Вы находитесь на странице: 1из 62

Contabilidade de Custos

Contabilidade

04/02/2019
Profº Msc Thiago Marcson

10/02/2019 1
Entendendo custos e formação de preços de
venda

10/02/2019 2
Entendo o Custo

• o preço de venda pode ser calculado pela apuração do


custo e, a ele, agregado outros custos e despesas
decorrentes das vendas. Mesmo que o preço de venda
seja definido pelo mercado ou pela concorrência, o
conhecimento de sua composição é fundamental.
• Venda gera impostos, despesas com logística, despesas
com seguro, despesas com comissão bem como
despesas financeiras decorrentes de financiamento
dessa venda ao cliente, caso ela seja para recebimento a
prazo.

10/02/2019 3
Entendo o Custo
• A venda também deve gerar sobras para amortizar
parte das despesas administrativas e gerais da empresa,
as chamadas “despesas fixas” ou “despesas estruturais”,
assim como gerar resultado ou lucro e financiar
sequencialmente suas atividades operacionais, além de
remunerar o capital investido.

10/02/2019 4
Nomenclaturas utilizadas em custos
❯ GASTO: decorre da compra de bens ou serviços. Trata-se de
sacrifício financeiro que a entidade incorre, tendo como
contrapartida a entrega ou promessa de entrega futura de ativos.
❯ DESEMBOLSO: é o ato do pagamento do sacrifício financeiro
incorrido pela compra de bens ou serviços.
❯ INVESTIMENTO: é o gasto que foi “ativado” e que promoverá
benefícios ao longo de diversos anos, durante sua vida útil.
❯ CUSTO: é o gasto em bens ou serviços empregados para produzir
outros bens ou serviços.
❯ DESPESA: é o gasto em bens ou serviços necessários para que a
entidade transforme custos em receitas.
❯ PERDA: é o gasto em bens ou serviços de forma anormal e
involuntária, portanto incapaz de gerar receitas.
10/02/2019 5
Apuração de custos

De acordo com que já foi comentado, independentemente


da origem do preço de venda, quer seja por meio do custo,
do mercado ou da concorrência, a apuração do custo é de
fundamental importância para que os gestores
administrem os negócios de acordo com a receita e os
custos.
Para atividade industrial, situação mais complexa, o custo
de um produto basicamente é composto pela agregação
das matérias-primas, materiais secundários, insumos,
embalagens, mão de obra direta e custos indiretos de
fabricação.

10/02/2019 6
Cálculo do preço de venda
Evidentemente que somente será possível o cálculo do preço de venda de um
produto, de uma mercadoria ou de serviços pela apuração de seu custo. Para
elaborar esse cálculo, convém assim proceder:

Etapa 1: apuração do custo (custo)


Etapa 2: cálculo em percentual dos impostos incidentes (despesas tributárias –
DT)
Etapa 3: cálculo em percentual das despesas comerciais, como frete, comissão
e seguro (despesas comerciais – DC)
Etapa 4: cálculo em percentual do custo financeiro, uma vez que,
normalmente, as vendas são financiadas pela empresa (despesas financeiras –
DF)
Etapa 5: definição do percentual da margem de lucro desejável (margem – Mg)
Etapa 6: cálculo do percentual do “custo fixo” ou das “despesas estruturais”
em relação ao volume das receitas (custos fixos – CF)
10/02/2019 7
Cálculo do preço de venda

Após concluir as etapas, é possível a formação do preço de


venda do produto, da mercadoria ou do serviço. Partindo
das seguintes informações hipotéticas:
a. Custo do produto (custo): $ 10,00
b. Impostos incidentes (DT): 20%
c. Despesas comerciais (DC): 5%
d. Custo financeiro (DF): 2%
e. Margem desejada (Mg): 15%
f. Custo fixo ou despesas estruturais (CF): 23%

10/02/2019 8
Cálculo do preço de venda

10/02/2019 9
Cálculo do preço de venda

10/02/2019 10
Cálculo do preço de venda

Demonstrou-se que, tendo a empresa a estrutura de custo


mencionada antes, o Preço de Venda (PV) fica definido e
comprovado por sua decomposição. Para qualquer valor
abaixo do PV, com as devidas ressalvas, haverá diminuição
nos valores, inclusive na margem de lucro. Simulando uma
eventual situação: o mercado define que o PV do produto
é de $ 23,00. Calculando-se da mesma forma a sua
decomposição e considerando os mesmos parâmetros de
custos, tem-se:

10/02/2019 11
Cálculo do preço de venda

10/02/2019 12
Cálculo do preço de venda

Continuando nessa análise e entendendo que o mercado é


quem define o PV: $ 23,00, que proporciona a margem de
apenas 6,52% sobre o valor de venda. Para possibilitar a
melhora na performance comercial, os gestores das
organizações devem promover análises para criar uma
situação mais interessante sob o ponto de vista do
resultado. Nessa esteira, supõe-se que melhorias
implementadas proporcionam a seguinte estrutura de
custos:

10/02/2019 13
Cálculo do preço de venda

10/02/2019 14
Cálculo do preço de venda

Nota-se que as melhorias na estrutura de custos não foram tão significativas e,


ainda assim, proporcionaram evolução importante em sua margem, passando de
6,52% para 11,17%, que representa melhoria de 71,23%.
10/02/2019 15
Preço versus valor

Antes de se efetuar um detalhamento da formação dos preços de venda de


certo bens e serviços, é interessante diferenciar preço e valor.

O valor de um bem é muito subjetivo e dependerá do grau de utilidade que este


bem terá para as pessoas que o consomem. Um certo produto poderá ser de
grande utilidade para algumas pessoas enquanto que para outras não terá
serventia alguma.

É o caso típico da insulina, que é indispensável para as pessoas que sofrem de


diabetes, enquanto o restante da população não lhe dá a mínima importância.

Portanto, a insulina terá grande valor para os diabéticos e não apresenta valor
algum para as demais pessoas. Portanto, pode-se admitir que o preço é a
expressão quantitativa do valor de um bem ou serviço (Dubois; Kulpa; Souza,
2009, p. 221).

10/02/2019 16
Preço versus valor
O mercado estabelece o equilíbrio entre a quantidade ofertada e a
quantidade demandada, é a lei da oferta e da procura, daí se
estabelece o preço a ser praticado.

Em situação de pouca oferta, os preços tendem a subir, pois haverá


mais demanda do que oferta. Nesse cenário, outros
empreendedores tendem a entrar nesse mercado, pois entende
que existe escassez de oferta do produto, da mercadoria ou do
serviço.

Com o passar o tempo, mais e mais competidores entram no


mercado. Com isso, o volume de produtos, mercadorias ou serviços
ofertados é maior e, em consequência, os preços caem. Vai caindo
até o ponto em
10/02/2019 17
Preço versus valor
O mercado estabelece o equilíbrio entre a quantidade ofertada e a
quantidade demandada, é a lei da oferta e da procura, daí se estabelece o
preço a ser praticado.

Em situação de pouca oferta, os preços tendem a subir, pois haverá mais


demanda do que oferta. Nesse cenário, outros empreendedores tendem a
entrar nesse mercado, pois entende que existe escassez de oferta do
produto, da mercadoria ou do serviço.

Com o passar o tempo, mais e mais competidores entram no mercado. Com


isso, o volume de produtos, mercadorias ou serviços ofertados é maior e, em
consequência, os preços caem. Vai caindo até o ponto em que alguns
competidores deixam esse mercado, pois os preços praticados já não
oferecem atrativos, tendo, como cenário, preços estabilizados, com
tendência para baixa.

10/02/2019 18
Preço versus valor

Novamente, o mercado tende a ajustes para equilibrar-se,


considerando essa nova situação entre oferta e demanda. No
mercado, a lei da oferta e da procura sempre funciona de forma a
atingir o equilíbrio.

Pode haver interferências do governo, por exemplo, que impeçam


a situação de entrada e saída de agentes econômicos de forma
natural ao oferecer condições favoráveis ou impor certas
restrições, mas aí é outro caso, que não entra nessas
considerações.

10/02/2019 19
Preço versus valor

Preços praticados no mercado dependem de diversos fatores,


entre os quais o comercial e o econômico. Atividades comerciais
sempre têm objetivo aumentar ou manter sua participação no
mercado. Essa conquista é de fundamental importância para o
sucesso da empresa, ou seja, sempre buscar melhor colocação no
mercado em questão. Porém, essa perseguição não pode ser
exclusivamente com base nos preços, que, em muitos casos, é a
principal atração. Outras condições também são importantes,
como: atendimento pós-venda, assistência técnica, embalagens e
pontos de venda.

10/02/2019 20
Preço versus valor

10/02/2019 21
Preço versus valor

Portanto, o PV também pode ser definido pelo equilíbrio entre os


fatores comerciais e os econômicos. De acordo com a Figura anterior,
os fatores comerciais tendem a pressionar os preços para baixo para
manter ou elevar sua participação no mercado, enquanto os fatores
econômicos pressionam os preços para cima a fim de obter melhores
resultados econômicos e garantir a manutenção ou o incremento na
essência patrimonial da entidade.

10/02/2019 22
Espiral da Morte

++ ++
Preços custos

--
vendas

10/02/2019 23
Espiral da Morte

Elementos Sigla mês 1 mês 2 mês 3

Custo Fixo CF R$ 100.000,00 R$ 100.000,00 R$ 100.000,00

Custo Varíavel unitário Cvu R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

Quantidade vendida Qv R$ 125,00 R$ 100,00 R$ 80,00

Preço de venda unitário Pvu R$ 1.800,00 R$ 2.000,00 R$ 2.100,00

Custo total unitário Ctu R$ 1.800,00 R$ 2.000,00 R$ 2.250,00

Resultado Resultado 0 0 -150

10/02/2019 24
Métodos de custeio

Por meio dos métodos de custeio, os elementos que compõem o


custo de determinado produto, mercadoria ou serviço são agregados
ao sistema de custos, uma vez que essa agregação pode ser somente
referentes aos custos diretos, ou seja, aqueles fácil e claramente
identificados pelos produtos, pelas mercadorias ou pelos serviços.

Também é possível agregar aos custos, os indiretos de fabricação, no


caso da atividade industrial e, nas empresas comerciais, outros
custos indiretos, como o de armazenamento, que, geralmente, são
de valores importantes, como produtos perecíveis mantidos sob
refrigeração. Os custos para esse item são relevantes.

10/02/2019 25
Métodos de custeio

Para os casos de produção e prestação de serviços, além da mão de


obra direta, diversos custos indiretos fazem parte desse cenário,
como aplicação de materiais e depreciação de equipamentos de
informática, de transporte e da supervisão.

Há exigências legais na adoção da contabilidade de custos,


notadamente no setor industrial, uma vez que os produtos
elaborados e não vendidos não se constituem dos custos daquele
período, isso porque há o princípio fundamental da contabilidade,
em que os custos devem se relacionar com a respectiva receita, ou
seja, somente será considerado custos aqueles referentes aos
produtos vendidos, os demais produtos em elaboração e também os
produtos acabados e não vendidos devem ser contabilizados em
estoques, portanto conta do ativo.
10/02/2019 26
Métodos de custeio

Portanto, além das matérias-primas, a mão de obra direta e os


Custos indiretos de fabricação (CIF) não vendidos permanecem em
poder da empresa e vão ser contabilizados em estoques e não como
despesas para efeito da apuração dos resultados da empresa.

Aspectos legais tributários não são focos desta obra. Aqui serão
abordados somente os aspectos de sua aplicação na gestão das
organizações, por meio de conceitos e exemplos para melhor
elucidar a importância do conhecimento de custos na gestão dos
negócios.

10/02/2019 27
Custeio direto

Custo direto também é conhecido por custos variáveis, os quais, nas


atividades industriais, são compostos por matéria-prima e mão de
obra direta.

É direto por ser perfeitamente possível identificar a matéria-prima e


a mão de obra direta aplicada na transformação do produto e
variável, pois, quanto maior a produção, maiores os gastos com
matéria-prima e mão de obra direta, uma vez que essa variação é
proporcional à quantidade de produtos acabados.

10/02/2019 28
Custeio direto

Confrontando as receitas com os respectivos custos, tem-se a


margem de contribuição, que servirá para amortizar parte dos CIF e
os Custos fixos ou Despesas estruturais, portanto, mesmo com baixa
lucratividade, essa margem de contribuição será importante para a
administração da organização em relação ao pagamento de parte
dos custos e despesas.

Por não contar com elementos de custos que foram objeto de rateios
em sua composição e agregado, não experimenta qualquer tipo de
imperfeição nessa composição.

10/02/2019 29
Custeio direto

Se para produzir, por exemplo, 10 calças jeans consomem-se 18 m2


De tecidos e 3 horas máquinas, para produzir 50 calças serão
necessários 90 m2 de tecidos e 15 horas máquinas, existindo assim
essa proporcionalidade.

Mas, para a produção de certo produto, não são suficientes apenas a


matéria-prima e a mão de obra direta, pois é necessário ter espaço
físico, representado por aluguel, telefone, seguros, manutenção,
higiene e limpeza, além do consumo de energia elétrica, água e
esgoto, embalagens e de outros gastos.

10/02/2019 30
Custeio direto

A empresa industrial ABC produz e vende os seguintes produtos,


com os respectivos custos diretos:

10/02/2019 31
Custeio por absorção

Conforme já exposto, uma unidade fabril necessita de outros fatores


de produção que não apenas matéria-prima e mão de obra direta.
Por não ser possível a identificação clara e objetiva dos demais
custos dos produtos e por não ser de aplicação direta, há
necessidade de promover rateios, de acordo com critérios os mais
justos possíveis, e agregá-los aos custos diretos ou variáveis dos
produtos.

Por meio dessa agregação, denominada absorção, os produtos


absorvem os CIF, daí ser chamado de Custeio por absorção.

10/02/2019 32
Custeio por absorção

Por exemplo, o aluguel do espaço utilizado pela fábrica, que produz


diversos produtos, pode ser rateado tomando como critério o
espaço físico de cada um deles.
Questionamentos ocorrem quanto à adoção desse critério, pois
pode haver produtos diferentes que ocupam espaços físicos
diferentes com valores agregados diferentes, ou seja, produtos com
rotação diferente. Somente a questão do espaço físico é considerada
na escolha do critério do rateio.
10/02/2019 33
Custeio por absorção

Os critérios de rateio nunca agradam a todos os envolvidos no


processo, daí ser considerado como medida arbitrária. Certamente
nunca se chegará a um critério totalmente justo, por isso não cabe
muitas discussões a respeito. Necessariamente, um critério deve ser
adotado.

Além dos CIF, as empresas incorrem em despesas, algumas variáveis,


outras fixas, os chamados “custos fixos” ou “despesas estruturais”,
que também podem e devem ser incorporados aos custos, afinal,
para o sucesso das entidades, as receitas devem ser superiores aos
custos e despesas. Com os resultados positivos, após o pagamento
dos impostos, é possível financiar as atividades operacionais e
remunerar o capital investido.

10/02/2019 34
Custeio por absorção

Considerando o mesmo exemplo mencionado, considere a existência


dos seguintes gastos mensais dos CIF.

10/02/2019 35
Custeio por absorção

Para possibilitar o rateio, foi elaborada a seguinte matriz:

10/02/2019 36
Custeio por absorção
De acordo com essa definição, os valores são rateados e apropriados
ao custo de cada produto.

10/02/2019 37
Custeio por absorção

Rateados os CIF dos produtos, historicamente a empresa produz e


vende.

10/02/2019 38
Custeio por absorção

Após fazer o cálculo unitário do CIF, o Quadro 2.6 mostra o custo


unitário, segundo o Método de custeio por absorção.

10/02/2019 39
Custeio por absorção total ou pleno

Incorporados os CIF aos custos diretos ou variáveis, chegou o


momento de analisar como fazer para incorporar também os
chamados “custos fixos” ou “despesas estruturais”. Dessa forma, é
oferecido ao sistema de custos o real valor que as receitas devem
suplantar, por sinal com algumas sobras, a margem de que tanto as
entidades necessitam.

Conforme já explanado por diversas vezes, esses “custos fixos” ou


“despesas estruturais” devem ser objetos para a definição de
critérios de rateio e daí serem incorporados a um ou a outro
produto.

10/02/2019 40
Custeio por absorção total ou pleno
Definido o critério, o passo seguinte é promover tais rateios e, em
seguida, incorporar os custos fixos ao sistema de custeio. Para esse
rateio, optou-se pelo critério de receita histórica que a empresa
obteve ao longo dos últimos anos.

10/02/2019 41
Custeio por absorção total ou pleno
A média histórica do custo fixo, que também deve ser rateado
segundo a porcentagem do Equivalente do Quadro 2.7, está ilustrada
no Quadro 2.8.

10/02/2019 42
Custeio por absorção total ou pleno
A média histórica do custo fixo, que também deve ser rateado
segundo a porcentagem do Equivalente do Quadro 2.7, está ilustrada
no Quadro 2.8.

10/02/2019 43
Custeio por absorção total ou pleno
Uma vez apurado o valor do custo fixo, deverá ser rateado, segundo
critérios mencionados e, em seguida, incorporados aos custos dos
respectivos produtos.

10/02/2019 44
Custeio por absorção total ou pleno
A partir de então, possibilita-se a demonstração do custo,
considerando o custo direto ou variável mais os custos indiretos de
fabricação, e também dos custos fixos.

10/02/2019 45
Custeio Activity Based Costing (ABC)

Nos meados da década de 1980, os professores norte-americanos


Robert Kaplan e Robin Norton, da Universidade de Harvard,
apresentaram o método Custeio ABC (Activity Based Costing), cuja
principal característica é tratar custeio baseado nas atividades que a
empresa efetua no processo de fabricação dos produtos.

O Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC (Activity


Based Costing), é um método de custeio que procura reduzir
sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos
custos indiretos (Martins, 2010, p. 87).

10/02/2019 46
Custeio Activity Based Costing (ABC)

Ao longo dos últimos tempos, as atividades industriais têm


experimentado uma evolução importante, com diversificação em sua
linha de produção e redução da mão de obra direta, o que indica um
crescente volume de Custos Indiretos de Fabricação (CIF) em relação
aos custos diretos ou variáveis. Nesse cenário, os sistemas de
controles desses custos e principalmente aquele que atenua o
impacto dos rateios nos CIF são de suma importância.

10/02/2019 47
Custeio Activity Based Costing (ABC)

Nesse aspecto, o Custeio ABC oferece importante colaboração,


porém não se trata de algo simples de ser implantado, pois requer
alto nível de controles internos e acompanhamento e revisão
constantes, além da necessidade de reorganizar os sistemas de
controles da empresa antes de implantá-lo e de contar com pessoal
qualificado. Em geral, isso significa maior preocupação com as
informações estratégicas, portanto, necessidade de avaliar a relação
custo versus benefícios antes de decidir pela sua utilização.

10/02/2019 48
Escolha do Método de custeio

Existem diversos métodos de custeio, cada qual com suas qualidades


e suas limitações, porém, quanto à decisão da escolha entre as
opções, dependerá do grau de exigência do contexto.

Esta obra, como já explanado, destina-se principalmente aos


gestores, com a finalidade de oferecer suporte para tomada de
decisões, sem se aprofundar nas questões de conceitos contábeis,
tampouco nas relacionadas a aspectos legais e/ou tributários.

10/02/2019 49
Escolha do Método de custeio

Nos três níveis de agregação dos elementos que compõem os custos


de determinado produto, ficam evidentes:

1. Custeio direto ou variável: por um lado, composto somente por


itens diretos ou variáveis, como matéria-prima e mão de obra direta,
mas carente de certas informações, como outros custos e despesas
que incorrem ao seu redor; por outro, é isento de valores
apropriados que foram objetos de rateio, com critérios que podem
conter doses de imperfeição.

10/02/2019 50
Escolha do Método de custeio

2. Custeio por absorção: composto pelos custos diretos ou variáveis


mais os CIF, compõe importante valor, pois os gastos incorridos na
unidade fabril foram todos considerados, oferecendo a ideia
concreta dos gastos ali incorridos. Por outro lado, os CIF têm
passagem necessária a critérios de rateio, que podem provocar
inconsistência nos valores.

3. Custeio por absorção total ou pleno: além dos custos diretos e


indiretos, as organizações incorrem em despesas estruturais, cujo
objetivo principal é transformar os “gastos com custos” em
“receitas”, o que provoca incrementos importantes na composição
do custo dos produtos.

10/02/2019 51
Escolha do Método de custeio
Trata-se de informações importantes, pois oferecem uma visão geral
dos custos totais dos produtos que geram receitas. Por outro lado,
mais uma vez, os valores das despesas passam por rateio, o que
pode provocar inconsistência nos valores. É necessário ter cautela na
tomada de decisões, pois, nesse método de custeio, as agregações
de custos e despesas passam por rateios, o que pode provocar
distorções, daí o risco de tomar decisões erradas.

10/02/2019 52
Custos e suas classificações
Custos diretos

Geralmente composto por matérias-primas e mão de obra direta, os custos


diretos são aqueles que podem ser apropriados de maneira clara e objetiva
pelos produtos elaborados, uma vez que existe uma forma objetiva de
medição de seu consumo para fabricá-los. Não é necessário controle
intenso para saber a quantidade de matéria-prima necessária bem como o
número de horas de trabalho para a produção de uma unidade do produto.

A principal característica dos custos diretos é identificar suas aplicações


diretamente no produto, por exemplo: para confecção de uma calça jeans,
verifica-se sem grande esforço o tecido principal, o tecido do forro, a linha,
os botões, o zíper e a etiqueta de identificação, assim como fica clara a
aplicação de mão de obra direta para modelagem, corte, costura e
acabamento.
10/02/2019 53
Custos e suas classificações
Custos indiretos

Custos indiretos ou Custos indiretos de fabricação (CIF) representam os


custos incorridos no ambiente da fábrica e que não estão diretamente
relacionados com certo produto e sim com a unidade fabril como um todo.
Eles não se relacionam diretamente com o produto, porém são necessários
para que a unidade fabril cumpra seu papel: produzir os produtos.

Aluguel do espaço ocupado pela fábrica, energia elétrica, água e esgoto,


telefone e internet, segurança, manutenção predial e de equipamentos,
higiene e limpeza, depreciação das máquinas e supervisão da unidade são
alguns dos principais gastos incorridos em uma unidade fabril. Apesar de
eles serem necessários, não é possível identificá-los claramente ao
examinar os produtos.

10/02/2019 54
Custos e suas classificações
Custos variáveis

Constituem-se dos itens dos custos que guardam proporcionalidade em


relação ao volume de produção. Caso a produção seja “zero”, consome-se
“zero” de recursos variáveis, matérias-primas e mão de obra direta e, se a
produção for de 100 unidades, serão consumidos nela o equivalente a esse
volume.

O Gráfico 3.1 esclarece o comportamento dos custos variáveis.

Este é o comportamento dos custos variáveis: para a produção de p1,


consome-se r1 de recursos, ao passo que, para produzir p2, consome-se r2
de recursos. Em geral, guarda-se essa proporcionalidade, porém essa não é
uma questão que nos importa neste momento da análise, mas sim a
visualização de que, para produzir p2, consome-se r2 de recursos.
10/02/2019 55
Custos e suas classificações

10/02/2019 56
Custos e suas classificações
Custos fixos

Com relação aos custos fixos em certo parâmetro de produção, eles se


mantêm inalterados, mesmo porque serão fixos até sua capacidade de
produção.

Custos fixos são aqueles cujo total não varia proporcionalmente ao volume
produzido. Por exemplo: aluguel, seguro da fábrica etc. Um aspecto
importante a ressaltar é que os custos são fixos dentro de determinada
faixa de produção e, em geral, não são sempre fixos, podendo variar em
função de grandes oscilações no volume de produção. É um custo fixo no
total, mas variável nas unidades produzidas. Quanto mais produzir, menor
será o custo por unidade (Crepaldi, 2009, p. 9).

10/02/2019 57
Custos e suas classificações
Custos fixos

Caso a empresa extrapole a capacidade de produção, será necessário


incrementar sua capacidade produtiva. Com isso, os custos fixos passarão
para patamar superior. Se a empresa produzir “zero” de quantidade, os
custos fixos existirão e permanecerão até o limite de sua capacidade.

Por exemplo, se a capacidade instalada da empresa é produzir 5.000


unidades de certo produto ao mês, caso sua demanda seja de 7.000
unidades mensais e a empresa decide atendê-la, será necessário, por
exemplo, ampliar o espaço, os equipamentos, a mão de obra, a
manutenção e outros custos.

10/02/2019 58
Custos e suas classificações
Comportamento dos custos fixos

10/02/2019 59
Custos e suas classificações
Custos semivariáveis

São custos que variam de acordo com o volume de produção, porém não
segue exatamente na mesma proporção, ou seja, eles são fixos até certo
tempo e, mais adiante, serão variáveis, por exemplo: a empresa contrata
com a fornecedora de energia elétrica certa quantidade de KWH a ser
consumida em determinado período. Não tem a ver com o tempo e sim
com o volume consumido.

Até que o consumo fique dentro do contratado, o custo será fixo. Mesmo
que o consumo fique abaixo do acordado, a empresa pagará pelo volume
contratado. Porém, a partir do momento que ultrapasse isso, o custo
passará a ser variável.

10/02/2019 60
Custos e suas classificações
Custos semifixos

São custos que permanecem fixos dentro de certos intervalos. A partir do


momento que esse intervalo fique superado, outros recursos serão
necessários, elevando o custo até que novamente o intervalo seja
superado.

Cita-se como exemplo o contrato de manutenção de máquinas, em que o


prestador de serviços determina que, por aquele valor, pode atender de
uma a dez máquinas, cobrando por isso $ 2.000,00 mensais. Passando de
dez máquinas até o limite de 20, o valor a ser cobrado passa de $ 2.000,00
para $ 4.000,00.

10/02/2019 61
Obrigado!

10/02/2019 62

Вам также может понравиться