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Num sentido amplo, mediação é toda a intervenção de um terceiro “elemento” que possibilita
a interação entre os “termos” de uma relação. É utilizado para designar a função dos sistemas
de signos na comunicação entre os homens e na construção do universo sócio-cultural..
Diferentemente dos animais (têm mecanismos mediadores das relações entre os indivíduos,
que são os sistemas sinaléticos), os seres humanos criaram instrumentos e sistemas de signos,
cujo uso lhes permite transformar e conhecer o mundo, comunicar suas experiências e
desenvolver novas funções psicológicas. A mediação dos sistemas de signos constitui o que
denominou “mediação semiótica”
MEDIAÇÃO – relação do homem com o mundo deixa de ser direta e passa a ser mediada.
A presença de elementos mediadores introduz um elo a mais nas relações indivíduo/meio que
se tornam mais complexas. As relações mediadas começam a predominar sobre as diretas.
CONCLUSÃO:
O PROCESSO DE MEDIAÇÃO POR MEIO DE INSTRUMENTOS E SIGNOS É FUNDAMENTAL
PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES PSICOLÓGICAS SUPERIORES,
DISTINGUINDO O HOMEM DOS OUTROS ANIMAIS.
Duas mudanças qualitativas ocorrem no uso dos signos tanto no desenvolvimento da espécie
quanto do indivíduo, que são:
1) A utilização de marcas externas vai se transformando em processos internos de mediação –
PROCESSO DE INTERNALIZAÇÃO
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2 Os SISTEMAS SIMBÓLICOS ORGANIZAM OS SIGNOS EM ESTRUTURAS COMPLEXAS
E ARTICULADAS.
Os processos de internalização e os sistemas simbólicos são fundamentais para o
desenvolvimento das funções mentais superiores e reafirmam a importância das interações
sociais na construção do mundo cultural e subjetivo de cada um . “É como se, ao longo de seu
desenvolvimento, o indivíduo se apropriasse das formas de comportamento fornecidas pela
cultura, num processo em que as atividades externas e as funções interpessoais transformam-se
em atividades internas, intrapsicológicas”(pg.38).É portanto um processo ativo de transformação,
de síntese.
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O INSTRUMENTO E O SÍMBOLO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
(in, Vygotsky- A formação social da mente. S.Paulo, Martins Fontes, cap.I)
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Vy. busca descrever e especificar a atividade pratica das crianças na idade de inicio da
fala e o desenvolvimento das formas de inteligência pratica humana.
2o: a quantidade de fala egocêntrica (da criança) aumenta em relação direta com a dificuldade do
problema.
Assim, hipótese de Vygotsky fala egocêntrica e´ 1 forma de transição entre a fala
exterior e a fala interior. Ou seja,
1o – há comunicação, que e ´ a linguagem interpessoal
2o - há interiorização , que e´ a linguagem intrapessoal, que nasce como nova função da
linguagem.
A fala egocêntrica e´ “como se” a criança estivesse dialogando com um interlocutor.
A história do processo de internalização da fala social e´ também a história da socialização
do intelecto pratico das crianças: primeiramente a fala acompanha as ações da criança diante de
um problema; posteriormente, com o desenvolvimento a fala aparece no inicio do processo de
modo a preceder a ação .Ela funciona então a partir de um planejamento já pronto mas ainda não
realizado na prática.Como analogia, crianças pequenas identificam seus desenhos depois de
completados precisam vê-los para decidir o que são.Mais adiante, vão decidir antes o que irão
desenhar. Isto indica um deslocamento temporal do processo de nomeação indica uma mudança
na função da fala, que e´ seu aspecto planejador. Ou seja, funções emocionais e comunicativas da
fala são acrescidas da função planejadora. A criança adquire independência em relação ao seu
ambiente concreto imediato deixa de agir em função do ambiente imediato e passa a ter a
função de antecipar.
As crianças pequenas não têm um desenvolvimento da fala e da ação que seja regular e
unidimensional: provavelmente fundirão ação e fala em resposta a pessoas e objetos; tal fusão e´
análoga ao sincretismo na percepção, referido por psicólogos do desenvolvimento.
A linguagem ocupa lugar central na obra de Vygotsky. Ele trabalha com 2 funções básicas
da linguagem:
♦ Intercâmbio Social Linguagem desenvolve-se pelo humano para se comunicar com seus
semelhantes. Se observarmos o bebê através de sons, gestos e expressões, ele comunica
aos outros seus desejos e estados emocionais. A linguagem se desenvolve inicialmente em
função da necessidade humana de comunicação.
♦ Pensamento Generalizante para que haja a comunicação entre os indivíduos o mundo
da experiência de cada um tem que ser extremamente simplificado e generalizado para
poder ser traduzido aos outros, através de signos, que transmitam suas vontades,
desejos, expectativas, idéias, intenções, etc. O conceito de algo será traduzido,
representado por uma palavra específica que indica uma categoria sob a qual elementos
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englobados nesta palavra a identificam e ao mesmo tempo, diferenciam-na de outras
categorias.
LINGUAGEM PENSAMENTO
Pré- intelectual Pré-verbal
Ex: Animais emitem sons, se comunicam Ex: animais sobem em caixotes ou usam
gestos função função de alívio emociopara pegar alimentos – não dependem da
Funciona como meio de expressão emociona linguagem.
comunicação difusa com os outros. Nã Inteligência Prática
função de
signo.
Num determinado momento do desenvolvimento filogenético, as duas trajetór
unem.
Para estudar o pensamento verbal, Vygotsky usa como unidade de análise o significado
da palavra. Para ele, a palavra é o elemento fundamental da relação linguagem e pensamento,
“pois codifica a experiência humana, designa objetos e ações, individualiza
características, estabelece relações, reúne os objetos e as ações em sistemas cada vez
mais amplos e hierárquicos, cristaliza e transmite experiências” (Coutinho e
Moreira,2001).
A linguagem possibilita a duplicação do seu mundo (Piaget diz o mesmo) e passa a
representar objetos através de palavras. A palavra propicia o salto do sensível ao racional.
Para Vygotsky, “a palavra é o microcosmo da consciência humana”.
O significado da palavra é também um ato de pensamento, pois já é uma generalização.
No significado da palavra a fala e o pensamento se unem em pensamento verbal(em
torno de 2 anos de idade).
No significado encontram-se as duas funções básicas da linguagem: o intercâmbio
social e o pensamento generalizante.
Uma palavra sem significado é um som vazio. O significado possibilita a mediação
simbólica e, portanto o meio, o filtro para compreender o mundo e agir sobre ele.
Na psicologia, significado é uma generalização ou um conceito, portanto um
fenômeno do pensamento.
Significados transformam-se historicamente. Ex: palavra boêmio: nascido na Boêmia.
Lá também é a terra dos ciganos, povo nômade; assim com o tempo adquiriu o significado de
sujeito da noite, não do dia que é a regra.Ou o termo baiano, aqui em São Paulo.
Igualmente, no processo de desenvolvimento da linguagem na criança os significados
sofrem transformações. Inicialmente são restritos ao universo de vivências da criança e,
através da comunicação verbal se ampliam para dotá-los do sentido maior no seu grupo
cultural.
Há uma relação estreita entre o desenvolvimento da palavra e o desenvolvimento da
consciência. Na medida em que a criança se desenvolve, não só se altera o significado da
palavra, como muda também o reflexo das ligações e relações na consciência.
No animal ocorre uma fala sem pensamento e uma comunicação sem linguagem (ela
ordena o real).
No homem, graças à imagem mental que aparece por volta dos dois anos de idade,
torna-se possível a substituição do objeto pelo seu representante, num sistema simbólico de
linguagem. E quando a inteligência se articula com a linguagem é que as possibilidades
intelectuais crescem em progressão geométrica.
Com a transformação dos significados teremos: o significado propriamente dito e o
“sentido” das palavras.
- o significado é socialmente compartilhado;
- o sentido é individual e tem a ver com relações entre o contexto do uso da palavra e as
vivências afetivas do sujeito.
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EX: A palavra relógio.
(PG. 56 Marta Kohl) segundo Vygotsky “.....a relação entre o pensamento e a palavra não é
uma coisa mas um processo, um movimento contínuo de vaivém do pensamento para a palavra, e
vice-versa. Nesse processo, a relação entre o pensamento e a palavra passa por transformações
que, em si mesmas, podem ser consideradas um desenvolvimento no sentido funcional.
O pensamento não é simplesmente expresso em palavras: é por meio delas que ele passa a
existir. Cada pensamento tende a relacionar alguma coisa com outra, a estabelecer uma relação
entre as coisas.
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Cap. 4: DESENVOLVIMENTO E APRENDIZADO (Martha Kohl)
“A distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução
independente de problemas e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução
de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.” 10
Zona de Desenvolvimento Proximal:
- funções em estado embrionário.
- funções que estão em processo de amadurecimento.
- é onde a interferência de outros indivíduos é mais transformadora.
DESENVOLVIMENTO X APRENDIZAGEM:
IMITAÇÃO
1.
Não é um processo mecânico para Vygotsky.
2.
É a reconstrução individual daquilo que é observado.
3.
A criança amadurece pela imitação.
4.
A criança realiza ações que estão além das suas capacidades.Ex: quando imita a
escrita de um outro, ativa processos de desenvolvimento que levá-la-ão a seu
aprendizado.
IMITAÇÃO X ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
“Só é possível a imitação de ações que estão dentro da Zona de desenvolvimento proximal”
(imita o que está em desenvolvimento para ser seu).
Portanto, interação entre crianças pode levá-las a funcionar como mediadoras do
aprendizado de umas com as outras.Crianças, via interação social, dão origem a situações
informais de aprendizado e aí têm acesso a novas informações. Ex: aprendem regras de
jogos.
(Pg. 64) “Qualquer modalidade de interação social, quando integrada num contexto
realmente voltado para a promoção do aprendizado e do desenvolvimento, poderia ser
utilizada, portanto, de forma produtiva na situação escolar” (Marta Kohl).
Então, situações de aprendizado ativam processos de desenvolvimento. Isto se trabalha na
Zona de Desenvolvimento proximal, ou seja, a criança pode imitar o que já está nesta sua
zona.
Ela imita, internaliza e se apropria de novas funções psicológicas.
A autora refere-se também à postura de pesquisa de Vygotsky, indicando que ele
utilizava um modo de intervenção similar ao modo de trabalhar no método clínico de
Piaget.Trata-se de uma intervenção que desafia o pesquisado, questiona suas respostas, com
o intuito de estudar como a interferência de outra pessoa nesta situação afeta o
desempenho do sujeito bem como serve para observar seus processos psicológicos em
transformação.
Em relação à pesquisa educacional contemporânea, tal metodologia lembra a pesquisa-
ação, a pesquisa-intervenção ou pesquisa participante na situação escolar, em que o
pesquisador é um elemento que faz parte da situação de estudo. Portanto, sua ação e os
efeitos dela são material importante para a pesquisa.
BRINQUEDO E DESENVOLVIMENTO
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O brinquedo também cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança e,
Vygotsky privilegia o brincar de faz-de-conta quanto ao papel do brinquedo no
desenvolvimento.
A criança pequena é presa da percepção da situação imediata. Ao brincar de faz-de –
conta: 1) vive no mundo da imaginação libertando-se do presente concreto e deste modo, vai
separando objeto de significado. O brinquedo possibilita a transição da ação da criança com
objetos para as ações com significados.
2) O brinquedo é também regido por regras. Quando a criança assume papéis na brincadeira,
ela procura imitar modelos reais, e através das regras de seu funcionamento (papéis) daí vai
extraindo seu significado.
O brincar então, gera uma zona de desenvolvimento proximal pois ao brincar ela comporta-
se de modo mais maduro que na vida real.
Vygotsky – brincadeira faz de conta
Piaget – jogo simbólico
ESCRITA E DESENVOLVIMENTO
A escrita é um processo de representação da realidade. Segundo Vygotsky, este processo
inicia-se muito antes do aprendizado formal na escola. Ele vai estudar a gênese da escrita, sua
pré-história. Então, a evolução da escrita.
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PERCEPÇÃO, ATENÇÃO E MEMÓRIA
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Cap. 5 O biológico e o cultural: os desdobramentos do pensamento de Vygotsky
( in. Oliveirq, Marta Kohl de Vygotsky: aprendizado e Desenvolvimento
O capítulo aborda a obra de seus colaboradores, enquanto desdobramentos de sua obra.
Serão abordados 3 aspectos:
- o funcionamento cerebral como suporte biológico do funcionamento psicológico;
- a influência da cultura no desenvolvimento cognitivo dos indivíduos;
- a atividade do homem no mundo, inserida num sistema de relações sociais, como foco
principal da psicologia.
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Sensorial que se integra no perceptual, da informação mais simples às mais complexas e, que
são armazenadas na memória para utilização quando for necessário.
3- Unidade para programação, regulação e controle da atividade “atividade consciente
apenas começa com a obtenção de informações e sua elaboração, terminando com a
formação de intenções do programa de ação e com a realização desse programa em atos
exteriores motores ou interiores mentais...........para isso é necessário acompanhar as ações
em curso, comparando o efeito da ação exercida com as intenções iniciais”
Para Luria qualquer forma de atividade psicológica é um sistema complexo que envolve o
trabalho simultâneo destas três unidades.
Um outro aspecto importante para Luria é que a estrutura dos processos mentais e as relações
entre os vários sistemas funcionais transformam-se ao longo do desenvolvimento individual
na criança atividades mentais apóiam-se sobre funções mais elementares e mais adiante as
funções superiores, sobretudo apoiadas na linguagem, são as que prevalecem.
Luria realiza uma pesquisa intercultural para estudar os fundamentos culturais e sociais do
desenvolvimento cognitivo na Ásia Central, numa comunidade que sofria aceleradas
transformações culturais, com a pergunta: o que acontece com os indivíduos que passam por
tais transformações sociais, quanto ao seu funcionamento psicológico?(pgs. 89-95).
Michael Cole, contemporaneamente estudando relações entre cultura e pensamento diz sobre
Luria “ a estrutura do pensamento depende da estrutura dos tipos de atividades dominantes em
diferentes culturas”.
1. MODO GRÁFICO FUNCIONAL: refere-se ao pensamento baseado na experiência
individual, em contextos concretos, em situações reais vivenciadas pelo sujeito. É chamado
gráfico, no sentido de que se baseia em configurações perceptuais que estão no campo de
experiência do sujeito; e funcional, pois se refere às relações concretas entre os objetos, em
situações práticas de uso.
2. MODO CATEGORIAL: refere-se ao pensamento baseado em categorias abstratas, à
capacidade de lidar com atributos genéricos dos objetos, sem referência aos contextos
práticos em que o sujeito se relaciona concretamente com os objetos.
A autora critica a escolha da “melhor” teoria para psicologia da educação. Compara Piaget e
Vygotsky, que, embora tenham semelhanças, partem de questionamentos diferentes:
Piaget: tenta desvendar as estruturas e mecanismos universais do funcionamento psicológico
do homem.
compreensão da gênese;
consideram mecanismos filogenéticos e ontogenéticos.
Metodologia qualitativa.
Interacionistas (sujeito e meio): indivíduo ativo.
Consideram que a capacidade de representação simbólica, evidenciada pela aquisição da
linguagem, marca um salto qualitativo no processo de desenvolvimento do ser humano.
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VYGOTSKY PIAGET
Matriz epistemológica: Influência da filosofia kantiana
Uso linguagem – gestos, expressões, sons função de alívio emocional e meio de contato
psicológico com outros membros do grupo = uso pré-intelectual – não tem função de signo.
Ou seja, a trajetória é diferente, num determinado momento as trajetórias se unem o
pensamento se torna verbal e a linguagem racional.
Associação entre pensamento e linguagem é articulada `a necessidade de intercâmbio dos
indivíduos durante o trabalho, atividade especificamente humana Momento em que o
biológico transforma-se em sócio-histórico.
Na evolução do indivíduo, essa fase pré-verbal do desenvolvimento do pensamento pode ser
associada ao período sensório-motor descrito por Piaget, no qual a ação da criança no mundo
é feita por meio de sensações e movimentos, sem mediação de representações simbólicas.
Aproximadamente aos 2 anos percursos se encontram : pensamento e
linguagem.(representação ) Criança faz a maior descoberta de sua vida (pg.53) que “cada
coisa tem seu nome” uso funcional dos signos.
O impulso é dado pela própria inserção da criança num grupo cultural. Interação propicia
salto qualitativo para o pensamento verbal.
Nova forma de funcionamento psicológico fala torna-se intelectual com função simbólica
generalizante e o pensamento torna-se verbal mediado por significados dados pela
linguagem.
A linguagem não depende necessariamente do som, mas do uso funcional dos signos.
Essa nova aquisição não exclui a anterior, mas passa a predominar nas ações tipicamente
humanas.(Pensamento e linguagem pg. 51).
A fala que era afetivo-conativa passa agora `a fase intelectual.
A fala não pode ser “descoberta” sem o pensamento. (pg.54)
O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS
SIGNIFICADO: É um componente essencial da palavra e é ao mesmo tempo, um ato de
pensamento, pois o significado de uma palavra já é, em si, uma generalização. Isto é, no
significado da palavra é que o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal.
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No significado encontra-se o intercâmbio social e o pensamento generalizante.
O Significado propicia a mediação simbólica entre o indivíduo e o mundo= filtro ( através do
qual o indivíduo é capaz de compreender o mundo e agir sobre ele).
O Significado é um fenômeno do pensamento pois implica em generalizações e conceitos.
Os Significados estão em constante transformação são constituídos ao longo da história dos
grupos humanos, com base nas relações dos homens com o mundo físico e social em que
vivem.
2 componentes do significado:
• O significado propriamente dito= núcleo relativamente estável de compreensão.
• O sentido =significado da palavra para cada indivíduo, composto por relações que dizem
respeito ao contexto de uso da palavra e às vivências afetivas do indivíduo.
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• Homem biológico transforma-se em social por meio de um processo de internalização de
atividades, comportamentos e signos culturalmente desenvolvidos.
• O percurso do desenvolvimento humano se dá de fora para dentro, por meio da internalização de
processos interpsicológicos.
• A intervenção dos membros mais maduros da cultura no aprendizado das crianças é essencial
para o seu desenvolvimento (importância da intervenção do professor)
2a ) Aprendizagem e´ desenvolvimento
Teoria Behaviorista. Aqui, desenvolvimento enquanto domínio dos reflexos condicionados.
Assim, aprendizagem e desenvolvimento misturados.
Para William James processo de aprendizagem tem a ver com a formação de hábitos.
Identificou Aprendizagem com Desenvolvimento.
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E´ na escola que podemos observar a zona de desenvolvimento proximal nas crianças e nela
investir.
Assim, discutindo os conceitos de nível de desenvolvimento real e proximal e zona de
desenvolvimento proximal, ele propõe que aquilo que a criança consegue fazer com ajuda
e muito mais indicativo de seu nível de desenvolvimento mental.
Pg.112 ele define zona de desenvolvimento proximal que e´ a distancia entre o nível de
desenvolvimento real e nível de desenvolvimento proximal.
A idade mental da criança tem a ver com o que ela realiza por si só.
A zona de desenvolvimento proximal e´ um preditor do nível de desenvolvimento da criança.
Na criança pre´-escolar a pesquisa mostrou que, a zona de desenvolvimento proximal hoje
será´ o nível de desenvolvimento real amanha.
O nível de desenvolvimento real caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente,
enquanto a zona de desenvolvimento proximal caracteriza o desenvolvimento mental
prospectivamente.
Assim, o estado de desenvolvimento mental de uma criança será determinado pelos 2 níveis :
o de desenvolvimento real e a zona de desenvolvimento proximal (que pode não coincidir em 2
ou mais crianças com o mesmo desenvolvimento real).
Pg. 114 Zona de desenvolvimento proximal e Imitação .
Para a Psicologia clássica imitação não indica desenvolvimento mental.
Vygotsky cita pesquisas da época que mostravam que “só se imita o que esta´ no seu nível de
desenvolvimento o que vai alterar as concepções da relação entre aprendizado e
desenvolvimento, fortalecendo na área educacional o papel da escola em ativar nas crianças a
zona de desenvolvimento proximal.
Ler na pg.117, ex. de escola trabalhando crianças com retardo mental somente sobre o
concreto, pois estava implícito que ela não atingiria o pensamento abstrato.Experiência que
não deu certo .Vygotsky acreditava que no caso, a zona de desenvolvimento proximal a ser
estimulada era justamente no que era mais limitado para tais crianças.Assim,a zona de
desenvolvimento proximal propõe que o “bom aprendizado” e´ aquele que se adianta ao
desenvolvimento.
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A pré-história da linguagem escrita ( in, Formação Social da Mente)
Para Vygotsky o brinquedo preenche necessidades das crianças, i.é., tudo aquilo
que é motivo para a ação (incentivos que a colocam em ação).
“Toda criança se apresenta como um teórico que se desloca de um estágio a outro
de desenvolvimento, uma vez que todo avanço está conectado a mudança acentuada
nas motivações, tendências e incentivos” (contrariamente ao que a maioria dos
psicólogos entende avanço enquanto desenvolvimento intelectual). Ex: o que
interessa a um bebê deixa de interessar uma criança maior.
Para ele, ao brincar a criança satisfaz determinadas necessidades, e assim o
brinquedo será entendido como uma forma de atividade.
Crianças pequenas são imediatistas.
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A criança pré-escolar já tem algumas necessidades/desejos que não podem ser
satisfeitos de imediato e para Vygotsky o brincar existe para satisfazer
necessidades que não podem ser imediatamente realizáveis. Para ele, nos pré-
escolares e nos adolescentes a imaginação é o brinquedo sem ação.
No brinquedo a criança cria uma situação imaginária( é definidora do brinquedo).
Para ele o principal no brinquedo é o papel da motivação e as circunstâncias da
atividade da criança.
Pg. 123--_ Vygotsky criticando leituras que olham o brinquedo como situação
simbólica; como importante nos processos cognitivos, bem como não ajudam a
compreender o papel do brinquedo no desenvolvimento que se segue.
Então, se todo brincar é a realização na situação, de desejos que não podem ser
imediatamente satisfeitos, então os elementos das situações imaginárias vão
constituir parte da atmosfera emocional do brincar.
Assim, qual o significado do comportamento da criança na situação imaginária do
brincar?
Por ex: tem regras. Não há brinquedo sem regras.
No brinquedo ela realiza o que tem como conceito dos papéis que exerce. Assim,
tem que se comportar como...., tem que falar como...( o papel prescreve).
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A criança lida com os significados como se fossem objetos( o cabo de vassoura que
ela imagina ser um cavalo).
Lembremos que no significado de uma palavra estão o intercâmbio social e o
pensamento generalizante.
Implicações Práticas
Para se ter uma visão completa do desenvolvimento da linguagem escrita nas crianças
existem três conclusões de caráter prático.
A primeira é que seria natural transferir o ensino da escrita para a pré-escola. As crianças
mais novas são capazes de descobrir a função simbólica da escrita, que deveria ser
responsabilidade da educação pré-escolar. Na Inglaterra a grande maioria das crianças já é capaz
de ler aos quatro anos e meio. Na Itália, através de exercícios preparatórios, todas as crianças
começam a escrever aos quatro anos e podem ler tão bem quanto as crianças que estão na 1a série .
A leitura e a escrita devem ser algo de que a criança necessite. Ensinar a escrita nos anos pré-
escolares impõe, necessariamente que a escrita deve ser importante à vida.
Uma segunda implicação é que a escrita deve ter significado para a criança,, que uma
necessidade intrínseca deve ser incorporada a uma tarefa necessária e relevante para a vida
O terceiro ponto é a necessidade de a escrita ser ensinada naturalmente. Montessori
mostrou que os aspectos motores da escrita podem ser acoplados com o brinquedo infantil e que o
escrever pode ser cultivado ao invés de imposto. Pois dessa forma a criança passa a ver a escrita
como um momento natural no seu desenvolvimento.
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