Вы находитесь на странице: 1из 2

11/07/2016 Dziga Vertov: Manifestos

DZIGA VERTOV: MANIFESTOS (1919­1923)

O olho e a câmara tornam­se um em O Homem da Câmara

Dziga  Vertov  iniciou  os  trabalhos  como


documentarista  em  junho  de  1918,  no  cinejornal
semanal Kinonedelia (algo  como  "cine­semanal").
Trabalhou  em  todos  os  filmes,  ressaltando  e
assinalando alguns pontos que viriam a compor os
conceitos  do  kinokismo.  Escreveu  e  dirigiu
quatorze  filmes  até  o  fechamento  do  jornal  em
dezembro  de  1919,  graças  ao  embargo  europeu
contra  o  cinema  soviético,  que  dificultou  a
produção devido a falta de filme virgem.

"Nós:  variações  do  manifesto"  data  de  1919,


coincidindo  com  o  fim  do  Kinonedelia. No  entanto
só foi publicado em 1922 na revista Kinofot, nº 1.
O  manifesto,  uma  espécie  de  carta  de  distinção,
busca separar as aventuras americanas e o "cine­
drama"  alemão,  do  "verdadeiro  kinokismo".
Acusando a subserviência daqueles que utilizam a
câmara para narrar a produção literária e o teatro,
Vertov  defende  o  "estudo  preciso  do  movimento"
como  forma  de  obter  o  ritmo  próprio  da  arte
cinematográfica,  seu  mais  alto  grau.  Ou  seja,  os
momentos  mais  radicais  deste  escrito  ("fugir  do
abraço  do  teatro  do  amante"  e  "virar  as  costas  à
música")  dizem  respeito  menos  às  artes  em
questão  do  que  à  construção  do  cinema.  Esta
construção  estaria  atrelada  ao  que  o  manifesto
chama  "poesia  das  máquinas",  isto  é,  longe  das
imperfeições do olho humano.

O  segundo  manifesto  do  grupo,  Kinoks:  uma


revolução  (1922)  foi  publicado  pela  primeira  vez
em  1923  no  jornal  LEF,  fundado  no  mesmo  ano
pelo  poeta  Vladímir  Maiakóvski.  As  siglas
designam algo como "front de esquerda das artes"
(no  inglês,  Left  Front  of  Arts).  Vertov  demonstra
maior  precisão  na  escolha  dos  conceitos,  funções
e propostas  do  cine­olho.  Este  texto  coincide  com
o  ínicio  de  seus  trabalhos  no  Kinopravda  (algo
como  "cine­verdade"),  cinejornal  cujo  nome  fora
http://www.contracampo.com.br/01-10/dzigavertov.html 1/2
11/07/2016 Dziga Vertov: Manifestos
decalcado de outra publicação lançada por Lenine.
Entre  junho  de  1922  e  dezembro  de  1925,  o
Kinopravda editou vinte e três filmes dirigidos por
Vertov,  lançando  mão  das  teorias  do  kinokismo,
servindo  como  um  verdadeiro  laboratório  de
experimentação.

Ao contrário de "Nós",  o  fator  montagem  aparece


melhor  conceituado.  A  construção  de  um  olhar  a
partir  do  cine­olho  (kinoglaz),  despojado  dos
"psicologismos" e imperfeições do olho humano, é
o centro da proposta vertoviana. Um cinema "arte
da  montagem",  complexa  e  potente  máquina  de
representação  do  mundo,  pelo  qual  superaríamos
a  incompetência  em  prol  de  um  maior
conhecimento de nós mesmos.

CONTRACAMPO  homenageia  Vertov  e  sua  trupe,


mas em tom de convocação: é prolífica a produção
do  grupo,  tanto  visual  quanto  textualmente.  Nos
aventuramos  a  traduzir  uma  pequena  parte  e  a
reeditar  as  traduções  já  existentes,  por  "amor  à
arte".  Tal  esforço  prosseguirá  na  medida  em  que
formos  preenchendo  nosso  Banco  de  Textos.  E
aceitando colaborações.

Bernardo Oliveira

Nós: Variações do Manifesto (1922)

Kinoks: Uma Revolução (1923)

Vertov Inventor, por Bernardo Oliveira

http://www.contracampo.com.br/01-10/dzigavertov.html 2/2

Вам также может понравиться