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Charles Darwin ficou conhecido por ser o pai da teoria da evolução, mas no
mundo islâmico o pensamento evolutivo existe há muito mais tempo e
remonta ao cientista iraquiano Al-Jahiz.

Por BBC
16/03/2019 18h27 · Atualizado 2019-03-16T21:27:23.542Z

A teoria da evolução, do cientista britânico Charles Darwin, é uma das pedras


angulares da ciência moderna.

A ideia de que as espécies mudam gradualmente por meio de um mecanismo


chamado de seleção natural revolucionou nossa compreensão do mundo
vivo.

Em seu livro A Origem das Espécies, de 1859, Darwin definiu a evolução como
uma "descida com modificações", demonstrando como as diferentes
espécies surgiram de um ancestral comum.

Mas parece que a própria teoria da evolução também tem um ancestral no


mundo islâmico.
Charles Darwin — Foto: J. Cameron/Wikimedia Commons

Seleção natural
Cerca de mil anos antes de Darwin, um filósofo muçulmano que vivia no
Iraque, conhecido como al-Jahiz, escreveu um livro sobre como os animais
mudam através de um processo que também chamou de seleção natural.

Seu nome real era Abu Usman Amr Bahr Alkanani al-Basri. Seu apelido, al-
Jahiz, significa alguém com olhos esbugalhados.
Não é a forma mais amistosa de chamar alguém, mas a fama de al-Jahiz se
deve mesmo a seu livro "Kitab al-Hayawan" (O livro dos animais).

Ele nasceu no ano 77 na cidade de Baçorá, sul do atual Iraque, numa época
em que o movimento Mutazilah - uma escola de pensamento teológico que
defendia o exercício da razão humana - estava crescendo na região, no auge
do Califado Abássida.

Obras acadêmicas eram traduzidas do grego para o árabe, e Baçorá sediava


importantes debates sobre religião, ciência e filosofia que moldaram a mente
de al-Jahiz e o ajudaram a formular suas ideias.

O papel havia sido introduzido no Iraque por comerciantes chineses, o que


impulsionou a difusão de ideias, e o jovem al-Jahiz começou a escrever sobre
vários temas.

Seus interesses envolviam muitas áreas acadêmicas, como ciência, geografia,


filosofia, gramática árabe e literatura. Acredita-se que ele tenha publicado
200 livros durante a vida, mas só um terço sobreviveu até nossos dias.

O Livro dos Animais


Sua obra mais famosa, O Livro dos Animais, foi concebida como uma
enciclopédia que apresenta 350 espécies. Nela al-Jahiz postula ideias que se
parecem muito com a teoria da evolução de Darwin.

"Os animais estão envolvidos numa luta pela existência e pelos recursos,
para evitar serem comidos e se reproduzirem", escreve al-Jahiz.

"Os fatores ambientais influenciam nos organismos fazendo com que


desenvolvam novas características para assegurar a sobrevivência,
transformando-os assim em novas espécies."

Ele prossegue: "Os animais que sobrevivem para se reproduzir podem


transmitir suas características exitosas a seus descendentes."
Estava claro para al-Jahiz que o mundo animal estava numa luta constante
para sobreviver, e que uma espécie sempre era mais forte que outra.

Para sobreviver, os animais tinham de possuir características competitivas


para achar comida, evitar virar comida de outros e se reproduzir. Isso os
obrigava a mudar de geração em geração.

As ideias de al-Jahiz influenciaram outros pensadores muçulmanos


posteriores. Seu trabalho foi lido por homens como al-Farabi, al-Arabi, al-
Biruni e Ibn Khaldun.

O "pai espiritual" do Paquistão, Muhammad Iqbal, também conhecido como


Allama Iqbal, reconheceu a importância de al-Jahiz em sua coleção de
conferências, publicadas em 1930.

Iqbal ressaltou que "foi al-Jahiz quem assinalou as mudanças que se


produzem na vida dos animais devido à migração e às mudanças no meio
ambiente".

"Teoria maometana"
A contribuição do mundo muçulmano à ideia da evolução não era um
segredo para intelectuais europeus do século 19. De fato, um
contemporâneo de Darwin, o cientista William Draper, falava da "teoria da
evolução maometana" em 1878.

No entanto, não há evidências de que Darwin conhecesse o trabalho de al-


Jahiz ou de que entendesse árabe.

É merecida a reputação que o naturalista britânico ganhou como um cientista


que passou anos viajando e observando o mundo natural. Ele elaborou sua
teoria com detalhes e claridade sem precedentes, transformando a forma
com que pensamos o mundo.

Mas o jornalista científico Ehsan Masood, que realizou uma série para a BBC
chamada "Islam and Science" (O Islã e a Ciência), diz que é importante
recordar outros que contribuíram com a história do pensamento evolutivo.

Criacionismo
Ehsan Masood também destaca que o criacionismo não parecia existir como
um movimento significativo no século 9 no Iraque, quando Bagdá e Baçorá
eram os principais centros de ensino avançado na civilização islâmica.

"Os cientistas não passavam horas examinando paisagens da Revelação para


ver se eram comparáveis com o conhecimento observado no mundo natural",
escreveu Masood em artigo sobre al-Jahiz no jornal britânico The Guardian.

Ao fim, foi a busca pelo conhecimento que provocou a morte de al-Jahiz.


Conta-se que, aos 92 anos, ele tentou alcançar um livro em uma estante
pesada, quando a estrutura desabou, matando-o.

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