelagem, Simulação e Otimização de uma Unidade
Industrial de Extração de Óleos Essenciais por Arraste a Vapor. Dissertação
(Mestrado em Pesquisa e Desenvolvimento de Processos). Escola de Engenharia,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2009.
SERAFINI, L.A.; SANTOS, A.C.A.; TOUGUINHA, L.A.; AGOSTINI, G.; DALFOVO, V.
Extrações e aplicações de óleos essenciais de plantas aromáticas e medicinais.
Caxias do Sul: EDUCS, 2002.

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