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INTENSIVO COMPLEMENTAR

Disciplina: Filosofia do Direito


Prof. André Gualtieri
10.02.12

MATERIAL DE APOIO – MONITORIA

Índice

1. Anotações de aula

1. Anotações de aula

B) Concepção Platônica

1ª Justiça – é o estado ideal (“fazer cada um o seu”)


2ª Justiça como retribuição.

C) A concepção Aristotélica de justiça: Justiça é igual a virtude.


A virtude é o contrário do excesso que no grego se chama (Hybris)
Segundo Aristóteles: Eu evito o excesso atingindo o meio termo entre dois extremos.
- A virtude da justiça vai lidar com o problema da distribuição da cooperação num ambiente de
escassez. O mundo em que vivemos não dispõe de recursos ilimitados, isso significa que é preciso haver
uma distribuição de recursos que são limitados, isso é uma questão de justiça.

*Justiça  Igualdade

2 sentidos para Aristóteles:


1) Justiça Universal (sentido lato) = cumprir as leis
Precisamos tomar cuidado para não aplicarmos as regras dos autores, tendo em vista suas regras foram
feitas em épocas diferentes. A hermenêutica nos mostra isso.
Aristóteles nesse primeiro sentido diz que o justo é o homem que reúne todas as virtudes.
A condição para a existência da comunidade é que as pessoas cumpram a lei, tanto a lei moral como a
jurídica.

2) Justiça Particular (sentido estrito) = justiça é igual a distribuir de modo justo.


Aristóteles vai sub-dividir esse conceito de justiça.

a) Justiça Comutativa ou Corretiva – nós vamos tratar do problema no contexto da distribuição na


relação entre os particulares. Ex.: justiça aplicada às sanções penais.
O igual é o meio termo entre o ganho e a perda. A igualdade será atingida quando equilibrarmos a
relação entre o ganho e a perda. Ex.: eu causo um dano à propriedade de um terceiro, o juiz vai restituir
o equilíbrio quando ordenar a indenização ao proprietário.

b) Justiça Distributiva
O igual depende de um critério político, porque essa justiça é a que trata da relação entre a sociedade e
o indivíduo. Se aplica de modo mais direto essa frase tão pronunciada:
“Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades”.
O critério estabelecido para a distribuição dos cargos públicos hoje em dia por exemplo é o mérito.
Mas na época da monarquia por exemplo eram distribuídos por relações de parentesco, por indicação,
são critérios que derivam de situações políticas diferentes que se modificam ao longo dos anos.
*Equidade

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É a equidade que dá o acabamento final da justiça, portanto, sem ela a explicação sobre a justiça é
incompleta.
Equidade é o justo na concretude.
A justiça para Aristóteles é um ato, ela é indissociável da prática, não basta eu saber a teoria se eu não
a pratico. A justiça só se manifesta no caso concreto.
A lei é regra geral e abstrata, ela trata da generalidade, mas a aplicação do direito lida com a aplicação
dessa lei genérica ao caso individualizado.
Séculos mais tarde Cícero disse Summum lus Summa Iniuria, isto é, a lei aplicada sem justiça.

D) Definição Clássica de Justiça – “Dar a cada um o que é seu” (Aristóteles)


Significa estabelecer um equilíbrio.
(Ulpiano) “A justiça é a constante e perpétua vontade de dar a cada um seu direito”
Tomaz de Aquino – realiza uma recuperação do pensamento de Aristóteles, bem como dos jurisconsultos
romanos. A sua definição de justiça segue o esquema aristotélico. Divide a justiça em “justiça legal”
(universal) e em segundo lugar a “justiça particular”.
A justiça leva ao bem comum e o instrumento usado é a lei.

E) Divergências sobre o conceito de justiça – podemos citar Santo Agostinho.


A modernidade trás como uma das suas principais conseqüências o relativismo.
Da antiguidade até a idade média os sistemas filosóficos estavam atreladas às divindades e isso fazia
com que esse pensamento ficasse mais a vontade, pois na sua base haveria a figura do absoluto que
seria Deus.
Depois o homem passou a ser o fundamento de toda a cultura chamado “antropocentrismo”.
No início do século XVII Gróssio dizia que o direito continuaria sendo direito mesmo que Deus Não
existisse, pois para ele, seu fundamento é a razão do homem.
Muitas mudanças representaram um ponto de rompimento com a linha que vinha da antiguidade e da
idade média. O campo para o relativismo fica muito mais fértil. Os fundamentos da questão de justiça
passam a ser muito mais questionados do que eram antes, pois o homem moderno tem um rol de
dúvidas muito maior que os homens antigos.
Assim a concepção clássica de justiça passa a ter concepções conflitantes com peso maior.
Concepções modernas de justiça:

• Escola do direito natural – também chamada de jusnaturalismo. Para a resposta sobre o que é
justo o jusnaturalismo diz que: é o que é adequado à natureza, mais precisamente a natureza humana.
Enquanto o injusto é o que viola esta natureza humana.
Os autores jusnaturalistas além de preocupados com o direito eram moralistas, o estudo da moral era de
fundamental importância para se entender o direito. A partir de determinados mandamentos morais nós
poderíamos deduzir o direito natural. Esses mandamentos morais eram uma expressão de uma verdade
da razão que era possível ser atingida pala capacidade intelectual do homem. É de acordo com a moral
você fazer promessas e cumprir essas promessas. Suponhamos que uma pessoa está em situação
financeira complicada e pretende fazer um empréstimo sabendo que não pagará, Kant vai dizer que essa
não é uma ação moral, pois dessa forma ninguém mais acreditaria em promessas feitas, no caso na
promessa de pagamento. Locke por exemplo vai dizer que os seres humanos precisam de um espaço
determinado que seja só deles, daí se deduz o direito de propriedade.

Parte de uma concepção de direito natural puramente racional. Gróssio dizia que o problema do direito é
um problema igual a um problema matemático.

• Utilitarismo – seus principais autores são Jeremy Bentham. Nas nossas ações morais e políticas
nó sempre buscamos aquilo que nos causa prazer e evitamos aquilo que nos causa dor. Isso vai gerar o
princípio básico do pensamento utilitarista que é o princípio da felicidade ou princípio da satisfação ou
princípio do bem-estar, ou seja, toda avaliação que o utilitarismo faz sobre a justiça manifestada em
determinada sociedade está vinculada a essa idéia básica. A lei justa é aquela que promove o bem-estar
do maior número de pessoas. O utilitarismo foi criticado por uma série de autores John Rawls: o
utilitarismo não impede que determinados indivíduos sejam sacrificados em favor de outros.

• Concepção de Kelsen – a justiça é um valor não científico. Isso significa que para construir essa

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teoria eu preciso de conhecimentos dotados de certeza. Se eu quero fazer ciência do direito eu tenho
que me basear na norma jurídica. Kelsen é muito influenciado pelo pensamento de Max Weber, pois
quando se trata de determinado posicionamento a respeito da justiça eu não posso fazer um juízo de
valor, pois nenhum posicionamento é absoluto, os valores são essencialmente relativos.

Kelsen vai dizer que a justiça absoluta é impossível, a única justiça possível é a justiça relativa. Isso
significa que minha concepção de justiça não pode ser superior a concepção de justiça de outra pessoa.
A primeira concepção de justiça que kelsen vai criticar é concepção platônica. Kelsen diz que gera um
estado autoritário, portanto antidemocrático, porque segundo Kelsen a concepção de Platão a respeito
do estado tem como conseqüência a situação de que o estado estará nas mãos de uns poucos sábios e
o restante da população teria que obedecer as ordens dos sábios.
Kelsen critíca ainda Aristóteles.

Justiça em Rawls – é um autor fundamentalmente preocupado com a democracia então ele pensa a
justiça para a democracia. A democracia moderna passa a se fundamentar sobre 3 pilares básicos, só
que esses três princípios são difíceis de serem conciliados, Rawls então pretende conciliar esses 3
valores, para chegar a eles e se vale da idéia de posição original, que é um termo inventado por ele para
substituir o termo “contrato social”. A idéia da posição original é uma espécie de mecanismo expositivo
da idéia da justiça, vai servir de fundamento racional para a obtenção do princípio da justiça. Rawls
pensa num acordo entre todas as pessoas da sociedade num ambiente em que as pessoas não saibam o
seu nível social, a família da qual vem e isso ele chamava de “véu de ignorância”.
Seu primeiro princípio garante liberdades iguais para todos.
O segundo princípio também concilia liberdade com igualdade.

II) Conceito de Direito

Definir o Direito de maneira única e definitiva é impossível. Temos vários conceitos do Direito, pois cada
corrente de pensamento jurídico enfatiza determinado aspecto do direito.

Apesar de ser impossível uma definição única, nós podemos identificar elementos essenciais:
a) O direito como ordem necessária – o direito é uma exigência da vida em comunidade, ele
organiza a vida em sociedade para tornar possível a vida em conjunto. Nós podemos encontrar um
ermitão mas isso é a exceção, os seres humanos são aqueles chamados por Aristóteles de “animais
políticos”. Há uma frase latina que é utilizada para se referir a essa característica de direito que é frase
UBI SOCIETAS IBI IUS que significa: “onde há sociedade há também direito”.
Sob certo aspecto sempre houve direito. O direito é uma ordem necessária.

b) O direito como regra de conduta – quer dizer que o direito diz para as pessoas como elas devem
se comportar em sociedade, portanto o direito é um tipo de norma que nós chamamos de norma social
como: o direito, a moral, a etiqueta, as normas de organizações religiosas políticas, etc.
Cada norma tem seu objeto próprio.
Todas essas normas sociais pertencem ao campo do dever ser, não ao campo da realidade.

c) Sentidos do termo direito:


-termo polissêmico (plurívoco) – nós utilizamos o termo direito no sentido de justiça , no sentido de
direito subjetivo, no sentido de ciência, no sentido de uma ideologia liberal, o direito possui esses
diversos sentidos.

d) Etimologia do termo direito – é o estudo da origem das palavras, do sentido original do termo. A
etimologia é importante porque quando vamos fazer uma monografia devemos iniciar com o sentido
etimológico da palavra, como essa idéia foi pensada pela primeira vez. Uma primeira explicação diz que
a palavra direito vem da palavra “directum” que significa dirigir. Uma segunda explicação e que o termo
teria vindo da palavra latina “derectum”, o prefixo “de” que significa total ou totalmente e o termo
“rectum” que significa totalmente reto. Esse termo deriva da balança, quando os fiéis da balança estão
alinhados, isto é, no mesmo nível isto quer dizer que há igualdade.

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