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Ilustríssima Senhora

Chefe do Posto de Benefícios

MANOEL FERREIRA DA SILVA, brasileiro, casado, auxiliar de


produção, portador do RG nº 5.640.301-9/PR, inscrito no CPF/MF sob nº
737.085.009-97 (doc. 01), Carteira de Trabalho de Previdência Social sob nº
2185947, série 002-0/PR (docs. 02/11), residente e domiciliado na Rua Francisco de
Assis Magalhães, S/N, Santo Amaro, Mandirituba/PR, CEP 83.800-000 (doc. 12),
vem, respeitosamente, assistido pelo Ministério Público do Estado do Paraná, por
meio de sua Promotoria de Defesa da Saúde do Trabalhador, localizada na Av.
Marechal Floriano Peixoto, nº 1251, Bairro Rebouças, nesta Capital, com
fundamento no artigo 59 e seguintes da Lei nº 8.213/91 e demais dispositivos
pertinentes, solicitar: a) o restabelecimento do benefício auxílio-doença
previdenciário B(31) sob nº 549.709.032-6, no período compreendido entre 26
de abril de 2012 até 09 de setembro de 2012; b) a concessão do benefício
auxílio-doença por acidente de trabalho a partir do 16º dia de seu afastamento,
o qual ocorreu no dia 19 de novembro de 2012 até o dia 03 de abril de 2012; c)
a conversão do benefício auxílio-doença previdenciário B(31) sob nº
549.709.032-6, para seu homônimo acidentário (B91), e/ou a concessão do
benefício aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho, pelos
motivos que a seguir expõe:

O requerente foi admitido na MELTON ADMINISTRADORA


EXP. COSMÉTICOS LTDA, no dia 19 de outubro de 2006 para exercer a função de
pedreiro, consoante anotações em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social
(docs. 02/11).

Ocorre que, no dia 06 de novembro de 2006, o requerente veio


a sofrer um acidente de trabalho, no exercício de suas funções laborativas, quando
caiu de um andaime, e com a queda o Sr. Manoel a fraturou a coluna.

A empresa empregadora emitiu a CAT – Comunicação de


Acidente de Trabalho o que evidencia o nexo causal entre a lesão e suas atividades
laborais (docs. 13/18).

Devido às lesões sofridas em decorrência do acidente laboral,


o trabalhador ficou afastado de suas atividades laborais e passou a perceber o
benefício auxílio doença por acidente de trabalho (B91) sob nº 518.956.322-3
cessado em 10 de julho de 2008 por alta médica.

Apesar da tentativa em exercer suas funções laborais, o


trabalhador novamente foi afastado devido às fortes dores que sentia, passou a
perceber o benefício auxílio doença por acidente de trabalho (B91) sob nº
532.419.807-9 em data de 08 de outubro de 2008 a 22 de julho de 2010 cessado
novamente por alta médica.

Após esse período, em setembro de 2010 foi transferido para a


Empresa Palladim Administradora de Shopping Centers Ltda., e foi submetido ao
procedimento de Reabilitação, a qual o habilitou para exercer a função de cobrador
de ônibus (docs. 45/46). Ocorre que, não existe esta função no quadro funcional e
operacional da empresa empregadora (doc. 20).

No dia 01 de setembro de passou a exercer a função de


auxiliar de manutenção até aproximadamente janeiro de 2012, ocasião em que foi
novamente de suas atividades laborativas.
No período de 14 de janeiro de 2012 a 25 de abril de 2012, o
trabalhador percebeu o benefício auxílio doença previdenciário (B31) sob nº
549.709.032-6 cessado de forma indevida pela autarquia previdenciária, conforme
documentação médica o trabalhador continuava incapacitado e em tratamento
médico.

Vejamos atestado do Dr. Bruno Sbrissia, ortopedista e


traumatologia em data de 25 de fevereiro de 2013 (doc. 34):

“Ao INSS
Atesto que Manoel Ferreira da Silva apresenta lombalgia crônica
degenerativa, sem melhora com o tto. Conservador proposto. Lesão
parcial definitiva. (...) Refere incapacidade laborativa. Indico
reabilitação ou função simples.” – grifos

Vejamos atestado do Dr. Ary Schmidt, CRM 6332 na data de 16


de janeiro de 2013 (doc. 33):

“Atesto para os devidos fins que o paciente MANOEL FERREIRA DA


SILVA, está sob nossos cuidados profissionais desde 27 de Agosto de
2008, portador de patologias CID 10 T 91.1 + S 32.0 + M 54.5 + M 76.7
+ T 93.2, comprometendo coluna lombar, já em tratamento anterior
desde 2008. Ao exame apresenta dor de intensidade moderada em
coluna dorso lombar com irradiação difusa para MIDir, parestesia de face
lateral de coxa Dir. e perna Dir., e face lateral de perna esq. importante
limitação de mobilidade da coluna lombar e restrição para atividade s que
requeiram esforços em flexão, dor em tornozelo Esq. e dorso de ante pé
Esq. Apresentou crise de dor dorsal com irradiação anterior necessitando
de atendimento em posto de saúde. Ao exame de RM de coluna lombar
apresenta discreta redução do corpo vertebral L1 e osteofitos marginais
anteriores L3 a S1. Submetido a tratamento conservador,
medicamentosos, fisioterápico, Acupuntura, tendo apresentado melhora
subjetiva da dor lombar permanece apenas com dor em tornozelo Esq.
aos esforços de marcha. Do ponto de vista ortopédico o paciente
encontra-se inapto para trabalhos que requeiram esforços de carga e
flexão sobre coluna lombar e tornozelo Esq. ortostatismo
prolongado por tempo indeterminado, continua em
acompanhamento periódico em consultório. Considerando o tempo
de tratamento e resultados obtidos, julgamos o quadro definitivo e
irreversível. Sugerimos encaminhar para CRP.” – grifos

Todavia, mesmo com a alta da autarquia previdenciária, o


trabalhador manteve-se em tratamento médico, como pode ser verificado na vasta
documentação médica apresentada.

Assim, resta evidente o equívoco da autarquia previdenciária


em ter cessado o benefício percebido pelo trabalhador, vez que o mesmo ainda se
encontrava em tratamento, restando clara a impossibilidade de exercer suas
atividades laborativas, razão pela qual se faz necessário o restabelecimento do
benefício auxílio-doença previdenciário (B31) sob nº 549.709.032-6, no período
compreendido entre 26 de abril de 2012 até 09 de setembro de 2012 e a a
concessão do benefício auxílio-doença por acidente de trabalho a partir do 16º dia
de seu afastamento, o qual ocorreu no dia 19 de novembro de 2012 até o dia 03 de
abril de 2012, ao trabalhador, nos termos do artigo 59, da Lei nº 8.213/91, in verbis:

Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo


cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta
Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade
habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. – grifos

Nesse sentido é o entendimento do Tribunal de Justiça do


Estado do Paraná. Veja-se:

PEDIDO DE PRORROGAÇÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO -


ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-
DOENÇA - REQUISITOS LEGAIS - PRESENÇA - DEFERIMENTO DA
MEDIDA - NECESSIDADE - POSSÍVEL IRREVERSIBILIDADE -
PREVALÊNCIA DO PRINCÍPIO DO MAL MAIOR - RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. (TJPR - 6ª C.Cível - AI 963240-2 - Matinhos -
Rel.: Carlos Eduardo A. Espínola - Unânime - J. 30.04.2013) – grifos

AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO PREVIDENCIÁRIA - JUIZ


DEFERIU A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA, PARA O FIM
DE DETERMINAR AO AGRAVANTE A IMPLANTAÇÃO DO BENEFÍCIO
DE AUXÍLIO-DOENÇA EM FAVOR DO AUTOR - ALEGAÇÃO DE
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS PARA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA E
INVOCAÇÃO DE RISCO DE IRREVERSIBILIDADE DA MEDIDA -
INADMISSIBILIDADE - PROVA ROBUSTA E SUFICIENTE À
PRETENSÃO ANTECIPATÓRIA - PERIGO DE LESÃO GRAVE E DE
DIFÍCIL REPARAÇÃO EVIDENTE - VERBA ALIMENTAR - CHOQUE
ENTRE INTERESSE INSTITUCIONAL PATRIMONIAL E DIREITO
ALIMENTAR DO AUTOR - PREVALECIMENTO DO SEGUNDO -
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS AUTORIZADORES PARA
ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA, NOS TERMOS DO ART.
273 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - DECISÃO ESCORREITA -
RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (TJPR - 7ª C.Cível - AI
918732-0 - Dois Vizinhos - Rel.: Luiz Sérgio Neiva de Lima Vieira -
Unânime - J. 12.03.2013) – grifos

APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO PREVIDENCIÁRIA AUXÍLIO- CONCESSÃO


DE AUXÍLIO-DOENÇA NA MODALIDADE ACIDENTÁRIA LAUDO
PERICIAL QUE ATESTA A INCAPACIDADE ATENDIDOS OS
REQUISITOS PARA A BENEFÍCIO CONCESSÃO DO BENEFÍCIO
ARTIGO 59 LEI N.º 8.213/91 RECURSO QUE OBJETIVA A REDUÇÃO
DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E APLICAÇÃO DO 1º- ARTIGO 1º-F
DA LEI 9.494/97 QUANTO AOS JUROS DEVIDOS APLICAÇÃO DO
ARTIGO 20 DO CPC SÚMULA 111 DO STJ INDEVIDA A REDUÇÃO OU
MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 1º-
OUTROSSIM, PEDIDO DE APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º-F DA LEI
9.494/97 QUANTO AOS JUROS DEVIDOS POSSIBILIDADE NOVA
REDAÇÃO DO REFERIDO ARTIGO COM CARÁTER
MATERIAL/PROCESSUAL CONHECIDO REDUÇÃO DE ÍNDICE
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJPR - 6ª
C.Cível - AC 901063-9 - Foro Central da Comarca da Região
Metropolitana de Curitiba - Rel.: Luiz Osorio Moraes Panza - Unânime -
J. 07.08.2012) – grifos

Portanto, faz-se cristalino o fato de que, uma vez que o


trabalhador encontrava-se incapacitado para o trabalho e preenche os requisitos
exigidos pela legislação, o mesmo faz jus ao pagamento do benefício auxílio-doença
previdenciário durante o período em que esteve afastado de suas atividades
profissionais.

Ademais, o trabalhador faz jus à conversão do benefício


previdenciário (B-31) sob o nº 549.709.032-6 para seu homônimo acidentário (B91),
qual seja, benefício auxílio-doença por acidente de trabalho, nos termos da Lei nº
8.213/91, tendo em vista que as lesões desenvolvidas pelo trabalhador se deu
decorrência dos acidentes laborais. Tendo em vista vasta documentação médica
apresentada pelo trabalhador, e CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho
emitida pela empresa empregadora (docs. 13/18).

Neste sentido, é o que dispõe o art. 19, da referida lei:

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do


trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho.
Assim tem decidido o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná:

APELAÇÃO CÍVEL - AGRAVO RETIDO - INSURGÊNCIA QUANTO AO


VALOR ARBITRADO A TÍTULO DE HONORÁRIOS PERICIAIS -
AUSÊNCIA DE PEDIDO DE APRECIAÇÃO DO AGRAVO NA APELAÇÃO
- ART. 523, § 1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - AGRAVO RETIDO
NÃO CONHECIDO - CONHECIMENTO DE OFÍCIO DO REEXAME
NECESSÁRIO - DIREITO PREVIDENCIÁRIO - SENTENÇA QUE
DETERMINOU A CONVERSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA
PREVIDENCIÁRIO NO HOMÔNIMO ACIDENTÁRIO, BEM COMO O
RESTABELECIMENTO DO ÚLTIMO BENEFÍCIO - DOENÇA
OCUPACIONAL - LER/DORT - AUTORA QUE EXERCE A FUNÇÃO DE
CAIXA EM ESTABELECIMENTO BANCÁRIO - NEXO CAUSAL E
INCAPACIDADE CONFIGURADOS - CONJUNTO PROBATÓRIO,
SOMADO ÀS CONDIÇÕES PESSOAIS DA DEMANDANTE, QUE
PERMITE CONCLUIR PELA INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE -
SEGURADA QUE FAZ JUS À APOSENTAÇÃO POR INVALIDEZ -
APELO 1 CONHECIDO E PROVIDO - APELO 2 CONHECIDO E
IMPROVIDO - SENTENÇA MANTIDA, NO MAIS, EM SEDE DE
REEXAME. (TJPR - 7ª C.Cível - AC 941758-5 - Foro Central da Comarca
da Região Metropolitana de Curitiba - Rel.: Luiz Sérgio Neiva de Lima
Vieira - Unânime - J. 29.01.2013) – grifos

APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDENCIÁRIO. CONVERSÃO DE AUXÍLIO-


DOENÇA EM SEU HOMÔNIMO ACIDENTÁRIO E RECONHECIMENTO
DE REDUÇÃO PARCIAL E PERMANENTE DA CAPACIDADE
LABORATIVA NAS FUNÇÕES HABITUAIS, COM CONCESSÃO DE
AUXÍLIO-ACIDENTE A SER IMPLANTADO APÓS PROCESSO DE
REABILITAÇÃO PARA ATIVIDADE DIVERSA. ACERTO DA
SENTENÇA. APELO (1) DA AUTORA, QUE PRETENDE
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. NÃO ACOLHIMENTO, POR
AUSÊNCIA DE PROVA A CARACTERIZAR INCAPACIDADE TOTAL.
APELO (2) DO INSS, QUE PRETENDE RECONHECIMENTO DE
AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL E, ALTERNATIVAMENTE,
AFASTAMENTO DA IMPLANTAÇÃO FUTURA DO AUXÍLIO-ACIDENTE.
NÃO ACOLHIMENTO, FACE PROVA DOS AUTOS QUE ATESTA NEXO
CAUSAL E INCAPACIDADE PARCIAL E PERMANENTE, SENDO
DEVIDO O AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO ENQUANTO NÃO
PROMOVIDO PROCESSO DE REABILITAÇÃO. AGRAVO RETIDO DO
INSS, CONTRA DECISÃO QUE FIXOU HONORÁRIOS PERICIAIS. NÃO
ACOLHIMENTO. REEXAME NECESSÁRIO CONHECIDO DE OFÍCIO,
MANTENDO-SE A SENTEÇA. Agravo Retido conhecido e não provido.
Apelações 1 e 2 conhecidas e desprovidas. Reexame Necessário
conhecido de ofício e mantida a sentença. Relatório.(TJPR - 7ª C.Cível -
AC 618009-0 - Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de
Curitiba - Rel.: Joscelito Giovani Ce - Unânime - J. 08.05.2012) – grifos

Assim, por preencher os requisitos exigidos na legislação


vigente, o trabalhador faz jus a conversão do benefício previdenciário (B31) sob nº
549.709.032-6, para seu homônimo acidentário (B91).

Ainda, conforme encaminhamento do médico do trabalho, Dr.


Lauro A. Ferreira Koehler, observa-se (doc. 25):

“(...) Encaminho o funcionário Manoel Ferreira da Silva, 42 anos, para a


avaliação pericial criteriosa diante do quadro clínico crônico e
irreversível do funcionário, devidamente descrito nos laudos do
médico assistente. Solicito, por gentileza, que seja avaliada a
possibilidade de reabilitação profissional ou, se necessário, a própria
aposentadoria por invalidez.” – grifos

Este também é o entendimento do Dr. Ary F. Schmidt, conforme


atestados médicos emitidos nos dias 11 de março de 2013 e 25 de março de 2013
(docs. 35/36), vejamos:
“(...) Atesto para os devidos fins que o paciente MANOEL FERREIRA DA
SILVA, está sob nossos cuidados profissionais desde 27 de Agosto
de 2008, portador de patologias CID 10 T 9131 + S 32,0 + 54.5 + M65.9
+ M 76.4 + T 93.2, comprometendo coluna lombar, já em tratamento
anterior desde 2008. Ao exame apresenta dor de intensidade
moderada em coluna em coluna dorso lombar com irradiação difusa
para MIDir, parestesia de face lateral de coxa Dir., e face lateral de
perna Esq. importante limitação de mobilidade da coluna lombar e
restrição para atividades que requeiram esforços em flexão, dor em
tornozelo Esq. e dorso de ante pé Esq. Apresentou crise der dor
dorsal com irradiação anterior necessitando de atendimento em
posto de saúde. Ao exame de RM de coluna lombar apresenta discreta
redução do corpo vertebral L1 e osteofitos marginais anteriores L3 a
S1.US de pés apresenta fasceite plantar bilateral US de tornozelos
apresenta Peritendinite dos calcâneos Submetido a tratamento
conservador, medicamentoso, fisioterápico, Acupuntura tendo
apresentado melhora subjetiva da dor lombar permanece apenas com dor
em tornozelo Esq. aos esforços de marcha. Do ponto de vista ortopédico
o paciente encontra-se inapto para trabalhos que requeiram esforços de
carga e flexão sobre coluna lombar e tornozelo Esq., ortostatismo
prolongado por tempo indeterminado, continua em acompanhamento
periódico em consultório. Considerando o tempo de tratamento e
resultados obtidos, julgamos o quadro definitivo e irreversível.
Sugerimos encaminhar para CRP. – grifos

Dessa forma, tendo em vista a incapacidade definitiva, e embora


tenha havido habilitação profissional do trabalhador para exercer a função de
cobrador, esta não existe nos quadros da empresa empregadora, o que impede o Sr.
Manoel de retornar às atividades laborais, o que torna evidente, que o mesmo faz
jus, também, à aposentadoria por invalidez, conforme art. 42 da lei 8.213/91:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for
o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou
não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe
garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta
condição.
§ 1° A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da
verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-
pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas
expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2° A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se
ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à
aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier
por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. –
grifos

Ainda, destaca-se que o trabalhador ficou afastado de


suas atividades laborativas por um período de 05(cinco), tendo seus sintomas
agravados, ou seja, sem apresentar melhoras significativas em seu quadro clínico,
sendo considerado seu quadro definitivo e irreversível, o que torna impossível sua
recolocação no mercado de trabalho, conforme já demonstrado anteriormente.

Neste sentido é o entendimento do Tribunal de Justiça do Paraná:

APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO - AÇÃO


PREVIDENCIÁRIA DE RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO- DOENÇA
OU DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ -
PRESENÇA DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - DEMONSTRAÇÃO DE QUE O
APELADO NÃO POSSUI MAIS CONDIÇÕES DE EXERCER AS
ATIVIDADES PROFISSIONAIS EXERCIDAS ANTERIORMENTE AO
ACIDENTE - EM QUE PESE A INCAPACIDADE SER PARCIAL, A
IDADE PROVECTA E A BAIXA ESCOLARIDADE DAQUELE TORNAM
INVIÁVEL O RETORNO AO MERCADO DE TRABALHO -
ENTENDIMENTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA -
APLICABILIDADE DO ART. 1°-F DA LEI N° 9.494/97 ÀS PARCELAS
VENCIDAS APÓS 1°/7/2009 - RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO - EM SEDE DE REEXAME NECESSÁRIO,
MANUTENÇÃO DA SENTENÇA, NO QUE NÃO FOI MODIFICADA POR
FORÇA DO RECURSO VOLUNTÁRIO. (TJPR - 6ª C.Cível - ACR 953876-
9 - Loanda - Rel.: Carlos Eduardo A. Espínola - Unânime - J. 04.06.2013)
– grifos

APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO - SENTENÇA ILÍQUIDA


PROFERIDA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA - APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ - REQUISITOS - CONDIÇÃO DE SEGURADO, CARÊNCIA
E INVALIDEZ TOTAL E PERMANENTE - RELATIVIZAÇÃO DO
TERCEIRO REQUISITO - POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DO
BENEFÍCIO NOS CASOS EM QUE, AINDA QUE A INCAPACIDADE
SEJA PARCIAL, NÃO SE VISLUMBRE A POSSIBILIDADE DE
REINSERÇÃO DO SEGURADO NO MERCADO DE TRABALHO -
PRECENTES DO STJ - RECORRIDA COM IDADE AVANÇADA, BAIXA
ESCOLARIDADE E BAIXO NÍVEL INTELECTUAL - RECURSO
VOLUNTÁRIO CONHECIDO E DESPROVIDO - MANUTENÇÃO DA
SENTENÇA EM SEDE DE REEXAME NECESSÁRIO. (TJPR - 6ª C.Cível
- ACR 991371-3 - Cascavel - Rel.: Carlos Eduardo A. Espínola - Unânime
- J. 21.05.2013) – grifos

APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ. INCAPACIDADE LABORATIVA TOTAL E PERMANENTE.
IMPOSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO.CONFIGURAÇÃO. ART. 42 DA
LEI 8.213/91.SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (TJPR -
6ª C.Cível - AC 959065-0 - Santa Izabel do Ivaí - Rel.: Ângela Khury -
Unânime - J. 07.05.2013) – grifos
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ACIDENTÁRIA. PLEITO DE AUXÍLIO-
DOENÇA E CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
LAUDO PERICIAL. LESÃO QUE NÃO REDUZ A CAPACIDADE
LABORATIVA. SENTENÇA.IMPROCEDÊNCIA. APELAÇÃO.
REITERAÇÃO DO PEDIDO DE CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS.
SEGURADO ESPECIAL.ACOLHIMENTO. CONCESSÃO DO AUXÍLIO-
DOENÇA E DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CONJUNTO
PROBATÓRIO APTO A EVIDENCIAR A INCAPACIDADE TOTAL PARA
A GARANTIA DA SUBSISTÊNCIA.IMPOSSIBILIDADE DE
RECUPERAÇÃO ATRAVÉS DO USO MEDICAMENTOS E DE
REABILITAÇÃO. BAIXO GRAU DE ESCOLARIDADE, CONTÍNUO
EXERCÍCIO DE ATIVIDADES BRAÇAIS NA PESCA, FALTA DE
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E IDADE AVANÇADA. APLICAÇÃO
DO ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97, COM A REDAÇÃO DADA PELO
ARTIGO 5º, DA LEI Nº 11.960/09. INVERSÃO DO ÔNUS DE
SUCUMBÊNCIA. SENTENÇA REFORMADA.RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. (TJPR - 6ª C.Cível - AC 910911-9 - Telêmaco Borba - Rel.:
João Antônio De Marchi - Unânime - J. 07.05.2013) – grifos

Portanto, cristalino o fato de que, uma vez que o trabalhador


encontra-se incapacitado o trabalho e preenche os requisitos exigidos pela
legislação, faz jus ao restabelecimento do benefício auxílio-doença previdenciário
B(31) sob nº 549.709.032-6, no período compreendido entre 26 de abril de 2012 até
09 de setembro de 2012; a concessão do benefício auxílio-doença por acidente de
trabalho a partir do 16º dia de seu afastamento, o qual ocorreu no dia 19 de
novembro de 2012 até o dia 03 de abril de 2013; a conversão do benefício auxílio-
doença previdenciário B(31) sob nº 549.709.032-6, para seu homônimo acidentário
(B91), e/ou a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez decorrente de
acidente de trabalho.

Diante do exposto, em face da incapacidade descrita na


documentação médica, ante a impossibilidade de voltar a realizar as suas atividades
laborais, requer-se, nos moldes da Lei nº 8.213/91 e demais dispositivos pertinentes :
a) o restabelecimento do benefício auxílio-doença previdenciário B(31) sob nº
549.709.032-6, no período compreendido entre 26 de abril de 2012 até 09 de
setembro de 2012; b) a concessão do benefício auxílio-doença por acidente de
trabalho a partir do 16º dia de seu afastamento, o qual ocorreu no dia 19 de
novembro de 2012 até o dia 03 de abril de 2013; c) a conversão do benefício
auxílio-doença previdenciário B(31) sob nº 549.709.032-6, para seu homônimo
acidentário (B91), e/ou a concessão do benefício de aposentadoria por
invalidez decorrente de acidente de trabalho, ao trabalhador Manoel Ferreira
da Silva, com a máxima urgência.

Curitiba, 18 de junho de 2013.

JOÃO ZAIONS JUNIOR


PROCURADOR DE JUSTIÇA

MANOEL FERREIRA DA SILVA


REQUERENTE

DOCUMENTOS EM ANEXO
Doc. 01 – Fotocópia dos documentos pessoais do beneficiário;
Docs. 02/11 – Fotocópia da Carteira de Trabalho e Previdência Social do
beneficiário;
Doc. 12 – Fotocópia do comprovante de residência do beneficiário;
Docs. 13/18 – Fotocópia da CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho;
Docs. 19/29 – Fotocópia de atestados de saúde Ocupacional do beneficiário;
Docs.30/37 – Fotocópia dos atestados médicos do beneficiário;
Docs. 38/44 – Fotocópia de exames médicos do beneficiário;
Docs. 45/46 – Fotocópia de Certificado de Reabilitação profissional do beneficiário;
Docs. 47/57 – Fotocópia de documentos do INSS.

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