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Anbima
CEA
Prof. Hygor Duarte
Atualização 02.2018
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BOAS VINDAS !!!
Me chamo Hygor Paulo Duarte da Silva e inicio com vocês neste momento uma jornada pelo
conhecimento e também a busca pelo seu entendimento da maneira mais fácil e didática
possível. Desejo que você tenha sucesso nesta prova e para isso você conta a partir de agora
com o meu comprometimento e empenho pessoal para que isso aconteça.
Nas próximas páginas e capítulos você terá o conteúdo necessário para ter sucesso nesta
prova. Este conteúdo não tem como objetivo somente o apoio para o sucesso em seu exame,
mas também lhe ajudar a adquirir o devido conhecimento para sua atividade futura, afinal não
adianta nada saber todo o conteúdo da prova e as pegadinhas que ela traz sem ter o
conhecimento necessário para o atendimento a seu cliente futuramente.
É aí que nos diferenciamos dos demais conteúdos e treinamentos oferecidos pelo mercado.
Consolidei aqui não somente um material espetacular para vocês, mas também 16 anos de
conhecimento e vivência como bancário com passagem por 4 bancos de nosso sistema
financeiro (Caixa, Bradesco, HSBC e Santander), portanto você terá neste treinamento e em
meus canais de comunicação exemplos práticos vivenciados por você no dia a dia, facilitando
assim seu aprendizado e a absorção de tamanho conteúdo, assuntos que possivelmente sejam
novidade para muitos que aqui se encontram.
Desejo sucesso a você e que essa futura certificação lhe traga muita felicidade, paz e
tranquilidade para desenvolver seu trabalho da melhor forma possível.
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Para quem essa certificação é destinada?
A quem se destina:
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Certificação de Especialista em Investimentos
Anbima - CEA
Módulo I
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1. Sistema Financeiro Nacional de Participantes do Mercado (Proporção de 5 A 15 %) .............. 8
1.1.6 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) (Res. CMN 3.792) .......... 15
1.1.6.2 Segmento de Renda Fixa das carteiras (Capítulo VI, art. 18) .............................. 15
1.1.6.3 Segmento de Renda Variável das carteiras (Capítulo VI, art. 19) ....................... 16
1.1.6.4 Cobrança de Performance para uma EFPC (Capítulo IX, art. 51) ........................ 16
1.1.6.5 Controle e avaliação de riscos e sua fiscalização (Capítulo III, arts. 9 a 13) ........ 16
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1.3 Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores 20
1.3.1 Legislação e regulamentação correlata (Lei 9.613/98, Circular Bacen 3.461/09, Lei
12.683/12 e suas alterações): ............................................................................................. 20
1.3.1.3 Identificação dos clientes e da manutenção de registros (Lei 9.613, cap. VI,
art.10A e Circular 3.461/09) ............................................................................................ 22
1.4.1 Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98, Artigo 1º. Segregação de atividades
de forma a evitar possíveis conflitos de interesses (Chinese Wall), também conhecido
como Barreira de Informação e definição de responsabilidades: Artigo 2º. Política de
segurança da informação: Artigo 2º IV e VII ....................................................................... 25
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1.4.3.3 Exigências mínimas (Cap. III) ............................................................................... 29
1.4.3.5 Dever de verificar a adequação do perfil do investidor – API (Cap. VI) .............. 34
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1. Sistema Financeiro Nacional de Participantes do Mercado (Proporção
de 5 A 15 %)
O objetivo deste módulo é verificar se o profissional tem domínio dos principais conceitos
sobre Sistema Financeiro Nacional, os Participantes, a Regulação, Fiscalização e
Autorregulação dos Mercados Financeiro e de Capitais.
Intermediação Financeira
É quando o dinheiro passa das mãos de quem tem recursos disponíveis (bancos comerciais,
múltiplos e de investimento por exemplo), para quem não tem recursos disponíveis (pessoas
físicas e jurídicas que necessitam de empréstimos para realização de seus objetivos, por
exemplo). Em resumo é a transferência de recursos dos agentes superavitários para os
deficitários.
Para que esta intermediação financeira ocorra adequadamente temos o Sistema Financeiro
Nacional, cujo organograma abaixo será fundamental para o seu entendimento do assunto e
sucesso na prova.
Também fazem parte do organograma abaixo o CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados)
e o CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar).
Siglas
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1.1 Composição do SFN: Órgãos de Regulação, Autorregulação, Fiscalização e
demais participantes do mercado
Principais atribuições:
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Executor das Políticas Monetária e Cambial
O Banco Central do Brasil (BC, BACEN ou BCB) é autarquia federal integrante do Sistema
Financeiro Nacional, sendo vinculado ao Ministério da Fazenda do Brasil.
Criado em 31 de dezembro de 1964 pela da Lei nº 4.595. Assim como os outros bancos
centrais do mundo, o brasileiro é uma das principais autoridades monetárias do país.
Principais atribuições:
- Autorizar, normatizar, fiscalizar e intervir nas instituições financeiras;
- Emitir a moeda (observação: a Casa da Moeda do Brasil - empresa pública - fabrica o papel
moeda e moeda metálica, mas o ato de emissão - colocar em circulação - é responsabilidade
do Banco Central)
-Controlar créditos: o BACEN divulga as decisões do Conselho Monetário Nacional, baixa as
normas complementares e executa o controle e a fiscalização a respeito das operações de
crédito em todas as suas modalidades;
-Controlar capitais estrangeiros: o BACEN é o depositário das reservas internacionais do País;
- Executar a política monetária.: o objetivo da ação dos bancos centrais na política monetária é
controlar a expansão da moeda e do crédito e a taxa de juros;
- Executar a política cambial.
MISSÃO
"Regular, supervisionar e fomentar os mercados de seguros, resseguros, previdência
complementar aberta, capitalização e corretagem, promovendo a inclusão securitária e
previdenciária, bem como a qualidade no atendimento aos consumidores."
Por mais que tenha esse nome, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar
tem a sigla PREVIC. Por favor não confunda com a PREVI, que é o fundo de pensão dos
funcionários do Banco do Brasil - que aliás é fiscalizado pela PREVIC.
A expressão Fundo de Pensão é uma forma mais fácil de designar as Entidades Fechadas de
Previdência Complementar. De fato, a PREVIC funciona exclusivamente para fiscalizar e
executar as normas do CNPC relativas a fundos de pensão. Portanto, se tentarem ligar a
PREVIC a qualquer coisa que não seja "fundos de pensão" (ou "Entidades Fechadas de
Previdência Complementar" - que é a mesma coisa), está errado. PREVIC é só fundo de pensão,
assim como CNPC.
Uma das coisas importantes dentro da legislação da PREVIC que é peculiar e pode ser
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perguntado é que, segundo a lei, é função da PREVIC harmonizar as atividades das EFPC com
as políticas de desenvolvimento. De fato, esse não parece o propósito dos fundos de pensão
(cuja principal finalidade é pagar a aposentadoria para os contribuintes), mas, provavelmente
por algum motivo político, na hora da criação da lei colocaram isso.
Lembrando que, por mais que o CNPC controle as atividades relativas a Previdência Privada, as
aplicações do dinheiro em posse das EFPC são regidas pelo CMN, já que é uma funcionalidade
financeira (e qualquer ação financeira é regida pelo CMN).
Banco Comercial
Pode ser uma instituição financeira privada ou pública. Tem como objetivo principal
proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a
curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas
físicas. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco
comercial. Deve ser instituído sob a forma de sociedade anônima e de sua denominação social
deve constar a expressão “Banco”.
Banco de Investimento
Com a Decisão Conjunta 17/2009, que autorizou as distribuidoras a operar diretamente nos
ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores, eliminou-
se a principal diferença entre as corretoras e as distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
que hoje podem realizar praticamente as mesmas operações.
Fruto da combinação entre a BM&FBOVESPA e a Cetip, nasce a B3, uma empresa maior do que
a soma das partes. Uma companhia de infraestrutura de mercado financeiro de classe
mundial.
Temos um compromisso com o Brasil, com os clientes, com a inovação e com o constante
desenvolvimento do mercado financeiro e de capitais.
I – investidores profissionais;
II – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição
de investidor qualificado mediante termo próprio, de acordo com a IN CVM;
III – as pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou
possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro de agentes
autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores
mobiliários, em relação a seus recursos próprios; e
IV – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais cotistas, que
sejam investidores qualificados.
Os regimes próprios de previdência social instituído pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou por Municípios são considerados investidores profissionais ou investidores
qualificados apenas se reconhecidos como tais conforme regulamentação específica do
Ministério da Previdência Social.
Quando o representante for pessoa física ou jurídica não financeira, o investidor deve nomear
instituição autorizada a funcionar pelo BACEN, que será corresponsável pelo cumprimento das
obrigações.
Art. 16 A EFPC deve definir a política de investimento para a aplicação dos recursos de cada
plano por ela administrado.
§ 1º A política de investimento de cada plano deve ser elaborada pela Diretoria Executiva e
aprovada pelo Conselho Deliberativo da EFPC antes do início do exercício a que se referir. § 2º
As informações contidas na política de investimento de cada plano devem ser encaminhadas à
SPC no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da respectiva aprovação pelo Conselho
Deliberativo.
§ 3º A política de investimento de cada plano deve conter, no mínimo, os seguintes itens: I - a
alocação de recursos e os limites por segmento de aplicação; II - os limites por modalidade de
investimento, se estes forem mais restritivos que os estabelecidos nesta Resolução;
III - a utilização de instrumentos derivativos;
IV - a taxa mínima atuarial ou os índices de referência, observado o regulamento de cada plano
de benefícios;
V - a meta de rentabilidade para cada segmento de aplicação;
VI - a metodologia ou as fontes de referência adotadas para apreçamento dos ativos
financeiros; VII - a metodologia e os critérios para avaliação dos riscos de crédito, de mercado,
de liquidez, operacional, legal e sistêmico; e
VIII - a observância ou não de princípios de responsabilidade socioambiental.
1.1.6.2 Segmento de Renda Fixa das carteiras (Capítulo VI, art. 18)
Art. 18. São classificados no segmento de renda fixa:
I - os títulos da dívida pública mobiliária federal;
II - os títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais;
III - os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições
autorizadas a funcionar pelo BACEN;
IV - os depósitos em poupança em instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN;
1.1.6.3 Segmento de Renda Variável das carteiras (Capítulo VI, art. 19)
Art. 19. São classificados no segmento de renda variável: I - as ações de emissão de
companhias abertas e os correspondentes bônus de subscrição, recibos de subscrição e
certificados de depósito; II - as cotas de fundos de índice, referenciado em cesta de ações de
companhias abertas, admitidas à negociação em bolsa de valores; III - os títulos e valores
mobiliários de emissão de sociedades de propósito específico (SPE); IV - as debêntures com
participação nos lucros; V - os certificados de potencial adicional de construção (CEPAC), de que
trata o art. 34 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001;
VI - os certificados de Reduções Certificadas de Emissão (RCE) ou de créditos de carbono do
mercado voluntário, admitidos à negociação em bolsa de valores, de mercadorias e futuros ou
mercado de balcão organizado, ou registrados em sistema de registro, custódia ou liquidação
financeira devidamente autorizado pelo BACEN ou pela CVM, nas suas respectivas áreas de
competência; e
1.1.6.4 Cobrança de Performance para uma EFPC (Capítulo IX, art. 51)
Art. 51. A aplicação de recursos pela EFPC em fundos de investimentos ou em carteiras
administradas, quando os regulamentos ou contratos contenham cláusulas que tratem de taxa
de performance, está condicionada a que o pagamento da referida taxa atenda às seguintes
condições: I - rentabilidade do investimento superior a valorização de, no mínimo, cem por
cento do índice de referência; II - montante final do investimento superior ao capital inicial da
aplicação ou ao valor do investimento na data do último pagamento; III - periodicidade, no
mínimo, semestral; IV - forma exclusivamente em espécie; e V - conformidade com as demais
regras aplicáveis a investidores que não sejam considerados qualificados, nos termos da
regulamentação da CVM.
Art. 12 A EFPC deve gerenciar os ativos de cada plano de forma a garantir o permanente
equilíbrio econômico-financeiro entre estes ativos e o passivo atuarial e demais obrigações do
plano. Art. 13 A EFPC deve acompanhar e gerenciar o risco e o retorno esperado dos
investimentos diretos e indiretos com o uso de modelo que limite a probabilidade de perdas
máximas toleradas para os investimentos. Parágrafo único. Até a implementação de modelo
próprio de monitoramento do risco mencionado no caput, a EFPC deve calcular a divergência
não planejada entre o resultado dos investimentos e o valor projetado para estes
investimentos.
I - realizar operações entre planos por ela administrados, exceto nos casos de transferência de
recursos, desde que observadas as condições estabelecidas pelo CGPC ou pela SPC;
II - atuar como instituição financeira, salvo nos casos expressamente previstos nesta Resolução;
VII - aplicar recursos em companhias que não estejam admitidas à negociação nos segmentos
Novo Mercado, Nível 2 ou Bovespa Mais da BM&FBovespa, salvo se estas tiverem realizado sua
primeira distribuição pública em data anterior a 29 de maio de 2001;
VIII - realizar operações com ações fora de bolsa de valores ou mercado de balcão organizado
por entidade autorizada a funcionar pela CVM, exceto nas seguintes hipóteses:
a) distribuição pública de ações;
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e) casos previstos em regulamentação estabelecida pela SPC;e
a) a descoberto; ou
O objetivo do presente código é estabelecer princípios e regras que deverão ser observados
pelas instituições participantes nas ofertas públicas de valores mobiliários, incluindo os
programas de distribuição, regulamentados pela Lei nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976
(“Lei 6.385”), e pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM (“Ofertas Públicas”), com a
finalidade de propiciar a transparência e o adequado funcionamento do mercado.
I. A concorrência leal;
IV. A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado.
O objetivo do presente Código é estabelecer princípios e regras que deverão ser observados
pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que atuam nos mercados financeiros e de
capitais, buscando a permanente elevação de sua capacitação técnica, bem como a
observância de padrões de conduta no desempenho de suas respectivas atividades.
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1.2.1.4 Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de
Produtos de Investimento no Varejo
Art. 1º. O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de
Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo (“Código”) é estabelecer, para as
instituições participantes abaixo definidas, os parâmetros relativos à atividade de Distribuição
de Produtos de Investimento no Varejo, com as seguintes finalidades:
* Tráfico de drogas;
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Toda conversão de capital ilícito em capital aparentemente lícito ou ainda dinheiro originário
do ilícito e que passa a integrar a economia formal, como dinheiro lícito também é
considerado como lavagem de dinheiro.
* As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos, objetos de
arte e antiguidades;
* As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor ou exerçam
atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie.
Devemos dispensar especial atenção às operações que nos termos de instruções emanadas
das autoridades competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos na
lei ou com eles relacionar-se, deverão comunicar, abstendo-se de dar aos Clientes ciências de
tal ato, no prazo de 24 horas às autoridades competentes.
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1.3.1.4 Da Comunicação de Operações Financeiras (Lei 9.613, cap. VII)
- incluir análise prévia de todo produto e serviço novo sob a ótica da lei;
O Brasil engajou-se nesta luta contra o crime organizado e em Março de 1998 deu mais um
passo em direção ao reconhecimento da necessidade de corroborar com a comunidade
internacional com atitudes internas que pudessem ter resultados eficazes.
A Lei 9.613/1998 criou o COAF, órgão no âmbito do Ministério da Fazenda, que tem como
principal tarefa promover um esforço conjunto por parte dos vários órgãos governamentais do
Brasil que cuidam da implementação de políticas nacionais voltadas para o combate aos
crimes de lavagem de dinheiro, evitando que setores da economia continuem sendo utilizados
nessas operações ilícitas.
São procedimentos que devem ser realizados na forma de uma due dilligence sobre o cliente,
com o objetivo de conhecer detalhes da sua vida pessoal e profissional, dando maior
segurança às informações apresentadas pelo cliente na Ficha Cadastral.
Obs.: O cadastro deverá ser mantido e conservado durante o período mínimo de 5 anos
contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do encerramento das contas ou
conclusão da operação.
Art. 2º Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos os funcionários da
instituição de forma a assegurar sejam conhecidas a respectiva função no processo e as
responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da organização, devem prever:
I - a definição de responsabilidades dentro da instituição;
II - a segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de forma a que seja
evitado o conflito de interesses, bem como meios de minimizar e monitorar adequadamente
áreas identificadas como de potencial conflito da espécie;
III - meios de identificar e avaliar fatores internos e externos que possam afetar adversamente
a realização dos objetivos da instituição;
IV - a existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários, segundo o
correspondente nível de atuação, o acesso a confiáveis, tempestivas e compreensíveis
informações consideradas relevantes para suas tarefas e responsabilidades;
V - a contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da instituição;
VI - o acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas, de forma a que se possa
avaliar se os objetivos da instituição estão sendo alcançados, se os limites estabelecidos e as
leis e regulamentos aplicáveis estão sendo cumpridos, bem como a assegurar que quaisquer
desvios possam ser prontamente corrigidos;
VII - a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em
especial para os mantidos em meio eletrônico.
Parágrafo 3º A atividade de que trata o parágrafo 2º, quando não executada por unidade
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específica da própria instituição ou de instituição integrante do mesmo conglomerado
financeiro, poderá ser exercida:
I - por auditor independente devidamente registrado na Comissão de Valores Mobiliários -
CVM, desde que não aquele responsável pela auditoria das demonstrações financeiras;
Parágrafo 4º No caso de a atividade de auditoria interna ser exercida por unidade própria,
deverá essa estar diretamente subordinada ao conselho de administração ou, na falta desse, à
diretoria da instituição.
Parágrafo 5º No caso de a atividade de auditoria interna ser exercida segundo uma das
faculdades estabelecidas no parágrafo 3º, deverá o responsável por sua execução reportar-se
diretamente ao conselho de administração ou, na falta desse, à diretoria da instituição.
Parágrafo 6º As faculdades estabelecidas no parágrafo 3º, incisos II e III, somente poderão ser
exercidas por cooperativas de crédito e por sociedades corretoras de títulos e valores
mobiliários, sociedades corretoras de câmbio e sociedades distribuidoras de títulos e valores
mobiliários não integrantes de conglomerados financeiros.
Chamado de INSIDER no Mercado de Ações, ele tem informações privilegiadas da empresa que
trabalha e passa essas informações para outros contatos ou usa para o próprio bem.
Um exemplo mais claro de INSIDER seria eu trabalhando em algum Banco, na área estratégica
e em meio a algumas reuniões decidíssemos adquirir um outro Banco. Esse tipo de informação
é muito valiosa.
Como sou dos primeiros a saber dessa compra, posso me antecipar e comprar muitas ações do
banco que será adquirido antes da informação ser divulgada no mercado.
Certamente quando for divulgada a compra do banco, suas ações irão disparar em instantes.
Com isso realizo meu lucro absurdamente alto em um espaço de tempo curtíssimo.
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Existem diferentes tipos de informações privilegiadas – as relacionadas a informações sobre
empresas e suas atividades além das relacionadas a movimentações financeiras em operações
realizadas nos mercados organizados e de balcão.
Nas situações que uma pessoa, seja ela física ou jurídica, de posse de informações antecipadas,
obtenha proveito delas em beneficio próprio ou para terceiros, caracteriza-se como utilização
de informações privilegiadas.
Estudaremos agora dois tipos distintos destas informações: o Insider Trader e o Front Runner.
Somente possuir informações privilegiadas ou ter acesso a elas não caracteriza o insider
trading. É necessário que delas se faça uso no mercado de valores mobiliários em proveito
próprio ou de terceiros. É ilegal usar informações privilegiadas para obter ganhos no mercado
financeiro. Desta forma, um diretor financeiro de uma determinada empresa não pode
negociar no mercado de capitais ações da companhia que dirige com base em informações
que não sejam públicas. Em geral, o insider trading aparece ligado aos mercados de ações,
futuros e opções, justamente quando ocorre um negócio irregular feito por quem tem esta
informação privilegiada ou foi orientado por insider.
Resumo
* Insider Trader
* Front Runner
1.4.2.3 Confidencialidade
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1.4.2.4 Conflito de interesses
Configura um potencial um conflito como por exemplo a execução de ordens de compra ou
venda de produtos de investimento para Clientes e para a carteira própria da instituição
administradora de fundos. Aqui entra a necessidade de segregação de atividades (chinese
wall) de forma a assegurar a independência na tomada de decisões.
II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o
cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de
seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que
venham a ser cometidas;
IV. Evitar práticas que possam vir a prejudicar o mercado de Distribuição de Produtos de
Investimento no Varejo.
III. Adotar procedimentos formais de “conheça seu cliente” (KYC) compatíveis com o porte,
volume de transações, natureza e complexidade dos Produtos de Investimento da
instituição participante, com o objetivo de contribuir para o aprimoramento das
melhores práticas que dispõem sobre a prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro ou
ocultação de bens, direitos e valores (PLD), buscando o monitoramento contínuo das
transações, de modo a identificar aquelas que são suspeitas e/ou incompatíveis com o
patrimônio e/ou renda do Investidor;
IV. Adotar procedimentos formais que possibilitem verificar a adequação dos Produtos de
Investimento ao perfil do Investidor (API), nos termos do Capítulo VI deste Código;
c. Procedimentos aplicados para PLD e para KYC, nos termos do inciso III deste artigo;
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e. Treinamento contínuo dos seus funcionários ("Programa de Treinamento") e prazo de
atualização deste programa.
XI. Possuir documento que contenha a metodologia utilizada para verificar os procedimentos
de API ; e
§ 4º. Caberá ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes que deverão ser
observadas pelas instituições participantes no que se refere à contratação e manutenção
das atividades de AAI.
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1.4.3.4 Da publicidade e divulgação dos produtos de investimento (Cap. IV)
Art. 10 - A divulgação de publicidade e material técnico elaborado pelas instituições
participantes deve obedecer às disposições da legislação, regulação e autorregulação vigente
aplicável a cada produto de investimento, podendo o Conselho de Regulação e Melhores
Práticas expedir diretrizes específicas sobre o tema.
§ 1º. Quando houver a divulgação, nos termos do caput deste artigo, deverão ser observadas
as regras específicas de publicidade previstas nos demais Códigos de Regulação e Melhores
Práticas da ANBIMA para cada Produto de Investimento.
II. Buscar transparência e clareza das informações, fazendo uso de linguagem adequada ao
público-alvo, no intuito de embasar a decisão do Investidor;
III. Conter informações alinhadas com a documentação do produto, quando for o caso; e
IV. Zelar para que não haja qualificações injustificadas, superlativos não comprovados,
opiniões ou previsões para as quais não exista uma base técnica, promessa, garantia de
resultados futuros ou isenção de risco para o Investidor, quando isso não refletir a realidade
do produto.
§1º. Os Produtos de Investimento de mesma natureza podem ser comparados, desde que
sejam informadas simultaneamente as datas, os períodos, a fonte das informações utilizadas,
os critérios de comparação adotados e demais informações consideradas relevantes para
adequada avaliação pelo Investidor dos dados comparativos divulgados.
Art. 13 - Toda publicidade, exceto aquela veiculada em rádio ou short message servic (SMS),
deve obedecer às seguintes regras na divulgação de avisos ao Investidor:
I. Publicidade que não possua selo ANBIMA proveniente das regras estabelecidas para o
Produto de Investimento deve adicionar aviso com a seguinte redação: ESTA INSTITUIÇÃO É
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ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA ATIVIDADE DE
DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO NO VAREJO
II. Publicidade que faça referência a histórico de rentabilidade, ou menção a sua performance,
deve adicionar aviso com a seguinte redação, quando aplicável: A RENTABILIDADE DIVULGADA
NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS
III. Publicidade que mencione Produto de Investimento que não possua a garantia do Fundo
Garantidor de Crédito, adicionar aviso com a seguinte redação: TRATA-SE DE UMA
MODALIDADE DE INVESTIMENTO QUE NÃO CONTA COM A GARANTIA DO FUNDO
GARANTIDOR DE CRÉDITO – (FGC)
IV. Publicidade que divulgue simulação de rentabilidade, adicionar aviso com a seguinte
redação: AS INFORMAÇÕES PRESENTES NESTE MATERIAL SÃO BASEADAS EM SIMULAÇÕES E
OS RESULTADOS REAIS PODERÃO SER SIGNIFICATIVAMENTE DIFERENTES.
§1º. No uso de mídia impressa e por meios digitais escritos, nos termos deste artigo, a escolha
do tamanho do texto e a localização dos avisos e informações devem ser feitas de forma a
permitir sua clara leitura e compreensão.
§2º. No caso de mídia áudio visual, inclusive digital, os avisos e informações aplicáveis devem
ser objeto de pausada leitura por tempo adequado para o claro entendimento de seus dizeres
ou de exposição em formato, e durante tempo suficiente para permitir a leitura de seu
conteúdo.
Art. 14 - Não são considerados como Publicidade, para efeitos deste Código:
III. Materiais que se restrinjam às informações obrigatórias, exigidas por lei ou por norma
expedida pelas autoridades reguladoras ou autorreguladoras, como, por exemplo,
regulamentos, prospectos, formulários de referência, avisos ao mercado, comunicados ao
mercado, anúncio de início e anúncio de encerramento de distribuição e questionários de
análise do perfil do Investidor;
Art. 15 – Sem prejuízo das demais regras dispostas neste código, todo material de publicidade
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quando direcionado a um único Produto de Investimento deve possuir o seguinte conteúdo
mínimo sobre o produto:
I. Público-alvo;
II. Classificação de risco nos termos do artigo 9º, inciso II deste Código;
§1º. A classificação de risco prevista no inciso II deste artigo não se aplica a cotas de fundos de
investimento; neste caso, deve ser observada a Deliberação ANBIMA de Escala de Risco para
Fundos de Investimento.
§2º. Nas agências e dependências das instituições participantes, deve-se manter a disposição
dos interessados material impresso, ou passível de impressão, atualizado, com o mesmo
conteúdo mínimo disposto neste artigo e informações sobre os canais de atendimento.
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- Finalidade do investimento;
- Tolerância ao risco; e
- Experiência com investimentos.
A Análise do Perfil do Investidor é feita por meio de um questionário, que deverá conter os
fatores que determinam o perfil de risco, que por meio de suas respostas receberá a indicação
de um dos perfis abaixo:
. Conservador
. Moderado sem Renda Variável
. Moderado com Renda Variável
. Dinâmico
. Arrojado
Cada perfil carrega consigo uma simulação de carteira que poderá estar dividida em até 3
partes, levando-se em conta a sua composição de risco.
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