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CENTRO UNIVERSITARIO CELSO LISBOA

CURSO DE FARMACIA

Elaborado por:
Ademir Ramos de Marins Gomes
Laysanita Esteves Guimarães
Thaiane Carvalho Gouvêa

ANALISE CRITICA DO USO DE REPELENTES DURANTE A


GESTAÇÃO

RIO DE JANEIRO
2018
Ademir Ramos de Marins Gomes
Laysanita Esteves Guimarães
Thaiane Carvalho Gouvêa

ANALISE CRITICA DO USO DE REPELENTES DURANTE A


GESTAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso


de Graduação em Farmacia do centro universitário
celso Lisboa. Como requisito para obtenção do título
de Farmaceutico.

Orientadora: Prof.ª Barbara Rodrigues Geraldino

RIO DE JANEIRO
2018 Commented [SOdC1]: Colocar no formato que eu
encaminhei a vcs.
DEDICATORIA

AGRADECIMENTOS

SUMARIO

RESUMO

abstract

SIGLAS

OMS-
1-INTRODUÇÃO

No Brasil, doenças provocadas por picadas de mosquitos são frequentes, causando


surtos e epidemias em centros urbanos desenvolvidos, onde, teoricamente, deveria existir
saneamento básico e crescimento ordenado que facilitassem o controle dos vetores (RIBAS e
CARREÑOS, 2009).

Há séculos, a humanidade busca maneiras de prevenir as picadas de insetos por meio


de práticas naturais e/ou artificiais, na tentativa de evitar algumas doenças e também suas
incômodas picadas. Considerando que uma única picada de um inseto contaminado pode
provocar alguma doença e que vacinas e quimioprofilaxia não estão ainda disponíveis para
todos os casos, passa a ter importância o uso individual de repelentes (STEFANI et al, 2009). Formatted: Font: Italic

Este artigo visa uma abordagem especifica, sobre a epidemia do Zika vírus e suas
complicações em gestantes, tendo como pesquisa o conhecimento das mesmas sobre o uso de
uma das principais ações de proteção contra as picadas, o uso de repelentes.

O Ministério da Saúde do Brasil foi pioneiro ao reconhecer a implicação do vírus Zika


na ocorrência do surto de microcefalia, uma associação inédita na literatura científica. A
posição do Ministério da Saúde, em novembro de 2015, foi subsidiada por informações da
vigilância epidemiológica nacional e pela identificação deste vírus em amostras de bebês com
malformações. A Organização Mundial da Saúde (OMS), ao declarar o evento como
Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), em fevereiro de 2016, foi
cautelosa e não assumiu a comprovação dessa relação causal, embora tenha considerado a
existência de uma "possível associação". Em março de 2016, a existência de um forte
consenso científico sobre o envolvimento do vírus Zika na causalidade da microcefalia foi
reconhecida pela OMS, com base nos resultados de estudos epidemiológicos, clínicos e
biológicos então disponíveis (DUARTE e GARCIA, 2016).

O vírus Zika havia circulado de forma muito restrita quando chegou ao Brasil, onde
acabaria por se tornar parte de uma emergência em saúde pública e um tema com fortíssima
presença nos meios de comunicação em 2015. O grande interesse da mídia está especialmente
relacionado à possível relação do vírus com o crescimento dos casos de microcefalia em
bebês, além da associação com outras doenças, como a síndrome de Guillain-Barré, uma
doença autoimune neurológica que pode estar associada a infecções (AGUIAR E ARAUJO,
2016).

Com a epidemia por febre amarela, dengue e zika vírus, relacionada a inúmeros casos
de microcefalia, a demanda por repelentes cresceu substancialmente, gerando dúvidas para
muitas gestantes.

O ZIKV foi identificado pela primeira vez em 1947 em macacos rhesus na floresta Commented [SOdC2]: Colocar o gênero certinho

Zika de Uganda – por isso a denominação. Na década de 1950, foi identificado em pessoas
em Uganda e na República Unida da Tanzânia . Ele ganhou destaque no Brasil a partir de
2015 por ter sido considerado possivelmente associado a um aumento registrado no número
de casos de crianças nascidas com microcefalia no país (HERLING et al, 2016).

Como não existe, até o momento uma vacina para a doença, a OMS recomenda
medidas de prevenção, entre outras medidas o uso de repelentes. Commented [SOdC3]: Esse parágrafo está solto. Citar
tudo o que encontrarem da ANVISA como resoluções,
decretos, leis
Repelentes de insetos são tratamentos adjuvantes para prevenir doenças transmitidas
por artrópodos incluindo malária e arboviroses (por exemplo, febre amarela, dengue,
chikungunya, zika, encefalite do Nilo Ocidental e outras). A segurança e a eficácia de
produtos repelentes disponíveis são, portanto, de extraordinária importância para a saúde
pública (PAUMGARTTEN e DELGADO, 2016).

Para ser considerado um bom repelente para insetos, devem ser observadas certas
características, tais como: possuir eficácia prolongada contra várias espécies, não ser irritante
à pele, não apresentar um odor desagradável, não deixar resíduo oleoso na pele, ser resistente
à água ou ao suor, ser inerte e estável quimicamente, ser viável economicamente, ser atóxico e
apresentar um efeito com tempo de duração suficiente (SILVA, 2014).

Segundo o Ministério da saúde, 2015. Produtos repelentes de uso tópico podem ser
utilizados por gestantes desde que estejam devidamente registrados na ANVISA e que sejam
seguidas as instruções de uso descritas no rótulo.

Além do DEET, no Brasil são utilizadas em cosméticos as substâncias repelentes


Hydroxyethyl isobutyl piperidine carboxylate (Icaridin ou Picaridin) e Ethyl
butylacetylaminopropionate (EBAAP ou IR3535), além de óleos essenciais, como Citronela.
Embora não tenham sido encontrados estudos de segurança realizados em gestantes, estes
ingredientes são reconhecidamente seguros para uso em produtos cosméticos conforme
compêndios de ingredientes cosméticos internacionais (MINISTERIO DA SAÚDE, 2015).
O N, N-dietil-3-metilbenzamida, também conhecido como Deet, é o repelente mais
utilizado.13 É encontrado em concentrações de 5% a 100% (a maioria, menos de 40%) em
loção, gel, aerossol, spray e solução para impregnar roupas na lavagem. A picaridina [2-(2-
hidroxietil)-ácido1-piperidinecarboxílico ester 1-metilpropil] foi recentemente aprovada para
uso como repelente de insetos nos Estados Unidos e no Brasil. Não foram descritos efeitos
colaterais importantes nos estudos realizados na Europa e na Austrália. Os estudos
comparativos existentes entre a picaridina e o Deet demonstram que eles têm eficácia
semelhante. Outros agentes químicos incluem dimethyphtalate, ethylexanediol, IR35/35,
bayerepel e KBR 3023 (RIBAS E CARREÑO, 2009).

Alguns compostos botânicos (como eucalipto, gerânio, soja, citronela, andiroba, óleo
de aipo, alho) têm demonstrado propriedades repelentes a baixo custo e baixa toxicidade. No
entanto, nenhum derivado de plantas testado até o momento demonstrou eficácia e duração
semelhante ao Deet (RIBAS E CARREÑO, 2009).

Apesar de alguns estudos buscarem atividade repelente de compostos químicos


sintéticos, atualmente grande parte dos estudos sobre novas substâncias repelentes envolvem
óleos essenciais de plantas, principalmente por sua atoxicidade, serem biodegradáveis,
possuírem um preço mais acessível e uma ampla atividade contra diferentes espécies de
mosquitos (KAMARAJ et al., 2011).

A metodologia aplicada na presente revisão foi a pesquisa descritiva, exploratória com


abordagem quantitativa, a fim de determinar o nível de conhecimento das gestantes sobre o
uso de repelentes; e uma busca em bibliografias nas bases de dados Scielo, Pubmed, Lilacs e
livros, considerando-se como critérios: artigos publicados nos últimos dez anos em língua
portuguesa referentes a gestantes e com as seguintes palavras-chave: repelentes de insetos,
gestantes, DEET, Icaradina, IR3535.Incluiu-se, ainda, a recomendação da OMS quanto ao uso
de repelentes. Aqui serão referidos apenas os principais repelentes tópicos disponíveis
comercialmente no Brasil. Informações técnicas acerca desses produtos. Serão discutidos os
repelentes tópicos, físicos e ambientais, além dos aspectos de segurança e toxicidade e
orientações de uso para a faixa etária e gestantes.

Tendo como objetivo geral analisar o uso de repelentes para insetos disponíveis no
mercado por gestantes e como Objetivo especifico contribuir para o conhecimento sobre a
eficácia e segurança de repelentes.
2-METODOLOGIA

O estudo tratou-se de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem


quantitativa, a fim de determinar o nível de conhecimento das gestantes sobre o uso de
repelentes para insetos.

Segundo Gil (2002), na pesquisa descritiva o principal objetivo é descrever as


características de determinada população ou fenômeno, ou então estabelecer relações entre
variáveis. Utilizando para tanto técnicas padronizadas para coleta de dados, como por
exemplo, questionários e a observação sistemática.

A escolha do método quantitativo teve como premissa básica a possibilidade de


quantificar o conhecimento das gestantes. Uma vez que o método quantitativo é aquele que
tende a classificar, analisar e traduzir em números as opiniões, reações, hábitos e atitudes de
um grupo pré-estabelecido, sendo que para isso são necessários recursos e técnicas estatísticas
(PETERSEN; DANILEVICZ, 2006).

Para responder à questão-problema, foi aplicado um questionário com 10 perguntas.


Ele procurou investigar sobre a utilização e conhecimento de repelentes por gestantes, numa
amostra de 100 gestantes da Maternidade escola da UFRJ-RJ.

3-RESULTADOS

A pesquisa foi realizada com 100 gestantes, todas em acompanhamento pelo Hospital
Universitário, no mês de janeiro a janeiro de 2018. Sobre o perfil sócio educacional dos
entrevistados, a maioria das gestantes declarou-se solteiro (a), na faixa etária que variou entre
00 e 00 anos e com nível de escolaridade no 1º grau completo.
GESTANTES

USAM REPELENTES NÃO CONHECEM CONHECEM E NÃO UTILIZAM

4-DISCUSSÃO

O farmacêutico tem como principal ação assistencializar o bem-estar das pessoas. O


Conselho Nacional de Saúde (RESOLUÇÃO CNS nº 338/2004) define a Assistência
Farmacêutica como um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da
saúde, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando
o acesso e ao seu uso racional.

Em decorrência do grande foco de Zika vírus no país foi lançado em todos os estados
brasileiros como parte do “Dia Mundial de Mobilização” uma ação denominada
“Farmacêutica em Ação” que mobilizou diversos órgãos da área da farmácia e estudantes.
Cuja finalidade foi envolver todos os profissionais farmacêuticos em prol da conscientização
e combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti frisando as três principais doenças que
por ele são transmitidas. Em Rondônia o presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF)
enfatizou que: O farmacêutico é o profissional da saúde mais disponível à população, e que a
devida orientação, além de ajudar na prevenção, pode salvar a vida das pessoas que já
contraíram a doença, pois, no caso do Zika vírus, a automedicação é muito perigosa (JESUS
et al 2018).
No mundo todo, diversas espécies de mosquitos, como vetores, transmitem inúmeras
doenças para cerca de 700 milhões de pessoas por ano e são responsáveis pela morte de um
entre 17 dos indivíduos infectados (RIBAS E CARREÑO,2010).

A incidência das arboviroses(DEN, CHIK e ZIKA)tem se mostrado bastante


alta, assim como sua dispersão, cada vez maior, em todo território brasileiro. De acordo
com dados epidemiológicos, o número de casos graves e óbitos tem sido alarmante em
relação à DEN(BRASIL, 2015). Além disso, as associações do ZIKA com a síndrome de
Guillain-Barré e, principalmente, com a transmissão vertical, resultando em casos de
microcefalia têm sido motivo de alarme nacional e internacional (BRASIL 2015, WHO
2016;MANIERO et al, 2016).

O vírus Zika (ZIKV) foi constatado no Brasil em 2014 e é transmitido pela picada
mosquito Aedes Aegypti para o corpo humano. A priori, não apresentava ser uma doença
muito perigosa que causasse morte, mas em decorrência das descobertas, em 2015, descobriu-
se que uma grande quantidade de crianças nascera com má formação congênita devida o vírus
ter afetado a gestação (JESUS et al 2018).

O vírus Zika é um flavivírus que se transmite, primordialmente, pelo mosquito Aedes


infectado. Este vector também transmite os vírus da dengue e da chikungunya e é comum
encontrá-lo nas zonas tropicais e subtropicais da África, Américas, Ásia e Pacífico. Embora o
vírus Zika tenha sido identificado, pela primeira vez, em humanos, em 1952, muito poucos
surtos foram documentados antes de 2015. A infecção humana é, muitas vezes, assintomática
e, quando existem, os sintomas são, normalmente, ligeiros e auto-limitados. Embora as
características normais da infecção humana não tenham mudado, a recente associação entre a
infecção pelo vírus Zika, a potencial microcefalia congénita e a síndrome de Guillain-Barré,
em algumas zonas afetadas alcandorou esta questão à categoria de Emergência de Saúde
Pública de Dimensão Internacional (OMS,2016).

Embora a infecção pelo vírus Zika na gravidez seja, normalmente, uma doença ligeira,
o registo de um aumento invulgar dos casos de microcefalia congénita e outras complicações
neurológicas, nas zonas onde os surtos têm ocorrido tem também aumentado
significativamente as preocupações nas mulheres grávidas e suas famílias, assim como nos
prestadores de cuidados de saúde e decisores políticos. Embora a associação entre a infecção
pelo vírus Zika e a microcefalia fetal ainda esteja a ser investigada, são cada vez maiores as
evidências de que a transmissão do vírus Zika da mãe para o feto pode ocorrer durante a
gravidez (OMS,2016).

Levando em consideração que ainda não se tem vacina disponível e


medicamentos eficazes contra estas arboviroses, as recomendações preconizadas pelo
Ministério da Saúde se restringem, principalmente, a ações de combate aos vetores
intradomiciliares, eliminando os possíveis criadouros.Roupas que minimizema exposição
da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos,proporcionam alguma
proteção às picadas e devem ser adotadas,Principalmente durante os surtos.Os repelentes e
inseticidas devem ser usados, seguindo as instruções do fabricante. Mosquiteiros
proporcionam boa proteção, especialmente para aqueles que dormem durante o dia (bebês,
pessoas acamadas e trabalhadores noturnos) (BRASIL, 2015).

É bom deixar claro que há diferença entre repelentes e inseticidas mesmo que ambos
utilizem substancias para impedir que o mosquito chegue até a população. Os princípios
básicos dos repelentes: Obstruem os pequenos poros que existem nos sistemas sensoriais dos
insetos, que são suas antenas; Eles inibem esse sistema de localização dos mosquitos, que não
conseguem mais saber onde devem picar (GUIA MICROENCEFALIA, 2016).

Produtos repelentes, comercializados para uso tópico apresentam-se de diversas


formas, tais como, gel, loção, aerossol, mousse, pomada ou roll-on, que geralmente possuem
na sua formulação o DEET (N, N-dietil-meta-toluamida). DOGAN et al. (1999) mostraram
que o DEET não atua exatamente como um repelente, mas como um inibidor da atração
causada pelo ácido lático. McCABE et. al. (1954), consideraram como o mais importante
evento na evolução de repelentes (OLIVEIRA,2008).

Quanto aos cuidados de prevenção para mulheres gestantes recomenda-se o uso de


repelentes em áreas mais expostas como: pernas, pescoço, mãos, rosto e outras durante o
verão (JESUS et al, 2018).

Os cuidados com a pele durante a gestação devem levar em consideração a proteção à


exposição excessiva ao sol e o uso de produtos que evitem doenças transmitidas por insetos.
Assim, previne-se a ocorrência de discromias, melanoma e doenças associadas a vírus, tais
como dengue, chikungunya e zika. Portanto, a utilização de fotoprotetores e repelentes são
essenciais para segurança da gestante e do bebê (PORTES E PINTO, 2018).
Os produtos repelentes de uso tópico podem ser utilizados por gestantes, desde que
estejam devidamente registrados na ANVISA e que sejam seguidas as instruções de uso
descritas no rótulo. Esta é a orientação do Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de
microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika, emitido pelo Ministério da Saúde em
dezembro de 2015, que tem como objetivo prover a profissionais de saúde e áreas técnicas de
vigilância em saúde informações gerais, orientações técnicas e diretrizes relacionadas às ações
de vigilância das microcefalias em todo território nacional.

4.1-TIPOS DE REPELENTES MAIS UTILIZADOS

Embora os repelentes sejam importantes para prevenção de doenças transmitidas


por artrópodes, eles são regulados pela Anvisa como cosméticos, ou seja, produtos para os
quais – em princípio – não é exigida comprovação de eficácia e segurança por ensaios clínicos
randomizados e controlados. A avaliação não clínica de segurança também é menos
abrangente e rigorosa para cosméticos do que para medicamentos e vários outros produtos de
interesse para a saúde. Entretanto, em que pese a aparente inadequação da regulação, os três
principais ingredientes ativos de repelentes comercializados no país (DEET, picaridina e
IC3535) foram submetidos a um conjunto de testes não clínicos de segurança, incluindo
estudos de toxicidade para desenvolvimento intrauterino (PAUMGARTTEN et al, 2016).

Repelentes tópicos podem ser sintéticos ou naturais. Eles atuam formando uma
camada de vapor com odor repulsivo aos insetos sobre a pele. As características ideais de um
repelente seriam: repelir muitas espécies simultaneamente, ser eficaz por pelo menos oito
horas, ser atóxico, ter pouco cheiro, ser resistente à abrasão e à água, cosmeticamente
favorável e economicamente viável (STEFANI et al, 2009).

Em relação às patologias virais, os vetores (em sua maioria mosquitos) são atraídos
por umidade, calor, dióxido de carbono, odor e liberação de estrógeno. Os agentes repelentes
usados para afastar esses transmissores podem ser classificados como tópicos ou físicos e
subdivididos em naturais (óleos e extratos) e sintéticos (PORTES E PINTO,2018).

Na bula de cada repelente está indicada a forma correta de utilização, que pode
variar no intervalo entre cada aplicação e na idade mínima para o uso. O produto deve ser
espalhado de forma uniforme nas áreas expostas do corpo, exceto na região dos olhos, nariz e
boca. Depois do uso é imprescindível lavar as mãos. Na superfície da pele coberta por roupas
não devemos aplicá-lo. A área de ação do repelente limita-se a 4cm do local aplicado,
portanto, a aplicação nas bochechas pode proteger o nariz. Outro detalhe importante, é que o
repelente deve ser utilizado por último, caso haja aplicação de outros produtos como filtros
solares e hidratantes.

Alguns fatores podem interferir na eficácia dos repelentes como a


predisposição individual de acordo com substâncias exaladas pela pele (ácido lático, suor,
CO2 ) e a existência de fatores de risco para picadas, entre os quais se destacam presença de
eczema, sexo masculino, idade adulta, ingestão de álcool, vestimentas escuras, umidade, odor,
clima quente e úmido, fragrâncias florais.O sexo feminino, entretanto, é fator de risco para
ineficácia do repelente, independentemente dos níveis de estradiol, assim como a realização
de atividades físicas moderadas. Dessa forma, um repelente não protege igualmente todos os
seus usuários. Cada 10o C a mais na temperatura pode reduzir o tempo de proteção do
repelente em até 50%(STEFANI et al, 2009).

Os repelentes convencionais podem ser formulados com DEET, Icaridina e


IR3535. Os três princípios ativos são recomendados contra o mosquito Aedes aegypti, de
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há várias formas de apresentação dos
produtos: aerossol, gel, loção e spray.

A eficácia de qualquer repelente é reduzida por: remoção pelo vestuário, evaporação e


absorção a partir da superfície da pele, eliminação pelo suor, chuva ou agua e um ambiente
com muitos ventos. Cada aumento de 10ºc na temperatura ambiente pode conduzir a redução
de cerca de 50% no tempo de proteção provavelmente como resultado do aumento da
evaporação a partir da pele (WOLVERTON,2015).

4.2-IR 3535

O IR3535 (Butilacetilaminopropionato de etila), FM: C11H21NO3, é um


repelente de insetos para aplicação na pele e roupas humanas desenvolvido pela empresa
alemã Merck. Estudos de laboratório e de campo comprovaram que o IR3535 é ativo contra
os mosquitos Aedes aegypti, Culex quinquefasciatus e contra espécies do gênero Anopheles,
sendo algumas formulações deste repelente eficazes por pelo menos 8 horas
(PAUMGARTTEN et al, 2015).

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/IR3535 Commented [SOdC4]: Na descrição fazer uma caixa com


as informações gerais do produto. Solubilidade, cor, numero
CAS

4.3- DEET

DEET (N,N-dietil-3-metilbenzamida), antes denominado (N,N –dietil-m-toluamida),


FM: C12H17NO,trazido ao mercado americano em 1957. Foi padrão-ouro de repelentes de
insetos por varias décadas. Eficaz contra mosquitos, carrapatos,moscas
picadoras,pernilongos,larvas e pulgas (WOLVERTON, 2015).

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/DEET#/media/File:Diethyltoluamide.svg

Este repelente é seguro para gestantes e crianças a partir de 2 anos, sob orientação
medica.É necessário aplicar a cada 6 horas o indicado para adultos e a cada 2 horas o
infantil.Para ser usado em crianças a concentração não deve ser maior que 10% .O DEET
feito para adultos possui concentração de 15% tanto crianças como adultos não deve ser
usado mais de 3 vezes ao dia. O DEET é gorduroso,possui odor forte e apresenta capacidade
de danificar alguns materiais como elastano ou plástico (WOLVERTON, 2015).

Consumidores que aplicam um repelente de insetos a base de DEET e protetor solar


devem estar cientes de que o resultado pode ser a redução da eficácia de ambos os produtos.
Um estudo limitafoa 14 pacientes utilizando repelente contendo deet a 33% e protetor solar
FPs-15 revelou uma redução media do FPS de 33,5% quando usados sequencialmente.
Embora um estudo tenha mostrado que o protetor solar não reduz a eficácia de um repelente a
base do polímero deet,outros 43 estudos mostraram que a reaplicação de protetor solar após a
aplicação do deet reduziu significativamente tempo de proteção do DEET (WOLVERTON,
2015).

4.4- ICARIDIN

Picaridina ou Icaridina (1-piperidina carboxilato 2-(2-hidroxietil)-1- metilpropilester),


FM: C12H23NO3, também conhecido como Icaridin ou KBR-3023, é um repelente que foi
patenteado em 2005 junto a E.P.A. É um composto químico da família das piperidinas possui
baixa toxicidade e atua contra uma vasta gama de artrópodes. O picaridin apresenta varias
características desejáveis a um repelente como: ser inodoro, incolor, não pegajoso ou mesmo
oleoso (FILHO, 2012).

Commented [SOdC5]: Colocar no mesmo formato das


outras

Fonte: https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Icaridin#section=Top

É um ativo derivado da pimenta, não possui cheiro ou viscosidade,nãoviscosidade, não


dissolve materiais e sua concentração deve ser de 20 a 25%. É um novo e promissor repelente
derivado da pimenta, indicado pela OMS para viajantes, juntamente com DEET. Em
concentração de 10% confere proteção por um período de três a cinco horas e, a 20%, de oito
a dez horas. Sua ação é comparável a concentrações de 15-50% de DEET, mas permite
reaplicações em intervalos maiores de tempo. Estudo africano verificou que a potência do
KBR 3023 contra o Anopheles gambiae não difere do DEET, mas contra o Aedes aegypti é de
1,1 a 2,0 vezes mais potente. Após dez horas de exposição, é mais eficaz que o DEET e o IR
3535. Há uma única marca disponível no Brasil e seu uso é recomendado para crianças acima
de dois anos (EOLTERVON et al, 2015).
A picaridina é repelente ativo contra mosquitos e outros artrópodos hematófagos
desenvolvido pela empresa Bayer e registrado inicialmente (EUA) em 2001. Ensaios de
genotoxicidade e de toxicidade crônica e carcinogenicidade em ratos expostos por via dérmica
sugerem que a picaridina não é mutagênica ou carcinogência (PAUMGARTTEN et al,2015).

A ação ocorre pelo “efeito de nuvem”, após a aplicação em que o KBR 3023 evapora
formando um a proteção de aproximadamente 4 cm em volta da pele que repele o inseto, com
seu uso recomendado por cima dos tecidos das roupas (não recomendado seu uso por baixo)
ou apenas na pele exposta. Em concentração a 10%, a Icaridina confere proteção por um
período de três a cinco horas, e a 20% algumas referências informam de oito a dez horas. Sua
ação é comparável à concentrações de 15-50% de DEET, sem necessitar de reaplicações em
intervalos menores de tempo como este último. Pesquisadores informam que em caso do
produto repelente ser utilizado em associação com outro, como o filtro solar, recomenda-se o
uso deste antes do repelente, com intervalo mínimo de 15 minutos para que o filtro seja
absorvido pela pele, e só então aplicar a Icaridina (STEFANI et al, 2009).

CONCLUSÃO

Escrevam com as palavras de vcs

REFERENCIAS

AGUIAR, Raquel;ARAUJO, Inesita, Soares. A mídia em meio às ‘emergências’ do vírus


Zika: questões para o campo da comunicação e saúde.2016.disponivel em
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16952. Acessado em 26/10/2018 as 10:03

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portal.anvisa.gov.br/anvisa-esclarece.

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microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika / Ministério da Saúde, Secretaria de
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