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Direito

 Tributário  
Teoria  Geral  
 
PROFESSOR  :  NAYRON  TOLEDO  
 
ADVOGADO,   PROCURADOR   DO   MUNICÍPIO   DE   GOIÂNIA,  
MEMBRO   DA   COMISSÃO   DE   DIREITO   CONSTITUCIONAL   DA  
OABGO,   PÓS-­‐GRADUADO   EM   DIREITO   CIVIL   E   PROCESSO   CIVIL  
PELA   UCAM,   PÓS-­‐GRADUADO   EM   TRIBUTÁRIO   PELA   UNIDERP,  
EX-­‐ASSESSOR   NO   TJGO,   EX-­‐CHEFE   DO   JURÍDICO   DO   PROCON-­‐
GOIÂNIA  
 
COMEÇO  DE  SEMESTRE  
•  O  que  você  quer  de  sua  faculdade?  
•  Obje3vos   a   médio   e   longo   prazo?   OAB?  
CONCURSOS?  
•  Planejamento  

Nayron  Toledo    
•  Como  se  deve  estudar,  métodos  de  estudo:  
•  Leitura,   esquemas,   resumos,   vídeo-­‐aulas,   mapas-­‐
mentais.  
•  Resolução   de   questões,   e   informa3vos   dos  
Tribunais  
•  Plano  de  horários  
2  
•  U3lização  do  VADE  MECUM  nas  aulas.  
Bibliogra8ia  recomendada  
 
•  Manual  de  Direito  Tributário  –  Eduardo  Sabbag,  Ed.  
Saraiva  

•  Curso  de  Direito  Tributário  –  Hugo  de  Brito  Machado,  

Nayron  Toledo    
Ed.  Malheiros  

•  Direito  Tributário  Esquema3zado  –  Ricardo  Alexandre,  


Ed.  Método  

3  
Trabalho  
A   livraria   Saraiva   recebeu   uma   no3ficação   da   Fazenda  
Nacional   para   o   recolhimento   de   impostos   per3nentes  
aos  livros  digitais  e  tablets  vendidos  em  seu  site.  Segundo  
o   Fisco   Federal,   a   imunidade   de   imprensa   a3nge   apenas  

Nayron  Toledo    
aos  livros  ]sicos.  
 
Inconformado   com   tal   posicionamento,   o   representante  
da   Saraiva   vai   até   seu   escritório   a   fim   de   requerer   um  
parecer   jurídico   favorável   a   não   tributação   (imunidade)  
dos  livros  digitais  e  tablets.  
 
Trabalho   deverá   ser   feito   em   grupo   de   5   pessoas   e   4  
manuscrito.  
Contato  com  o  professor:  
•  Email  -­‐  nayron.toledo@gmail.com  
 
•  Blog  -­‐  www.nayron.blogspot.com  

Nayron  Toledo    
 
•  Página  do  Blog  -­‐    www.E.com/blogdonayron  
 
•  Instagram  –  www.instagram.com/nayron_toledo  
 
•  TwiJer  –  www.twiJer.com/nayron   5  
DIREITO  TRIBUTÁRIO  

Nayron  Toledo    
6  
A  IMPORTÂNCIA  DA  MATÉRIA  
•  Resistência  Inicial  
•  Será  que  tem  muito  cálculos?  
•  Ninguém  gosta  de  pagar  Tributos  
•  Trata-­‐se  da  principal  e  mais  importante  fonte  de  Rendas  do  

Nayron  Toledo    
Estado  
•  É  um  ramo  do  Direito  Público,  ao  lado  de  direito  
cons3tucional,  administra3vo.  
•  Uma  de  suas  caracterís3cas  é  a  AUTONOMIA  –  Pois  possui  um  
sistema  norma3vo  e  principiológico  diferente  dos  demais  
ramos  

7  
O  Que  é  Direito  Tributário?  
●  Nada  mais  é  do  que  um  conjunto  de  normas  que  
regulam  o  comportamento  das  pessoas  de  levarem  
dinheiro  aos  cofres  públicos.  

Nayron  Toledo    
Deriva  da  
Poder  de   Principal   É  
soberania  
tributar   caracterísNca   compulsório  
estatal  

Entes   Entes  
Tributos  $  
tributantes   Tributados  
8  
Quem  são  estes  entes?  
Entes   Entes  
tributantes   tributados  

Nayron  Toledo    
Sujeito  a3vo   Sujeito  Passivo  

Fiscos,  União,  
Contribuintes,  
Estados,  
Pessoas  ]sicas  e  
Municípios,  Adm.   9  
jurídicas  
Indireta  
Relação  com  outros  ramos  do  
Direito  
CONSTITUCIONAL  –  Tem  
estrita  ligação  por  conta  dos  
princípios,  imunidades,  
competências,  dispostas  no  
texto  cons3tucional.  

Nayron  Toledo    
FINANCEIRO  -­‐    É  o  outro  lado  
da  moeda,  tem  por  base  a  
Tributário  
forma  pela  qual  o  governo  irá  
administrar  os  recursos  
advindos  dos  tributos.  

ADMINISTRATIVO  –  O  direito  
administra3vo  irá  representar  
de  forma  clara  como  será  
feito  todo  o  procedimento   10  
tributário  
Relação  com  outros  ramos  do  
Direito  

CIVIL  –  Vários  conceitos  


a3nentes  aos  fatos  que  geram  
obrigações  de  se  pagar  tributos,  

Nayron  Toledo    
são  advindos  do  direito  civil.  Ex.  
Propriedade,  morte,  doação,  
compra  e  venda.  
Tributário  
PROCESSO  CIVIL  –  Aqui  temos  todas  as  
disposições,  garan3as  e  procedimentos  
especiais  que  o  Fisco  possui  para  
cobrar  judicial  os  tributos,  bem  como  
as  ações  de  defesa  dos  contribuintes  
contra  eventuais  ilegalidades.  

11  
FONTES  DO  DIREITO  TRIBUTÁRIO  

MATERIAIS   FORMAIS  

Nayron  Toledo    
São  os  fatos  do   São  os  3pos  de  
mundo  sobre  os  quais   normas  onde  
haverá  incidência   poderão  surgir  
tributária.  São  os   disposições  de  
Fatos  Geradores.   cunho  tributário.    

Ex.  Compra  e   Ex.  CF,  EC,  LC,  


venda,  doação,   LO,  Decreto,  
propriedade,   Portaria,   12  
auferir  renda.   Convênio.  
DEFINIÇÃO  DE  TRIBUTO  
•  Iremos   adotar   a   definição   trazida   pelo   próprio   CTN  
(Código  Tributário  Nacional)  em  seu  ar3go  3º.  

Nayron  Toledo    
•  Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

13  
PRESTAÇÃO  PECUNIÁRIA  
●  Redundância  em  falar  prestação  pecuniária  e  em  moeda.  
●  Visava  assim,  evitar  que  o  ente  tributante  recebesse  o  tributo    
em   outras   formas,   como:   pernil,   prestação   de   serviços   e  
outros.  

Nayron  Toledo    
●  Exceções?  
–  Com  o  advento  da  LC  104/01  foi  acrescentado  uma  nova  
hipótese  de  ex3nção  do  crédito  tributário.    
Art.  156,   XI – a dação em pagamento em bens imóveis,
na forma e condições estabelecidas em lei.
– Compensação (art. 156, II do CTN)
Pode pagar impostos com títulos da dívida pública?
Sim , é possível , porém é necessário haver 14  
autorização legislativa.
COMPULSÓRIA  
●  Como   dito   antes,   o   pagamento   de   tributo   é  
compulsório,   não   há   uma   faculdade   ou   não   no  
que  tange  ao  seu  pagamento.  

Nayron  Toledo    
●  A   compulsoriedade   demonstra   o   poder   de  
império,   soberania   do   Estado   perante   aos  
contribuintes.  

15  
NÃO  É  ATO  ILÍCITO  
TRIBUTO MULTA
Não possui finalidade É sanção por ato ilícito
sanciatóra

Nayron  Toledo    
Visa arrecadar O ideal e que não vise
(fiscalidade) e/ou arrecadação, pois sua
interferir em situações intenção é meramente
sociais econômicas coibir o ato ilícito.

16  
O  Que  é  o  Princípio  do  
 Pecunia  Non  Olet?  
 
Em   seu   governo   em   Roma,   o  
Imperador  Vespasiano  começou  a  
cobrar   tributos   pelo   uso   das  
latrinas   (banheiros   públicos).   Seu  

Nayron  Toledo    
filho   Tito,   inconformado   com   tal  
a3tude   de   tributar   sobre   algo   tão  
“sujo   e   mal-­‐cheiroso”   ques3onou  
o  imperador.    
Vespasiano   pegou   uma   moeda   e  
perguntou  ao  filho  se  ela  cheirava,  
(Olet?)  e  a  resposta  foi  NÃO,  NÃO   17  
CHEIRA  (non  olet!).  
 
O  Que  é  o  Princípio  do  
 Pecunia  Non  Olet?  
● 
 
Havendo a ocorrência do fato gerador, o tributo
correspondente deverá ser cobrado
independentemente da origem, validade,
moralidade dos fatos que criaram aquele fato
gerador.

Nayron  Toledo    
●  Art. 118, I do CTN - A definição legal do fato
gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente
praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto
ou dos seus efeitos 18  
O  Que  é  o  Princípio  do  
 Pecunia  Non  Olet?  
 
•  E   com   base   nesse   princípio   e   que   se   pode   cobrar   tributos  
oriundos  de  a3vidades  como  Máfia,  ou  como  aconteceu  com  
Garotas  de  Programa  na  Itália.  
Vanda!  Liga  para  o  
contador,  tenho  que  ver  

Nayron  Toledo    
meu  Imposto  de  Renda!  

19  
O  Que  é  o  Princípio  do  
 Pecunia  Non  Olet?  
 
•  STF  –  Tráfico  de  Drogas  –  HC  77530/RS  –  não  tributar  seria  
como  conceder  um  bene]cio  para  quem  pra3ca  ato  ilícito.  

Nayron  Toledo    
20  
ESPÉCIES  TRIBUTÁRIAS  
Impostos    
Taxas  

Nayron  Toledo    
Contribuição  
Tributos   de  melhoria  
Emprés3mos  
compulsórios  
Contribuições   21  
especiais  
Nayron  Toledo    
PRINCÍPIOS  CONSTITUCIONAIS  

22  
Princípios  Constitucionais  
São  limitações  ao  
poder  de  tributar  
do  Estado.  

Nayron  Toledo    
Visam  proteger  os  
indivíduos  da  fúria   São  considerados  
23  
arrecadatória  do   cláusulas  pétreas.  
Estado.  
Jurisprudência  importante  
•  Poder   de   tributar.   Limites.   Direito   Supressão.   A   prerrogaPva  
insPtucional   de   tributar,   que   o   ordenamento   posiPvo  
reconhece   ao   Estado,   não   lhe   outorga   o   poder   de   suprimir  
(ou   de   invibializar)   direitos   de   caráter   fundamental  
cons;tucionalmente    assegurados  ao  contribuinte.  É  que  este  

Nayron  Toledo    
dispõe,  nos  termos  da  própria  Carta  PolíPca,  de  um  sistema  de  
proteção   des;nado   a   ampará-­‐lo   contra   eventuais   excessos  
come;dos   pelo   poder   tributante   ou   ainda,   contra   exigências  
irrazoáveis   veiculadas   em   diplomas   normaPvos   editados   pelo  
Estado.  (STF,  ADI  2551-­‐  MC  QO)  

24  
PRINCÍPIO  DA  LEGALIDADE  
•  Tem  origem  histórica  na  Carta  Magna  Inglesa  de  1215  do  Rei  
João   Sem   Terra,   que   foi   assinada   por   pressão   dos   Barões   da  
época  inconformados  com  os  excessivos  aumentos  de  tributos  
pelo  rei.    

Nayron  Toledo    
Dica!!   O   Filme   Robin   Hood   (2010)   trata   exatamente   desse   período   da  
história,   já   que   segundo   a   lenda   inglesa,   Robin   Hood   3nha   como   grande   25  
vilão  o  Rei  João  sem  terra.  
PRINCÍPIO  DA  LEGALIDADE  
•  Em  nossa  Cons3tuição  está  definido  no  art.  150,  inciso  I,  
vejamos:  

Nayron  Toledo    
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

26  
PRINCÍPIO  DA  LEGALIDADE  
EXCEÇÃO  
REGRA  
Lei   Complementar   –   (aquela   aprovada   por  
maioria  absoluta  –  50%  +  1  dos  integrantes  daquela  

Nayron  Toledo    
casa  legisla3va)  
Lei  
ordinária     Imposto   Contribuição  
Sobre   Impostos   Social  
aquelas   Grandes  
EmprésNmos  
Previdenciária  
aprovadas   fortunas  (art.  
compulsórios   Residuais  –   Residual  (art.  
por  maioria   (art.  148,  I  e  II   (art.  154,  I  
153,  VII  da   da  CF).   195,  Parág.  4º  
simples.   CF).  Ainda   da  CF)   c/c  154,  I  da  
(50%  +  1   não  criado.   CF)  
dos  
presentes)   27  
MITIGAÇÃO  AO  PRINCÍPIO  DA  
LEGALIDADE  
II  
Texto  
originário  da   IE  
PODER   CF  (Art.  153,  
IPI  

Nayron  Toledo    
EXECUTIVO   I,II,  IV,  V)  
PODE  ALTERAR   IOF  
POR  MEIO  DE  
DECRETO  (Art.  
CIDE  –  COMB  -­‐  
153,  parág.  1º   Art.  149,  par.  2º,  II,  c/c  
da  CF)   Acrescidos  
art.  177  par.  4º,  I,  “b  

pela  EC/33   ICMS  –  COMB  -­‐  


art.  155,  par.  4º,  IV,  c  c/ 28  
c  art.  155,  par.  2º,  XII,"  
h”  
ELEMENTOS  OBRIGATÓRIOS  DA  
LEI  TRIBUTÁRIA  
 
Princípio  da  reserva  legal  (art.  97  do  CTN)  
• Alíquota  –  Percentual  que  mul3plicado  pela  base  
de  cálculo  permite  o  cálculo  do  quantum  devido.  

Nayron  Toledo    
• Base  de  cálculo  –  Serve  para  quan3ficar  o  tributo.  
• Sujeito  Passivo  –  É  aquele  que  tem  o  dever  de  
prestar  o  objeto  da  obrigação  tributário.    
• Multa  –  Sanção.  
• Fato  Gerador  –  A  descrição  con3da  em  lei  como  
necessária  e  suficiente  para  o  nascimento  de  uma  
obrigação  tributária.   29  
PERGUNTA  
●  A   DATA   DE   PAGAMENTO   DO   TRIBUTO   PODE   SER  
ALTERADA  POR  ATO  INFRALEGAL?  
Segundo   o   STF   pode   sim,   já   que   este   não   é   elemento   obrigatório  
trazido  pelo  CTN.  

Nayron  Toledo    
"(...) O Tribunal, por maioria, conheceu do recurso e lhe deu
provimento, declarando a constitucionalidade do art. 66 da Lei
n. 7.450/85 que atribuiu ao Ministro da Fazenda competência
para expedir portaria fixando o referido prazo, ao fundamento
de que a fixação de prazo para recolhimento do tributo não é
matéria reservada à lei.(...)(RE 140.669/PE, rel. Min. Ilmar
Galvão, j. 02-12-1998)"

VALE RESSALTAR QUE A DOUTRINA MODERNA É CONTRA 30  


ESSE ENTENDIMENTO.
PERGUNTA  -­‐  Atualizar  a  base  de  cálculo  
de  tributo  por  meio  de  decreto  ofende  o  
princípio  da  legalidade?  
  Vejamos  o  caso,  o  prefeito  Paulo  Garcia,  atualiza  a  planta  
de  valores  do  imóveis  do  município  por  meio  de  decreto,  
isso  é  válido?    

Nayron  Toledo    
Sim,  se  for  feita  dentro  de   Não,  se  o  valor  for  acima  
índices  oficiais,  visando   desses  índices,  não  se  trata  de  
atualização  mas  sim  de  
recompor  a  inflação   majoração.    

Súmula  160  STJ  -­‐    É  defeso,  ao  Município,  


atualizar  o  IPTU,  mediante  decreto,  em  
percentual  superior  ao  índice  oficial  de  
31  
correção  monetária.  
Legalidade  e  Medidas  provisórias  
Art.   62.   Em   caso   de   relevância   e   urgência,   o   Presidente   da   República  
poderá   adotar   medidas   provisórias,   com   força   de   lei,   devendo  
submetê-­‐las   de   imediato   ao   Congresso   Nacional.   (Redação   dada   pela  
Emenda  Cons3tucional  nº  32,  de  2001)  
(...)  

Nayron  Toledo    
§   2º   Medida   provisória   que   implique   ins3tuição   ou   majoração   de  
impostos,   exceto   os   previstos   nos   arts.   153,   I,   II,   IV,   V,   e   154,   II,   só  
produzirá   efeitos   no   exercício   financeiro   seguinte   se   houver   sido  
conver3da   em   lei   até   o   úl3mo   dia   daquele   em   que   foi   editada.(Incluído  
pela  Emenda  Cons3tucional  nº  32,  de  2001)  
 
 
 
ALERTA  –  SOMENTE  IMPOSTOS!!!!  
  32  
Legalidade  e  Medidas  provisórias  
•  Segundo  o  art.  62,  parágrafo  1º,  III,  é  vedado  ins3tuir  Medidas  
Provisórias   em   matérias   reservadas   a   Lei   Complementar,  
devido  ao  fato  do  rito  de  aprovação  ser  diferente.  

Nayron  Toledo    
•  Neste   sen3do,   também   não   podemos   ins3tuir   os   impostos  
que   são   reservados   a   Lei   Complementar.   (IGF,   Emprés3mos  
Compulsórios,   Impostos   Residuais,   Contribuição   social  
Previdenciária  Residual).  

•  ONDE  LEI  LC  VERSAR,  MP  NÃO  PODE  ATUAR!!!  

33  
PRINCÍPIO  DA  ANTERIORIDADE  
•  Visa  evitar  surpresas  para  os  contribuintes!  
•  Art.  150,  III,  “b”  e  “c”  da  CF  
 
Art.  150.  Sem  prejuízo  de  outras  garan3as  asseguradas  ao  contribuinte,  é  

Nayron  Toledo    
vedado  à  União,  aos  Estados,  ao  Distrito  Federal  e  aos  Municípios:  
 
III  -­‐  cobrar  tributos:  
(...)  
b)   no   mesmo   exercício   financeiro   em   que   haja   sido   publicada   a   lei   que   os  
ins3tuiu  ou  aumentou;  (Vide  Emenda  Cons3tucional  nº  3,  de  1993)  
 
c)  antes  de  decorridos  noventa  dias  da  data  em  que  haja  sido  publicada  a  lei  
que  os  ins3tuiu  ou  aumentou,  observado  o  disposto  na  alínea  b;  (Incluído  
pela  Emenda  Cons3tucional  nº  42,  de  19.12.2003)  
34  
PRINCÍPIO  DA  ANTERIORIDADE  

Anual     Nonagesimal  

Nayron  Toledo    
No  mesmo  exercício   Antes  de  decorridos  
financeiro  em  que  haja   noventa  dias  da  data  
sido  publicada  a  lei  que   em  que  haja  sido  
os  ins3tuiu  ou   publicada  a  lei  que  os  
aumentou.   ins3tuiu  ou  aumentou.    

Lei  incide  em  1º  de   Lei  incide  no  91º   35  


janeiro  do  ano   dia  após  a  sua  
seguinte.   publicação.  
PRINCÍPIO  DA  ANTERIORIDADE  
→   Lei   majorou   tributo   em   1   de   dezembro   de   2013?   Quando  
incidirá  tal  aumento?  
Anual  →  1º  de  Janeiro  de  2014  
Nonagesimal   →   Aproximadamente   início   de   Março   de   2014.  

Nayron  Toledo    
PREVALECE  
 
→   Lei   majorou   tributo   em   14   de   junho   de   2013?   Quando  
incidirá  tal  aumento?  
Anual  →  1º  de  Janeiro  de  2014.  PREVALECE  
Nonagesimal  →  Aproximadamente  14  de  setembro  de  2013.  

36  
PRINCÍPIO  DA  ANTERIORIDADE  

• Cobra-­‐se  o  imposto  
JANEIRO  A   em    1º  de  janeiro.  
SETEMBRO  

Nayron  Toledo    
OUTUBRO   • Cobra-­‐se  o  imposto  
A   em   m omento   após  
1º  de  janeiro  
DEZEMBRO   37  
EXCEÇÕES  À  ANTERIORIDADE  ANUAL  
 
EXCEÇÕES  A  ANTERIORIDADE  ANUAL  CONFORME  ART.  150,  
PARÁGRAFO  1º,  1ª  PARTE  DA  CF  
IMPOSTO  DE  IMPORTAÇÃO  (II)  
IMPOSTO  DE  EXPORTAÇÃO  (IE)  
IMPOSTO  SOBRE  PRODUTOS  INDUSTRIALIZADOS  (IPI)  

Nayron  Toledo    
IMPOSTO  SOBRE  OPERAÇÕES  FINANCEIRAS  (IOF)  
IMPOSTO  EXTRAORDINÁRIO  DE  GUERRA  (IEG)  
EMPRÉSTIMO  COMPULSÓRIO  PARA  CALAMIDADE  PÚBLICA  OU  
GUERRA  EXTERNA    

CIDE  -­‐  COMBUSTÍVEL  


ICMS  COMBUSTÍVEL  
38  
EXCEÇÕES  A  ANTERIORIDADE  
NONAGESIMAL  
EXCEÇÕES  A  ANTERIORIDADE  NONAGESIMAL  CONFORME  ART.  150,  
PARÁGRAFO  1º,  PARTE  FINAL  DA  CF  
IMPOSTO  DE  IMPORTAÇÃO  (II)  
IMPOSTO  DE  EXPORTAÇÃO  (IE)  

Nayron  Toledo    
IMPOSTO  DE  RENDA  (IR)  
IMPOSTO  SOBRE  OPERAÇÕES  FINANCEIRAS  (IOF)  
IMPOSTO  EXTRAORDINÁRIO  DE  GUERRA  (IEG)  
EMPRÉSTIMO  COMPULSÓRIO  PARA  CALAMIDADE  PÚBLICA  OU  
GUERRA  EXTERNA    

ALTERAÇÕES  NA  BASE  DE  CÁLCULO  DE  IPTU  E  IPVA  


39  
Na  prática  –  Vejam  notícia  do  
site  Conjur  
O   Supremo   Tribunal   Federal   decidiu   na   tarde   desta   quinta-­‐feira   (20/10)   que   o  
aumento  de  Imposto  sobre  Produtos  Industrializados  (IPI)  para  carros  importados  
só  pode  valer  a  par3r  da  segunda  metade  de  dezembro.  Por  maioria,  a  Suprema  
Corte   concluiu   que   o   Decreto   7.567/2011,   que   estabelece   a   regra,   só   pode  
passar  a  valer  depois  de  90  dias  de  sua  edição.  

Nayron  Toledo    
 
A   decisão   foi   tomada   em   julgamento   de   Ação   Direta   de   Incons3tucionalidade  
proposta  pelo  par3do  Democratas.  Eles  quesNonam  o  arNgo  16,  e  afirmam  que,  
ao  estabelecer  a  vigência  imediata  do  aumento  do  IPI,  o  governo  violou  a  chance  
de  o  contribuinte  se  adaptar  à  nova  regra.  
 
O   aumento   do   imposto   para   carros   importados   foi   assinado   pela   Presidência   para  
es3mular   a   indústria   nacional   e   preservar   empregos   no   Brasil.   No   entanto,   a  
medida   foi   cri3cada,   principalmente   pela   oposição   e   mul3nacionais,   que   a  
consideraram   protecionista   e   prejudicial   à   economia   global,   em   crise.   De   acordo   40  
com  o  Decreto,  montadoras  que  não  3verem  65%  de  conteúdo  nacional  em  seus  
automóveis,  estão  sujeitas  ao  aumento,  de  30  pontos  percentuais.  
 
 
Para  o  relator  da  ADI,  ministro  Marco  Aurélio,  o  aumento  deveria  respeitar  o  
princípio   do   prazo   de   90   dias,   previsto   no   ar3go   150,   inciso   III,   alínea   c,   da  
Cons3tuição   Federal.   O   disposi3vo   existe,   segundo   o   ministro,   para   garan3r  
que   o   contribuinte   não   seja   surpreendido   com   novas   regras   tributárias,   ou  
novos  impostos  a  pagar.  Além  de  uma  garan3a  do  cidadão  contra  o  poder  de  
tributar  do  Poder  Público,  votou  Marco  Aurélio.  
 
Ele   foi   acompanhado   pela   maioria   do   pleno   do   Supremo.   Ficou   vencido  
apenas   no   relacionado   à   retroa3vidade   da   decisão,   o   efeito   ex   tunc.   Para   o  

Nayron  Toledo    
decano   do   STF,   ministro   Celso   de   Mello,   o   aumento   imediato   do   IPI   é   uma  
"patente  inconsNtucionalidade".  Com  informações  da  Assessoria  de  Imprensa  
do  STF.  
 
ADI  4.661  
 
Fonte
h…p://www.conjur.com.br/2011-­‐out-­‐20/s‡-­‐decide-­‐ipi-­‐carros-­‐importados-­‐
aumentar-­‐dezembro  
  41  
PERGUNTA  
Uma   lei   que   que   antecipa   o   prazo   de   pagamento   de   um  
tributo  se  sujeita  ao  princípio  da  anterioridade?  
 
Não,  segundo  entendimento  já  sumulado  pelo  STF    

Nayron  Toledo    
 Súmula  669  do  STF  -­‐  Norma  legal  que  altera  
o   prazo   de   recolhimento   da   obrigação  
tributária   não   se   sujeita   ao   princípio   da  
anterioridade.   42  
Princípio  da  Igualdade  e  
Capacidade  Contributiva  

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao


contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:

Nayron  Toledo    
(...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes
que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por
eles exercida, independentemente da denominação jurídica
dos rendimentos, títulos ou direitos

43  
Princípio  da  Igualdade  e  
Capacidade  Contributiva  
Também é conhecido como princípio da proibição dos privilégios
odiosos.
- Na época do regime ditatorial, deputados, militares e magistrados
não pagavam imposto de renda.

Nayron  Toledo    
- Caso do Município de Niterói-RJ - Servidores públicos tinham
isenção de IPTU. STF reconheceu a discriminação. STF AI 157.871 –
AgR

"Isenção  de  IPTU,  em  razão  da  qualidade  de  servidor  


estadual  do  agravante,  postulada  em  desrespeito  da  
proibição  conPda  no  art.  150,  II,  da  CF  de  1988."  (AI  
157.871-­‐AgR,  Rel.  Min.  Octavio  Gallok,  julgamento  em  
15-­‐9-­‐1995,  Primeira  Turma,  DJ  de  9-­‐2-­‐1996.)   44  
PRINCÍPIO  DA  IGUALDADE    
•  Lembrar  do  PECUNIA  NON  OLET    -­‐  O  tributo  incide  em  todas  
as  a3vidades  independentemente  da  validade  jurídica  de  seu  
fato  gerador.    
 

Nayron  Toledo    
CTN  
Art.   118.   A   definição   legal   do   fato   gerador   é   interpretada  
abstraindo-­‐se:    
I   -­‐   da   validade   jurídica   dos   atos   efePvamente   praPcados   pelos  
contribuintes,  responsáveis,  ou  terceiros,  bem  como  da  natureza  
do  seu  objeto  ou  dos  seus  efeitos;    
II  -­‐  dos  efeitos  dos  fatos  efePvamente  ocorridos.    
45  
Art.  26.  Os  rendimentos  derivados  de  
a3vidades  ou  transações  ilícitas,  ou  

Nayron  Toledo    
LEI  DO  IMPOSTO  DE  
percebidos  com  infração  à  lei,  são  
RENDA  –  LEI  4.506/64  
sujeitos  a  tributação,  sem  prejuízo  das  
sanções  que  couberem.  

46  
PECUNIA  NON  OLET  E    
CAPACIDADE  CIVIL    
 •  CTN    
Art.  126.  A  capacidade  tributária  passiva  independe:  
I   -­‐   da   capacidade   civil   das   pessoas   naturais;   (   menores   de   16  
anos,  deficientes  mentais)    

Nayron  Toledo    
II  -­‐  de  achar-­‐se  a  pessoa  natural  sujeita  a  medidas  que  importem  
privação  ou  limitação  do  exercício  de  a3vidades  civis,  comerciais  
ou   profissionais,   ou   da   administração   direta   de   seus   bens   ou  
negócios;   (advogado   suspenso   na   OAB,   transportador  
autônomo  com  a  CNH  suspensa)    
III   -­‐   de   estar   a   pessoa   jurídica   regularmente   cons3tuída,  
bastando   que   configure   uma   unidade   econômica   ou  
profissional.   (Sociedades   de   fato,   indicação   errada   no   contrato   47  
social)    
PRINCÍPIO  DA  CAPACIDADE  
CONTRIBUTIVA    
•  Previsão  -­‐  art.  145  §  1o  da  CF    
§   1o   -­‐   Sempre   que   possível,   os   impostos   terão  
caráter   pessoal   e   serão   graduados   segundo   a  

Nayron  Toledo    
capacidade  econômica  do  contribuinte,  facultado  
à   administração   tributária,   especialmente   para  
conferir   efe3vidade   a   esses   obje3vos,   iden3ficar,  
respeitados  os  direitos  individuais  e  nos  termos  da  
lei,   o   patrimônio,   os   rendimentos   e   as   a3vidades  
econômicas  do  contribuinte.    
48  
Nayron  Toledo    
49  
EXERCÍCIO  DA  CAPACIDADE  
CONTRIBUTIVA    
  a)  Progressividade  –  
Alíquotas  diferenciadas,  
conforme  se  aumenta  o  
valor  da  base  de  cálculo.  
(Ex.  IR,  ITR,  IPTU,  ITCMD)  

Nayron  Toledo    
b)  Sele3vidade  -­‐  Incidência  de   c)  Proporcionalidade  –
alíquotas  que  variam  na  razão   Alíquotas  fixas  para  uma  
inversa  da  essencialidade  do  
bem.  Ex.  ICMS  e  IPI,  feijão  e   base  de  cálculo  variável.   50  
cigarro.     Ex.  ITCMD    
PRINCÍPIO  DO  NÃO  CONFISCO    
•  Art.  150,  IV  da  CF  
IV  -­‐  u3lizar  tributo  com  efeito  de  confisco;    

•  Considera-­‐se   que   um   tributo   é   confiscatório   quando   os   débitos  

Nayron  Toledo    
tributários   a  um  mesmo  ente  tributante,  durante  certo  período  
de  tempo,  consome  grande  parte  da  propriedade  ou  inviabiliza  o  
exercício  da  a3vidade  lícita.  (ADC-­‐MC  8/DF).    

•  Apesar   de   estar   escrito   apenas   TRIBUTO,   o   STF   entende  


que   este   princípio   também   se   aplica   às   multas   tributárias  
(STF  ADI  551).  
51  
PRINCÍPIO  DA  
IRRETROATIVIDADE  TRIBUTÁRIA    

Previsão    
Art.  150,  III,  “a”  da  CF    

Nayron  Toledo    
III   -­‐   É   vedada   a   vigência   retrospec3va   da   norma  
tributária.    
a)   em   relação   a   fatos   geradores   ocorridos   antes   do  
início   da   vigência   da   lei   que   os   houver   ins3tuído   ou  
aumentado;    
52  
PRINCÍPIO  DA  
IRRETROATIVIDADE  TRIBUTÁRIA    
•  Exceções:  art.  106,  I  e  II  do  CTN.    

•  →  Lei  interpreta;va  (Alínea  “a”  -­‐  interpretação  autên;ca  –  


feita  pelo  legislador)    

Nayron  Toledo    
•  →  Lei  mais  benéfica  (RETROATIO  IN  MELIUS).  Desde  que  não  
esteja  defini;vamente  julgado.    
•  A  lei  deixa  de  tratar  um  ato  como  infração,  ressalvados  a  falta  de  
pagamento  ou  fraude    
•  Lei  posterior  que  prevê  penalidade  mais  benéfica.    

53  
Nayron  Toledo    
IMUNIDADES  TRIBUTÁRIAS    

54  
IMUNIDADES  TRIBUTÁRIAS  
•  É   uma   desoneração   de   tributo   prevista   em   norma  
cons3tucional.  
•  Se   trata   de   mais   uma   limitação   consNtucional   ao   poder   de  
tributar.  

Nayron  Toledo    
• Prevista  na  
IMUNIDADE   Cons3tuição  

• Prevista  na  Lei  


ISENÇÃO   55  
IMUNIDADES  
Na  CF  existem  dois  casos  onde  está  escrito  
isenção,  mas  o  STF  e  a  doutrina  entedem  ser  
imunidades:  

Nayron  Toledo    
Imposto  em  
Contribuição  social  
transferências  de  imóveis  
previdenciária  
de  Reforma  Agrária  

Art.  195,  parágrafo  7o   Art.  184,  parágrafo  


da  CF   5º  da  CF   56  
IMUNIDADES  

IMUNIDADES  
INCIDEM  SOBRE:  

Nayron  Toledo    
•  Impostos   IMUNIDADES  NÃO  
•  Taxas  
•  Contribuições  Sociais  
INCIDEM:  
•  CIDES   •  Contribuições  de  Melhoria  
•  Emprés3mos  Compulsórios  

57  
IMUNIDADES  
FAMOSAS  IMUNIDADES  DO  ART.  150,  VI    

Imunidades  Recíprocas  

Nayron  Toledo    
Imunidade  Religiosa  
Imunidades  não  autoaplicáveis  
Imunidade  de  Impresa  
Imunidades  sobre  CDs  e  DVDs   58  
 Imunidade  Recíproca  

Nayron  Toledo    
IMPOSTOS  sobre:  
Entre  elas  não  se   •  Patrimônio  
pode  ins3tuir     •  Renda  
•  Serviços  

59  
IMUNIDADE  RECÍPROCA  
•  Art.   150.   Sem   prejuízo   de   outras   garan3as   asseguradas   ao  
contribuinte,   é   vedado   à   União,   aos   Estados,   ao   Distrito   Federal   e  
aos  Municípios:  

VI  -­‐  ins3tuir  impostos  sobre:  (Vide  Emenda  Cons3tucional  nº  3,  de  1993)  

Nayron  Toledo    
 
a)  patrimônio,  renda  ou  serviços,  uns  dos  outros;  
(...)  

§   2º   -­‐   A   vedação   do   inciso   VI,   "a",   é   extensiva   às   autarquias   e   às  


fundações  ins3tuídas  e  man3das  pelo  Poder  Público,  no  que  se  refere  ao  
patrimônio,   à   renda   e   aos   serviços,   vinculados   a   suas   finalidades  
essenciais  ou  às  delas  decorrentes.  

60  
IMUNIDADES  RECÍPROCAS  

ENTIDADES  
IMUNES  

Nayron  Toledo    
UNIÃO,  ESTADOS   AUTARQUIAS  E  
E  MUNICÍPIOS   FUNDAÇÕES  
61  
Alínea  “a”  –  Imunidade  Recíproca  

"A   imunidade   tributária   diz   respeito   aos   impostos,   não  


alcançando   as   contribuições."   (RE   378.144-­‐AgR,   Rel.  
Min.   Eros   Grau,   julgamento   em   30-­‐11-­‐2004,   Primeira  

Nayron  Toledo    
Turma,  DJ  de  22-­‐4-­‐2005.)  

"A   imunidade   tributária   recíproca   –   CF,   art.   150,   VI,   a   –  


somente   é   aplicável   a   impostos,   não   alcançando   as  
taxas."   (RE   364.202,   Rel.   Min.   Carlos   Velloso,   julgamento  
em  3-­‐10-­‐2004,  Segunda  Turma,  DJ  de  28-­‐10-­‐2004.)  
62  
IMUNIDADES  RECÍPROCAS  

•  As   imunidades   de   Autarquias   e   Fundações   públicas,  


devem  estar  vinculadas  às  suas  finalidades  essenciais  ou  
às  delas  decorrerem.  

Nayron  Toledo    
•  Ex.  A  União  pode  dar  a  um  imóvel  u3lidade  totalmente  
desvinculada   a   sua   a3vidade,   que   esta   não   perderá   a  
imunidade.   Já   o   INSS   ,   autarquia   federal,   se   fizer   o  
mesmo  com  um  imóvel,  perderá  sua  imunidade.  

63  
IMUNIDADES  RECÍPROCAS  
E  QUANTO  AS  
EMPRESAS  PÚBLICAS  
E  SOCIEDADES  DE  
ECONOMIA  MISTA?  

Nayron  Toledo    
Prestadoras  de  
Serviço  Público  de   Exploradoras  de  
prestação  obrigatória   A3vidade  Econômica  
pelo  Estado  

IMUNES   NÃO  IMUNE   64  


"As   empresas   públicas   prestadoras   de   serviço   público  
dis3nguem-­‐se   das   que   exercem   a3vidade   econômica.   A  

Nayron  Toledo    
Empresa   Brasileira   de   Correios   e   Telégrafos   é  
prestadora   de   serviço   público   de   prestação   obrigatória  
e   exclusiva   do   Estado,   mo;vo   por   que   está   abrangida  
pela   imunidade   tributária   recíproca:   CF,   art.   150,   VI,  
a."  (RE  407.099,  Rel.  Min.  Carlos  Velloso,  julgamento  em  
22-­‐6-­‐2004,  Segunda  Turma,  DJ  de  6-­‐8-­‐2004.)    

65  
NOTÍCIA  SITE  STJ  
Quinta-­‐feira,  28  de  fevereiro  de  2013  
 
STF  reconhece  imunidade  tributária  recíproca  sobre  todos  os  serviços  dos  
Correios  
 

Nayron  Toledo    
Por   maioria   de   votos,   o   Plenário   do   Supremo   Tribunal   Federal   (STF)   concluiu  
nesta  quinta-­‐feira  (28)  o  julgamento  do  Recurso  Extraordinário  (RE  601392)  que  
discuNa  a  imunidade  da  Empresa  Brasileira  de  Correios  e  Telégrafos  (ECT)  em  
relação  ao  recolhimento  do  Imposto  sobre  Serviços  de  Qualquer  Natureza  (ISS)  
nas   aNvidades   exercidas   pela   empresa   que   não   tenham   caracterísNcas   de  
serviços  postais.  Após  reformulação  do  voto  do  ministro  Ricardo  Lewandowski,  
somaram-­‐se  seis  votos  favoráveis  para  reconhecer  que  a  imunidade  tributária  
recíproca  –  nos  termos  do  arNgo  150,  VI,  “a”,  da  ConsNtuição  Federal  (que  veda  
a   cobrança   de   impostos   sobre   patrimônio,   renda   ou   serviços   entre   os   entes  
federados)  –  alcança  todas  as  aNvidades  exercidas  pelos  Correios.  O  tema  teve  
repercussão  geral  reconhecida.  (...)   66  

hJp://www.s‚.jus.br/portal/cms/verNoNciaDetalhe.asp?idConteudo=232199  
Nayron  Toledo    
67  
“Empresa   Brasileira   de   Infraestrutura   Aeroportuária   –  
INFRAERO.   Empresa   pública.   Imunidade   recíproca.   Art.  
150,   VI,   a,   da   CF/1988.   A   Infraero,   empresa   pública  

Nayron  Toledo    
prestadora   de   serviço   público,   está   abrangida   pela  
imunidade   tributária   prevista   no   art.   150,   VI,   a,   da  
Cons;tuição.   Não   incide   ISS   sobre   a   a3vidade  
desempenhada  pela  Infraero  na  execução  de  serviços  de  
infraestrutura   aeroportuária,   a3vidade   que   lhe   foi  
atribuída   pela   União.”   (RE   524.615-­‐AgR,   Rel.   Min.   Eros  
Grau,  julgamento  em  9-­‐9-­‐2008,  Segunda  Turma,  DJE  de   68  
3-­‐10-­‐2008.)  
IMUNIDADES  RELIGIOSAS  
Art.  150.  Sem  prejuízo  de  outras  garan3as  asseguradas  ao  
contribuinte,   é   vedado   à   União,   aos   Estados,   ao   Distrito  
Federal  e  aos  Municípios:  
(…)  

Nayron  Toledo    
VI  -­‐  ins3tuir  impostos  sobre:  
(...)  
b)  templos  de  qualquer  culto;  
 
 
  A  proteção  alcança  o  patrimônio,  renda  e  o  serviço  de  
  qualquer  3po  de  organização  religiosa,  
independentemente  do  número  de  adeptos  ou  de  suas  
liturgias.   69  
CONCEITO  DE  TEMPLOS  

O  conceito  de  templo  u3lizado  pelo  


cons3tuinte  não  se  restringe  apenas  a  
estrutura  ]sica,  o  prédio  que  abriga  a  igreja,  

Nayron  Toledo    
mas  sim  toda  a  En3dade  religiosa  em  si.  

Pensar  ao  contrário  seria  como  admi3r  que  


só  teria  imunidade  a  impostos  rela3vos  ao  
prédio  que  abriga  a  En3dade  religiosa.  
70  
IGREJAS  PAGAM  
Não,  pois  se  trata  da  
IMPOSTO  DE  RENDA  
renda  da  igreja,  e  
SOBRE  DÍZIMOS  E  
por  isso  é  imune.    
DOAÇÕES??  

NÃO,  Se  for  provada  a  


aplicação  da  renda  conexa  

Nayron  Toledo    
de  forma  integral  ao  
Igreja  é  proprietária   propósito  relgioso,  não  se  
de  um  apartamento  e   paga.  RE  325.822    
o  aluga  para  terceiros,  
incide  IPTU  sobre  o   SIM,  Mas  se  ficar  
bem  locado?     comprovado  o  prejuízo  a  
livre  concorrência.  Ex.  Igreja  
que  possui  100  imóveis  em   71  
uma  cidade  pequena.    
"Ins;tuição   religiosa.   IPTU   sobre   imóveis   de   sua  
propriedade  que  se  encontram  alugados.  A  imunidade  
prevista   no   art.   150,   VI,   b,   CF,   deve   abranger   não  
somente   os   prédios   des;nados   ao   culto,   mas,  

Nayron  Toledo    
também,   o   patrimônio,   a   renda   e   os   serviços  
‘relacionados   com   as   finalidades   essenciais   das  
en;dades   nelas   mencionadas’.   O   §   4º   do   disposiPvo  
consPtucional  serve  de  vetor  interpretaPvo  das  alíneas  
b  e  c  do  inciso  VI  do  art.  150  da  CF.  Equiparação  entre  
as   hipóteses   das   alíneas   referidas."   (RE   325.822,   Rel.  
p/   o   ac.   Min.   Gilmar   Mendes,   julgamento   em  
18-­‐12-­‐2002,  Plenário,  DJ  de  14-­‐5-­‐2004.)     72  
Nayron  Toledo    
73  
DIREITO  PROCESSUAL  CIVIL  E  TRIBUTÁRIO.  ÔNUS  DA  PROVA  REFERENTE  
À  IMUNIDADE  TRIBUTÁRIA  DE  ENTIDADE  DE  RELIGIOSA.  
Para  fins  de  cobrança  de  ITBI,  é  do  município  o  ônus  da  prova  de  que  
imóvel  pertencente  a  en3dade  religiosa  está  desvinculado  de  sua  
des3nação  ins3tucional.  De  fato,  em  se  tratando  de  en3dade  religiosa,  há  

Nayron  Toledo    
presunção  rela3va  de  que  o  imóvel  da  en3dade  está  vinculado  às  suas  
finalidades  essenciais,  o  que  impede  a  cobrança  de  impostos  sobre  
aquele  imóvel  de  acordo  com  o  art.  150,  VI,  c,  da  CF.  Nesse  contexto,  a  
descaracterização  dessa  presunção  para  que  incida  ITBI  sobre  imóvel  de  
en3dade  religiosa  é  ônus  da  Fazenda  Pública  municipal,  nos  termos  do  
art.  333,  II,  do  CPC.  Precedentes  citados:  AgRg  no  AREsp  239.268-­‐MG,  
Segunda  Turma,  DJe  12.12.2012  e  AgRg  no  AG  849.285-­‐MG,  Primeira  
Turma,  DJ  17.5.2007.  AgRg  noAREsp  444.193-­‐RS,  Rel.  Min.  Mauro  
Campbell  Marques,  julgado  em  4/2/2014.  INFO  534  
74  
Se  uma  pessoa  alugar  um  terreno  para  um  
terceiro  criar  um  cemitério,  este  será  imune?  

• Não,  já  que  nesses  casos  a  pessoa  jurídica  


que  ins3tuiu  o  cemitério,  o  fez  com  a  

Nayron  Toledo    
intenção  de  explorá-­‐lo  economicamente,  
demonstrando  assim  a  sua  capacidade  
contribu3va  e  finalidade  não  religiosa,  e  
sua  não  tributação  implicaria  em  risco  a  
livre  concorrência,  à  livre  inicia3va  e  à  
isonomia.  (RE  544.815  e  RE  578.562)  
75  
Nayron  Toledo    
76  

h…p://www.s‡.jus.br/portal/cms/verNo3ciaDetalhe.asp?idConteudo=217200  
IMUNIDADES  NÃO  AUTO-­‐
APLICÁVEIS  
PARTIDOS  POLÍTICOS   SINDICATOS  DE  EMPREGADOS  
• Visa  garan3r  o  pluralismo  polí3co  e   • Visa  garan3r  a  liberdade  sindical,  
a  democracia  (art.  1º,  V  da  CF)   efe3vação  dos  direitos  sociais  (art.  
8º  da  CF),  e  proteger  a  parte  mais  
fraca  da  relação  de  emprego.  

Nayron  Toledo    
INSTITUIÇÕES  DE  ENSINO   ENTIDADES  DE  ASSISTÊNCIA  
• Visa  incen3var  o  ensino  e  a   SOCIAL  SEM  FINS  LUCRATIVOS  
educação  no  país.  (art.  205,  208,  214   • Visa  a  incen3var  essas  en3dades  que  
da  CF)   põem  em  prá3ca  a  assistência  de  
direitos  humanos  inalienáveis,     77  
imprescri•veis  e  a  preservação  do  
mínimo  existencial.  
Pressupostos  comuns  a  esta  imunidade  
São  de  natureza  
subje3va  
Dizem  respeito  a  pessoas  
jurídicas  de  direito  

Nayron  Toledo    
privado  
Pressupostos  
Abragem  o  patrimônio,  a  renda  e  
os  serviços  relacionados  com  as  
finalidade  essenciais  ou  delas  
decorrentes  

Devem  atender  os  requisitos  


78  
da  lei  complementar.  (CTN  –  
art.  14)  
Súmula  sobre  o  tema:  

Súmula  STF  724  -­‐  Ainda  quando  alugado  a  terceiros,  


permanece  imune  ao  IPTU  o  imóvel  pertencente  a  
qualquer  das  en3dades  referidas  pelo  art.  150,  VI,  c,  

Nayron  Toledo    
da  Cons3tuição,  desde  que  o  valor  dos  aluguéis  seja  
aplicado  nas  a3vidades  essenciais  de  tais  en3dades.  

79  
Imunidade  cultural  
Art.  150  -­‐  Sem  prejuízo  de  outras  garan3as  asseguradas  ao  contribuinte,  
é  vedado  à  União,  aos  Estados,  ao  Distrito  Federal  e  aos  Municípios:  
(...)  
VI  -­‐  ins3tuir  impostos  sobre:  
(...)  

Nayron  Toledo    
d)  livros,  jornais,  periódicos  e  o  papel  desNnado  a  sua  impressão.  

Obs.   Aqui   temos   uma   imunidade   Obje3va   (coisa),  


diferente  das  outras  que  são  subje3vas  (pessoas)    

80  
“A  imunidade  prevista  no  art.  150,  VI,  d,  da  CF,  abrange  os  
filmes   e   papéis   fotográficos   necessários   à   publicação   de  
jornais  e  periódicos.”  (STF  Súmula  657)  

“A  imunidade  tributária  relaNva  a  livros,  jornais  e  periódicos  

Nayron  Toledo    
é  ampla,  total,  apanhando  produto,  maquinário  e  insumos.  A  
referência,   no   preceito,   a   papel   é   exemplificaNva,   e   não  
exausNva.”   (RE   202.149,   Rel.   p/   o   ac.   Min.   Marco   Aurélio,  
julgamento   em   26-­‐4-­‐2011,   Primeira   Turma,   DJE   de  
11-­‐10-­‐2011.)  Em  senNdo  contrário:  RE  324.600-­‐AgR,  Rel.  Min.  
Ellen  Gracie,  julgamento  em  3-­‐9-­‐2002,  Primeira  Turma,  DJ  de  
25-­‐10-­‐2002.   Vide:   RE   178.863,   Rel.   Min.   Carlos   Velloso,  
julgamento  em  25-­‐3-­‐1997,  Segunda  Turma,  DJ  de  30-­‐5-­‐1997.   81  
Apostilas  
"O  preceito  da  alínea  d  do  inciso  VI  do  art.  150  da  Carta  da  República  
alcança   as   chamadas   aposNlas,   veículo   de   transmissão   de   cultura  
simplificado."   (RE   183.403,   Rel.   Min.   Marco   Aurélio,   julgamento   em  
7-­‐11-­‐2000,  Segunda  Turma,  DJ  de  4-­‐5-­‐2001.)  

Nayron  Toledo    
82  
Encartes  de  publicidade  nos  jornais  
"Encartes  de  propaganda  distribuídos  com  jornais  e  periódicos.  ISS.  Art.  150,  VI,  d,  
da   Cons3tuição.   Veículo   publicitário   que,   em   face   de   sua   natureza  
propagandísNca,  de  exclusiva  índole  comercial,  não  pode  ser  considerado  como  
desNnado   à   cultura   e   à   educação,   razão   pela   qual   não   está   abrangido   pela  
imunidade   de   impostos   prevista   no   disposi3vo   cons3tucional   sob   referência,   a  
qual,   ademais,   não   se   estenderia,   de   qualquer   forma,   às   empresas   por   eles  

Nayron  Toledo    
responsáveis,  no  que  concerne  à  renda  bruta  auferida  pelo  serviço  prestado  e  ao  
lucro   líquido   ob3do."   (RE   213.094,   Rel.   Min.   Ilmar   Galvão,   julgamento   em  
3-­‐8-­‐1999,  Primeira  Turma,  DJ  de  15-­‐10-­‐1999.)  

83  
Listas  telefônicas  
"O   fato   de   as   edições   das   listas   telefônicas   veicularem   anúncios   e  
publicidade   não   afasta   o   bene]cio   cons3tucional   da   imunidade.   A  
inserção   visa   a   permiNr   a   divulgação   das   informações   necessárias   ao  
serviço   público   a   custo   zero   para   os   assinantes,   consubstanciando  
acessório  que  segue  a  sorte  do  principal.  (RE  199.183,  Rel.  Min.  Marco  

Nayron  Toledo    
Aurélio,  julgamento  em  17-­‐4-­‐1998,  Segunda  Turma,  DJ  de  12-­‐6-­‐1998.)    

84  
Álbum  de  8igurinhas  
"‘Álbum   de   figurinhas’.   Admissibilidade.   A   imunidade   tributária   sobre   livros,   jornais,  
periódicos  e  o  papel  des3nado  à  sua  impressão  tem  por  escopo  evitar  embaraços  ao  
exercício   da   liberdade   de   expressão   intelectual,   ar•s3ca,   cien•fica   e   de   comunicação,  
bem   como   facilitar   o   acesso   da   população   à   cultura,   à   informação   e   à   educação.   O  
ConsNtuinte,  ao  insNtuir  esta  benesse,  não  fez  ressalvas  quanto  ao  valor  ar…sNco  ou  
didáNco,   à   relevância   das   informações   divulgadas   ou   à   qualidade   cultural   de   uma  
publicação.   Não   cabe   ao   aplicador   da   norma   cons3tucional   em   tela   afastar   este  
bene]cio   fiscal   ins3tuído   para   proteger   direito   tão   importante   ao   exercício   da  
democracia,   por   força   de   um   juízo   subjeNvo   acerca   da   qualidade   cultural   ou   do  

Nayron  Toledo    
valor   pedagógico   de   uma   publicação   desNnada   ao   público   infanto-­‐juvenil."   (RE  
221.239,   Rel.   Min.   Ellen   Gracie,   julgamento   em   25-­‐5-­‐2004,   Segunda   Turma,   DJ   de  
6-­‐8-­‐2004.)    

85  
Notícia  site  STF  
Imunidade  tributária  de  livro  eletrônico  é  tema  de  repercussão  geral  
 
Terça-­‐feira,  13  de  novembro  de  2012  
 
A   imunidade   tributária   concedida   a   livros,   jornais,   periódicos   e   ao   papel  
des3nação  à  sua  impressão,  prevista  na  alínea  “d”  do  inciso  VI  do  ar3go  150  da  
Cons3tuição   Federal,   alcança   os   livros   eletrônicos   ou   e-­‐books   ?   A   resposta   à  
controvérsia   será   dada   pelos   ministros   do   Supremo   Tribunal   Federal   (STF)   no  

Nayron  Toledo    
julgamento   do   Recurso   Extraordinário   (RE   330817),   de   relatoria   do   ministro  
Dias   Toffoli.   O   processo   teve   a   repercussão   geral   reconhecida   por   meio   de  
deliberação  do  Plenário  Virtual  e  a    decisão  do  STF  no  caso  deverá  ser  aplicada  
às  ações  similares  em  todas  as  instâncias  do  Poder  Judiciário.  
No   processo   em   questão,   o   Estado   do   Rio   de   Janeiro   contesta   decisão   da   11ª  
Câmara   Cível   do   Tribunal   de   Jus3ça   do   Estado   do   Rio   de   Janeiro   (TJ-­‐RJ)   que,  
julgando   mandado   de   segurança   impetrado   por   uma   editora   reconheceu   a  
imunidade   rela3va   ao   ICMS   na   comercialização   de   enciclopédia   jurídica  
eletrônica.   Segundo   entendimento   do   TJ-­‐RJ,   “livros,   jornais   e   periódicos   são  
todos   os   impressos   ou   gravados,   por   quaisquer   processos   tecnológicos,   que   86  
transmitem  aquelas  ideias,  informações,  comentários,  narrações  reais  ou  fic•cias  
sobre   todos   os   interesses   humanos,   por   meio   de   caracteres   alfabé3cos   ou   por  
imagens  e,  ainda,  por  signos”.  (...)  
O   ministro   lembrou   que   essa   controvérsia   é   objeto   de   “acalorado   debate”   na  
doutrina  e  na  jurisprudência  e  citou  as  duas  correntes  (restriNva  ou  extensiva)  que  
se   formaram   a   par3r   da   interpretação   da   alínea   “d”   do   inciso   VI   do   ar3go   150   da  
Cons3tuição   Federal.   “A   corrente   restriNva   possui   um   forte   viés   literal   e   concebe  
que  a  imunidade  alcança  somente  aquilo  que  puder  ser  compreendido  dentro  da  
expressão   ‘papel   desNnado   a   sua   impressão’.   Aqueles   que   defendem   tal  
posicionamento   aduzem   que,   ao   tempo   da   elaboração   da   Cons3tuição   Federal,   já  
exis3am  diversos  outros  meios  de  difusão  de  cultura  e  que  o  consNtuinte  originário  
teria   optado   por   contemplar   o   papel.   Estender   a   benesse   da   norma   imunizante  
importaria   em   desvirtuar   essa   vontade   expressa   do   consNtuinte   originário”,  

Nayron  Toledo    
explicou.  
 
Já  a  concepção  extensiva  destaca  que  o  foco  da  desoneração  não  é  o  suporte,  mas  
sim   a   difusão   de   obras   literárias,   periódicos   e   similares.   “Em   contraposição   à  
corrente   restri3va,   os   par3dários   da   corrente   extensiva   sustentam   que,   segundo  
uma   interpretação   sistemá3ca   e   teleológica   do   texto   cons3tucional,   a   imunidade  
serviria   para   se   conferir   efeNvidade   aos   princípios   da   livre   manifestação   do  
pensamento  e  da  livre  expressão  da  aNvidade  intelectual,  ar…sNca,  cien…fica  ou  de  
comunicação,   o   que,   em   úlNma   análise,   revelaria   a   intenção   do   legislador  
consNtuinte   em   difundir   o   livre   acesso   à   cultura   e   à   informação”,   acrescentou   o  
relator.   87  
 
h…p://www.s‡.jus.br/portal/cms/verNo3ciaDetalhe.asp?idConteudo=223771  
IMUNIDADES  SOBRE  CDS  E  
DVS  DE  ARTISTAS  NACIONAIS  
Foi  incluído  em  nosso  ordenamento  a  par3r  da  EC  75/2013  
 
e)  fonogramas  e  videofonogramas  musicais  produzidos  no  

Nayron  Toledo    
Brasil  contendo  obras  musicais  ou  literomusicais  de  autores  
brasileiros  e/ou  obras  em  geral  interpretadas  por  arNstas  
brasileiros   bem   como   os   suportes   materiais   ou   arquivos  
digitais   que   os   contenham,   salvo   na   etapa   de   replicação  
industrial   de   mídias   ópNcas   de   leitura   a   laser.   (Incluído  
pela  EC  75/2013)  

88  
Produzidos  no  Brasil;  

Contendo  obras  
musicais  e  
literomusicais  de  
autores  brasileiros;  

Imunidades  de   Contendo  obras  em  

Nayron  Toledo    
geral  interpretadas  
videogramas  e   por  ar3stas  
fonogramas   brasileiros;  

Bem  como  os  suportes  


materiais  ou  arquivos  
digitais  que  os  
contenham;  

Salvo  na  replicação   89  


industrial  de  mídias  
óp3cas  de  leitura  a  
laser.  
Observações  
•  Segundo  o  parecer  da  Comissão  de  Cons3tuição  e  Jus3ça,  a  
ressalva  sobre  a  replicação,  visou  proteger  as  indústrias  que  
atuam   nesse   ramo   mas   que   estão   localizadas   na   Zona  
Franca  de  Manaus,  já  que  estas  já  não  pagam  tais  tributos,  
evitando  assim  a  perca  de  tal  vantagem.  

Nayron  Toledo    
E  o  que  são  fonogramas  e  videofonogramas?    
Fonogramas   são   as   próprias   músicas,   enquanto   os  
videofonogramas  podem  ser  entendidos  como  os  vídeos  que  
possuem   sons   musicais.   Os   dois   conceitos   englobam   a   obra  
intelectual   em   si,   sem   natureza   ]sica.   A   imunidade   abrange  
também  as  mídias  ‹sicas  que  dão  vida  às  músicas,  aos  filmes  
ou   aos   videoclipes,   que   são   os   suportes   materiais   ou  
arquivos   digitais   que   os   contenham.   Ou   seja,   a   imunidade   é   90  

des3nada  a  proteger  a  arte  propriamente  dita.  


ESPÉCIES  TRIBUTÁRIAS  

Nayron  Toledo    
91  
EVOLUÇÃO  
TEORIA  CLÁSSICA  (BIPARTIDA)  
IMPOSTOS   TAXAS  

Nayron  Toledo    
CTN  e  CF  (TRIPARTIDA)  
CONTRIBUIÇÃO  DE  
IMPOSTOS     TAXAS    
MELHORIA  

STF  (PENTAPARTIDA)  
CONTRIBUIÇÕES   EMPRÉSTIMOS   92  
IMPOSTOS   TAXAS   CONTRIBUIÇÕES  
DE  MELHORIA   COMPULSÓRIOS  
IMPOSTOS  
CONCEITO  

Princípio  da  não  afetação  


Tributo  cuja   Proibe  a  vinculação  
obrigação  tem  por   de  receita  de  
fato  gerador  uma   impostos  à  órgãos,  
situação   fundos  ou  despesas.  

Nayron  Toledo    
independente  de   Ver  art.  167,  inciso  IV  
qualquer  a3vidade   da  CF  
estatal  específica,  
rela3va  a  vida  do  
contribuinte,  à  sua    
a3vidade  ou  ao  seu  
patrimônio.     93  
(art.  16  do  CTN)  
IMPOSTOS  FEDERAIS  

• Art.  153,  CF  


• Imposto  de  importação  (II)  
• Imposto  de  exportação  (IE)  
• Imposto  de  Renda  (IR)  
• Imposto  sobre  produtos  Industrializados  

Nayron  Toledo    
(IPI)  
• Imposto  sobre  operações  financeiras  (IOF)  
• Imposto  Territorial  Rural  (ITR)  
• Imposto  sobre  grandes  fortunas  (IGF)  
• Art.  154,  CF  
• Imposto  Residual     94  
• Imposto  extraordinário  de  Guerra  (IEG)  
IMPOSTOS  ESTADUAIS  
•  Art.  155,  CF  
•  Imposto  sobre  a  transmissão  Causa  Mor3s  e  Doações  
(ITCMD)  
•   Imposto  sobre  a  circulação  de  mercadorias  e  serviços  
(ICMS)  
•  Imposto  sobre  a  propriedade  de  veículo  automotor  (IPVA)  

Nayron  Toledo    
IMPOSTOS  MUNICIPAIS  
•  Art.  156,  CF  
•  Imposto  sobre  a  propriedade  predial  e  territorial  
urbana  (IPTU)  
•   Imposto  sobre  serviços  de  qualquer  natureza  (ISS)   95  
•  Imposto  sobre  a  transmissão  de  bens  imóveis  (ITBI)  
Classi8icação  de  impostos  
DIRETOS   INDIRETOS  
Aquele   que   é   suportado   pelo   autor   do   Aquele  onde  há  a  transferência  do  ônus  
fato  gerador.  Ex.  IR,  IPTU,  IPVA   para  a  terceira  pessoa,  o  contribuinte  de  
fato.  Ex.  ICMS,  IPI  

Nayron  Toledo    
PESSOAIS   REAIS  
L e v a m   e m   c o n t a   a s   c o n d i ç õ e s   Levam   em   conta   a   coisa,   o   próprio   bem,  
par3culares  do  contribuinte.  Ex.  IR   sem   analisar   as   condições   pessoais   do  
agente.  Ex.  IR,  ICMS,  IPTU,  IPVA  

FISCAIS   EXTRAFISCAIS  
Possuem   o   intuito   estritamente   Possuem   a   finalidade   regulatória   do  
arrecadatório,   devem   prover   de   mercado,  ou  da  economia  no  país.  Ex.  II,   96  
recursos  o  Estado.  Ex.  IR,  ITBI,  ISS   IE,  IPI,  IOF.  
TAXAS  
•  É  um  tributo  
imediatamente  
vinculado  à  uma  ação  
estatal,  atrelando-­‐se  à  

Nayron  Toledo    
uma  a3vidade  pública,  e  
não  à  uma  ação  do  
TAXAS   par3cular.  
•  Podem  ser  ins3tuídas  
pela  União  Estados,  DF  e  
Municípios.  
•  Previsão-­‐  art.145,  II  da  
CF  e  77  do  CTN   97  
TAXAS  

TAXA  DE  POLÍCIA/


TAXA  DE  SERVIÇO    
FISCALIZAÇÃO    
ART.  79  DO  CTN  
ART.  78  DO  CTN  

Nayron  Toledo    
Será  exigida  em  virtude   Será  cobrada  em  
dos  atos  de  polícia   razão  da  prestação  
administra3va.    Ex.   estatal  de  um  
Taxa  de  alvará  de   serviço  público  
funcionamento,  taxa   específico  e   98  
de  controle  de   divisível.  
fiscalização  
Taxa  de  Polícia  
Art.   78.   Considera-­‐se   poder   de   polícia   a3vidade   da   administração  
pública  que,  limitando  ou  disciplinando  direito,  interesse  ou  liberdade,  
regula   a   prá3ca   de   ato   ou   abstenção   de   fato,   em   razão   de   interesse  
público  concernente  à  segurança,  à  higiene,  à  ordem,  aos  costumes,  à  
disciplina   da   produção   e   do   mercado,   ao   exercício   de   aNvidades  
econômicas   dependentes   de   concessão   ou   autorização   do   Poder  

Nayron  Toledo    
Público,   à   tranqüilidade   pública   ou   ao   respeito   à   propriedade   e   aos  
direitos   individuais   ou   coleNvos.   (Redação   dada   pelo   Ato  
Complementar  nº  31,  de  28.12.1966)  
 
                Parágrafo   único.   Considera-­‐se   regular   o   exercício   do   poder   de  
polícia   quando   desempenhado   pelo   órgão   competente   nos   limites   da  
lei   aplicável,   com   observância   do   processo   legal   e,   tratando-­‐se   de  
a3vidade  que  a  lei  tenha  como  discricionária,  sem  abuso  ou  desvio  de  
poder.   99  
Taxa  de  serviço  
•  É  aquele  destacável  em  
unidades  autônomas  de  
Específico   u3lização,  permi3ndo-­‐se  
iden3ficar  o  sujeito  passivo.    

Nayron  Toledo    
•  É  aquele  passível  de  
individualização,  ou  
Divisível     susce•vel  de  u3lização  
individual  pelo  contribuinte  
100  
PROIBIÇÃO   DE   IDENTIDADE   DE  
B A S E   D E   C Á L C U L O   C O M  
IMPOSTOS  
Art.  145  CF  
(..)    
§   2º   -­‐   As   taxas   não   poderão   ter   base   de   cálculo   própria   de  

Nayron  Toledo    
impostos.  

“É   cons3tucional   a   adoção,   no   cálculo   do   valor   de   taxa,   de   um   ou   mais  


elementos   da   base   de   cálculo   própria   de   determinado   imposto,   desde   que  
não   haja   integral   iden3dade   entre   uma   base   e   outra.”   (Súmula   Vinculante  
29)  

"É   incons3tucional   a   taxa   municipal   de   conservação   de   estradas   de  


rodagem   cuja   base   de   cálculo   seja   idên3ca   a   do   imposto   territorial   101  
rural."  (Súmula  595)    
Taxas  X  Tarifa  (Preço  público)  
TAXA   PREÇO  PÚBLICO  
Regime   Tributário.   Relação  Negocial.    
Jurídico   Regime  de  Direito  Público   Regime  de  Direito  
Privado  
Incidência   Independe  da  u3lização  do   Depende  da  u3lização  
serviço.   do  serviço.  
Autonomia  da   Irrelevante   Imprescindível  

Nayron  Toledo    
Vontade  
A   taxa   é   um   tributo   caracterizado   por   uma   obrigação   oriunda   de   uma   lei.   Já  
o   preço     público   é   uma   remuneração   devida   por   um   serviço   público,   de  
sujeição   alternaNva,   que   se   estabelece   em   virtude   de   uma   relação  
contratatual   entre   o   cidadão   e   o   poder   público,   quase   sempre  
representada  por  uma  concessionária  ou  permissionária.  

Súmula   545   STF   -­‐   Preços   de   serviços   públicos   e   taxas   não   se   confundem,   porque   102  
estas,  diferentemente  daqueles,  são  compulsórias  e  tem  sua  cobrança  condicionada  
a  prévia  autorização  orçamentária,  em  relação  a  lei  que  as  ins3tuiu.  
Jurisprudências  pertinentes  
SÚMULA   VINCULANTE   12   -­‐   A   cobrança   de   taxa   de   matrícula   nas  
universidades  públicas  viola  o  disposto  no  art.  206,  IV,  da  Cons3tuição  
Federal.  

  SÚMULA   VINCULANTE   19   -­‐   A   taxa   cobrada   exclusivamente   em   razão  


dos   serviços   públicos   de   coleta,   remoção   e   tratamento   ou   des3nação  

Nayron  Toledo    
de  lixo  ou  resíduos  provenientes  de  imóveis,  não  viola  o  ar3go  145,  II,  
da  Cons3tuição  Federal.  

 Súmula  595  STF  -­‐  É  incons3tucional  a  taxa  municipal  de  conservação  de  
estradas   de   rodagem   cuja   base   de   cálculo   seja   idên3ca   a   do   imposto  
territorial  rural.  

103  
•  SÚMULA  670  STF  –  O  serviço  de  iluminação  pública  não  
pode  ser  remunerado  mediante  taxa.  

Nayron  Toledo    
Art.   149-­‐A   da   CF-­‐   Os   Municípios   e   o   Distrito   Federal   poderão   ins3tuir  
contribuição,  na  forma  das  respec3vas  leis,  para  o  custeio  do  serviço  de  
104  
iluminação   pública,   observado   o   disposto   no   art.   150,   I   e   III.   (EC   nº  
39/02)    
EMPRÉSTIMO  COMPULSÓRIO  
PREVISÃO  NA  CF  
 
Art.  148.  A  União,  mediante  lei  complementar,  poderá  ins3tuir  emprés3mos  
compulsórios:  
 
I   -­‐   para   atender   a   despesas   extraordinárias,   decorrentes   de   calamidade  
pública,  de  guerra  externa  ou  sua  iminência;  

Nayron  Toledo    
 
II   -­‐   no   caso   de   invesNmento   público   de   caráter   urgente   e   de   relevante  
interesse  nacional,  observado  o  disposto  no  art.  150,  III,  "b".  
 
Parágrafo   único.   A   aplicação   dos   recursos   provenientes   de   emprés3mo  
compulsório  será  vinculada  à  despesa  que  fundamentou  sua  ins3tuição.  

105  
EMPRÉSTIMO  COMPULSÓRIO  
•  São   emprés3mos   forçados,   coa3vos,   porém   res3tuíveis.   A  
obrigação  de  pagá-­‐los  não  nasce  de  um  contrato,  mas  sim  de  
uma   determinação   legal.   Verificado   o   fato   gerador,   surge   a  
obrigação  de  emprestar  o  dinheiro  ao  Estado.  

Nayron  Toledo    
Calamidade  
pública    
Depesas  públicas  
Guerra  Externa  ou  
sua  iminência  
Hipóteses  

De  caráter  urgente  
Inves3mento  
e  de  relevante   106  
Público  
interesse  nacional  
Empréstimos  compulsórios  
Competência   União  

Forma  de   Lei  

Nayron  Toledo    
ins3tuição   complementar  

Vinculada.  (art.    Não  se  admite  


Des3nação   148  parágrafo   a  
único  da  CF)   tredes3nação    

A  lei  que  ins3tuir,  


irá  dispor  sobre  o   Art.  15,   107  
Res3tuição   prazo  e  as  
condições  de  
parágrafo  único  
do  CTN    
resgate  
Empréstimos  compulsórios  

A  súmula  418  do   Não  foi  recepcionada  pela  


STF,  que  trata  do   CF  88  o  inciso  III  do  art.  15  
do  CTN,  que  seria  possível  
emprés3mo   tal  tributo  para  absorção  
compulsório,  já  está  

Nayron  Toledo    
temporária  do  poder  
superada.   aquisi3vo.    

O  STF  tem  entendimento  firmado   Não  é  possível  que  Medida  


no  sen3do  de  que  a  res3tuição   Provisória  venha  versar  
do  valor  arrecadado  a  •tulo  de   sobre  esse  tema,  tendo  em  
emprés3mo  compulsório  deve  
ser  efetuado  na  mesma  espécie   vista  que  o  tributo  só  pode  
em  que  foi  recolhido  (RE   ser  criado  por  meio  de  Lei   108  
175.385/CE)   Complementar.    
CONTRIBUIÇÃO  DE  MELHORIA  

Nayron  Toledo    
Origem   histórica    -­‐   Inglaterra   1605.   A   Coroa   Inglesa   fez   grandes   obras   para  
re3ficar  e  sanear  as  margens  do  Rio  Tâmisa,  o  que  valorizou  muito  as  áreas  
as  margens  do  rio.  Com  o  intuito  de  evitar  o  enriquecimento  sem  causa  foi   109  
criado   o   Be…erment   Tax,   a   ser   pago   pelos   beneficiários,   limitado   ao  
montante  de  sua  valorização  individual.  
   
CONTRIBUIÇÃO  DE  MELHORIA  
•  Previsão  art.  145,  III  da  CF  e  81/82  do  CTN.  
•  Conceito  –  É  o  poder  que  o  Estado  possui  de  impor  tributo  aos  
proprietários  de  bens  imóveis  valorizados  em  decorrência  de  
uma  obra  pública.  

Nayron  Toledo    
•  Competência  para  ins3tuir  tal  tributo  –  União,  Estados,  DF  
Municipios.  
•  São  tributos  vinculados,  já  que  sua  cobrança  depende  de  uma  
atuação    do  Estado,  que  é  a  realização  de  uma  obra  pública  
que  tenha  como  consequência  o  incremento  do  valor  de  
imóveis  pertencentes  aos  potenciais  contribuintes.  

110  
CONTRIBUIÇÃO  DE  MELHORIA  

O  Fato  gerador  da  

Nayron  Toledo    
contribuição  de  
É  um  tributo   A  valorização   melhoria  NÃO  É  A  
imobiliária  é   REALIZAÇÃO  DA  
vinculado.   fundamental   OBRA  MAS  SIM  A  
VALORIZAÇÃO  
IMOBILIÁRIA  

111  
CONTRIBUIÇÃO  DE  MELHORIA  
art.  81  do  CTN  
• O  Estado  não  pode  cobrar,  
LIMITE   a  •tulo  de  contribuição  de  
melhoria,  mais  do  que  
TOTAL   gastou  na  obra.  

Nayron  Toledo    
• O  Estado  não  pode  cobrar  
LIMITE   além  do  acréscimo  
patrimonial  
INDIVIDUAL   experimentado  pela  parte.     112  
E  o  recapeamento  asfáltico??    

Nayron  Toledo    
113  
Recapeamento   de   via   pública   já   asfaltada   cons3tui   simples   serviço   de  
manutenção   e   conservação   que   não   acarreta   valorização   de   imóvel,   não  
rendendo  ensejo  à  imposição  de    contribuição  de  melhoria  (RE  116.148).    
CONTRIBUIÇÕES  ESPECIAIS  
•  Previsão:  art.  149,  149-­‐A  da  CF  
•  Conceito  –  São  tributos  des3nados  ao  
financiamento  de  gastos  específicos  no  contexto  

Nayron  Toledo    
do  Estado  no  Campo  Social  e  Econômico,  sempre  
no  cumprimento  de  ditames  da  polí3ca  e  do  
governo.  (Sabbag)  
•  Competência  para  ins3tuir:  
•  Regra  –  União  
•  Exceção  –  Estados,  Municípios,  DF  –  
114  
Contribuição  para  custeio  do  regime  
previdenciário.  
Visam  viabilizar  a  atuação  na  área  
social.  Ex.  CPMF  (saúde),  Contr.  Social  
CONTRIBUIÇÕES   SOCIAIS  
Sobre  o  Lucro  (financiamento  da  
seguridade  social)  

O  produto  da  arrecadação  é  


INTERVENÇÃO  NO  
des3nado  para  um  reforço  
DOMÍNIO  
orçamentário  de  determinada  
ECONÔMICO  
a3vidade.  

Nayron  Toledo    
São  as  des3nadas  a  financiar  
CORPORATIVAS   a3vidades  de  interesses  das  
categorias  profissionais.  

PARA  O  CUSTEIO  DO  


COSIP  –  Veio  para  subs3tuir  a  taxa  de  
SERVIÇO  DE  
iluminação  pública  após  a  súmula  670  
ILUMINAÇÃO  
do  STF  
PÚBLICA  

Para  o  custeio  do   115  


Regime  Próprio  de  
Fomenta  a  aposentadoria  pública  
Previdência  dos  
Servidores  Públicos  
Nayron  Toledo    
OBRIGAÇÃO  TRIBUTÁRIA  

116  
CAMINHO  DA  OBRIGAÇÃO  TRIBUTÁRIA  

Hipótese  de   Fato   Obrigação  


incidência   Gerador   tributária  

Nayron  Toledo    
Crédito  
Dívida  A3va   Lançamento  
Tributário  

Cer3dão  de   Execução   117  


Dívida  A3va   Fiscal  
Direto  (U,  E,  M,  DF)  
Sujeito  A3vo  (art.  119  e  
120  do  CTN)   Indireto  –  Entes  
parafiscais  (CREA,  CRM,  
CRC)  
Elementos  da  Obrigação  

Contribuinte  –  Tem  relação  


direta  com  o  Fato  Gerador  
Sujeito  Passivo  (art.  121  
e  123  do  CTN)  
tributária  

Nayron  Toledo    
Responsável  –  é  3a  pessoa  
escolhida  por  lei  para  pagar  o  
tributo,  sem  que  tenha  realizado  o  
Fato  gerador  

Principal  –  Tributo  
ou  multa  
Objeto  (art.  113  do  CTN)  
Acessória  –  Obrigação  de  
Fazer  ou  não  fazer.  (Ex.  
Entregar  declarações)  
118  

Causa  (art.  114  e  115)  


É  a  situação  definida  
em  lei.  
RESPONSABILIDADE  TRIBUTÁRIA  
RESPONSABILIDADE  
TRIBUTÁRIA  

POR   POR  
SUBSTITUIÇÃO   TRANSFERÊNCIA  

Nayron  Toledo    
“PARA  TRÁS”   SUCESSORES  

“PARA  FRENTE”   SOLIDARIEDADE  

119  

TERCEIROS  
RESPONSABILIDADE  DO  ADQUIRENTE  DE  BENS  

Bens  móveis  
Bens  imóveis  (art.  130  
(art.  131  do  
do  CTN)  
CTN)  

Nayron  Toledo    
Regra  –   Regra  –  
Quem   Quem   Sem  
Exceções:  
adquire  é   adquire  é   exceção.  
responsável   responsável  

Parágrafo  
Parte  final  do  
único  do  art.  
art.  130  –  
130  –  
Prova  de   120  
Arrematação  
quitação  do  
do  imóvel  em  
tributo.  
hasta  pública.  
Responsabilidade  na  sucessão  hereditária  (art.  131,  II  e  III)  

Abertura  da  
sucessão  
Par3lha  ou  
(morte)   adjudicação  

De  cujus   Espólio   Sucessores  


Cônjuge  Meeiro  

•  Contribuinte  até   •  Responsável   pelos   •  Responsável   pelos  

Nayron  Toledo    
sua  morte   tributos   até   a   morte   t r i b u t o s   d o   D e  
do  De  Cujus   Cujus   em   vida   +  
•  Contribuinte   pelos   tributos   entre   a  
t r i b u t o s   e n t r e   a   morte   e   a   par3lha  
morte  até  a  par3lha   q u e   e r a m   d o  
espólio  
•  Contribuinte   pelos  
tributos   a   par3r   da  
par3lha  

121  
Responsabilidade  por  Sucessão  Empresarial  
(  art.  132  do  CTN)  
•  Fusão  -­‐>  A  +  B  =  AB  
•  Incorporação  -­‐>  A  incorpora  B  -­‐>    Ab  
•  Transformação  -­‐>  A  Ltda  -­‐>  A  S/A  
 
A  nova  empresa  criada  responde  por  todos  os  tributos  das  

Nayron  Toledo    
anteriores.  
 
Parágrafo  único.  O  disposto  neste  ar3go  aplica-­‐se  aos  casos  de  
ex3nção   de   pessoas   jurídicas   de   direito   privado,   quando   a  
exploração   da   respecNva   aNvidade   seja   conNnuada   por  
qualquer   sócio   remanescente,   ou   seu   espólio,   sob   a   mesma   ou  
outra  razão  social,  ou  sob  firma  individual.  
122  
Responsabilidade  do  adquirente  de  fundo  de  comércio  ou  
estabelecimento  (art.  133  do  CTN)  

Integralmente   Se  quem  vendeu  cessou  a  


(art.  133,  I)   exploração  
Quem  
adquire  
responde:   Se  o  vendedor  prossegue  na  
exploração  ou  inicia,  em  até  
Subsidiariamente

Nayron  Toledo    
6  meses,  nova  a3vidade  no  
(art.  133,  II)   mesmo  ou  em  outro  ramo  
de  comércio  

Em  processo  de  
Falência*  
Tal  regra  não  se  
aplica:  
Filial  ou  unidade  
produ3va  isolada  em  
Processo  de  
Recuperação  judicial*  
123  
*  Ver  art.  133  parág.  
2º  do  CTN  
Responsabilidade  de  terceiros  
por  atuação  regular  (art.  134)  
Filhos  Menores   •  Pais  
Tutelados  ou  curatelados   •  Tutores  e  curadores  

Nayron  Toledo    
Terceiros   •  Administradores  de  bens  
Espólio   •  Inventariante  
Massa  falida   •  Administrador  
Tributos  oriundos  de  atos  
notariais   •  Notários  
Liquidação  de  sociedade  de   124  
Pessoas   •  Sócio  
Responsabilidade  de  terceiros  
decorrentes  de  atuação  irregular  
•  Art.   135.   São   pessoalmente   responsáveis   pelos   créditos  
correspondentes   a   obrigações   tributárias   resultantes   de   atos  
praNcados   com   excesso   de   poderes   ou   infração   de   lei,   contrato  
social  ou  estatutos:  
•  I  -­‐  as  pessoas  referidas  no  arNgo  anterior;  

Nayron  Toledo    
•  II  -­‐  os  mandatários,  prepostos  e  empregados;  
•  III   -­‐   os   diretores,   gerentes   ou   representantes   de   pessoas   jurídicas  
de  direito  privado.  

•  Redirecionamento   de   ação   execuPva   contra   sócio   de   empresa   (art.135   do  


CTN  somente  se  configura  no  caso  de  ele  ter  agido  com  abuso  de  poder,  
infringência   de   lei   ou   de   contrato   social   no   exercício   da   gerência   ou   de  
outro  cargo  na  Empresa.  Ademais,  carece  também  de  comprovação  que  a  
sociedade   tenha   sido   dissolvida   irregularmente.   (Resp   641.407,   Info   STJ   125  
217)  
 
LANÇAMENTO  TRIBUTÁRIO  
•  Art.  142.  Compete  priva3vamente  à  autoridade  administra3va  
cons3tuir   o   crédito   tributário   pelo   lançamento,   assim  
entendido  o  procedimento  administra3vo  tendente  a  verificar  
a   ocorrência   do   fato   gerador   da   obrigação   correspondente,  
determinar   a   matéria   tributável,   calcular   o   montante   do  

Nayron  Toledo    
tributo   devido,   iden3ficar   o   sujeito   passivo   e,   sendo   caso,  
propor  a  aplicação  da  penalidade  cabível.  
•                  Parágrafo   único.   A   a3vidade   administra3va   de  
lançamento   é   vinculada   e   obrigatória,   sob   pena   de  
responsabilidade  funcional.  

126  
Verificar  a  
ocorrência  do  Fato  
Gerador  

Determinar  a  
matéria  tributável.  

Calcular  o  

Nayron  Toledo    
Lançamento   montante  do  
tributo  devido  

Iden3ficar  o  Sujeito  
Passivo  

Propor,  se  for  


cabível,  a  aplicação   127  
de  penalidade  
Modalidades  de  lançamento  
Modalidades  de  lançamento  

Direito  ou  “De  


Art.  149,  I  do  CTN  
o]cio"  

Nayron  Toledo    
Misto  ou  por  
Art.  147  do  CTN  
declaração  

Por  Homologação  
Art.  150  do  CTN  
ou  autolançamento  
128  
Lançamento  Direito  ou  “de  o8ício”  
 
•  É   aquele   em   que   o   fisco   por   meio   da   autoridade  
administra3va,   dispondo   de   dados   suficientes   em   seus  
registros   para   efetuar   a   cobrança   do   tributo,   o   realiza   sem  
ajuda  do  contribuinte.  Ex.  IPVA,  IPTU  

Nayron  Toledo    
129  
Lançamento  Misto  ou  “Por  Declaração”  
•  É  aquele  realizado  com  base  na  declaração  do  sujeito  passivo  
que  presta  à  autoridade  lançadora  as  informações  necessárias  
à  sua  confecção.  Ex.  II,  IE,  ITBI.  

Nayron  Toledo    
130  
Lançamento  por  Homologação  
•  É  aquele  que  o  contribuinte  auxilia  ostensivamente  o  fisco  na  
a3vidade   do   lançamento,   recolhendo   o   tributo,   antes   de  
qualquer   providência   da   administração,   com   base   no  
montante  que  ele  próprio  mensura.  Ex.  ICMS,  IR,  IPI,    

Nayron  Toledo    
131  
Decadência  
•  É  o  prazo  legal  que  o  Fisco  possui  para  cons3tuir  o  crédito  
tributário  por  meio  de  lançamento  
•  Fundamentação  legal  –  Art.  173,  I  e  150  parag.  4o  do  CTN  
•  Prazo  :  5  anos  
Início  do  prazo  de  decadência  tributária  
REGRA  GERAL   REGRAS  ESPECIAIS  

Nayron  Toledo    
A  par3r  do  1º  dia  do  ano  seguinte   A  par3r  da  data  em  que  se  tornar  
àquele  em  que  o  lançamento  poderia   defini3va  a  decisão  anulatória,  por  vício  
ser  efetuado  (Art.  173,  I)     formal,  do  lançamento  anteriormente  
efetuado.  (art.  173,  II)  

Da  data  do  fato  gerador,  para  os  


tributos  sujeitos  a  homologação.  (art.  
150,  parag.  4º)  
Da  data  da  no3ficação  de  início  da  
cons3tuição  do  crédito  tributário,  de   132  
qualquer  medida  preparatória  
indispensável  ao  lançamento,  se  
anterior  à  regra  geral.  
Regra  do  art.  173,  I  (Lançamentos  
de  o8ício  ou  declaração)  

Nayron  Toledo    
Fato  Gerador   Início  da  
Prazo  de  5   Fim  do  prazo   Decadência  
(Março  de   contagem  
anos   (31/12/2011)   01/01/2012  
2006)   (01/01/2007)  

133  
Regra  por  anulação  de  Lançamento  (art.  173,  II)  

Nayron  Toledo    
Defini3vidade  
Início  da   Lançamento   da  anulação  
Fato  Gerador   5  anos  de   Decadência  
contagem   em   por  vício  
(15/06/2007)   formal   prazo   10/11/2018  
(01/01/2008)   21/04/2011  
10/11/2013  

134  
REGRA  DO  ART.  150,  parag.  4º.  
Lançamento  por  homologação.  

•  É  uma  regra  mais  benéfica  ao  contribuinte,  pois  o  prazo  


começa  a  contar  a  par3r  da  data  do  fato  gerador.  

Nayron  Toledo    
•  Exceções:  Quando  o  contribuinte  não  paga  nenhum  valor  
antecipadamente  ou  se  o  mesmo  age  com  dolo,  simulação  ou  
fraude  para  não  pagar  ou  diminuir  o  valor  devido,  daí  segue  a  
regra  do  art.  173,  I  do  CTN.  

135  
Lançamento  por  homologação  
HOUVE  
PAGAMENTO?  

SIM   NÃO  

Nayron  Toledo    
1º  dia  do  exercício  
Com  Dolo,  Fraude,  
seguinte  (CTN,  art.  
Simulação  
173,  I)  

SIM     NÃO  

136  
1º  dia  do  exercício    Data  do  fato  
seguinte  (CTN,  art.   gerador  (CTN,  art.  
173,  I)   150,  parag.  4º  )  
PRESCRIÇÃO  
•  É   o   prazo   que   o   Fisco   possui   para   ingressar   com   uma   ação  
contra   uma   ação   de   execução   fiscal   contra   o   contribuinte  
devedor.  

Nayron  Toledo    
•  Art.   174.   A   ação   para   a   cobrança   do   crédito   tributário  
prescreve   em   cinco   anos,   contados   da   data   da   sua  
consNtuição  definiNva.  

•  Cons3tuição  defini3va  –  Pode  ser  o  Lançamento  (no3ficação  +  


30  dias  para  pagamento  –  art.  160  do  CTN)  ,  ou  o  trânsito  em  
julgado  da  úl3ma  decisão  administra3va  
137  
Causas  de  interrupção    
•  Art.  174,  parágrafo  único,  I  a  IV  
I  –  Despacho  que  ordena  a  citação  
II  –  Protesto  Judicial  
III  –  Outro  meio  judicial  que  cons3tua  em  mora.  

Nayron  Toledo    
       IV  –  Reconhecimento  do  débito  pelo  devedor.    

138  
CAUSAS  DE  SUSPENSÃO,  EXTINÇÃO  E  
EXCLUSÃO  DO  CRÉDITO  TRIBUTÁRIO  

Nayron  Toledo    
Suspensão   Ex3nção   Exclusão  

Art.  151   Art.  156  


Art.  175  
do  CTN   do  CTN  

139  
Causas  de  Suspensão  do  Crédito  Tributário  
(MODERECOPA)  

MO   •  Moratória  

DE   •  Depósito  do  montante  integral  

Nayron  Toledo    
RE   •  Reclamações  e  Recursos  
Administra3vos  

CO  
•  Concessão  de  liminar  em  Mandado  de  
Segurança  ou  de  tutela  antecipada  em  
outras  ações  

PA   •  Parcelamento   140  
Causas  de  Extinção  do  Crédito  Tributário  

Ex3nção  (art.  156  do  CTN)  


•  Pagamento  
•  Compensação  
•  Transação  
•  Remissão  

Nayron  Toledo    
•  Prescrição  e  Decadência  
•  Conversão  do  Depósito  em  Renda  
•  Pagamento  Antecipado  e  a  homologação  do  lançamento  
•  Consignação  em  pagamento  
•  Decisão  administra3va  irreformável  
•  Decisão  judicial  transitada  em  julgado  
•  Dação  em  pagamento  
141  
EXCLUSÃO  DO  CRÉDITO  
TRIBUTÁRIO  

TRIBUTOS  
ISENÇÃO  (art.  176  

Nayron  Toledo    
do  CTN)  
EFICÁCIA  EX  
NUNC  
EXCLUSÃO  (art.  
175  do  CTN)  
PENALIDADES  
ANISTIA  (art.  180  
do  CTN)    
EFICÁCIA  EX  TUNC   142  
Garantias  
•  Conceito  –  São  regras  que  visam  facilitar  a  entrada  do  Estado  
no  patrimônio  do  par3cular.  

•  Responsabilidade  patrimonial    -­‐  art.  184  do  CTN  

Nayron  Toledo    
Art.   184.   Sem   prejuízo   dos   privilégios   especiais   sobre  
determinados  bens,  que  sejam  previstos  em  lei,  responde  pelo  
pagamento   do   crédito   tributário   a   totalidade   dos   bens   e   das  
rendas,   de   qualquer   origem   ou   natureza,   do   sujeito   passivo,  
seu  espólio  ou  sua  massa  falida,  inclusive  os  gravados  por  ônus  
real  ou  cláusula  de  inalienabilidade  ou  impenhorabilidade,  seja  
qual   for   a   data   da   cons3tuição   do   ônus   ou   da   cláusula,  
excetuados   unicamente   os   bens   e   rendas   que   a   lei   declare   143  
absolutamente  impenhoráveis.  
 
Absolutamente  impenhoráveis  
Art.  649.  São  absolutamente  impenhoráveis:  
I  -­‐  os  bens  inalienáveis  e  os  declarados,  por  ato  voluntário,  não  sujeitos  à  execução;  
II   -­‐   os   móveis,   pertences   e   u3lidades   domés3cas   que   guarnecem   a   residência   do  
executado,   salvo   os   de   elevado   valor   ou   que   ultrapassem   as   necessidades   comuns  
correspondentes  a  um  médio  padrão  de  vida;  

Nayron  Toledo    
 (Redação  dada  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
III   -­‐   os   vestuários,   bem   como   os   pertences   de   uso   pessoal   do   executado,   salvo   se   de  
elevado  valor;  (Redação  dada  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
IV   -­‐   os   vencimentos,   subsídios,   soldos,   salários,   remunerações,   proventos   de  
aposentadoria,  pensões,  pecúlios  e  montepios;  as  quan3as  recebidas  por  liberalidade  de  
terceiro   e   des3nadas   ao   sustento   do   devedor   e   sua   família,   os   ganhos   de   trabalhador  
autônomo   e   os   honorários   de   profissional   liberal,   observado   o   disposto   no   §   3o   deste  
ar3go;  (Redação  dada  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
V  -­‐  os  livros,  as  máquinas,  as  ferramentas,  os  utensílios,  os  instrumentos  ou  outros  bens  
m ó v e i s   n e c e s s á r i o s   o u   ú t e i s   a o   e x e r c í c i o   d e   q u a l q u e r   p r o fi s s ã o ;   144  
(Redação  dada  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
Absolutamente  impenhoráveis  
VI  -­‐  o  seguro  de  vida;  (Redação  dada  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
VII   -­‐   os   materiais   necessários   para   obras   em   andamento,   salvo   se   essas   forem  
penhoradas;    (Redação  dada  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
VIII  -­‐  a  pequena  propriedade  rural,  assim  definida  em  lei,  desde  que  trabalhada  
pela  família;  (Redação  dada  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
IX   -­‐   os   recursos   públicos   recebidos   por   ins3tuições   privadas   para   aplicação  

Nayron  Toledo    
c o m p u l s ó r i a   e m   e d u c a ç ã o ,   s a ú d e   o u   a s s i s t ê n c i a   s o c i a l ;  
(Redação  dada  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
X   -­‐   até   o   limite   de   40   (quarenta)   salários   mínimos,   a   quan3a   depositada   em  
caderneta  de  poupança.  (Redação  dada  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
XI   -­‐   os   recursos   públicos   do   fundo   par3dário   recebidos,   nos   termos   da   lei,   por  
par3do  polí3co.  (Incluído  pela  Lei  nº  11.694,  de  2008)  
§  1o    A  impenhorabilidade  não  é  oponível  à  cobrança  do  crédito  concedido  para  a  
aquisição  do  próprio  bem.  (Incluído  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
§   2o     O   disposto   no   inciso   IV   do   caput   deste   ar3go   não   se   aplica   no   caso   de  
p e n h o r a   p a r a   p a g a m e n t o   d e   p r e s t a ç ã o   a l i m e n • c i a .  
145  
(Incluído  pela  Lei  nº  11.382,  de  2006).  
Bem  de  família  
•  Art.  1º  O  imóvel  residencial  próprio  do  casal,  ou  da  enNdade  
familiar,  é  impenhorável  e  não  responderá  por  qualquer  3po  
de   dívida   civil,   comercial,   fiscal,   previdenciária   ou   de   outra  
natureza,  contraída  pelos  cônjuges  ou  pelos  pais  ou  filhos  que  
sejam  seus  proprietários  e  nele  residam,  salvo  nas  hipóteses  

Nayron  Toledo    
previstas  nesta  lei.  
•  Parágrafo   único.   A   impenhorabilidade   compreende   o   imóvel  
sobre   o   qual   se   assentam   a   construção,   as   plantações,   as  
benfeitorias   de   qualquer   natureza   e   todos   os   equipamentos,  
inclusive   os   de   uso   profissional,   ou   móveis   que   guarnecem   a  
casa,  desde  que  quitados.  

146  
Art.   3º   A   impenhorabilidade   é   oponível   em   qualquer   processo   de  
execução   civil,   fiscal,   previdenciária,   trabalhista   ou   de   outra   natureza,  
salvo  se  movido:  
 
I  -­‐  em  razão  dos  créditos  de  trabalhadores  da  própria  residência  e  das  
respec3vas  contribuições  previdenciárias;  
II   -­‐   pelo   3tular   do   crédito   decorrente   do   financiamento   desNnado   à  
construção   ou   à   aquisição   do   imóvel,   no   limite   dos   créditos   e  
acréscimos  cons3tuídos  em  função  do  respec3vo  contrato;  

Nayron  Toledo    
III  -­‐-­‐  pelo  credor  de  pensão  alimen…cia;  
IV   -­‐   para   cobrança   de   impostos,   predial   ou   territorial,   taxas   e  
contribuições  devidas  em  função  do  imóvel  familiar;  
V  -­‐  para  execução  de  hipoteca  sobre  o  imóvel  oferecido  como  garan3a  
real  pelo  casal  ou  pela  en3dade  familiar;  
VI  -­‐  por  ter  sido  adquirido  com  produto  de  crime  ou  para  execução  de  
sentença   penal   condenatória   a   ressarcimento,   indenização   ou  
perdimento  de  bens.  
VII   -­‐   por   obrigação   decorrente   de   fiança   concedida   em   contrato   de   147  
locação.  (Incluído  pela  Lei  nº  8.245,  de  1991)  
Presunção  de  Fraude    
•                  Art.   185.   Presume-­‐se   fraudulenta   a   alienação   ou  
oneração   de   bens   ou   rendas,   ou   seu   começo,   por   sujeito  
passivo   em   débito   para   com   a   Fazenda   Pública,   por   crédito  
tributário   regularmente   inscrito   como   dívida   aNva.
(Redação  dada  pela  Lcp  nº  118,  de  2005)  

Nayron  Toledo    
 
•         Parágrafo  único.  O  disposto  neste  ar3go  não  se  aplica  na  
hipótese   de   terem   sido   reservados,   pelo   devedor,   bens   ou  
rendas  suficientes  ao  total  pagamento  da  dívida  inscrita.  

148  
PENHORA  ONLINE  
Art.  185-­‐A.  Na  hipótese  de  o  devedor  tributário,  devidamente  citado,  não  pagar  nem  
apresentar   bens   à   penhora   no   prazo   legal   e   não   forem   encontrados   bens  
penhoráveis,   o   juiz   determinará   a   indisponibilidade   de   seus   bens   e   direitos,  
comunicando   a   decisão,   preferencialmente   por   meio   eletrônico,   aos   órgãos   e  
enNdades   que   promovem   registros   de   transferência   de   bens,   especialmente   ao  
registro   público   de   imóveis   e   às   autoridades   supervisoras   do   mercado   bancário   e  

Nayron  Toledo    
do  mercado  de  capitais,  a  fim  de  que,  no  âmbito  de  suas  atribuições,  façam  cumprir  
a  ordem  judicial.          (Incluído  pela  Lcp  nº  118,  de  2005)  
 
                §   1o   A   indisponibilidade   de   que   trata   o   caput   deste   arNgo   limitar-­‐se-­‐á   ao   valor  
total   exigível,   devendo   o   juiz   determinar   o   imediato   levantamento   da  
indisponibilidade   dos   bens   ou   valores   que   excederem   esse   limite.          
(Incluído  pela  Lcp  nº  118,  de  2005)  
 
               §  2o  Os  órgãos  e  en3dades  aos  quais  se  fizer  a  comunicação  de  que  trata  o  caput  
deste   ar3go   enviarão   imediatamente   ao   juízo   a   relação   discriminada   dos   bens   e  
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direitos  cuja  indisponibilidade  houverem  promovido.  
   (Incluído  pela  Lcp  nº  118,  de  2005)  
Preferências  
Ordem  de  classificação  do  créditos  na  falência  
1º   Trabalhistas,  até  150  Salários  Mínimos  por  credor  
2º   Com  garan3a  real  
3º   Tributários,  excetuadas  as  multas  tributárias  

Nayron  Toledo    
4º   Com  privilégio  especial  
5º   Com  privilégio  real  
6º   Quirografários  
7º   Multas  em  geral  
8º   Créditos  subordinados  

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