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O Poder da Oração

Esta apresentação faz referência a opiniões e/ou trabalhos de:

Cristina Diaz
Charles Richet
Michel Cassé
Teilhard de Chardin
Susan Bartlett
Léon Denis
José Herculano Pires
Yvonne Pereira,
William Sangster
Helen Steiner Rice
Allan Kardec
Santo Agostinho
Albert Einstein

além de

História Universal
National Geographic
Cristianismo
Budismo
Centro Médico da Universidade de Duke
Universidade de Johns Hopkins
Cabala
Novo Testamento (Marcos e Lucas)
O que é o Homem?
Para a maioria das confissões religiosas, a oração pressupõe o acreditar num Deus pessoal e na possibilidade de
entrar em contacto directo com Ele.
Ora, o acreditar é um sentimento próprio do ser humano.

Comecemos então pelo princípio: o que é o Homem?

Ao longo da História, encontramos diferentes concepções míticas, religiosas, filosóficas e científicas em relação
ao ser humano, cada uma com a sua explicação sobre a nossa origem, transcendência e sentido da vida:
Os acádios (povo nómada da Mesopotâmia – hoje é a zona do Iraque – dos sécs. XXVI a XXII a.C.) afirmavam
que o primeiro homem, Adapa, era filho do deus Ea, mas perdeu a imortalidade.
Para Hesíodo (foi um poeta da Grécia Antiga. Nasceu, viveu e faleceu em Ascra,
no fim do século VIII a.C.), Zeus modelou em argila Pandora, a primeira mulher,
de cujo enlace com o deus Epimeteu nasceu o resto dos homens.
Curiosamente, Hesíodo – que se dizia inspirado pelas musas – escreveu uma
obra que intitulou “Os Trabalhos e os Dias” em que relata a História do Mundo do
seguinte modo: houve uma idade primeira, a raça de ouro, que viveu livre de
cuidados e sofrimentos e que se transformou nos génios bons, guardiões dos
mortais. Em seguida, surge uma raça inferior, de prata, cujos indivíduos vivem
uma longa infância de cem anos mas, crescendo, entregam-se a excessos e
recusam oferecer culto aos Imortais sendo então transformados em génios
inferiores, chamados bem-aventurados. Zeus criou então uma terceira raça de
homens perecíveis, raça de bronze. Fortes e violentos, munidos com armas de
bronze, sucumbiram uns nas mãos dos outros e foram transportados para o
Hades, "sem deixar nome sobre a terra". Em seguida, veio a raça dos heróis, que
combateram em Tebas e Tróia. Para estes, Zeus reservou um lugar na ilha dos
Bem-aventurados, onde vivem felizes e distantes dos mortais. Por último, surge a
raça de ferro, que é o próprio tempo de Hesíodo, constituído por fadigas, misérias
e angústias.
O mito nórdico da criação atribui a Odin e aos seus irmãos o acto de infundir vida a dois troncos de árvore
de uma praia, convertendo-os em Ask, o primeiro homem, e Embla, a primeira mulher.

Para alguns povos ameríndios, o homem surgiu de um tronco de árvore animado por Tupã.

Na tradição judaico-cristã, o homem, Adão, foi criado por Deus à Sua imagem e semelhança a partir do
barro tendo depois sido criada a primeira mulher, Eva, e foram expulsos do Paraíso como consequência do
pecado original depois de adquirirem consciência do bem e do mal.

O homem, como todas as outras espécies, é resultado de um


processo evolutivo e, na maioria dos casos, considera-se que
somos uma evolução dos símios.

Os estudos mais modernos apontam que a vida na Terra tenha


evoluído a partir de células unicelulares que se uniram em
conjuntos formando as esponjas do mar que, ao longo de
milhares de anos, evoluíram criando capacidades novas:
movimento, órgãos sensoriais e adaptando-se aos diferentes
meios.
Quando vemos uma esponja do mar achamos – de modo geral – que estamos a ver uma espécie de rocha,
estática, sem vida, um ornamento do mar.
Mas o que hoje se sabe é que a esponja do mar é um ser, um animal, que tem vida própria. Alimenta-se
bombeando a água através das suas paredes a uma velocidade incrível retendo, por cada tonelada de água
bombeada, cerca de 28 gramas de alimento.
Para determinar a velocidade de circulação da água, a bióloga Cristina Diaz fez uma experiência documentada
pela National Geographic: espalhou um corante junto às paredes das esponjas. O corante foi expulso em menos
de dois segundos confirmando a natureza dinâmica deste organismo.

E que tem isto a ver com o tema?

Será que não olhamos do mesmo modo para a oração?


Que não a encaramos como uma espécie de ornamento da religião?
Quantas vezes não achamos que rezar é debitar um conjunto de frases feitas que servem apenas para aliviar a
consciência em termos de “dever cumprido”?
Temos consciência da velocidade a que as nossas orações chegam aos Espíritos Superiores?
Será que acreditamos mesmo que a oração é uma relação dinâmica com Deus e que ela tem essa capacidade
de absorver as nossas intenções, filtrá-las e enviá-las para o Alto?

Temos verdadeira consciência que somos filhos de Deus e que a oração é uma conversa com o Pai?
Quem somos?

O homem, além de ser um ser mental, é um ser


espiritual, em que a mente é o seu centro de
comando. Recebe ordens e envia comunicações
do psiquismo em que as regiões profundas do
sentimento e da vontade se traduzem em
pensamentos.

Para Charles Richet estamos diante de


problemas que não se relacionam apenas com o
nosso bem-estar físico, mas com a nossa
evolução moral e espiritual, com o destino do
homem no Cosmos.

«Quando bebemos uma gota de água, bebemos


o universo, pois a molécula da água, o H2O,
reúne, no seu seio, o hidrogénio – vestígio da
explosão inicial, ou Big Bang –, e o oxigénio,
produzido na fornalha das estrelas e exalado por
elas.

As partículas que se constituíram no início do


Universo, esses átomos que se forjaram nas
estrelas, essas moléculas que se constituíram na
Terra ou noutro sítio… tudo isso também está
dentro de nós.»

Michel Cassé
«Onde estão as raízes do nosso ser? Que mistério o das primeiras células que um dia foram animadas pelo
espírito vital da nossa alma. É em parte a história toda do Mundo que se representa em cada um de nós
através da matéria. Por mais autónoma que seja a nossa alma, ela é a herança de uma existência
prodigiosamente trabalhada, antes dela, pelo conjunto de todas as energias terrestres: ela encontra-se com
a Vida e junta-se a ela num momento determinado.
Não há em nós um corpo que se alimente com independência da alma.

À volta da Terra, centro das nossas perspectivas,


as almas formam, em certo modo, a superfície
incandescente da Matéria imersa em Deus.»

Teilhard de Chardin

Mas tem o ser humano consciência desta


realidade?
Temos consciência de que, cada um de nós, é
único e irrepetível?
Temos consciência que somos um reflexo de Deus?
Que temos em nós a centelha divina que nos
permite ter uma alma imortal?
A consciência é uma qualidade psíquica, isto é,
pertence à esfera da psique humana, por isso se
diz também que ela é um atributo do espírito, da
mente.
E a vida (citando novamente Teilhard de Chardin) é
ascensão de consciência.
O que é a oração?
O ser humano tem a necessidade de algum tipo de comunhão com o
divino. A forma ancestral usada para essa comunhão é a oração.

Em termos laicos, oração é uma prática religiosa comum a diversas


confissões religiosas. É vulgarmente designada como uma relação, uma
conversa ou um acto de reconhecimento e louvor a um ser transcendente
ou divino.

No cristianismo, a oração é o fruto consciente do relacionamento com


Deus, a comunicação durante a qual a pessoa louva, agradece,
intercede, pede bênçãos para si próprio ou para outrem e, através dela,
pode desfrutar da presença de Deus. As orações são dirigidas a Deus e
podem ser feitas em voz alta, falada, em canção ou em silêncio. A oração
expressa a adoração a Deus e a aceitação e resignação diante da Sua
vontade. A oração cristã é direccionada para fora, no sentido em que os
cristãos oram a Deus, seja para louvá-Lo, agradecer-Lhe ou suplicar a
Sua graça.

Para o budismo, por exemplo, o acto de orar origina-se no desejo básico do ser
humano de levar vidas felizes e plenas e de morrer de maneira tranquila. Os
budistas dirigem-se ao poder da Lei Mística Universal e oram pela paz e
serenidade durante os tempos difíceis e para conseguir a solução dos problemas
da vida. Mas, à medida que oram, poderão ter em mente pensamentos, desejos
e preocupações. A oração budista é um meio para fortalecer os recursos
próprios do nosso interior, a fim de enfrentar a vida. É um acto mediante o qual
louvam o estado de Buda, ou estado de iluminação, e o fazem surgir de dentro
das nossas vidas porque a sabedoria já existe em estado latente dentro da
nossa consciência.
Oração e ciência
Independentemente do credo religioso de cada pessoa, a oração produz um estado de calma e serenidade,
um sentimento de pertença e sentimentos de amor que podem ser benéficos à saúde física e mental da
pessoa e ao seu bem-estar espiritual.

Os investigadores do Centro Médico da Universidade


de Duke, nos Estados Unidos da América, realizaram
estudos relativos à taxa de sobrevivência de adultos de
idade avançada. Concluíram que os adultos de maior
idade que participavam de actividades religiosas tais
como estudos bíblicos, oração, ou meditação,
apresentavam maior longevidade em relação àqueles
que não tinham este tipo de actividades.

Um outro estudo, realizado na Universidade de


Johns Hopkins, em Baltimore, e que analisou
doentes com artrite reumatóide, concluiu que a Susan Bartlett,
espiritualidade pode alterar a percepção da dor. A Assistant Professor of
Drª. Susan Bartlett, reumatologista e investigadora Medicine, Division of
responsável pelo estudo, concluiu que «se tivermos Rheumatology, Department of
duas pessoas com o mesmo grau de doença, a Medicine, Johns Hopkins
pessoa mais espiritual sente-se melhor. Não é que University
a dor seja menor, mas a dor parece não ter tanta
repercussão na sua vida.»

Seja qual for a maneira que as pessoas escolham orar, o importante é que as orações tragam tranquilidade e
paz às suas vidas. A oração traz consigo oportunidades para compartilhar aquilo que reside no coração das
pessoas.
Oração e espírito
A oração é, simplesmente, falar com Deus.

A oração é essencialmente um acto de telepatia entre as nossas mentes e as mentes de seres espirituais
superiores.

«Quem poderá negar a força do pensamento?


O pensamento é a força por excelência que comanda as outras forças e as impregna com as suas
qualidades ou com os seus defeitos.
O pensamento puro e generoso é uma luz.
Dos espíritos superiores desprende-se uma claridade radiante que ofusca e afasta os espíritos do abismo. O
pensamento do Alto ultrapassa, em energia, todas as forças da Terra; porém, para se comunicar com os
humanos, é preciso oferecer-lhe condições favoráveis. … … é preciso que as nossas almas tenham os seus
pensamentos e irradiações em harmonia, para perceber o pensamento superior.
Através de que procedimento se pode dar aos pensamentos, às radiações fluídicas dos membros de um
mesmo grupo…, esse carácter elevado, essa espécie de sincronismo que cria um ambiente puro e que
permite ao espírito superior manifestar-se?
Respondemos sem hesitar: pela oração!
Não essa recitação monótona, murmurada pelos lábios e sem efeito sobre as vibrações da alma.
Nós chamamos prece ao grito do coração, ao apelo ardente, à improvisação calorosa que comunica um
impulso irresistível às nossas energias ocultas.
Essas energias profundas vibram com intensidade e impregnam-se das qualidades da nossa oração.
A partir daí, elas facilitam a intervenção dos espíritos guias, a dos amigos, e afastam os espíritos das trevas.
A música, também, pelo seu ritmo, contribui para unificar os pensamentos e os fluidos.
A prece é a expressão máxima do pensamento e da
vontade.

É nesse sentido que Allan Kardec a recomendava a seus


discípulos.

A prece é, para as religiões, uma fonte preciosa para


elevar e melhorar o ser humano, mas a prática torna-se
banal, se ela deixa de ser esse impulso espontâneo da
alma, que lhe faz vibrar as cordas profundas.»
In Léon Denis, “O Espiritismo e as Forças Radiantes”

Seguidores de todas as religiões afirmam ver luz em torno


da cabeça das pessoas. Através de práticas religiosas,
como a meditação e a oração, podem atingir-se estados de
consciência ampliada que abrem as capacidades da
Percepção Sensorial Elevada.

A Cabala, teosofia mística judaica que teve início por volta


de 538 a.C., refere-se às mesmas energias como a luz
astral. As pinturas religiosas cristãs retratam Jesus e
outras figuras espirituais cercadas de campos de luz. No
Antigo Testamento, existem inúmeras referências à luz em
torno das pessoas e ao aparecimento de luzes.

A aura é um elemento etéreo, imaterial, que emana e


envolve seres ou objectos.

A oração é também um poderoso elemento de ajuda à Imagem retirada da obra “Mãos de Luz”
limpeza da aura. de Barbara Ann Brennan
Orar porquê?
«Quando nós oramos, colocamo-nos numa condição vibratória que nos permite superar o nosso
condicionamento humano, inferior, apegado à matéria, dominado em grande parte pelo corpo material.

Ao orar, estabelecemos uma sintonia com os espíritos bons, ligamo-nos a eles; por assim dizer, franqueamos
a nossa mente às sugestões dos espíritos bons.

Orai e vigiai, aconselhava Jesus. E vigiar porquê?

Porque é preciso estar vigilantes contra a influência de ideias negativas, ideias que surgem como: “Olha,
fulano está a olhar de mau modo; fulano diz que…”

Nós não percebemos que essas ideias vêm de fora, que estamos a ser sugestionados.

A vigilância é aquele momento em que aprendemos a discernir os nossos pensamentos, a ver o que vem de
fora e o que vem de nós mesmos.

Muita gente pergunta como podemos separar aquilo que vem de nós mesmos e aquilo que vem de fora.

Não é fácil de começo, mas à medida que vamos aprendendo a lidar com o pensamento, e como tudo na
vida é aprendizagem, vamos aprendendo naturalmente a fazer essa distinção.

Os espíritos superiores estão sempre prontos a ajudar com as suas sugestões, as suas boas vibrações, mas
a verdade é que estamos mais aptos a atender às sugestões e vibrações dos espíritos inferiores porque eles
estão mais ligados à nossa natureza humana.
Podemos fazer uma analogia do seguinte modo: não estamos a ouvir
música mas basta ligar o rádio e sintonizar um posto e imediatamente
ouvimos um programa.

Ou seja, o programa está presente. Não o ouvíamos porque não


estávamos em sintonia com ele.

Os pensamentos estão em nosso redor em grande quantidade,


pensamentos emitidos por milhões de pessoas.

Os pensamentos têm uma permanência que não se pode explicar em


termos físicos; eles permanecem e giram, formando um verdadeiro oceano
de pensamentos em torno de nós.

Então, nós recebemos um mundo de pensamentos, muitos deles bons,


outros negativos.

Mas, como a nossa mente é como um aparelho rádio receptor, se nós a


mantivermos numa vibração negativa, recebemos muito mais os
pensamentos negativos; mas se mantivermos pensamentos bons,
construtivos, se procurarmos olhar as coisas com optimismo, encarar o
mundo de maneira mais favorável, então ligamo-nos a pensamentos bons
e aqueles que nós recebermos são bons.

Ou seja, a nossa mente é como um aparelho de rádio que podemos


sintonizar com a estação que quisermos.»
(J. Herculano Pires)

Por outras palavras, o pensamento positivo gerado pela oração é


reconhecido universalmente, tanto no campo das religiões como no campo
da Psicologia, como sendo realmente um conjunto de forças favoráveis ao
ser humano, construtivas para a sua vida.
Importância da oração
Até ao momento, vimos a importância da oração relativamente ao nosso estado consciente. Mas a oração,
como “instrumento” de defesa do nosso espírito, vai mais longe.
Yvonne Pereira, médium brasileira, na obra “Devassando o Invisível” chama a nossa atenção para os
perigos que nos cercam durante o sono ou o desdobramento.
Diz ela o seguinte: «Nem sempre será dado ao médium, durante o desdobramento da sua individualidade
espiritual, visitar as formosas estâncias fluídicas onde a paz e a beleza, a fraternidade e a luz, o consolo e a
alegria revigoram o seu espírito para o prosseguimento da marcha terrena.

Os deveres da mediunidade também o requisitam para os locais


inferiores, antros de miséria e degradação localizados, às vezes, nos
próprios perímetro terrenos, onde se aglomeram entidades ainda
inferiorizadas pelo erro e a materialidade, e aos quais, por isso mesmo,
chamaremos regiões inferiores.
Ser médium não implica tão-somente obter manifestações ostensivas de
entidades elevadas ou inferiores do Invisível numa associação espírita,
transmitir passe ou escrever belas páginas, para edificação geral, sob
impulsão do Alto.
A sua aptidão confere-lhe também o dever de se consagrar a tarefas
mais amplas e melindrosas durante as horas de emancipação do seu
espírito, através do sono natural ou do letárgico. Todavia é comum não se
lembrarem de nada, ao despertar.

Sabemos é que, frequentemente, somos levada a verdadeiros antros de trevas, para serviços de
esclarecimento em torno de entidades sofredoras e endurecidas; que os Instrutores sobre nós projectam
intuições vigorosas para distribuirmos o devido socorro.»
Orar é simples
O concentrarmo-nos numa oração não corresponde ao tipo de concentração individual de uma pessoa num
determinado problema a resolver ou num estudo a fazer.

Como há pouco dissemos, os pensamentos estão em nosso redor em grande quantidade, pensamentos
emitidos por milhões de pessoas. E formam um verdadeiro oceano de pensamentos em torno de nós.

Quando todos pensam em Deus ou em Jesus, todos os pensamentos se concentram numa só ideia. Trata-
se duma concentração colectiva de pensamentos voltados para um mesmo alvo, um alvo superior.

«aquele que ora com fervor e confiança fica mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons
Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.»
(O Livro dos Espíritos)

Mas significa isso que, para orarmos, temos obrigatoriamente de nos


isolar, de nos afastar do lugar onde nos encontramos com outras
pessoas, do mundo que nos rodeia ?

William Sangster, famoso pregador metodista, defendia o que ele


chamava de orações-minuto: a qualquer hora do dia, devíamos elevar o
pensamento a Deus com uma oração muito breve que não perturbasse
os nossos afazeres mas que nos ajudasse a consciencializar a
permanente presença de Deus.

Independentemente de tudo o que ficou dito até ao momento e que


pode dar a impressão de que orar é uma coisa complicada, de facto
«orar é muito simples. É como abrir uma porta silenciosamente e entrar
na presença de Deus, e ali, na quietude, ouvir a Sua voz. Talvez fazer-
lhe uma petição ou apenas ouvi-Lo, não importa; simplesmente ficar lá
na Sua presença. Isso é orar!» (Helen Steiner Rice)
A prece na codificação espírita
Em “O Livro dos Médiuns” refere-se o seguinte:
Haverá algumas fórmulas de prece mais eficazes do que outras?
“Somente a superstição pode emprestar quaisquer virtudes a certas
palavras e somente Espíritos ignorantes, ou mentirosos, podem
alimentar semelhantes ideias, prescrevendo fórmulas. Pode, entretanto,
acontecer que, em se tratando de pessoas pouco esclarecidas e
incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, o uso de
determinada fórmula contribua para lhes infundir confiança.
Neste caso, porém, não é na fórmula que está a eficácia, mas na fé,
que aumenta por efeito da ideia ligada ao uso da fórmula.”

Em “O Livro dos Espíritos”:


A prece é meio eficiente para a cura da obsessão? “A prece é em tudo um
poderoso auxílio. Mas crede que não basta que alguém murmure algumas
palavras, para que obtenha o que deseja. Deus assiste os que fazem obra,
não os que se limitam a pedir”
Pode-se, com utilidade, orar por outrem?
“O Espírito de quem ora, actua pela sua vontade de praticar o bem. Atrai a si,
mediante a prece, os bons Espíritos e estes associam-se ao bem que deseje
fazer.
O pensamento e a vontade representam em nós um poder de acção que
alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal.
A prece que façamos por outrem é um acto dessa vontade. Se for ardente e
sincera, pode chamar, em auxílio daquele por quem oramos, os bons
Espíritos, que lhe virão sugerir bons pensamentos e dar a força de que
necessitem o seu corpo e a sua alma.”
Será útil que oremos pelos mortos e pelos Espíritos sofredores?
E, neste caso, como lhes podem as nossas preces proporcionar alívio e abreviar os sofrimentos?
Têm elas o poder de abrandar a justiça de Deus?
“A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a alma por quem se ora experimenta
alívio, porque recebe assim um testemunho do interesse que inspira àquele que por ela pede.
Por outro lado, mediante a prece, aquele que ora convida o sofredor ao arrependimento e ao desejo de fazer
o que é necessário para ser feliz.
Neste sentido é que se lhe pode abreviar a pena, se, por sua parte, ele secunda a prece com a boa vontade.
O desejo de melhorar-se, despertado pela prece, atrai para junto do Espírito sofredor Espíritos melhores que
o vão esclarecer, consolar e dar-lhe esperanças. Jesus orava pelas ovelhas desgarradas mostrando-vos,
desse modo, que culpados vos tornaríeis, se não fizésseis o mesmo pelos que mais necessitam das vossas
preces.”
Podem as preces, que por nós mesmos
fizermos, mudar a natureza das nossas provas e
desviar-lhes o curso?
“As vossas provas estão nas mãos de Deus e
algumas há que têm de ser suportadas até ao
fim; mas Deus sempre leva em conta a
resignação.
A prece traz para junto de vós os bons Espíritos
e, dando-vos estes a força de suportá-las
corajosamente, menos rudes elas vos parecem.
Temos dito que a prece nunca é inútil, quando
bem feita, porque fortalece aquele que ora, o que
já constitui grande resultado.
Ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará, bem o
sabes.
Demais, não é possível que Deus mude a ordem
da natureza ao sabor de cada um.
De quantos males não se constitui o homem o próprio
autor, pela sua imprevidência ou pelas suas faltas? Ele
é punido naquilo em que pecou.
Todavia, as súplicas justas são atendidas mais vezes
do que supondes.
Julgais, de ordinário, que Deus não vos ouviu porque
não fez a vosso favor um milagre, quando afinal Ele
vos assiste por meios tão naturais que vos parecem
obra do acaso ou da força das coisas.
Muitas vezes também, as mais das vezes mesmo, Ele
vos sugere a ideia que vos fará sair da dificuldade pelo
vosso próprio esforço.”
Conclusão
A oração verdadeira é sempre uma questão de fé. E como já Jesus dizia, a fé é que nos salva.
Jesus perguntou-lhe: «Que queres que te faça?» «Mestre, que eu veja!» - respondeu o cego. Jesus disse-
lhe: «Vai, a tua fé te salvou!» E logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho. Mc 10, 51-52
Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, gritaram,
dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!» Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos
sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados. Um deles, vendo-se curado, voltou,
glorificando a Deus em voz alta; caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um
samaritano. Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os
outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» E disse-lhe:
«Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.» Lc 17, 12-19
Jesus perguntou: «Quem me tocou?» Como todos o negassem, Pedro e os que estavam com Ele disseram:
«Mestre, é a multidão que te aperta e empurra.» Jesus insistiu: «Alguém me tocou, pois senti que saiu de
mim uma força.» Vendo que não tinha passado despercebida, a mulher aproximou-se, a tremer; e, lançando-
se aos pés de Jesus, contou diante de todo o povo por que motivo lhe tinha tocado e como ficara
imediatamente curada. Disse-lhe Jesus: «Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz.» Lc 8, 45-48
No entanto, e ao contrário do que pode
depreender-se destes exemplos, raramente temos
uma fé tão profunda que gere estes efeitos.

Santo Agostinho dizia que «Os milagres não


acontecem em contradição com a natureza, mas
apenas em contradição com o que conhecemos da
natureza.»

Ou seja, não conhecemos o suficiente das leis da


natureza e de Deus para saber como e quando os
chamados milagres acontecem, Sabemos apenas
que, se a fé for suficientemente forte e verdadeira,
as leis que conhecemos podem ser subvertidas.

Tudo necessita de alimento: se não alimentarmos


o amor ele acaba por definhar e morrer. Também a
fé precisa de alimento e esse alimento é a oração.

O poder da oração vem daquilo que nós próprios


pudermos dar-lhe.

Ninguém dá o que não tem.

Se não tivermos amor suficientemente


desapegado das coisas terrenas, jamais
conseguiremos alcançar os níveis de elevação
espiritual que nos permite transpor os limites deste
mundo.

Em última instância, afinal, tudo depende de nós .


E se, em última análise, tudo depende de nós, então:

Ninguém no Mundo pode salvar-nos ou perder-nos, contra a nossa vontade ! Teilhard de Chardin
FIM

Exposição do tema

O Poder da Oração
apresentado na AELA em 21 de Dezembro de 2009

por Filipe

Música de fundo: Canon em D Maior de Johann Pachelbel (Versão com sons do mar)

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