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Sei que vocês nunca ouviram falar de Apolinária. Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de
pessoas que jamais usufruíram de notoriedade.
Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto de
Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico de escravos se tornou ilegal como parte de um
conjunto de acordos internacionais, os africanos livres eram os indivíduos que compunham a carga dos
navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 1831, se a apreensão ocorresse em águas brasileiras,
eles ficavam sob tutela estatal e deviam prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 anos até sua
emancipação. Com isso, os africanos livres chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive ao
Amazonas.
Apolinária foi designada para trabalhar na recém-instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram junto.
Ali já estavam outros africanos livres que, além da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram
responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios que vinham das aldeias para servir nas obras
públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até
1858, quando a olaria foi fechada para se transformar em uma nova escola: os Educandos Artífices.
A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos.
Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar ali com os
filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não era
grande coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. A
tranquilidade durou pouco. O diretor dos Educandos, certamente mal informado pela boataria
maledicente, a demitiu do cargo alegando que era ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses depois,
Apolinária já estava de volta ao trabalho nas obras públicas, com destino incerto.
Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu com Apolinária porque ela desapareceu
da documentação, mas os fragmentos de sua vida que pude recuperar são poderosos para iluminar
cenas da vida desta cidade que estavam nas sombras. A presença negra no Amazonas é tratada de
modo marginal na historiografia local e só muito recentemente vemos mudanças neste cenário. Há ainda
muitas zonas de silêncio. A história de Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, entre eles, o fato
de que a trajetória dessas pessoas que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite acessar um
mundo bem pouco visível na história do Brasil: a diversidade de experiências que uniram índios,
escravos, libertos e africanos livres no mundo do trabalho no século XIX.
Falar dessa gente pouco importante é buscar dialogar com personagens reais e concretos. Suas vidas
comuns foram, de fato, extraordinárias, cada uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que fazem a
História acontecer todos os dias.
(Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014)
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e) didático, por divulgar informações de maneira categórica e impessoal, e assume um tom apelativo
ao apresentar figuras públicas de prestígio como pessoas do povo.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/606820
Sei que vocês nunca ouviram falar de Apolinária. Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de
pessoas que jamais usufruíram de notoriedade.
Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto de
Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico de escravos se tornou ilegal como parte de um
conjunto de acordos internacionais, os africanos livres eram os indivíduos que compunham a carga dos
navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 1831, se a apreensão ocorresse em águas brasileiras,
eles ficavam sob tutela estatal e deviam prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 anos até sua
emancipação. Com isso, os africanos livres chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive ao
Amazonas.
Apolinária foi designada para trabalhar na recém-instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram junto.
Ali já estavam outros africanos livres que, além da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram
responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios que vinham das aldeias para servir nas obras
públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até
1858, quando a olaria foi fechada para se transformar em uma nova escola: os Educandos Artífices.
A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos.
Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar ali com os
filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não era
grande coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. A
tranquilidade durou pouco. O diretor dos Educandos, certamente mal informado pela boataria
maledicente, a demitiu do cargo alegando que era ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses depois,
Apolinária já estava de volta ao trabalho nas obras públicas, com destino incerto.
Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu com Apolinária porque ela desapareceu
da documentação, mas os fragmentos de sua vida que pude recuperar são poderosos para iluminar
cenas da vida desta cidade que estavam nas sombras. A presença negra no Amazonas é tratada de
modo marginal na historiografia local e só muito recentemente vemos mudanças neste cenário. Há ainda
muitas zonas de silêncio. A história de Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, entre eles, o fato
de que a trajetória dessas pessoas que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite acessar um
mundo bem pouco visível na história do Brasil: a diversidade de experiências que uniram índios,
escravos, libertos e africanos livres no mundo do trabalho no século XIX.
Falar dessa gente pouco importante é buscar dialogar com personagens reais e concretos. Suas vidas
comuns foram, de fato, extraordinárias, cada uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que fazem a
História acontecer todos os dias.
(Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014)
Sei que vocês nunca ouviram falar de Apolinária. Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de
pessoas que jamais usufruíram de notoriedade.
Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto de
Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico de escravos se tornou ilegal como parte de um
conjunto de acordos internacionais, os africanos livres eram os indivíduos que compunham a carga dos
navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 1831, se a apreensão ocorresse em águas brasileiras,
eles ficavam sob tutela estatal e deviam prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 anos até sua
emancipação. Com isso, os africanos livres chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive ao
Amazonas.
Apolinária foi designada para trabalhar na recém-instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram junto.
Ali já estavam outros africanos livres que, além da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram
responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios que vinham das aldeias para servir nas obras
públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até
1858, quando a olaria foi fechada para se transformar em uma nova escola: os Educandos Artífices.
A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos.
Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar ali com os
filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não era
grande coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. A
tranquilidade durou pouco. O diretor dos Educandos, certamente mal informado pela boataria
maledicente, a demitiu do cargo alegando que era ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses depois,
Apolinária já estava de volta ao trabalho nas obras públicas, com destino incerto.
Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu com Apolinária porque ela desapareceu
da documentação, mas os fragmentos de sua vida que pude recuperar são poderosos para iluminar
cenas da vida desta cidade que estavam nas sombras. A presença negra no Amazonas é tratada de
modo marginal na historiografia local e só muito recentemente vemos mudanças neste cenário. Há ainda
muitas zonas de silêncio. A história de Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, entre eles, o fato
de que a trajetória dessas pessoas que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite acessar um
mundo bem pouco visível na história do Brasil: a diversidade de experiências que uniram índios,
escravos, libertos e africanos livres no mundo do trabalho no século XIX.
Falar dessa gente pouco importante é buscar dialogar com personagens reais e concretos. Suas vidas
comuns foram, de fato, extraordinárias, cada uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que fazem a
História acontecer todos os dias.
(Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014)
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Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto de
Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico de escravos se tornou ilegal como parte de um
conjunto de acordos internacionais, os africanos livres eram os indivíduos que compunham a carga dos
navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 1831, se a apreensão ocorresse em águas brasileiras,
eles ficavam sob tutela estatal e deviam prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 anos até sua
emancipação. Com isso, os africanos livres chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive ao
Amazonas.
Apolinária foi designada para trabalhar na recém-instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram junto.
Ali já estavam outros africanos livres que, além da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram
responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios que vinham das aldeias para servir nas obras
públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até
1858, quando a olaria foi fechada para se transformar em uma nova escola: os Educandos Artífices.
A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos.
Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar ali com os
filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não era
grande coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. A
tranquilidade durou pouco. O diretor dos Educandos, certamente mal informado pela boataria
maledicente, a demitiu do cargo alegando que era ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses depois,
Apolinária já estava de volta ao trabalho nas obras públicas, com destino incerto.
Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu com Apolinária porque ela desapareceu
da documentação, mas os fragmentos de sua vida que pude recuperar são poderosos para iluminar
cenas da vida desta cidade que estavam nas sombras. A presença negra no Amazonas é tratada de
modo marginal na historiografia local e só muito recentemente vemos mudanças neste cenário. Há ainda
muitas zonas de silêncio. A história de Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, entre eles, o fato
de que a trajetória dessas pessoas que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite acessar um
mundo bem pouco visível na história do Brasil: a diversidade de experiências que uniram índios,
escravos, libertos e africanos livres no mundo do trabalho no século XIX.
Falar dessa gente pouco importante é buscar dialogar com personagens reais e concretos. Suas vidas
comuns foram, de fato, extraordinárias, cada uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que fazem a
História acontecer todos os dias.
(Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014)
Limites da ciência
Os deuses parecem ter um prazer especial em desmoralizar quem faz profecias sobre os limites da
ciência. Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca surgiria um meio para estudarmos a composição
química das estrelas. Bem, o método existe e hoje sabemos do que elas são feitas. Sabemos até que nós
somos feitos de poeira estelar.
É verdade que Comte não era cientista, mas filósofo. Só que cientistas não se saem muito melhor. Um
dos maiores físicos de seu tempo, lorde Kelvin, escreveu em 1900: "Não há mais nada novo a ser
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30/12/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
descoberto na física; só o que resta fazer são medidas cada vez mais precisas". Vieram depois disso
relatividade, mecânica quântica, modelo padrão etc.
Marcus du Sautoy conta essas histórias em The Great Unknown (O Grande Desconhecido). Ele sabe,
portanto, que caminha em terreno perigoso quando se propõe a discutir os limites do conhecimento
humano. Mas Du Sautoy, que é professor de matemática em Oxford e autor de vários livros de
divulgação, tenta jogar em território razoavelmente seguro. Ele vai às fronteiras da ciência em que já
temos informações suficientes para saber que há barreiras formidáveis a um conhecimento total.
A teoria do caos, por exemplo, assegura que nunca conseguiremos fazer previsões de longo prazo
acerca de fenômenos como a meteorologia e engarrafamentos de trânsito. O problema é que alterações
mínimas nas condições iniciais podem produzir alterações dramáticas depois de um tempo – e nós nunca
temos conhecimento completo do presente.
Analogamente, ele mostra como o princípio da incerteza, a extensão do cosmo e a provável
inexistência do tempo também limitam a possibilidade de conhecimento. Ao final, Du Sautoy retorna à
sua especialidade e mergulha nas implicações dos teoremas da incompletude de Gödel, que criam
embaraços para a própria matemática. É diversão certa para quem gosta de grandes questões.
(Hélio Schwartsman. Disponível em: www.folha.uol.com.br. 19.11.2017)
Limites da ciência
Os deuses parecem ter um prazer especial em desmoralizar quem faz profecias sobre os limites da
ciência. Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca surgiria um meio para estudarmos a composição
química das estrelas. Bem, o método existe e hoje sabemos do que elas são feitas. Sabemos até que nós
somos feitos de poeira estelar.
É verdade que Comte não era cientista, mas filósofo. Só que cientistas não se saem muito melhor. Um
dos maiores físicos de seu tempo, lorde Kelvin, escreveu em 1900: "Não há mais nada novo a ser
descoberto na física; só o que resta fazer são medidas cada vez mais precisas". Vieram depois disso
relatividade, mecânica quântica, modelo padrão etc.
Marcus du Sautoy conta essas histórias em The Great Unknown (O Grande Desconhecido). Ele sabe,
portanto, que caminha em terreno perigoso quando se propõe a discutir os limites do conhecimento
humano. Mas Du Sautoy, que é professor de matemática em Oxford e autor de vários livros de
divulgação, tenta jogar em território razoavelmente seguro. Ele vai às fronteiras da ciência em que já
temos informações suficientes para saber que há barreiras formidáveis a um conhecimento total.
A teoria do caos, por exemplo, assegura que nunca conseguiremos fazer previsões de longo prazo
acerca de fenômenos como a meteorologia e engarrafamentos de trânsito. O problema é que alterações
mínimas nas condições iniciais podem produzir alterações dramáticas depois de um tempo – e nós nunca
temos conhecimento completo do presente.
Analogamente, ele mostra como o princípio da incerteza, a extensão do cosmo e a provável
inexistência do tempo também limitam a possibilidade de conhecimento. Ao final, Du Sautoy retorna à
sua especialidade e mergulha nas implicações dos teoremas da incompletude de Gödel, que criam
embaraços para a própria matemática. É diversão certa para quem gosta de grandes questões.
(Hélio Schwartsman. Disponível em: www.folha.uol.com.br. 19.11.2017)
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Não há dúvida de que uma linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos. Mas ninguém pode
afirmar que seja também o melhor, o mais indicado, o mais proveitoso, por ser mais alegre, mais bonito
ou mais surpreendente. Quem caminha pelas cidades sabe que há trajetos e trajetos: uns para a pressa,
outros para animar o espírito. Numa época em que a velocidade se tornou uma espécie de paradigma
geral, vale a pena experimentar alternativas para o nosso modo de atravessar os espaços e o tempo.
Imagino quantos motoristas presos num congestionamento não sonharão em abandonar o carro, ou
quantos passageiros em deixar o ônibus, e sair à toa e a pé em busca de novos caminhos, desistindo de
se submeter à ditadura do relógio e dos compromissos. Se ninguém faz isso, o desejo de libertação
existe para todos. As grandes cidades, em vez de oferecerem espaços de circulação ou acolhimento,
impõem-nos caminhos intransitáveis, paralisantes. Nosso estilo de vida levou-nos aos impasses urbanos
que impositivamente configuram nossa rotina.
Dizia o poeta espanhol António Machado que o caminho se faz caminhando, que os caminhantes é que
traçam e qualificam seu destino. Essa convicção deveria inspirar não apenas os responsáveis diretos pelo
uso mais desfrutável do espaço urbano, mas todos aqueles que sentem seu compromisso com os rumos
e o andamento da civilização.
(Hermínio Toledo, inédito)
Representa-se uma forte contradição da vida moderna entre as seguintes afirmações do texto:
a) uma linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos / ninguém pode afirmar que seja também
o melhor
b) Quem caminha pelas cidades sabe que há trajetos e trajetos / vale a pena experimentar
alternativas
c) a velocidade se tornou uma espécie de paradigma geral / motoristas presos num
congestionamento
d) Nosso estilo de vida levou-nos aos impasses urbanos / que impositivamente configuram nossa
rotina
e) o desejo de libertação existe para todos/ os caminhantes é que traçam e qualificam seu destino
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/614523
Não há dúvida de que uma linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos. Mas ninguém pode
afirmar que seja também o melhor, o mais indicado, o mais proveitoso, por ser mais alegre, mais bonito
ou mais surpreendente. Quem caminha pelas cidades sabe que há trajetos e trajetos: uns para a pressa,
outros para animar o espírito. Numa época em que a velocidade se tornou uma espécie de paradigma
geral, vale a pena experimentar alternativas para o nosso modo de atravessar os espaços e o tempo.
Imagino quantos motoristas presos num congestionamento não sonharão em abandonar o carro, ou
quantos passageiros em deixar o ônibus, e sair à toa e a pé em busca de novos caminhos, desistindo de
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se submeter à ditadura do relógio e dos compromissos. Se ninguém faz isso, o desejo de libertação
existe para todos. As grandes cidades, em vez de oferecerem espaços de circulação ou acolhimento,
impõem-nos caminhos intransitáveis, paralisantes. Nosso estilo de vida levou-nos aos impasses urbanos
que impositivamente configuram nossa rotina.
Dizia o poeta espanhol António Machado que o caminho se faz caminhando, que os caminhantes é que
traçam e qualificam seu destino. Essa convicção deveria inspirar não apenas os responsáveis diretos pelo
uso mais desfrutável do espaço urbano, mas todos aqueles que sentem seu compromisso com os rumos
e o andamento da civilização.
(Hermínio Toledo, inédito)
O autor do texto parece referendar a afirmação atribuída ao poeta espanhol António Machado, pois
ambos
a) repudiam os caminhos que configuram autoritariamente o espaço de nossa circulação pelo mundo.
b) desconsideram a alternativa imaginária de um caminho mais prazeroso do que o traçado de uma
linha reta.
c) se deixam atrair pela possibilidade de atravessar os espaços e o tempo de modo a configurar uma
rotina.
d) consideram que é possível conciliar a rota dos caminhos impostos com aquela que anima o nosso
espírito.
e) acreditam que os congestionamentos induzem-nos a esquecer a ditadura dos relógios e dos
compromissos.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/614526
Não há dúvida de que uma linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos. Mas ninguém pode
afirmar que seja também o melhor, o mais indicado, o mais proveitoso, por ser mais alegre, mais bonito
ou mais surpreendente. Quem caminha pelas cidades sabe que há trajetos e trajetos: uns para a pressa,
outros para animar o espírito. Numa época em que a velocidade se tornou uma espécie de paradigma
geral, vale a pena experimentar alternativas para o nosso modo de atravessar os espaços e o tempo.
Imagino quantos motoristas presos num congestionamento não sonharão em abandonar o carro, ou
quantos passageiros em deixar o ônibus, e sair à toa e a pé em busca de novos caminhos, desistindo de
se submeter à ditadura do relógio e dos compromissos. Se ninguém faz isso, o desejo de libertação
existe para todos. As grandes cidades, em vez de oferecerem espaços de circulação ou acolhimento,
impõem-nos caminhos intransitáveis, paralisantes. Nosso estilo de vida levou-nos aos impasses urbanos
que impositivamente configuram nossa rotina.
Dizia o poeta espanhol António Machado que o caminho se faz caminhando, que os caminhantes é que
traçam e qualificam seu destino. Essa convicção deveria inspirar não apenas os responsáveis diretos pelo
uso mais desfrutável do espaço urbano, mas todos aqueles que sentem seu compromisso com os rumos
e o andamento da civilização.
(Hermínio Toledo, inédito)
A expressão uns para a pressa, outros para animar o espírito refere-se aos trajetos que
a) constituem, complementando-se e ligando-se entre si, as vias de maior movimento nas grandes
cidades.
b) ilustram, respectivamente, o traçado mais urgente de uma linha reta e aquele que se cumpre de
modo mais proveitoso.
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c) dizem respeito, na ordem dada, aos cidadãos mais responsáveis e àqueles que se distraem de suas
obrigações.
d) especificam os dois tipos de planejamento viário que usualmente são aplicados nos grandes
centros urbanos.
e) esclarecem, em ambos os casos, o que no texto se conceitua como ditadura do relógio e impasses
urbanos.
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Uma das nossas contradições fundamentais é a gente desejar viver na cidade grande e levar no
inconsciente a intenção de criar em torno de nós a aldeia natal. Sabemos que a tranquilidade e a
solidariedade da vila são imprescindíveis à respiração normal do psiquismo; mesmo assim, no dia de
cumprir nosso destino enfiamos as roupas melhorzinhas e partimos para a cidade, onde as aflições são
certas, mas podem vir misturadas com um novo prazer, com uma alegria inédita.
Movidos por essa sensualidade das experiências novas e desafiadoras é que trocamos a paz preguiçosa e
angelical da nossa província pelo festival demoníaco da metrópole. Pensará o jovem: “a terra de meu pai
está cansada para as batatas...” E é assim que tantos partem para os grandes centros, agravando a
poluição humana e deixando preocupado o ministro da Agricultura.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. O mais estranho dos países. São Paulo, Companhia das Letras, 2013, p. 104)
O tema do texto prende-se a relações de contraste, tal como a que se representa, por exemplo, entre os
segmentos
a) viver na cidade grande / onde as aflições são certas
b) levar no inconsciente / criar em torno de nós a aldeia natal
c) cumprir nosso destino / partimos para a cidade
d) sensualidade das experiências novas / partem para os grandes centros
e) a paz preguiçosa / festival demoníaco da metrópole
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/614535
Uma das nossas contradições fundamentais é a gente desejar viver na cidade grande e levar no
inconsciente a intenção de criar em torno de nós a aldeia natal. Sabemos que a tranquilidade e a
solidariedade da vila são imprescindíveis à respiração normal do psiquismo; mesmo assim, no dia de
cumprir nosso destino enfiamos as roupas melhorzinhas e partimos para a cidade, onde as aflições são
certas, mas podem vir misturadas com um novo prazer, com uma alegria inédita.
Movidos por essa sensualidade das experiências novas e desafiadoras é que trocamos a paz preguiçosa e
angelical da nossa província pelo festival demoníaco da metrópole. Pensará o jovem: “a terra de meu pai
está cansada para as batatas...” E é assim que tantos partem para os grandes centros, agravando a
poluição humana e deixando preocupado o ministro da Agricultura.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. O mais estranho dos países. São Paulo, Companhia das Letras, 2013, p. 104)
Ao se considerar que muitos partem para a experiência de uma alegria inédita, enfatiza-se a
circunstância de que
a) a vida na metrópole não deixa de ser, de qualquer modo, um prolongamento da paz preguiçosa e
angelical da província.
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b) o festival demoníaco que identifica o modo de vida na metrópole impede o desfrute de algum novo
prazer.
c) o prazer do novo acabará por eliminar de vez a suspeita de que nos grandes centros as aflições
são certas.
d) tal descoberta ocorre em meio a experiências outras, como a da poluição humana proporcionada
pelos grandes centros.
e) essa busca ilusória acarretará, entre outras consequências, prejuízos para a qualidade de vida nas
pequenas cidades.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/614536
O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário. É um mal
porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo quando estamos preparados para abordar os
assuntos sobre os quais escrevemos, é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de
erro, sobretudo de imprecisões, é grande.
O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a
linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte inconscientes, que refletem visões de mundo
de quem escreve. Eles interagem com os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de
fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.
Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato jornalístico. O objetivo
daquela geração, realizado apenas em parte, era estabelecer que o jornalismo, apesar de suas severas
limitações, é uma forma legítima de conhecimento sobre o nível mais imediato da realidade.
O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por dois motivos. Ao
disseminar notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas para um
exercício mais consciente da cidadania. Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo fosse a escola
na qual os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.
O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas públicos,
servem como arena de ideias e soluções. O livre funcionamento das várias formas de imprensa, mesmo
as sectárias e as de má qualidade, corresponde em seu conjunto à respiração mental da sociedade.
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A maioria das pessoas
está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra pouca atenção para
o que é público. Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão
e pela internet, vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria.
O jornalismo de verdade, que apura, investiga e debate, é sempre elitista. Está voltado não a uma elite
econômica, mas a uma aristocracia do espírito. São líderes comunitários, professores, empresários,
políticos, sindicalistas, cientistas, artistas. Pessoas voltadas ao coletivo.
A influência desse tipo de jornalismo sempre foi, assim, mediada. Desde que se tornou hegemônico,
nos anos 1960-70, o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa. Algo parecido ocorre agora com
as redes sociais.
A imprensa, que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise. O paradoxo deste período é que, no
mesmo passo em que as bases materiais do jornalismo profissional deslizam, sua capacidade de atingir
mais leitores se multiplica na internet, conforme se torna visível a perspectiva de universalizar o ensino
superior.
(Adaptado de: FILHO, Otavio Frias. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
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d) O autor considera que o caráter provisório das notícias, a apuração apressada dos fatos e a
subjetividade própria da linguagem sejam questões problemáticas inerentes ao jornalismo.
e) Em oposição ao jornalismo que apura e investiga, o jornalismo recreativo, ainda que popular,
baseia-se em fatos de difícil comprovação e desperta o interesse de pessoas que, ao consumi-lo,
desconsideram os problemas da coletividade.
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O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário. É um mal
porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo quando estamos preparados para abordar os
assuntos sobre os quais escrevemos, é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de
erro, sobretudo de imprecisões, é grande.
O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a
linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte inconscientes, que refletem visões de mundo
de quem escreve. Eles interagem com os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de
fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.
Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato jornalístico. O objetivo
daquela geração, realizado apenas em parte, era estabelecer que o jornalismo, apesar de suas severas
limitações, é uma forma legítima de conhecimento sobre o nível mais imediato da realidade.
O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por dois motivos. Ao
disseminar notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas para um
exercício mais consciente da cidadania. Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo fosse a escola
na qual os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.
O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas públicos,
servem como arena de ideias e soluções. O livre funcionamento das várias formas de imprensa, mesmo
as sectárias e as de má qualidade, corresponde em seu conjunto à respiração mental da sociedade.
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A maioria das pessoas
está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra pouca atenção para
o que é público. Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão
e pela internet, vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria.
O jornalismo de verdade, que apura, investiga e debate, é sempre elitista. Está voltado não a uma elite
econômica, mas a uma aristocracia do espírito. São líderes comunitários, professores, empresários,
políticos, sindicalistas, cientistas, artistas. Pessoas voltadas ao coletivo.
A influência desse tipo de jornalismo sempre foi, assim, mediada. Desde que se tornou hegemônico,
nos anos 1960-70, o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa. Algo parecido ocorre agora com
as redes sociais.
A imprensa, que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise. O paradoxo deste período é que, no
mesmo passo em que as bases materiais do jornalismo profissional deslizam, sua capacidade de atingir
mais leitores se multiplica na internet, conforme se torna visível a perspectiva de universalizar o ensino
superior.
(Adaptado de: FILHO, Otavio Frias. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
Considere:
I. No texto, o que está referido como a respiração mental da sociedade (5º parágrafo) consiste na
liberdade de todas as formas de imprensa.
II. A popularidade dos veículos de imprensa voltados a grandes massas, como os tabloides, é
responsável, ainda que indiretamente, pela crise que atravessa hoje o jornalismo de caráter sério,
que se dirige apenas a uma minoria.
III. No texto, o autor tece uma crítica ao caráter elitista e pouco democrático do jornalismo
impresso, restrito, assim, aos poucos leitores dispostos a exercer a cidadania por escrito na arena
pública.
a) I e II.
b) I.
c) I e III.
d) II e III.
e) II.
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O carnaval do Recife deve ao Galo da Madrugada sua repercussão nacional. O bloco foi num crescendo
ano a ano e virou o espetáculo grandioso que é. Tem futuro promissor. Mas precisa ser encarado como
um negócio a ser tocado cada vez mais profissionalmente.
O potencial do carnaval do Recife para crescer como um “negócio” poderá ser estimulado a beneficiar
mais a cidade, gerando incremento de emprego, trabalho e renda nos hotéis, restaurantes, lanchonetes,
oficinas de madeira e ferro, shoppings, meios de hospedagem em residências, segurança... entre outros
segmentos ligados à cadeia produtiva do evento.
Para ampliar a dimensão desse carnaval, há que se explorar ainda mais o potencial do Recife Antigo e
o de Olinda. Uma cidade que dispõe, a seu lado, de uma festa tão singular, alegre e irreverente como a
da vizinha cidade já é por si só um produto comercializável e lucrativo. Nossa proposta pontual é fundir
os dois carnavais e transformá-los na marca “Carnaval Recife-Olinda”. Isto vai “pegar” e potencializará
uma maior atratividade nacional para a festa pernambucana. Que estado no Brasil dispõe de um
conjunto de atrativos em uma única festa como o “Galo” estrondoso, o frevo, os blocos antigos,
maracatus, bonecos gigantes, caboclinhos, tambores silenciosos, virgens de Olinda, escolas de samba,
prévias tradicionais e até espaço poprock para os mais alternativos?
Qual caminho a seguir? Primeiro, institucionalizar a aliança entre Olinda e Recife. Em seguida, buscar
os patrocínios e parcerias com as associações de bares e restaurantes, indústrias de bebidas, empresas
de cartões de crédito, redes sociais e sites estratégicos. O estímulo para se conhecer o “Carnaval Recife-
Olinda” já deverá estar em anúncios publicitários nesses sites ao menos três meses antes da festa. Isso
despertará o interesse do público de diferentes localidades. É este o caminho para transformar
Pernambuco num destino ainda mais procurado a partir de 2019.
(Adaptado de: LIMA, Mauro Ferreira. “Carnaval do Recife, proposta para crescer”. Disponível em:
www.diariodepernambuco.com.br. 17.02.2018)
O carnaval do Recife deve ao Galo da Madrugada sua repercussão nacional. O bloco foi num crescendo
ano a ano e virou o espetáculo grandioso que é. Tem futuro promissor. Mas precisa ser encarado como
um negócio a ser tocado cada vez mais profissionalmente.
O potencial do carnaval do Recife para crescer como um “negócio” poderá ser estimulado a beneficiar
mais a cidade, gerando incremento de emprego, trabalho e renda nos hotéis, restaurantes, lanchonetes,
oficinas de madeira e ferro, shoppings, meios de hospedagem em residências, segurança... entre outros
segmentos ligados à cadeia produtiva do evento.
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30/12/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Para ampliar a dimensão desse carnaval, há que se explorar ainda mais o potencial do Recife Antigo e
o de Olinda. Uma cidade que dispõe, a seu lado, de uma festa tão singular, alegre e irreverente como a
da vizinha cidade já é por si só um produto comercializável e lucrativo. Nossa proposta pontual é fundir
os dois carnavais e transformá-los na marca “Carnaval Recife-Olinda”. Isto vai “pegar” e potencializará
uma maior atratividade nacional para a festa pernambucana. Que estado no Brasil dispõe de um
conjunto de atrativos em uma única festa como o “Galo” estrondoso, o frevo, os blocos antigos,
maracatus, bonecos gigantes, caboclinhos, tambores silenciosos, virgens de Olinda, escolas de samba,
prévias tradicionais e até espaço poprock para os mais alternativos?
Qual caminho a seguir? Primeiro, institucionalizar a aliança entre Olinda e Recife. Em seguida, buscar
os patrocínios e parcerias com as associações de bares e restaurantes, indústrias de bebidas, empresas
de cartões de crédito, redes sociais e sites estratégicos. O estímulo para se conhecer o “Carnaval Recife-
Olinda” já deverá estar em anúncios publicitários nesses sites ao menos três meses antes da festa. Isso
despertará o interesse do público de diferentes localidades. É este o caminho para transformar
Pernambuco num destino ainda mais procurado a partir de 2019.
(Adaptado de: LIMA, Mauro Ferreira. “Carnaval do Recife, proposta para crescer”. Disponível em:
www.diariodepernambuco.com.br. 17.02.2018)
No terceiro parágrafo, o autor indica como um dos pontos fortes do carnaval de Pernambuco
a) a diversidade de atrações.
b) a cultura marcadamente erudita.
c) a homogeneidade de tradições locais.
d) o predomínio do estilo poprock.
e) o fato de já ter nascido como negócio.
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O carnaval do Recife deve ao Galo da Madrugada sua repercussão nacional. O bloco foi num crescendo
ano a ano e virou o espetáculo grandioso que é. Tem futuro promissor. Mas precisa ser encarado como
um negócio a ser tocado cada vez mais profissionalmente.
O potencial do carnaval do Recife para crescer como um “negócio” poderá ser estimulado a beneficiar
mais a cidade, gerando incremento de emprego, trabalho e renda nos hotéis, restaurantes, lanchonetes,
oficinas de madeira e ferro, shoppings, meios de hospedagem em residências, segurança... entre outros
segmentos ligados à cadeia produtiva do evento.
Para ampliar a dimensão desse carnaval, há que se explorar ainda mais o potencial do Recife Antigo e
o de Olinda. Uma cidade que dispõe, a seu lado, de uma festa tão singular, alegre e irreverente como a
da vizinha cidade já é por si só um produto comercializável e lucrativo. Nossa proposta pontual é fundir
os dois carnavais e transformá-los na marca “Carnaval Recife-Olinda”. Isto vai “pegar” e potencializará
uma maior atratividade nacional para a festa pernambucana. Que estado no Brasil dispõe de um
conjunto de atrativos em uma única festa como o “Galo” estrondoso, o frevo, os blocos antigos,
maracatus, bonecos gigantes, caboclinhos, tambores silenciosos, virgens de Olinda, escolas de samba,
prévias tradicionais e até espaço poprock para os mais alternativos?
Qual caminho a seguir? Primeiro, institucionalizar a aliança entre Olinda e Recife. Em seguida, buscar
os patrocínios e parcerias com as associações de bares e restaurantes, indústrias de bebidas, empresas
de cartões de crédito, redes sociais e sites estratégicos. O estímulo para se conhecer o “Carnaval Recife-
Olinda” já deverá estar em anúncios publicitários nesses sites ao menos três meses antes da festa. Isso
despertará o interesse do público de diferentes localidades. É este o caminho para transformar
Pernambuco num destino ainda mais procurado a partir de 2019.
(Adaptado de: LIMA, Mauro Ferreira. “Carnaval do Recife, proposta para crescer”. Disponível em:
www.diariodepernambuco.com.br. 17.02.2018)
O carnaval do Recife deve ao Galo da Madrugada sua repercussão nacional. O bloco foi num crescendo
ano a ano e virou o espetáculo grandioso que é. Tem futuro promissor. Mas precisa ser encarado como
um negócio a ser tocado cada vez mais profissionalmente.
O potencial do carnaval do Recife para crescer como um “negócio” poderá ser estimulado a beneficiar
mais a cidade, gerando incremento de emprego, trabalho e renda nos hotéis, restaurantes, lanchonetes,
oficinas de madeira e ferro, shoppings, meios de hospedagem em residências, segurança... entre outros
segmentos ligados à cadeia produtiva do evento.
Para ampliar a dimensão desse carnaval, há que se explorar ainda mais o potencial do Recife Antigo e
o de Olinda. Uma cidade que dispõe, a seu lado, de uma festa tão singular, alegre e irreverente como a
da vizinha cidade já é por si só um produto comercializável e lucrativo. Nossa proposta pontual é fundir
os dois carnavais e transformá-los na marca “Carnaval Recife-Olinda”. Isto vai “pegar” e potencializará
uma maior atratividade nacional para a festa pernambucana. Que estado no Brasil dispõe de um
conjunto de atrativos em uma única festa como o “Galo” estrondoso, o frevo, os blocos antigos,
maracatus, bonecos gigantes, caboclinhos, tambores silenciosos, virgens de Olinda, escolas de samba,
prévias tradicionais e até espaço poprock para os mais alternativos?
Qual caminho a seguir? Primeiro, institucionalizar a aliança entre Olinda e Recife. Em seguida, buscar
os patrocínios e parcerias com as associações de bares e restaurantes, indústrias de bebidas, empresas
de cartões de crédito, redes sociais e sites estratégicos. O estímulo para se conhecer o “Carnaval Recife-
Olinda” já deverá estar em anúncios publicitários nesses sites ao menos três meses antes da festa. Isso
despertará o interesse do público de diferentes localidades. É este o caminho para transformar
Pernambuco num destino ainda mais procurado a partir de 2019.
(Adaptado de: LIMA, Mauro Ferreira. “Carnaval do Recife, proposta para crescer”. Disponível em:
www.diariodepernambuco.com.br. 17.02.2018)
O carnaval do Recife deve ao Galo da Madrugada sua repercussão nacional. (1° parágrafo)
Nessa frase, está pressuposto que
a) o Galo da Madrugada não é originário do Recife.
b) o carnaval do Recife é conhecido nacionalmente.
c) Recife é uma cidade ainda pouco visitada pelos brasileiros.
d) a folia do Galo da Madrugada ainda é restrita a pernambucanos.
e) Pernambuco não tem uma tradição carnavalesca consolidada.
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caramba!), onde fui ver o show de uma de minhas cantoras favoritas no momento: Maria Gadú. Com
jeito de moleque, encarapitada no banquinho, de onde não desceu para rebolar nenhuma vez,
composições muito pessoais que escapam ao clichê romântico e uma rara sofisticação musical, Maria
Gadú parecia não se reconhecer diante do público que – vibrava? Não, vibrar seria compreensível.
Delirava? Sim; mas o entusiasmo foi muito além disso. O público ululava desde os primeiros acordes de
cada canção, que todos sabiam de cor, mas não conseguiam escutar. A energia com que aplaudiam mais
parecia uma fúria, que a timidez da artista só fazia excitar mais e mais. Pareciam todos sedentos por
uma experiência musical autêntica, promovida por alguém que não vendesse sensualidade barata, e ao
mesmo tempo não se conformavam de não conseguir puxar a cantora para o terreno familiar da
vulgaridade e do sex appeal.
Mas estava espantada com a dimensão do sucesso. Como responderá ao apelo de um público que talvez
esteja apaixonado por ela pelas razões erradas? Como não se espelhar na imagem banal de pop star que
lhe oferecem? O que é mais difícil de enfrentar, na vida artística: a resistência do público para quem sua
obra se dirige ou a fama vertiginosa que alavanca (ops) a carreira de alguns artistas iniciantes para o
topo do mercado em algumas semanas?
Ela diz ter com a música uma aliança impossível de desfazer. Sua intuição musical parece capaz de levá-
la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire
uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. O CD de estreia é dedicado à avó Cila. A terceira faixa é uma
homenagem fúnebre tocante, uma toada em feitio de oração. Como outro grande compositor negro,
Gilberto Gil, Gadú se mostra capaz de reverenciar a força de seus ancestrais. “Se queres partir, ir embora
/ me olhe de onde estiver”, pede para a avó, contando com a ajuda dos orixás. Quem sabe a forte
conexão com sua origem a proteja de se transformar em fast food para a voracidade dos consumidores.
(Adaptado de: KEHL, Maria Rita. 18 crônicas e mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011)
De acordo com o texto,
a) angústia e sedução se opõem no processo de conquista amorosa, salvo em casos como o descrito
no texto, em que se ama ou admira por razões equivocadas.
b) sentir-se amado a partir de uma falsa imagem nutrida pelo outro corresponde a vender uma
sensualidade banal.
c) reconhecer-se na imagem que o apaixonado nutre, imbuído de fantasia, é o princípio do mal-
entendido mais corriqueiro em relacionamentos.
d) o amor que ocorre pelas razões erradas é correlato da amplificação expressa no segundo
parágrafo com os termos “vibrava, “delirava”, “ululava”.
e) a ausência de objetividade é fator decisivo nas relações amorosas e, por extensão, na definição do
gosto musical, como prova o sentimentalismo da música de Maria Gadú para sua avó.
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Delirava? Sim; mas o entusiasmo foi muito além disso. O público ululava desde os primeiros acordes de
cada canção, que todos sabiam de cor, mas não conseguiam escutar. A energia com que aplaudiam mais
parecia uma fúria, que a timidez da artista só fazia excitar mais e mais. Pareciam todos sedentos por
uma experiência musical autêntica, promovida por alguém que não vendesse sensualidade barata, e ao
mesmo tempo não se conformavam de não conseguir puxar a cantora para o terreno familiar da
vulgaridade e do sex appeal.
Mas estava espantada com a dimensão do sucesso. Como responderá ao apelo de um público que talvez
esteja apaixonado por ela pelas razões erradas? Como não se espelhar na imagem banal de pop star que
lhe oferecem? O que é mais difícil de enfrentar, na vida artística: a resistência do público para quem sua
obra se dirige ou a fama vertiginosa que alavanca (ops) a carreira de alguns artistas iniciantes para o
topo do mercado em algumas semanas?
Ela diz ter com a música uma aliança impossível de desfazer. Sua intuição musical parece capaz de levá-
la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire
uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. O CD de estreia é dedicado à avó Cila. A terceira faixa é uma
homenagem fúnebre tocante, uma toada em feitio de oração. Como outro grande compositor negro,
Gilberto Gil, Gadú se mostra capaz de reverenciar a força de seus ancestrais. “Se queres partir, ir embora
/ me olhe de onde estiver”, pede para a avó, contando com a ajuda dos orixás. Quem sabe a forte
conexão com sua origem a proteja de se transformar em fast food para a voracidade dos consumidores.
(Adaptado de: KEHL, Maria Rita. 18 crônicas e mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011)
A autora, no terceiro parágrafo,
a) após relatar sua surpresa, questiona o sucesso injustificado de Maria Gadú, atribuído à valorização
de questões alheias a sua música, como sua relação com as religiões de matriz africana.
b) após uma oposição inicial, retoma o primeiro parágrafo do texto e lança questionamentos cuja
resposta é aventada no último parágrafo.
c) ao apresentar questões sobre o que vem ocorrendo na carreira de Maria Gadú, lança um olhar de
descrédito às músicas
de sucesso, cuja fama ilustra apenas um momento passageiro, semelhante ao da paixão.
d) com a expressão pop star, adverte a cantora, em razão de seu sucesso imediato, por fazer
concessões ao gosto popular, deixando-se levar por uma carreira vertiginosa, mas sem futuro promissor.
e) com um olhar surpreso e, ao mesmo tempo, desconfiado, procura esclarecer, com perguntas
retóricas, o verdadeiro caráter da música de Maria Gadú, ainda incompreendido por seus fãs, como
ocorre até hoje com Gilberto Gil.
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No 2° parágrafo, as formas verbais anunciou e está lançando combinam-se para enfatizar que o cabresto
com sensores
a) já tem tradição no mercado.
b) ainda não deixou de ser um projeto.
c) foi bem avaliado pelo consumidor.
d) deve ser visto como uma novidade.
e) não tem autorização para ser vendido.
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Em resposta a uma provocação do jornalista Bruno Blecher, Maurício Lopes disse acreditar que a carne
do futuro poderá mesmo ser produzida em laboratório. Há dez anos, um simples bifinho custava US$ 120
mil. Hoje, ele sai por US$ 5 mil, afirma. “Resta saber se alguém vai querer comer.”
(Adaptado de: NASCIMENTO, Sebastião. Novas tecnologias vão definir o futuro do agro, diz presidente da Embrapa.
Disponível em: http://revistagloborural.globo.com)
A partir da leitura do 4° parágrafo, conclui-se que Maurício Lopes
a) considera que o principal problema a ser enfrentado pela carne produzida em laboratório no futuro
será seu alto custo.
b) hesita em opinar sobre a carne do futuro por duvidar que a carne produzida em laboratório se
torne acessível.
c) tem convicção de que a carne produzida em laboratório será bem aceita por parte do mercado
consumidor.
d) foi incitado a emitir sua opinião sobre a possibilidade de a carne do futuro ser produzida em
laboratório.
e) suscitou a discussão acerca da carne do futuro porque é um entusiasta da carne produzida em
laboratório.
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Visitante
ao penetrar neste país
deixe a alma entreaberta
quem dorme em São Luís
acorda poeta.
(Adaptado de: CASSAS, Luís Augusto. A poesia sou eu − Poesia reunida. Rio de Janeiro, Imago,
2012, v. 2, p. 410)
Visitante
ao penetrar neste país
deixe a alma entreaberta
quem dorme em São Luís
acorda poeta.
(Adaptado de: CASSAS, Luís Augusto. A poesia sou eu − Poesia reunida. Rio de Janeiro, Imago,
2012, v. 2, p. 410)
Diógenes de Sínope viveu no ano 336 a.C., em Corinto. Alexandre Magno, rei da Macedônia, foi ao seu
encontro, para satisfazer o desejo de falar com o grande sábio. Ao encontrá-lo, disse-lhe: − Sou
Alexandre, rei da Macedônia.
E aproximou-se tanto do velho filósofo, que sua sombra se projetou sobre ele.
Respondeu Diógenes: − Eu sou Diógenes, o cínico.
Alexandre, vendo o estado de fragilidade material do velho filósofo, que não acreditava em bens
materiais, disse-lhe: − Ó Diógenes, formula um desejo, e eu farei com que ele se cumpra, por mais difícil
que seja!
Entre os dois, estabeleceu-se um silêncio. Diógenes encontrava-se na mesma posição, à sombra do rei
da Macedônia. E respondeu: − Afasta-te, não me tapes o sol.
Alexandre atendeu ao pedido e afastou-se rapidamente.
A resposta de Diógenes ficou para a história, como expressão de humildade, desapego e
desprendimento. Ele não queria mais do que a luz do sol, um bem que não precisava do poder do rei
para ser usufruído.
(Adaptado de: NETO, Aureliano. Sei lá, a vida tem sempre razão. www.oprogressonet.com)
História do Maranhão
Na época do descobrimento do Brasil, a região do atual Estado do Maranhão era povoada por diferentes
tribos indígenas. Os primeiros habitantes desse Estado faziam parte de dois grupos: os tupis e os jês. Os
tupis habitavam o litoral: já os jês habitavam o interior. Com o tempo, no século XVIII, diversas tribos do
Piauí entraram no Maranhão, tentando evitar que os brancos as caçassem.
Não existem relatos feitos com exatidão a respeito das primeiras expedições que exploraram a costa
maranhense. Reza a crença que, em 1500, o espanhol Vicente Yáñez Pinzón já navegara por toda a
costa norte do Brasil. A viagem feita por Pinzón na região mencionada teve origem em Pernambuco e
destino à foz do rio Amazonas.
A partir de 1524, os franceses começaram a frequentar o litoral do Maranhão. A explicação para o
motivo dessa frequência é que o litoral desse Estado havia sido esquecido pelos portugueses. Lá os
franceses trocavam com os indígenas produtos da região por objetos que traziam da Europa.
Em 1531, Martim Afonso de Sousa chegou ao Brasil. Esse homem foi o comandante da primeira
expedição que colonizou a região. O militar e nobre português exigiu que Diogo Leite fosse responsável
pela exploração do litoral norte. Diogo Leite aproximouse da foz do rio Gurupi, que atualmente serve de
divisa entre os Estados do Maranhão e do Pará. Essa divisa ficou por muito tempo conhecida como "abra
de Diogo Leite".
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/8582165/imprimir 18/59
30/12/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Em 1534, quando Dom João III dividiu a Colônia Portuguesa no Brasil em Capitanias Hereditárias, os
portugueses ainda não haviam chegado a colonizar o Maranhão. Um ano depois, o monarca português
concedeu a terra a três fidalgos que eram homens de sua confiança. Foram eles: João de Barros,
Fernando Álvares de Andrade e Aires da Cunha. Ambos os primeiros idealizaram seu plano para a
tomada de posse da capitania. Os dois donatários encarregaram sua execução a Aires da Cunha. Aires da
Cunha veio ao Brasil, no mesmo ano da doação. Durante a viagem, a frota afundou nas costas
maranhenses devido a violento temporal, e o capitão faleceu, assim como a maior parte dos integrantes.
Os sobreviventes fundaram um núcleo de povoamento denominado Nazaré e passaram a explorar o
terreno através dos acidentes geográficos fluviais. Entretanto, os indígenas não lhes facilitaram essa
ocupação. Do núcleo de povoamento, não restou nada e, quando essa povoação foi destruída, os
portugueses abandonaram-na.
(Disponível em: www.cocaisnoticias.com.br)
GATONET' poderá render multa e cadeia para quem instala e para quem usa
Ter TV por assinatura com 'sinal pirateado', prática mais conhecida como 'gatonet', poderá se tornar
crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n° 186/2013 começou a tramitar na Comissão de
Constituição e Justiça do Senado nesta semana e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação
e recepção clandestina de sinal de TV por assinatura.
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes que
solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de
seis meses a dois anos, com a possibilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a
terceiros.
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear sinal
de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema sob
legislação específica.
Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a comercialização de
equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos oficialmente pelas operadoras.
A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A importação de produtos como
esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem notícia da responsabilização penal de seus
fornecedores pelo crime de contrabando.
(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br)
Compreende-se corretamente do texto que, caso o projeto de Lei do Senado n° 186/2013 seja
aprovado,
a) a pirataria de sinal de TV será combatida.
b) os aparelhos para piratear o sinal de TV terão permissão para ser livremente comercializados.
c) muitas pessoas que já utilizaram a pirataria de sinal de TV serão beneficiadas.
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30/12/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
GATONET' poderá render multa e cadeia para quem instala e para quem usa
Ter TV por assinatura com 'sinal pirateado', prática mais conhecida como 'gatonet', poderá se tornar
crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n° 186/2013 começou a tramitar na Comissão de
Constituição e Justiça do Senado nesta semana e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação
e recepção clandestina de sinal de TV por assinatura.
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes que
solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de
seis meses a dois anos, com a possibilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a
terceiros.
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear sinal
de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema sob
legislação específica.
Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a comercialização de
equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos oficialmente pelas operadoras.
A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A importação de produtos como
esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem notícia da responsabilização penal de seus
fornecedores pelo crime de contrabando.
(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br)
GATONET' poderá render multa e cadeia para quem instala e para quem usa
Ter TV por assinatura com 'sinal pirateado', prática mais conhecida como 'gatonet', poderá se tornar
crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n° 186/2013 começou a tramitar na Comissão de
Constituição e Justiça do Senado nesta semana e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação
e recepção clandestina de sinal de TV por assinatura.
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes que
solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de
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seis meses a dois anos, com a possibilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a
terceiros.
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear sinal
de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema sob
legislação específica.
Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a comercialização de
equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos oficialmente pelas operadoras.
A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A importação de produtos como
esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem notícia da responsabilização penal de seus
fornecedores pelo crime de contrabando.
(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br)
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes que
solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. (2° parágrafo) A forma verbal
destacada indica
a) recomendação.
b) necessidade.
c) certeza.
d) obrigação.
e) possibilidade.
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Depois de sete anos de queda, o número de casos de malária avançou 50% no último ano e tem gerado
alerta na região Norte e em alguns outros estados do país.
Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e obtidos pela Folha apontam 194 mil registros em todo o
ano de 2017 − um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Em 2016, para efeito de comparação, o
país chegou a alcançar o menor número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 129 mil.
Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, apontam que o avanço continua: são 17 mil
confirmações. Desse total, 99% são em estados da região amazônica, que é endêmica para a doença,
em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro
a maio de 2017, o que não permite comparações com todo o ano de 2016.
A doença, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre
em regiões rurais e acomete principalmente populações mais vulneráveis, em locais com más condições
de saneamento e invasões em áreas de mata, por exemplo. Entre os registros, também cresceram casos
de malária falciparum, nome dado à forma da doença causada pelo protozoário Plasmodium Falciparum,
que é mais grave.
(Adaptado de: CANCIAN, Natália. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
Foram 11, de janeiro a maio de 2017, o que não permite comparações com todo o ano de 2016. (3º
parágrafo)
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b) o fato de o ano de 2017 ainda não ter acabado não interfere de modo algum em comparações
sobre mortes ocorridas no ano de 2016.
c) como há apenas informações sobre o número de mortes ocorridas nos 5 primeiros meses de 2017,
não é possível que se estabeleçam comparações com o ano todo de 2016.
d) o fato de o ano de 2016 ter sido pouco endêmico não permite que se faça uma comparação
precisa sobre mortes com o ano de 2017.
e) como há pouca informação sobre mortes em 2016, não é possível que se façam comparações com
o ano de 2017.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/638242
Depois de sete anos de queda, o número de casos de malária avançou 50% no último ano e tem gerado
alerta na região Norte e em alguns outros estados do país.
Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e obtidos pela Folha apontam 194 mil registros em todo o
ano de 2017 − um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Em 2016, para efeito de comparação, o
país chegou a alcançar o menor número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 129 mil.
Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, apontam que o avanço continua: são 17 mil
confirmações. Desse total, 99% são em estados da região amazônica, que é endêmica para a doença,
em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro
a maio de 2017, o que não permite comparações com todo o ano de 2016.
A doença, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre
em regiões rurais e acomete principalmente populações mais vulneráveis, em locais com más condições
de saneamento e invasões em áreas de mata, por exemplo. Entre os registros, também cresceram casos
de malária falciparum, nome dado à forma da doença causada pelo protozoário Plasmodium Falciparum,
que é mais grave.
(Adaptado de: CANCIAN, Natália. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
A doença, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre
em regiões rurais e acomete principalmente populações mais vulneráveis... (último parágrafo)
De acordo com informações do texto, a explicação para o significado de populações mais vulneráveis
está em:
a) Sem casas de alvenaria e com distanciamento de áreas de matas.
b) Com muita poluição do ar e com invasões em áreas empresariais.
c) Com condições de sanidade ruim e com áreas invadidas por insetos.
d) Sem condições adequadas de encanamento e de fornecimento de água potável.
e) Com más condições de saneamento e invasões em áreas de mata.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/638288
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Depois de sete anos de queda, o número de casos de malária avançou 50% no último ano e tem gerado
alerta na região Norte e em alguns outros estados do país.
Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e obtidos pela Folha apontam 194 mil registros em todo o
ano de 2017 − um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Em 2016, para efeito de comparação, o
país chegou a alcançar o menor número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 129 mil.
Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, apontam que o avanço continua: são 17 mil
confirmações. Desse total, 99% são em estados da região amazônica, que é endêmica para a doença,
em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro
a maio de 2017, o que não permite comparações com todo o ano de 2016.
A doença, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre
em regiões rurais e acomete principalmente populações mais vulneráveis, em locais com más condições
de saneamento e invasões em áreas de mata, por exemplo. Entre os registros, também cresceram casos
de malária falciparum, nome dado à forma da doença causada pelo protozoário Plasmodium Falciparum,
que é mais grave.
(Adaptado de: CANCIAN, Natália. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
Depois de sete anos de queda, o número de casos de malária avançou 50% no último ano e tem gerado
alerta na região Norte e em alguns outros estados do país.
Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e obtidos pela Folha apontam 194 mil registros em todo o
ano de 2017 − um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Em 2016, para efeito de comparação, o
país chegou a alcançar o menor número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 129 mil.
Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, apontam que o avanço continua: são 17 mil
confirmações. Desse total, 99% são em estados da região amazônica, que é endêmica para a doença,
em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro
a maio de 2017, o que não permite comparações com todo o ano de 2016.
A doença, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre
em regiões rurais e acomete principalmente populações mais vulneráveis, em locais com más condições
de saneamento e invasões em áreas de mata, por exemplo. Entre os registros, também cresceram casos
de malária falciparum, nome dado à forma da doença causada pelo protozoário Plasmodium Falciparum,
que é mais grave.
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30/12/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Você pode sobreviver sem internet, sem eletricidade e até alguns dias sem comer. Quando falta água,
porém, a coisa complica. Vivendo nas grandes cidades, raramente pensamos que ela pode acabar, mas,
em muitos lugares, inclusive no Brasil, ela já faz falta.
Ausência
Quando se descobre a necessidade do uso de óculos, uma grande questão pode surgir: ao mesmo tempo
em que ele faz com que você veja o mundo literalmente com outros olhos, a mudança de estilo nem
sempre é bem-vinda e todas as armações podem parecer horríveis.
Em casos de uso indispensável são sugeridas as lentes de contato, que, apesar de não ficarem
aparentes, poderão causar incômodo nos olhos de algumas pessoas.
Agora uma terceira opção pode se tornar viável: o uso de nanopartículas aplicadas como um colírio.
Pesquisadores do Centro Médico Shaare Zedek e da Universidade Bar-Ilan publicaram um estudo
explicando como o método funciona. O processo atualmente exigiria visitas periódicas ao médico, mas,
após essa etapa, tal uso funciona sem problema algum.
(Texto adaptado. Disponível em: www.tecmundo.com.br)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/8582165/imprimir 25/59
30/12/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Quando se descobre a necessidade do uso de óculos, uma grande questão pode surgir: ao mesmo tempo
em que ele faz com que você veja o mundo literalmente com outros olhos, a mudança de estilo nem
sempre é bem-vinda e todas as armações podem parecer horríveis.
Em casos de uso indispensável são sugeridas as lentes de contato, que, apesar de não ficarem
aparentes, poderão causar incômodo nos olhos de algumas pessoas.
Agora uma terceira opção pode se tornar viável: o uso de nanopartículas aplicadas como um colírio.
Pesquisadores do Centro Médico Shaare Zedek e da Universidade Bar-Ilan publicaram um estudo
explicando como o método funciona. O processo atualmente exigiria visitas periódicas ao médico, mas,
após essa etapa, tal uso funciona sem problema algum.
(Texto adaptado. Disponível em: www.tecmundo.com.br)
Quando se descobre a necessidade do uso de óculos, uma grande questão pode surgir... (1º parágrafo)
Uma correta interpretação para o trecho sublinhado está em:
a) Problemas têm ocorrido frequentemente.
b) Uma grande questão surgirá, certamente.
c) Empecilhos raramente ocorrerão.
d) Adversidades devem sempre ocorrer.
e) Eventualmente uma reflexão importante será feita.
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Você pode sobreviver sem internet, sem eletricidade e até alguns dias sem comer. Quando falta água,
porém, a coisa complica. Vivendo nas grandes cidades, raramente pensamos que ela pode acabar, mas,
em muitos lugares, inclusive no Brasil, ela já faz falta.
Você pode sobreviver sem internet, sem eletricidade e até alguns dias sem comer. Quando falta água,
porém, a coisa complica.
Com a afirmação em destaque, no contexto, o autor dá a entender que
a) é impossível sobreviver sem água.
b) o racionamento de água é ineficaz.
c) precisamos aprender a viver sem água.
d) a falta de água é tão séria quanto a falta de energia.
e) o homem é responsável pela escassez de água.
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30/12/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Embora ainda não exista um consenso sobre a existência ou não da dependência em smartphones,
ninguém pode negar que o uso excessivo pode trazer problemas. E um novo estudo encontrou um grupo
especialmente propenso a cair nessa cilada: pessoas consideradas instáveis emocionalmente.
A pesquisa foi feita por uma equipe de psicólogos da Universidade de Derby e da Universidade
Nottingham Trent por meio de um questionário on-line com 640 usuários de smartphones de idades
entre 13 e 69 anos. O que mais chamou a atenção dos autores foi o fato de que, à medida que os níveis
de ansiedade aumentam em um indivíduo, mais ele usa seu smartphone – até como forma de tentar se
sentir melhor.
Alguns especialistas acreditam que o uso do celular pode ser benéfico ao permitir a interação com outras
pessoas, mas esse não se mostrou o caso no estudo. É que os usuários mais propensos a um uso
excessivo do celular eram justamente aqueles mais “fechados” em relação aos seus sentimentos e
emoções.
“Eles podem estar envolvidos em uso passivo da rede social – que ocorre quando você passa muito
tempo no Facebook, Twitter e Instagram vendo comentários, fotos e postagens de outras pessoas, e não
publicando nada próprio nem se envolvendo em conversas. Então, não há uma interação social positiva
real nas redes sociais para essas pessoas”, diz Zaheer Hussain, um dos autores do estudo.
(Adaptado de: PRADO, Ana. Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br)
Embora ainda não exista um consenso sobre a existência ou não da dependência em smartphones,
ninguém pode negar que o uso excessivo pode trazer problemas. E um novo estudo encontrou um grupo
especialmente propenso a cair nessa cilada: pessoas consideradas instáveis emocionalmente.
A pesquisa foi feita por uma equipe de psicólogos da Universidade de Derby e da Universidade
Nottingham Trent por meio de um questionário on-line com 640 usuários de smartphones de idades
entre 13 e 69 anos. O que mais chamou a atenção dos autores foi o fato de que, à medida que os níveis
de ansiedade aumentam em um indivíduo, mais ele usa seu smartphone – até como forma de tentar se
sentir melhor.
Alguns especialistas acreditam que o uso do celular pode ser benéfico ao permitir a interação com outras
pessoas, mas esse não se mostrou o caso no estudo. É que os usuários mais propensos a um uso
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excessivo do celular eram justamente aqueles mais “fechados” em relação aos seus sentimentos e
emoções.
“Eles podem estar envolvidos em uso passivo da rede social – que ocorre quando você passa muito
tempo no Facebook, Twitter e Instagram vendo comentários, fotos e postagens de outras pessoas, e não
publicando nada próprio nem se envolvendo em conversas. Então, não há uma interação social positiva
real nas redes sociais para essas pessoas”, diz Zaheer Hussain, um dos autores do estudo.
(Adaptado de: PRADO, Ana. Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br)
Embora ainda não exista um consenso sobre a existência ou não da dependência em smartphones,
ninguém pode negar que o uso excessivo pode trazer problemas. E um novo estudo encontrou um grupo
especialmente propenso a cair nessa cilada: pessoas consideradas instáveis emocionalmente.
A pesquisa foi feita por uma equipe de psicólogos da Universidade de Derby e da Universidade
Nottingham Trent por meio de um questionário on-line com 640 usuários de smartphones de idades
entre 13 e 69 anos. O que mais chamou a atenção dos autores foi o fato de que, à medida que os níveis
de ansiedade aumentam em um indivíduo, mais ele usa seu smartphone – até como forma de tentar se
sentir melhor.
Alguns especialistas acreditam que o uso do celular pode ser benéfico ao permitir a interação com outras
pessoas, mas esse não se mostrou o caso no estudo. É que os usuários mais propensos a um uso
excessivo do celular eram justamente aqueles mais “fechados” em relação aos seus sentimentos e
emoções.
“Eles podem estar envolvidos em uso passivo da rede social – que ocorre quando você passa muito
tempo no Facebook, Twitter e Instagram vendo comentários, fotos e postagens de outras pessoas, e não
publicando nada próprio nem se envolvendo em conversas. Então, não há uma interação social positiva
real nas redes sociais para essas pessoas”, diz Zaheer Hussain, um dos autores do estudo.
(Adaptado de: PRADO, Ana. Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br)
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Embora ainda não exista um consenso sobre a existência ou não da dependência em smartphones,
ninguém pode negar que o uso excessivo pode trazer problemas. E um novo estudo encontrou um grupo
especialmente propenso a cair nessa cilada: pessoas consideradas instáveis emocionalmente.
A pesquisa foi feita por uma equipe de psicólogos da Universidade de Derby e da Universidade
Nottingham Trent por meio de um questionário on-line com 640 usuários de smartphones de idades
entre 13 e 69 anos. O que mais chamou a atenção dos autores foi o fato de que, à medida que os níveis
de ansiedade aumentam em um indivíduo, mais ele usa seu smartphone – até como forma de tentar se
sentir melhor.
Alguns especialistas acreditam que o uso do celular pode ser benéfico ao permitir a interação com outras
pessoas, mas esse não se mostrou o caso no estudo. É que os usuários mais propensos a um uso
excessivo do celular eram justamente aqueles mais “fechados” em relação aos seus sentimentos e
emoções.
“Eles podem estar envolvidos em uso passivo da rede social – que ocorre quando você passa muito
tempo no Facebook, Twitter e Instagram vendo comentários, fotos e postagens de outras pessoas, e não
publicando nada próprio nem se envolvendo em conversas. Então, não há uma interação social positiva
real nas redes sociais para essas pessoas”, diz Zaheer Hussain, um dos autores do estudo.
(Adaptado de: PRADO, Ana. Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br)
Segundo as informações do texto, as pessoas com maior tendência a fazer uso excessivo de
smartphones são
a) calculistas.
b) extrovertidas.
c) reservadas.
d) simpáticas.
e) agressivas.
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Embora ainda não exista um consenso sobre a existência ou não da dependência em smartphones,
ninguém pode negar que o uso excessivo pode trazer problemas. E um novo estudo encontrou um grupo
especialmente propenso a cair nessa cilada: pessoas consideradas instáveis emocionalmente.
A pesquisa foi feita por uma equipe de psicólogos da Universidade de Derby e da Universidade
Nottingham Trent por meio de um questionário on-line com 640 usuários de smartphones de idades
entre 13 e 69 anos. O que mais chamou a atenção dos autores foi o fato de que, à medida que os níveis
de ansiedade aumentam em um indivíduo, mais ele usa seu smartphone – até como forma de tentar se
sentir melhor.
Alguns especialistas acreditam que o uso do celular pode ser benéfico ao permitir a interação com outras
pessoas, mas esse não se mostrou o caso no estudo. É que os usuários mais propensos a um uso
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excessivo do celular eram justamente aqueles mais “fechados” em relação aos seus sentimentos e
emoções.
“Eles podem estar envolvidos em uso passivo da rede social – que ocorre quando você passa muito
tempo no Facebook, Twitter e Instagram vendo comentários, fotos e postagens de outras pessoas, e não
publicando nada próprio nem se envolvendo em conversas. Então, não há uma interação social positiva
real nas redes sociais para essas pessoas”, diz Zaheer Hussain, um dos autores do estudo.
(Adaptado de: PRADO, Ana. Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br)
A Bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola
do pai. Uma número 5, de couro.
Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Depois começou a girar a bola, à procura de
alguma coisa.
− Como é que liga? − perguntou.
− Como, como é que liga? Não se liga.
− O que é que ela faz?
− Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
− O quê?
− Controla, chuta...
− Ah, então é uma bola.
− Claro que é uma bola. Você pensou que fosse o quê?
− Nada, não.
O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a
bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Baú, em que times
de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo
que tentavam se destruir mutuamente.
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O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé,
como antigamente, e chamou o garoto.
− Filho, olha.
O garoto disse “Legal” mas não desviou os olhos da tela.
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro, Objetiva, p. 18-19)
A Bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola
do pai. Uma número 5, de couro.
Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Depois começou a girar a bola, à procura de
alguma coisa.
− Como é que liga? − perguntou.
− Como, como é que liga? Não se liga.
− O que é que ela faz?
− Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
− O quê?
− Controla, chuta...
− Ah, então é uma bola.
− Claro que é uma bola. Você pensou que fosse o quê?
− Nada, não.
O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a
bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Baú, em que times
de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo
que tentavam se destruir mutuamente.
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé,
como antigamente, e chamou o garoto.
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− Filho, olha.
O garoto disse “Legal” mas não desviou os olhos da tela.
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro, Objetiva, p. 18-19)
O garoto demonstra
a) frustração ao ver que o pai não tinha muita habilidade com a bola.
b) entusiasmo ao ver que o presente que ganhara era uma bola.
c) interesse em aprender as manobras que o pai fazia com a bola.
d) curiosidade em aprender a brincar com a bola que ganhara.
e) desinteresse pelo presente que acabara de ganhar do pai.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/638517
Um filme publicitário traz um ator interpretando um boçal no pavilhão de uma Bienal. O almofadinha,
vestindo pulôver escuro com gola rolê, cita autores como Nietzsche e Méliès, entre outros, para compor
um discurso afetado e vazio por meio do qual definia uma suposta obra de arte. É o velho clichê do
crítico intelectual.
Vi a propaganda no mesmo dia em que a Câmara Brasileira do Livro e a Amazon anunciaram uma nova
categoria do prêmio Jabuti: a dos melhores romances, contos, crônicas e poesia, na opinião dos leitores.
O prêmio da Escolha do Leitor foi anunciado em tom de inovação democrática. O mesmo argumento tem
sustentado algumas das estratégias de mercado draconianas de grandes corporações de internet. Afinal,
dá-se voz ao leitor, que agora pode pôr em xeque decisões arbitrárias de um punhado de críticos que
não representam a opinião da maioria.
Nesse sentido, a Escolha do Leitor menos inova do que aperfeiçoa uma tendência que já coroava as
edições anteriores do prêmio: o Livro do Ano. Escolhido pelos livreiros, ele contempla os títulos com mais
chances de corresponder às expectativas do mercado, muitas vezes contrariando os resultados das
categorias literárias.
A principal ressalva à inovação democrática do Jabuti, entretanto, é que já existe um prêmio do leitor.
Ele se chama lista dos mais vendidos e é outorgado no mundo inteiro. É claro que há diferenças. A favor
da nova categoria, deve-se dizer que o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas. Ou seja, pela via
do meio, o novo prêmio atenderia ao mercado sem exonerar a crítica.
Mas, então, por que prêmios literários prestigiados mundo afora ignoram a opinião da maioria? A
resposta é simples. A despeito de seus eventuais equívocos (e não são poucos), os prêmios literários não
foram criados para corresponder a critérios objetivos de mercado.
Os prêmios literários são asserções (com frequência, inerciais; às vezes, justas e corajosas − e a
coragem não costuma ser fruto do consenso) sobre o que um grupo de pessoas, selecionadas por
motivos nem sempre claros ou acertados, acredita que deve ser defendido em termos de subjetividade e
exceção.
Ao atribuir o prêmio de literatura a Bob Dylan, por exemplo, o Nobel tomou uma decisão idiossincrática,
mas que exalta o que há de subjetivo tanto em escrever como em ler e premiar literatura.
Ao contrário, exceção e subjetividade não fazem parte do vocabulário das grandes corporações de
internet. É o que torna tanto mais curioso que um dos poucos prêmios literários brasileiros de prestígio
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30/12/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
tenha incorporado a lógica pleonástica dos algoritmos que estruturam a rede (o que mais se lê também é
cada vez mais lido). Não é mais uma perspectiva subjetiva, mas sim uma forma de endossar a premissa
de que não se deve contrariar o gosto do "leitor" (seja ele quem for, de preferência uma média que
represente muitos).
Hoje, mais do que nunca, soa antipático e antidemocrático pôr em dúvida essa ideia generalizada de
leitor. Mas fazer o indivíduo acreditar que não precisa se esforçar para entender o que lhe escapa ou o
que o contraria (como propõe a propaganda da Bienal) tem menos a ver com o respeito pela formação
de um leitor ou um espectador autônomo, reflexivo, do que com a sua redução a potencial de lucro e
com o estreitamento correlato de seus horizontes intelectuais e subjetivos.
(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. “A opinião dos leitores e a crítica”. Disponível em: folha.uol.com.br. Acesso
em: 10/3/2018)
Depreende-se corretamente do contexto:
a) O segmento soa antipático e antidemocrático pôr em dúvida essa ideia generalizada de leitor
(último parágrafo) reitera o ponto de vista do autor de que a nova categoria do prêmio Jabuti (Escolha
do leitor) é inovadora e democrática.
b) O autor condena a escolha do compositor Bob Dylan para o prêmio Nobel de literatura, referindo-
se ao teor excessivamente subjetivo nos critérios de tal premiação.
c) As aspas que destacam o termo “leitor” (9o parágrafo) apontam para o questionamento de uma
“ideia generalizada de leitor”, conforme se explicita no parágrafo seguinte.
d) Os vencedores de prêmios literários são escolhidos por meio de critérios objetivos, os quais,
atualmente, consideram também o desempenho nas vendas, que já indica quais obras possuem caráter
de exceção.
e) A categoria Escolha do leitor
do prêmio Jabuti representa, para o autor, um aperfeiçoamento da
tendência de reconhecer obras que atendem aos critérios objetivos do mercado, os quais deveriam
balizar o teor um tanto presunçoso da crítica literária.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/641014
Minha história começa numa ilha com pouco mais de duzentos habitantes, na baía de Todos os Santos.
Uma fração de Brasil praticamente secreta, ignorada pelas modernidades e pelos mapas: nem o (quase)
infalível Google Maps consegue encontrá-la. É nessa terra minúscula, a Ilha do Paty, que estão minhas
raízes. O lugar é um distrito de São Francisco do Conde - município a 72 quilômetros de Salvador,
próximo a Santo Amaro e conhecido por sua atual importância na indústria do petróleo. Na ilha, as
principais fontes de renda ainda são a pesca, o roçado e ser funcionário da prefeitura.
No Paty, sapatos são muitas vezes acessórios dispensáveis. Para atravessar de um lado para o outro na
maré de águas verdes, o transporte oficial é a canoa, apesar de já existirem um ou outro barco, cedidos
pela prefeitura. Ponte? Nem pensar, dizem os moradores, em coro. Quando alguém está no “porto" e
quer chegar até o Paty, só precisa gritar: “Tomaquê!".
Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer “tomaquê". É uma redução, como
“oxente", que quer dizer “O que é isso, minha gente". Ou “Ó paí, ó", que é “Olhe pra isso, olhe”. Ou
seja, é simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da margem". É muito mais gostoso gritar
“Tomaquê!".
Assim, algum voluntário pega sua canoa e cruza, a remo, um quilômetro nas águas verdes e calmas.
Entre os dois pontos da travessia se gastam uns quarenta minutos. Essa carona carrega, na verdade, um
misto de generosidade e curiosidade. Num lugar daquele tamanho, qualquer visita vira assunto, e é
justamente o remador quem transporta a novidade.
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(Adaptado de: RAMOS, Lázaro. Na minha pele. Rio de Janeiro: Objetiva, 2017, p. 16-17)
Entende-se corretamente do texto:
a) São Francisco do Conde é retratado como um lugar bem mais conhecido pelos leitores, o que
dispensa detalhamento em sua apresentação.
b) O comentário sobre os sapatos faz menção à umidade e às altas temperaturas da ilha do Paty.
c) Os moradores do Paty desejam melhorias no transporte, sem que, contudo, sejam feitas obras de
impacto arquitetônico, como pontes.
d) A viagem tradicional de canoa entre o “porto” e a ilha do Paty envolve não apenas o deslocamento
das pessoas.
e) Um dos principais motivos para a viagem do “porto” à ilha ser considerada tão demorada pelo
voluntário é a longa distância entre os dois pontos.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/641433
Minha história começa numa ilha com pouco mais de duzentos habitantes, na baía de Todos os Santos.
Uma fração de Brasil praticamente secreta, ignorada pelas modernidades e pelos mapas: nem o (quase)
infalível Google Maps consegue encontrá-la. É nessa terra minúscula, a Ilha do Paty, que estão minhas
raízes. O lugar é um distrito de São Francisco do Conde - município a 72 quilômetros de Salvador,
próximo a Santo Amaro e conhecido por sua atual importância na indústria do petróleo. Na ilha, as
principais fontes de renda ainda são a pesca, o roçado e ser funcionário da prefeitura.
No Paty, sapatos são muitas vezes acessórios dispensáveis. Para atravessar de um lado para o outro na
maré de águas verdes, o transporte oficial é a canoa, apesar de já existirem um ou outro barco, cedidos
pela prefeitura. Ponte? Nem pensar, dizem os moradores, em coro. Quando alguém está no “porto" e
quer chegar até o Paty, só precisa gritar: “Tomaquê!".
Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer “tomaquê". É uma redução, como
“oxente", que quer dizer “O que é isso, minha gente". Ou “Ó paí, ó", que é “Olhe pra isso, olhe”. Ou
seja, é simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da margem". É muito mais gostoso gritar
“Tomaquê!".
Assim, algum voluntário pega sua canoa e cruza, a remo, um quilômetro nas águas verdes e calmas.
Entre os dois pontos da travessia se gastam uns quarenta minutos. Essa carona carrega, na verdade, um
misto de generosidade e curiosidade. Num lugar daquele tamanho, qualquer visita vira assunto, e é
justamente o remador quem transporta a novidade.
(Adaptado de: RAMOS, Lázaro. Na minha pele. Rio de Janeiro: Objetiva, 2017, p. 16-17)
Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer “tomaquê". É uma redução, como
“oxente", que quer dizer “O que é isso, minha gente". Ou “Ó paí, ó", que é “Olhe para isso, olhe". Ou
seja, é simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da margem". É muito mais gostoso gritar
“Tomaquê!".
Considerado o fragmento, em seu contexto, nota-se que o autor
a) opera com uma escala em que e“oxente" “Ó paí, ó"
são supostamente mais bem conhecidos
pelo leitor e, por isso, usa essas expressões para sustentar uma analogia.
b) reconhece que as expressões citadas têm uso restrito à região do Paty, razão pela qual explica
pormenorizadamente o processo de formação e o significado de cada uma delas.
c) tem consciência de que os elementos que analisa são três substantivos abstratos, marcando esse
fato na ortografia e no uso de aspas.
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Dialeto do Planalto
Brasília é recente - foi fundada há menos de 60 anos -, mas, com contribuições de várias
partes do país, formou a própria identidade. Descubra expressões típicas de lá que ajudam a
revelar o jeito de ser do povo da capital federal.
Ele é muito aguado.
Refere-se a alguém que chora por qualquer coisa e de forma fingida - ou seja, um manteiga-derretida
especializado em lágrimas de crocodilo.
Nunca vi garçom tão apagado!
É assim que os brasilienses se referem a alguém lento, lerdo. “Apagar” também pode ser sinônimo de
assassinar.
Só pode ser agá.
“Agá”, em Brasília, é piada. E por lá corre o seguinte “agá”: não é à toa que o prédio do Congresso
Nacional tem o formato dessa letra...
Eu vou de camelo.
Famoso por fazer parte da letra da música Eduardo e Mônica, da Legião Urbana, o termo “camelo”
denota bicicleta.
Quando ela chegou, dei de cabrito.
Sabe-se lá por que o filhote da cabra ganhou essa fama no Distrito Federal: “dar de cabrito” é sair de
fininho, à francesa.
(Adaptado de: IACONIS, Heloísa. Todos. São Paulo: Mol, Fevereiro/março, p. 37)
Acerca do título e do primeiro parágrafo, é correto afirmar:
a) Assevera-se que a identidade de uma região ou grupo é conquistada após longo período de
existência histórica.
b) Propõe-se que o jeito de ser do povo
de Brasília seja pouco interessante, por isso se usa o
eufemismo que menciona sua origem heterogênea.
c) A referência a uma localidade no título gera ambiguidade, pois a palavra pode remeter tanto a um
espaço geográfico, quanto a uma específica esfera do poder político nacional.
d) Defende-se que o linguajar seja o principal traço da cultura brasiliense, cultura supostamente
menos marcante em outros aspectos, devido à sua jovialidade.
e) O esclarecimento entre travessões contradiz o que se afirma anteriormente, gerando os efeitos de
sentido de humor e ironia.
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Dialeto do Planalto
Brasília é recente - foi fundada há menos de 60 anos -, mas, com contribuições de várias
partes do país, formou a própria identidade. Descubra expressões típicas de lá que ajudam a
revelar o jeito de ser do povo da capital federal.
Ele é muito aguado.
Refere-se a alguém que chora por qualquer coisa e de forma fingida - ou seja, um manteiga-derretida
especializado em lágrimas de crocodilo.
Nunca vi garçom tão apagado!
É assim que os brasilienses se referem a alguém lento, lerdo. “Apagar” também pode ser sinônimo de
assassinar.
Só pode ser agá.
“Agá”, em Brasília, é piada. E por lá corre o seguinte “agá”: não é à toa que o prédio do Congresso
Nacional tem o formato dessa letra...
Eu vou de camelo.
Famoso por fazer parte da letra da música Eduardo e Mônica, da Legião Urbana, o termo “camelo”
denota bicicleta.
Quando ela chegou, dei de cabrito.
Sabe-se lá por que o filhote da cabra ganhou essa fama no Distrito Federal: “dar de cabrito” é sair de
fininho, à francesa.
(Adaptado de: IACONIS, Heloísa. Todos. São Paulo: Mol, Fevereiro/março, p. 37)
É correto afirmar:
a) A articulação do texto explora, além das relações linguísticas, recursos gráficos, permitindo estes,
por exemplo, a precisa identificação do elemento que se define.
b) O uso simultâneo da expressão popular sair de fininho
e da expressão erudita sair à francesa
confirma, pela heterogeneidade dos registros, o tom jocoso do texto.
c) O emprego de essa
, em essa fama
, é inapropriado, uma vez que não há referência anterior nem
posterior ao termo . fama
d) O parágrafo em que se define aguado
oferece como sinônimo, após o segmento , uma ou seja
única expressão popular em todo o país.
e) No trecho do texto relativo a agá, o uso de aspas é inconsistente e dificulta a identificação da
palavra sinônima.
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Como eu era protestante, não pulei Carnaval durante a minha infância, nas décadas de 1950 e 1960. No
entanto, eu e meu pai cantávamos muitas das marchinhas que ouvíamos no rádio, numa época em que a
TV ainda não existia. Uma de que eu gosto muito diz assim: “Iaiá, cadê o jarro? O jarro que eu plantei a
flor. Eu vou te contar um caso: eu quebrei o jarro e matei a flor”. Hoje já não há marchinhas tão
interessantes, quase não sinto beleza nelas. Mas gosto muito dos sambas-enredo, verdadeiras epopeias.”
(Adaptado de: ROSA, Yêda Stela. 70 anos, de São Luiz. A-lá-lá- ô, ô, ô, ô, ô. Todos. São Paulo: Mol,
Fevereiro/Março, p. 22)
Sobre o texto, é correto afirmar:
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a) a autora era protestante e seu pai não, uma vez que, com ele, ela tinha permissão para ouvir as
marchinhas carnavalescas.
b) a autora deixou de acompanhar a produção de marchinhas, que não preservam a beleza de
meados do século 20, passando a dedicar sua atenção aos sambas-enredo.
c) na marchinha mencionada, o anúncio de que um caso
será contado cria a expectativa de narração
de variadas peripécias, expectativa atendida após os dois-pontos.
d) na marchinha, o discurso direto, sem marcação precisa dos interlocutores, gera dificuldade para a
determinação de quem diz eu quebrei o jarro e matei a flor
, dificuldade eliminada pelo contexto.
e) em eu quebrei o jarro e matei a flor
, o contexto impõe a interpretação de que a oração iniciada
e
por “ ” insere um evento resultante da ação de “quebrar”, não sendo admissível interpretar que a
conjunção apenas introduza um acréscimo.
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Não faz muito tempo, fui assistir à ópera "As Bodas de Figaro", de Mozart. Lá para o final, o personagem
mais importante, Fígaro, faz um retrato cruel das mulheres. Diz: "Abram um pouco os olhos, homens
incautos e bobos. Olhem essas mulheres, olhem o que elas são". Segue enumerando: "São bruxas que
enfeitiçam para nos deixar sofrendo... São rosas espinhosas, raposas maliciosas, mestras de engano e de
angústias, que fingem e mentem, que amor não sentem, não sentem piedade".
No século 18, quando essa ópera foi composta, a sala toda ficava iluminada. Não se deixava o público no
escuro, como hoje. Os cantores podiam então interpelar diretamente a assistência. Na montagem que vi,
o diretor de cena teve a ideia de acender as luzes da sala durante a ária de Fígaro, que saiu do palco e
dirigiu-se diretamente aos homens presentes.
Quando ele passava pelo corredor entre o público, uma senhora furiosa levantou-se. Fez o sinal de "não"
nas fuças do pobre cantor e retirou-se protestando em voz alta. De início, pensei que fosse parte do
espetáculo - hoje em dia, com as montagens modernas, tudo é possível. Mas não, era uma feminista
embravecida.
Ela poderia ter prestado mais atenção. O tema nuclear de "As Bodas de Fígaro" é atual: trata-se de
desmascarar, denunciar e punir um poderoso aristocrata que é violento predador sexual.
Aquela senhora não deu tempo para a conclusão da ópera, não chegou a ver a condenação do conde
brutal. Tal suscetibilidade, irritada pela situação em que, injustamente, as mulheres são mantidas em
nossas sociedades, é compreensível. Levou-a a partir antes que as acusações de Fígaro contra o gênero
feminino fossem desmentidas. Indignou-se cedo demais.
Indignação: eis o problema. Nunca tive simpatia por essa palavra. Pressupõe cólera e desprezo. Quando
estamos sozinhos, a indignação nos embriaga como se fosse uma droga. Arrebata a alma, enfurece as
vísceras, dilata os pulmões e nos faz acreditar na veemência do nosso ódio. Viramos heróis justiceiros
diante de nós mesmos.
A solidão indignada faz grandes discursos interiores contra aquilo que erigimos como inimigo. Serve para
dar boa consciência. É autossatisfatória. Um prazer solitário. Exaltados, arquitetamos vinganças e
reparações. Depois, o balão murcha, sobrando apenas nossa miserável impotência.
Ao se manifestar na presença de outra pessoa, ou de duas, ou num pequeno grupo, a indignação leva ao
descontrole. Nervosos, falamos alto e dizemos coisas que, na calma, jamais pronunciaríamos.
Quando um de seus heróis se deixa levar pelos discursos coléricos, Homero faz alguém sempre
repreender: "Que palavras ultrapassaram a barreira de teus dentes!". Porque não somos mais nós que
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falamos, mas algo que está em nós e que ocupou nosso corpo esvaziado de qualquer poder reflexivo: a
indignação. Assim também ocorre com os jorros furibundos de palavras que inundam as redes sociais.
A multidão indignada é, por sua vez, uma catástrofe. Tomada por um furacão de pulsões, ela atropela,
esmaga, lincha. A indignação trava as forças racionais. Alimentada pelas paixões, usa uma aparência de
razão como fole para soprar nas brasas. Está claro, aceita só argumentos que servem a reforçar e
ampliar seu domínio. É feita de radicalismos.
Obs. ária: parte de uma ópera executada por voz solista.
Não faz muito tempo, fui assistir à ópera "As Bodas de Figaro", de Mozart. Lá para o final, o personagem
mais importante, Fígaro, faz um retrato cruel das mulheres. Diz: "Abram um pouco os olhos, homens
incautos e bobos. Olhem essas mulheres, olhem o que elas são". Segue enumerando: "São bruxas que
enfeitiçam para nos deixar sofrendo... São rosas espinhosas, raposas maliciosas, mestras de engano e de
angústias, que fingem e mentem, que amor não sentem, não sentem piedade".
No século 18, quando essa ópera foi composta, a sala toda ficava iluminada. Não se deixava o público no
escuro, como hoje. Os cantores podiam então interpelar diretamente a assistência. Na montagem que vi,
o diretor de cena teve a ideia de acender as luzes da sala durante a ária de Fígaro, que saiu do palco e
dirigiu-se diretamente aos homens presentes.
Quando ele passava pelo corredor entre o público, uma senhora furiosa levantou-se. Fez o sinal de "não"
nas fuças do pobre cantor e retirou-se protestando em voz alta. De início, pensei que fosse parte do
espetáculo - hoje em dia, com as montagens modernas, tudo é possível. Mas não, era uma feminista
embravecida.
Ela poderia ter prestado mais atenção. O tema nuclear de "As Bodas de Fígaro" é atual: trata-se de
desmascarar, denunciar e punir um poderoso aristocrata que é violento predador sexual.
Aquela senhora não deu tempo para a conclusão da ópera, não chegou a ver a condenação do conde
brutal. Tal suscetibilidade, irritada pela situação em que, injustamente, as mulheres são mantidas em
nossas sociedades, é compreensível. Levou-a a partir antes que as acusações de Fígaro contra o gênero
feminino fossem desmentidas. Indignou-se cedo demais.
Indignação: eis o problema. Nunca tive simpatia por essa palavra. Pressupõe cólera e desprezo. Quando
estamos sozinhos, a indignação nos embriaga como se fosse uma droga. Arrebata a alma, enfurece as
vísceras, dilata os pulmões e nos faz acreditar na veemência do nosso ódio. Viramos heróis justiceiros
diante de nós mesmos.
A solidão indignada faz grandes discursos interiores contra aquilo que erigimos como inimigo. Serve para
dar boa consciência. É autossatisfatória. Um prazer solitário. Exaltados, arquitetamos vinganças e
reparações. Depois, o balão murcha, sobrando apenas nossa miserável impotência.
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Ao se manifestar na presença de outra pessoa, ou de duas, ou num pequeno grupo, a indignação leva ao
descontrole. Nervosos, falamos alto e dizemos coisas que, na calma, jamais pronunciaríamos.
Quando um de seus heróis se deixa levar pelos discursos coléricos, Homero faz alguém sempre
repreender: "Que palavras ultrapassaram a barreira de teus dentes!". Porque não somos mais nós que
falamos, mas algo que está em nós e que ocupou nosso corpo esvaziado de qualquer poder reflexivo: a
indignação. Assim também ocorre com os jorros furibundos de palavras que inundam as redes sociais.
A multidão indignada é, por sua vez, uma catástrofe. Tomada por um furacão de pulsões, ela atropela,
esmaga, lincha. A indignação trava as forças racionais. Alimentada pelas paixões, usa uma aparência de
razão como fole para soprar nas brasas. Está claro, aceita só argumentos que servem a reforçar e
ampliar seu domínio. É feita de radicalismos.
Obs. ária: parte de uma ópera executada por voz solista.
I. Coli cita Homero para compará-lo a Mozart no que se refere ao trato das personagens: o
primeiro repreende o excesso que elas possam cometer, o segundo, não, como o comprova o retrato
que Fígaro faz das mulheres.
II. As palavras de repreensão de que Homero se utiliza são tomadas por Coli como evidência de
que, quando nos manifestamos de modo colérico, não somos nós os sujeitos das falas, mas a
própria cólera.
III. Coli estabelece similaridade entre certos discursos de personagens de Homero e certos jorros
de palavras que inundam as redes sociais baseado no elemento comum “ausência de reflexão
imposta pela exaltação violenta dos ânimos”.
Não faz muito tempo, fui assistir à ópera "As Bodas de Figaro", de Mozart. Lá para o final, o personagem
mais importante, Fígaro, faz um retrato cruel das mulheres. Diz: "Abram um pouco os olhos, homens
incautos e bobos. Olhem essas mulheres, olhem o que elas são". Segue enumerando: "São bruxas que
enfeitiçam para nos deixar sofrendo... São rosas espinhosas, raposas maliciosas, mestras de engano e de
angústias, que fingem e mentem, que amor não sentem, não sentem piedade".
No século 18, quando essa ópera foi composta, a sala toda ficava iluminada. Não se deixava o público no
escuro, como hoje. Os cantores podiam então interpelar diretamente a assistência. Na montagem que vi,
o diretor de cena teve a ideia de acender as luzes da sala durante a ária de Fígaro, que saiu do palco e
dirigiu-se diretamente aos homens presentes.
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30/12/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Quando ele passava pelo corredor entre o público, uma senhora furiosa levantou-se. Fez o sinal de "não"
nas fuças do pobre cantor e retirou-se protestando em voz alta. De início, pensei que fosse parte do
espetáculo - hoje em dia, com as montagens modernas, tudo é possível. Mas não, era uma feminista
embravecida.
Ela poderia ter prestado mais atenção. O tema nuclear de "As Bodas de Fígaro" é atual: trata-se de
desmascarar, denunciar e punir um poderoso aristocrata que é violento predador sexual.
Aquela senhora não deu tempo para a conclusão da ópera, não chegou a ver a condenação do conde
brutal. Tal suscetibilidade, irritada pela situação em que, injustamente, as mulheres são mantidas em
nossas sociedades, é compreensível. Levou-a a partir antes que as acusações de Fígaro contra o gênero
feminino fossem desmentidas. Indignou-se cedo demais.
Indignação: eis o problema. Nunca tive simpatia por essa palavra. Pressupõe cólera e desprezo. Quando
estamos sozinhos, a indignação nos embriaga como se fosse uma droga. Arrebata a alma, enfurece as
vísceras, dilata os pulmões e nos faz acreditar na veemência do nosso ódio. Viramos heróis justiceiros
diante de nós mesmos.
A solidão indignada faz grandes discursos interiores contra aquilo que erigimos como inimigo. Serve para
dar boa consciência. É autossatisfatória. Um prazer solitário. Exaltados, arquitetamos vinganças e
reparações. Depois, o balão murcha, sobrando apenas nossa miserável impotência.
Ao se manifestar na presença de outra pessoa, ou de duas, ou num pequeno grupo, a indignação leva ao
descontrole. Nervosos, falamos alto e dizemos coisas que, na calma, jamais pronunciaríamos.
Quando um de seus heróis se deixa levar pelos discursos coléricos, Homero faz alguém sempre
repreender: "Que palavras ultrapassaram a barreira de teus dentes!". Porque não somos mais nós que
falamos, mas algo que está em nós e que ocupou nosso corpo esvaziado de qualquer poder reflexivo: a
indignação. Assim também ocorre com os jorros furibundos de palavras que inundam as redes sociais.
A multidão indignada é, por sua vez, uma catástrofe. Tomada por um furacão de pulsões, ela atropela,
esmaga, lincha. A indignação trava as forças racionais. Alimentada pelas paixões, usa uma aparência de
razão como fole para soprar nas brasas. Está claro, aceita só argumentos que servem a reforçar e
ampliar seu domínio. É feita de radicalismos.
Obs. ária: parte de uma ópera executada por voz solista.
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No dia 8 de fevereiro de 1600, depois de quase oito anos de detenção, Giordano Bruno foi conduzido à
residência do cardeal Mandruzzo para ouvir, na presença de oito cardeais inquisidores e de algumas
testemunhas ligadas à Igreja, além de uma multidão de curiosos, a sentença que o declarava herético
impenitente e obstinado. De acordo com as regras do Santo Ofício, depois da condenação ele foi
entregue ao governador de Roma para ser punido. Bruno não tinha a menor ilusão quanto ao significado
da sentença que fora proferida, mas, ainda assim, diante de todos afirmou confiante aos cardeais, como
relata uma testemunha ocular do ocorrido: “Tendes mais medo ao proferir a sentença do que eu que a
recebo”. Dias depois – 17 de fevereiro –, ele foi queimado vivo no Campo Dei Fiori, lugar tradicional de
suplício das vítimas da Inquisição em Roma. Nesse mesmo largo, uma estátua de bronze domina hoje a
área central, como se o desafio lançado naquele dia frio do inverno romano continuasse a se dirigir aos
que acreditavam triunfar ao condenar à morte uma das mentes mais férteis e criativas da Renascença.
Obs.:
Giordano Bruno (1548-1600): teólogo, filósofo, escritor e religioso italiano.
impenitente: que não demonstra arrependimento.
(Adaptado de: BIGNOTTO, Newton. Intolerância religiosa e a morte de um intelectual. In:
O silêncio dos intelectuais. Org. Adauto Novaes. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 247)
Entende-se corretamente do texto:
a) Giordano Bruno foi conduzido à residência do cardeal Mandruzzo para receber a sua sentença
porque já havia cumprido oito anos de detenção.
b) No dia 8 de fevereiro de 1600, Giordano Bruno ouviu a sentença, mas não fazia ideia do que
condenação por heregia poderia implicar.
c) O desafio de Bruno, em Roma, dirigido aos que então se sentiam vencedores, parece eternizado
na estátua de bronze colocada na praça em que foi supliciado.
d) Campo Dei Fiori foi escolhido para o suplício de Bruno por ser o lugar onde a tradição romana se
enraíza.
e) Testemunhas ligadas à Igreja comprovaram, diante de multidão de curiosos, as evidências da
heresia que condenou à morte uma das mais férteis e criativas mentes da Renascença.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/641665
A partir de que momento uma obra é, de fato, arte? Mona Suhrbier, etnóloga e especialista em questões
ligadas à Amazônia do Museu de Culturas do Mundo de Frankfurt, explica em entrevista por que
trabalhos de mulheres indígenas que vivem em zonas não urbanas têm dificuldade de achar um lugar
nos museus.
Qual tipo de arte pode ser classificado como “arte indigena”? Devo mencionar, de início, que
aqui no Museu das Culturas do Mundo não usamos o termo “arte indígena”. O Museu coleciona desde
1975 arte não europeia. Em cada exposição, indicamos o nome da região de que a arte em questão vem.
Mas para responder a sua pergunta com uma pequena provocação: arte indígena é sempre aquela que
não é nacional. É o tipo de arte que os países não querem usar para representá-los no exterior. É o
“folclore”, o “artesanato”. Para este tipo de arte foi criado no século 21 um espaço especial: o Museu do
Folclore. Já me perguntei: por que é que se precisa desse museu? Por que aquilo que é exibido nele não
é considerado simplesmente arte?
E você encontrou uma resposta a essa pergunta? Quando uma produção deriva de formas de
expressão rurais, coloca-se a obra no Museu do Folclore, sobretudo se for feita por mulheres. Mas se a
obra for de autoria de um artista urbano, cujo currículo seja adequado, ou seja, se tiver estudado com
“as pessoas certas”, aí sim ele pode iniciar o caminho para que se torne um artista reconhecido. Na
minha opinião, o problema está nesses critérios “ocidentais”. Muitas vezes o próprio material já define: o
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mundo da arte aceita com prazer a cerâmica (“sim, poderia ser arte”), enquanto um cesto trançado já é
mais difícil.
Até que ponto especialistas em arte, socializados em culturas ocidentais, refletem a respeito
do fato de que talvez não possam julgar tradições artísticas que não conhecem? Acredito que
as pessoas, inclusive os especialistas em arte, tendem a julgar como bom aquilo que já conhecem. As
pessoas, em sua maioria, não pensam que cresceram em um mundo visual específico. Esse mundo serve
como uma espécie de norma. É mais uma questão sensorial que intelectual. Acho que, entre nós, há
muito pouco autoquestionamento no que concerne ao que nos marcou esteticamente.
(Adaptado de: REKER, Judith. “Arte não europeia: ‘não queremos ser como vocês’”. Disponível em:
https://www.goethe.de)
Na entrevista, Mona Suhrbier defende o argumento de que
a) as pessoas, quando desenvolvem critérios de apreciação de acordo com a cultura em que estão
inseridas, podem apreciar a arte sem opiniões preconcebidas.
b) a arte nacional costuma ser marcada pelo folclore, ainda que tal identificação não seja aceita pelos
que desejam se pautar em paradigmas europeus.
c) a arte indígena, ainda que não seja identificada como arte nacional, deve ter seu lugar de
apreciação salvaguardado em instituições como o Museu do Folclore.
d) as noções do que seja arte devem libertar-se do modelo europeu, marcado por critérios ditos
“ocidentais”, que consideram as outras modalidades artísticas como inferiores.
e) o artesanato feito por mulheres, em regiões como a Amazônia, deve ser exibido em centros
urbanos, para servir de inspiração a artistas que se dedicam às técnicas universalmente aceitas.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/647286
A mitificação dos homens é um fato social comum, e um dos mais perniciosos. Desde que um nome
emerge, por qualquer razão, da massa anônima, está o seu dono sujeito a virar mito. Com isso,
naturalmente, soma-se às forças dessa pessoa um dinamismo novo, que raramente reverte em benefício
dos demais homens. De qualquer modo, uma coisa preciosa se perde: a verdade da condição real desse
indivíduo.
O escritor é um dos tipos sociais mais sujeitos a esse fenômeno. Já ouvi, inúmeras vezes, queixas como
esta: “Que decepção, o Fulano. Julgava-o diferente. É um homem como outro qualquer”. Sim, as
pessoas se surpreendem que os escritores comam, tropecem no beiço da calçada, assoem o nariz etc.
Isso, nos casos mais graves de delírio adolescente. Mas é muito comum pensar-se que os escritores têm
o mundo totalmente decifrado dentro de sua cabeça e não são suscetíveis de vacilar um instante sobre
que decisão tomar em face desta ou daquela contingência.
E o curioso é que essa vontade idealista do público se reflete frequentemente no escritor: e ei-lo se
compondo, como diante do fotógrafo, a fim de não contrariar a imagem que os leitores criaram de sua
pessoa. A propósito desse fenômeno, que termina por influenciar diretamente a própria obra do escritor,
Roland Barthes escreveu que, na França, os homens de letras tinham todos se educado na “arte de
morrer em público”. É a frase do gênio alemão, à hora da morte: “mais luz, mais luz”. (Se Goethe disse
isso ou não, pouco importa: a frase é necessária para compor o mito.) No entanto, o velho e sábio
Sócrates não se preocupou com que sua derradeira frase fosse esta: “Críton, nós devemos um galo a
Asclépio; não te esqueças de pagá-lo”.
Há, por outro lado, um esforço permanente dos biógrafos para fazer dos escritores e dos artistas
personagens ideais. Ou para detratá-los, lançando mão de detalhes de sua vida particular. Tanto num
caso, como noutro, deixa-se de lado o fato simples de que a obra de arte, quando acontece, é uma
vitória da pessoa sobre seus defeitos e suas virtudes cotidianas.
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(GULLAR, Ferreira. Melhores Crônicas. São Paulo, Global, 2012, ed. digital)
Conforme o texto,
a) embora, no geral, escritores se caracterizem por ter excepcional clareza sobre o mundo em que
vivem, de modo a direcionar suas ações, fazer disso uma regra e cobrar de todos que assim se
comportem é próprio da mitificação.
b) a mitificação dos escritores tem como exemplo maior a figura de Sócrates, que, embora eivada de
comicidade, é semelhante à trágica figura de Goethe, ambas a compor mitos que obscurecem a verdade
de sua real condição.
c) ainda que a mitificação seja corriqueira junto ao público leitor, é claro para os biógrafos o fato de
que a obra de arte é uma vitória sobre os erros e acertos da vida cotidiana.
d) frases como Que decepção, o Fulano. Julgava-o diferente são exemplos da confusão que o
público leitor faz entre a obra dos escritores e sua vida particular, passando a adotar esta como
parâmetro para mitificá-los.
e) a mitificação dos escritores, tratada como exemplo particular de uma formulação geral feita no
início do texto, faz com que muitas vezes eles se tornem reféns da imagem alimentada pelo público e
mesmo por seus próprios biógrafos.
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"Sente os pés no chão", diz a instrutor a, com a voz serena de quem há décadas deve sentir os pés no
chão, "sente a respiração”.
"Inspira, expira", ela diz, mas o narrador dentro da minha cabeça fala mais alto: "Eis então que no início
do terceiro milênio, tendo chegado à Lua e à engenharia genética, os seres humanos se voltavam ávidos
a técnicas milenares de relaxamento na esperança de encontrar alguma paz e algum sentido para suas
vidas simultaneamente atribuladas e vazias".
Um lagarto, penso, jamais faria um curso de meditação. "Sente a pedra. A barriga na pedra. Relaxa a
cauda. Agora sente o sol aquecendo as escamas. Esquece as moscas. Esquece as cobras rondando a
toca. Inspira. Expira." Eu imagino que o lagarto sinta a pedra. A barriga na pedra. O prazer simples e
ancestral de lagartear sob o sol.
Se o lagarto consegue esquecer as moscas ou a cobra rondando a toca, já não sei. A parte mais interna
e mais antiga do nosso cérebro é igual à dos répteis. É dali que vem o medo, ferramenta evolutiva
fundamental para trazer nossos genes triunfantes e nossos cérebros aflitos através dos milênios até
aquela roda, no décimo segundo andar de um prédio na cidade de São Paulo.
Não há nada de místico na meditação. Pelo contrário. Meditar é aprender a estar aqui, agora. Eu acho
que nunca estive aqui, agora. O ansioso está sempre em outro lugar. Sempre pré-ocupado. Às vezes
acho que nasci meia hora atrasado e nunca recuperei esses trinta minutos. "Inspira. Expira".
Não é um problema só meu. A revista dominical do "New York Times" fez uma matéria de capa ano
passado sobre o tema. Dizia que vivemos a era da ansiedade. Todas as redes sociais são latifúndios
produzindo ansiedade. Mesmo o presente mais palpável, como um prato fumegante de macarrão, nós
conseguimos digitalizar e transformar em ansiedade. Eu preciso postar a minha selfie dando a primeira
garfada neste macarrão, depois nem vou conseguir comer o resto do macarrão, ou sentir o gosto do
macarrão, porque estarei ocupado conferindo quantas pessoas estão comentando a minha foto comendo
o macarrão que esfria, a minha frente.
"Inspira, expira.” A voz da instrutora é tão calma e segura que me dá a certeza de que ela consegue
comer o macarrão e me dá a esperança de que também eu, um dia, aprenderei a comer o macarrão. É
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só o que eu peço a cinco mil anos de tradição acumulada por monges e budas e maharishis e demais
sábios barbudos ou imberbes do longínquo Oriente. "Inspira. Expira.” Foco no macarrão.
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S. Paulo. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
A repetição do comando “Inspira, expira” ao longo do texto
a) simboliza o ato de concentrar-se no aqui e agora realizado em sua plenitude pela instrutora, ato
que é reproduzido pelo autor quando este reflete sobre seu papel na sociedade do terceiro milênio.
b) representa textualmente a dificuldade que o autor tem em meditar, tendo em vista que se lança a
conjecturas a respeito da condição de ansiedade generalizada da sociedade atual.
c) enfatiza o esforço do autor em seguir as orientações da instrutora, o qual tem o resultado
esperado, evidente quando é invocada a sabedoria que sábios acumularam ao longo dos anos.
d) explicita uma ação que inicialmente o autor realiza de maneira mecânica, mas que vai sendo cada
vez mais reproduzida de modo consciente à medida que ele adentra um profundo estado meditativo.
e) revela o tom de deboche do autor com relação à postura daqueles que ainda se esforçam em
controlar sua ansiedade, já que ele deixa claro seu ceticismo quanto aos benefícios da meditação.
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"Sente os pés no chão", diz a instrutor a, com a voz serena de quem há décadas deve sentir os pés no
chão, "sente a respiração”.
"Inspira, expira", ela diz, mas o narrador dentro da minha cabeça fala mais alto: "Eis então que no início
do terceiro milênio, tendo chegado à Lua e à engenharia genética, os seres humanos se voltavam ávidos
a técnicas milenares de relaxamento na esperança de encontrar alguma paz e algum sentido para suas
vidas simultaneamente atribuladas e vazias".
Um lagarto, penso, jamais faria um curso de meditação. "Sente a pedra. A barriga na pedra. Relaxa a
cauda. Agora sente o sol aquecendo as escamas. Esquece as moscas. Esquece as cobras rondando a
toca. Inspira. Expira." Eu imagino que o lagarto sinta a pedra. A barriga na pedra. O prazer simples e
ancestral de lagartear sob o sol.
Se o lagarto consegue esquecer as moscas ou a cobra rondando a toca, já não sei. A parte mais interna
e mais antiga do nosso cérebro é igual à dos répteis. É dali que vem o medo, ferramenta evolutiva
fundamental para trazer nossos genes triunfantes e nossos cérebros aflitos através dos milênios até
aquela roda, no décimo segundo andar de um prédio na cidade de São Paulo.
Não há nada de místico na meditação. Pelo contrário. Meditar é aprender a estar aqui, agora. Eu acho
que nunca estive aqui, agora. O ansioso está sempre em outro lugar. Sempre pré-ocupado. Às vezes
acho que nasci meia hora atrasado e nunca recuperei esses trinta minutos. "Inspira. Expira".
Não é um problema só meu. A revista dominical do "New York Times" fez uma matéria de capa ano
passado sobre o tema. Dizia que vivemos a era da ansiedade. Todas as redes sociais são latifúndios
produzindo ansiedade. Mesmo o presente mais palpável, como um prato fumegante de macarrão, nós
conseguimos digitalizar e transformar em ansiedade. Eu preciso postar a minha selfie dando a primeira
garfada neste macarrão, depois nem vou conseguir comer o resto do macarrão, ou sentir o gosto do
macarrão, porque estarei ocupado conferindo quantas pessoas estão comentando a minha foto comendo
o macarrão que esfria, a minha frente.
"Inspira, expira.” A voz da instrutora é tão calma e segura que me dá a certeza de que ela consegue
comer o macarrão e me dá a esperança de que também eu, um dia, aprenderei a comer o macarrão. É
só o que eu peço a cinco mil anos de tradição acumulada por monges e budas e maharishis e demais
sábios barbudos ou imberbes do longínquo Oriente. "Inspira. Expira.” Foco no macarrão.
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"Sente os pés no chão", diz a instrutor a, com a voz serena de quem há décadas deve sentir os pés no
chão, "sente a respiração”.
"Inspira, expira", ela diz, mas o narrador dentro da minha cabeça fala mais alto: "Eis então que no início
do terceiro milênio, tendo chegado à Lua e à engenharia genética, os seres humanos se voltavam ávidos
a técnicas milenares de relaxamento na esperança de encontrar alguma paz e algum sentido para suas
vidas simultaneamente atribuladas e vazias".
Um lagarto, penso, jamais faria um curso de meditação. "Sente a pedra. A barriga na pedra. Relaxa a
cauda. Agora sente o sol aquecendo as escamas. Esquece as moscas. Esquece as cobras rondando a
toca. Inspira. Expira." Eu imagino que o lagarto sinta a pedra. A barriga na pedra. O prazer simples e
ancestral de lagartear sob o sol.
Se o lagarto consegue esquecer as moscas ou a cobra rondando a toca, já não sei. A parte mais interna
e mais antiga do nosso cérebro é igual à dos répteis. É dali que vem o medo, ferramenta evolutiva
fundamental para trazer nossos genes triunfantes e nossos cérebros aflitos através dos milênios até
aquela roda, no décimo segundo andar de um prédio na cidade de São Paulo.
Não há nada de místico na meditação. Pelo contrário. Meditar é aprender a estar aqui, agora. Eu acho
que nunca estive aqui, agora. O ansioso está sempre em outro lugar. Sempre pré-ocupado. Às vezes
acho que nasci meia hora atrasado e nunca recuperei esses trinta minutos. "Inspira. Expira".
Não é um problema só meu. A revista dominical do "New York Times" fez uma matéria de capa ano
passado sobre o tema. Dizia que vivemos a era da ansiedade. Todas as redes sociais são latifúndios
produzindo ansiedade. Mesmo o presente mais palpável, como um prato fumegante de macarrão, nós
conseguimos digitalizar e transformar em ansiedade. Eu preciso postar a minha selfie dando a primeira
garfada neste macarrão, depois nem vou conseguir comer o resto do macarrão, ou sentir o gosto do
macarrão, porque estarei ocupado conferindo quantas pessoas estão comentando a minha foto comendo
o macarrão que esfria, a minha frente.
"Inspira, expira.” A voz da instrutora é tão calma e segura que me dá a certeza de que ela consegue
comer o macarrão e me dá a esperança de que também eu, um dia, aprenderei a comer o macarrão. É
só o que eu peço a cinco mil anos de tradição acumulada por monges e budas e maharishis e demais
sábios barbudos ou imberbes do longínquo Oriente. "Inspira. Expira.” Foco no macarrão.
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S. Paulo. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
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Num tempo como o nosso, de profundas violências, minha vocação é não me abrir ao outro, não lhe
oferecer o espaço da minha liberdade para que assim possamos nos encontrar, na calorosa mutualidade
do convívio. Não. Minha vocação é agora submeter o Outro, é pô-lo ao meu serviço. É conformá-lo ou
deformá-lo, pouco importa, contanto que ele me sirva e eu o possa subjugar, no caso em que me
resista. E passo a ser um violento porque me inocularam violência, simplificando-me e desrespeitando-
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me como pessoa. E passo a ser um pequeno predador, perdido na selva que me quer predar, e escolho
para o meu projeto o culto da força.
(Adaptado de: PELLEGRINO, Hélio. Lucidez embriagada. São Paulo, Planeta do Brasil 2004, p. 163-164)
A ideia de que a violência é, para o autor do texto, uma vocação imposta está presente no segmento
a) pô-lo ao meu serviço.
b) passo a ser um pequeno predador.
c) me inocularam violência.
d) contanto que ele me sirva.
e) no caso em que me resista
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produz a fala tende a ser maior em mulheres do que em homens, enquanto neles a região responsável
por operações espaciais, como julgar o tamanho de um objeto, é maior do que nelas. Essa diferença
casa bem com observações da psicologia: elas costumam falar melhor (e não mais!), eles costumam
fazer operações espaciais com mais facilidade. O realmente importante é reconhecer que essas
diferenças não são limitações, e sim pontos de partida, sobre os quais o aprendizado e a experiência
podem agir.
(Adaptado de: PIZA, Daniel. Perfis & Entrevistas. São Paulo, Contexto, 2004)
De acordo com o texto,
a) afirmações como “café vicia”, “bocejo contagia” mostram que a neurociência está presente em
nosso dia a dia, uma vez que o cérebro, enquanto matéria bruta, cristaliza hábitos possíveis de acordo
com nossa carga genética.
b) as predisposições genéticas constituem limites importantes que deveriam ser levados em conta na
reafirmação de questões éticas, o que é ilustrado pelas diferenças existentes entre homens e mulheres.
c) a suposta falta de distanciamento crítico nas pesquisas sobre a mente, dado que caberia a ela
mesma investigar sobre si própria, é um falso problema, uma vez que a ciência hoje dispõe de
instrumental avançado para isso.
d) a contradição que está na base da neurociência é o fato de que o número de neurônios não é
proporcional à proficiência que determinada região do cérebro desenvolve, o que faz com que os
problemas genéticos passem a ter um componente ético.
e) a imutabilidade dos genes é questionada pela própria neurociência, uma vez que não se podem
menosprezar as influências do comportamento, adquirido em sociedade, tampouco o ambiente em que
as pessoas vivem e estabelecem relações.
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Da leitura do texto, entende-se que a frase “A existência precede a essência” pressupõe que
a) a existência do homem seja predefinida por seus propósitos.
b) as ações humanas sejam orientadas pelo livre-arbítrio.
c) a essência humana não possa ser alterada pela história.
d) o tratamento dado a um indivíduo resulte de sua essência.
e) o homem sinta-se potente por ter uma essência mutável.
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Questão 66: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL DF/Agente de Polícia Legislativa/2018
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
O domínio das técnicas de produção de alimento foi determinante para que os seres humanos
construíssem a base da civilização. A passagem do extrativismo para a agricultura e a mudança da caça
para a domesticação de animais foram elementos centrais para que seres humanos se juntassem em
grupos. Embora as evidências arqueológicas sejam menos precisas à medida que retrocedemos no
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III. Mantendo-se as relações de sentido, o elemento sublinhado em quando exposto ao belo, nosso
encéfalo aumenta a atividade de áreas específicas relacionadas ao controle do estresse pode ser
substituído por “sempre que”.
Questão 67: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL DF/Técnico de Arquivo e Biblioteca/2018
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui
do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da
lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não
fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro
vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.
– Continue, disse eu acordando.
– Já acabei, murmurou ele.
– São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia
seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que
não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso
me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns em
bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” – “Vou para Petrópolis, dom Casmurro; a casa
é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias
comigo.” – “Meu caro dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui
na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.
Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o
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vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo
por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui
até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E
com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão
isso dos seus autores; alguns nem tanto.
(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 79-80.)
O narrador dirige-se diretamente a seu leitor no seguinte trecho:
a) Não consultes dicionários.
b) – Continue, disse eu acordando.
c) Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.
d) Nem por isso me zanguei.
e) Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo.
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Questão 68: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL DF/Técnico de Arquivo e Biblioteca/2018
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui
do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da
lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não
fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro
vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.
– Continue, disse eu acordando.
– Já acabei, murmurou ele.
– São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia
seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que
não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso
me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns em
bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” – “Vou para Petrópolis, dom Casmurro; a casa
é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias
comigo.” – “Meu caro dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui
na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.
Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o
vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo
por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui
até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E
com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão
isso dos seus autores; alguns nem tanto.
(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 79-80.)
De acordo com o texto,
a) os amigos da cidade passam a se valer da alcunha Dom Casmurro por condenarem os versos do
narrador.
b) o narrador sente-se incomodado com a forma como os amigos da cidade passam a se dirigir a ele.
c) o narrador ficou amuado quando o rapaz do trem ameaçou tirar novamente os versos do bolso.
d) os vizinhos passam a reproduzir a alcunha Dom Casmurro por censurarem os hábitos reclusos do
narrador.
e) o rapaz do trem inventa a alcunha porque o narrador censurou-lhe os versos.
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Há 30 anos, Brasília se tornava Patrimônio Cultural da Humanidade. Primeira (e ainda única) cidade
moderna com tal honraria, a capital do país foi inscrita na lista de Patrimônio da Unesco em 7 de
dezembro de 1987.
O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco reconheceu a capital obra-prima do gênio criativo humano e
exemplo eminente de conjunto arquitetural que representava período significativo da história. Para o
comitê, Brasília era um marco do movimento moderno. Mas, para ganhar o título de patrimônio mundial,
precisava de leis para protegê-la de alterações e deturpações fatais. A cidade construída em 1.296 dias,
a partir de 1956, não contava com essa cobertura. Não havia nada que a livrava dos males da
especulação imobiliária e de outras ameaças.
Ao tomar conhecimento desse entrave, o então governador de Brasília, José Aparecido de Oliveira,
publicou o decreto, em outubro de 1987, regulamentando a Lei nº 3.751, de 13 de abril de 1960, de
preservação da concepção urbanística de Brasília. Em síntese, a lei manda respeitar as quatro escalas
que definem os traços essenciais da capital, ou seja, as quatro dimensões dos quatro modos de viver na
cidade.
Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano que havia apresentado no concurso público aberto
pelo Governo Federal para escolher o projeto da nova capital brasileira, as escalas são definidas como
monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão)
e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais, incluindo a vegetação nativa). Com elas, o
urbanista deixou claras as funções de cada espaço da cidade, definindo os setores de trabalho, moradia,
serviços e lazer, em harmonia com a natureza.
Era justamente esse conceito o grande trunfo de Brasília, que trazia um desenho único de cidade.
Diferentemente do que muitos pensam, seria tombado o projeto urbanístico de Lucio Costa e não os
prédios modernistas de Oscar Niemeyer. Esses viriam a ser protegidos por meio de outras leis. Mas as
obras de Niemeyer contribuíram para a conquista do título da Unesco. Os representantes da organização
ressaltaram que cada elemento − da arquitetura das áreas residenciais e administrativas à simetria dos
edifícios − dos traços de Niemeyer estavam em harmonia com o desenho geral da cidade. Assim como o
plano de Lucio, a Unesco considerou os prédios inovadores e criativos.
Para muitos, o Plano Piloto lembra um avião. Mas Lucio Costa o comparava a uma borboleta. O arquiteto
Leon Pressouyre, o relator da candidatura de Brasília ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade da
Unesco, viu “um pássaro gigante voando em direção ao sudeste”. O certo é que o tombamento protegeu
uma ideia de liberdade.
(Adaptado de: ALVES, Renato. http://blogs.correiobraziliense.com.br)
O tombamento de Brasília deveu-se, principalmente,
a) ao plano urbanístico de Lucio Costa, que dividiu os espaços de acordo com suas funções.
b) aos esforços de José Aparecido de Oliveira para criar uma lei regularizando os edifícios públicos da
cidade.
c) ao arquiteto Leon Pressouyre, que criou um comitê próprio para a avaliação de cidades modernas.
d) à parceria de Oscar Niemeyer e Leon Pressouyre, cuja meta era desenhar uma cidade que
privilegiasse o lazer.
e) a Lucio Costa, que, atendendo à orientação de José Aparecido de Oliveira, buscou integrar espaço
urbano e natureza.
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Há 30 anos, Brasília se tornava Patrimônio Cultural da Humanidade. Primeira (e ainda única) cidade
moderna com tal honraria, a capital do país foi inscrita na lista de Patrimônio da Unesco em 7 de
dezembro de 1987.
O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco reconheceu a capital obra-prima do gênio criativo humano e
exemplo eminente de conjunto arquitetural que representava período significativo da história. Para o
comitê, Brasília era um marco do movimento moderno. Mas, para ganhar o título de patrimônio mundial,
precisava de leis para protegê-la de alterações e deturpações fatais. A cidade construída em 1.296 dias,
a partir de 1956, não contava com essa cobertura. Não havia nada que a livrava dos males da
especulação imobiliária e de outras ameaças.
Ao tomar conhecimento desse entrave, o então governador de Brasília, José Aparecido de Oliveira,
publicou o decreto, em outubro de 1987, regulamentando a Lei nº 3.751, de 13 de abril de 1960, de
preservação da concepção urbanística de Brasília. Em síntese, a lei manda respeitar as quatro escalas
que definem os traços essenciais da capital, ou seja, as quatro dimensões dos quatro modos de viver na
cidade.
Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano que havia apresentado no concurso público aberto
pelo Governo Federal para escolher o projeto da nova capital brasileira, as escalas são definidas como
monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão)
e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais, incluindo a vegetação nativa). Com elas, o
urbanista deixou claras as funções de cada espaço da cidade, definindo os setores de trabalho, moradia,
serviços e lazer, em harmonia com a natureza.
Era justamente esse conceito o grande trunfo de Brasília, que trazia um desenho único de cidade.
Diferentemente do que muitos pensam, seria tombado o projeto urbanístico de Lucio Costa e não os
prédios modernistas de Oscar Niemeyer. Esses viriam a ser protegidos por meio de outras leis. Mas as
obras de Niemeyer contribuíram para a conquista do título da Unesco. Os representantes da organização
ressaltaram que cada elemento − da arquitetura das áreas residenciais e administrativas à simetria dos
edifícios − dos traços de Niemeyer estavam em harmonia com o desenho geral da cidade. Assim como o
plano de Lucio, a Unesco considerou os prédios inovadores e criativos.
Para muitos, o Plano Piloto lembra um avião. Mas Lucio Costa o comparava a uma borboleta. O arquiteto
Leon Pressouyre, o relator da candidatura de Brasília ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade da
Unesco, viu “um pássaro gigante voando em direção ao sudeste”. O certo é que o tombamento protegeu
uma ideia de liberdade.
(Adaptado de: ALVES, Renato. http://blogs.correiobraziliense.com.br)
Duas expressões vinculadas a ideias que se opõem no texto são:
a) período significativo da história / movimento moderno
b) exemplo eminente de conjunto arquitetural / especulação imobiliária
c) traços essenciais da capital / modos de viver na cidade .
d) desenho único de cidade / projeto urbanístico
e) um pássaro gigante voando em direção ao sudeste / uma ideia de liberdade
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Há 30 anos, Brasília se tornava Patrimônio Cultural da Humanidade. Primeira (e ainda única) cidade
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30/12/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
moderna com tal honraria, a capital do país foi inscrita na lista de Patrimônio da Unesco em 7 de
dezembro de 1987.
O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco reconheceu a capital obra-prima do gênio criativo humano e
exemplo eminente de conjunto arquitetural que representava período significativo da história. Para o
comitê, Brasília era um marco do movimento moderno. Mas, para ganhar o título de patrimônio mundial,
precisava de leis para protegê-la de alterações e deturpações fatais. A cidade construída em 1.296 dias,
a partir de 1956, não contava com essa cobertura. Não havia nada que a livrava dos males da
especulação imobiliária e de outras ameaças.
Ao tomar conhecimento desse entrave, o então governador de Brasília, José Aparecido de Oliveira,
publicou o decreto, em outubro de 1987, regulamentando a Lei nº 3.751, de 13 de abril de 1960, de
preservação da concepção urbanística de Brasília. Em síntese, a lei manda respeitar as quatro escalas
que definem os traços essenciais da capital, ou seja, as quatro dimensões dos quatro modos de viver na
cidade.
Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano que havia apresentado no concurso público aberto
pelo Governo Federal para escolher o projeto da nova capital brasileira, as escalas são definidas como
monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão)
e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais, incluindo a vegetação nativa). Com elas, o
urbanista deixou claras as funções de cada espaço da cidade, definindo os setores de trabalho, moradia,
serviços e lazer, em harmonia com a natureza.
Era justamente esse conceito o grande trunfo de Brasília, que trazia um desenho único de cidade.
Diferentemente do que muitos pensam, seria tombado o projeto urbanístico de Lucio Costa e não os
prédios modernistas de Oscar Niemeyer. Esses viriam a ser protegidos por meio de outras leis. Mas as
obras de Niemeyer contribuíram para a conquista do título da Unesco. Os representantes da organização
ressaltaram que cada elemento − da arquitetura das áreas residenciais e administrativas à simetria dos
edifícios − dos traços de Niemeyer estavam em harmonia com o desenho geral da cidade. Assim como o
plano de Lucio, a Unesco considerou os prédios inovadores e criativos.
Para muitos, o Plano Piloto lembra um avião. Mas Lucio Costa o comparava a uma borboleta. O arquiteto
Leon Pressouyre, o relator da candidatura de Brasília ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade da
Unesco, viu “um pássaro gigante voando em direção ao sudeste”. O certo é que o tombamento protegeu
uma ideia de liberdade.
(Adaptado de: ALVES, Renato. http://blogs.correiobraziliense.com.br)
Considerando-se o contexto, o vocábulo Mas, em Mas as obras de Niemeyer contribuíram para a
conquista do título da Unesco
, sinaliza que
a) não é certo que as obras de Niemeyer possam ter contribuído para a conquista do título da
Unesco.
b) há quem possa concluir que as obras de Niemeyer não tenham contribuído para a conquista do
título da Unesco.
c) tem razão quem defende que as obras de Niemeyer não contribuíram para a conquista do título da
Unesco.
d) a conquista do título da Unesco não tem qualquer tipo de relação com as obras de Niemeyer.
e) a Unesco agiu mal em não considerar as obras de Niemeyer ao atribuir o título à cidade.
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acordo com o coração, e os arranjos promovidos pela família prevaleciam: “Minha filha, este é o teu
futuro esposo”, sublinhava o missionário norte-americano Daniel Kidder, que, em 1837, via os pais
entregarem as filhas aos amigos. Por muito tempo, o casamento foi um “negócio”, não só porque
envolvia duas pessoas, mas porque se tratava de um mecanismo presidido pelos pais.
(Adaptado de: DEL PRIORE, Mary. Histórias e conversas de mulher. São Paulo, Planeta, 2013, p. 44-45)
A autora descreve o casamento no século XIX como um “negócio”, chamando a atenção para
a) os arranjos matrimoniais que privilegiavam os pretendentes estrangeiros.
b) o modo como os estrangeiros davam preferência às moças mais novas.
c) o fato de as moças se casarem antes mesmo de ter interesse pelo sexo oposto.
d) os conflitos que ocorriam quando a mulher se casava sem ter afeto pelo marido.
e) a falta de autonomia das moças quanto à escolha de seus maridos.
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c) o “corpo ideal” almejado pelas mulheres // o ideal estético denominado por Umberto Eco de
“beleza da mídia”
d) o barateamento dos recursos de reprodução de imagens // o surgimento da “iconofagia”
e) o surgimento da “iconofagia” // o ideal estético denominado por Umberto Eco de “beleza da mídia”
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Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.
Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:
− O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
− Três peneiras? − indagou o rapaz.
− Sim! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha
ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela
segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o
caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda
pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade?
Pode melhorar o planeta?
Arremata Sócrates:
− Se passou pelas três peneiras, conte! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar. Caso
contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a
discórdia entre irmãos, colegas do planeta.
(Disponível em: www.pensador.com/texto_filosofico)
Uma mensagem veiculada pelo texto está em:
a) Antes de contarmos algo sobre alguém, devemos avaliar se esse algo é verdadeiro, fará o bem e
será necessário ao próximo.
b) Aquilo que queremos contar sobre alguém passa inevitavelmente por três fases alternativas:
verdade, bondade e necessidade.
c) Fofocas podem ser evitadas, caso você deixe de confiar plenamente nas pessoas com quem
convive.
d) Aquele que fala muito não respeita a verdade, não é bom nem tem ideia de necessidade.
e) Respeitando-se os três princípios da fofoca – verdade, bondade e necessidade − sempre
contaremos uma agradável história.
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Quando ela chegou à idade avançada de quinze anos eu lhe dei de presente o livro Alice no País das
Maravilhas. Esse livro é doido, Maria da Graça. Isto é: o sentido dele está em ti.
Escuta: se não descobrires algum sentido que há em toda loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de
saída para a grande vida, a ler esse livro como um simples manual do sentido evidente de todas as
coisas, inclusive as loucuras. A realidade, Maria, é louca.
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Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas
vezes por ano. “Quem sou eu neste mundo?” Essa indagação perplexa é o lugar-comum de toda história
de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos,
mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta: o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda
que seja mentira.
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, todos vivem
apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias que,
quando os corredores chegam exaustos a um ponto costumam perguntar: “Quem ganhou?” Bobagem,
Maria. Há mais sentido nas saudáveis loucuras da nossa imaginação do que na seriedade que atribuímos
a algumas bobagens que chamamos de “realidade”.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 191-192)
Há mais sentido nas saudáveis loucuras da nossa imaginação do que na seriedade que chamamos de
realidade.
O que está dito na frase acima encontra-se basicamente reproduzido nesta outra redação:
a) A seriedade que chamamos de realidade faz menos sentido do que nossa imaginação com suas
saudáveis loucuras.
b) Às loucuras que nossa imaginação dá sentido contrapõe-se a realidade que descartamos de tudo o
que é sério.
c) Nossa imaginação saudável tem mais sentido, apesar das nossas loucuras, do que a realidade que
por vezes julgamos séria.
d) O que seriamente chamamos de realidade alcança menos sentido quando a submetemos às
loucuras da nossa imaginação.
e) Sendo saudáveis as loucuras da nossa imaginação, encontraremos mais sentido nas coisas sérias
que consideramos reais.
I. Depreende-se do texto que o descontentamento com o mundo real instiga o ser humano a
imaginar uma vida melhor e a transformar fantasia em realidade.
II. A atividade de contar histórias possui, entre outras, a função de mitigar emoções como o temor.
III. A linguagem escrita sobrepuja a oral, pois, enquanto esta apenas desperta a imaginação para
fins de entretenimento, aquela permite que se transcendam obstáculos reais por meio da invenção
de uma vida mais aprazível.
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Gabarito
1) B 2) D 3) A 4) E 5) B 6) C 7) C
8) A 9) B 10) E 11) D 12) D 13) B 14) D
15) A 16) C 17) B 18) D 19) B 20) A 21) D
22) D 23) A 24) C 25) B 26) E 27) A 28) B
29) E 30) C 31) E 32) A 33) E 34) D 35) E
36) E 37) E 38) A 39) A 40) A 41) D 42) C
43) D 44) C 45) E 46) C 47) D 48) A 49) C
50) A 51) D 52) C 53) E 54) E 55) C 56) D
57) E 58) B 59) E 60) C 61) D 62) C 63) C
64) B 65) C 66) E 67) A 68) D 69) A 70) B
71) B 72) E 73) D 74) A 75) A 76) C
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