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Para gerar um fluxo sanguíneo precisa de uma bomba propulsora que é o coração. O
coração tem uma camada muscular, o miocárdio. Parte interna que é o endocárdio,
uma parte média, o miocárdio, e a parte externa o pericárdio. De um modo geral a
gente fala miocárdio, que é músculo cardíaco. Quando fala do miocárdio, não está
falando especificamente da parte histológica, só da parte mediana. Está falando de
toda a musculatura do coração. No coração, existe um tecido conjuntivo que separa os
átrios de ventrículos, significando que não há conexão a célula muscular atrial da
ventricular. Vai ser importante., pois o estímulo elétrico gerado no coração é gerado
no átrio direito, e aí esse estímulo precisa passar da parte atrial para a parte
ventricular. Se não tivesse esse isolamento, esse estímulo passaria direto e então o
coração contrairia todo de uma vez, átrios e ventrículos juntos. E na verdade, o que se
tem é átrio contraindo primeiro e ventrículo contraindo depois.
Se o músculo não depende de um estímulo neural para contrair, como o músculo vai
relaxar? No músculo esquelético, cessava o estímulo neural, a acetilcolinesterase
quebra a acetilcolina, que para de estimular o receptor e para de gerar o potencial de
ação. E para de alterar a proteína (receptor DHP) e fecha o canal de rianodina, o cálcio
que tinha sido liberado é bombeado para dentro do retículo sarcoplasmático, por uma
bomba de cálcio. O músculo então relaxa. No músculo cardíaco não tem que o pa está
sendo gerado por neurônio, mas sim é espontâneo, foi gerado pela, se propaga, vai
passar pelo período refratário dele, e ele vai repolarizar a célula, e ela voltaria ao
repouso. Ele cessa, porque não tem estímulo constante como no músculo esquelético.
Segundo, essa célula apresenta um transporte ativo secundário, é aquele dependente
do transporte ativo primário. Na membrana dessa célula, tem uma bomba de sódio e
potássio, que manda constantemente 3 sódios para fora e dois potássios para dentro,
para isso ela gasta energia. Junto à ela tem um contratranspostador de sódio e cálcio.
Quando o cálcio se liga na face interna dessa proteína, e o sódio se liga no lado externo
dessa proteína, a proteína gira. Ela gira porque o sódio tem um tendência constante a
entrar à favor do seu gradiente de contração. Mas o cálcio quando sai está indo contra
o seu gradiente de concentração. Pois tem uma grande concentração de cálcio
extracelular. Só que a energia está sendo gasta pela bomba de sódio e potássio. Para o
músculo relaxar um dos mecanismos é o transporte ativo secundário, afinal de contas,
parte do cálcio liberado veio do líquido extracelular, precisa mandar o cálcio pra fora
de novo. No retículo sarcoplasmático tem uma bomba de cálcio, pega o cálcio que
tinha sido liberado para dentro do retículo, voltando o cálcio pra dentro do retículo e
para fora o músculo relaxa.
O coração apresenta dois tipos de células: contráteis (músculo em si) e células auto-
excitáveis (que são células do sistema de condução).
Evolutivamente essas células perderam a sua capacidade contrátil, algumas delas tem
uma pequena capacidade de contração, como as células da fibra de purkinje, mas elas
não se contraem efetivamente, então é considerado como desprezível. Apesar delas
não se contraírem, elas tem capacidade de gerar potencia de ação espontânea, e por
isso, são chamadas de auto-excitáveis. O potencial de ação é diferente do potencial de
ação das células contráteis.
1. Células contráteis
A célula está em repouso com -90 mv, a voltagem não muda, potencial de repouso é
estável, ou seja, só altera seu potencial de membrana quando é estimulada. Se não for
estimulada, ela mantém seu potencial de membrana estável. O potencial de
membrana tem como característica uma estabilidade no potencial de membrana, em
um determinado período praticamente a voltagem não varia. Isso acontece porque as
cargas estão saindo e entrando ao mesmo tempo.
O canal de sódio tem duas comportas, o de potássio tem uma e o de cálcio tem uma. O
de sódio tem uma comporta de ativação de fora e uma de inativação para dentro.
Quando chaga ao limiar de ativação abre a comporta de ativação e de inativação fecha
lentamente. Enquanto isso sódio entra. O canal de potássio é fechado para o lado de
dentro, ativou ele começa a abrir devagar, quando ele se abre potássio sai. O canal de
cálcio tem uma comporta de ativação fechada do lado de fora. Quando é ativado abre
lentamente e rapidamente se fecha, enquanto que o de potássio continua aberto.
Quando a célula auto-estimulável se estimular, através das junções gap as células
contráteis vão ser estimuladas, entra carga positiva nessa célula até chegar no limiar
de excitação. Quando chegar no limiar, ativa os canais voltagem dependentes, o
primeiro a se abrir é o de sódio, a célula despolariza. Logo em seguida o canal de sódio
se fecha e o de potássio se abre. O potássio sai da célula, a célula vai ficando mais
negativa e então o canal de cálcio se abre. Nesse ponto o cálcio está entrando e
potássio saindo, não gera uma alteração significativa de voltagem, o que gera uma
estabilidade na membrana conhecida pelo platô.
Esse potencial de ação é prolongado, devido ao platô, e isso é importante, pois quando
os canais de cálcio se abrem já começa a contração, então dá tempo do músculo
contrair e relaxar junto do potencial de ação. Quanto o cálcio começar a entrar, induz a
liberação de mais cálcio, o músculo começa a contrair, o canal de cálcio se fecha e
então a bomba de cálcio bombeia cálcio para dentro do retículo sarcoplasmático. O
músculo começa a relaxar, quando ele relaxar fecha o canal de potássio. Se por acaso
ocorrer outro estímulo e atingir o limiar de excitação ocorrendo então o pa, o músculo
estará relaxado. Aí ele contrai e relaxa de novo, então, o músculo não entra em
tetania.
O platô será importante, pois ao aumentar o tempo dá tempo para o músculo contrair
e relaxar, evitando a tetania.
2. Células auto-rítmicas
O potencial de repouso é instável. Existe uma voltagem mínima que essa célula atinge,
que nesse exemplo seria o – 60. Essa voltagem é o potencial de repouso nesse
exemplo, porém ele não permanece nessa voltagem. Quando atinge essa voltagem, já
começa a despolarizar. Não existe um potencial de repouso que se mantém nessas
células.
Esse potencial é gerado no nó sinoatrial, e esse potencial gerado nessas células vai se
propagar para as células musculares. Uma vez que ele se propaga, ele vai fazer com
que essas cargas positivas que estão entrando nessa célula, vão entrar na célula
muscular. Passou para a célula muscular vai depolarizar até chegar no limiar de
excitação. Uma vez que fez isso o potencial de ação vai se propagar para todas as
células musculares através das junções comunicantes.
Um potencial de ação gerado no nó sinoatrial ele vai se propagar por todo o coração,
gerando uma contração muscular que equivale a um batimento cardíaco. Um potencial
de ação equivale a um batimento cardíaco. E esse batimento se divide em: contração
ou sístole atrial e contração ou sístole ventricular. Seguida de relaxamento dos dois,
que é a diástole. Considerando que o músculo cardíaco contrai junto com o coração,
posso dizer que durante um potencial de ação no átrio é a contração atrial. Se o
potencial de ação está propagando pelo átrio significa que o átrio está contraindo,
porque a contração acontece junto do potencial de ação. Da mesma forma, se está
propagando pelo ventrículo, significa que o ventrículo está contraindo. Se eu consigo
detectar essas ondas elétricas que estão sendo geradas no coração, eu consigo
detectar e gerar ondas que representam cada uma, então essas ondas vão representar
o que está acontecendo na sístole atrial e na sístole ventricular. Então eu posso
relacionar isso com o que está acontecendo naquele coração.
Em cima está a representação de como é o potencial de ação em cada uma das células:
Nó sinoatrial, Átrio, Nó atrioventricular, Feixe de His, Fibras de purkinje, Endocárdio e
Epicárdio.
Nó sinoatrial vai despolarizar, uma vez que despolariza, o potencial de ação se propaga
pros átrios. Sempre pensando que essa propagação vai ocorrer de cima pra baixo.
Porque a célula que está mais próxima dele é a célula aqui da camada superior. E o
átrio é uma cavidade, então, tem que a massa primeiramente estimulada é a superior.
Quando ele despolariza logo em seguida o átrio também despolariza. No átrio tem o
platô, ou seja, é o potencial de ação do músculo (célula contrátil). As células
condutoras tem uma velocidade com o qual elas depolarizam e chegam ao limiar de
excitação. E aí cada uma delas tem um tempo diferente para chegar naquele limiar de
excitação. A célula que chega mais rápido no limiar de excitação são as células do nó
sinoatrial. Como elas chegam mais rápido, elas geram o potencial de ação primeiro. Se
ela gera o pa primeiro ela assume o comando do coração. Então, o nó sinoatrial é
chamado de marca-passo natural, pois ele que gera o ritmo, que comanda que
determina os batimentos cardíacos.
O potencial de ação quando ele ocorre no sinoatrial, vai se propagar pelo átrio e na
hora que ele passa pelo átrio, o átrio contrai (onda P). Aí o átrio repolariza, o pa chega
no nó atrioventricular, passa pelo feixe de His, desce pelas fibras de purkinje. As fibras
de purkinje começam a despolarizar ventrículo. Depois a gente vai ver que um lado
despolariza primeiro que o outro. E por isso o eletrodo detecta a onda negativa (Onda
Q). O ramo esquerdo leva o pa primeiro, despolariza primeiro que o direito, pois o
ramo direito dá uma voltinha antes de descer. Isso é detectado pelo eletrodo, gera
uma onda negativa, pois o lado direito vai estar negativo. Significa que a primeira onda
de despolarização ventricular é uma onda negativa. Desceu pelo septo ventricular e vai
subir pela parede ventricular. Como aqui tem uma massa de células muito grande,
gera uma onda positiva de despolarização. As fibras de purkinje estão inseridas no
endocárdio. Significa que o potencial de ação vai se propagar de dentro pra fora da
parede ventricular. Primeiro despolariza endocárdio, depois despolariza Epicárdio.
Despolariza de dentro pra fora. Mas repolariza de fora pra dentro, então o eletrodo vai
detectar e gerar onda positiva. O ECG é uma representação gráfica de todas as ondas
do pa que está acontecendo no coração. Cada uma fala de uma parte de coração, por
isso é possível entender o que está acontecendo no coração.