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O SENADO ROMANO
E SUA
CONTRIBUIÇÃO PARA A
FORMAÇÃO DO SENADO BRASILEIRO
2
SUMÁRIO
Introdução ........................................ 3
1. Origem das lideranças .............................. 4
2. O Senado Romano ................................. 6
2.1 História .......................................... 6
2.2 Atribuições ....................................... 11
3. O Senado Brasileiro ................................ 14
3.1. Panorama brasileiro antes da independência ............. 14
3.2. Origem .......................................... 15
3.3. História .......................................... 15
3.4. Atribuições ...................................... 21
4. Contribuição do Senado Romano para o Senado Brasileiro .. 25
Conclusão ....................................... 27
Referências Bibliográficas .......................... 28
3
INTRODUÇÃO
4
1. ORIGEM DAS LIDERANÇAS
Podemos dizer que o primeiro grupo social foi à família, que aos poucos
foi crescendo e já não mais abrangia apenas pai, mãe e filhos; nesse momento a
família chegou a ser composta de centenas ou milhares de pessoas.1
Temos notícia, através dos estudiosos de antigas culturas, que tal forma
de conselho também esteve presente nas civilizações hebraicas, micênicas, gregas
e romanas, entre outras2.
1
COULANGES, Fustel: A cidade antiga. São Paulo: Martins Claret, 2001. p. 127.
2
CHACON, Vamireh: História institucional do senado no Brasil. Brasília: Senado Federal,
1997. p. 7
5
Sabemos que a organização política romana, aperfeiçoada a partir da
herança grega, foi uma das mais perfeitas e duradouras da antiguidade; e por ter
permanecido tanto tempo viva, é sobre ela que nos debruçaremos a seguir.
6
2. O SENADO ROMANO
2.1. História
O elo fundamental das tribos que formavam uma cidade, era a crença em
um deus comum. Por este motivo, a cidade romana manteve as mesmas
características da família do princípio de sua formação; apenas mudava a
denominação do título dado ao líder, que agora era o rex. Teve início então o
período da realeza.
3
COULANGES, Fustel: A cidade antiga. São Paulo: Martins Claret, 2001. p. 127-44.
7
Quando a realeza foi destronada por uma revolução dos patrícios e dos
militares em 510 antes de Cristo, instaurou-se em Roma uma nova forma de
governo, a República.
No auge da república, o estado romano era tão vasto quanto grandes eram
as lutas internas pelo poder. Os cônsules que deveriam permanecer apenas um ano
no exercício, através de intrigas e traições tudo faziam para permanecer mais
tempo no poder.
8
César nomeou-se ditador perpétuo e governou Roma entre os anos 48 e 44
antes de Cristo, quando foi assassinado por um grupo de senadores.4 Durante o
seu governo, chamado de dominatus ou monarquia absoluta, Júlio César fez
algumas alterações na legislação romana, no recenseamento dos cidadãos, e no
calendário; que passou a ter um mês denominado julho, em sua homenagem.
Augusto governou até o ano 14 de nossa era. Seu governo foi uma época
de paz e desenvolvimento econômico e fortalecimento das instituições imperiais.
Augusto também alterou o calendário criando o mês de agosto em sua
homenagem, tal qual Júlio César.
9
Europa, Ásia e África; a organização econômica era eficiente; e nenhum povo
ousava enfrentar o poderio romano.
10
dos imperadores morria até que um outro fosse escolhido para sucedê-lo, o outro
imperador ampliava seus poderes e reinava sobre todo o Império Romano, sem
questionamentos. 7
7
CRETELLA JÚNIOR, José: Curso de direito romano: o direito romano e o direito civil
brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2001. p. 42.
11
fonte do direito romano, e servindo de fundamento para o estabelecimento e
desenvolvimento do direito da atualidade.8
2.2. Atribuições
Ele teve uma forte presença nas três fases do império romano, que durou
aproximadamente treze séculos. Mesmo tendo oscilações de poder, o senado
estava incrustado nas bases da organização política da sociedade romana.
8
ALVES, José Carlos Moreira: Direito romano. Rio de Janeiro: Forense, 2000. p. 46-8.
9
CRETELLA JÚNIOR, José: Curso de direito romano: o direito romano e o direito civil
brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2001. p.26-7.
12
pois este cargo, apesar de vitalício, não era preenchido por hereditariedade ou
eleição. 10
10
ALVES, José Carlos Moreira: Direito romano. Rio de Janeiro: Forense, 2000. p. 8-9.
11
ALVES, José Carlos Moreira: Direito romano. Rio de Janeiro: Forense, 2000. p. 13-16.
12
Museu Eletrônico do Senado Federal in http: www.senadofederal.gov.br/web/setimas.htm
capturado em 04.10.2001.
13
Até então somente os bem nascidos, os patrícios, podiam ser senadores. Foi mais uma conquista
da plebe em sua antiga luta pela igualdade na sociedade romana.
13
Durante o seu governo, Augusto reduziu o número de senadores para
seiscentos, quando então esse órgão político pôde funcionar como deveria.
Foi durante o alto império que o senado teve uma mais poderosa
representatividade, agora além de órgão consultivo ele partilhava do poder com o
imperador e também legislava.
14
ALVES, José Carlos Moreira: Direito romano. Rio de Janeiro: Forense, 2000. p. 32.
14
3. O SENADO BRASILEIRO
15
forçado a romper os laços com Portugal e proclamar a independência do Brasil,
em 07 de setembro de 1822.
3.2. Origem
3.3. História
16
Em março de 1824 foi outorgada a primeira constituição brasileira: a
Constituição Política do Império do Brasil. Essa constituição definia o Brasil
como uma monarquia de política moderada exercida pelo imperador; além desse
poder moderador, estabelecia ainda os poderes legislativos, executivos e
judiciários. O Poder Legislativo era delegado a uma Assembléia-Geral, formada
pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, sancionada pelo Imperador; o Poder
Executivo era atribuição do Imperador e seus ministros, e o Poder Judicial
abrangia os juízes e jurados. 16
16
CHACON, Vamireh: História institucional do senado no Brasil. Brasília: Senado Federal,
1997. pp. 34-38.
17
Em virtude de serem nomeados os mais velhos, e a estimativa de vida da
época não ser muito longa, Dom Pedro I precisou nomear, entre 1824 e 1832
quando abdicou em favor de seu filho e retornou a Portugal, mais onze senadores
por falecimento dos nomeados anteriormente.
O Congresso Nacional era eleito pelo povo, sendo que cada estado e o
distrito federal elegiam três senadores, com mandato de nove anos. 17
17
Museu Eletrônico do Senado Federal in http: www.senadofederal.gov.br/web/setimas.htm
capturado em 04.10.2001.
18
Essas correntes e fizeram surgir um inconformismo entre políticos e
militares, que culminou com a Revolução de outubro de 1930, que depôs o
presidente Washington Luís e colocou no poder Getúlio Vargas que assumindo as
funções de poder executivo e legislativo. Vargas suspendeu a Constituição de
1891 e dissolveu o Congresso Nacional, e o presidente eleito em 1930, Júlio
Prestes, não assumiu o poder.18
18
Museu Eletrônico do Senado Federal in http: www.senadofederal.gov.br/web/setimas.htm
capturado em 04.10.2001.
19
Museu Eletrônico do Senado Federal in http: www.senadofederal.gov.br/web/setimas.htm
capturado em 04.10.2001.
19
Em 1950 Getúlio Vargas é novamente eleito presidente. No entanto
começou a perder o apoio dos parlamentares, o que dificultou a execução de suas
funções. Abandonado por todos e sem apoio militar, Vargas suicidou-se em 24 de
agosto de 1954. Assumiu o governo o vice-presidente Café Filho que postulava
uma ação contrária a estatização e favorável ao ingresso do capital estrangeiro.
20
da República. O Ato Institucional nº 3, de fevereiro de 1966, instituiu eleições
indiretas para governo de estado.
“Em outubro de 1966, o Congresso Nacional foi fechado, só reabrindo
para aprovar a Constituição de 1967 e eleger o candidato único Marechal Costa e
Silva para a Presidência da República. A Constituição de 1967, originária de
projeto elaborado pelo Governo, foi aprovada praticamente sem discussões, em
janeiro de 1967, com regras determinadas pelo Ato Institucional nº 4, de
dezembro de 1966”.20
20
Museu Eletrônico do Senado Federal in http: www.senadofederal.gov.br/web/setimas.htm cap
turado em 04.10.2001.
21
Museu Eletrônico do Senado Federal in http: www.senadofederal.gov.br/web/setimas.htm
capturado em 04.10.2001.
21
3.4. Atribuições
22
privativo de processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, funcionários do
executivo e do judiciário dos níveis mais elevados, como o presidente e o vice-
presidente da república e os ministros do Supremo Tribunal Federal. É também
responsabilidade do Senado Federal: aprovar por voto secreto a escolha de:
Magistrados; Ministros do Tribunal de Contas da União; Governador de
Território; Presidente e diretores do Banco Central; Procurador-Geral da
República; aprovar a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter
permanente; autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, entre outras.
“Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e
votos.
§ 1º - Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados
criminalmente, sem prévia licença de sua Casa.
§ 2º - O indeferimento do pedido de licença ou a ausência de deliberação
suspende a prescrição enquanto durar o mandato.
§ 3º - No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, dentro
de vinte e quatro horas, à Casa respectiva, para que, pelo voto secreto da maioria
de seus membros, resolva sobre a prisão e autorize, ou não, a formação de culpa.
§ 4º - Os Deputados e Senadores serão submetidos a julgamento perante o
Supremo Tribunal Federal.
...
§ 7º - As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de
sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da
23
Casa respectiva, nos casos de atos, praticados fora do recinto do Congresso, que
sejam incompatíveis com a execução da medida.
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia,
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de
serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que
sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer
função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades
referidas no inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere
o inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das
sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta
autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no
regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso
Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.”
24
4. CONTRIBUIÇÃO DO SENADO ROMANO PARA O SENADO
BRASILEIRO
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poderá até a decisão final sustar o andamento do processo. Essa emenda para
entrar em vigor ainda terá que ser votada em segundo turno, o que deve acontecer
no início do ano de 2002.
Este é um assunto muito polêmico. Não nos parece correto nem justo um
indivíduo não responder de imediato pelos seus atos apenas pelo fato de ser
integrante de um cargo legislativo e estar investido dessa imunidade que mais nos
parece “impunidade”.
26
CONCLUSÃO
27
aprofundar nesse assunto, pois percebemos que na Câmara dos Deputados reside
uma maior conformidade com as atribuições do senado da antiguidade.
28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALVES, José Carlos Moreira: Direito romano. Rio de Janeiro: Forense, 2000. v.1.
COULANGES, Fustel: A cidade antiga. São Paulo: Martins Claret, 2001. 421 p.
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