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EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL DE FUNCIONÁRIOS DE BARES E CASAS

NOTURNAS AO RUÍDO

Rafael Marcate Garcia dos Anjos1


Orientador: Fredeson Borges Nogueira

RESUMO: Este artigo estuda a questão da exposição ao ruído ocupacional de


funcionários de bares e casas noturnas, por intermédio do exame da natureza
do som e do ruído, da análise das normas e técnicas de avaliação da exposição
ocupacional ao ruído e estuda as características de arquitetura e funcionamento
de bares e casas noturnas, objetivando destacar intervenções e ações que
possam amenizar o impacto na saúde de funcionários, empregando como
metodologia a revisão bibliográfica, consultando-se as leis e normas referentes
ao assunto, bem como livros e artigos científicos publicados na última década.

PALAVRAS-CHAVE: Ruído; Exposição ocupacional ao ruído; Acústica.

ABSTRACT: This paper examines the issue of exposure to occupational noise


in bars and nightclubs by examining the nature of sound and noise, analyzing the
standards and techniques for evaluation of occupational exposure to noise, and
studying architectural and operation of bars and nightclubs, with the purpose of
highlighting interventions and actions that may reduce the impact on the health
of employees, using as methodology the bibliographic review, referring to the
laws and norms related to the subject, as well as books and scientific articles
published in the last decade

KEYWORDS: Noise; Occupational exposure to noise; Acoustic.

1 INTRODUÇÃO

Enquanto a maioria das pessoas procura manter-se dentro de uma


situação de conforto acústico razoável, clientes de bares e casas noturnas
procuram deliberadamente submeter-se a altos volumes sonoros como forma de
diversão. A música e o barulho, para estes, parece ser um coquetel de drogas
que se ingere pelo ouvido para estimular de uma só vez um conjunto de

1
Bacharel em Engenharia Civil (Universidade Anhanguera – Santo André), Pós-Graduando em
Engenharia de Segurança do Trabalho
prazeres. Para os funcionários destes estabelecimentos, no entanto, os altos
níveis sonoros, ou ruídos, podem influenciar na saúde e bem-estar físico. Mas
como caracterizar isto e quais as medidas podem ser adotadas para a redução
do impacto da exposição ao ruído nestes funcionários?
Este artigo objetiva examinar a natureza do som e do ruído, analisar as
normas e técnicas de avaliação da exposição ocupacional ao ruído e estudar as
características de arquitetura e funcionamento de bares e casas noturnas, em
busca de respostas à questão proposta.
Como metodologia foi adotada a revisão bibliográfica, consultando-se as
leis e normas relativas ao assunto, bem como livros e artigos científicos
publicados nos últimos vinte anos, destacando-se entre os autores. Saliba (2018)
e Carvalho (2010).
Os principais termos consultados foram: “ruído”, “exposição ocupacional
ao ruído”, e “acústica”.

2 SOM E RUÍDO

Conforme Carvalho (2010), o som é toda vibração ou onda mecânica


gerada por um corpo vibrante, que pode ser detectada pelo ouvido humano. A
partir de uma fonte, o som se propaga em todas as direções, no entanto,
dependendo da fonte sonora, pode haver uma maior concentração de energia
em um determinado sentido, evidenciando seu direcionamento.
O ramo da física que estuda o som é denominado acústica. Do ponto de
vista audiológico, conforme Carmo (1999), a acústica pode ser estudada sob
dois aspectos: a acústica física, que trata da geração, transmissão e recepção
de uma energia na forma de ondas vibracionais na matéria, e a acústica
fisiológica, ou psicoacústica, que trata das sensações auditivas produzidas no
ouvido humano.

2.1 CARACTERÍSTICAS DO SOM

Dentre as várias características do som, Saliba (2018), destaca duas que


são essenciais para que a vibração seja considerada sonora. A primeira é a
frequência, a qual deve estar entre 16 e 20.000 Hertz, que são os limites da
percepção humana ao som. A segunda é a variação de pressão, que deve
possuir um valor mínimo para atingir o limiar de audibilidade.
Carvalho (2010), destaca que as ondas sonoras são resultado das
oscilações de moléculas existentes no meio de propagação. Essa variação é
medida em ciclos por segundo, ou Hertz, e classifica as ondas sonoras em
relação à frequência, conforme Figura 1.

Figura 1: Classificação das ondas sonoras quanto à frequência

Não perceptíveis ao
Infrassons Abaixo de 20 Hz
ouvido humano.

Baixas frequências De 20 Hz a 200 Hz Sons graves

Médias frequências De 200 Hz a 2.000 Hz Sons médios

Altas frequências De 2.000 Hz a 20.000 Hz Sons agudos

Não perceptíveis ao
Ultrassons Acima de 20.000 Hz
ouvido humano

Fonte: Carvalho (20110, p 27)

Já com relação à pressão sonora, Saliba (2018), ensina que essa pressão
refere-se à diferença instantânea entre a pressão atmosférica na presença e na
ausência do som, em um mesmo ponto. Por meio de pesquisas em pessoas
jovens, sem problemas auditivos, foi revelado que o limiar de audibilidade é de
2 X 10-5 N/m2, ou 0,00002 N/m2. Dessa maneira esse valor passou a ser
considerado como 0 dB (decibéis), ou seja, o nível de pressão utilizado pelos
fabricantes dos medidores de níveis de pressão sonora. Quando a pressão
sonora atinge um valor de 200 N/m2, a pessoa exposta começa a sentir dor no
ouvido (limiar da dor. Esse valor corresponde a 140 dB. Assim, a faixa audível
em relação à pressão sonora está entre 0 e 140 dB (Figura 2).
Figura 1: Classificação das ondas sonoras quanto à frequência

Fonte: Castaldon (2019)

O bel, como ensina Carvalho (2010), é a unidade de intensidade física


relativa ao som. Recebe esse nome em homenagem a Alexander Grahan Bell,
inventor do telefone, tendo sido utilizado naquela oportunidade para medições
de perdas em linhas de telefonia. Para medições de níveis de ruído utiliza-se o
Decibel (dB), que equivale a um décimo de bel.
Carvalho (2010), indica ainda outras características do som são
importantes para o estudo da acústica ambiental e suas relações com a saúde
humana:
Horn e variantes:
 Velocidade de propagação do som (C): No ar, a 20º e ao nível
do mar, C = 343 m/s, sendo diretamente proporcionais à
temperatura e à umidade, não sendo influenciada pela pressão
atmosférica nem pela frequência. Em outros meios, essa
velocidade varia, como, por exemplo, na água (1.498 m/s), no ferro
(5.200 m/s) e no vidro (4.200 m/s). O som sofre atenuação de sua
intensidade com a distância percorrida, dependendo do meio.
 Mascaramento do som: Consiste na sobreposição de sons que
ocorrem ao mesmo tempo no mesmo ambiente e se misturam.
Nesses casos, sons de maior intensidade se sobrepõe aos de
menor, e prejudicam a inteligibilidade da informação sonora,
gerando ruídos.
 Difração, refração e reflexão: são características importantes
especialmente no projeto de ambientes que necessitema a
propagação adequada de sons. A difração ocorre quando uma
onda sonora transpõe obstáculos, sofrendo mudança de direção e
atenuação. A refração se dá quando a onda sonora passa de um
meio para outro (por exemplo, do ar para uma parede), sofrendo
com isso uma alteração brusca na velocidade de sua propagação.
Já a reflexão ocorre quando a onda colide com algum obstáculo e
retorna, com mudança de direção, dependendo do ângulo de
incidência.
 Ressonância: É a vibração de determinado corpo por influência de
outro, na mesma faixa de frequência. Um exemplo é um copo de
cristal que se quebra, quando entra em ressonância com o som de
um violino, ou uma vidraça que se quebra com o barulho de um
avião.
 Reverberação e eco: o eco ocorre quando a reflexão da onda
sonora se dá num tempo suficiente para que o som possa ser
distinguido do som original, e a reverberação ocorre quando esse
tempo é insuficiente, soando mais como um prolongamento do som
original. O efeito da reverberação pode ser aproveitado ao se
projetar recintos acústicos onde seja necessário garantir que tanto
o receptor mais próximo quanto o mais distante da fonte possam
receber a onda sonora com inteligibilidade.

Ainda há outras características do som, mas as citadas são as mais


relevantes para o entendimento da exposição humana ao ruído.
2.2 RUÍDO

É comum associar o termo ruído com sons indesejáveis. O que é


entendido como som por umas pessoas pode ser considerado ruído por outras.
Isso, porém é muito subjetivo. Tecnicamente, conforme ensina Carvalho (2010),
ruído é uma oscilação intermitente e/ou aleatória, e classificam-se em ruídos
aéreos, que pode ser entendido como aquele que se propaga pelo ar, tais como
vozes, buzinas, aviões, etc., e ruídos de impacto, que são decorrentes de
qualquer percussão sobre um sólido ou membrana flexível, como, por exemplo,
queda de objetos, marteladas, passos, explosões, etc.
O ruído afeta o organismo humano de várias maneiras, causando efeitos
não só ao sistema auditivo, mas também comprometendo atividades sísicas,
fisiológicas e mentais. Carmo (1999), diz que os efeitos nocivos do ruído podem
ocorrer de duas maneiras. A primeira produz efeitos fisiológicos, fisiopatológicos
ou auditivos, que compreendem os efeitos otológicos (efeitos diretos sobre o
ouvido). A segunda diz respeito aos efeitos extra-otológicos, gerais ou não-
auditivos, que são aqueles que resultam em ação sobre várias funções
orgânicas.
O ser humano está sempre recebendo informações sonoras, podendo-se
considerar todos os sons como ruídos, independente do fato dele ser desejado
ou não. Conversar, ouvir música, estar em ambientes barulhentos, trabalhar em
fábricas, tudo isso provoca vibrações irregulares no aparelho auditivo, o que
repercute sobre o organismo de maneira geral. Não importam as fontes, o ruído
incomoda e causa males à saúde humana, sendo esse fato amplamente
estudado e questionado. O estudo do ruído e seus efeitos sobre o ser humano
é, atualmente, um importante campo de pesquisas, incentivado pela
Organização Munidal de Saúde.

3 AS NORMAS E PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO


OCUPACIONAL AO RUÍDO

O ensino presencial privilegia o professor como especialista, como


elemento
se limitar a suas explanações da matéria. Tem que preparar-se para, a
qualquer momento, reorientar a aula, dar-lhe uma nova perspectiva.

3.1 O PROFESSOR TRADICIONAL

de aprendizagem e, de certa forma, empatia.

3.2 MUDANÇA DO PARADIGMA TRADICIONAL PARA O ENSINO HÍBRIDO


Enquanto escalados para aulas presenciais, o professor tradicional,
mesmo os que o aluno estuda sozinho usando ferramentas digitais.

3.3 A ADAPTAÇÃO DO PROFESSOR TRADICIONALISTA AO ENSINO


HÍBRIDO

Ensino
seus rendimentos. Há necessidade de desenvolvimento de
aos princípios da andragogia ( a arte e ciência de orientar os adultos a
aprender), mais do que os da pedagogia (a condução das crianças). Gil (2015)
indica os seguintes princípios da andragogia:
1. Conceito de aprendente: ou aquele que aprende, é autodirigido,
o que significa que é responsável pela sua aprendizagem, e
estabelece e delimita seu percurso educacional. Esse conceito é
adotado em substituição a “aluno” ou “formando”.
2. Necessidade do conhecimento: os adultos sabem melhor do que
as crianças a necessidade do conhecimento.
3. Motivação para aprender: o modelo andragógico leva em conta
as motivações externas, como melhoria do trabalho, evolução
salarial, mas valoriza principalmente as motivações internas, como
a própria vontade de crescimento, autoestima, reconhecimento,
autoconfiança e atualização das potencialidades pessoais.
4. O papel da experiência: os adultos entram num processo
educativo com experiências bastante diversas, e é a partir delas
que se dispõe a participar ou não de algum programa educacional.
5. Prontidão para o aprendizado: o adulto tem uma orientação mais
pragmática do que a criança. Ele está pronto para aprender o que
decide aprender.
Gil (2018) reconhece que embora a adesão aos conceitos da andragogia
não seja consensual, pode-se afirmar que a prática docente do professor
universitário pode ser significantemente melhorada com a adoção de seus
princípios.
Outra questão diz respeito ao planejamento da IES, com relação ao
ensino híbrido, a qual deveria incluir os professores no desenvolvimento de
conteúdos, para que estes possam aproveitar melhor suas experiências e
conhecimentos específicos, adaptando-se com mais facilidades ao novo
paradigma educacional. Nesse processo, a escolha do modelo de ensino,
conforme a taxonomia de Horn e Staker (2015), também deveria ter a
participação dos docentes para melhor adaptação aos modelos escolhidos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A adaptação de professores tradicionais para atuar em ensino híbrido na


atualidade é um processo amplo, complexo e diferenciado. O professor
necessita habilidades que o movam de seu papel de mestre, para o papel de
orientador e facilitador de aprendizagem. Nem sempre isso é uma tarefa fácil, e
as IES deveriam preocupar-se com programas de capacitação de seus
docentes, uma vez que, via de regra, estes não possuem formação didática ou
pedagógica, e o ensino híbrido necessita desse tipo de formação para que haja
sucesso na aprendizagem.
O ensino híbrido é uma inovação que supre algumas deficiências do
ensino puramente EaD, especialmente no relacionamento aluno-professor-
tecnologias, que tende a solidificar-se no cenário educacional superior, e deve
ser observado com maior interesse pelos profissionais que se dedicam à
docência, pois o domínio nesse campo pode significar um diferencial importante
nas atividades educativas.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Régio Paniago. Acústica Arquitetônica, 2a ed. Brasília:


Thesaurus, 2010.

CARMO, Lívia Ismália Carneiro do. Efeitos do ruído ambiental no organismo


humano e suas manifestações auditivas. Documento em PDF, disponível em
<http://www.farmacia.ufrj.br/consumo/vidaurbana/Monografia_goiania.pdf>,
acessado em 12/03/2019.

SILVEIRA, Carolina Vianna. Música e sentimentos andam juntos. Documento


em PDF, disponível em <https://www.maxwell.vrac.puc-
rio.br/27564/27564.PDF>, acessado em 12/03/2019.

CASTALDON, Jaqueline. Som acima de 80 dB pode ser prejudicial à saúde.


Artigo online, disponível em < https://www.vvale.com.br/saude/som-acima-de-
80-decibeis-pode-ser-prejudicial-a-saude>, acessado em 12/03/2019.

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