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A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e a liberdade de orientação sexual:

interpretação do caso brasileiro

Aruanã Emiliano Martins Pinheiro Rosa1

Resumo
O presente artigo procura verificar e analisar se através da Declaração Universal dos Direitos Humanos
(DUDH) proclamada pela Organização das Nações Unidas em 1948, a sociedade civil brasileira, em especial a
comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros), vivenciou uma redução das
desigualdades no que se refere a essa parcela populacional. A partir da DUDH, que se tornou um marco na promoção
dos direitos humanos no mundo, procura-se verificar nas políticas públicas brasileiras a sua influência no que concerne
ao desenvolvimento de ações para reduzir a violência e discriminação contra a população LGBT. Ademais, é preciso
que sociedade civil e governo busquem um diálogo que se traduza em políticas sociais que, com efeito, reduzam os
casos de discriminação que esse grupo sofre no país, pautados pela ideia inicial de que todos possuem direitos e
liberdades iguais.

Palavras-chave: ONU; LGBT; BRASIL; POLÍTICAS PÚBLICAS.

Introdução

O advento da globalização trouxe aos Estados e à sociedade civil brasileira, significativas


mudanças no que concerne a promoção de direitos e conquista de liberdades. Nos períodos mais
recentes, tem-se vivenciado uma crescente mobilização social, seja impulsionado pela demanda
civil por uma sociedade mais igualitária, ou pelas pressões que organismos internacionais realizam
no sentido de possibilitar a camadas populacionais historicamente excluídas, uma maior inserção
em seu meio social.
A Organização das Nações Unidas (ONU) surge, em 1948, após o colapso da Segunda
Guerra Mundial, como entidade promotora dos valores universais dos direitos humanos e no intuito
de trazer a sociedade uma paz que as nações não experimentavam há alguns anos, devido às
corridas imperialistas que se travaram nos séculos anteriores. Este artigo se propõe a analisar como
a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 contribuiu para posteriores implementação
de políticas públicas pelos Estados, e como os agentes não governamentais também se utilizam
dessa base instrumental para lutar por melhorias na sociedade e para criar cada vez mais, uma rede

1
Graduando em Relações Internacionais na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). E-mail:
aruana13@hotmail.com.

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de ativismo social que visa estabelecer, seja em âmbito nacional ou internacional, a promoção de
políticas de interesse coletivo.
A população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), historicamente
foi vítima de discriminação e violência na sociedade brasileira.
Em seu Artigo (I), a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada na
Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, proclamam que “todas as
pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem
agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”.
Entretanto, ainda é recente, no caso do Estado brasileiro, a preocupação com essa parcela
populacional uma vez que somente a partir da década de 80 e 90 que se percebe atuação do governo
federal diante dessa problemática. No ano de 2002, por exemplo, é criado o Programa Nacional de
Direitos Humanos 2 (PNDH 2) , onde entre suas diversas ações estava presente a expressão
orientação sexual como liberdade do indivíduo.
A criação e instalação do Comitê Nacional de Políticas Públicas LGBT no ano de 2014,
exemplifica uma mudança que se almeja, resguardando direitos e proteção a essa comunidade. O
interesse do Brasil em respeitar os direitos humanos e sua crescente busca por uma sociedade
baseada no respeito ao próximo e que assegure a todos, sem distinção, uma vida digna a pessoa
humana, demonstra o desejo do país em estar de acordo com os princípios das Nações Unidas.
A sociedade civil, as organizações não governamentais, as políticas públicas criadas e as
ações governamentais, assim como a sociedade civil organizada e o ativismo da população,
baseados no documento histórico de promoção dos direitos humanos que é a DUDH, serão objetos
de análise desse artigo, que irá buscar trazer uma reflexão e discussão de como essas ações
coordenadas podem trazer melhorias para a sociedade como objeto de convivência pacífica e
respeitadora de todos os indivíduos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas como instrumento de
preservação da dignidade humana
As grandes perdas socioeconômicas e políticas advindas do legado da Segunda Guerra
Mundial levaram as nações a buscarem instrumentos de cooperação que fossem capazes de diminuir
esses danos, além de proporcionarem uma convergência de políticas sociais que priorizassem a
dignidade humana e o respeito a seus direitos individuais.

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A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) de 1948 veio a trazer novas
perspectivas frente ao fracasso que foi a Liga das Nações – uma tentativa de promover a cooperação
multilateral entre os Estados do sistema internacional, mas que não vigorou nos anos seguintes –
demonstrando que, apesar das fortes consequências do conflito mundial citado anteriormente, os
países estavam dispostos a comprometerem-se internacionalmente com as questões humanitárias,
que mais que socialmente, poderiam trazer reflexos internos e externos.
A comunidade internacional viu-se compelida e sensibilizada a estabelecer princípios
condizentes com a nova realidade do cenário mundial, onde Estados Unidos da América (EUA), no
ano de 1991, iriam prevalecer como bloco capitalista dominante no sistema internacional,
derrotando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) no que ficou conhecido como
Guerra Fria. Como aponta SATO (2000) “o fim da Guerra Fria teve um papel importante na
mudança da agenda internacional. A mudança não apareceu de modo tão evidente na composição
dessa agenda, mas sim no grau de importância atribuída às diversas questões”, e entre essas
questões estavam à seguridade aos direitos humanos individuais.
Com adesão inicial de cinquenta países, a DUDH, contou com amplo apoio das nações que,
mais que preocupadas em gerir uma sociedade necessitada de proteção social, era uma sociedade
que necessitava garantir direitos individuais igualitários, uma vez que antes de 1948, não se tinha
estabelecido de forma detalhada e universal, os direitos humanos em suas peculiaridades.
Internacionalmente, os seus reflexos foram de grande importância para todos aqueles
participantes do sistema internacional, entendendo este como formado pelos Estados e pelas
instituições fora de seu aparato de poder, como as Organizações não governamentais (ONG’s) e os
movimentos sociais que de forma direta ou indireta, influenciam as politicas estatais.
A comunidade internacional ganhou um relevante documento de apoio para produção de
futuras políticas públicas, que além de buscar atender as demandas coletivas, procuram dinamizar a
sociedade e diminuir suas desigualdades.
O Brasil, assim como outros países, sofreu influência pós DUDH, onde a pauta por uma
sociedade mais igualitária passou a ter mais relevância, especialmente no período da
redemocratização brasileira. A Constituição de 1988 vai concretizar esse compromisso do governo
brasileiro com a nova ordem global que se consolidava, pautada num maior comprometimento com
os direitos humanos.
O Brasil e o Lampião da Esquina: o início da luta pelos direitos dos homossexuais

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O ano de 1970 no Brasil trazia consigo grandes mudanças e um cenário de muita
instabilidade, uma vez que havia sido instaurada desde o ano de 1964 a ditadura militar, e os anos
mais repressivos da história brasileira estavam se desenvolvendo. Logo em 1968, o AI-5, repreendia
os movimentos sociais e tudo o que fosse contrário às forças politicas instaladas que regiam o país.
Como consta em seu Artº 4, o Ato Institucional Nº 5, dava plenos poderes ao Presidente e ao
regime que se estabelecera, podendo o mesmo limitar as pessoas a exercerem seus direitos,
alegando que:
No interesse de preservar a Revolução, o Presidente da República, ouvido o
Conselho de Segurança Nacional, e sem as limitações previstas na
Constituição, poderá suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos
pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e
municipais (SENADO FEDERAL, ATO INSTITUCIONAL Nº 5, 1968,
p.2).

O movimento LGBT no Brasil surge então com mais força a partir dos anos 70 e 80,
tomando como data de início o ano de 1978, em que a pauta primeiramente era o direito dos
homossexuais e, posteriormente abrangendo os LGBTs, e como aponta ROSSI (2010) “também
estamos tomando essa data como ponto de partida porque grande parte do movimento no Brasil a
considera a data inicial das atividades, associada à criação do primeiro grupo homossexual no
Brasil, o Grupo Somos, em São Paulo”.
A organização dessa população, mesmo que na clandestinidade, seja pela repressão que
sofriam pela ditadura militar, ou pela discriminação que vivenciavam pela própria sociedade
brasileira, foi primordial para os posteriores desdobramentos que ocorreram no movimento.
Inicialmente, é o movimento homossexual que se organiza para lutar pela livre orientação
sexual e seu exercício e como aponta FACCHINI:
O movimento homossexual tem seu surgimento no Brasil, registrado
pela bibliografia sobre o tema, na segunda metade dos anos 1970. O termo
movimento homossexual é aqui entendido como o conjunto das associações
e entidades, mais ou menos institucionalizadas, constituídas com o objetivo
de defender e garantir direitos relacionados à livre orientação sexual e/ou
reunir, com finalidades não exclusivamente, mas necessariamente políticas,
indivíduos que se reconheçam a partir de qualquer uma das identidades
sexuais tomadas como sujeito desse movimento (FACCHINI, 2003, p.84).

O jornal Lampião da Esquina que começou a circular a partir do ano de 1978 como mídia
alternativa, trouxe como eixo principal a temática dos homossexuais e sua exclusão da sociedade
brasileira, assim como a marginalização das minorias sociais, procurando tirar do “gueto” essas

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pessoas que sofriam e ainda sofrem violência na sociedade brasileira, como demonstra o segundo
Relatório sobre Violência Homofóbica 2012, onde apontam que:

Em 2012, foram registradas pelo poder público 3.084 denúncias de 9.982


violações relacionadas à população LGBT, envolvendo 4.851 vítimas e
4.784 suspeitos. Em setembro ocorreu o maior número de registros, 342
denúncias. Em relação a 2011 houve um aumento de 166,09% de denúncias
e 46,6% de violações, quando foram notificadas 1.159 denúncias de 6.809
violações de direitos humanos contra LGBTs, envolvendo 1.713 vítimas e
2.275 suspeitos (RELATÓRIO SOBRE VIOLÊNCIA HOMOFÓBICA NO
BRASIL: ANO DE 2012, p. 18).

Cabe ressaltar ainda que esses dados demonstram apenas as denúncias que chegaram ao
conhecimento do governo federal, sendo a violência contra os LGBTs muito mais numerosa, na
medida em que as violações dos direitos humanos ocorrem diariamente sem necessariamente serem
denunciadas.
O contexto político da época favorecia o surgimento e crescimento de grupos sociais que
contestassem a logica vigente, uma vez que a repressão politica e social dominavam a sociedade
brasileira, já que o regime estabelecido proibia qualquer tipo de busca por informações que não
estivessem ligadas ao governo estabelecido.
Os movimentos sociais, assim como toda a população brasileira, sofreram com esses anos de
repressão e falta de liberdade. As ruas se tornaram palco de verdadeiras prisões arbitrárias e atos
violentos por parte da polícia do regime, que além de violentar, promovia prisões sem maiores
explicações.
A medida que os anos se passaram e o contexto econômico, político e social ficaram
instáveis a ponto de não se sustentarem mais, a ditadura militar perdeu força e aos poucos a
sociedade civil brasileira foi se manifestando, seja pela formação de organizações que lutassem pela
causa dos homossexuais, seja coalização política que procuravam realizar para contestar o regime.
Com o Lampião da Esquina, um importante passo foi dado pelo reconhecimento dos direitos
dos homossexuais no Brasil, reafirmando que era preciso desfazer a imagem do homossexual
estereotipado pela sociedade brasileira e que enquanto sujeito de direito, ele deveria exercer sua
sexualidade com liberdade:
Mostrando que o homossexual recusa para si e para as demais minorias a
pecha de casta, acima ou abaixo das camadas sociais; que ele não quer viver
em guetos, nem erguer bandeiras que o estigmatizem; que ele não é um
eleito nem um maldito; e que sua preferência sexual deve ser vista dentro do
contexto psicossocial da humanidade como um dos muitos traços que um

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caráter pode ter. LAMPIÃO deixa bem claro o que vai orientar a sua luta:
nós nos empenharemos em desmoralizar esse conceito que alguns nos
querem impor – que a nossa preferência sexual possa interferir
negativamente em nossa atuação dentro do mundo em que vivemos
(LAMPIÃO, 1978, p.2).

Em sua edição experimental, o jornal demonstrava preocupação em dar voz a essa


população e a transformar a realidade em que essas pessoas viviam, procurando através desse
veículo midiático construir uma sociedade pautada na diversidade e no reconhecimento dessas
pessoas como seres humanos, e FERREIRA afirma que:
O gueto é a grande preocupação do Lampião em sua fase inicial. Em um
período onde as violências morais e físicas contra os homossexuais eram
grandes, o principal desafio além o de se assumir para ser aceito era lutar
pelo fato dos homossexuais serem seres humanos e portanto terem direitos
sociais, garantidos pela própria Constituição Federal, embora esses direitos
tenham ficado mais assegurados a partir da chamada Constituição Social de
1988 (FERREIRA, 2010, p.5). Itálicos do autor.

Ao longo de suas edições, o Lampião da Esquina trouxe para discussão a problemática que
outras parcelas populacionais enfrentavam na época, como os índios, as lésbicas e os negros,
entendidas como minorias que necessitavam de voz na mídia para serem protagonistas de sua
própria história.
O jornal tem seu término no ano de 1981, e como aponta FERREIRA (2010) “em suas
ultimas edições o periódico se tornou mais ousado e explicito, contendo ensaios sensuais e cada vez
tratando de assuntos mais polêmicos, dentre eles: masturbação, sadomasoquismo, transexualismo
dentre outros.”
O Grupo SOMOS – Grupo de Afirmação Homossexual, surge no Brasil também a época da
ditadura militar, no ano de 1978, e demonstra que apesar do contexto repressivo vivido naquele
momento, diversos grupos surgem para lutar pelos direitos civis que muitas vezes estavam negados
a população.
Apesar de ser um dos primeiros grupos a lutar pelo direito dos homossexuais no Brasil, o
SOMOS não deixou de enfrentar problemas internos, e segundo ROSSI:
Ao longo de sua existência, cada vez mais o grupo ia se dividindo, e
novos grupos foram surgindo, como a inserção das lésbicas no grupo, surgiu
o Grupo Lésbico-feminista que posteriormente se separou. As posições
ideológicas dos militantes daquela época levaram ao primeiro grande racha
dentro do movimento. A ala do Somos que defendia uma unificação do

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movimento homossexual com os demais movimentos vinculados à esquerda
foi perdendo força (ROSSI, 2010, p. 73).

Com essa crescente divisão dentro do próprio grupo, no ano de 1983 o grupo tem seu fim
decretado, deixando como legado a luta primordial contra uma sociedade machista e outros grupos
surgiriam inspirados no ativismo deste grupo.
A década de oitenta no Brasil é marcada pelo período conhecido como a redemocratização
brasileira e a abertura política começa a proporcionar a população uma maior articulação na luta
pelos seus direitos sociais e políticos, uma vez que os anos anteriores foram representados pela falta
de liberdade de expressão e direitos. O movimento homossexual aparece com maior força, e ROSSI
aponta que:
A partir da década de 1980, os movimentos de cidadania e direitos
homossexuais se espalharam por todo o Brasil – Grupo Gay da Bahia;
Grupo Dialogay (Sergipe); Grupo Atobá e Triângulo Rosa (Rio de Janeiro);
Grupo Dignidade(Curitiba); Grupo Gay do Amazonas; dentre outros. Eles
mantinham entre si a reivindicação de direitos e a afirmação de uma
identidade, lutando contra todas as expressões de discriminação (ROSSI,
2010, p. 74).

A década de oitenta então demonstra que, com o consequente enfraquecimento da ditadura


militar brasileira e o posterior processo de redemocratização que o país viveria após 1985, e as
eleições diretas para presidente, diversas organizações de cunho social e político surgem para lutar
por uma sociedade mais igualitária e que respeitasse a diversidade humana. Cabe ressaltar ainda que
foi durante esse período que o movimento dos homossexuais se aproximou com as políticas do
Estado brasileiro, visto que foram registrados os primeiros casos de AIDS no país e a posterior
preocupação do poder público e do movimento em combater a doença, geralmente associada a essa
parcela da população.
Ao passar dos anos, e principalmente pós década de 1980, o movimento de luta pela
liberdade de orientação sexual no Brasil ganha um novo capítulo com a criação da Associação
Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros (ABGLT), no ano de 1995, que além de
abranger os homossexuais em suas lutas, passou a incluir outros segmentos estigmatizados pela
sociedade brasileira. Para tanto, em sua Carta de Princípios, a ABGLT afirma que:
O Brasil é um dos países que mais viola os direitos humanos de
gays, lésbicas e travestis. Acreditamos, entretanto, que esse quadro pode ser

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modificado e que há condições para tanto, apesar de tudo. A ABGLT -
Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis surge como mais uma
alternativa para os que acreditam na possibilidade de uma vida mais justa,
alegre, fraterna e solidária (CARTA DE PRINCÍPIOS DA ABGLT, 1995).

Com a criação da ABGLT diversas outras organizações, coletivos ou agrupamentos de


pessoas e as organizações não governamentais, mesmo sem filiação a essa entidade, passaram a se
desenvolver, fortalecidas pela possibilidade de mudanças que poderiam empreender com um
movimento mais forte e unido. Além disso, com o processo de redemocratização brasileiro, o
Estado passa a atuar de forma em conjunto com algumas dessas organizações para enfrentamento
seja em âmbito econômico, político ou social, da discriminação e violência sofrida pela população
LGBT na sociedade brasileira.
A partir do ano de 2002, movimento LGBT e Governo Federal passam a dialogar de forma
mais acentuada, na medida em que foram criados anos mais tarde, programas e ações de combate a
discriminação e violência contra LGBTs, como o Programa Brasil sem Homofobia (BSH) e o Plano
Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, analisados posteriormente neste
artigo.
O Brasil e as Políticas Públicas para LGBTs: o Programa Brasil sem Homofobia e o Plano
Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT

A maior articulação do Movimento LGBT no período pós década de oitenta e a crescente


demanda por parte do movimento para que o poder público desse uma resposta frente às
necessidades dessa população são um dos fatores responsáveis pela elaboração das políticas
públicas que mais tarde iriam surgir como articulação entre governo brasileiro e sociedade civil.
No ano de 2004 é lançado através da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), o
Programa Brasil sem Homofobia (BSH), com vista a garantir direito a liberdade e dignidade da
população LBGT no Brasil.
O Programa fazia parte do Plano Purianual-2004-2007 do governo federal, onde um dos
pontos se referia à promoção dos direitos humanos de homossexuais:
O Plano Plurianual - PPA 2004-2007 definiu, no âmbito do
Programa Direitos Humanos, Direitos de Todos, a ação denominada
Elaboração do Plano de Combate à Discriminação contra Homossexuais.
Com vistas em efetivar este compromisso, a Secretaria Especial de Direitos

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Humanos lança o Brasil Sem Homofobia - Programa de Combate à
Violência e à Discriminação contra GLTB e de Promoção da Cidadania
Homossexual, com o objetivo de promover a cidadania de gays, lésbicas,
travestis, transgêneros e bissexuais, a partir da equiparação de direitos e do
combate à violência e à discriminação homofóbicas, respeitando a
especificidade de cada um desses grupos populacionais (CONSELHO
Nacional de Combate à Discriminação, 2004, p. 11).

O presidente a época, era Luís Inácio Lula da Silva, Lula, que como aponta
DANILIAUSKAS (2011) “quando Lula assumiu a presidência, realizou, em seu primeiro ano, uma
importante reforma ministerial: criou as secretarias especiais ligadas diretamente à Presidência da
República”. Ainda segundo o autor, essas reformas possibilitaram maior diálogo e parceria diante
de uma estrutura governamental mais participativa e que procurava reduzir as desigualdades sociais.
Trazendo a Conferência Mundial de Beijing, ocorrida em 1995, como percussora do tema
em âmbito internacional do combate a discriminação por orientação sexual, o Brasil sem
Homofobia define como um de seus princípios:
A reafirmação de que a defesa, a garantia e a promoção dos direitos
humanos incluem o combate a todas as formas de discriminação e de
violência e que, portanto, o combate à homofobia e a promoção dos direitos
humanos de homossexuais é um compromisso do Estado e de toda a
sociedade brasileira (CONSELHO Nacional de Combate à Discriminação,
2004, p.12).

O BSH possui um programa de cinquenta e três ações, apoiadas em onze princípios


direcionados as estas ações, sendo o primeiro: I- Articulação da Política de Promoção dos Direitos
De Homossexuais, que além de propor a criação de Conselhos em âmbito municipal e estadual de
combate à discriminação por orientação sexual, procura:
Apoiar a manutenção de Centros de Referência em Direitos
Humanos que contemplem o combate à discriminação e à violência contra o
segmento GLTB, capazes de instigar a mobilização de ações integradas de
instituições governamentais e não-governamentais, voltadas para a produção
de conhecimento, para a proposição de políticas públicas para desenvolver
ações articuladas no âmbito da promoção e da defesa dos direitos humanos
(CONSELHO Nacional de Combate à discriminação, 2004, p.20).

Os outros eixos do Programa estão divididos da seguinte forma: II- Legislação e Justiça; III-
Cooperação Internacional; IV- Direito à Segurança: combate à violência e à impunidade; V- Direito
à Educação: promovendo valores de respeito à paz e à não-discriminação por orientação sexual; VI-
Direito à Saúde: consolidando um atendimento e tratamentos igualitários; VII- Direito ao Trabalho :

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garantindo uma política de acesso e de promoção da não-discriminação por orientação sexual; VIII-
Direito à cultura: construindo uma política de cultura de paz e valores de promoção da diversidade
humana; IX- Política para a Juventude; X- Política para as mulheres; XI- Política contra o racismo e
a homofobia.
O BSH, diante da nova agenda governamental de maior diálogo seja com movimentos
sociais, ou com a sociedade civil brasileira, demonstra preocupação do Estado brasileiro em garantir
os direitos humanos de sua população, especialmente os LGBTs. Apesar do pioneirismo do Brasil
em criar programas como este no contexto sul-americano, a violência contra essa parcela
populacional ainda é preocupante como apontas os dados do Disque Direitos Humanos (Disque
100), onde 85,29% da população LGBT sofreu discriminação, além de apontar 77,20% ter sofrido
violência psicológica no primeiro semestre de 2014.
O governo brasileiro e o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos
Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
O ano de 2008 representou para o movimento LGBT brasileiro uma grande avanço no que
se refere a formulação de políticas públicas visando reduzir a discriminação e violência contra os
LGBTs.
Realizou-se em Brasília neste mesmo ano a I Conferência Nacional GLBT, onde seriam
definidas as ações governamentais para garantir os direitos fundamentais de igualdade de direitos
para essa população, na medida em que o governo federal entendeu que era necessário atender uma
demanda histórica dos LGBTs, uma vez que:
A realização da etapa nacional da Conferência após, entre março e maio de
2008, de sua etapa estadual e do Distrito Federal – que congregou cerca de
10 mil participantes – pôs em evidência a pertinência de sua convocação e a
sua importância como processo de participação democrática e de difusão
dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (1ª
CONFERÊNCIA NACIONAL LGBT, 2009, p. 156).

Ratificado como um dos compromissos após a realização da I Conferência Nacional GLBT,


o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais, no ano de 2009, emerge desse anseio por uma resposta do poder público diante das
necessidades que essa população apresentava, vítimas da violência e discriminação na sociedade
brasileira. O Plano contempla cinquenta e três diretrizes apoiadoras, definindo estratégias de
combate à discriminação e que promovam a cidadania dessas pessoas.

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A consolidação de um Estado que preserve a dignidade humana e que promova o
reconhecimento dos sujeitos de direitos, assim como a proteção de seus cidadãos, é uma das
premissas que constam no Plano:
O Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT
parte da certeza de que um maior acesso e participação social nos espaços
de poder é um instrumento essencial para democratizar o Estado e a
sociedade. Dessa forma, é uma estratégia de longo alcance, no sentido de
democratização do Estado, sendo de responsabilidade do conjunto de
governo, e não de uma área específica. Sua implementação requer uma ação
coordenada e articulada de vários órgãos, secretarias e ministérios. Para
tanto, faz-se necessária a criação de uma rede institucional entre Governo
Federal, governos Estaduais e Municipais para a implementação da Política,
com vistas a garantir o alcance de seus resultados e a superação da
discriminação por orientação sexual e identidade de gênero no país
(PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO DA CIDADANIA E DIREITOS
HUMANOS LGBT,2009, p.12).

Questionar a normalidade sexual e a possível superação de comportamentos sociais


hierárquicos são premissas traduzidas nos movimentos sociais de cunho LGBT, e as políticas
públicas do governo federal entram em convergência com a promoção de um estado democrático
que não permita a discriminação e violência de seus indivíduos, em especial estes tratados ao longo
do artigo. Comprometendo-se com a garantia da saúde, segurança e liberdade de expressão, além de
procurar garantir a dignidade humana, o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos
Humanos LGBT, é uma articulação entre governo federal e municípios para alcance de suas
propostas e diretrizes.
Portanto, cabe ressaltar que esse Plano demonstra que o Estado brasileiro tem procurado
atuar de acordo com as resoluções das Nações Unidas e seus princípios garantidores dos direitos
humanos individuais do ser humano, apesar de ainda precisar de um grande avanço no que refere a
garantir que esses direitos sejam respeitados, pois como demonstrado anteriormente, ainda é alto o
índice de discriminação e violência contra LGBTs no Brasil.

Considerações Finais

Desde a assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas de
1948, diversos países tem buscado garantir a preservação da segurança de seus indivíduos, assim
como estar em acordo com os princípios dos direitos humanos da ONU.

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Os diferentes períodos que o sistema internacional passou, permitiu aos Estados perceberem
que a guerra não é a melhor solução para acabar com um conflito, apesar de a história ser marcada
por acontecimentos como a Primeira e a Segunda Mundial, que expuseram ao mundo as
dificuldades e as perdas humanas que isso acarreta aos países.
A ONU como entidade apaziguadora e que visa garantir a soberania e a paz mundial e
garantir os direitos humanos, se transformou em uma das mais importantes organizações mundiais
no que se refere a criar princípios diretivos para preservação da dignidade humana e seus Estados
signatários procuram seguir os mesmos.
A DUDH de 1948 proclamada no pós Segunda Guerra Mundial, período de grande
instabilidade social, demonstrou a preocupação dos países em preservar a vida de sua população e,
além disso, tornou-se um instrumento internacional percursor na defesa dos direitos humanos e da
liberdade individual.
Seguindo os princípios das Nações Unidas, o Brasil, sofreu influência no período pós
DUDH, especialmente pela importância que este documento teve no meio internacional. Cabe
ressaltar que alguns anos depois, o país passaria por um longo período de ditadura militar onde os
direitos e liberdades individuais foram restritos, portanto, somente no período de redemocratização
é que a sociedade civil brasileira pode experimentar essa liberdade que a Declaração trazia em seus
princípios.
Garantir que toda a população brasileira seja reconhecida como sujeito de direitos e que a
sociedade brasileira seja de livre de discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, é
um dos princípios diretivos do governo federal em igual respeito aos princípios dos direitos
humanos internacional e da DUDH, e para alcançar esses objetivos a produção de políticas públicas
para a população LGBT é essencial.
Programas como o Brasil sem Homofobia e o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e
Direitos Humanos LGBT, demonstram o compromisso do governo brasileiro em criar e instalar
políticas públicas para essa população que historicamente foi discriminada e vítima de violência,
como aponta o relatório da Comissão Nacional da Verdade:
A discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e
transgêneros (LGBT) não surgiu durante a ditadura. Suas origens remontam
a períodos muito anteriores da história brasileira. A homofobia esteve
sempre embutida em diversas esferas e manifestações da cultura em nosso
país: nos discursos médico-legais, que consideravam a homossexualidade
uma doença; nos discursos religiosos, que condenavam o ato homossexual

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como pecado; em visões criminológicas conservadoras, que tratavam
homossexuais como um perigo social; e em valores tradicionais que
desqualificavam e estigmatizavam pessoas que não se comportavam de
acordo com os padrões de gênero prevalentes, sendo vistas como anormais,
instáveis e degeneradas, caracterizando a homossexualidade como um
atentado contra a família (COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE,
TEXTOS TEMÁTICOS, 2014, p.300).

Entretanto é importante ressaltar que a efetivação do cumprimento dessas políticas públicas


nem sempre são atendidos, uma vez que ainda é alto o índice de violência contra LGBTs no Brasil,
e a atuação do legislativo em âmbito de efetivar os direitos dessa população tem se mostrado
defasado.

Referências bibliográficas

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