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Relatório Ambiental Preliminar

da Ampliação do Aterro Industrial


Unidade Jacareí / SP

Nº 0717/03-01-R04

Rev. 0 Agosto/2005
APRESENTAÇÃO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
APRESENTAÇÃO

Este documento visa apresentar o RAP – Relatório Ambiental Preliminar da


Ampliação do Aterro Industrial da VCP Votorantim Celulose e Papel S.A. –
Unidade Jacareí, inscrita no cadastro nacional de pessoas jurídicas sob
N.º 60.643.228/0174-40, localizada à Rodovia Gal. Euryale de Jesus Zerbini,
km 84, Jacareí – SP.

O RAP foi desenvolvido pela EPASC – Engenharia de Projetos Ambientais S/C


Ltda. através do contrato 03/0717, sob a coordenação e responsabilidade
técnica do engº civil e especialista em meio ambiente Fernando Emílio Vernier
Pinheiro, contando com a participação dos seguintes profissionais:

Engª Sanitarista Lídia Harumi Endo


Engª. Agrônoma Márcia Toffani S. Soares
Eng° Civil Especialista em Geotecnia Mário Cepollina
Geólogo Gustavo Ferreira da Souza

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ÍNDICE

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 2
2 INFORMAÇÕES GERAIS DO EMPREENDIMENTO ................................. 5
2.1 Informações do Empreendedor............................................................ 5
2.2 Objeto de Licenciamento ..................................................................... 6
2.3 Localização do Empreendimento......................................................... 6
3 JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO.............................................. 13
3.1 Gestão de Resíduos Sólidos Industriais – Contexto Geral ................ 13
3.2 Alternativa para a VCP Jacareí.......................................................... 14
3.3 Escolha do Local para Implantação do Empreendimento.................. 16
3.4 Tecnologia Adotada ........................................................................... 19
4 ATIVIDADES DA VCP JACAREÍ ............................................................. 22
4.1 Base Florestal .................................................................................... 22
4.1.1 Estrutura da Unidade Florestal ................................................... 22
4.1.2 Localização das Florestas .......................................................... 22
4.1.3 Tecnologia Florestal ................................................................... 24
4.1.3.1 Produção de mudas............................................................. 24
4.1.3.2 Exploração e transporte da madeira.................................... 25
4.1.3.3 Pesquisa florestal ................................................................ 25
4.1.4 Manejo ambiental ....................................................................... 26
4.1.4.1 Recomposição florestal com espécies nativas .................... 26
4.1.4.2 Manejo de fauna.................................................................. 26
4.1.4.3 Educação ambiental ............................................................ 27
4.1.4.4 Manejo de resíduos ............................................................. 27
4.2 Processo Industrial ............................................................................ 28
4.2.1 Produção de Celulose e Papel ................................................... 28
4.2.1.1 Preparo de madeira ............................................................. 28
4.2.1.2 Cozimento ........................................................................... 32
4.2.1.3 Linha de fibra....................................................................... 32
4.2.1.4 Branqueamento ................................................................... 33
4.2.1.5 Extração de celulose ........................................................... 34

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4.2.1.6 Secagem e fabricação de papel .......................................... 35
4.2.2 Recuperação de Produtos Químicos .......................................... 35
4.2.2.1 Evaporação ......................................................................... 35
4.2.2.2 Caldeira de recuperação ..................................................... 35
4.2.2.3 Caustificação ....................................................................... 36
4.2.2.4 Forno de cal......................................................................... 37
4.2.3 Plantas Químicas........................................................................ 37
4.2.3.1 Produção de dióxido de cloro .............................................. 37
4.2.3.2 Produção de dióxido de enxofre .......................................... 38
4.2.3.3 Oxigênio e ozônio................................................................ 38
4.2.4 Utilidades .................................................................................... 39
4.2.4.1 Estação de Tratamento de Água - ETA ............................... 39
4.2.4.2 Estação de Tratamento de Água de Caldeira - ETAC ......... 39
4.2.4.3 Estação de Tratamento de Efluentes - ETE ........................ 40
4.3 Resíduos Sólidos ............................................................................... 44
4.3.1 Rejeito de Caustificação ............................................................. 47
4.3.2 Rejeito de Depuração (Resíduos de Digestão)........................... 47
4.3.3 Carbonato de Cálcio e Óxido de Cálcio...................................... 47
4.3.4 Lodo Biológico da Estação de Tratamento de Efluentes ............ 47
4.3.5 Lodo Primário da Estação de Tratamento de Efluentes da VCP
Mogi das Cruzes ....................................................................................... 48
5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO - AMPLIAÇÃO DO
ATERRO INDUSTRIAL CLASSE II ................................................................. 51
5.1 Concepção do Aterro ......................................................................... 51
5.2 Resíduos a serem Dispostos na Área de Ampliação do Aterro ......... 54
5.3 Estimativa da Geração de Líquidos Percolados na Área de Ampliação
do Aterro....................................................................................................... 56
5.3.1 1ª Etapa – Disposição de Todos os Resíduos............................ 56
5.3.1.1 Premissas consideradas para a estimativa do volume de
percolado 58
5.3.1.2 Estimativa do líquido percolado dos resíduos contendo lodo
biológico 60

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5.3.2 2ª Etapa – Disposição da Mistura dos Resíduos sem o Lodo
Biológico ................................................................................................... 65
5.4 Vida Útil do Aterro.............................................................................. 67
5.5 Componentes do Sistema.................................................................. 68
5.5.1 Isolamento da Área..................................................................... 68
5.5.2 Acessos ...................................................................................... 68
5.5.3 Sistema de Contenção e Conformação das Valas ..................... 69
5.5.4 Sistema de Impermeabilização................................................... 69
5.5.5 Preenchimento das Valas ........................................................... 70
5.5.6 Sistema de Drenagem e Acumulação de Percolado .................. 71
5.5.7 Tratamento de Líquidos Percolados ........................................... 73
5.5.8 Sistema de Drenagem Superficial .............................................. 75
5.5.9 Sistema de Drenagem de Gases................................................ 77
5.5.10 Sistema de Cobertura dos Resíduos Depositados ..................... 78
5.5.11 Sistema de Monitoramento de Águas Subterrâneas .................. 78
5.5.12 Sistema de Monitoramento Geotécnico ...................................... 80
5.5.13 Jazida de Solo ............................................................................ 80
5.6 Estimativa de Investimento ................................................................ 81
5.7 Número de Funcionários.................................................................... 82
5.8 Implantação do Sistema .................................................................... 82
5.9 Operação do Sistema ........................................................................ 82
5.9.1 Transporte dos Resíduos ao Aterro............................................ 83
5.9.2 Implantação do Sistema de Drenagem de Percolado e de Gás . 84
5.9.3 Alteamento da Proteção Mecânica ............................................. 84
5.9.4 Execução da Rede de Drenagem Superficial Definitiva nos
Trechos Acabados .................................................................................... 84
5.9.5 Plantio de Gramas nos Taludes.................................................. 84
5.9.6 Implantação do Sistema de Monitoramento Geotécnico ............ 84
5.10 Plano de Fechamento e Encerramento do Aterro.............................. 85
6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL PRELIMINAR DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
87
6.1 Área de Influência .............................................................................. 87

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6.2 Restrições Legais .............................................................................. 89
6.2.1 Legislação Municipal .................................................................. 89
6.2.2 Legislação Estadual.................................................................... 90
6.2.3 Legislação Federal ..................................................................... 91
6.3 Caracterização do Meio Físico........................................................... 93
6.3.1 Clima .......................................................................................... 93
6.3.1.1 Regime Pluviométrico.......................................................... 93
6.3.1.2 Balanço Hídrico ................................................................... 95
6.3.2 Geomorfologia ............................................................................ 97
6.3.3 Caracterização Geológica........................................................... 99
6.3.3.1 Geologia Regional ............................................................... 99
6.3.3.2 Geologia Local................................................................... 101
6.3.4 Hidrogeologia............................................................................ 106
6.3.4.1 Hidrogeologia Regional ..................................................... 106
6.3.4.2 Hidrogeologia Local........................................................... 109
6.3.4.3 Vulnerabilidade dos aqüíferos subterrâneos à poluição .... 118
6.3.4.4 Qualidade das águas subterrâneas................................... 118
6.3.5 Geotecnia ................................................................................. 124
6.3.6 Recursos Hídricos Superficiais ................................................. 124
6.3.6.1 Disponibilidade Hídrica Superficial .................................... 125
6.3.6.2 Qualidade das Águas ........................................................ 126
6.3.7 Pedologia.................................................................................. 138
6.3.7.1 Susceptibilidade do solo à erosão e ao movimento de massa
142
6.4 Caracterização do Meio Biótico ....................................................... 146
6.4.1 Flora ......................................................................................... 146
6.4.2 Fauna Terrestre ........................................................................ 149
6.4.3 Unidades de Conservação Ambiental....................................... 150
6.5 Uso e Ocupação do Solo ................................................................. 152
6.5.1 Ocupação Agropecuária e Florestal ......................................... 152
6.5.1.1 Agricultura ......................................................................... 154
6.5.1.2 Silvicultura ......................................................................... 155

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6.5.1.3 Pecuária ............................................................................ 155
6.5.2 Ocupação do Entorno da Área de Implantação da Ampliação . 162
6.6 Caracterização do Meio Sócio-Econômico ...................................... 162
6.6.1 Aspectos Históricos de Jacareí................................................. 163
6.6.1.1 Primeiros Povoadores ....................................................... 163
6.6.1.2 Período Colonial ................................................................ 164
6.6.1.3 Industrialização e Crescimento Urbano ............................. 165
6.6.2 População................................................................................. 166
6.6.3 Educação.................................................................................. 168
6.6.4 Economia.................................................................................. 169
6.6.5 Saúde ....................................................................................... 172
6.6.6 Desenvolvimento Humano........................................................ 173
6.6.7 Infra-estrutura dos Serviços Públicos ....................................... 174
6.7 Disposição de Resíduos Sólidos...................................................... 174
6.7.1 Resíduos Sólidos Industriais..................................................... 175
6.7.2 Resíduos Sólidos Domiciliares ................................................. 179
6.7.3 Resíduos Sólidos no Município de Jacareí ............................... 184
7 IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS....................... 188
7.1 Metodologia Básica.......................................................................... 188
7.1.1 Definição dos Fatores Ambientais Relevantes ......................... 188
7.1.2 Identificação e Avaliação dos Impactos.................................... 189
7.1.3 Definição das Medidas Mitigadoras .......................................... 189
7.2 Identificação e Caracterização dos Impactos .................................. 190
7.2.1 Fase de Implantação da Ampliação do Aterro .......................... 190
7.2.1.1 Impacto Ambiental na Qualidade do Solo.......................... 190
7.2.1.2 Impacto Ambiental nas Águas Superficiais e Subterrâneas
191
7.2.1.3 Impacto Ambiental na Qualidade do Ar ............................. 191
7.2.1.4 Impacto Ambiental na Biota............................................... 192
7.2.1.5 Impactos no Meio Sócio-Econômico ................................. 192
7.2.2 Fase Operacional ..................................................................... 193
7.2.2.1 Impactos Ambientais Sobre o Solo.................................... 193

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7.2.2.2 Impactos Ambientais nas Águas Superficiais e Subterrâneas
195
7.2.2.3 Impactos Ambientais sobre a Qualidade do Ar.................. 196
7.2.2.4 Impactos sobre o Meio Sócio Econômico.......................... 197
7.3 Medidas Mitigadoras........................................................................ 205
7.4 Análise Ambiental dos Impactos Identificados................................. 208
7.5 Conclusões ...................................................................................... 212
8 EQUIPE TÉCNICA.................................................................................. 214
9 RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA............................. 216

ANEXOS
ANEXO A – DESENHOS DO EMPREENDIMENTO
ANEXO B – LICENÇA DE OPERAÇÃO DO ATERRO
ANEXO C – LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO DA ÁREA DE
AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL
ANEXO D – ANÁLISES DOS EFLUENTES LÍQUIDOS GERADOS NA ETE E
DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO PARAÍBA DO SUL
ANEXO E – RELATORIO FOTOGRAFICO
ANEXO F – LAUDOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
ANEXO G – PARECER DE GEOTECNIA
ANEXO H – ENSAIOS GEOTÉCNICOS DOS RESÍDUOS
ANEXO I – CRONOGRAMA DE AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL
ANEXO J – CERTIDÃO DE USO DO SOLO / MANIFESTAÇÃO DA
PREFEITURA MUNICIPAL DE JACAREÍ
ANEXO K – PERFIS DE SONDAGEM A PERCURSÃO E A TRADO
ANEXO L – SONDAGENS ELÉTRICAS VERTICAIS
ANEXO M – PERFIS DE INTEGRAÇÃO ESTRATIGRÁFICO
ANEXO N – ENSAIOS DE INFILTRAÇÃO
ANEXO O – ENSAIOS GEOTÉCNICOS DO SOLO
ANEXO P – ART DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO RAP

ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Localização do Empreendimento em Carta Oficial 1:50.000 ............ 8

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Figura 2 – Relevo e Hidrografia no Entorno do Empreendimento...................... 9
Figura 3 – Fotografia Aérea com a Localização do Empreendimento.............. 10
Figura 4 – Principais Vias de Acesso no Entorno do Empreendimento ........... 11
Figura 5 – Esquema Simplificado do Processo Produtivo de Celulose e Papel
da VCP – Unidade Jacareí........................................................................ 31
Figura 6 – Fluxograma da Estação de Tratamento de Efluentes ..................... 43
Figura 7 – Fontes de Geração de Resíduos Sólidos........................................ 45
Figura 8 – Representação Esquemática das Novas Valas para Ampliação do
Aterro Industrial......................................................................................... 52
Figura 9 - Volume Mensal de Percolado Retirado x Volume Precipitado sobre a
Área do Aterro Existente ........................................................................... 57
Figura 10 - Lodo Biológico Depositado no Aterro x Percolado Coletado ......... 58
Figura 11 – Divisão das Unidades Territoriais às quais Pertencem o Município
de Jacareí ................................................................................................. 88
Figura 12 – Balanço Hídrico Normal Mensal do Município de Jacareí (1941-
1970), conforme Thornthwaite & Mather (1955) ....................................... 96
Figura 13 – Deficiência, Excedente, Retirada e Reposição Hídrica ao Longo do
Ano no Município de Jacareí..................................................................... 96
Figura 14 – Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo ........................... 98
Figura 15 – Mapa Geológico da Área de Estudo ........................................... 103
Figura 16 – Mapa Geológico da Área de Estudo - Legenda .......................... 104
Figura 17 – Mapa Geológico da Bacia de Taubaté ........................................ 105
Figura 18 – Distribuição das Unidades Hidroestratigráficas do Estado de São
Paulo....................................................................................................... 107
Figura 19 – Componentes do Ensaio de Infiltração ....................................... 111
Figura 20 – Ábaco para Obtenção de Coeficientes de Condutividade em Zona
Vadosa (Cu)............................................................................................ 111
Figura 21 – Mapa Potenciométrico da Área do Empreendimento.................. 113
Figura 22 – Representação Tridimensional da Superfície Potenciométrica na
Área do Empreendimento ....................................................................... 114
Figura 23 – Valores de Condutividade Hidráulica para Várias Geologias...... 116

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Figura 24 – Vulnerabilidade das Águas Subterrâneas à Poluição na Área de
Estudo..................................................................................................... 119
Figura 25 – Mapa da Bacia Paraíba do Sul (UGRHI 2) e Respectivos Pontos de
Amostragem............................................................................................. 130
Figura 26 – Mapa Pedológico da Área de Estudo.......................................... 140
Figura 27 – Mapa de Susceptibilidade à Erosão da Área de Estudo ............. 144
Figura 28 – Mapa de Susceptibilidade à Movimentos de Massa na Área de
Estudo..................................................................................................... 145
Figura 29 – Domínio da Mata Atlântica na Área de Estudo: Original (1) e
Situação Atual (2).................................................................................... 148
Figura 30 – Áreas de Proteção Ambiental no Entorno do Empreendimento .. 151
Figura 31 – Macrozoneamento do Município de Jacareí ............................... 153
Figura 32 – Evolução do IQR Médio dos Locais de Disposição dos Resíduos
Sólidos Domiciliares no Estado de São Paulo - Período de 1997 a 2004.
................................................................................................................ 181
Figura 33 – Distribuição dos Municípios do Estado de São Paulo Quanto aos
Índices de Qualidade dos Locais de Disposição dos Resíduos Sólidos
Domiciliares, no Período de 1997 a 2004. .............................................. 181
Figura 34 – Distribuição dos Municípios da Regional das Bacias do Paraíba do
Sul e Litoral Norte quanto aos Índices de Qualidade dos Aterros, no
Período de 1997 a 2004.......................................................................... 182

ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 2.1 – Principais Rodovias que dão Acesso à Jacareí............................ 7
Quadro 4.1 – Necessidade de Madeira da VCP Jacareí(1) ............................... 23
Quadro 4.2 – Evolução do Consumo Anual e Origem da Madeira (x1.000 m3s
com casca)................................................................................................ 24
Quadro 4.3 – Principais Características Produtivas ......................................... 29
Quadro 4.4 – Consumo das Principais Matérias Primas.................................. 30
Quadro 4.5 – Origem e Destino dos Resíduos Gerados na Unidade Industrial
da VCP Jacareí......................................................................................... 46

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Quadro 4.6 - Caracterização Química da Massa Bruta dos Resíduos a Serem
Dispostos na Ampliação do Aterro Industrial da VCP Jacareí, Conforme
NBR ABNT 10.004(1) ................................................................................. 49
Quadro 5.1 – Quantidades Mensais de Resíduos Sólidos a serem
Encaminhadas à Área de Ampliação do Aterro Industrial Classe II .......... 55
Quadro 5.2 – Densidades e Volumes Mensais de Resíduos Sólidos a serem
Encaminhados à Área de Ampliação do Aterro Industrial Classe II .......... 55
Quadro 5.3 - Balanço de Água e Estimativa de Percolado Produzido pelo Lodo
Biológico para o Ano de 2004 - Atual Aterro Industrial da VCP Jacareí –
vala 1(1) ..................................................................................................... 61
Quadro 5.4 - Balanço de Água e Estimativa de Percolado Produzido pelo Lodo
Biológico – Vala 2(1) .................................................................................. 62
Quadro 5.5 - Balanço Mensal de Água e Estimativa de Percolado Produzido
pelo Lodo Biológico – Vala 3(1) .................................................................. 63
Quadro 5.6 - Balanço de Água e Estimativa de Percolado Produzido pelo Lodo
Biológico – Vala 4(1) .................................................................................. 64
Quadro 5.7 - Balanço Hídrico (Método Thornthwaite & Mather, 1955) e Vazão
de Percolado Resultante nas Valas 5 e 6(1) .............................................. 66
Quadro 5.8 – Capacidade Volumétrica de Ampliação do Aterro ...................... 67
Quadro 5.9 – Principais Dados Médios do Monitoramento da VCP - 2004...... 74
Quadro 5.10 - Volumes de Solo Necessário à Implantação e Operação do
Aterro Industrial (m³) ................................................................................. 81
Quadro 5.11 – Número de Viagens para Transporte dos Resíduos à Ampliação
do Aterro Industrial – VCP Jacareí............................................................ 83
Quadro 6.1 – Aspectos Ambientais e Áreas de Influência ............................... 89
Quadro 6.2 – Temperatura e Precipitação Médias Mensais Históricas de
Jacareí ...................................................................................................... 94
Quadro 6.3 – Precipitação Média Mensal de Jacareí entre 1997 e 2004(1) ...... 95
Quadro 6.4 – Coluna Estratigráfica das Formações Geológicas de Ocorrência
na Área de Estudo .................................................................................. 102
Quadro 6.5 – Níveis da Água Subterrânea Encontrados na Área de Estudo. 112

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Quadro 6.6 – Valores de K Obtidos a Partir dos Dados dos Ensaios de
Infiltração ................................................................................................ 115
Quadro 6.7 – Cálculos das Velocidades da Água Subterrânea(1) .................. 117
Quadro 6.8 – Descrição dos Pontos de Amostragem dos Aquíferos
Subterrâneos, Correspondentes à Região de Abrangência do
Empreendimento, Durante o Período 2001 a 2003................................. 120
Quadro 6.9 - Síntese dos resultados para o Sistema Aqüífero Cristalino:
UGRHI’s 2, 5, 9, 10 e 14 ......................................................................... 121
Quadro 6.10 – Características Químicas dos Aqüíferos Terciários na UGRHI 2
– Paraíba do Sul ..................................................................................... 122
Quadro 6.11 – Qualidade dos Poços de Monitoramento à Montante da Área
Atual de Disposição de Resíduos ........................................................... 123
Quadro 6.12 – Características nos Postos Fluviométricos do Rio Paraíba do Sul
................................................................................................................ 126
Quadro 6.13 – Descrição dos Pontos de Amostragem da Bacia Paraíba do Sul(1)
................................................................................................................ 129
Quadro 6.14 – Média das Principais Variáveis Sanitárias - Rio Paraíba do Sul
................................................................................................................ 131
Quadro 6.15 – Resultados Não-Conformes para pH e Metais – Rio Paraíba do
Sul(1) ........................................................................................................ 132
Quadro 6.16 – Índices de Qualidade das Águas no Rio Paraíba do Sul em 2003
– IAP e IQA.............................................................................................. 134
Quadro 6.17 - Índices de Qualidade das Águas no Rio Paraíba do Sul em 2004
– IAP e IQA.............................................................................................. 135
Quadro 6.18 – Índices de Qualidade das Águas no Rio Paraíba do Sul em 2003
– IVA e IET .............................................................................................. 136
Quadro 6.19 – Índices de Qualidade das Águas no Rio Paraíba do Sul em 2004
– IVA e IET .............................................................................................. 137
Quadro 6.20 – Classes de Susceptibilidade à Erosão dos Solos da Área de
Abrangência do Empreendimento........................................................... 143
Quadro 6.21 – Área dos Estabelecimentos no Município de Jacareí/SP, no Ano
de 1996 ................................................................................................... 154

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Quadro 6.22 – Quantidade Produzida na Silvicultura por Tipo de Produto, na
Micro-região Geográfica de São José dos Campos entre 1990 e 2003.. 156
Quadro 6.23 – Quantidade Produzida na Silvicultura por Tipo de Produto, no
Município de Jacareí/SP entre 1990 e 2003 ........................................... 156
Quadro 6.24 – Quantidade Produzida, Valor da Produção, Área Plantada e
Área Colhida das Lavouras Temporária e Permanente no Município de
Jacareí/SP no Ano de 2003 .................................................................... 157
Quadro 6.25 – Área Plantada e Área Colhida das Lavouras Temporárias, no
Município de Jacareí/SP, entre os Anos de 1990 e 2003 ....................... 158
Quadro 6.26 – Área Plantada e Área Colhida das Lavouras Permanentes, no
Município de Jacareí/SP, entre os Anos de 1990 e 2003 ....................... 159
Quadro 6.27 – Efetivo dos Rebanhos no Município de Jacareí/SP, entre os
Anos de 1990 e 2003 .............................................................................. 160
Quadro 6.28 – Total de Cabeças Abatidas por Espécie de Efetivo/Rebanho no
Município de Jacareí/SP, Ano de 1996 ................................................... 161
Quadro 6.29 – Produtos de Origem Animal por Tipo de Produto no Município de
Jacareí/SP, entre os Anos de 1990 e 2003............................................. 161
Quadro 6.30 – Área do Município de Jacareí................................................. 162
Quadro 6.31 – Evolução da População Urbanizada e da Densidade
Demográfica no Município de Jacareí..................................................... 167
Quadro 6.32 – População Residente no Município de Jacareí, por Situação 167
Quadro 6.33 – População por Sexo em 2000 no Município de Jacareí ......... 168
Quadro 6.34 – População Residente de 5 Anos ou Mais por Alfabetização e
Grupos de Idade no Município de Jacareí/ SP em 1991 e 2000............. 168
Quadro 6.35 – Número de Matrículas e Docentes em 2003 .......................... 168
Quadro 6.36 – Valor Adicionado dos Municípios da Microrregião de São José
dos Campos............................................................................................ 170
Quadro 6.37 – Principais Indústrias em Jacareí e Número de Empregados.. 171
Quadro 6.38 – Número de Óbitos de Crianças entre 0 e 14 Anos, Registrados
no Município de Jacareí - SP .................................................................. 172
Quadro 6.39 – Infra-Estrutura para o Atendimento à Saúde da População em
Jacareí/SP, Ano de 2002 ........................................................................ 172

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
Quadro 6.40 – Rede de Atendimento à Saúde no Município de Jacareí ....... 173
Quadro 6.41 – Número de Domicílios Atendidos por Serviço de Saneamento
Básico em Jacareí/SP............................................................................. 174
Quadro 6.42 – Resíduos Sólidos Industriais no Estado de São Paulo: Geração,
Tratamento e Destinação Final(1) ............................................................ 177
Quadro 6.43 – Geração de Resíduos Sólidos no Estado de São Paulo ........ 178
Quadro 6.44 – Quantidade de Lixo Gerado, Índice de Qualidade de Aterros de
Resíduos (IQR) e Usinas de Compostagem (IQC) nos Municípios
Monitorados pela Agência Ambiental de Jacareí – CETESB.................. 183
Quadro 6.45 – Destino do Lixo em Jacareí .................................................... 185
Quadro 6.46 – Entrada de Resíduos Sólidos no Aterro Sanitário de Jacareí. 186
Quadro 7.1 – Impactos Ambientais na Qualidade do Solo – Fase de
Implantação ............................................................................................ 200
Quadro 7.2 – Impactos Ambientais nas Águas Superficiais e Subterrâneas –
Fase de Implantação............................................................................... 200
Quadro 7.3 – Impactos Ambientais no Ar – Fase de Implantação ................. 201
Quadro 7.4 – Impactos Ambientais na Biota – Fase de Implantação............. 201
Quadro 7.5 – Impactos no Meio Sócio-Econômico – Fase de Implantação ... 202
Quadro 7.6 – Impactos Ambientais sobre o Solo – Fase Operacional........... 202
Quadro 7.7 – Impactos Ambientais sobre as Águas Superficiais e Subterrâneas
– Fase Operacional................................................................................. 203
Quadro 7.8 – Impactos Ambientais na Qualidade do Ar – Fase Operacional 203
Quadro 7.9 – Impactos no Meio Sócio-Econômico – Fase Operacional ........ 204
Quadro 7.10 – Características dos Impactos na Fase de Implantação.......... 211
Quadro 7.11 – Características dos Impactos na Fase Operacional ............... 211

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
1. INTRODUÇÃO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
1 INTRODUÇÃO

Este documento intitulado “Relatório Ambiental Preliminar da Ampliação do


Aterro Industrial” foi contratado pela Indústria VCP – Votorantim Celulose e
Papel S/A., Unidade Jacareí, inscrita no cadastro nacional de pessoas jurídicas
sob N.º 60.643.228/0174-40, localizada à Rodovia Gal. Euryale de Jesus
Zerbini, km 84, Jacareí – SP.

Sua elaboração ficou a cargo da EPASC – Engenharia de Projetos Ambientais


S/C Ltda. por meio do contrato 03/717, e visa fornecer os subsídios necessários
para instruir o processo de obtenção de Licença Prévia ambiental da ampliação
do Aterro Industrial localizado próximo às instalações industriais da VCP.

O aterro objeto deste estudo e sua respectiva ampliação são destinados à


disposição de resíduos sólidos industriais classe II A (não perigosos e não
inertes) provenientes dos processos industriais da Votorantim Celulose e Papel
S.A., Unidade Jacareí. A capacidade nominal para a recepção de resíduos será
de 620.000 m³.

A elaboração do RAP - Relatório Ambiental Preliminar nos termos da


Resolução 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA e das
Resoluções SMA 47.397 e 47.400 de 04/12/2002, constitui-se basicamente da
caracterização do empreendimento na sua condição atual e futura e de um
diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e antrópico da área de influência
e na verificação da interferência das modificações decorrentes da ampliação do
aterro no meio ambiente, possibilitando dessa forma a identificação dos
impactos ambientais por ele ocasionados e a definição das medidas
mitigadoras necessárias.

Este relatório deverá ser submetido à apreciação da Secretaria do Meio


Ambiente do Estado de São Paulo, em obediência às resoluções citadas, para
sua análise e deliberação sobre a necessidade ou não da elaboração do EIA –

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
2
Estudo de Impacto Ambiental e o correspondente RIMA – Relatório de Impacto
ao Meio Ambiente para o seu licenciamento.

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3
2. INFORMAÇÕES GERAIS DO EMPREENDIMENTO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
2 INFORMAÇÕES GERAIS DO EMPREENDIMENTO

A ampliação do aterro objeto deste estudo, será destinada à disposição final de


resíduos sólidos industriais Classe II A (não perigosos e não inertes)
provenientes dos processos industriais da Votorantim Celulose e Papel S.A. –
Unidade Jacareí, com capacidade nominal para receber um total de
620.000 m3. No Anexo A são apresentados os desenhos do empreendimento.

2.1 Informações do Empreendedor

Identificação: Votorantim Celulose e Papel S.A.


Unidade: Jacareí
Localização: Rodovia Gal. Euryale de Jesus Zerbini, km 84 - s/n
Município: Jacareí – SP
CEP: 12310-000
Tel: (12) 3954-1100

Nesse relatório a empresa será denominada apenas por VCP.

A VCP possui unidades industriais e propriedades rurais destinadas ao


suprimento de matéria prima florestal para a produção de celulose branqueada
de eucalipto e papel.

A unidade industrial de Jacareí localiza-se na porção leste do Estado de São


Paulo, conforme Figura 1 a Figura 3, com produção média de 2.000 tsa
(tonelada seca ao ar) por dia de celulose branqueada de eucalipto e produção
de papel de 270 t/dia.

As propriedades rurais da VCP são organizadas em 4 distritos que agrupam


um certo número de fazendas. A maioria das fazendas está localizada ao longo

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
5
do Vale do Paraíba, ou seja, Guararema, São José dos Campos, Taubaté e na
porção centro-oeste do Estado, no distrito denominado Sul.

A área de plantio para o suprimento das necessidades florestais em 1999 era


de 61.188 ha.

As principais características produtivas da planta industrial são apresentadas


no Quadro 4.3 do item 4.2.1.

2.2 Objeto de Licenciamento

O sistema a ser implantado consiste na ampliação de um Aterro de Resíduos


Sólidos Industriais Classe II A (não perigosos e não inertes) devidamente
licenciado pela CETESB (Anexo B) através da Licença de Operação n° 000102
de 17/09/1991.

As principais características da ampliação do aterro são:

- área do terreno ocupado: 306.229 m2;


- capacidade total nominal de recebimento de resíduos da ordem de
620.000 m3;
- vida útil estimada: 18 anos;
- volume de recebimento previsto – 1ª etapa: 6.866 m³/mês;
- volume de recebimento previsto – 2ª etapa: 2.561 m³/mês.

2.3 Localização do Empreendimento

A ampliação do aterro será implantada dentro de propriedade da Votorantim


Celulose e Papel S.A. – Unidade Jacareí, especificamente em área das
Fazendas São Silvestre e Vagalume. Estas fazendas possuem área total de

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
6
aproximadamente 225 e 265 ha, respectivamente. O acesso à área é feito pela
Estrada Municipal São Silvestre - Guararema.

A área está localizada na porção sul do município de Jacareí, no extremo leste


do Estado de São Paulo. As Figura 1 a Figura 3 ilustram a localização geral da
unidade industrial e do empreendimento.

O município de Jacareí localiza-se no início da Bacia do Rio Paraíba do Sul,


entre os dois principais centros urbanos do país, a 80 km de São Paulo e a
350 km do Rio de Janeiro. O município é servido pelas seguintes rodovias
(Quadro 2.1):

Quadro 2.1 – Principais Rodovias que dão Acesso à Jacareí


Rodovia Percurso

BR 116 Rodovia Presidente Dutra liga São Paulo ao Rio de Janeiro


SP 65 Rodovia D. Pedro I liga Jacareí à região de Campinas
SP 70 Rodovia Ayrton Senna paralela à Rod. Pres. Dutra, liga Jacareí a São Paulo
SP 70 Rodovia Carvalho Pinto continuação da Rodovia Ayrton Senna até Taubaté
SP 66 Estrada Velha Rio – São Paulo acompanha a Rodovia Presidente Dutra
Fonte: Prefeitura Municipal de Jacareí, 2004c.

As principais vias de acesso na região onde será ampliado o aterro industrial


são mostradas na Figura 4.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
7
N=7420000

-66
SP
N=7418000

/60
175
SP-
N=7416000

Fábrica da
VCP
SP
-66

Valas 2, 3, 4, 5 e 6
N=7414000 a implantar

Vala 1
existente

N=7412000

N=7410000
E=388000

E=390000

E=392000

E=394000

E=396000

E=398000

E=400000

E=402000

E=404000
66
SP-

FONTE: IBGE - Jacareí (1974); Santa Isabel (1984)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


LEGENDA VCP - Unidade Jacareí / SP

Limite de Municípios
FIG. 01 - Localização do Empreendimento
Estrada de Ferro em Carta Oficial 1:50.000
Linha de Transmissão de Energia
ESCALA: 1:50.000
Fonte: PLANO CARTOGRÁFICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - Itapema e Guararema I (São Paulo, 1978a, b)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


LEGENDA VCP - Unidade Jacareí / SP

Limite de Municípios
FIG. 02 - Relevo e Hidrografia no Entorno
Estrada de Ferro do Empreendimento

ESCALA: 1:10.000
Rodovia Gov.
Carvalho Pinto
Rodovia
Dom Pedro I

Fábrica da
VCP Rio Paraíba
2 do Sul

E.T.E. da Faixa de
1 VCP transmissão de
energia

Valas 2, 3, 4, 5 e 6
a implantar

Rio Paraíba
do Sul

Vala 1
existente
Estrada
de Ferro Via de acesso para
área do Aterro

FONTE : FOTOS AÉREAS - BASE AEROFOTOGRAMETRIA E PROJETOS (2000/2001)


LEGENDA
RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL
Limite de Municípios VCP - Unidade Jacareí / SP

Estrada de Ferro
FIG. 03 - Fotografia Aérea com a
1 Captação de Água Localização do Empreendimento

2 Lançamento de Efluentes
ESCALA: ~1:30.000
N

Fabrica
da VCP

Local do Trópico de Capricórnio

Empreendimento

N=7.400.000
E=400.000

FONTE: Mapa Rodoviário (DERSA / São Paulo, 1997)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 04 - Principais Vias de Acesso no Entorno


do Empreendimento

ESCALA: 1:250.000
3. JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
3 JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO

3.1 Gestão de Resíduos Sólidos Industriais – Contexto Geral

O gerenciamento dos resíduos sólidos industriais é hoje um dos principais


problemas vivenciados pelas empresas na área de meio ambiente.

No Estado de São Paulo o principal problema é a escassez de instalações de


recepção dos resíduos industriais. As instalações atuais são insuficientes em
número e não oferecem a necessária massa crítica para viabilizar a gestão dos
resíduos de maneira adequada e consistente, quer em termos administrativos e
econômico-financeiros, quer em termos de proteção ao meio ambiente e à
saúde pública (São Paulo, 2004b).

Salienta-se ainda que a geração de ampla gama de tipos de resíduos, oriunda


de um parque industrial diversificado, traz como conseqüência a necessidade
de soluções de tratamento e destinação muito variadas (São Paulo, 2004b).

Segundo levantamento realizado pela CETESB, citada pela ABRELPE (2005),


somente no Estado de São Paulo são gerados anualmente 26,6 milhões de
toneladas de resíduos sólidos industriais, sendo 535 mil de classe 1, perigosos,
e 25 milhões de toneladas de resíduos Classe II, que são menos problemáticos
em termos de potencial poluidor. A região metropolitana de São Paulo
responde por um terço dessa produção (Cavalcanti, 2004).

A crescente exigência da sociedade, e conseqüentemente do mercado


consumidor, em se adequar o sistema produtivo a um modelo de
desenvolvimento sustentável tem culminado na busca de alternativas mais
vantajosas sob os aspectos econômicos e ambientais de disposição dos
resíduos gerados.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
13
A disseminação da ISO 14000, que exige o gerenciamento adequado dos
resíduos, e o maior estreitamento das exigências legais concernentes à área
ambiental também favorecem a busca de melhores alternativas para a solução
dessa problemática.

A indústria de celulose e papel foi uma das pioneiras em introduzir conceitos de


gestão ambiental em seu processo produtivo, principalmente em virtude de seu
pioneirismo nas exportações industriais brasileiras.

Dentre elas a VCP apresenta-se como uma das maiores empresas produtoras
de papel e celulose do Brasil e líder de mercado em papéis de imprimir e
escrever e papéis especiais (Piotto, 2003).

As iniciativas voltadas ao melhor gerenciamento dos resíduos produzidos na


indústria de papel e celulose no Brasil não são recentes, e podem ser
encontradas em diversos documentos da literatura especializada.

As unidades industriais da VCP, em especial, possuem iniciativas distintas de


disposição de resíduos, consoante aos tipos produzidos e ao meio biogeofísico
e socioeconômico em que estão inseridas.

3.2 Alternativa para a VCP Jacareí

No caso da VCP de Jacareí a solução adotada para a disposição de


determinados resíduos tem sido a de utilização de aterro. Estes resíduos são
os seguintes:

- rejeitos de caustificação (dregs e grits);


- rejeitos de depuração;
- carbonato e óxido de cálcio;
- lodo biológico da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), e;

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
14
- lodo primário da ETE da VCP Mogi das Cruzes.

A disposição destes resíduos em aterro industrial, devidamente licenciado pela


CETESB, próximo à unidade fabril da VCP Jacareí, vem ocorrendo há
aproximadamente 15 anos, mas o mesmo está próximo de atingir a sua
capacidade limite de utilização.

Este aterro constitui-se no barramento de um talvegue através de um dique


construído em terra, que vem sendo alteado sucessivamente, à medida da
necessidade.

O Relatório Ambiental Preliminar de Ampliação da Unidade Industrial da VCP


Unidade Jacareí - P-2.000 (EPASC, 2000) previu a implantação de novos
aterros construídos de acordo com as normas técnicas específicas, com
capacidade adequada e sistemas de controle ambientais de modo a atender ao
aumento da geração de resíduos.

O projeto de ampliação do aterro industrial insere-se, desta forma, em um


amplo programa de controle ambiental, planejado desde a ampliação da
unidade industrial, iniciada em 2001. Dados a respeito podem ser encontrados
em EPASC (2000) e Piotto (2003).

Dentre as razões que levaram à continuidade de utilização de aterro industrial


como sendo aquela alternativa mais adequada podem-se enumerar as
seguintes:

- a VCP já vem adotando esta prática há muitos anos com tecnologia


adequada;
- a utilização de área assegura a continuidade das atividades da empresa
sem alterar a estrutura de custos operacionais referentes à disposição de
resíduos sólidos;

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
15
- a VCP possui área contígua disponível e com características amplamente
favoráveis para a ampliação do aterro existente;
- a área, além de ser próxima à fábrica, é próxima à ETE que continuará
tratando o líquido percolado gerado;
- a incineração (tratamento térmico), não se justificaria para estes resíduos
pois não apresentam características tóxicas, corrosivas, patogênicas ou
inflamáveis;
- a co-disposição em aterros sanitários, obedecendo a critérios específicos de
controle ambiental, não caberia neste caso pela própria escassez de
sistemas adequados de resíduos domiciliares na região e pelo significativo
volume gerado;
- os aterros para recebimento de resíduos de terceiros tornaria a disposição
mais onerosa e levaria a risco de acidentes durante o seu transporte e não
eliminaria a responsabilidade pela sua disposição por parte da VCP;
- apesar da existência de iniciativas de reaproveitamento de resíduos, como
na incorporação em tijolos de barro, estas tecnologias ainda não poderiam
ser utilizadas como rotina e em larga escala;
- a reciclagem em florestas é dificultada devido às características químicas e
físicas dos resíduos, além das condições topográficas das áreas florestais
do entorno, que dificultam a aplicação dos mesmos.

Desta forma, após avaliação de todos os aspectos envolvidos, concluiu-se que


a continuidade da disposição dos resíduos em um aterro industrial próprio
constitui-se na solução tecnicamente mais adequada sob aspectos legais,
sócio-ambientais e econômicos.

3.3 Escolha do Local para Implantação do Empreendimento

A escolha do local para a ampliação do aterro foi feita de forma criteriosa e


levando em conta alguns aspectos relevantes, a saber:

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
16
- evitar que ocorra a alteração de uso de solo com a instalação deste tipo de
empreendimento em local diverso ao já utilizado, no município ou fora dele;
- manutenção da proximidade da unidade industrial, objetivando o
aproveitamento da infra-estrutura existente no aterro e a minimização das
distâncias de transporte;
- utilização de área já antropizada;
- utilização de área dentro de propriedade da empresa;
- escolha de área em local com maiores cotas em relação ao entorno e com
lençol freático profundo;
- afastamento seguro de corpos d’água superficiais perenes;
- área com solo de boas características de estabilidade e baixa
permeabilidade.

Além dos aspectos relacionados destaca-se ainda que:

- o local escolhido não se constitui em unidade de conservação e/ou área sob


proteção especial, tais como: parques, estações ecológicas, Áreas de
Proteção Ambiental - APA's, áreas tombadas, entre outros;
- não se configura como área de interesse científico, histórico, de
manifestações culturais de comunidades, de sítios e monumentos
arqueológicos;
- não se destina ao turismo, em virtude de eventuais paisagens notáveis, ou
condições climatológicas especiais, ou fatores hidrominerais aproveitáveis e
acidentes naturais adequados ao repouso e à prática de atividades
esportivas;
- não se configura como área crítica de poluição;
- não possui vegetação nativa em estado natural e/ou alterada.

Foram também fatores decisivos para a eleição da área proposta o fácil acesso e
a pequena distância do futuro aterro ao centro gerador de resíduos (a fábrica) e
o seu alto grau de antropização.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
17
O Anexo C apresenta o levantamento planialtimétrico efetuado em campo.

Em função de todas estas condicionantes chegou-se a conclusão de que a


área localizada ao norte do atual aterro possui grande potencial de utilização e
que seria objeto de estudos de engenharia para a avaliação das suas
características geológicas e geotécnicas bem como de arranjos físicos
alternativos de implantação.

Cabe destacar o fato da existência de uma linha de transmissão que


condiciona a utilização da área imediatamente contígua ao aterro atual e que
tem que ser levada em conta no projeto de ampliação do aterro.

Assim a VCP reservou este terreno adjacente ao aterro atual para um futuro
aproveitamento, sem utilizá-lo para o plantio de eucalipto, conforme o
aproveitamento de todas as áreas em seu redor dentro das propriedades
florestais da VCP.

A referida área também havia sido utilizada parcialmente como de empréstimo


de solo durante as obras de ampliação da fabrica, o que na ocasião já indicou
as boas características do solo local, quanto à sua estabilidade e baixa
permeabilidade.

Restava então aguardar a ocasião apropriada para se contratar os estudos e


investigações geológicas, geotécnicas e hidrogeológicas para confirmar a
viabilidade de utilização daquela área de modo a atender aos requisitos
técnicos para a implantação da ampliação do aterro.

Neste sentido a VCP contratou em 2003 o Projeto Básico de ampliação do


aterro e a realização dos ensaios e investigações necessárias para isso.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
18
Foram realizadas no local sondagens a percussão e a trado, sondagens
elétricas verticais, ensaios de caracterização geotécnica do solo e dos resíduos
sólidos bem como ensaios de infiltração do solo em profundidade.

As avaliações geológica, hidrogeológica e geotécnica da área confirmaram as


suas boas características, passando-se então para a fase de estudos de
alternativas de arranjos físicos de aproveitamento do terreno para a ampliação
do aterro.

Passou-se então a avaliação da forma mais adequada de aproveitamento da


área, de modo a se obter a maior vida útil possível para o aterro.

3.4 Tecnologia Adotada

Como fruto destes estudos observou-se que um dos resíduos que atualmente é
disposto no aterro existente, o lodo biológico da ETE, se misturado aos demais
não permitiria a obtenção de vida útil para a ampliação superior a 10 anos,
como estabelece a norma de projeto.

Por este motivo estabeleceu-se um prazo mínimo necessário para que este
resíduo continuasse a ser disposto como vem ocorrendo atualmente, ou seja,
com a sua mistura aos demais no novo local de modo que fosse possível
viabilizar neste período de tempo um outro destino ao mesmo e, a partir daí, o
aterro passasse a receber os outros resíduos com melhores características
geotécnicas.

Associada a esta mudança da composição da mistura dos resíduos dispostos,


concebeu-se a implantação de cinco valas, sendo que três delas irão operar
como lagoas, recebendo a mistura de resíduos atual, e as outras duas com os
resíduos sendo dispostos em pilhas após o preenchimento das valas
escavadas.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
19
A alteração da composição dos resíduos proporcionará a diminuição da
geração de percolado e de sua carga orgânica, e o uso mais eficiente da área
disponível.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
20
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
4 ATIVIDADES DA VCP JACAREÍ

4.1 Base Florestal

4.1.1 Estrutura da Unidade Florestal

A base florestal é voltada às atividades de manejo dos florestamentos


comerciais de eucalipto, com a finalidade de abastecer a indústria com as
madeiras provenientes destes plantios para a produção de celulose e papel. O
setor também é responsável por atividades não produtivas, ou seja, aquelas
relacionadas com a preservação, a conservação, o monitoramento e a
recuperação ambiental.

As atividades produtivas da base florestal consistem nas operações de


implantação, manutenção, manejo e exploração das florestas plantadas.

4.1.2 Localização das Florestas

As atividades florestais ocorrem em propriedades localizadas


predominantemente ao longo do Vale do Rio Paraíba, sendo estas divididas em
quatro distritos: Guararema, Taubaté, São José dos Campos e Sul. A partir de
2000, a indústria passou a utilizar como fonte adicional de abastecimento as
áreas próprias existentes no Sul do Estado. Nestas regiões, a matéria prima
para a produção da fábrica é adquirida de áreas próprias, arrendadas, de
plantios realizados por terceiros e, ou fomentados.

No Vale do Rio Paraíba do Sul, região onde está instalada a unidade fabril da
Empresa e grande parte das áreas de abastecimento de matéria prima
florestal, é reconhecido o seu potencial para o desenvolvimento de
reflorestamentos com Eucalyptus (EPASC, 2000).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
22
A empresa possui ainda um programa de fomento florestal junto a produtores
rurais, a fim de complementar o suprimento de madeira para a indústria. Os
produtores recebem mudas e assistência técnica gratuitamente. São também
fornecidas espécies nativas, as quais são fornecidas principalmente para
plantios de Revegetação de áreas de Preservação Permanente nas
propriedades de terceiros dentro da área de interesse da empresa - VCP.

O programa visa principalmente:

- Aumentar e garantir a disponibilidade de madeira apta ao consumo pela


Empresa;
- Reduzir a pressão exploradora sobre remanescentes florestais nativos;
- Atender o consumo de madeira na propriedade (lenha, mourão, esteio,
pontaletes e madeira serrada);
- Diversificar e aumentar a receita da propriedade com a venda de
madeira e produtos florestais (lenha, carvão vegetal, madeira para
construção civil, toras para a serraria, madeira para a produção de
celulose);
- Conservação dos recursos naturais (reduzir erosão, manutenção de
mananciais, conservar micro-clima e manter a florada para abelhas).

A necessidade de madeira com a projeção futura de consumo estão expressos


nos Quadro 4.1 e Quadro 4.2.

Quadro 4.1 – Necessidade de Madeira da VCP Jacareí(1)


Produção de Quantidade de
IMA (com casca) Área total
celulose (tsa/dia) madeira com 3
3 (m /ha/ano) necessária (ha)
casca (m /dia)
2.000 8.700 50 61.770
(1) 3
Relação consumo médio de madeira por tonelada de celulose produzida de 4,35 m s de
madeira com casca por tsa.
Fonte: EPASC Engenharia de Projetos Ambientais, 2000.

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Quadro 4.2 – Evolução do Consumo Anual e Origem da Madeira (x1.000
m3s com casca)
Florestas Fomento Florestas Total
Ano Consumo
próprias Vale Florestal próprias Sul disponível
1998 1.852 753 240 859 1.852
1999 1.910 747 240 923 1.910
2000 2.144 865 240 1.039 2.144
2001 2.624 951 240 1.433 2.624
2002 3.089 1.284 240 1.565 3.089
2003 3.089 2.114 240 735 3.089
2004 3.089 2.382 240 467 3.089
2005 3.089 2.037 240 812 3.089
2006 3.089 1.124 240 1.725 3.089
2007 3.089 874 240 1.975 3.089
2008 3.089 1.183 240 1.666 3.089
2009 3.089 1.457 240 1.392 3.089
2010 3.089 1.797 240 1.052 3.089
2011 3.089 2.284 240 565 3.089
Fonte: EPASC, 2000.

4.1.3 Tecnologia Florestal

Dos programas e procedimentos voltados à produção florestal, serão


ressaltados os seguintes aspectos:

4.1.3.1 Produção de mudas

A Empresa realiza pesquisas de melhoramento genético, com seleção de


sementes, desenvolvimento de pomares porta sementes clonais e jardins
clonais.

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Atualmente, 95% da produção das mudas da VCP Florestal é feita por meio de
propagação vegetativa, através de mini-jardins clonais, ao passo que os 5%
restantes correspondem a mudas produzidas a partir de sementes, para a
introdução de novos materiais genéticos na produção florestal.

A VCP possui ainda um programa de produção de mudas de espécies nativas,


com capacidade de até 2.000.000 unidades/ano.

4.1.3.2 Exploração e transporte da madeira

A exploração e o transporte da madeira é realizado com base no chamado


“Micro Planejamento Florestal”. O mesmo contém, para cada fazenda própria
ou arrendada, um mapa contendo as delimitações das áreas com suas
diversas fisionomias e descrição da finalidade/tipo de manejo de cada uma.

Os sistemas de corte, carga e transporte são definidos conforme a declividade


do terreno.

4.1.3.3 Pesquisa florestal

A Empresa possui uma estrutura de Pesquisa Florestal, que abrange os


principais setores responsáveis pelo desenvolvimento científico e tecnológico
florestal. Os grupos de pesquisa desenvolvem todas as atividades com o apoio
de consultores permanentes e convênios com universidades e entidades
ambientais.

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25
4.1.4 Manejo ambiental

A VCP possui programas de recomposição florestal com espécies nativas,


manejo da fauna e atividades de educação ambiental, conforme descrito a
seguir.

4.1.4.1 Recomposição florestal com espécies nativas

O programa de recomposição florestal com espécies nativas é realizado


principalmente em áreas de preservação permanente e, secundariamente, em
áreas degradadas. Os procedimentos adotados seguem diretrizes estipuladas
pela legislação ambiental e normas internas, tanto para áreas próprias como de
terceiros. A recomposição está planejada para 200 hectares por ano, conforme
dados fornecidos pela VCP (EPASC, 2000).

4.1.4.2 Manejo de fauna

A Empresa mantém uma equipe de técnicos em manejo de fauna, que atuam


nas unidades experimentais da Empresa e nas fazendas de produção.

O programa de manejo da VCP visa principalmente atualizar informações sobre


o estado ecológico das florestas no tocante à Fauna, bem como atuar na
manutenção dos indivíduos nestas áreas, melhorando as condições de abrigo e
alimentação através de plantios de árvores nativas, frutíferas e ainda
organizando o corte da madeira de maneira que se preserve e amplie os
remanescentes florestais nativos que são os principais abrigos à Fauna
Silvestre.

Neste sentido, merece destaque o manejo realizado na área experimental


“Fazenda São Sebastião do Rio Grande”, localizada na APA da Serra da

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Mantiqueira, município de Pindamonhangaba. Esta fazenda de 1.706 hectares,
apresenta remanescentes da floresta Ombrófila Densa, Campos Montanos e
plantio de Eucalyptus spp.

4.1.4.3 Educação ambiental

Os programas de educação ambiental visam fornecer aos funcionários, filhos


de funcionários e à população de interesse, informações concernentes às
questões ambientais vinculadas às atividade industrial e florestal da Empresa.

O programa de Educação Ambiental da VCP para o Vale está centrado em


quatro atividades principais: materiais de divulgação (“jornaleco”), visitas
monitoradas à algumas unidades florestais, manutenção de um núcleo de
Educação Ambiental, desde 1998 e promoção de eventos de Educação
Ambiental, como a “Semana do Meio Ambiente”.

Em 14 de junho de 2004 foi concluído e entregue para operação um Núcleo de


Educação Ambiental próximo à VCP Jacareí. O local abriga biblioteca,
auditório, oficina de reciclagem entre outros espaços. Conforme relatado no
portal da VCP sobre projetos ambientais (VCP, 2005a), “o objetivo deste núcleo
é permitir que tanto a sua infra-estrutura, quanto os seus programas e projetos
possam ser desenvolvidos em parceria com as escolas da região, visando a
disseminação dos conceitos de preservação ambiental e de cidadania”.

4.1.4.4 Manejo de resíduos

A fim de favorecer a reciclagem dos resíduos gerados na VCP, a mesma


realiza o descascamento das toras de eucalipto na área de cultivo, permitindo a
manutenção de aproximadamente 100% do volume total sobre o solo, na
ocasião do corte.

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4.2 Processo Industrial

4.2.1 Produção de Celulose e Papel

Neste item é apresentada sucintamente a descrição dos setores que compõem


a fábrica e a tecnologia adotada em cada setor. A Figura 5 contém o
fluxograma com a apresentação dos setores. No Quadro 4.3 são apresentados
os dados de consumo das principais matérias primas na VCP Jacareí.

4.2.1.1 Preparo de madeira

O sistema de manuseio de madeira é composto por duas linhas distintas, uma


vez que a indústria utiliza dois tipos de madeira: em cavacos e em toras.

A madeira chega à fábrica transportada por caminhões, sendo que as toras


seguem para a mesa alimentadora e em seguida para os picadores.

Dos picadores de discos, os cavacos, são transportados pneumaticamente até


os ciclones, que fazem a distribuição equalizada dos cavacos nas peneiras,
através de rosca dosadora.

Nas peneiras os cavacos são submetidos à uma classificação, sendo os


cavacos aceitos transportados pneumaticamente, até a pilha de cavacos; os
finos são levados por correia transportadora até a pilha de biomassa para
serem queimados. Os rejeitos superdimensionados são repicados.

No caso de recebimento de cavacos, estes seguem diretamente para os


ciclones e passam pelo processo de classificação e estocagem mencionado
acima.

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28
A extração dos cavacos das pilhas é feita por roscas móveis para serem
encaminhados ao digestor contínuo.

O transporte de cavacos do pátio até o digestor é realizado por meio de uma


correia transportadora.

Quadro 4.3 – Principais Características Produtivas


Parâmetro Valor
Processo de Produção Kraft
Processo de Branqueamento ECF/TCF
Dias Produtivos (dias/ano) 355
Produção Média de Celulose
Capacidade de Produção (tsa/ano) 720.000
Capacidade Média de Produção (tsa/dia) 2.000
Celulose ECF/TCF (tsa/d) 2.000
Dias produtivos 355
Capacidade de Produção (t/ano) 95.000
Produção Média de Papel Capacidade Média de Produção (t/dia) 268
Consumo de Celulose (tsa/t de papel) 0,75
Revestido (Coater) (t/mês) 5.000
Consumo Médio de Madeira Madeira de Eucalipto com casca (m³s/ano) 3.089.000
Fonte: EPASC, 2000.

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29
Quadro 4.4 – Consumo das Principais Matérias Primas
Parâmetro Valor
Hidróxido de Sódio (t NaOH/d) 50
Enxofre (t S/d) 10,0
Oxigênio (t O2/d) 80,0
Peróxido de Hidrogênio (t H2O2/d) 30,0
Clorato de Sódio (t NaClO/d) 11,1
Ácido Sulfúrico (t H2SO4/d) 28,0
Sulfato de Sódio (t Na2SO4/d) 26,3
Consumos Médios de Químicos – Celulose Cal Virgem (t CaOH2/d) 27,0
Metanol (t CH3OH) 1,4
Cloro Líquido (t Cl2/d) 7,1
Ozônio (t O3/d) 10,0
Sulfato de Magnésio (t Mg(SO4)2/d) 2,0
Talco Mistron (t/dia) 10,0
Querosene (t/d) -
Antiespumante (t/d) 1,0
Alvejante Ótico (t/mês) 16,2
PAC (t/mês) 28,4
Amido de Mandioca (t/mês) 81,0
Violeta Carta (t/mês) 0,09
Azul Carta (t/mês) 0,07
Nalco 7607 (t/mês) 10,8
Consumos Médios de Químicos – Papel
Precipitado de Carbonato de Cálcio (t/mês) 1.782
Persol 63 (t/mês) 2,8
Kymene (t/mês) 121,5
Emulsão Cola ASA (t/mês) 8,9
Hydrocol OBS (t/mês) 16,2
Sulfato de Alumínio (t Al2SO4/mês) 16,0
Fonte: EPASC, 2000.

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CAUSTIFICA- FILTROS EXTINTOR
FORNOS DE CAL
DORES DE LAMA DE CAL

CALDEIRA DE TANQUE FILTROS DE


EVAPORAÇÃO
RECUPERAÇÃO DISSOLVEDOR LICOR

CAVACOS

TORAS DE PILHA DE LAVAGEM POR SEPARAÇÃO PRÉ-


PICADOR DIGESTOR DEPURAÇÃO LAVAGEM
EUCALIPTO CAVACOS DIFUSOR DE NÓS BRANQUEAMENTO

MÁQUINA
DEPURAÇÃO CORTADEIRA ENFARDAMENTO ESTOCAGEM
EXTRATORA

ESTOCAGEM
BRANQUEAMENTO LAVAGEM DE POLPA PRÉ-
BRANQUEADA

PREPARO MÁQUINA
REBOBINADEIRA ACABAMENTO EXPEDIÇÃO
DE MASSA DE PAPEL

LICOR

FIBRAS

RECUPERAÇÃO QUÍMICA

LINHA DE FIBRAS

BRANQUEAMENTO
RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL
PRODUÇÃO DE CELULOSE
VCP - Unidade Jacareí / SP
PRODUÇÃO DE PAPEL

FIG. 05 - Esquema Simplificado do Processo


Produtivo de Celulose e Papel da EPASC
VCP - Unidade Jacareí Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.
4.2.1.2 Cozimento

O sistema de cozimento é composto de um digestor contínuo hidráulico


estendido modificado.

Neste tipo de cozimento o cavaco é alimentado continuamente por meio de


alimentadores de média e alta pressão. O licor branco é dosado e sofre
circulação neste processo. O digestor é completamente preenchido com líquido
e a pressão interna é mantida hidraulicamente.

O cozimento é denominado modificado pois apresenta dosagens de álcalis em


diversos pontos ao longo do seu perfil, conseguindo-se desta forma uma
deslignificação mais efetiva no digestor sem afetar a qualidade da fibra e
gerando menos poluentes na fase de branqueamento.

São adotadas as duas tecnologias em série: o cozimento contínuo estendido


modificado e a pré-deslignificação com oxigênio. Tais processos minimizam o
carreamento de matéria orgânica para os efluentes, pois os filtrados com teores
mais elevados de matéria orgânica retornam ao circuito do licor para a sua
recuperação reduzindo o impacto ambiental decorrente da geração de
efluentes líquidos do branqueamento da celulose, com menor necessidade de
químicos, comparativamente a outras fábricas que utilizam o processo de
branqueamento ECF.

4.2.1.3 Linha de fibra

A lavagem da massa produzida no digestor contínuo é iniciada dentro do


próprio digestor em contra corrente “Hi-Heating Washing” com licor negro, e
complementada num difusor atmosférico Kvaerner, com capacidade nominal
de lavagem de 2.000 tsa/dia (EPASC, 2000), sendo então enviada para o
tanque de massa lavada.

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A separação de nós tem por objetivo separar os cavacos mal cozidos, ou nós,
do fluxo principal, constituída da mistura diluída polpa-licor.

Neste processo, a polpa proveniente da torre de estocagem é bombeada ao


separador de nós pressurizado. O rejeito do separador é enviado ao aterro
industrial da VCP.

Na linha de fibras, a pasta proveniente da separação de nós é enviada ao


sistema de lavagem, pré-deslignificação e depuração.

A pré-deslignificação com O2 consiste no processo de oxidação em um reator


onde a massa recebe a ação do oxigênio junto com LBO (licor branco oxidado)
ou com soda.

4.2.1.4 Branqueamento

O objetivo do branqueamento é remover a lignina residual, não removida nos


processos de cozimento e pré-deslignificação com oxigênio.

A VCP utiliza o Branqueamento ECF, que consiste de quatro etapas: Oxigênio


(O), Oxigênio e Peróxido (Op), Ozônio (Z) e Dióxido de Cloro (DD). Nesta linha
de branqueamento a seqüência pode ser mudada pela substituição do dióxido
de cloro por peróxido-oxigênio-peróxido (POP), transformando o processo em
TCF, ou seja, totalmente livre de cloro.

O branqueamento pelo método ECF, com a aplicação de ozônio sobre a polpa


possibilita a redução do número kappa e obtenção de maior alvura, produzindo
um efluente com menor carga de matéria orgânica.

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4.2.1.5 Extração de celulose

Para a extração da celulose deve-se realizar a depuração e a secagem da


polpa branqueada.

A depuração de pasta branqueada tem por objetivo remover as impurezas da


polpa a fim de atingir os graus de limpeza exigidos para a celulose do mercado
de exportação.

Neste processo a celulose branqueada é enviada para a linha de depuração,


que tem por objetivo a remoção das impurezas grosseiras e promover a sua
homogeneização. O aceite dos depuradores irá alimentar o sistema de
depuração centrífuga, composto de 5 estágios de centricleaners.

A máquina extratora de celulose (JE-2) é composta por uma parte úmida,


formada por uma mesa plana a vácuo e prensas, e por uma parte seca,
constituída de cilindros secadores à vapor.

A máquina de extração e secagem completa, denominada JE-3, possui sistema


automático de enfardamento, similar à máquina JE-2, com capacidade
suficiente para se atingir uma produção média de 1.200 tsa/dia.

A massa proveniente das duas linhas de fibras (Linha B e Linha C) podem ser
ambas enviadas para as máquinas de extração e secagem, ou individualizar a
extração quando a linha B estiver produzindo celulose TCF.

A consistência da polpa é de aproximadamente 50% na saída das prensas e


90% na cortadeira.

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4.2.1.6 Secagem e fabricação de papel

A fabricação do papel consiste da mistura de fibras de celulose com produtos


químicos floculantes e de carga mineral; a sua secagem é realizada por
processos mecânicos e térmicos.

4.2.2 Recuperação de Produtos Químicos

4.2.2.1 Evaporação

O sistema de evaporação de licor negro consiste em duas linhas de


evaporação composta por seis efeitos cada e de três concentradores, onde o
licor é concentrado de 15,5 para 50% de sólidos, sendo então enviado para as
caldeiras de recuperação.

4.2.2.2 Caldeira de recuperação

O licor negro da unidade de evaporação é encaminhado a duas caldeiras de


recuperação (CR3 e CR4) com capacidade para atender à 2.000 tsa/dia de
celulose.

Essas caldeiras são do tipo “odor less” e contam com precipitador eletrostático
de duas câmaras em paralelo para os gases de combustão. As caldeiras estão
equipadas com instrumentos para monitoramento contínuo das emissões
gasosas de CO, O2 e TRS.

Na fornalha da caldeira de recuperação, o sulfato de sódio sofre a ação


redutora do carbono e se transforma em sulfeto de sódio. As cinzas de
combustão, a uma temperatura de cerca de 1.000°C, fundem-se e escorrem
para um tanque de fundidos.

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Neste tanque, denominado dissolvedor, o fundido é diluído com licor branco
fraco, formando então o chamado licor verde, cuja coloração se deve a uma
pequena quantidade de íons ferrosos presentes no fundido.

Esse licor verde composto principalmente por sulfeto de sódio, sulfato de sódio
e carbonato de sódio, é então enviado para a etapa seguinte, a caustificação.

4.2.2.3 Caustificação

No processo de caustificação, o carbonato de sódio presente no licor é


convertido em hidróxido de sódio através da reação com o hidróxido de cálcio,
precipitando o carbonato de cálcio.

Como resultado tem-se o “licor branco”, utilizado nos digestores na etapa de


cozimento da madeira, reiniciando, assim, o ciclo produtivo.

As impurezas do licor verde, de natureza inorgânica, que são separadas em


um filtro pressurizado (X filter), são denominada “dregs”. Os “dregs” são
diluídos e enviados para um filtro rotativo a vácuo. Deste filtro, a água de
lavagem separada é enviada para o tanque de licor branco fraco e os “dregs”
são dispostos em aterro industrial.

O licor verde é então alimentado em um extintor onde recebe a cal, dando


assim início à reação de caustificação. Destes, a mistura de licor branco e
precipitado segue para um filtro a vácuo para a separação do carbonato de
cálcio ou lama de cal (precipitado) do licor branco (filtrado).

No extintor de cal há a retirada de resíduos sólidos (grits), que são enviados


para o aterro industrial.

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4.2.2.4 Forno de cal

O material recolhido dos filtros a vácuo, contendo basicamente carbonato de


cálcio, é enviado aos fornos rotativos de recalcinação de cal (com capacidade
de 380 t/dia e 210 t/dia, respectivamente). Neste, o carbonato de cálcio é
transformado termicamente em cal virgem (óxido de cálcio), retornando ao
extintor do sistema de caustificação e fechando, desta forma, o ciclo de
recuperação de cálcio.

Os gases de combustão do forno de cal, contendo material particulado e TRS,


passam por um precipitador eletrostático seguido de um lavador de gases
posicionado antes da chaminé.

Parte dos gases gerados são reciclados para a produção do PCC – Precipitado
de Carbonato de Cálcio que é usado como carga na produção de papel.

4.2.3 Plantas Químicas

4.2.3.1 Produção de dióxido de cloro

O processo de fabricação do dióxido de cloro utiliza o clorato de sódio, o ácido


sulfúrico e o metanol como matérias primas, gerando o dióxido de cloro como
produto e o sesquisulfato de sódio como subproduto.

Este processo consiste basicamente de um gerador a vácuo e um trocador de


calor tipo casco/tubo, por onde circula o licor do gerador. O clorato de sódio é
alimentado antes do trocador de calor (ou refervedor), enquanto que o ácido
sulfúrico e o metanol são adicionados após o refervedor.

O dióxido de cloro gasoso liberado na reação passa por um condensador de


superfície, onde é resfriado e, a seguir, por torres de absorção onde, em

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contato com água gelada a contra-corrente, forma a solução de dióxido de
cloro na concentração desejada.

O licor do gerador, sob a forma de uma suspensão de sólidos, é filtrado em um


filtro rotativo a vácuo, onde são separados os cristais de sesquisulfato de sódio,
sendo o filtrado retornado ao gerador.

O sesquisulfato de sódio separado na filtração é reaproveitado na linha de


fibras B, para acerto de pH do estágio de ozônio.

Com a P-2.000, a geração de dióxido de cloro teve sua capacidade aumentada


com a implantação de uma nova planta de 11.000 kg/dia de ClO2 pelo processo
de produção R-6 ou Lurgi.

4.2.3.2 Produção de dióxido de enxofre

O enxofre sólido é introduzido nos tanques de fusão e, no estado fundido, é


queimado num forno, produzindo-se a partir desta queima, o dióxido de enxofre
gasoso.

O dióxido de enxofre a alta temperatura, assim obtido, é resfriado em uma


coluna de resfriamento e passa então por uma torre de absorção em água,
gerando a solução de dióxido de enxofre.

4.2.3.3 Oxigênio e ozônio

A planta de produção de ozônio possui capacidade total de 420 kg/h. A


geração de oxigênio é de 3.250 kg/h.

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4.2.4 Utilidades

4.2.4.1 Estação de Tratamento de Água - ETA

A água bruta é captada do Rio Paraíba do Sul (Figura 3) e enviada para uma
caixa de dosagem de produtos químicos, onde recebe a adição de sulfato de
alumínio, floculante, hipoclorito de sódio e hidróxido de sódio.

Segue para os decantadores, para a separação dos flocos formados. O


material decantado é conduzido à estação de tratamento de efluentes, ao
passo que o sobrenadante atravessa um conjunto de filtros de areia, seguindo
para o reservatório de água tratada.

O sistema de tratamento tem capacidade para tratar cerca de 85.000 m³/dia de


água.

É importante salientar que a VCP possui autorização da Secretaria de


Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, para a captação de até
0,86 m³/s ou 74.304 m³/dia de água do Rio Paraíba do Sul e do lançamento de
0,637 m³/s de despejos, ou seja, de até 55.036 m³/dia no mesmo corpo d’água
(EPASC, 2000).

4.2.4.2 Estação de Tratamento de Água de Caldeira - ETAC

O sistema possui as seguintes unidades:

- Tanques de “flash” para coleta do vapor condensado, com capacidade de


290 m3/h;
- Quatro unidades de desmineralização com capacidade de 480 m³/h;
- Seis unidades de osmose reversa com capacidade de 300 m³/h;
- Sistema de desaeração com capacidade de 440 m³/h;

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- Sistema de dosagem de produtos químicos.

O rejeito da ETAC, da ordem de 100 m³/h é usado como “make-up” na torre de


resfriamento.

4.2.4.3 Estação de Tratamento de Efluentes - ETE

Os efluentes líquidos gerados nos processos de produção de celulose e papel,


sejam industriais ou sanitários, são reunidos e enviados à ETE. O sistema foi
projetado para tratar 76.400 m3/dia com uma eficiência de remoção de DBO
superior a 90%.

Após tratamento, os efluentes são lançados no Rio Paraíba do Sul. Na Figura 3


são ilustrados os pontos de captação de água e lançamento de efluentes
tratados.

O sistema de tratamento de efluentes apresenta as seguintes etapas de


tratamento:

- Sistema de equalização/neutralização;
- Lagoa de emergência;
- Sistema de decantação primária;
- Torres de resfriamento de efluente,
- Sistema de tratamento biológico dos efluentes por lodos ativados duplo
estágio,
- Sistema de desidratação do lodo primário;
- Sistema de desidratação do lodo biológico.

A lagoa de emergência tem a finalidade de conter distúrbios operacionais e


derrames acidentais que possam impactar negativamente o sistema de lodos
ativados. O efluente que por ventura tenha sido encaminhado para a lagoa será

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bombeado gradativamente para o tanque de neutralização e em seguida para o
tratamento primário. Possui uma capacidade de armazenar 120.000 m3.

Os efluentes da fábrica são coletados em uma calha Parshall para medição de


vazão e são enviados ao tanque de neutralização, onde recebem dosagem de
leite de cal para correção de pH.

Os efluentes, após neutralização, são enviados aos decantadores primários,


onde ocorre a remoção de sólidos suspensos e de parte da carga orgânica, da
ordem de 80% e 10%, respectivamente.

O lodo retirado do fundo dos decantadores primários e a escuma retirada de


suas superfícies são enviados ao tanque de lodo primário e os efluentes são
bombeados para uma torre de resfriamento.

Visando aumentar ainda mais a concentração de sólidos da torta, o lodo


primário recebe dosagem de polímeros e é espessado nas peneiras rotativas,
destes o lodo segue para o Screw Press para desidratação.

Após o resfriamento, os efluentes são encaminhados para o sistema de


aeração, formado por difusores tipo membrana (bolha fina). O primeiro estágio
do lodo ativado é de alta taxa, com alto teor de sólidos no tanque de aeração,
enquanto que o segundo estágio pode ser considerado um sistema de lodos
ativados tipo baixa taxa. No sistema são adicionados nutrientes (nitrogênio e
fósforo) necessários ao desenvolvimento dos microorganismos responsáveis
pela biodegradação da matéria orgânica.

A mistura efluentes-lodo biológico é encaminhada então por gravidade aos


decantadores secundários do 1º estágio.

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Parte do lodo formado retorna para a entrada do tanque de aeração através de
bomba parafuso, a fim de manter constante a concentração de microrganismos
no tanque de aeração.

O lodo biológico em excesso dos decantadores secundários (primeiro e


segundo estágios) é encaminhado através de bombeamento para o adensador
circular.

O lodo adensado segue então para o tanque de mistura de lodo biológico. Após
receber polímero, a desidratação é realizada através de 3 decanters
centrífugos cuja capacidade individual é de 40 m³/h. Este lodo biológico é
enviado ao aterro industrial da VCP Jacareí.

Na Figura 6 é apresentado o fluxograma da Estação de Tratamento de


Efluentes.

A média mensal da geração de efluentes líquidos industriais é da ordem de


75.000 a 80.000 m³/dia (Anexo D). .

Os dados de desempenho da ETE são apresentados no Anexo D.

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42
TANQUES DE DECANTADORES TANQUES DE DECANTADORES EFLUENTE TRATADO
EFLUENTES TANQUE DE DECANTADORES TORRE DE
AERAÇÃO SECUNDÁRIOS AERAÇÃO SECUNDÁRIOS PARA
BRUTOS NEUTRALIZAÇÃO PRIMÁRIOS RESFRIAMENTO
1º ESTÁGIO 1º ESTÁGIO 2º ESTÁGIO 2º ESTÁGIO RIO PARAÍBA DO SUL

TANQUE DE LODO
PRIMÁRIO

PENEIRA
RETORNO DE LODO RETORNO DE LODO
ROTATIVA
(ESPESSADOR)

PRENSA TIPO
LODO
PARAFUSO
PRIMÁRIO
(SCREW PRESS)

TANQUE TANQUE
LODO DECANTER
DE LODO ADENSADOR
BIOLÓGICO CENTRÍFUGO
BIOLÓGICO DE LODO

EFLUENTE

LODO
RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL
VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 06 - Fluxograma da Estação de


Tratamento de Efluentes EPASC
Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.
4.3 Resíduos Sólidos

Dos resíduos gerados no processo industrial serão enviados à ampliação do


Aterro Industrial os seguintes (Figura 7, Quadro 4.5 e Anexo E):

1) rejeito de caustificação (dregs e grits);


2) rejeito de depuração (resíduos de digestão);
3) Carbonato de cálcio e óxido de cálcio;
4) Lodo biológico da estação de tratamento de efluentes (ETE);
5) Lodo primário produzido em Mogi das Cruzes.

A descrição detalhada dos processos em que os resíduos são gerados e estão


sumarizados no Quadro 4.5. As quantidades de resíduos geradas são
apresentadas no item 5 - Caracterização do Empreendimento.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
44
PLANTA DE
DIVERSAS PÁTIO DE CALDEIRAS E.T.E. CAUSTIFICAÇÃO DEPURAÇÃO CARBONATO E.T.E.
ÁREAS MADEIRA AUXILIARES JACAREÍ (FORNO DE CAL) DO DIGESTOR DE CÁLCIO MOGI
PRECIPITADO

RESÍDUOS DE CASCAS E REJEITO DA CARBONATO DE


REJEITOS DA LODO
VARREDURA, CAVACOS CINZAS LODO CAUSTIFICAÇÃO CÁLCIO E
DEPURAÇÃO PRIMÁRIO
ENTULHO E TERRA FINOS BIOLÓGICO (DREGS E GRITS) ÓXIDO DE CÁLCIO

RESÍDUOS LODO
DOMÉSTICOS PRIMÁRIO

ATERRO ATERRO ATERRO


MUNICIPAL DE CLASSE I I I COMEG CLASSE I I
JACAREÍ (INERTES) VCP VCP

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 07 - Fontes de Geração de Resíduos


Sólidos EPASC
Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.
Quadro 4.5 – Origem e Destino dos Resíduos Gerados na Unidade
Industrial da VCP Jacareí
Resíduos Origem Destino
Cascas e cavacos Manuseio da madeira e
1 aterro de inertes da VCP
finos preparação de cavacos
queima da biomassa nas
2 Cinzas aterro de inertes da VCP
caldeiras auxiliares
Rejeito da
Aterro para resíduos
3 caustificação Caustificação e forno de cal
classe II-A da VCP
(dregs e grits)
Rejeito da Depuração de massa marrom e Aterro para resíduos
4
Depuração nós da separação de nós classe II-A da VCP
Carbonato de
Planta de Carbonato de Cálcio Aterro para resíduos
5 cálcio e óxido de
Precipitado (PCC) classe II-A da VCP
cálcio
Lodo do decantador primário da doado à empresa para
Lodo primário da
6 ETE desidratado nas prensas reaproveitamento do
ETE
(screw press) material
Lodo dos decantadores
Lodo biológico da Aterro para resíduos
7 secundários da ETE desidratado
ETE classe II-A da VCP
nos decanters centrífugos
Resíduos Aterro Municipal de
8 Refeitório e sanitários
Domésticos Jacareí
9 Resíduos Gerais Varreduras diversas aterro de inertes da VCP
com fundo cinza: resíduos a serem encaminhados ao aterro Classe II-A

A caracterização química da massa bruta dos resíduos e os laudos, em


conformidade com a NBR ABNT 10.004 (ABNT, 1987) estão no Quadro 4.6 e
no Anexo F.

Em função dos resultados obtidos, os resíduos sólidos de interesse são


considerados como de classe II A (não perigosos e não inertes) (Anexo F),
passíveis, portanto, de serem dispostos em um aterro industrial.

A seguir é dada a descrição dos resíduos gerados.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
46
4.3.1 Rejeito de Caustificação

Os rejeitos de caustificação são formados pelos dregs e pelos grits.

Os dregs são originados nos clarificadores de licor verde, por decantação.

Os grits correspondem às impurezas que normalmente acompanham a cal


virgem, sedimentadas e removidas no processo de clarificação do licor verde,
realizado nas plantas de caustificação (no slaker) e transportados até as
caçambas, que normalmente armazenam também os dregs.

A mistura destes resíduos é alcalina (pH 11,3), com cerca de 44% de umidade.

4.3.2 Rejeito de Depuração (Resíduos de Digestão)

É constituído por palitos da depuração de massa marrom e nós da separação


de nós. O resíduo é alcalino, com pH de 9,4 e cerca de 73% de umidade
(Quadro 4.6).

4.3.3 Carbonato de Cálcio e Óxido de Cálcio

São produzidos no forno de cal, sendo alcalinos (pH de 12,4), com cerca de
38% de umidade, sendo gerados nas limpezas das áreas dos fornos e
caustificação.

4.3.4 Lodo Biológico da Estação de Tratamento de Efluentes

Este resíduo é constituído pelo lodo secundário produzido na ETE.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
47
Como pode-se observar no Quadro 4.6, o lodo apresenta quantidade de sólidos
de aproximadamente 25% e umidade de 74%.

4.3.5 Lodo Primário da Estação de Tratamento de Efluentes da VCP Mogi


das Cruzes

Este resíduo é constituído pelo lodo primário produzido na ETE da Fábrica da


VCP localizada em Mogi das Cruzes.

Como pode-se observar no Quadro 4.6, o lodo apresenta quantidade de sólidos


de aproximadamente 34% e umidade de 65%.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
48
Quadro 4.6 - Caracterização Química da Massa Bruta dos Resíduos a
Serem Dispostos na Ampliação do Aterro Industrial da VCP Jacareí,
Conforme NBR ABNT 10.004(1)
Limites Resíduos
Parâmetros Unid. Carbonato de Lodo
(2) Lodo Dregs Rejeito da
Detec. Espec. Cálcio/ Óxido Primário
Biológico e Grits Depuração
de Cálcio (Mogi)

Umidade % - - 38,00 74,55 65,88 43,83 73,40


-1
PH (sol. 1:1) mg kg 0,1 NE 12,4 7,1 6,9 11,3 9,4
-1
Berílio mg kg 1,0 100 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005
-1
Cromo VI mg kg 0,01 100 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01
-1
Mercúrio mg kg 0,03 100 0,23 0,05 0,44 0,19 0,32
-1
Vanádio mg kg 3,0 1000 65,8 53,0 24,8 53,4 10,2
-1
Chumbo mg kg 0,1 1000 < 0,04 22,7 11,6 40,5 < 0,04
-1
Selênio mg kg 0,02 100 0,18 0,05 0,09 0,05 0,16
-1
Arsênio mg kg 0,01 1000 0,44 0,13 0,63 0,23 0,12
-1 (3)
Cádmio mg kg 1,0 NE 3,78 0,76 < 0,004 3,35 < 0,004
-1
Fluoretos mg kg 0,2 NE 0,8 0,17 0,40 2,15 0,22
-1
Zinco mg kg 2,0 NE 8,3 182,1 40,0 373,6 4,0
-1
Bário mg kg 11,0 NE 416,8 138,0 28,5 1249,3 30,7
-1
Prata mg kg 4,0 NE 9,4 1,01 2,1 7,5 1,4
-1
Cobre mg kg 3,5 NE 10,2 34,2 28,5 113,4 1,1
-1
Cromo Total mg kg 6,0 NE 11 11,9 6,7 38,6 2,9
-1
Níquel mg kg 3,0 NE 28,5 17,5 5,3 133,0 1,0
-1
Cianetos mg kg 0,007 1000 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007
-1
Fenol mg kg 0,005 10 < 0,1 0,32 4,07 1,25 0,2
-1
Óleos e Graxas mg kg 0,1 NE 23,2 178,9 2166,8 937,3 54,7
Matéria Orgânica % 0,01 NE 46,7 94,52 82,70 87,77 82,9
Voláteis 105°C % 0,01 NE 38,00 74,55 65,88 43,83 73,40
Teor de Sólidos % 0,01 NE 62,00 25,45 34,12 56,17 26,60
Líq. Livres Visual NE Aus. Aus. Aus. Aus. Aus.
(1) (2) (3)
Data da coleta da amostra – 20/09/2004; Limites estabelecidos pela NBR 10.004, Anexo I – Listagem nº 9; NE =
Não Especificado.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
49
5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO –
AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL CLASSE II

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO - AMPLIAÇÃO DO
ATERRO INDUSTRIAL CLASSE II

5.1 Concepção do Aterro

Em uma obra de aterro de resíduos são implantados diversos sistemas de


proteção ambiental que asseguram a acomodação dos resíduos no solo sem
causar danos ao meio ambiente.

A concepção do aterro foi baseada nas seguintes premissas:

- manutenção de uma distância mínima entre o local do aterro e os cursos


d'água permanentes utilizados para abastecimento;
- proteção das coleções hídricas superficiais ou subterrâneas, com a garantia
de que as mesmas não serão atingidas; através de execução de
impermeabilização na base e nas laterais do aterro, com mantas sintéticas;
- nível de escavação de base projetado considerando o mapa
potenciométrico da área de interesse (Figura 21 do item 6.3.4.2), mantendo-
se uma distância mínima de 2 m entre o fundo da escavação do aterro e o
nível mais alto do lençol freático;
- implementação de sistemas de drenagem interna de percolado / gás e
drenagem externa superficial para águas pluviais;
- interligação do sistema de coleta de percolado ao sistema de
armazenamento existente para tratamento na ETE da VCP;
- inclinação média dos taludes de corte no terreno: 1V:1,75H em lances de
6 m de altura com inclinação de 1V:1,5H entremeados por bermas com 2 m
de largura;
- inclinação média dos taludes dos diques em aterro: 1V:2,25H em lances de 6 m
de altura com inclinação de 1V:2H entremeados por bermas com 2m de largura;
- inclinação média das pilhas de resíduos de 12°, altura de cada camada de
resíduos de 5 m; cobertura de 0,60 m de espessura entre camadas;
cobertura final de 1,00 m de espessura;

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
51
- operação do aterro sob as diversas condições, dotado de acessos
adequados e cascalhados para operação, sob quaisquer condições;
- vida útil de, pelo menos, 10 anos;
- controle no ingresso de pessoas e materiais nas áreas do aterro;
- implementação de sistema de monitoramento ambiental e geotécnico;
- operação do sistema de monitoramento das águas subterrâneas por um
período de 20 (vinte) anos após o encerramento do aterro.

Tendo em vista as características geotécnicas e as quantidades dos resíduos a


serem destinados, bem como as características da área de ampliação do
aterro, foram feitas avaliações de arranjos possíveis na área disponibilizada,
em uma fase anterior.

Dentre as alternativas apresentadas, foi escolhido o arranjo “B” que terá ao


todo cinco valas adicionais ao norte da vala existente conforme Figura 8
apresentada a seguir.
N

Valas 3 e 4

Vala 2

Vala 1
Valas 5 e 6

existente
ampliação
faixa de transmissão

Figura 8 – Representação Esquemática das Novas Valas para Ampliação


do Aterro Industrial

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
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Na primeira etapa, valas 2, 3 e 4, serão dispostos todos os cinco resíduos e
nas valas da segunda etapa (5 e 6) não será destinado o lodo biológico, o que
possibilitará a formação de pilhas de resíduos, com melhor aproveitamento da
área.

Esta concepção permitirá que sua implantação seja feita em cinco fases
distintas.

Para a definição da configuração das células para a ampliação do aterro


considerou-se principalmente a topografia do terreno, o nível do lençol freático
(determinado pela execução de sondagens a percussão e elétricas verticais), o
tipo de solo e a necessidade de capacidade volumétrica para o recebimento
dos resíduos sólidos gerados por um período elevado de tempo.

Na primeira etapa das obras, para a implantação da vala número 2 prevê-se a


utilização de uma pequena área imediatamente ao norte da vala 1 já existente.
Para as valas 3 e 4 prevê-se a utilização de uma área ao norte da faixa da linha
de transmissão de energia elétrica na mesma direção da célula 2. Nestas valas
serão dispostos todos os cinco resíduos.

As valas 5 e 6 utilizarão uma área à oeste das células 3 e 4 conforme indicado


na Figura 8. Nestas valas não será disposto o lodo biológico, que terá um outro
tipo de destinação. Portanto nestas células será possível a disposição dos
resíduos em camadas após se atingir o nível de topo do dique de contenção.

A capacidade volumétrica total será de aproximadamente 796.000 m³.


Descontados os aterros para proteção mecânica de impermeabilização e as
coberturas das camadas de resíduos, o volume útil total das novas valas do
aterro será de 620.000 m³ de resíduos classe II A.

A VCP vem realizando estudos técnicos com os resíduos sólidos gerados a fim
de obter utilização mais nobre para os mesmos, com este intuito, parte da área

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
53
poderá ser utilizada no futuro para estas alternativas como por exemplo para
uma unidade de compostagem, ao invés da implantação de algumas das valas
projetadas.

5.2 Resíduos a serem Dispostos na Área de Ampliação do Aterro

Os resíduos gerados no processo industrial que serão encaminhados para a


área de ampliação do aterro industrial são dispostos atualmente na vala 1 e
são classificados como do tipo Classe II – Não Inerte.

Vale comentar que a partir de 30/11/04 o resíduo Classe II – Não inerte passou
a ser denominado como Classe II – A, segundo a atualização da norma NBR-
10.004 de maio de 2004 (ABNT, 2004a).

Os resíduos a serem dispostos na área de ampliação são os seguintes:

a) resíduos da caustificação (Dregs + grits);


b) Rejeito de depuração;
c) Carbonato de cálcio e óxido de cálcio;
d) Lodo biológico da ETE; e
e) Lodo primário de Mogi.

O Quadro 5.1 a seguir apresenta as quantidades mensais de resíduos sólidos a


serem dispostas na área de ampliação do aterro industrial, estabelecidas junto
aos técnicos da VCP, considerando os dados de resíduos produzidos no
período de 2003 a 2004. A descrição dos resíduos consta no item 4.3 e o
aspecto visual dos mesmos é apresentado no Relatório Fotográfico (Anexo E).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
54
Quadro 5.1 – Quantidades Mensais de Resíduos Sólidos a serem
Encaminhadas à Área de Ampliação do Aterro Industrial Classe II
Resíduo t/mês(1) % do total
Rejeito da Caustificação (dregs e grits) 2500 30,9
Rejeito da Depuração 450 5,6
Carbonato de Cálcio e Óxido de Cálcio 290 3,6
Lodo Biológico 4700 58,2
Lodo Primário de Mogi 140 1,7
Total 8080 100
(1)
Quantidades conforme informações da VCP - Mai/2005.

Para a definição dos volumes destes resíduos foram realizados ensaios para a
determinação de suas densidades aparentes com amostras dos resíduos
coletadas. Os resultados obtidos são apresentados no Quadro 5.2.

Assim sendo, para o cálculo da vida útil do aterro foram considerados de forma
conservadora os volumes mensais de resíduos gerados apresentados no
Quadro 5.2., sem levar em conta a redução de volume associada a um
adensamento resultante da perda de umidade e degradação da matéria
orgânica presente nos resíduos ao longo do tempo.

Quadro 5.2 – Densidades e Volumes Mensais de Resíduos Sólidos a


serem Encaminhados à Área de Ampliação do Aterro Industrial Classe II
Resíduo t/m³ (1) m³/mês
Rejeito da Caustificação (dregs e grits) 1,37 1829
Rejeito da Depuração 1,01 445
Carbonato de Cálcio e Óxido de Cálcio 1,83 158
Lodo Biológico 1,04 4528
Lodo Primário de Mogi 1,08 129
(1)
Densidades obtidas com os resíduos coletados em setembro/2004 (vide Anexo F).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
55
Para o cálculo do volume resultante da mistura de todos os resíduos levou-se
em conta o fato de que o rejeito da depuração apresenta índice de vazios da
ordem de 50%, que seriam ocupados pelo lodo biológico resultando em um
volume mensal gerado de 4.425 m³.

No caso da mistura dos resíduos, excluindo-se o lodo biológico, não se leva em


conta o preenchimento dos vazios do rejeito da depuração, assim o volume
resultante seria de 2.975 m³/mês.

Portanto são considerados dois volumes de geração anual, um da mistura total


dos resíduos da ordem de 53.000 m³ e outro de 35.700 m³, sem o lodo
biológico.

5.3 Estimativa da Geração de Líquidos Percolados na Área de


Ampliação do Aterro

Para o dimensionamento do sistema de drenagem de percolados é necessário


conhecer a quantidade dos líquidos escoados e percolados, os quais deverão
ser drenados.

A quantidade de líquidos percolados foi estimada para duas situações distintas,


em uma 1ª etapa com a disposição de todos os resíduos (valas 2, 3 e 4) e em
uma 2ª etapa com a disposição dos resíduos sem o lodo biológico.

5.3.1 1ª Etapa – Disposição de Todos os Resíduos

Tendo em vista as características físicas dos cinco resíduos a serem


depositados no aterro, o lodo biológico é o resíduo que apresenta o maior teor
de umidade (em torno de 75%), e portanto considera-se que a umidade

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
56
presente neste resíduo é a que irá gerar a maior parte dos líquidos percolados
além da parcela correspondente ao balanço entre precipitação e a evaporação.

Assim sendo a estimativa da geração de percolado nas valas com disposição


de lodo biológico (2, 3 e 4) foi realizada a partir de dados das quantidades
deste resíduo depositada na vala atualmente existente na VCP (vala 1) e de
percolado gerado.

O percolado é transportado até a ETE através de caminhões tanque e os


volumes transportados são registrados. Pela observação da Figura 9 e da
Figura 10, obtidas a partir dos dados de controle diário de retirada de percolado
efetuado pela VCP, fica evidente a relação entre a quantidade de percolado
retirada, o volume precipitado e o volume de lodo biológico depositado na vala
1.

4000 8000

3500 7000

3000 6000

Volume de Precipitação (m³)


Volume percolado (m³)

2500 5000

2000 4000

1500 3000

1000 2000

500 1000

0 0
jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04

percolado (m³) volume de chuva (m³)

Figura 9 - Volume Mensal de Percolado Retirado x Volume Precipitado


sobre a Área do Aterro Existente

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
57
4000 4000

3000 3000
quantidade de lodo biológico (t/mês)

quantidade de percolado (m³/mês)


2000 2000

1000 1000

0 0
jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04

lodo biológico volume percolado

Figura 10 - Lodo Biológico Depositado no Aterro x Percolado Coletado

Para a estimativa do volume de percolado gerado na primeira etapa foram


utilizados os dados de 2004 da vala 1, quando houve geração anual de
percolado de 22.340 m³ para uma quantidade de lodo biológico disposto de
24.269 t.

5.3.1.1 Premissas consideradas para a estimativa do volume de percolado

A seguir são apresentadas as premissas consideradas para a estimativa do


volume de percolado gerado pelo lodo biológico na vala 1 e que servirão de
base para a previsão de geração de percolado nas valas 2, 3 e 4.

Infiltração e armazenamento de água

Observa-se na vala atualmente em operação que a mistura de resíduos


contendo o lodo biológico quando exposta à ação do clima (insolação e vento)

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
58
rapidamente perde a umidade nos primeiros 10 cm, formando uma camada
compacta e que dificulta a movimentação de água no perfil. Por este motivo
desconsiderou-se o armazenamento de água da chuva no volume do lodo.

Precipitação e evaporação da água

Os dados de precipitação de 2004 foram obtidos na estação meteorológica da


VCP de Jacareí.

Estes dados e os dos volumes de percolado gerados no atual aterro industrial


da VCP em 2004 (Figura 9) evidenciam uma relação direta entre estes
parâmetros.

Pelos dados de evapotranspiração da região sabe-se que grande parte da


água precipitada se perde por evaporação, restando um excedente anual
estimado (2004) de apenas 256,4 mm (Quadro 5.3).

Para a estimativa da água evaporada foi utilizado o método de Thornthwaite


adotado para o cálculo da evapotranspiração potencial.

As equações de evapotranspiração (métodos teórico-empíricos) consideram


essencialmente dados climáticos (Reitchardt, 1990), pois esta depende
essencialmente da energia disponível para o processo de evaporação da água
(583 cal/g a 25°C).

Com o uso dos dados de evapotranspiração potencial estimado pelo método de


Thornthwaite a evaporação está sendo subestimada, pois se sabe que a
evapotranspiração de uma cultura plenamente desenvolvida representa 80 a
90% da água evaporada em uma superfície livre de um tanque Classe “A”
(Manica, 1973, citado por Figueiredo et al., 2005).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
59
Água Retida no Lodo Biológico

Considerou-se ainda que parte do percolado gerada é oriunda da água retida


no lodo biológico; este, além de apresentar alta umidade (75%), terá sua
porosidade diminuída pela pressão provocada pelo aumento do peso dos
resíduos, com aumento da água gravitacional.

5.3.1.2 Estimativa do líquido percolado dos resíduos contendo lodo


biológico

Assim conforme explicado no item anterior, uma grande parcela do


percolado formado corresponderá à água perdida do lodo biológico, que a
partir dos dados fornecidos pela VCP poderá ser estimada a partir da
seguinte equação:

Líquido percolado oriundo dos resíduos com lodo biológico =


total percolado – (precipitação – evaporação).

Os valores estimados de líquido percolado oriundo dos resíduos com lodo


biológico estão apresentados no Quadro 5.3.

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60
Quadro 5.3 - Balanço de Água e Estimativa de Percolado Produzido pelo
Lodo Biológico para o Ano de 2004 - Atual Aterro Industrial da VCP
Jacareí – vala 1(1)
Percolado
Lodo total
(2)
Precipitação Evapotr. Potencial
(3) Percol.
resíduos Relação
(2) (4
Mês Biológico medido P ETP P - ETP estimado Percol.

Ton. m³ mm m³ mm m³ mm m³ m³ lodo /lodo

jan/04 1.726,7 1.030,0 132,0 3.828,0 154,9 4.492,1 -22,9 -664,1 1.694,1 1,0

fev/04 2.033,7 2.400,0 215,5 6.249,5 114,8 3.330,3 100,7 2.919,2 -519,2 -0,3

mar/04 2.467,0 3.190,0 63,5 1.841,5 114,6 3.322,1 -51,1 -1.480,6 4.670,6 1,9

abr/04 2.207,3 2.320,0 143,5 4.161,5 80,9 2.347,3 62,6 1.814,2 505,8 0,2

mai/04 3.209,8 2.210,0 162,5 4.712,5 59,4 1.721,3 103,1 2.991,2 -781,2 -0,2

jun/04 835,0 1.810,0 53,0 1.537,0 46,4 1.344,8 6,6 192,2 1.617,8 1,9

jul/04 1.055,4 1.840,0 46,0 1.334,0 46,2 1.340,9 -0,2 -6,9 1.846,9 1,7

ago/04 1.347,0 1.730,0 6,0 174,0 58,9 1.706,8 -52,9 -1.532,8 3.262,8 2,4

set/04 2.158,9 700,0 40,0 1.160,0 71,4 2.069,8 -31,4 -909,8 1.609,8 0,7

out/04 2.035,6 710,0 128,5 3.726,5 89,7 2.601,1 38,8 1.125,4 -415,4 -0,2

nov/04 3.158,7 2.040,0 172,5 5.002,5 101,0 2.929,8 71,5 2.072,7 -32,7 0,0

dez/04 2.033,7 2.360,0 149,0 4.321,0 117,5 3.407,5 31,5 913,5 1.446,5 0,7

Total 24.268,8 22.340,0 1.312,038.048,0 1.055,6 30.613,7 256,4 7.434,3 14.905,7

Média 2.022,4 1.861,7 109,3 3.170,7 88,0 2.551,1 21,4 619,5 1.242,1 0,61
(1) 2
Área de contribuição do atual aterro industrial: 29000 m
(2)
Dados de volume percolado e precipitação fornecidos pela VCP
(3)
Evapotranspiração a partir do Método de Thornthwaithe
(4)
Estimativa do volume percolado oriundo do lodo biológico = total percolado – (precipitação – evaporação)

Pela média mensal de disposição de lodo biológico, geração de percolado,


precipitação e evapotranspiração potencial para Jacareí estimou-se que em
média 61% do peso do lodo biológico depositado pode ser percolado. A partir
deste índice foi estimada a produção de percolado para as valas 2, 3 e 4,
apresentada nos Quadro 5.4 a Quadro 5.6 a seguir:

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61
Quadro 5.4 - Balanço de Água e Estimativa de Percolado Produzido pelo
Lodo Biológico – Vala 2(1)

(2)
Evapotranspiração
Precipitação (2) Quantidade Estimativa de
Potencial P – ETP (3)
Mês P Lodo Percolado
ETP
mm m³ mm m³ mm m³ t m³
jan/04 228,4 1.306,5 154,9 886,0 73,5 420,5 4.700,0 3.306,7
fev/04 191,7 1.096,3 114,8 656,9 76,8 439,4 4.700,0 3.325,7
mar/04 139,9 800,3 114,6 655,3 25,4 145,0 4.700,0 3.031,3
abr/04 74,5 426,0 80,9 463,0 -6,5 -37,0 4.700,0 2.849,3
mai/04 56,7 324,4 59,4 339,5 -2,6 -15,1 4.700,0 2.871,2
jun/04 36,9 211,3 46,4 265,3 -9,4 -53,9 4.700,0 2.832,3
jul/04 25,7 147,1 46,2 264,5 -20,5 -117,4 4.700,0 2.768,9
ago/04 38,1 217,7 58,9 336,6 -20,8 -119,0 4.700,0 2.767,3
set/04 60,7 346,9 71,4 408,2 -10,7 -61,3 4.700,0 2.825,0
out/04 95,2 544,3 89,7 513,0 5,5 31,2 4.700,0 2.917,5
nov/04 114,6 655,7 101,0 577,9 13,6 77,8 4.700,0 2.964,1
dez/04 170,3 974,0 117,5 672,1 52,8 301,9 4.700,0 3.188,2
Total 1.232,6 7.050,6 1.055,6 6.038,3 177,0 1.012,3 56.400,0 35.647,5
Média 102,7 587,5 88,0 503,2 14,7 84,4 4.700,0 2.970,6
(1) 2
Área de contribuição da Vala 2 = 5.720 m ;
(2)
Percolado mensal = [0,6143*(quantidade mensal de lodo)] + (precipitação - evapotranspiração
potencial);
(3)
Precipitação obtida a partir de série histórica e evapotranspiração potencial partir do Método de
Thornthwaithe-Mather.

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62
Quadro 5.5 - Balanço Mensal de Água e Estimativa de Percolado
Produzido pelo Lodo Biológico – Vala 3(1)

(2) Evapotranspiração
Precipitação (2) Quantidade Estimativa de
Potencial P – ETP (3)
Mês P Lodo Percolado
ETP
mm M³ mm m³ mm m³ t m³
jan/04 228,4 2.809,4 154,9 1.905,3 73,5 904,1 4.700,0 3.790,4
fev/04 191,7 2.357,5 114,8 1.412,5 76,8 945,0 4.700,0 3.831,2
mar/04 139,9 1.720,9 114,6 1.409,0 25,4 311,9 4.700,0 3.198,2
abr/04 74,5 916,1 80,9 995,6 -6,5 -79,5 4.700,0 2.806,8
mai/04 56,7 697,6 59,4 730,1 -2,6 -32,4 4.700,0 2.853,8
jun/04 36,9 454,4 46,4 570,4 -9,4 -116,0 4.700,0 2.770,3
jul/04 25,7 316,2 46,2 568,7 -20,5 -252,5 4.700,0 2.633,8
ago/04 38,1 468,1 58,9 723,9 -20,8 -255,9 4.700,0 2.630,4
set/04 60,7 746,0 71,4 877,9 -10,7 -131,8 4.700,0 2.754,4
out/04 95,2 1.170,4 89,7 1.103,2 5,5 67,2 4.700,0 2.953,4
nov/04 114,6 1.410,0 101,0 1.242,6 13,6 167,3 4.700,0 3.053,6
dez/04 170,3 2.094,5 117,5 1.445,2 52,8 649,3 4.700,0 3.535,6
Total 1.232,6 15.161,2 1.055,6 12.984,4 177,0 2.176,8 56.400,0 36.812,0
Média 102,7 1.263,4 88,0 1.082,0 14,7 181,4 4.700,0 3.067,7
(1)
Área de contribuição da Vala 3 = 12.300 mm;
(2)
Precipitação obtida a partir de série histórica e evapotranspiração potencial a partir do Método de
Thornthwaite-Mather.
(3)
Percolado mensal = [0,6143*(quantidade mensal de lodo)] + (precipitação - evapotranspiração
potencial)];

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63
Quadro 5.6 - Balanço de Água e Estimativa de Percolado Produzido pelo
Lodo Biológico – Vala 4(1)

(2)
Evapotranspiração
Precipitação (2) Quantidade Estimativa de
Potencial P – ETP (3)
Mês P Lodo Percolado
ETP
mm m³ mm m³ mm m³ t m³
jan/04 228,4 2.649,5 154,9 1.796,8 73,5 852,7 4.700,0 3.739,0
fev/04 191,7 2.223,3 114,8 1.332,1 76,8 891,2 4.700,0 3.777,4
mar/04 139,9 1.623,0 114,6 1.328,8 25,4 294,2 4.700,0 3.180,4
abr/04 74,5 864,0 80,9 938,9 -6,5 -74,9 4.700,0 2.811,3
mai/04 56,7 657,9 59,4 688,5 -2,6 -30,6 4.700,0 2.855,7
jun/04 36,9 428,5 46,4 537,9 -9,4 -109,4 4.700,0 2.776,9
jul/04 25,7 298,2 46,2 536,4 -20,5 -238,1 4.700,0 2.648,2
ago/04 38,1 441,4 58,9 682,7 -20,8 -241,3 4.700,0 2.645,0
set/04 60,7 703,6 71,4 827,9 -10,7 -124,3 4.700,0 2.761,9
out/04 95,2 1.103,8 89,7 1.040,4 5,5 63,4 4.700,0 2.949,6
nov/04 114,6 1.329,8 101,0 1.171,9 13,6 157,8 4.700,0 3.044,1
dez/04 170,3 1.975,3 117,5 1.363,0 52,8 612,3 4.700,0 3.498,6
Total 1.232,6 14.298,4 1.055,6 12.245,5 177,0 2.052,9 56.400,0 36.688,1
Média 102,7 1.191,5 88,0 1.020,5 14,7 171,1 4.700,0 3.057,3
(1) 2
Área de contribuição da Vala 4 = 11.600m ;
(2)
Percolado mensal = [0,6143*(quantidade mensal de lodo)] + (precipitação - evapotranspiração
potencial);
(3)
Precipitação obtida a partir de série histórica e evapotranspiração potencial a partir do Método de
Thornthwaite-Mather.

A partir dos resultados mensais obtidos e utilizando-se a equação de Vazão


Mensal (Rocca et al., 1993):

Qm (l/s) = Percolado (mm) x Área (m²) = Percolado (m³) x 1000


2.592.000 2.592.000

Tem-se que as vazões médias mensais de percolado das valas 2, 3 e 4 são


individualmente, de 1,15, 1,18 e 1,12 l/s. Portanto, considera-se que durante o
período de utilização das valas 2, 3 e 4 de cerca de 1 ano e 2 meses (vide
Quadro 5.8) a vazão máxima de geração de percolado será de 1,18 l/s.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
64
5.3.2 2ª Etapa – Disposição da Mistura dos Resíduos sem o Lodo
Biológico

Neste caso considerar-se-á a mistura de resíduos como um meio poroso e


friável, passível de infiltração pela água de chuva e armazenamento da mesma,
diferentemente do primeiro caso.

O Balanço Hídrico foi calculado conforme o método teórico-empírico de


Thornthwaite-Mather, considerando-se uma capacidade de armazenamento de
água no substrato de 100 mm, para uma camada crítica de resíduos de 1 m.

Ressalta-se aqui que os valores de evapotranspiração podem estar


subestimados pois as perdas por evaporação de uma superfície livre podem
ser maiores que às de uma superfície vegetada. Mas este fator será mantido
para se obter um valor máximo de vazão.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
65
Quadro 5.7 - Balanço Hídrico (Método Thornthwaite & Mather, 1955) e
Vazão de Percolado Resultante nas Valas 5 e 6(1)
Num N Neg. Geração
Meses dias T P horas I a ETP P-ETP Acum. Arm Alt ETR Def Exc Percolado
o 3
C mm -------------------------------------- mm ---------------------------------------- m
Jan 30 24,3 228,4 13,4 11,0 2,4 154,90 73,5 0,0 100,00 0,00 154,9 0,0 73,5 3396,1
Fev 28 24,5 191,7 13,1 11,1 2,4 114,84 76,8 0,0 100,00 0,00 114,8 0,0 76,8 3549,3
Mar 31 23,9 139,9 12,5 10,7 2,4 114,55 25,4 0,0 100,00 0,00 114,6 0,0 25,4 1171,5
Abr 30 21,5 74,5 11,8 9,1 2,4 80,94 -6,5 -6,5 93,74 -6,26 80,7 0,2 0,0 0,0
Mai 31 19,1 56,7 11,1 7,6 2,4 59,36 -2,6 -9,1 91,31 -2,44 59,2 0,2 0,0 0,0
Jun 30 17,8 36,9 10,6 6,8 2,4 46,37 -9,4 -18,5 83,09 -8,22 45,2 1,2 0,0 0,0
Jul 31 17,6 25,7 10,5 6,7 2,4 46,24 -20,5 -39,1 67,67 -15,42 41,1 5,1 0,0 0,0
Ago 31 19,2 38,1 10,9 7,7 2,4 58,85 -20,8 -59,9 54,96 -12,71 50,8 8,1 0,0 0,0
Set 30 20,6 60,7 11,5 8,5 2,4 71,37 -10,7 -70,6 49,37 -5,59 66,2 5,1 0,0 0,0
Out 31 21,8 95,2 12,2 9,3 2,4 89,69 5,5 -60,1 54,84 5,46 89,7 0,0 0,0 0,0
Nov 30 22,7 114,6 12,9 9,9 2,4 101,03 13,6 -37,9 68,44 13,61 101,0 0,0 0,0 0,0
Dez 31 23,5 170,3 13,4 10,4 2,4 117,50 52,8 0,0 100,00 31,56 117,5 0,0 21,2 980,8
Total 256,5 1232,6 144,0 108,8 28,9 1055,64 177,0 963,00 0,00 1035,7 19,9 196,9 9097,8
Média 21,4 102,7 12,0 9,1 2,4 87,97 14,7 80,30 86,3 1,7 16,4 758,1
(1)
Dados de Jacareí: Latitude = -23,83; Longitude = -45,95; Altitude = 570 m;
(2)
Considerando-se uma capacidade de agua disponível de 100 mm;
(3)
T = Temperatura média mensal (NURMA, 2005); P = Precipitação a partir de média histórica – 1942-
2002 (DAEE, 2005); N horas = número de horas; ETP = evapotranspiração potencial (Método
Thorntwaite, 1948); I e a = índices utilizados pelo método de Thornthwaite (1948) na estimativa da ETP;
ETR = estimativas da evapotranspiração real; DEF = deficiência hídrica; Exc = excedente hídrico; Arm =
armazenamento de água no solo; Alt = retirada (-) ou reposição (+) de água no substrato.
2
A área de contribuição das valas 5 e 6 somadas é de 46.200 m

A partir dos resultados mensais de geração de percolado, do total anual obtido


e utilizando-se a mesma equação de vazão mensal apresentada no item
anterior tem-se que a vazão média mensal de percolado das valas 5+6,
considerando que ocorra apenas no período de quatro meses, é de 0,88 l/s.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
66
5.4 Vida Útil do Aterro

Para se efetuar a avaliação da vida útil do empreendimento, foi realizada a


comparação entre a capacidade volumétrica útil projetada do aterro,
apresentada no Quadro 5.8 com a previsão de geração de resíduos a serem
direcionados ao aterro, apresentada anteriormente.

Quadro 5.8 – Capacidade Volumétrica de Ampliação do Aterro

volume total (m³) volume útil (m³) vida útil (anos)


Etapa

tipos de resíduos a
vala
depositar parcial acumulado parcial acumulado parcial acumulado
2 Todos 23.120 23.120 12.465 12.465 0,15 0,15
1 3 Todos 68.449 91.569 44.654 57.119 0,54 0,69
4 Todos 60.465 152.034 38.197 95.316 0,46 1,16
todos exceto
5 132.033 284.067 90.228 185.544 2,94 4,09
lodo biológico
todos exceto
2 6 236.777 520.845 178.385 363.929 5,81 9,90
lodo biológico
5e todos exceto
337.350 858.194 259.354 623.284 8,44 18,34
6 (1) lodo biológico
(1)
Em forma de pilha acima do topo do dique da vala

Todos os volumes apresentados foram obtidos a partir de software de


engenharia para esta finalidade.

Tendo em vista os volumes anuais diferenciados para as valas da primeira e


segunda etapas, verifica-se que o aterro terá vida útil de 18 anos.

A vida útil total de 18 anos poderá ainda aumentar pois, a favor da segurança,
não se considerou, o adensamento dos resíduos que deverá ocorrer ao longo
do tempo.

No Anexo A são apresentados os desenhos do aterro.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
67
5.5 Componentes do Sistema

O sistema de disposição de resíduos a ser implantado será composto pelos


sistemas descritos a seguir.

5.5.1 Isolamento da Área

Como medida de segurança a área será cercada, o portão para controle de


acesso à área será o mesmo já existente.

Toda a área destinada à implantação do aterro será isolada por cerca formada
por mourões de concreto espaçados de 2,0 m, fechados com 6 fios de arame
farpado galvanizado.

5.5.2 Acessos

Os acessos internos e externos necessários à execução das obras civis e do


aterro serão executados e mantidos de maneira a permitir sua utilização sob
quaisquer condições climáticas.

Os acessos internos à área do aterro industrial serão executados com largura


mínima de 5 metros e declividade máxima de 10% e garantirão o tráfego de
veículos de forma a não se interromper a continuidade de operação. Esta
continuidade será garantida através da execução da pavimentação dos
acessos com camadas de cascalho de 10 cm de espessura e da implantação
de sistema de drenagem específico para as estradas de acesso.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
68
5.5.3 Sistema de Contenção e Conformação das Valas

Os diques frontais serão constituídos de solo local, argiloso, devidamente


compactado.

Os taludes de corte e aterro, para conter e conformar as valas, terão as


seguintes características:

- inclinação média dos taludes de corte no terreno: 1V:1,75H;


- inclinação média dos taludes dos diques em aterro: 1V:2,25H em lances de
6 m de altura com inclinação de 1V:2H entremeados por bermas com 2 m
de largura.

No Anexo G é apresentado o parecer técnico contendo as características


geométricas dos taludes a serem implantados.

5.5.4 Sistema de Impermeabilização

Considerando-se as características naturais do solo da área escolhida, optou-


se pela utilização de material sintético que garantirá a estanqueidade do aterro
e permitirá que a escavação atinja profundidades de até 2,0 m acima do nível
do lençol freático.

O emprego de material de impermeabilização de fundo segundo as normas


vigentes (inclusive os Procedimentos Internos da CETESB) permite a execução
da impermeabilização de base com a colocação da manta a, no mínimo, 1,5 m
do lençol freático, em solo de permeabilidade igual ou inferior a 10-4 cm/s e a
colocação, sobre a manta de camada argilosa de proteção da mesma, de 1,0 m
de espessura e com permeabilidade igual ou inferior a 10-5 cm/s.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
69
Todas as valas terão impermeabilização da base e laterais internas do aterro
com a utilização de mantas plásticas soldadas de polietileno de alta densidade
(PEAD) com 2 mm de espessura sobre o terreno já regularizado. Esta camada
deverá cobrir todo o fundo do aterro e as laterais. As laterais e o fundo para as
camadas subseqüentes poderão ser executados à medida que as camadas
forem sendo preenchidas, por soldagem.

Será executada uma camada de solo argiloso local compactado com 1 m de


espessura aplicado diretamente sobre a manta sintética, com o objetivo de
protegê-la mecanicamente contra danos decorrentes da disposição dos
resíduos e do tráfego de equipamentos, além de permitir a implantação do
sistema de drenagem de percolado a ser implantado na base do aterro.

5.5.5 Preenchimento das Valas

Conforme descrito anteriormente, nas valas 2, 3 e 4 serão destinados todos os


cinco resíduos. Esta mistura resulta em um material de características
geomecânicas pouco favoráveis, ou seja, a mistura faz com que se piore muito
o resíduo que tem melhores propriedades. Isto impede que se execute pilhas
ou aterros que não estejam confinados (vide anexo H).

Estas valas serão preenchidas diariamente a partir do fundo das mesmas, da


forma como é feita atualmente com a entrada de caminhões e espalhamento
com trator de lâmina. A cobertura destas valas será realizada após
encerramento da vida útil das mesmas.

O lodo biológico será misturado com cal para a sua estabilização química,
eliminando desta forma eventuais problemas de odor e atração de vetores.

Nas valas 5 e 6, onde se prevê a disposição de resíduos misturados sem o


lodo biológico, serão sobrepostas as camadas de resíduos compactados. Cada

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
70
camada de resíduos terá altura de 5 m. Para a formação destas camadas os
resíduos serão dispostos diariamente no fundo da vala ativa. No final de cada
jornada diária de trabalho estas serão compactadas em subcamadas de 20 a
30 centímetros.

Sobre cada camada de resíduo com 5 m de altura será executada uma


cobertura de solo com espessura de 0,6 m, medida esta suficiente para nivelar
a superfície, permitir o tráfego de equipamentos sobre os resíduos depositados,
a execução da proteção dos taludes com revegetação e a execução dos
drenos horizontais de células.

Estas duas valas terão três camadas até atingir a altura do dique.
Completando-se a vala 6, serão conformadas mais três camadas sobrepostas
sobre toda a área das valas 5 e 6.

Os taludes das três camadas superiores terão inclinação de 1:3 para permitir o
espalhamento e compactação adequada das subcamadas de resíduos com
camadas de 5 m de altura e bermas de 5 m de largura. Prevê-se inclinação
média das pilhas de resíduos de 12°.

5.5.6 Sistema de Drenagem e Acumulação de Percolado

O sistema de drenagem de percolado terá a função de coletar os líquidos


percolados decorrentes da parcela de águas pluviais que precipitará sobre a
massa de resíduos e se infiltrará, e a parcela de líquido liberado pelo resíduo.
Vale ressaltar que as coberturas dos resíduos tendem a evitar ao máximo a
entrada das águas pluviais na massa de resíduos.

As valas 2, 3 e 4 terão sistema de coleta de percolado constituído de drenos


verticais de percolado e de gás, drenos horizontais na base do aterro e colchão
de brita drenante sobre o talude frontal.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
71
Nas valas 5 e 6 o sistema de drenagem será composto por: drenos horizontais
de célula, drenos verticais de percolado e de gás e drenos horizontais na base
do aterro.

Na base de cada célula de resíduo será executada uma rede de drenos tipo
“espinha de peixe”, constituídos de brita n.° 3 e que será responsável pela
coleta do percolado gerado pelas células que lhe serão sobrepostas. A base de
cada camada apresentará declividade adequada ao escoamento do percolado
para o interior dos drenos de fundo de 1,5%. Estes drenos serão interligados
aos drenos verticais.

Os drenos verticais serão constituídos de tubos de concreto perfurados,


envoltos por uma camisa de brita, com distância aproximada de pelo menos
50 m entre as diversas prumadas. Estes serão assentados sobre o aterro de
base, numa base de brita n.° 4, executada no próprio local, que dará
estabilidade ao conjunto. Os tubos serão sobrepostos e acompanharão o
preenchimento das camadas, percorrendo assim verticalmente as células do
aterro.

A interligação dos drenos horizontais aos verticais permite ao mesmo tempo


que o percolado coletado naquela célula por gravidade desça até a base do
aterro e também num outro mecanismo de drenagem, permite a condução dos
eventuais gases gerados eliminando-os para a atmosfera.

A implantação do sistema de drenagem horizontal e drenos verticais será feita


progressivamente, com o avanço do preenchimento das valas.

Os drenos verticais serão interligados com a drenagem de base que será


implantada na camada de solo local sobre a manta de PEAD, executada com
brita n.° 3, devidamente interligados entre si e que descarregarão a vazão de
percolado coletada na vala encaminhando-os para o sistema de coleta de
percolados.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
72
Nas valas 2, 3 e 4 o colchão de brita na parte frontal do aterro será executado
com no mínimo 0,60 m de espessura sobre a camada de proteção mecânica da
manta constituída de solo argiloso. Esta estrutura terá a função de auxiliar na
drenagem do percolado.

Todo o líquido percolado coletado será encaminhado através do sistema de


coleta, composto por tubos de PEAD, devidamente interligados por caixas de
passagem para os tanques de armazenamento existentes. Destes tanques
serão levados por caminhões tanque até a estação de tratamento de efluentes
da VCP, como já ocorre atualmente.

As estimativas individuais de geração de líquidos percolados nas valas 2, 3, 4,


5 e 6 são apresentadas no item 5.3.

A disposição do sistema de drenagem de percolados encontra-se representada


nos desenhos n.° 03/0717-01-At-001 e 03/0717-01-At-004 do Anexo A.

5.5.7 Tratamento de Líquidos Percolados

A VCP possui uma ETE do tipo lodos ativados com dois estágios de aeração,
primário e secundário e os efluentes tratados são encaminhados para o Rio
Paraíba do Sul.

A VCP efetua o monitoramento semestral de diversos parâmetros nas águas


do rio Paraíba do Sul, à montante e após o lançamento dos efluentes da VCP,
além do monitoramento dos efluentes de entrada e saída da ETE.

Os dados principais de 2004 do monitoramento da VCP são apresentados no


Quadro 5.9 a seguir e os dados completos são apresentados no Anexo D.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
73
Quadro 5.9 – Principais Dados Médios do Monitoramento da VCP - 2004
Estação 2 – após o lançamento da
ETE ETE Estação 1 – à
Parâmetro

Unidade VCP e antes do lançamento do


entrada saída montante da VCP
esgoto sanitário da Vila Garcia
1° 2°
média 2004 1° semestre 2° semestre
semestre semestre
OD mg/L - - 7,1 7,81 6,8 7,46
DBO mg/L 763,0 44,0 1,27 1,08 0,52 1,27

Cabe ressaltar ainda que a referida ETE conta com lagoa de emergência, que
garante o bom funcionamento do tratamento biológico existente sem eventuais
sobrecargas.

Em 2004 a ETE tratou em média uma vazão de efluentes de cerca de


80.000 m³/dia. A eficiência global do sistema em termos de remoção de DBO
no mesmo período foi de 94%. O valor médio de 2004 da concentração de
carga orgânica bruta afluente ao sistema de tratamento, em termos de DBO, foi
de 763 mg/L.

Esta vazão de tratamento e concentração afluente já considera a parcela


referente ao percolado gerado atualmente.

As vazões de percolado gerado são registradas diariamente. O volume médio


de geração de percolado em 2004 foi de aproximadamente 62 m³ por dia, ou
um total de 1860 m³/mês.

Nas valas 2, 3 e 4 a vazão de 1,18 l/s (item 5.3), gerará uma vazão mensal de
3059 m³/mês.

A ETE terá plena capacidade de tratar o incremento de vazão de percolado


(1199 m³/mês) durante o período de operação da primeira etapa do aterro (1
ano e 2 meses), tendo em vista que este incremento representa apenas 0,05%
da vazão atual de tratamento e que o acréscimo de carga orgânica deverá ser

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
74
da ordem de 312 kg DBO/dia ou cerca de 0,4 % de acréscimo em relação à
carga atualmente tratada.

Segundo as análises realizadas com o percolado gerado, a concentração


média de DBO no percolado gerado (260 mg/L) é bem inferior a concentração
afluente ao sistema de tratamento de 763 mg/L.

Na fase de operação das valas 5 e 6 (segunda etapa) o volume de percolado


diminuirá em função da não disposição do lodo biológico e da possibilidade de
efetuar coberturas provisórias utilizando-se mantas plásticas de PVC, em
períodos chuvosos. O fato de não haver a parcela decorrente da decomposição
do lodo biológico também contribuirá para reduzir a carga orgânica no
percolado gerado.

Mesmo considerando-se que a geração de percolados estará concentrada no


período chuvoso de dezembro a março (item 5.3.2), a vazão média neste
período da ordem de 0,88 l/s (2280 m³/mês), representará um acréscimo
(420 m³/mês) inferior a 0,02% na vazão atual de tratamento da ETE. Contudo
deve-se ressaltar o fato de que o volume anual de percolado gerado deverá
sofrer uma redução da ordem de 13.200 m³/ano.

Assim, tendo em vista a alta eficiência do sistema de tratamento de efluentes


líquidos, média de 94%, a estação tem plena capacidade de continuar
absorvendo a carga e a vazão do percolado previstos sem alterar o seu
desempenho.

5.5.8 Sistema de Drenagem Superficial

O aterro será dotado de sistema de drenagem superficial, que tem a função de


durante a operação e após o encerramento do aterro captar e escoar as águas
pluviais de modo a desviá-las da massa de resíduos, promovendo assim a

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
75
minimização de percolados nos resíduos e impedindo a introdução de
processos erosivos nos taludes acabados.

Nas valas 2, 3 e 4 o sistema de drenagem superficial será composto por


canaletas meia cana, que drenarão as águas pluviais dos acessos e dos
taludes externos de conformação do aterro.

Nas valas 5 e 6 além do sistema de drenagem nos taludes externos de


conformação do aterro, haverá o sistema de drenagem provisório e
permanente para as pilhas de resíduos (nas camadas acima da cota dos
diques).

Nestas valas serão implantados os drenos provisórios somente durante a fase


de operação das pilhas. São de caráter dinâmico e constituem-se de valas e
leiras com terra batida ou simplesmente cortada pelas máquinas que visam
captar as águas de montante desviando-os dos resíduos.

Os drenos permanentes são construídos sobre os resíduos já cobertos com


solo e são constituídos de: canaletas meia cana pré-moldada em concreto;
canaletas de bermas; canaletas de rachão e bueiros. Todos estes elementos
serão interligados com caixas de passagem.

As canaletas meia cana de concreto deverão ser instaladas no platô superior


do aterro, destinadas à coleta das águas precipitadas sobre o platô acabado do
aterro.

Em todas as bermas deverão ser instaladas canaletas de berma que


direcionarão as águas pluviais por elas coletadas para as canaletas centrais de
rachão, que se desenvolverão perpendicularmente aos taludes.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
76
As canaletas de rachão serão responsáveis pelo transporte de toda a água
pluvial coletada até a base do aterro, de onde se dirigirão através de bueiro e
tubulação até o corpo d’água mais próximo.

A disposição do sistema de drenagem definitivo das águas pluviais encontra-se


representada no desenho n.° 03/0717-01-At-002 do Anexo A.

5.5.9 Sistema de Drenagem de Gases

A drenagem de gases é feita aproveitando a mesma estrutura dos drenos


verticais utilizada para conduzir os percolados.

Este sistema será constituído por tubos de concreto perfurados envoltos por
uma camisa de brita. Entre as prumadas haverá uma distância aproximada de
50 m.

Estes tubos serão assentados sobre o aterro de base através de um colchão


de brita que dará estabilidade ao conjunto e serão sobrepostos acompanhando
o preenchimento das valas.

Este sistema continuará em funcionamento mesmo após o encerramento das


atividades de disposição de resíduos no aterro.

Considerando a lenta degradação prevista para os resíduos é provável a


necessidade da utilização de reduções nas extremidades dos tubos verticais
(flares) para permitir a queima dos gases gerados.

O posicionamento destes drenos verticais são representados nos desenhos n.°


03/0717-01-At-001 e 03/0717-01-At-002 do Anexo A.

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77
5.5.10 Sistema de Cobertura dos Resíduos Depositados

A cobertura das valas 2, 3 e 4 será realizada após encerramento da vida útil


das mesmas.

Nas valas 5 e 6, após formada cada célula de resíduos com 5 m de altura,


deverá ser recoberta com uma camada de solo com cerca de 0,60 m de
espessura, suficiente para nivelar a superfície, permitir o tráfego de
equipamentos sobre os resíduos depositados, a execução da proteção dos
taludes com revegetação e a implantação do sistema de drenagem horizontal
de percolados.

Além disso essa cobertura tem a finalidade de evitar a alteração paisagística


causada pelo aspecto dos resíduos expostos e, principalmente, propiciar o
escoamento superficial das águas pluviais precipitadas sobre o aterro, inibindo
a infiltração das mesmas na massa de resíduos.

Nos períodos chuvosos, de outubro a março, estes resíduos poderão ser


cobertos temporariamente com lonas plásticas de PVC para inibir a infiltração
das águas pluviais nos resíduos.

5.5.11 Sistema de Monitoramento de Águas Subterrâneas

O lençol freático deverá ser monitorado para se avaliar a influência da obra


sobre o ambiente local.

A vala 1 existente é monitorada semestralmente através de seis poços


implantados no entorno da mesma.

Na área de ampliação serão instalados outros sete poços sendo um a


montante e seis a jusante da área do empreendimento, no sentido do fluxo de

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escoamento preferencial do lençol freático. A localização destes poços é
apresentada nos desenhos n.° 03/0717-01-At-001 e 03/0717-01-At-002 do
Anexo A.

Cada poço deverá ter diâmetro mínimo de 4”, ser revestido e tampado na parte
superior, para que se evite a contaminação das amostras.

Os parâmetros a serem analisados, a princípio semestralmente, são os


mesmos analisados para a vala existente, a saber:

- pH;
- condutividade;
- cor real;
- turbidez;
- sódio;
- cálcio;
- sólidos totais dissolvidos;
- sólidos sedimentáveis;
- sólidos suspensos;
- demanda química de oxigênio – DQO;
- demanda bioquímica de oxigênio – DBO;
- sulfeto;
- sulfatos – SO4;
- cloretos – Cl;
- arsênio;
- bário - Ba;
- ferro – Fe;
- cádmio – Cd;
- chumbo - Pb;
- cobre - Cu;
- cromo total – Crt;
- manganês solúvel;

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- mercúrio;
- níquel,
- zinco.

Os parâmetros a serem analisados bem como a freqüência poderão ser


alterados a pedido da CETESB. Ressalta-se que as primeiras amostras
deverão ser coletadas antes do início de operação do aterro, a fim de que seus
parâmetros sirvam de testemunhas da correta operação do aterro.

5.5.12 Sistema de Monitoramento Geotécnico

Os marcos superficiais, instrumentos incorporados superficialmente ao aterro,


terão a função de servir de orientadores dos deslocamentos horizontais e
verticais, aos quais o aterro está sujeito.

Estes serão constituídos de uma base de concreto e de um pino de referência


para as medições topográficas e receberão uma placa de identificação para
facilitar seu acompanhamento e registro da movimentação da área.

Este sistema permite avaliar o comportamento dinâmico do maciço de


resíduos, visando prever e prevenir as rupturas, deslizamentos e outros tipos
de instabilidades.

5.5.13 Jazida de Solo

Ao longo de toda a obra, o excesso de material escavado das valas não


utilizado será encaminhado temporariamente para a antiga área de empréstimo
próxima ou para o aterro de resíduos inertes da empresa.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
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O material escavado e estocado temporariamente será retirado para a
execução da proteção mecânica das mantas plásticas das valas (fundo e
laterais) e para a cobertura das camadas de resíduos e fechamento das valas,
à medida que for necessário. O material excedente ficará disponível à
comunidade.

Os volumes de solo necessários para execução das obras de terra são


apresentados no Quadro 5.10 a seguir.

Quadro 5.10 - Volumes de Solo Necessário à Implantação e Operação do


Aterro Industrial (m³)
Uso do Material corte aterro
Conformação das valas 947.362 305.130
Aterro de base e laterais com solo argiloso - 82.904
coberturas das células - 73.739
coberturas finais das valas - 78.268
Totais 947.362 540.041

Todos os volumes apresentados foram obtidos a partir de software de


engenharia para esta finalidade.

Sabe-se que serão obtidos cerca de 642.000 m³ de solo nas atividades de


escavação. Portanto toda a necessidade de solo do aterro (para execução do
aterro de base e coberturas) será suprida com o solo obtido em escavações na
própria área.

5.6 Estimativa de Investimento

A estimativa total de investimento para ampliação do empreendimento é de


aproximadamente R$ 10.000.000,00. A estimativa de custos não inclui as despesas
com canteiro de obras, projeto executivo, sondagens e levantamento topográfico.

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5.7 Número de Funcionários

Para a implantação da ampliação do aterro, estima-se que serão requeridos


cerca de 100 funcionários no pico das obras. Para a operação das novas valas
será necessário o mesmo número de funcionários alocados atualmente para a
vala 1.

5.8 Implantação do Sistema

Nesta etapa dos trabalhos são definidas as obras necessárias que permitirão a
operação do empreendimento. São eles:

- cercamento da área do empreendimento;


- implantação do sistema de acesso interno e de drenagem superficial;
- construção dos diques de solo argiloso;
- execução do sistema de impermeabilização de base;
- implantação do sistema de drenagem do percolado sobre a
impermeabilização de base;
- implantação do sistema de acumulação de percolado;
- implantação do sistema de monitoramento das águas subterrâneas.

No Anexo I é apresentado o cronograma de implantação do aterro, com as


etapas necessárias para possibilitar a operação do sistema de disposição de
resíduos.

5.9 Operação do Sistema

Com o término da fase de implantação, o aterro estará preparado para o início


de sua operação. As obras previstas nesta etapa são descritas a seguir.

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5.9.1 Transporte dos Resíduos ao Aterro

Na área industrial, os resíduos sólidos industriais são descartados pelas áreas


geradoras em caçambas próprias existentes nos locais. Na ETE o lodo
biológico é contido na baia de lodo.

Os motoristas circulam pelas áreas industriais e recolhem os resíduos das


caçambas e baias que estiverem cheias, utilizando caminhão Brook ou
Basculante.

A partir das medidas da quantidade de resíduos transportados entre janeiro e


dezembro de 2004 (dados fornecidos pela VCP) sabe-se que a capacidade
média de transporte de cargas é a seguinte:

- Rejeito de Caustificação (dregs e grits) – 5 toneladas por viagem;


- Rejeito de depuração – 2 toneladas por viagem;
- Carbonato de cálcio e óxido de cálcio – 4 toneladas por viagem;
- Lodo biológico – 10 toneladas por viagem;
- Lodo de Mogi – 10 toneladas por viagem.

Desta forma, considerando-se as quantidades de resíduos apresentados no


Quadro 5.1, estima-se a necessidade de 1282 viagens de caminhão por mês
(Quadro 5.11), praticamente a mesma frequência atual.

Quadro 5.11 – Número de Viagens para Transporte dos Resíduos à


Ampliação do Aterro Industrial – VCP Jacareí
Resíduo Número de Viagens por Mês
Rejeito de Caustificação (dregs e grits) 500
Rejeito de depuração 225
Carbonato de cálcio e óxido de cálcio 73
Lodo biológico 470
Lodo de Mogi 14
Total 1282

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
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5.9.2 Implantação do Sistema de Drenagem de Percolado e de Gás

A execução dos drenos horizontais de célula para percolados e a elevação dos


drenos verticais de percolado/gás deverá ser feita concomitantemente à
deposição dos resíduos, interligando-os aos drenos de base.

5.9.3 Alteamento da Proteção Mecânica

Assim como descrito no item anterior, a proteção mecânica das laterais subirá
à medida que os resíduos forem sendo depositados.

5.9.4 Execução da Rede de Drenagem Superficial Definitiva nos Trechos


Acabados

O sistema de drenagem superficial (canaletas rachão, meia cana, etc) deverá


ser executado nos trechos onde a cobertura argilosa já estiver concluída.

5.9.5 Plantio de Gramas nos Taludes

A cobertura dos taludes com grama em placas sobre os trechos concluídos


impedirá o aparecimento de mecanismos de erosão.

5.9.6 Implantação do Sistema de Monitoramento Geotécnico

Os marcos superficiais deverão ser implantados superficialmente ao aterro


para possibilitar a avaliação do comportamento dinâmico do maciço de
resíduos.

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5.10 Plano de Fechamento e Encerramento do Aterro

Após o término da operação de cada vala do aterro deve-se efetuar o plano de


fechamento para minimizar a necessidade de manutenção futura e evitar a
liberação de poluentes ao meio ambiente. Este plano inclui:

- cobertura final dos resíduos – esta camada deve possuir um coeficiente de


permeabilidade inferior ao solo natural da área do aterro para minimizar a
infiltração de água nas células;
- atividades de manutenção da área:
- manutenção do sistema de drenagem de águas pluviais;
- manutenção da cobertura para corrigir rachaduras e eventuais
processos erosivos;
- manutenção do sistema de tratamento de liquido percolado até o término
da geração deste;
- manutenção do sistema de coleta de gases até que seja comprovado o
término de sua geração;
- manutenção do isolamento do local;
- monitoramento das águas subterrâneas por um período de 20 anos.

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6. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL PRELIMINAR DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL PRELIMINAR DA ÁREA DE
INFLUÊNCIA

6.1 Área de Influência

As áreas de influência do empreendimento são definidas em função da


abrangência dos impactos ambientais, identificados para cada um dos
aspectos de interesse.

Tais aspectos foram levantados conforme orientação dada pela NBR ABNT
13.896 – Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto,
implantação e operação (1997).

A área diretamente afetada (ADA) abrange os limites da área destinada à


ampliação do Aterro Industrial, que está localizado à Estrada Municipal São
Silvestre-Guararema n° 2.100, no Município de Jacareí – São Paulo.

A área de influência direta (AID) dos impactos sobre o meio geobiofísico


abrange um contorno contínuo que engloba a área de ampliação do aterro
industrial e seu entorno.

A área de influência indireta (AII) abrange os limites do município de Jacareí.


Relativamente ao meio sócio-econômico, abrange a Microrregião de São José
dos Campos, definida pelo IBGE para o Estado de São Paulo (Figura 11).

A área de influência do empreendimento pode também ser considerada como de


abrangência da Agência Ambiental da CETESB de Jacareí e da Unidade de
Gerenciamento de Recursos Hídricos do Rio Paraíba do Sul (UGRHI 2) (Figura 11).

Os efeitos decorrentes do empreendimento variam em abrangência e em


função do meio biogeofísico considerado. Foram, desta forma, desdobrados
para cada item avaliado, conforme apresentado no Quadro 6.1 a seguir:

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
87
N

LAVRINHAS
QUELUZ
AREIAS
CRUZEIRO
PIQUETE

SÃO BENTO CAMPOS DO


DO SAPUCAÍ JORDÃO
CACHOEIRA SÃO JOSÉ DO BARREIRO
SILVEIRAS
PAULISTA ARAPEÍ
CANAS
BANANAL

LORENA
GUARATINGUETÁ
SANTO ANTONIO
DO PINHAL POTIM
APARECIDA

ROSEIRA
MONTEIRO
LOBATO PINDAMONHANGABA

TREMEMBÉ

TAUBATÉ

CUNHA
LAGOINHA
CAÇAPAVA

SÃO JOSÉ
IGARATÁ DOS CAMPOS

REDENÇÃO DA SERRA SÃO LUIS DO PARAITINGA


Localização da
SANTA ISABEL
JACAREÍ
JAMBEIRO
área apresentada
dentro do Estado
ARUJÁ
NATIVIDADE DA SERRA

SANTA PARAIBUNA
GUARULHOS GUARAREMA BRANCA
ITAQUAQUECETUBA

MOGI DAS CRUZES

BIRITIBA MIRIM

Local do
Empreendimento FONTE: IBGE (2005); CETESB (2005b)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


0 10 20 30 40 50km VCP - Unidade Jacareí / SP

Sede de Município
FIG. 11 - Divisão das Unidades Territoriais às
Limite de Município quais Pertencem o Município de EPASC
Limite da Microrregião São José dos Campos, conforme IBGE Jacareí Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.
Limite da Agência Ambiental de Jacareí - CETESB
ESCALA 1:1.000.000
Limite da UGRHI-2 Paraíba do Sul
Quadro 6.1 – Aspectos Ambientais e Áreas de Influência
Área de influência
Aspectos ambientais
Direta Indireta
Qualidade das
Cursos d’água ocorrentes no
águas Rio Paraíba do Sul
entorno do empreendimento
superficiais
Aqüífero livre, colúvio e solo
Qualidade das
de alteração de rocha sob a Sistema Aqüífero
águas
Meio físico área da ampliação do aterro Cristalino
subterrâneas
industrial
Área de ocupação da Área com raio de 1 km
Qualidade do ar
ampliação do aterro industrial no entorno do aterro
Qualidade do Área de ocupação da
-
solo ampliação do aterro industrial
Área de ocupação da
Meio
Flora e fauna ampliação do aterro industrial -
biótico
e entorno
Meio sócio Social Município de Jacareí
econômico Econômico Município de Jacareí

6.2 Restrições Legais

Para o licenciamento da ampliação do aterro industrial se faz necessário o


atendimento da legislação ambiental e correlata das três esferas do Poder
Público, a saber:

6.2.1 Legislação Municipal

Para o licenciamento é necessária inicialmente a certidão de uso de solo


expedida pela Prefeitura Municipal declarando que o local e o tipo de
empreendimento estão em conformidade com a legislação.

A certidão de uso do solo emitida pela Prefeitura de Jacareí é apresentada no


Anexo J.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
89
A Lei Orgânica Municipal de Jacareí no 2761 de 31 de março de 1990,
atualizada até a Emenda nº 46, de 10 de abril de 2003, orienta o uso do solo
(Prefeitura Municipal de Jacareí, 2004e).

O Artigo 170, em especial, estabelece o seguinte: “A construção, instalação,


ampliação e funcionamento das atividades consideradas efetiva e
potencialmente poluidoras, bem como as capazes, sob qualquer forma de
causar a degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento, controle
e fiscalização do Órgão Municipal Competente”.

O município apresenta, ainda, a Lei nº 3.033/91 que dispõe sobre o


parcelamento do solo em Jacareí. No capítulo 5, que versa sobre o
parcelamento para fins industriais e de recreio, o Artigo 12 estabelece que o
parcelamento do solo para fins industriais fica sujeito ao atendimento de alguns
requisitos, dentre eles (inciso I) “a gleba deve estar situada na zona urbana ou
de expansão urbana do município e ter acesso por via classificada como N-4”.

6.2.2 Legislação Estadual

O regulamento da Lei n° 997 de 08/09/76, aprovado pelo Decreto n° 8.468 de


08/09/1976 proíbe que os resíduos poluidores, em qualquer estado de matéria,
sejam depositados, descarregados, enterrados, infiltrados ou acumulados no
solo, o que somente poderá ser feito de forma adequada, estabelecida em
projetos específicos de transporte e destino final aprovados pela CETESB.

O empreendimento está sujeito ao Licenciamento Ambiental pela Secretaria


Estadual do Meio Ambiente, conforme estabelece o Decreto Estadual 47.400
de 4/12/2002.

Após análise do empreendimento pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente


o mesmo estará sujeito a obtenção da Licença de Instalação e após a sua

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
90
implantação, da Licença de Funcionamento, ambas emitidas pela CETESB e
condicionada à aprovação do projeto.

6.2.3 Legislação Federal

Para tratar a questão dos resíduos industriais, o Brasil possui legislação e


normas específicas:

- A Portaria Ministerial 53 de 01.03.79 estabelece que devem ser dados o


acondicionamento e destino adequado aos resíduos sólidos gerados
(domésticos e industriais), proíbe o seu lançamento em corpos d’água e a
sua disposição e queima a céu aberto.

Estabelece ainda normas para projetos específicos de tratamento e


disposição de resíduos sólidos gerados (domésticos e industriais), bem
como para a fiscalização de sua implantação, operação e manutenção.

Conforme a portaria, compete ao órgão estadual de controle da poluição e


da preservação ambiental, aprovar e fiscalizar a implantação, operação e
manutenção dos projetos específicos de tratamento e disposição dos
resíduos sólidos.

- A Constituição Brasileira, em seu Artigo 225, dispõe sobre a proteção ao


meio ambiente;

- A Lei 6.803/80 dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento


industrial em áreas críticas de poluição;

- A Resolução CONAMA 01 de 23/01/86 instituiu a necessidade de


elaboração de EIAs / RIMAs – Estudos de Impactos Ambientais e Relatórios

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
91
de Impactos Ambientais, para empreendimentos potencialmente perigosos
para o meio ambiente e a saúde de uma população.

- A Resolução CONAMA 237 de 19/12/97 regulamentou os aspectos de


licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio
Ambiente. Foram definidas neste documento que o poder público expediria
para empreendimentos listados as seguintes licenças: Licença Prévia;
Licença de Instalação e Licença de Operação.

- A Lei nº 9.605 DE 12/02/1998 – Lei de Crimes Ambientais dispõe sobre as


sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente.

O Artigo 54 desta seção define como crime: “causar poluição de qualquer


natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde
humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
significativa da flora”.

O Artigo 60 ainda define que “construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer


funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimento, obras e
serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos
competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes”
incorre à pena de reclusão e multa.

- Norma ABNT NBR 10.004 de 1987, atualizada pela Norma ABNT NBR
10.004 de 31/05/2004 (ABNT, 2004a), que classifica os resíduos sólidos
quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para
que possam ser gerenciados adequadamente.

- Norma ABNT NBR 10.007 de 1987, atualizada pela Norma ABNT NBR
10.007 de 31/05/2004 (ABNT, 2004b), que fixa os requisitos exigíveis para a
amostragem de resíduos sólidos.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
92
- NBR ABNT 13.896 de 1997, que define critérios para projeto, a implantação
e a operação de aterros de resíduos não perigosos.

- NBR ABNT 8.419 de 1992, com procedimentos para a apresentação de


projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos .

6.3 Caracterização do Meio Físico

6.3.1 Clima

O clima da região de Jacareí é classificado, conforme Köppen, como Cwa nas


regiões de Vale, ou seja, tropical de altitude com inverno seco e verão quente,
e, nas áreas correspondentes à Serra da Mantiqueira, Cfb, caracterizado pelo
verão ameno e chuvoso o tempo todo.

Conforme dados apresentados pelo Núcleo de Monitoramento Agroclimático do


Departamento de Ciências Exatas, ESALQ/USP (NURMA, 2004), a
temperatura média anual histórica é de 21,4°C, sendo a máxima de 24,5°C e
mínima de 17,6°C (dados de 1941 a 1970) (Quadro 6.2).

As direções predominantes dos ventos, de um modo geral, são de sudeste e de


nordeste (EPASC, 2000). A velocidade média mensal do vento em São José dos
Campos, município situado a 19 km de Jacareí, no período de 1979 a 1992 foi
de 2,0 m/s, conforme informações do CPTEC – Centro de Previsão do Tempo e
Estudos Climáticos do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

6.3.1.1 Regime Pluviométrico

O regime pluviométrico da região do empreendimento está sendo caracterizado


a partir dos dados do posto pluviométrico E2-031 do DAEE em Jacareí, por

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
93
apresentar níveis de precipitação anual e altitude topográfica muito similares as
da área do empreendimento, além de apresentar a maior série histórica do
município.

A média histórica de 1942 até 2000, fornecidos pelo DAEE, indicam uma
precipitação média anual é de 1.232,6 mm, concentrada nos meses de
setembro a março. Estes valores são maiores aos obtidos nos últimos sete
anos (1997 a 2004), de 1.125,2 mm.

Quadro 6.2 – Temperatura e Precipitação Médias Mensais Históricas de


Jacareí
Temperatura(1) Precipitação(2)
Meses Num de dias o
C mm
Jan 30 24,3 228,4
Fev 28 24,5 191,7
Mar 31 23,9 139,9
Abr 30 21,5 74,5
Mai 31 19,1 56,7
Jun 30 17,8 36,9
Jul 31 17,6 25,7
Ago 31 19,2 38,1
Set 30 20,6 60,7
Out 31 21,8 95,2
Nov 30 22,7 114,6
Dez 31 23,5 170,3
Totais - 256,5 1232,6
Médias - 21,4 102,7
(1)
Dados de 1941 a 1970 (NURMA, 2004);
(1)
dados de 1942 a 2000 (DAEE, 2005).

O Quadro 6.3 apresenta a precipitação média mensal obtida nos últimos sete
anos pelo DAEE (2005).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
94
Quadro 6.3 – Precipitação Média Mensal de Jacareí entre 1997 e 2004(1)
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual

1997 262,8 96,2 66,3 98,4 65,4 62,5 5,6 38 84,7 97,7 167 108,4 1.153,0

1998 227,4 206,7 149,2 60,9 110,4 14,2 11,4 19,8 128,3 126,3 25,4 147 1.227,0

1999 387 169,4 77,7 79 26,6 27,8 10,4 1,4 71,2 40,9 90,1 82,7 1.064,2

2000 295,3 182 188,7 5 0,8 2,8 55,4 20,5 29,2 20,5 45,7 48,4 894,3

2001 130,3 --- --- 80,2 63,4 7,9 25,4 39,2 62,1 156,6 88,9 233,7 ---
2002 371,8 190,8 105,9 20,5 49,9 6,2 22,5 33,7 71,6 76,9 130,2 150,5 1230,5

2003 334,2 79,3 93,8 22,3 19,9 7,8 3,8 --- 13,4 140,1 115,6 --- ---
2004 --- 194,4 43,1 119,2 134,5 49,8 89,4 0 --- --- --- --- ---
MÉDIA 287,0 159,8 103,5 60,7 58,9 22,4 28,0 21,8 65,8 94,1 94,7 128,5 1125,2
(1)
Ponto de Coleta: E02-031; 23°17’; 45°57’. Bacia Comprido.
Fonte: DAEE, 2005.

6.3.1.2 Balanço Hídrico

Os cálculos dos balanços hídricos apresentados nas Figura 12 e Figura 13 foram


realizados seguindo-se o método de Thornthwaite & Mather (1955), com o auxílio
da planilha de cálculo fornecida pelo Núcleo de Monitoramento Agroclimático do
Departamento de Ciências Exatas da ESALQ/USP (NURMA, 2004). Foram
utilizados os dados do posto E2-031, dos anos de 1942 a 2000, fornecidos pelo
DAEE. A capacidade de água disponível considerada foi de 100 mm.

Os elementos componentes do cálculo foram calculados mês a mês, a partir de


valores médios mensais, para o maior número possível de anos de
observação, no caso de 1942 a 2000. Os dados são relativos ao Posto E2-031
e foram obtidos no “portal” do DAEE (DAEEE, 2005).

Pelas Figura 12 e Figura 13 observa-se a ocorrência de excedente hídrico nos


meses de dezembro a março, ou seja, nos meses de maior precipitação. Em
condições de solo, o excedente hídrico máximo ocorre no mês de janeiro, com
104,5 mm, o que corresponde a 46% do excedente total anual.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
95
240

210
Precipitação ETP ETR
180

150
mm

120

90

60

30

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Tempo (meses)

Figura 12 – Balanço Hídrico Normal Mensal do Município de Jacareí (1941-


1970), conforme Thornthwaite & Mather (1955)
ETP = Evapotranspiração Potencial; ETR = Evapotranspiração Real.
Fonte: NURMA (2004, adaptado).

120

100
Deficiência Excedente Retirada Reposição
80

60
mm

40

20

-20

-40
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Tempo (meses)

Figura 13 – Deficiência, Excedente, Retirada e Reposição Hídrica ao


Longo do Ano no Município de Jacareí
Fonte: NURMA (2004, adaptado).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
96
6.3.2 Geomorfologia

O empreendimento situa-se no Planalto Atlântico (Figura 14), associado às


rochas do embasamento cristalino e caracterizado por relevo irregular, com
domínio de morros, morrotes, colinas de pequeno porte, espigões locais e
morros-testemunho, além das várzeas adjacentes aos cursos d’água. Surge
após o alinhamento das escarpas das serras do Mar, onde se observa um
extenso planalto dissecado, com vias de passagem naturais para o oeste, norte
e noroeste do território paulista em direção aos tributários do rio Paraná. Nesse
planalto se aloja a bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul (item 6.3.6),
seccionada por três alinhamentos com orientação nordeste/sudoeste: escarpas
da Serra da Mantiqueira, espigões serranos do Quebra-Cangalha e o reverso
continental da Serra do Mar (SÃO PAULO, 2004a).

O município de Jacareí está a 580 m de altitude; a unidade industrial está


localizada às margens do Rio Paraíba do Sul, compreendendo uma planície
fluvial, ao passo que o aterro e a respectiva área destinada à ampliação estão
localizados em área de relevo cujas cotas variam de 630 a 770 m de altitude
(Figura 2 e Anexo C).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
97
FONTE: Almeida (1964)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 14 - Mapa Geomorfológico do Estado de


São Paulo EPASC
Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.

ESCALA INDICADA
6.3.3 Caracterização Geológica

6.3.3.1 Geologia Regional

A região apresenta litotipos que variam desde rochas do embasamento


cristalino datadas do Proterozóico Superior (1.000 milhões de anos até 570
M.a., aproximadamente), rochas sedimentares cenozóicas terciárias até
sedimentos quaternários recentes (Figura 15 a Figura 17).

As rochas mais antigas (Proterozóico Superior) presentes no embasamento


cristalino são representadas na região pelo Grupo Açungui que é composto
pelo Complexos Pilar (PSp) e Embu (Pse). O primeiro é composto pelos
litotipos quartzo-mica xistos, biotita-quartzo xistos, muscovita-quartzo xistos,
granada-biotita xistos, xistos grafitosos, clorita xistos, sericita-biotita xistos,
talco xistos, magnetita xistos e calcoxistos com intercalações subordinadas de
filitos, quartzitos, mármores, calcossilicáticas e metassiltitos. Já o segundo é
composto por migmatitos heterogêneos de estruturas variadas, predominando
estromatitos de paleossoma xistoso, gnáissico ou anfibolítico; migmatitos
homogêneos variados predominando os de natureza homofânica, oftalmítica e
facoidal.

Presentes também e de idade correlata ao Grupo Açungui estão as suítes


graníticas sintectônicas, Fácies Cantareira (PSγc) e, especialmente na área do
empreendimento, Fácies Migmatítica (Almeida et al., 1981). A primeira é
composta por corpos para-autóctones e alóctones, foliados, de granulação fina
a média e textura normalmente porfirítica. Os contatos com as encaixantes são
parcialmente concordantes e a composição mineralógica aponta para
granodioritos a granitos. A segunda reúne corpos autóctones orientados. O
contato com as encaixantes concordantes a transicional e a composição
mineralógica apontam para litotipos anexíticos, nebulíticos oftalmíticos todos
predominantemente de composição tonalítica a granítica.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
99
Sobre as variadas litologias do Embasamento Pré-Cambriano, cortadas por
numerosas falhas, instalam-se as rochas sedimentares da Bacia de Taubaté,
datadas do Cenozóico (Terciário).

Os depósitos sedimentares continentais integrantes do Rift Continental do


Sudeste do Brasil, constituem uma seqüência basal correspondente ao Grupo
Taubaté, capeados por uma unidade mais jovem representada pela Formação
Pindamonhangaba (Riccomini, 1989). Esses sedimentos preenchem um
graben formado entre a Serra da Mantiqueira e o reverso continental da Serra
do Mar, numa área com cerca de 2.000 km2.

O Grupo Taubaté, composto por sedimentos sintectônico, é composto pelas


formações Resende, Tremembé e São Paulo. A Formação Resende é
composta por um sistema de leques aluviais associados à sedimentação fluvial
de rios entrelaçados. As fácies proximais são compostas por conclomerados
polimíticos interdigitados com arenitos e lamitos arenosos. As camadas
inferiores, denominadas Formação Tremembé são constituídas por sedimentos
argilosos e arenosos em forma de lentes (folhelhos e argilitos de cores
acinzentadas, com pequenas intercalações de arenitos, siltitos e brechas).
Tratam-se, principalmente de depósitos pelíticos de ambiente lacustre.
Apresenta ainda, em vários pontos na região mais central da Bacia,
ocorrências de folhelhos pirobetuminosos, intercalados com argilas verdes
(Vidal & Kiang, 2004).

A formação São Paulo compreende depósitos de um sistema fluvial


meandrante, sendo as principais fácies compostas por arenitos grossos a
conglomeráticos, com abundantes estratificações cruzadas. Ocorrem também
siltitos, argilitos laminados e arenitos médios e grossos evoluindo para
sedimentos mais finos.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
100
A Formação Pindamonhangaba compreende sedimentos pós tectônicos
podendo ser tratados como uma cobertura da Bacia de Taubaté. Esses
sedimentos foram depositados por um sistema de rios meandrantes.

Sedimentos aluviais e coluviais quaternários ocorrem ao longo das principais


drenagens dos rios da região, não atingindo espessuras superiores a 30 m.

A coluna estratigráfica simplificada apresentada no Quadro 6.4 ilustra os


litotipos presentes na área em estudo. A Figura 18 apresenta a distribuição das
Unidades Litoestratigráficas no Estado de São Paulo e as Figura 15 a Figura 17
o Mapa Geológico da área de estudo. A Figura 17 apresenta em detalhe a
Bacia de Taubaté em complemento ao mapa compilado pelo IPT, que não
apresenta as divisões estratigráficas mais recentes.

6.3.3.2 Geologia Local

A geologia local da área em estudo pode ser definida pela compilação de todos
os métodos de investigação realizados, sejam eles diretos (sondagens a
percussão e a trado) ou indiretos (sondagens elétricas verticais), sendo que um
método corrobora o outro com grande porcentagem de acerto. Os perfis de
sondagem a trado e a percussão, bem como as sondagens elétricas verticais
realizadas são apresentados nos Anexos K e L.

Sendo assim, o substrato estudado pode ser definido em algumas camadas e


em sub-áreas distintas:

Porção norte da área (SP’s 01, 02, 03 e 04): o manto de alteração é mais
espesso, apresentando uma camada de aproximadamente 5 m de solo argiloso
com presença subordinada de frações silte e areia. Abaixo se tem uma camada
bastante variável em espessura, mas não ultrapassando 6 m (SP-02), de um
material mais arenoso com frações subordinadas de silte e principalmente de

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
101
argila. Como substrato de fundo nas sondagens realizadas tem-se outra
camada argilosa com frações de areia e silte subordinados, bem como
presença de fração cascalho (no máximo decimétricas), provavelmente se
tratando de depósitos coluvionares.

Sub-região sul, sudoeste e sudeste (SP’s 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11 e 12): para
a porção sudoeste o substrato é caracterizado por um solo mais arenoso com
camadas argilosas intercaladas. Frações silte argila, bem como cascalhos
esparsos são comuns. Nesta região não se atingiu o solo de alteração de
rocha. Para as porções sul e sudeste o substrato é caracterizado por um solo
francamente argiloso com frações siltosas e arenosas em menor quantidade.
Camadas de espessura variada de solo de alteração de rocha estão também
presentes formando solo de granulometria predominantemente argilosa muito
micáceo.

Quadro 6.4 – Coluna Estratigráfica das Formações Geológicas de


Ocorrência na Área de Estudo
Eon Era Período Grupo Formação
Quaternário

Sedimentos Aluviais e Coluvias


-
presentes nas principais drenagens
Fanerozóico

Cenozóico

- Formação Pindamonhangaba
Terciário

Formação São Paulo


Taubaté
Grupo

Formação Tremembé
Formação Resende
Suítes Graníticas
Sintectônicas
Proterozóico

Fácies Cantareira
Superior

Fácies Migmatítica -
Acungui
Grupo

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
102
46° 00’ W

23º 00’ S

JACAREÍ

23º 30’ S

Local do
Empreendimento

FONTE: Mapa Geológico do Estado de São Paulo (IPT, 1981)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 15 - Mapa Geológico da Área de Estudo

ESCALA: 1:500.000
CENOZÓICO
Sedimentos Aluvionares (Qs) – Aluviões em geral, incluindo areias inconsolidadas de granulação
variável, argilas e cascalheiras fluviais subordinadamente, em depósitos de calha e/ou terraços.

Cobertura Cenozóicas Indiferenciadas Correlatas à Formação São Paulo (TQis) – Sedimentos


pouco consolidados incluindo argilas, siltes e arenitos finos e argilosos com raros e pequenos
níveis de cascalho.

Formação São Paulo (TQs) – Sedimentos fluviais incluindo argilitos, siltitos e arenitos argilosos
finos e, subordinadamente, arenitos grossos, cascalhos, conglomerados e restritos leitos de argilas
orgânicas.

Formação Caçapava (TQc) – Depósitos fluviais incluindo arenitos com lentes subordinadas
TAUBATÉ
GRUPO

de folhelhos e termos arcosianos e conglomeráticos restritos.

Formação Tremembé (Tt) – Depósitos lacustrinos incluindo folhelhos e argilitos localmente


pirobetuminosos subordinadas de arenitos, brechas sedimentares e termos conglomeráticos.

PRÉ-CAMBRIANO
SUÍTES GRANÍTICAS INDIFERENCIADAS

,O(
(PS, () – Granitos e granitóides polidiapíricos com predominância de termos porfiríticos com
granulações variadas.

SUÍTES GRANÍTICAS SINTECTÔNICAS


Facies Cantareira (PS( (c) – Corpos para-autóctones, foliados, granulação fina a média, textura
porfiríticafrequente; contatos parcialmente concordantes e composição granodiorítica a granítica.
Facies Migmatítica (PS( (m) – Corpos autóctones orientados, de contatos concordantes a
transicionais, incluindo anatexitos, nebulitos e oftalmitos, predominantemente de composição
tonalítica a granítica.

Complexo Pilar (PSp) – Quartzo-mica xistos, biotita-quartzo xistos,


muscovita-quartzo xistos, granada-biotita xistos, xistos grafitosos, clorita
xistos, sericita-biotita xistos, talco xistos, magnetita xistos e calcoxistos
com intercalações subordinadas de filitos, quartzitos, mármores,
calcossilicáticas e metassiltitos (PSpX); filitos, quartzo filitos e metassiltitos
GRUPO AÇUNGUI

com intercalações subordinadas de mecaxistos e quartzitos (PSpF); filitos


com intercalações de rochas carbonáticas (PSpFC); mármores
dolomíticos e calcíticos (PSpC); quartzitos micáceos e feldspáticos com
intercalações de filitos, quartzo filitos, xistos e metarcósios (PSpQ);
calcossilicatadas (PSpS); metaconglomerados oligomíticos e polimíticos
(PSpR); anfibolitos, anfibólio xistos, metagabros e diques metabasíticos de
caráter variado (PSpB).

Complexo Embu (Pse) – Migmatitos heterogêneos de estruturas


variadas, predominando estromatitos de paleossoma xistoso, gnáissico ou
anfibolítico; migmatitos homogêneos variados predominando os de
natureza homofânica, oftalmítica e facoidal (PseM), com ocorrência
subordinada de corpos metabásicos (PseB) e núcleos paleossomáticos
restritos de natureza quartzítica e calcossilicática
FONTE: Mapa Geológico do Estado de São Paulo (IPT, 1981)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 16 - Mapa Geológico da Área de Estudo -


Legenda

SEM ESCALA
N
46ºW 45ºW
22º30S

22º00S

Formação Resende
Formação Tremembé
0 10 20 km Formação São Paulo
Formação Pindamonhangaba
Local do
Empreendimento Sedimentos Quaternários

FONTE: Riccomini et al. (1991)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 17 - Mapa Geológico da Bacia de


Taubaté EPASC
Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.

ESCALA 1:1.000.000
Estes dados podem ser corroborados pelos perfis de integração de dados
(Anexo M) nos quais é possível se ter uma idéia da aproximação do topo
rochoso e dos litotipos presentes.

De uma forma geral, o substrato da área em estudo pode ser classificado como
um solo argilo-silto arenoso, correspondendo a uma alteração das rochas do
embasamento, provavelmente decorrentes do intemperismo de rochas
graníticas (vide item 6.3.7 - Pedologia).

6.3.4 Hidrogeologia

6.3.4.1 Hidrogeologia Regional

O arcabouço geológico do Estado de São Paulo pode também ser


representado pelas unidades hidrogeológicas, classificadas em sistemas
aqüíferos. O Decreto 32.955/91 define aqüífero ou depósito natural de águas
subterrâneas como o solo, rocha ou sedimento permeáveis que fornecem água
subterrânea, natural ou artificialmente captada.

Os sistemas aqüíferos podem ser classificados em duas categorias, segundo a


natureza litológica dos terrenos e suas propriedades hidráulicas: aqüíferos
sedimentares permeáveis por porosidade granular, e aqüíferos cristalinos
permeáveis por fissuramento das rochas (São Paulo, 2004a).

A área de influência indireta do empreendimento está situada na Região


Hidrográfica Escudo Oriental do Sudeste, conhecida nacionalmente pelo
elevado contingente populacional e pela importância econômica de sua
indústria (Brasil, 2004).

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106
Regionalmente a área de estudo está sobre o sistema aqüífero Cristalino e no
seu entorno observa-se também a ocorrência do sistema aqüífero sedimentar,
especificamente o aqüífero da bacia de Taubaté (Figura 18).

Local do
Empreendimento

Figura 18 – Distribuição das Unidades Hidroestratigráficas do Estado de


São Paulo
(Fonte: CETESB. 2004a)

No sistema aqüífero Cristalino as zonas aqüíferas estão associadas a fraturas


e lineamentos.

A recarga natural ocorre nas camadas de rocha alterada e zonas fissuradas.


Geralmente, a baixa transmissividade nos horizontes aqüíferos e a ausência de
fluxos de água em escala regional, mesmo em falhas e fissuras, condicionam a
formação de unidades independentes em cada vale; aí existe um regime de
escoamento próprio, sem relacionar-se a áreas relativamente distantes,

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107
constituindo o escoamento básico de rios e riachos que drenam esses vales
(CETESB, 2004a).

O aquífero Cristalino é formado por rochas do embasamento pré-cambriano -


granitos, gnaisses, migmatitos, filitos e xistos, sendo explotado em
profundidades predominantes na faixa de 50 a 150 metros.

O potencial hídrico destas rochas é limitado à ocorrência dessas zonas


favoráveis, o que resulta em grande variação das condições de produção, com
valores extremos de 0 a 50 m3/h, média de 7 m3/h e a vazão específica média
de 0,3 m3/h/m, oscilando entre 0,06 e 0,7 m3/h/m. Considerando-se o aqüífero
de forma global, verificaram-se valores de transmissividade que variam entre
0,4 e 14 m2/dia (CETESB, 2004a).

O aqüífero da Bacia de Taubaté é uma fossa tectônica na qual foram


depositados argilitos, folhelhos e arenitos argilosos com intercalações delgadas
de areias. Recebe, desta forma, a denominação de aqüífero multicamada
(Vidal & Kiang, 2004).

No centro da bacia, a espessura máxima conhecida do pacote sedimentar é de


500 metros, mas o aqüífero é captado a profundidades que variam de 100 a
300 metros onde ocorrem as zonas mais permeáveis (São Paulo, 2004a).

A Bacia do Taubaté divide-se nas Formações Tremembé e Resende, conforme


descrito no item 6.3.3. As características hidrogeológicas da Bacia, abaixo
descritas, foram obtidas em Vidal & Kiang, 2004 e CETESB, 2004a.

A produtividade do Aquífero Taubaté é muito variável, com capacidade


específica entre 0,2 e 14 m3/h/m (DAEE, 1977). Na porção central da bacia
sedimentar, na região de Tremembé-Pindamonhangaba, ocorrem sedimentos
com menor permeabilidade. Sedimentos mais arenoso predominam à oeste e

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
108
leste desta região, culminando em maior produtividade dos poços, com vazões
que podem ser superiores a 100 m3/h (CETESB, 2004a).

Os valores de transmissividade variam entre 200 e 400 m2/dia e a porosidade


efetiva entre 2 e 10%, com coeficientes de armazenamento da ordem de 10-3,
indicando um semi-confinamento de camadas mais profundas (CETESB,
2004a).

A recarga desse aqüífero ocorre via precipitação pluvial direta sobre a Bacia e
também, com maior limitação, pela drenagem das águas do aqüífero cristalino
adjacente. O aqüífero tem como descarga natural o Rio Paraíba, participando
como reservatório regulador de sua vazão de base (CETESB, 2004a).

Conforme DAEE (1977), citados por Vidal & Kiang (2004), a maior parte dos
aqüíferos da Bacia está sob condições freáticas ou pouco confinadas, com
pressão acima da hidrostática somente em áreas limitadas, e que o fluxo de
água subterrânea acompanha, a grosso modo, as cotas topográficas em
direção à drenagem principal, representada pelo Rio Paraíba do Sul.

6.3.4.2 Hidrogeologia Local

De acordo com os dados obtidos, a hidrogeologia da região apresenta um


sistema de aqüífero livre, contido nos sedimentos coluvionares e no solo de
alteração de rochas do embasamento. Os aspectos hidrogeológicos da área
foram definidos com auxílio da determinação do nível d’água dos SP/SEV’s
(Quadro 6.5).

A partir dos valores de nível d’água e da altitude de cada ponto de


amostragem/investigação confeccionou-se os mapas potenciométricos das
Figura 21 e Figura 22.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
109
Ensaios de infiltração e estimativa das velocidades da água subterrânea

Os ensaios de infiltração foram realizados de acordo com o boletim nº 4 da


A.B.G.E. (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia). Este ensaio
consiste na saturação do trecho a ser ensaiado (neste caso, três trechos em
cada furo) mantendo este volume constante introduzindo-se água em
quantidade necessária. Este volume de água introduzido é medido em
intervalos de tempo pré-determinados, até que se obtenham volumes
constantes para cada intervalo de tempo considerado.

As condutividades hidráulicas (K) foram calculadas por meio da fórmula abaixo.


Os resultados do teste de infiltração constam do Anexo N e os valores obtidos
estão apresentados no Quadro 6.6.

Assim, configurou-se que o fluxo da água subterrânea migra em direção


preferencialmente a sul, em direção ao fundo de vale.

Q 1
K =
H Cu ⋅ r

Onde:
- K = condutividade hidráulica;
- Q = vazão;
- H = comprimento do trecho ensaiado;
- r = raio da sondagem ensaiada (Figura 19);
- Cu = para o cálculo utiliza-se ábaco (Figura 20).

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110
Figura 19 – Componentes do Ensaio de Infiltração
(Fonte: Santos Oliveira & Corrêa Filho, 1996)

Figura 20 – Ábaco para Obtenção de Coeficientes de Condutividade em


Zona Vadosa (Cu)
(Fonte: Santos Oliveira & Corrêa Filho, 1996)

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111
Quadro 6.5 – Níveis da Água Subterrânea Encontrados na Área de Estudo
Sond. Nº X (Este) m Y (Norte) m Z (Elev.) m Cota N. A. (m) Prof. N. A. (m)
SP-01 396750,000 7413888,500 688,350 678,390 9,960
(1)
SP-02 396699,000 7414004,000 679,750 ---- NE
SP-03 396703,000 7413812,000 692,790 ---- NE
SP-04 396670,000 7413931,000 672,410 664,670 7,740
SP-05 396625,000 7414107,000 662,600 644,700 17,900
SP-06 396547,300 7413749,500 654,990 642,910 12,080
SP-07 396543,000 7414137,000 650,680 643,130 7,550
SP-08 396546,000 7414016,000 659,520 644,670 14,850
SP-09 396475,000 7414148,500 663,200 643,400 19,800
SP-10 396466,000 7414037,000 659,940 635,790 24,150
SP-11 396594,830 7413915,440 671,250 647,770 23,480
SP-12 396546,820 7413852,290 648,660 639,550 9,110
ST-06 396618,350 7414025,390 667,420 649,260 18,160
SEV-01 396822,963 7413857,509 702,260 684,810 17,450
SEV-02 396608,998 7413973,131 664,930 655,880 9,050
SEV-03 396639,227 7413792,188 680,060 657,910 22,150
SEV-04 396672,890 7414099,189 673,760 659,560 14,200
SEV-05 396577,780 7414122,849 654,780 ---- 12,900
SEV-06 396458,328 7413701,600 633,290 624,840 8,450
SEV-07 396640,747 7413689,000 677,080 660,130 16,950
SEV-08 396750,209 7414059,683 690,170 673,670 16,500
(1)
NE – Nível não encontrado.

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112
LEGENDA
SP-00
Sondagem Percussão
FONTE:
ST-00
Sondagem Trado
RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL
SEV-00
Sondagem Elétrica Vertical VCP - Unidade Jacareí / SP

443 Curvas de Equipotenciais do Lençol Freático


FIG. 21 - Mapa Potenciométrico da Área do
Sentido de Fluxo Empreendimento

ESCALA: 1:2.000
RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL
VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 22 - Representação Tridimensional da


Superfície Potenciométrica na Área EPASC
do Empreendimento Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.

SEM ESCALA
Quadro 6.6 – Valores de K Obtidos a Partir dos Dados dos Ensaios de
Infiltração
Ponto Profundidade (m) K (cm/s) K (m/s)
-5 -7
3,5 1,09 x 10 1,09 x 10
-6 -8
6,5 4,90 x 10 4,90 x 10
SP-04
-6 -8
9,5 5,72 x 10 5,72 x 10
-6 -8
Média 7,17 x 10 7,17 x 10
-5 -7
3,5 2,03 x 10 2,03 x 10
-6 -8
6,5 1,49 x 10 1,49 x 10
SP-05
-6 -8
9,5 1,53 x 10 1,53 x 10
-6 -8
Média 7,77 x 10 7,77 x 10
-5 -7
3,5 6,17 x 10 6,17 x 10
-6 -8
6,5 6,61 x 10 6,61 x 10
SP-07
-6 -8
9,5 2,27 x 10 2,27 x 10
-5 -7
Média 2,35 x 10 2,35 x 10
-4 -6
3,5 3,56 x 10 3,56 x 10
-6 -8
6,5 6,92 x 10 6,92 x 10
SP-08
-6 -8
9,5 1,49 x 10 1,49 x 10
-4 -6
Média 1,21 x 10 1,21 x 10

O valor médio estimado para K foi de 3,999x10-7 m/s, compatível com o tipo de
formação geológica descrita nas sondagens. Esta interpretação fica confirmada
quando o valor de K adotado é comparado com tabelas padrão (Figura 23),
indicando ser o solo do local um sedimento inconsolidado na fração areia
siltosa.

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115
Figura 23 – Valores de Condutividade Hidráulica para Várias Geologias
(Fonte: Freeze & Cherry, 1979)

Através do mapa potenciométrico, pôde-se estimar a velocidade da água


subterrânea. Segundo a Lei de Darcy:

K ∆h
v= * ,
nef ∆L
onde:
v = velocidade real;
K = condutividade hidráulica;
nef = porosidade efetiva do material; e
∆h/∆L = gradiente obtido no mapa potenciométrico.

A partir da fórmula acima foram calculadas velocidades em diversas direções


de fluxo. Os resultados, assim como os dados utilizados na fórmula encontram-
se no Quadro 6.7.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
116
Para os cálculos adotou-se o valor médio para K 3,999x10-7m/s, e 50% para
porosidade efetiva. Segundo Freeze & Cherry (1979), a porosidade efetiva
varia de 35-50% para silte e de 40-70% para argila.

Os vetores utilizados para os cálculos das velocidades podem ser visualizados


nas Figura 18 e Figura 21.

Quadro 6.7 – Cálculos das Velocidades da Água Subterrânea(1)

K = 3,99 x 10-7 m/s


Vetor ∆H (m) ∆L (m) VD (m/s) V (m/s) V (m/ano)
V1 = SEV-04 ao SP-05 14,86 38,73 1,53387x10
-7
3,06773E
-7
4,8
V2 = SP-01 ao SP-11 30,62 125,29 9,77195x10
-8
1,95439E
-7
3,0
V3 = SEV-01 ao SP-12 45,26 220,95 8,19058E
-8
1,63812E
-7
2,5
V4 = SEV-07 ao SEV-06 26,84 146,28 7,3366E
-8
1,46732E
-7
2,3
(1)
∆H: diferença de cotas; ∆L: distância entre pontos; VD: Velocidade de Darcy; V: Velocidade

De acordo com os resultados acima e os mapas potenciométricos da (Figura


21 e Figura 22), para K = 3,999 x 10-7 m/s, as velocidades são da ordem de
10-7 m/s, podendo atingir alguns metros em um ano.

Um fator importante a ser destacado é que a velocidade obtida através da Lei


de Darcy corresponde à velocidade da água subterrânea e não pode ser
utilizada isoladamente para o transporte de contaminantes. Os mecanismos
envolvidos neste transporte são: advecção, dispersão, degradação e
retardação. A porção transportada por advecção segue a velocidade da água
subterrânea enquanto os outros mecanismos (retardação, degradação e
dispersão) tornam o fluxo do contaminante mais lento que o da água, além de
alterar a direção de caminhamento da pluma. Assim, a velocidade obtida no
cálculo deve ser utilizada com ressalvas.

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117
6.3.4.3 Vulnerabilidade dos aqüíferos subterrâneos à poluição

A vulnerabilidade de um aqüífero à poluição representa sua maior ou menor


susceptibilidade em ser afetado por carga contaminante, condicionada por
fatores naturais, como a acessibilidade da zona saturada à penetração de
poluentes e capacidade de atenuação da carga poluidora. As áreas de
afloramento, onde a recarga dos aqüíferos é direta, são consideradas como de
maior vulnerabilidade à poluição.

O risco de vulnerabilidade das águas subterrâneas à poluição no Estado de


São Paulo foi elaborado pelo Instituto Geológico, em associação à Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental e ao Departamento de Águas e
Energia Elétrica (São Paulo, 1997a), e apresentado em São Paulo (2002a).
Neste documento a definição quanto a esse parâmetro não é apresentada para
a área de influência direta do empreendimento (Figura 24).

6.3.4.4 Qualidade das águas subterrâneas

Resultados do monitoramento das águas subterrâneas dos dois sistemas


aquíferos, obtidos pela CETESB a partir de coleta de amostras e análises
realizadas entre 2001 e 2003, são apresentados nos Quadro 6.9 e Quadro
6.10. Nestas, é apresentado o chamado “quartil 75%”, correspondente à
referência de qualidade das águas subterrâneas para cada aqüífero, para os
parâmetros temperatura, sólidos totais dissolvidos, condutividade elétrica,
dureza, cloretos, sódio, ferro, manganês, nitrogênio nitrato, cromo, bário e
contagem de bactérias, que são considerados indicadores de qualidade.

O Quadro 6.8 apresenta os pontos de amostragem com relativa proximidade


do empreendimento.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
118
| | |
47° 46° 45°

Local do
Empreendimento

FONTE: São Paulo (2002a)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 24 - Vulnerabilidade das Águas


Subterrâneas à Poluição na Área de
Estudo

ESCALA INDICADA
Quadro 6.8 – Descrição dos Pontos de Amostragem dos Aquíferos
Subterrâneos, Correspondentes à Região de Abrangência do
Empreendimento, Durante o Período 2001 a 2003
Sistema Agência (1) Prof. Nível
Ponto de amostragem Tipo de Aqüífero
Aquífero Ambiental (m) estático (m)

Cristalino Jacareí Jambeiro – P4, SABESP Fissurado 199 -

Aparecida Roseira P4, SABESP, desativado MultiCamadas 196 9


Caçapava – P21A, SABESP MultiCamadas 210 47

Taubaté São José dos Campos - P108A,


MultiCamadas 161 72
Taubaté SABESP
São José dos Campos - P128,
MultiCamadas 227 60
SABESP
(1)
Todos os poços são utilizados para abastecimento público.
Fonte: CETESB, 2004a.

Em pesquisa recente sobre a hidrogeoquímica da Bacia de Taubaté, Vidal &


Kiang (2004), a partir de dados coletados e compilados de DAEE (1977),
avaliaram os principais atributos determinantes da qualidade das águas
subterrâneas.

Conforme esse estudo, para toda a bacia, o pH varia de 4,5 a 8,5, com teores
salinos de resíduo seco variando de 20 a 683 mg/L, sendo que a maioria dos
dados não ultrapassa 300 mg/L. As águas são classificadas como
bicarbonatadas sódicas e bicarbonatadas cálcicas e, secundariamente, como
clorosulfatadas sódio-cálcicas.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
120
Quadro 6.9 - Síntese dos resultados para o Sistema Aqüífero Cristalino:
UGRHI’s 2, 5, 9, 10 e 14
Padrão Fissurado 14 poços
Parâmetro Unidade
1469/00 MS Variação Mediana 3º quartil
pH 6,5-9,5 4,4 – 9,6 7,2 7,8
Temperatura ºC -- 19 – 28 23 24
Condutividade Elétrica MS/cm -- 48 – 1039 211 259
Sólidos Dissolv. Totais mg/L 1000 7 – 944 176 208
Resíduo Seco 180°C mg/L -- 3 – 897,7 144 182
Dureza Total mg/L CaCO3 500 11 – 1430 76 106
Alcalinidade Bicarbon. mg/L CaCO3 -- 9 – 130 75 104
Alcalinidade Carbonato mg/L CaCO3 -- 0–2 0 0
Alcalinidade Hidróxido mg/L CaCO3 -- 0 0 0
Carbono Org. Dissolv. Mg/L C --
Alumínio Total Mg/L Al 0,2 <0,01 – 0,15 0,02 0,04
Arsênio Total Mg/L As 0,05 <0,002-0,03 <0,002 <0,002
Bário Total mg/L Ba 0,7 <0,0005 – 0,16 <0,08 <0,08
Boro Mg/L B <0,03 – 1,11 <0,03 0,03
Cálcio total Mg/l Ca -- 2,35 – 561 27 34
Cádmio Total mg/L Cd 0,005 <0,0001–0,005 <0,0001 <0,0001
Cloreto Mg/L Cl 250 0,5 – 27,5 2,9 4,5
Chumbo Total mg/L Pb 0,01 <0,002 – 0,05 <0,002 <0,003
Cobre mg/L Cu <0,01 – 0,02 <0,01 <0,01
Cobalto mg/L Co <0,01 <0,01 <0,01
Cromo Total Mg/L Cr 0,05 0,0005-0,01 0,0005 0,002
Ferro Total Mg/L Fé 0,3 <0,01 – 2,93 0,02 0,07
Fluoreto Mg/L F 0,6-1,7 0,03 – 16,1 0,33 0,66
Magnésio Total mg/L Mg -- 0,56 – 12 4,1 6,6
Manganês Total mg/L Mn 0,1 0,002 – 0,34 0,007 0,02
Mercúrio Total mg/L Hg 0,001 <0,0001-0,001 <0,0001 0,0006
Nitrogênio Nitrato Mg/L N 10 0,002-3,27 0,23 0,53
Nitrogênio T. Kjeldhal Mg/L N -- 0,005-2,4 0,11 0,31
Níquel Mg/L Ni 0,01-0,02 0,01 0,01
Potássio Mg/L K -- 0,6 – 5,1 1,8 3,2
Selênio mg/L Se 0,002 0,002 0,002
Sódio Total mg/L Na -- 2,5 – 82 11 15
Vanadio Mg/L V 0,02 – 0,34 0,02 0,02
Zinco Mg/L Zn 0,01 – 0,19 0,02 0,05
Cont. de Bactérias UFC/mL 500 0 – 5700 1 22
Coliforme Total NMP/100 mL 0 0 – 940 0 0
Coliforme Fecal NMP/100 mL 0 0–2 0 0
Fonte: CETESB, 2004a.

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Quadro 6.10 – Características Químicas dos Aqüíferos Terciários na
UGRHI 2 – Paraíba do Sul
Cont.
Temp. CE STD Cl Dureza Na NO3 Fe F Mn Cr Ba o
N
pH Bact. Poços
C° US/cm ------------------------------------ mg/L ------------------------------------- UFC
7,1 26 164 160 1,3 42 16,8 0,04 0,12 0,25 0,08 0,005 0,14 1 4
7,4 25 162 200 1,0 32 20,3 0,20 0,70 0,50 0,15 0,001 0,16 15 2
Fonte: CETESB, 2004a.

De acordo com os resultados obtidos, e a despeito dos índices de


vulnerabilidade dos aqüíferos à poluição (item acima), as águas dos Sistemas
Aqüíferos Cristalino e Taubaté apresentam substâncias em concentrações que
atendem aos padrões de potabilidade. Os resultados de pH (neutro),
condutividade elétrica e dureza total indicam excelente qualidade para
consumo humano e usos na agricultura e em processos industriais.

Qualidade da água subterrânea local - Background da área em estudo

Como background da área pode-se apresentar o resultado de análises


químicas de qualidade da água dos poços de monitoramento localizados a
montante da área atual de disposição de resíduos realizadas em 2004. Os
valores obtidos são descritos no Quadro 6.11.

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122
Quadro 6.11 – Qualidade dos Poços de Monitoramento à Montante da
Área Atual de Disposição de Resíduos
1° Semestre 2004 2° Semestre 2004
Parâmetros Unidade Poço nº 09 Poço nº 10 Poço nº 09 Poço nº 10
(Branco) (Branco) (Branco) (Branco)

pH - 7,00 6,37 5,80 5,10


Condutividade uS/cm 213,00 126,90 160,80 153,00
Cor real mg/L 18,00 8,00 10,00 8,00
Turbidez mg/L 10,60 29,00 3,68 10,90
Sódio mg/L 14,30 7,79 11,21 8,26
Cálcio mg/L 11,94 5,11 3,85 1,46
Sólidos totais dissolvidos mg/L 139,00 104,00 119,00 97,00
Sólidos suspensos mg/L <LQ <LQ 8,00 <LQ
DBO5 mg/L <LQ <LQ <LQ <LQ
DQO mg/L 16,00 12,00 8,00 37,00
Sulfeto Mg S/L 0,01 <LQ <LQ <LQ
Sulfato mg/L 2,00 15,00 2,88 <LQ
Cloretos mg/L 75,30 8,08 1,37 2,72
Arsênio mg/L <LQ <LQ 0,02 <LQ
Bário mg/L 0,36 0,09 0,32 0,16
Ferro mg/L 0,33 2,04 0,33 2,79
Cádmio mg/L <LQ <LQ <LQ <LQ
Chumbo mg/L 0,02 0,02 <LQ 0,01
Cobre mg/L <LQ <LQ <LQ <LQ
Cromo total mg/L <LQ <LQ <LQ <LQ
Manganês solúvel mg/L <LQ <LQ <LQ 0,38
Mercúrio mg/L <LQ <LQ <LQ <LQ
Níquel mg/L <LQ <LQ <LQ 0,01
Zinco mg/L <LQ 0,67 0,02 1,78
Sólidos sedimentáveis mg/L <LQ <LQ <LQ <LQ
Dados fornecidos pela VCP.

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123
6.3.5 Geotecnia

Os trabalhos de caracterização geotécnica dos resíduos e do solo da área


onde será ampliado o aterro industrial são apresentados no Anexo H e O. No
Anexo G encontra-se o parecer geotécnico elaborado pelo consultor
Engenheiro Mário Cepollina, baseado nos anexos citados.

6.3.6 Recursos Hídricos Superficiais

A unidade industrial, bem como o aterro industrial e a área destinada à sua


ampliação estão situados na bacia hidrográfica pertencente à Unidade de
Gerenciamento de Recursos Hídricos do Rio Paraíba do Sul (UGRHI 2), de
acordo com a Lei 9.034, de 27 de dezembro de 1994.

Tal unidade situa-se a leste do Estado de São Paulo, no Escudo Oriental do


Sudeste, conforme divisão hidrográfica adotada pela Agência Nacional de
Águas – ANA (BRASIL, 2004). É classificada como industrializada, e tem como
principal curso d’água o Rio Paraíba do Sul.

O Rio Paraíba do Sul atravessa a porção sudeste do estado de São Paulo e


drena, também, parte do território dos estados de Minas Gerais e Rio de
Janeiro. Nas suas cabeceiras estão localizados os Reservatórios de Paraibuna
e Paraitinga, que além de serem utilizados para gerar energia elétrica, são
reguladores da vazão deste rio.

A UGRH 2 é composta por 34 municípios, cuja distribuição dos municípios por


tipo de captação de água para abastecimento público é a seguinte: superficial =
21, subterrânea = 3 e mista = 10 municípios (São Paulo, 2002a, CETESB,
2004a).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
124
O Município de Jacareí tem no rio Paraíba do Sul o seu maior manancial de
superfície. Corresponde à divisa com Santa Branca e Guararema, cortando
todo o município até alcançar São José dos Campos. É captado e tratado pelo
município para o abastecimento de sua população.

Dentro do município, ainda, os rios de importância pelo volume e uso são o


Parateí e Jaguarí, este último servindo de divisa com São José dos Campos.

Merecem destaque ainda os reservatórios de Santa Branca (rio Paraíba) e o


Jaguari localizados, respectivamente, a sudeste e a nordeste da sede do
município.

Dos demais córregos e ribeirões, embora de pequeno porte, assume relevância


o rio Comprido, a nordeste da sede, pelo importante papel de suas águas na
irrigação das várzeas do rio Paraíba (Jacareí e São José dos Campos) e pelo
potencial de degradação a que está sujeito face a crescente urbanização em
sua bacia de contribuição.

Também o rio Turi se faz importante pelo papel que assume ao atravessar toda
a zona urbana do município, como canal de drenagem natural das águas
pluviais e, indevidamente, de emissário de esgotos urbanos.

6.3.6.1 Disponibilidade Hídrica Superficial

O parâmetro base para o controle da poluição dos corpos d’água é a sua


vazão, que permite suportar determinada carga de DBO5,20 através da diluição
de partida no seu ponto de lançamento, de modo a não causar transtorno para
os usos da água subsequentes.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
125
O processo de diluição, de um modo geral, tende a favorecer a recuperação da
qualidade da água à medida que a corrente se encaminha para a foz, devido
ao aumento da vazão.

De modo geral, o Rio Paraíba do Sul tem um perfil de vazões bastante


satisfatório, pois mesmo com vazões críticas, em épocas de seca, tem
condição de suportar cargas orgânicas desde que adequadamente tratadas
para se reduzir o seu potencial poluidor (EPASC, 2001).

Segundo dados do Projeto Qualidade das Águas e Controle da Poluição


Hídrica na Bacia do Rio Paraíba do Sul elaborado pelo Consórcio ICF Kaiser-
Logos, a vazão média histórica e a chamada Q7,10, isto é, a vazão mínima
média de 7 dias consecutivos com 10 anos de período de retorno, obtidas em
dois postos fluviométricos próximos à VCP são apresentadas no Quadro 6.12
(EPASC, 2001).

Quadro 6.12 – Características nos Postos Fluviométricos do Rio Paraíba


do Sul
Área de Drenagem Vazão Média Q7,10
Posto 3 3
(km²) (m /s) (m /s)
Guararema 5201 84,05 39,20
Jacareí 5690 86,49 42,04
Fonte: EPASC, 2001.

6.3.6.2 Qualidade das Águas

Dados sobre a qualidade das águas da UGRHI Paraíba do Sul foram obtidos
do “Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo” para
os anos de 2003 e 2004 (CETESB, 2004b; CETESB, 2005a).

Os parâmetros utilizados para tal avaliação foram: índice IAP – índice de


qualidade de água bruta para fins de abastecimento público, índice IQA –

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126
índice de qualidade das águas, cujos cálculos são utilizados no IAP, índice IVA
– índice da qualidade da água para proteção da vida aquática e índice IET –
índice de estado trófico, cujos dados são utilizados para o cálculo do IVA
(Quadro 6.16 e Quadro 6.18).

Localmente, considerando-se a Unidade Industrial e o Aterro Industrial, os


pontos de amostragem de qualidade de água mais relevantes são: PARB
02050, PARB 02100 e PARB 02200 (Quadro 6.13 e Figura 25).

As elevadas densidades populacionais e ausência de tratamento em níveis


adequados de alguns municípios, dentre eles Jacareí, faz com que os
respectivos esgotos domésticos tornem-se a principal causa da deterioração da
qualidade dos recursos hídricos da Bacia do Paraíba do Sul.

As médias das principais variáveis sanitárias no Rio Paraíba estão contidas no


Quadro 6.14. No Quadro 6.15 estão assinaladas as porcentagens de
resultados não conformes de 2004 em relação aos padrões de qualidade
estabelecidos pela Resolução CONAMA 20/86, bem como a comparação com
as porcentagens de não conformidade dos últimos dez anos para pH e metais.

Qualidade das Águas Para Abastecimento Público

Conforme o Relatório de qualidade das águas interiores do Estado de São


Paulo (CETESB, 2004b), em 2003 os índices IAP e IQA apresentaram
qualidade regular a boa sendo que o Rio Paraíba do Sul, nos locais de
amostragem próximos à Unidade Industrial e ao Aterro, apresentou qualidade
boa a regular (Quadro 6.16).

O Quadro 6.17 contêm os resultados de 2004 para o IAP – Índice de qualidade


das águas para fins de abastecimento público e do IQA – Índice de qualidade
das águas, cujos dados são utilizados no cálculo do IAP, respectivamente.

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127
Em 2004 os índices médios anuais dos pontos próximos ao aterro industrial
também apresentaram médias consideradas regular a boa para IAP. A média
anual regular no ponto mais próximo ao município de Jacareí foi em
decorrência de um mês com índice IAP considerado péssimo.

Já para o IQA os pontos próximos ao aterro apresentaram no ano de 2004


índices de qualidade mensais variando de média a ótima, conforme pode ser
observado no Quadro 6.17.

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128
Quadro 6.13 – Descrição dos Pontos de Amostragem da Bacia Paraíba do
Sul(1)
Ponto de Latitude Longitude Corpo
Localização
Amostragem (S) (O) d’água
Res. do Ponte na rodovia que liga Santa Isabel a Igaratá, no
JAGJ 00200 23°17’38” 46°14’02”
Jaguari município de Santa Isabel
(2) Rio Próximo à foz no Rio Paraíba do Sul, no município
JAGI 02900 23°10’21” 45°54’49”
Jaguari de São José dos Campos
(3) Captação de Santa Branca, no bairro Angola de
PARB 02050 23°22’32” 45°53’12”
Cima
(4) Ponte na rodovia SP-77, no trecho que liga Jacareí
PARB 02100 23°22’05” 45°53’59”
a Santa Branca
PARB 02200 23°18’48” 45°58’20” Junto à captação de Jacareí
Ponte de acesso ao loteamento Urbanova, em São
PARB 02300 23°11’42” 45°55’48”
José dos Campos
(5)
PARB 02310 23°11’16” 45°55’04” Na captação de São José dos Campos
(3)
Rio Rio Paraíba, na futura régua do DAEE, em
PARB 02390 23°04’59” 45°43’08” Paraíba Caçapava
do Sul
Ponte na rua do Porto, que liga Caçapava ao bairro
PARB 02400 23°04’54” 45°42’40”
Menino Jesus
PARB 02490 22°57’40” 45°33’10” Junto à captação da SABESP – Tremembé
(3)
PARB 02530 22°54’42” 45°28’13” Na captação da SABESP de Pindamonhangaba
PARB 02600 22°50’40” 45°14’04” Na captação de Aparecida
Ponte na rodovia BR-459, no trecho que liga Lorena
PARB 02700 22°42’12” 45°07’10”
a Piquete
PARB 02900 22°32’32” 44°46’26” Ponte na cidade de Queluz
Rio Ponte na estrada de acesso ao Res. Jaguari,
PTEI 02900 23°12’14” 46°00’50”
Parateí próximo à cervejaria Brahma
(6) Res. Santa No meio do corpo central, na junção dos braços
SANT 00100 23°20’05” 45°47’43”
Branca Capivari e Paraibuna
(1)
Os Pontos de amostragem em cinza correspondem àqueles próximos ao Aterro Industrial da VCP
(2) (3)
Jacareí; até 2003 nas latitude 23°10’25” e longitude 45°54’54”; pontos amostrados a partir de 2004;
(4) (5)
até 2003 nas latitude 23°22’13” e longitude 45°54’02”; até 2003 nas latitude 23°11’29” e longitude
(5)
45°55’13”; até 2003 nas latitude 23°22’30” e longitude 45°52’14”;
Fonte: CETESB, 2004b e CETESB, 2005a.

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129
N
15 8
18 12
19
4 RIO DE JANEIRO
20 16
21 UGRHI 1 - Mantiqueira PARB 02900
22 13 9 QUELUZ
LAVRINHAS Represa
17
5
SAGU 02100 CRUZEIRO do Funil
PIQUETE
2 AREIAS
10
14 6 3
7 SÃO BENTO SILVEIRAS SÃO JOSÉ ARAPEÍ BANANAL
DO SAPUCAI PARB 02700 CACHOEIRA DO BARREIRO
11
PAULISTA
CAMPOS
DO JORDÃO LORENA
SANTO ANTÔNIO
DO PINHAL PARB 02600
POTIM GUARATINGUETÁ
APARECIDA
PARB 02530 ROSEIRA
PARB 02490
MONTEIRO
LOBATO PINDAMONHANGABA
TREMEMBÉ

TAUBATÉ

PARB 02400
CAÇAPAVA LAGOINHA CUNHA
JAGI 02900
PARB 02390
Represa
Jaguari

IGARATÁ
PARB 02310 SÃO LUIS
JAGJ 00200 PARB 02300
DO PARAITINGA
PTEI 02900 SÃO JOSÉ JAMBEIRO REDENÇÃO
DOS CAMPOS DA SERR A

Represa de
SANTA JACAREÍ Paraitinga
ISABEL SANT 00100
PARB 02200
NATIVIDADE DASERRA
PARB 02050
SANTA BRANCA PARAIBUNA
GUARAREMA
PARB 02100
Represa de
Paraibuna

Local do
Empreendimento

ILHABELA

LEGENDA:

PRINCIPAIS CIDADES FONTE: CETESB (2004b); CETESB (2005a)


SEDE MUNICIPAL
LIMITE DE UGRHI RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL
LIMITE INTERESTADUAL VCP - Unidade Jacareí / SP
CURSO D’ÁGUA

TIPOS DE MONITORAMENTO:
REDE MONITORAMENTO - ÁGUA
FIG. 25 - Mapa da Bacia Paraíba do Sul
REDE MONITORAMENTO - SEDIMENTO (UGRHI 2) e Respectivos Pontos EPASC
de Amostragem Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.

SEM ESCALA
Quadro 6.14 – Média das Principais Variáveis Sanitárias - Rio Paraíba do Sul

Condutividade Turbidez COD PFTHM Nitrato Nitrog. Amon. OD DBO(5,20) FT Coliforme Termot. Clorofila a
Código do
1994-

Média

1994-

1994-

1994-

1994-

1994-

1994-

1994-

1994-

1994-

1994-
Ponto
2003

2004

2003
2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004
PARB02050 32 4 2,46 199 0,17 0,04 4,3 1 0,02 85 0,27
PARB02100 27 35 17 11 0,13 0,17 0,06 0,02 7,5 5,3 1 1 0,019 0,03 139 150
PARB02200 72 123 32 33 5,62 5,43 264 370 0,14 0,2 0,06 0,16 6,1 5,3 2 1 0,025 0,039 4198 2171 1,06 0,37
PARB02300 61 145 26 23 0,18 0,33 0,14 0,18 4,7 2,1 2 1 0,075 0,082 10681 13927
PARB02310 91 134 28 21 5,48 4,68 224 318 0,2 0,32 0,13 0,17 4 2,8 2 1 0,048 0,077 12397 1877 1,7 0,88
PARB02400 59 123 37 24 0,26 0,51 0,18 0,24 3,7 1,6 2 2 0,076 0,07 9218 1792
PARB02490 59 123 36 21 6,25 6,38 252 356 0,32 0,55 0,15 0,13 5,7 4,3 2 1 0,071 0,063 8573 2390 1,12 0,43
PARB02530 109 49 4,47 300 0,41 0,13 4,3 1 0,085 4021 0,27
PARB02600 61 117 49 42 10,69 6,15 321 373 0,32 0,5 0,15 0,24 5,2 4 2 2 0,084 0,125 14084 47686 1,22 0,64
PARB02700 62 114 49 52 0,37 0,53 0,18 0,2 5,2 4,3 2 2 0,072 0,075 15782 9521
PARB02900 59 101 58 82 0,4 0,6 0,1 0,12 6,9 6,9 2 2 0,079 0,072 8954 6242
Fonte: CETESB, 2005a.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
131
Quadro 6.15 – Resultados Não-Conformes para pH e Metais – Rio Paraíba do Sul(1)
pH Alumínio Manganês Níquel Cobre Zinco Mercúrio

%NC 1994-

%NC 1994-

%NC 1994-

%NC 1994-

%NC 1994-

%NC 1994-

%NC 1994-
%NC 2004

%NC 2004

%NC 2004

%NC 2004

%NC 2004

%NC 2004

%NC 2004
Código do
NC 2004

NC 2004

NC 2004

NC 2004

NC 2004

NC 2004

NC 2004
NT 2004

NT 2004

NT 2004

NT 2004

NT 2004

NT 2004

NT 2004
2003

2003

2003

2003

2003

2003

2003
ponto

PARB02050 0 2 0 0 2 0 1 2 50 0 2 0 0 2 0 0 2 0 0 2 0
PARB02100 0 6 0 1 4 6 67 96 1 6 17 22 0 6 0 5 0 6 0 0 0 6 0 0 0 6 0 9
PARB02200 0 6 0 0 6 6 100 100 2 6 33 17 0 6 0 0 0 6 0 0 0 6 0 0 0 6 0 25
PARB02300 0 6 0 2 6 6 100 100 1 6 17 30 0 6 0 7 0 6 0 0 0 6 0 0 0 6 0 7
PARB02310 0 6 0 6 5 6 83 100 0 6 0 0 1 6 17 0 0 6 0 0 0 6 0 0 0 6 0 25
PARB02400 0 6 0 0 6 6 100 100 3 6 50 21 0 6 0 5 0 6 0 2 0 6 0 0 0 6 0 13
PARB02490 2 6 33 0 6 6 100 100 0 6 0 16 0 6 0 4 0 6 0 0 0 6 0 0 0 6 0 8
PARB02530 0 2 0 2 2 100 0 2 0 0 2 0 0 2 0 0 2 0 0 2 0
PARB02600 2 6 33 0 6 6 100 100 0 6 0 19 0 6 0 5 0 6 0 2 0 6 0 0 0 6 0 14
PARB02700 2 6 33 0 6 6 100 100 1 6 17 19 0 6 0 4 1 6 17 2 0 6 0 2 0 6 0 11
PARB02900 1 6 17 0 6 6 100 100 2 6 33 21 0 6 0 3 1 6 17 0 0 6 0 2 0 6 0 12
(1)
NC: Número de resultados Não Conformes; NT: Número Total de Resultados Considerados.
Fonte: CETESB, 2005a.

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132
Em 2003 o IVA médio mensal variou de qualidade ótima a ruim, com
predomínio de valores considerados “aceitáveis”. Nos pontos próximos ao
empreendimento, somente no mês de fevereiro de 2003 foi detectada
qualidade “ruim” (Quadro 6.18).

Já os índices de estado trófico de fósforo e clorofila a oscilaram, em geral, de


oligotrófico a eutrófico em 2003, sendo mesotrófico a oligotrófico nos pontos
próximos ao aterro (Quadro 6.18).

Conforme o Relatório (CETESB, 2004b), em todos os pontos do Rio Paraíba do


Sul os valores de coliformes termotolerantes encontraram-se acima dos limites
estabelecidos pelo CONAMA 20/86 (BRASIL,1986) em 2003, o que indica a
contribuição da emissão de esgoto doméstico no aumento da carga de fósforo
nesta bacia.

Em 2004 os índices para IVA indicaram qualidade da água para proteção da


vida aquática boa a regular e, de modo geral, qualitativamente superior a média
anual dos demais pontos amostrados no Rio Paraíba (Quadro 6.19).

Da mesma forma, as médias anuais do IET indicam caráter oligotrófico das


águas do rio Paraíba nos pontos próximos ao aterro industrial, mesmo com a
ocorrência de meses com qualidade de águas classificadas como eutróficass e
mesotróficas, em virtude de maiores teores de fósforo total e clorofila a, no
caso dos pontos PARB02050 e PARB02200. Observa-se também que os
pontos citados apresentam qualidade de água para o índice IET superior, em
média, aos demais pontos amostrados no Rio.

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Quadro 6.16 – Índices de Qualidade das Águas no Rio Paraíba do Sul em
2003 – IAP e IQA
(1)
Índice Código do Ponto Fev Abr Jun Ago Out Dez Média
PARB 02100 56 71 71 75 78 73 71
PARB 02200 50 - 62 68 - 59 59
PARB 02300 42 35 52 63 56 41 48
IAP – Índice de PARB 02310 39 - 50 56 - 44 47
Qualidade de água
bruta para fins de PARB 02400 34 40 45 53 47 42 43
abastecimento público PARB 02490 26 - 55 53 - 7 35
PARB 02600 39 - 23 58 - 7 32
PARB 02700 48 35 49 58 36 41 45
PARB 02900 56 39 56 59 46 55 52
PARB 02100 62 75 71 79 79 73 73
PARB 02200 58 62 63 70 65 62 63
PARB 02300 50 38 56 64 61 44 52
PARB 02310 44 45 53 58 55 48 50
IQA – Índice de
PARB 02400 39 42 47 54 51 44 46
qualidade das águas
PARB 02490 50 48 56 66 52 47 53
PARB 02600 45 39 49 60 52 41 47
PARB 02700 55 39 53 61 45 47 50
PARB 02900 63 50 62 62 57 61 59
(1)
Classes de valores para os índices IAP e IQA= () Qualidade ótima; () Qualidade Boa; ()
Qualidade Regular (IAP) ou Aceitável (IQA); () Qualidade Ruim; () Qualidade Péssima;
Fonte: CETESB, 2004b.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
134
Quadro 6.17 - Índices de Qualidade das Águas no Rio Paraíba do Sul em
2004 – IAP e IQA
(1)
Índice Código do Ponto Fev Abr Jun Ago Out Dez Média

PARB02050 60 60

PARB02100 50 62 71 74 78 73 68

PARB02200 5 55 63 45 42
IAP – Índice de PARB02300 32 35 41 41 47 39 39
Qualidade de água
bruta para fins de PARB02310 0 37 56 43 34
abastecimento público PARB02400 36 40 34 48 42 44 41

PARB02490 2 48 61 61 43
PARB02530 52 52

PARB02600 5 42 41 41 32
PARB02700 29 41 46 46 49 48 43
PARB02900 29 43 55 52 58 56 49

PARB02050 82 61 71

PARB02100 55 66 76 74 78 75 71

PARB02200 58 57 62 64 67 57 61

PARB02300 42 39 45 41 49 42 43
IQA – Índice de PARB02310 44 41 42 56 76 44 51
qualidade das águas
PARB02400 44 45 41 49 48 46 45

PARB02490 46 53 52 62 66 63 57
PARB02530 52 56 54
PARB02600 35 43 47 43 43 45 43
PARB02700 38 51 52 50 53 54 49
PARB02900 41 54 63 55 62 64 57
(1)
Classes de valores para os índices IAP e IQA= () Qualidade ótima; () Qualidade Boa; () Qualidade Regular
(IAP) ou Aceitável (IQA); () Qualidade Ruim; () Qualidade Péssima;
Fonte: CETESB, 2005a.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
135
Quadro 6.18 – Índices de Qualidade das Águas no Rio Paraíba do Sul em
2003 – IVA e IET
(1)
Índice Código do Ponto Fev Abr Jun Ago Out Dez Média
PARB 02100 4,6 3,4 2,2 2,2 2,2 3,2 3,0
PARB 02200 3,2 2,2 2,2 2,2 2,2 3,2 2,5
PARB 02300 5,6 6,6 3,4 3,2 3,4 6,6 4,8
IVA – Índice de
PARB 02310 4,6 5,6 3,4 2,2 2,2 5,6 3,9
qualidade das
águas para a PARB 02400 5,6 6,6 4,4 5,4 4,4 6,6 5,5
proteção da vida
aquática PARB 02490 3,4 4,4 2,2 2,2 4,4 4,4 3,5
PARB 02600 4,4 4,4 3,4 3,2 3,2 4,4 3,8
PARB 02700 5,4 5,4 4,4 3,4 3,4 5,4 4,6
PARB 02900 3,2 4,2 4,2 3,2 4,2 4,2 3,9
PARB 02100 29,94 29,94 29,94 39,94 29,94 49,94 34,94
PARB 02200 44,32 37,06 31,62 38,25 38,52 49,07 39,81
PARB 02300 53,16 58,02 39,94 49,94 39,94 63,16 50,69
PARB 02310 35,66 47,58 37,07 31,66 35,59 53,99 40,26
IET – Índice de
PARB 02400 53,16 55,79 49,94 55,79 49,94 55,79 53,40
estado trófico
PARB 02490 40,78 46,44 32,62 42,20 46,69 48,42 42,86
PARB 02600 45,01 44,99 27,35 44,89 48,52 47,06 42,97
PARB 02700 58,02 58,02 45,79 29,94 39,94 63,16 49,15
PARB 02900 53,16 55,79 59,94 49,94 64,54 63,16 57,76
(1)
Classes de valores para os índices IVA = () Qualidade ótima; () Qualidade Boa; () Qualidade
Aceitável; () Qualidade Ruim; () Qualidade Péssima;
Classes de valores para o índice IET = () Hipereutrófico; () Eutrófico; () Mesotrófico; ()
Oligotrófico.
Fonte: CETESB, 2004b.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
136
Quadro 6.19 – Índices de Qualidade das Águas no Rio Paraíba do Sul em
2004 – IVA e IET
(1)
Índice Código do Ponto Fev Abr Jun Ago Out Dez Média
PARB02050 2,2 3,4 2,8
PARB02100 3,4 5,4 2,2 2,2 3,4 4,4 3,5
PARB02200 4,2 4,4 2,2 2,2 2,2 3,4 3,1
PARB02300 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6

IVA – Índice de PARB02310 9,2 4,4 3,4 3,4 5,6 5,2


qualidade das
PARB02400 5,4 6,6 5,6 6,6 6,6 5,6 6,1
águas para a
proteção da vida PARB02490 5,4 3,4 3,4 3,2 3,4 3,4 3,7
aquática
PARB02530 5,4 3,4 4,4
PARB02600 4,4 3,4 4,4 3,4 3,4 4,4 3,9
PARB02700 3,4 5,4 5,4 4,4 5,4 5,4 4,9
PARB02900 2,2 5,4 4,2 4,2 4,2 4,2 4,1
PARB02050* 55,79 30,59 31,62 34,09
PARB02100 39,94 59,94 39,94 29,94 29,94 49,94 41,61
PARB02200* 55,79 45,79 42,09 28,69 36,62 5,25 30,31
PARB02300 64,54 59,94 59,94 59,94 55,79 59,94 60,02
PARB02310* 44,39 34,06 49,26 41,14 38,25 48,47 42,59
IET – Índice de
PARB02400 55,79 63,16 49,94 55,79 64,54 53,16 57,06
estado trófico
PARB02490* 55,79 25,03 43,25 44,14 31,62 40,99 37,15
PARB02530* 64,54 36,62 38,8
PARB02600* 46,32 42,96 46,14 34,97 43,69 47,21 43,55
PARB02700 29,94 65,79 63,16 45,79 61,64 63,16 54,92
PARB02900 29,94 59,94 58,02 65,79 61,64 55,79 55,19
(1)
Classes de valores para os índices IVA = () Qualidade ótima; () Qualidade Boa; () Qualidade Aceitável; ()
Qualidade Ruim; () Qualidade Péssima; Classes de valores para o índice IET = () Hipereutrófico; () Eutrófico;
() Mesotrófico; () Oligotrófico.
Fonte: CETESB, 2005a.

O ano de 2003 foi crítico para o Rio Paraíba do Sul sob o aspecto de
quantidade de águas. A baixa disponibilidade hídrica ao longo do rio,
principalmente no período chuvoso, foi atribuída pela CETESB (2004b) à regra
operativa dos reservatórios existentes nas suas cabeceiras, sendo portanto um
dos motivos responsáveis pela piora de sua qualidade.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
137
A jusante de Jacareí, o Rio Paraíba do Sul recebe expressivas cargas
poluidoras, atingindo seu ponto crítico na região de Caçapava (PARB 02400),
onde se tem observado uma depleção nos níveis de oxigênio dissolvido ao
longo dos últimos anos.

Os dados médios da DBO5,20, indicador responsável pelo consumo do oxigênio


dissolvido, não retrataram nenhum valor médio elevado ao longo de todo o Rio
Paraíba do Sul. Portanto, a condição hidráulica observada no rio em 2003,
associada ao crescimento de plantas aquáticas, foi o responsável pelo
decaimento dos níveis de oxigênio dissolvido em suas águas.

6.3.7 Pedologia

Conforme a NBR ABNT 13.896 (1997), o conhecimento da pedologia, bem


como da geologia são indicações importantes na determinação da capacidade
de depuração do solo e de velocidade de infiltração.

Os solos encontrados na área de influência do empreendimento estão


diretamente relacionados ao relevo regional e ao substrato rochoso. A
influência do relevo na formação do solo manifesta-se, principalmente, pela
interação entre as formas de relevo e a dinâmica da água (Buol et al., 1997).

Na área de estudo, o relevo ondulado promove a menor ação da água no


intemperismo das rochas, em decorrência da predominância do escoamento
superficial à infiltração, favorecendo desta forma o desenvolvimento de
Argissolos, ou mesmo solos mais rasos, como os Neossolos Litólicos e
Câmbicos.

Na área de influência direta do empreendimento, conforme o Levantamento


Pedológico Semidetalhado do Estado de São Paulo (Oliveira et al., 1999), as
principais unidades de solos da região de estudo correspondem aos Argissolos

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
138
e, próximo aos cursos d’água, aos Gleissolos (Figura 26). Tais unidades
pedológicas são provenientes de rochas graníticas, gnáissicas e sedimentares,
conforme descrito no item 6.3.3 (Caracterização Geológica).

A Classe dos Argissolos compreende solos que tem como características


diferenciais argila de atividade baixa e horizonte B textural (Bt) imediatamente
abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial, exceto o hístico, sem
apresentar, contudo, os requisitos estabelecidos para serem enquadrados nas
classes dos Alissolos, Planossolos, Plintossolos ou Gleissolos (Embrapa,
1999).

Os principais atributos dos Argissolos são o acréscimo de argila em


profundidade e a capacidade de troca de cátions inferior a 27 cmol/kg. Os solos
de textura argilosa constituem material com boa qualidade para pisos de
estradas, ao passo que as argilas de atividade baixa resultam em um solo não
expansivo.

Os Argissolos Vermelhos e Vermelho-Amarelos apresentam, respectivamente,


matiz mais e menos vermelho que 2,5 YR. No primeiro caso, a maior
contribuição do vermelho à cor do solo se deve à sua origem de rochas ricas
em minerais ferromagnesianos e à maior porcentagem de óxidos de Fe que no
segundo caso. Oliveira et al. (1999) ressalta a importância da presença dos
óxidos de Fe e Al para a fixação de fósforo nas cargas positivas do solo. Sob o
aspecto ambiental, esse atributo é importante ao minimizar os riscos de
transferência deste elemento do solo para os aqüíferos subsuperficiais.

Por conceituação, os Argissolos apresentam prodominantemente argila de


atividade baixa, entretanto com capacidade adsortiva geralmente superior à
dos Latossolos (Oliveira et al., 1999).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
139
46° 00’ W

23º 00’ S

JACAREÍ

Local do
Empreendimento

23º 30’ S

LEGENDA
Entre parênteses o símbolo da classe e em itálico o nome conforme classificação antiga

ARGISSOLOS (P) (PVA) ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS [PVA1 – PVA116] MANCHA URBANA


PODZÓLICOS VERMELHO-AMARELOS Tb

CAMBISSOLOS (C) (CX) CAMBISSOLOS HÁPLICOS [CX1 – CX31]


PODZÓLICOS VERMELHO-AMARELOS Tb

GLEISSOLOS (G) (GM) GLEISSOLOS MELÂNICOS


GLEIS HÚMICOS, HIDROMÓRFICOS CINZENTOS

LATOSSOLOS (L) (LVA) LATOSSOLOS VERMELHO-AMARELOS [LVA1 – LVA61]


LATOSSOLOS VERMELHO-AMARELOS (parte), LATOSSOLOS VARIAÇÃO UNA

ORGANOSSOLOS (O) (OY) ORGANOSSOLOS MÉSICOS ou HÁPLICOS [OY1 – OY2]


SOLOS ORGÂNICOS

FONTE: Oliveira et al. (1999)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 26 - Mapa Pedológico da Área de Estudo

ESCALA: 1:500.000
O solo da área do empreendimento é classificado como Argissolo Vermelho-
Amarelo Distrófico, associado a Argissolo Vermelho Eutrófico, ambos A
moderado, textura média/argilosa, relevo forte ondulado e montanhoso (PVA
66) (Oliveira et al., 1999; EMBRAPA, 1999).

No entorno do Município de Jacareí observa-se também a ocorrência da


associação entre o Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico textura
média/argilosa, relevo ondulado e forte ondulado e o Argissolo Vermelho-
Amarelo Distrófico latossólico textura argilosa relevo ondulado, ambos A
moderado (PVA 65) (Oliveira et al., 1999; EMBRAPA, 1999).

A associação do B textural com o B latossólico está relacionada ao material de


origem e às transformações pedogenéticas sofridas pelos solos, com
circulação vertical e lateral de água ao longo das topossequências,
favorecendo remoção lateral e, ou destruição das argilas.

No entorno do rio Paraíba do Sul, associado aos sedimentos cenozóicos e


quartenários recentes, observa-se a ocorrência da associação de Gleissolos
Melânicos Distróficos Tb textura média e Organossolos Distróficos, ambos em
relevo de várzea (GM) (Oliveira et al., 1999; EMBRAPA, 1999) (Figura 26).

Os Gleissolos compreendem solos hidromórficos1, constituídos por material


mineral, que apresenta horizonte glei2 dentro dos primeiros 50 cm da superfície
do solo, ou a profundidades entre 50 e 125 cm desde que imediatamente
abaixo do horizonte A ou E, ou precedidos por horizonte B incipiente, B textural
ou C com presença de mosqueados.

1
Solos hidromórficos: São formados sob condições de hidromorfismo, em ambientes de redução.
Apresentam em comum a limitação de má drenagem. São Gleissolos, Organossolos e Neossolos
Quartzarênicos Hidromórficos.

Horizonte glei: tem espessura de 15 cm ou mais, caracterizado por redução de ferro e prevalência do
estado reduzido.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
141
Já os Organossolos são solos constituídos por material orgânico que
apresentam horizonte O ou H hístico com teor de matéria orgânica ≥ 0,2 kg/kg
de solo (≥ 20% de massa).

Observa-se a ocorrência desta classe de solo nas proximidades de cursos


d’água (portanto, em áreas de preservação permanente) e em áreas sob
influência de afloramento de água subterrânea, originados de sedimentos
recentes e em materiais colúvio-aluvionares, sujeitos a condições de
hidromorfia.

6.3.7.1 Susceptibilidade do solo à erosão e ao movimento de massa

A erosão corresponde ao processo de desprendimento e arraste acelerado das


partículas do solo causado pela água e pelo vento (Bertoni & Lombardi Neto,
1999).

A susceptibilidade à erosão representa a soma das ações dos fatores naturais


do processo erosivo como tipo, relevo e substrato de solos.

Ressalta-se a importância do controle da erosão não somente para a


manutenção dos atributos do solo voltados ao manejo agrícola e florestal, como
também para a conservação da qualidade dos recursos hídricos, evitando-se a
poluição e, ou o assoreamento de cursos d’água e reservatórios, a ocorrência
de enchentes e alterações ecológicas que poderão afetar a flora e a fauna (São
Paulo, 2002a).

A Figura 27 indica a classificação dos solos na área de abrangência direta e


indireta do empreendimento, quanto à susceptibilidade à erosão. Na área de
implantação do aterro industrial, a classificação do solo é IIc, ou seja, de alta
susceptibilidade à erosão, provavelmente decorrente do relevo acidentado do

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
142
entorno. O detalhamento desta e das demais classes de susceptibilidade à
erosão, observadas no entorno do empreendimento são dadas no Quadro 6.20.

Os movimentos de massa compreendem um conjunto de instabilizações


gravitacionais ou de movimentações encosta abaixo. São classificados em
função da velocidade de movimento, da viscosidade, do fluxo, do tipo de
material transportado, da geometria da erosão e do depósito formado.

A área de implantação do empreendimento apresenta média susceptibilidade à


movimento de massa, conforme os dados apresentados pela Carta de
Movimento de Massa, formulada pelo IPT e apresentada pela SECRETARIA
DO MEIO AMBIENTE (São Paulo, 2002b) (Figura 28). A mesma fonte cita que
nestas áreas os movimentos de massa são exclusivamente induzidos por
atividades antrópicas.

Quadro 6.20 – Classes de Susceptibilidade à Erosão dos Solos da Área de


Abrangência do Empreendimento
Classes Definição Descrição
Ocorrência de feições lineares como ravinas e sulcos, com alta incidência.
Alta Susceptibilidade à
IIc Observa-se também a ocorrência frequente de movimento de massa
Erosão
(quedas de blocos, escorregamentos e rastejos). A erosão laminar é intensa.
Média Ocorrência de feições lineares como ravinas e sulcos, com média incidência,
IIIc Susceptibilidade à boçorocas de cabeceira de drenagem, de incidência muito baixa, e erosão
Erosão laminar moderada.
Baixa Incidência moderada de feições lineares, nas formas de ravinas e sulcos. A
IVc Susceptibilidade à erosão laminar é moderada e os movimentos de massa são pouco
Erosão freqüentes.
Muito Baixa Solos situados nas margens dos rios. Ocorrem processos de acumulação e
Vb Susceptibilidade à sedimentação, com consequente susceptibilidade à solapamento das
Erosão margens fluviais.
Fonte: DAEE, 1997.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
143
23°

Local do
Empreendimento
24°

46° 45°

IIc II - Alta Va

V - Muito Baixa
IIIc III - Média Vb

IVa

IV - Baixa
IVe

FONTE: Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (DAEE / IPT, 1997)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 27 - Mapa de Susceptibilidade à Erosão


da Área de Estudo

ESCALA: 1:1.000.000
| | |
47° 46° 45°

Local do
Empreendimento

FONTE: São Paulo (2002a)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 28 - Mapa de Susceptibilidade à


Movimentos de Massa na Área de
Estudo

ESCALA INDICADA
6.4 Caracterização do Meio Biótico

6.4.1 Flora

O estudo da vegetação é importante em uma etapa preliminar à implantação de


um aterro pois a mesma pode atuar favoravelmente na escolha de uma área
quanto aos aspectos de redução do fenômeno de erosão, da formação de
poeira e transporte de odores (NBR ABNT 13.896, 1997).

Conforme o Portal SOS Mata Atlântica (2005), a área hoje ocupada pelo
Município de Jacareí foi totalmente coberta por vegetação de Mata Atlântica. O
mesmo portal informa que, atualmente, 6% da área do município são ocupados
por remanescentes (2811 ha).

Pela Figura 29 observa-se que a área de influência da ampliação do Aterro


Industrial insere-se em uma ampla faixa que originalmente foi de floresta
ombrófila densa (floresta Atlântica).

Entretanto, a mesma foi altamente modificada pela atividade humana, sendo


hoje ocupada predominantemente por pastagens. Os remanescentes naturais
são secundários, fragmentários e alterados (Figura 3).

A descrição da cobertura vegetal do entorno próximo da área de ampliação do


aterro foi realizada em estudo para a elaboração do “RELATÓRIO AMBIENTAL
PRELIMINAR DA UNIDADE DE CO-GERAÇÃO” da Unidade Industrial VCP
Jacareí (EPASC, 2001) e o Relatório Ambiental Preliminar da Implantação do
Projeto P-2.000, da mesma empresa (EPASC, 2000).

O diagnóstico da cobertura vegetal fundamentou-se na interpretação de


fotografias aéreas de dezembro de 2000 e fevereiro de 2001 com pequena
sobreposição, na escala 1:20.000 (Figura 3).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
146
Na época, as formações vegetais naturais e antrópicas que compõem a
cobertura vegetal na área do empreendimento e área de influência direta foram
classificadas em sete categorias: campos antrópicos limpos (Ca l), campos
antrópicos sujos (Ca s), formações naturais em estádio pioneiro de
regeneração (Fp), formações naturais em estádio inicial de regeneração (Fi),
formações naturais em estádio médio de regeneração (Fm), reflorestamentos
homogêneos (Rh), bosques de espécies exóticas (Rb) e solo exposto (Se).

Mais recentemente com a aquisição de fazendas adjacentes à unidade


industrial, a área de influência direta do empreendimento, anteriormente
ocupada por pastagens, passou a ser ocupada por plantios homogêneos de
eucaliptos para o abastecimento da indústria de papel e celulose.

A área destinada à ampliação do empreendimento apresenta significativo grau


de antropização por ter sido utilizada parcialmente como área de empréstimo.

A vegetação atual corresponde predominantemente a gramínea do gênero


Brachiaria, porém observa-se também a ocorrência de demais “ervas
invasoras”, tais como a falsa-serralha (Emilia sonchifolia), o joá (Nicandra
physaloides), a tiririca (Cyperus rotudus), a grama-seda (Cynodon dactylon), a
vassourinha (Baccharis dracunculifolia, B. semiserrata), os assa-peixes
(Vernonia polyanthes, V. puberula) e a mamona (Ricinus communis), dentre
outras (Vide Anexo E).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
147
(1) N

Local do
Empreendimento

(2) N

Local do
Empreendimento

Limites Interestaduais Flor. Ombrófila Densa

Estradas Principais Flor. Ombrófila Aberta

Ferrovias Flor. Estacional Semidecidual

Drenagem Principal Flor. Estacional Decidual

Limites Municipais Campos de Altitude, encraves de cerrado,


zonas de tensão ecológica, contatos.
Formações Pioneiras
Domínio da Mata Atlântica
Flor. Ombrófila Mista

FONTE: PORTAL SOS MATA ATLÂNTICA (2005)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 29 - Domínio da Mata Atlântica na Área


de Estudo: Original (1) e Situação
EPASC
Atual (2) Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.

ESCALA INDICADA
6.4.2 Fauna Terrestre

Os refúgios da fauna terrestre e da avifauna constituem-se fundamentalmente


nos remanescentes florestais dos Cerrados, das Florestas Latifoliadas
Tropicais e nas Matas Ciliares, protegidos por unidades de conservação ou de
preservação permanente.

As florestas artificiais de eucaliptos, principalmente quando contíguas às


florestas nativas, exercem um papel importante para a circulação da fauna na
região, principalmente quando estas áreas possuem estratos arbustivo e
herbáceo entre as formações florestais.

Conforme dados do portal da VCP, desde 2001 é realizado um monitoramento


semestral da fauna e da flora em todas as fazendas da VCP (VCP, 2005b). A
partir dessas informações, determinam-se quais medidas serão adotadas e
quais as prioridades em relação às áreas com baixa diversidade biológica.

O mesmo site informa que os resultados até o momento indicam que as áreas
da VCP possuem um importante papel na conservação da biodiversidade do
Estado de São Paulo, possuindo ainda um grande potencial de Pesquisa e
Educação Ambiental.

Além disso foi concluído em 2002 o projeto de monitoramento de fauna na


fazenda Taboão, localizada no município de Santa Branca, que fez parte de
uma tese de mestrado em Ciências Florestais. No total, foram identificadas 20
espécies de mamíferos – quatro delas ameaçadas de extinção, como cachorro-
do-mato, jaguatirica, gato-mourisco e onça-parda.

Outro projeto realizado na região foi o “Fauna do Vale”, que constou de


inventários da fauna de insetos, répteis, anfíbios, aves e mamíferos, em dez
áreas de plantios comerciais, localizadas em sete municípios. A escolha das

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149
áreas foi baseada nos grandes remanescentes nativos florestais da companhia,
que poderiam influenciar na composição da fauna (VCP 2005c).

6.4.3 Unidades de Conservação Ambiental

Nos limites de município com Santa Branca, Igaratá e Santa Isabel está
localizada a Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio Paraíba do
Sul, conforme Figura 30. Foi criada pelo Decreto Federal no 87.561 de
13.09.1982, a fim de se proteger “áreas de mananciais, além de encostas,
cumeadas e vales de vertentes” (São Paulo, 1998). Sua administração é de
responsabilidade do IBAMA.

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150
N

APA
BACIA DO RIO
PARAÍBA DO SUL
(Federal)

APA
BACIA DO RIO
PARAÍBA DO SUL
(Federal)

Local do
Empreendimento

APA - Área de Proteção Ambiental Auto-Estrada


Limite Municipal Estrada Pavimentada
Área Urbana Estradas sem Pavimentação
Localidade Tráfego Permanente
Curso d’água Perene, Intermitente Tráfego Periódico
Reservatório Prefixo de Estrada Federal
Curva de Nível Prefixo de Estrada Estadual
Ponto Altimétrico Estrada de Ferro
0 2.5 5 7.5 10 12.5km
Caminho

FONTE: Atlas das Unidades de Conservação Ambiental do Estado de São Paulo (São Paulo, 1998)

RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL


VCP - Unidade Jacareí / SP

FIG. 30 - Áreas de Proteção Ambiental no


Entorno do Empreendimento EPASC
Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.

ESCALA: 1:250.000
6.5 Uso e Ocupação do Solo

Conforme o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Município de Jacareí


(Lei Complementar n°49/2003), Art. 9º, o macrozoneamento expresso na
Figura 31, divide o território do município em 5 (cinco) Macrozonas (Prefeitura
Municipal de Jacareí, 2004a e 2004b):

I - Macrozona de Destinação Urbana;


II - Macrozona de Destinação Industrial;
III - Macrozona de Destinação Rural;
IV - Macrozona de Interesse Ambiental;
V - Macrozona de Mineração.

A área de ampliação do aterro industrial está localizada em Macrozona de


Destinação Rural próxima à Macrozona de Destinação Industrial, conforme
pode ser observado na Figura 31.

6.5.1 Ocupação Agropecuária e Florestal

O Quadro 6.21 apresenta a ocupação agrícola e florestal no município de


Jacareí no ano de 1996, evidenciando a predominância de pastagens no
domínio rural. Esta informação é evidenciada também na fotografia aérea do
entorno do empreendimento, obtida em 2000 (Figura 3).

Os dados apresentados nos itens subseqüentes evidenciam um declínio da


produção agropecuária no município de Jacareí.

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152
N

IGARATÁ REPRESA DO JAGUARI

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

SANTA ISABEL ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL

JAMBEIRO

REPRESA DE SANTA BRANCA

Local do
Empreendimento
GUARAREMA
SANTA BRANCA

LEGENDA
MACROZONA DE DESTINAÇÃO URBANA
FONTE: Prefeitura Municipal de Jacareí (2004b)
MACROZONA DE DESTINAÇÃO INDUSTRIAL
RAP DA AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL
MACROZONA DE DESTINAÇÃO RURAL VCP - Unidade Jacareí / SP
MACROZONA DE INTERESSE AMBIENTAL

MACROZONA DE MINERAÇÃO FIG. 31 - Macrozoneamento do Município de


RODOVIAS
Jacareí EPASC
Engenharia de Projetos
Ambientais S/C LTDA.

SEM ESCALA
6.5.1.1 Agricultura

Os principais produtos agrícolas da lavoura temporária produzidos no município


de Jacareí, no ano de 2002 foram o milho, o feijão, o arroz, a mandioca e o
tomate. Os principais produtos oriundos da lavoura permanente foram a
tangerina, caqui, o pêssego, o limão, a goiaba e o café. A cultura do milho e do
feijão apresentam maior ocupação territorial, mas a tangerina, o caqui e o feijão
têm maiores retornos econômicos, conforme pode ser observado no Quadro
6.24.

Quadro 6.21 – Área dos Estabelecimentos no Município de Jacareí/SP, no


Ano de 1996
Área dos estabelecimentos
Utilização das terras
Ha %
Lavouras permanentes 1.337,608 6,41
Lavouras temporárias 1.076,218 5,16
Lavouras temporárias em descanso 547,529 2,62
Pastagens naturais 10.297,084 49,33
Pastagens plantadas 2.404,336 11,52
(1)
Matas e florestas naturais 2.887,858 13,84
Matas e florestas artificiais 419,258 2,01
Terras produtivas não utilizadas 446,077 2,14
Terras inaproveitáveis 1.457,556 6,98
Total 20.873,524 100,00
Fonte: SIDRA - Censo Demográfico (IBGE, 2004a).
(1)
Conforme o Portal SOS Mata Atlântica (2005), atualmente, 6% da área do município são ocupados por
remanescentes (2811 ha).

De modo geral, observa-se diminuição da área plantada dos produtos agrícolas


da lavoura temporária de 1990 a 2003, com redução da área total da lavoura
temporária de 70% (Quadro 6.25). O mesmo se observa para a lavoura
permanente, conforme indicado no Quadro 6.26.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
154
6.5.1.2 Silvicultura

No Quadro 6.22 e Quadro 6.23 pode-se observar a contribuição da silvicultura


tanto para a microrregião de São José dos Campos como para o município de
Jacareí. Da mesma forma, nota-se a retomada do crescimento da produção de
madeira em toras entre 2002 e 2003, fato relacionado ao desenvolvimento do
setor de papel e celulose na região.

O município de Jacareí contribui com aproximadamente 1/6 dessa produção,


como pode ser observado no Quadro 6.23.

6.5.1.3 Pecuária

Assim como para a agricultura, os dados relativos ao efetivo de rebanho


evidenciam um declínio da produção agropecuária no município de Jacareí
(Quadro 6.27 a Quadro 6.29).

A partir dos dados do IBGE entre os anos de 1990 e 2003 (IBGE, 2004a), os
principais rebanhos no município de Jacareí são o bovino e galináceos. Já os
principais produtos de origem animal são aves para o abate, a produção de
ovos e de leite (Quadro 6.27 a Quadro 6.29).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
155
Quadro 6.22 – Quantidade Produzida na Silvicultura por Tipo de Produto, na Micro-região Geográfica de São José
dos Campos entre 1990 e 2003
Produto 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Carvão vegetal (Tonelada) 22 229 148 646 851 886 350 388 481 313 240 339 301 177
Lenha (Metro cúbico) 28.900 35.050 34.215 15.350 10.050 28.017 23.640 44.582 34.480 2.180 2.177 3.480 48.362 12.850
Madeira em tora (Metro cúbico) 843.058 688.894 532.099 540.687 661.585 772.617 641.171 407.799 703.217 545.621 527.092 310.852 597.054 1.445.961
Madeira em tora para papel e
834.656 681.194 532.099 540.587 655.284 721.127 621.530 394.512 695.577 539.696 521.652 306.532 570.939 1.405.714
celulose (Metro cúbico)
Madeira em tora para outras
8.402 7.700 - 100 6.301 51.490 19.641 13.287 7.640 5.925 5.440 4.320 26.115 40.247
finalidades (Metro cúbico)
Fonte: SIDRA – Silvicultura, (IBGE, 2004a).

Quadro 6.23 – Quantidade Produzida na Silvicultura por Tipo de Produto, no Município de Jacareí/SP entre 1990 e
2003
Produto 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Lenha (Metro cúbico) - - - - - - - 9.682 - - - - 36.562 -


Madeira em tora (Metro cúbico) 189.282 132.853 80.418 112.201 193.082 106.633 98.110 14.090 70.899 95.544 141.084 61.139 125.729 232.224
Madeira em tora para papel e
189.282 132.853 80.418 112.201 193.082 106.633 93.065 9.045 67.049 91.819 137.384 61.139 119.242 203.468
celulose (Metro cúbico)
Madeira em tora para outras
- - - - - - 5.045 5.045 3.850 3.725 3.700 - 6.487 28.756
finalidades (Metro cúbico)
Fonte: SIDRA – Silvicultura (IBGE, 2004a)

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156
Quadro 6.24 – Quantidade Produzida, Valor da Produção, Área Plantada e
Área Colhida das Lavouras Temporária e Permanente no Município de
Jacareí/SP no Ano de 2003
Quantidade
Valor da produção Área plantada
Lavoura produzida
Toneladas Mil Reais % ha %
Arroz (em casca) 160 72 15,38 60 11,88
Feijão (em grão) 189 180 38,46 210 41,58
Temporária

Mandioca 350 88 18,80 35 6,93


Milho (em grão) 291 105 22,44 170 33,66
Tomate - - - - -
Total - 468 100,00 505 100,00
Café (em côco) (Tonelada) 3 6 0,41 2 3,03
Caqui (Mil frutos) 116 162 11,14 16 24,24
Permanente

Goiaba (Mil frutos) 24 20 1,38 3 4,55


Limão (Mil frutos) 45 18 1,24 4 6,06
Pêssego (Mil frutos) 35 18 1,24 5 7,58
Tangerina (Mil frutos) 2.412 1.230 84,59 36 54,55
Total - 1.454 100,00 66 100,00
Fonte: SIDRA - Produção Agrícola Municipal (IBGE, 2004a).

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157
Quadro 6.25 – Área Plantada e Área Colhida das Lavouras Temporárias, no Município de Jacareí/SP, entre os Anos
de 1990 e 2003
Área (ha/ Ano)
Lavoura
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Arroz (em casca) 720 700 560 540 192 172 172 - 20 123 - 100 60 60
Batata - doce 3 4 4 - - - - - - - - - - -
Batata - inglesa 30 - - - - - - - - - - - - -
Cana-de-açúcar 40 40 24 40 - - - - - 20 - 30 - 30
Feijão (em grão) 246 100 80 100 200 100 80 180 105 85 20 80 105 210
Mamona (baga) - - - - - - - 24 - - - - - -
Mandioca 54 54 - - 20 20 20 20 - 30 5 10 15 35
Milho (em grão) 600 300 40 255 650 - 450 - 90 100 10 100 150 170
Tomate 20 20 - - 1 - 1 1 1 2 1 1 1 -
Total 1.713 1.218 708 935 1.063 292 723 225 216 360 36 321 331 505
Fonte: SIDRA - Produção Agrícola Municipal (IBGE, 2004a).

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158
Quadro 6.26 – Área Plantada e Área Colhida das Lavouras Permanentes, no Município de Jacareí/SP, entre os
Anos de 1990 e 2003

(1) Área (ha)/ Ano


Lavoura
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Abacate 60 32 29 - - - - - - - - - - -
Banana - - - - - - - - - - 11 - - 15
Café (em côco) - - - - 86 86 86 86 - - - 11 2 -
Caqui 8 7 7 36 7 7 7 7 7 - 14 30 16 -
Goiaba - - - - - - - - 7 - 7 20 3 -
Laranja - - - - - - - 31 - 18 3 - - -
Limão 21 22 22 - - - - - - - - 10 4 -
Maracujá - - - - - 8 8 8 4 - 10 10 - -
Pêssego 10 10 10 - - - - - - - 3 3 5 -
Tangerina 5 5 5 6 - - - - - - 32 36 36 -
Total 104 76 73 42 93 101 101 132 18 18 80 120 66 15
(1)
a. A partir do ano de 2001 as quantidades produzidas dos produtos abacate, banana, caqui, figo, goiaba, laranja, limão, maçã, mamão, manga, maracujá,
marmelo, pêra, pêssego e tangerina passam a ser expressas em toneladas; b. até 2001 café (em côco), a partir de 2002 café (beneficiado ou em grão).
Fonte: SIDRA - Produção Agrícola Municipal (IBGE, 2004a).

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159
Quadro 6.27 – Efetivo dos Rebanhos no Município de Jacareí/SP, entre os Anos de 1990 e 2003

Tipo de Efetivo dos rebanhos (Cabeças) no Ano


rebanho
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Bovino 25.344 12.312 10.326 7.877 5.952 15.000 18.000 18.000 18.000 17.500 14.000 14.000 14.000 14.000
Suino 8.463 5.343 4.655 1.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 1.850 2.200 3.052 2.050 2.050
Eqüino 637 305 268 - - - 1.178 1.178 1.178 1.900 1.900 1.902 1.902 1.800
Asinino - - - - - - - - - - - - - -
Muar 206 44 31 - - - 100 100 100 150 150 150 150 150
Bubalino - - - - - - 80 80 80 80 80 4 4 4
Ovino 249 260 188 - - - 125 125 - 123 150 30 - -
Galinhas 301.113 104.527 87.350 80.212 36.378 50.500 23.000 38.920 53.100 54.000 61.495 64.900 30 30
Galos, Frangas,
105.389 31.320 17.366 16.800 300.500 1.930.000 420.000 420.000 625.000 625.000 25.000 25.000 63.058 60.100
Frangos e Pintos
Codornas 12.455 7.661 - - - - 21.000 21.000 20.500 4.000 4.000 - 74.179 71.100
Caprino 89 78 102 - - - 70 70 125 70 150 150 - -
Total 453.945 161.850 120.286 105.889 347.830 2.000.500 488.553 504.473 723.083 704.673 109.125 109.188 155.523 149.384
Fonte: SIDRA - Pesquisa Pecuária Municipal (IBGE, 2004a).

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160
Quadro 6.28 – Total de Cabeças Abatidas por Espécie de Efetivo/Rebanho no Município de Jacareí/SP, Ano de
1996
Espécie de Efetivo/Rebanho Total de Cabeças Abatidas
Unidade %

Bovinos 28 0,03
Suínos 27 0,03
Aves 92.282 99,94
Total 92.337 100,00
Fonte: SIDRA - Pesquisa Pecuária Municipal (IBGE, 2004a).

Quadro 6.29 – Produtos de Origem Animal por Tipo de Produto no Município de Jacareí/SP, entre os Anos de 1990
e 2003
Ano
Tipo de rebanho
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Leite (Mil litros) 17.033 6.828 15.704 7.251 7.241 8.350 24.400 24.400 30.129 4.930 3.500 4.500 4.500 2.960
Ovos de Galinha (Mil dúzias) 5.420 2.087 1.457 969 761 800 6.500 305 954 1.016 1.190 1.030 1.358 1.490
Ovos de Codorna (Mil dúzias) 431 261 - - - - 600 600 557 120 121 - - -
Mel de Abelha (Quilograma) 3.740 4.676 3.428 - - - - - - - - - - -
Fonte: SIDRA - Pesquisa Pecuária Municipal (IBGE, 2004a).

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6.5.2 Ocupação do Entorno da Área de Implantação da Ampliação

Conforme comentado no item 6.4.1, com a aquisição de fazendas adjacentes à


unidade industrial pela VCP, o entorno da área de implantação do
empreendimento, anteriormente ocupada por pastagens, passou a ser ocupada
por plantios homogêneos de eucaliptos para o abastecimento da indústria de
papel e celulose.

6.6 Caracterização do Meio Sócio-Econômico

O Município de Jacareí localiza-se nas coordenadas geográficas 23°17'49" LS


e 45°58'09" LO, no início da Bacia do Rio Paraíba do Sul, entre os dois
principais centros urbanos do país, a 80 km de São Paulo e a 350 km do Rio de
Janeiro (Figura 11).

Jacareí totaliza uma área de 463 km2, sendo que, conforme dados de 2004,
80% são de áreas de ocupação rural, 13% são urbanizadas e 7% são
inundadas (Quadro 6.30).

O município tem um vasto território formado por topografia acidentada,


possuindo áreas planas ambientalmente frágeis, como a várzea do Rio Paraíba
do Sul que corta o município no sentido Norte/Sul.

Quadro 6.30 – Área do Município de Jacareí


Divisões Área (km2)
Rural 370
Urbanizada 62
Inundada 31
Total 463
Fonte: Prefeitura Municipal de Jacareí, 2004c.

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162
O município é servido por importantes rodovias do Estado de São Paulo
(Quadro 2.1 do item 2.3). Essas, somadas à ferrovia, formam um sistema de
transporte com capacidade para atender ao fluxo de cargas, facilitando ainda, o
acesso aos mais importantes portos e aeroportos do país.

Atualmente, Jacareí configura-se como um dos maiores municípios do Vale do


Paraíba, contando com um importante complexo industrial (Prefeitura Municipal
de Jacareí, 2002).

A proximidade da Região Metropolitana de São Paulo é um fator indutor do


crescimento econômico e populacional, decorrente do fenômeno de
desconcentração industrial e da periferização da população de São Paulo
(Prefeitura Municipal de Jacareí, 2004c).

6.6.1 Aspectos Históricos de Jacareí

O presente item foi adaptado do texto de Maria Luíza Moreira, historiadora do


Arquivo Municipal de Jacareí (Prefeitura Municipal de Jacareí, 2004c).

6.6.1.1 Primeiros Povoadores

Conforme relatos de cronistas e viajantes dos séculos XVII, XVIII e XIX, bem
como pelos estudos históricos e arqueológicos, a região do Vale do Paraíba foi
ocupada por grupos indígenas das famílias lingüísticas tupi-guarani e jê. Os
primeiros habitaram Jacareí entre 1000 e 500 anos atrás.

Esses povos ocupavam platôs próximos ao curso dos rios e plantavam


mandioca, milho, feijão, entre outras culturas de subsistência, praticando
agricultura de coivara. Para transportar, armazenar e cozinhar esses alimentos

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
163
eles desenvolveram a cerâmica. Também eram caçadores e pescadores, além
de grandes canoeiros.

6.6.1.2 Período Colonial

Durante o período colonial, os paulistas foram ocupando o interior, explorando


a mão de obra indígena e procurando fontes minerais. Nesse contexto, formou-
se o povoado de Jacareí em terras pertencentes à Vila de Mogi das Cruzes.

Em 1652, há notícias da fundação de Jacareí por iniciativa de Antônio Afonso,


seus filhos e agregados, provavelmente pelas dificuldades geográficas do
caminho entre Mogi das Cruzes e o litoral. No ano seguinte, em 24 de
novembro de 1653, houve a elevação a Vila, denominada Nossa Senhora da
Conceição do Paraíba.

Nos primeiros anos de povoamento de Jacareí a base econômica era o cultivo


de algodão, milho, mandioca e criação de porcos e de gado, para subsistência
e pequeno comércio. A descoberta do ouro nas Minas Gerais no século XVIII
fez da região do Vale do Paraíba importante rota entre o interior e o litoral. Mas,
com a diminuição da exploração do ouro, o plantio da cana de açúcar tornou-se
uma alternativa econômica para a região, adotando a mão de obra escrava
africana.

No início do século XIX, com a cultura cafeeira, houve uma dinamização da


economia na região do Vale do Paraíba. A instalação da ferrovia, em 1876,
proporcionou uma considerável expansão do núcleo urbano. Além do plantio do
café, o tráfico negreiro foi uma importante fonte de acumulação e circulação de
capital.

A transformação da Vila em cidade deu-se em 03 de abril de 1849, que foi


fundada como “Jacarehy”. Segundo a maioria dos autores que estudou o

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164
sentido desse nome, seu significado etimológico é “rio de jacarés”, porém, para
João Mendes de Almeida, etimologicamente Y-aqûa-yerê-eí significa “esquina
e volta desnecessárias”, referente à volta do Rio Paraíba em Jacareí.

6.6.1.3 Industrialização e Crescimento Urbano

Após a abolição da escravatura, em 1888, e o advento da República, em 1889,


em Jacareí ocorreu a formação de um pólo fabril, consolidando o trabalho
assalariado. Essa mão de obra operária formou-se por ex-escravos e
imigrantes europeus. Os imigrantes japoneses atuaram na agricultura,
enquanto os sírio-libaneses se direcionaram para as atividades comerciais.

O crescimento urbano intensificou-se com as fábricas têxteis instaladas nas


primeiras décadas do século XX e a Rodovia SP-66 (Estrada Velha Rio - São
Paulo). Esses fatores fizeram com que a cidade crescesse em áreas próximas
a esses eixos.

A partir de 1950, houve uma aceleração da industrialização, com a vinda de


empresas de grande porte e grupos multinacionais. Conseqüentemente,
aumentaram as oportunidades de emprego, atraindo trabalhadores do próprio
Vale do Paraíba e da região Sudeste e, posteriormente, da região Nordeste.

A inauguração da Rodovia Presidente Dutra, em 1951, a instalação de


indústrias nas margens dessa Via, e a valorização de terras na região central
levaram à formação de bairros populares distantes do centro. As classes mais
privilegiadas ocuparam as áreas mais altas em torno do centro e,
posteriormente, as áreas de várzea, não mais inundáveis após a construção da
Represa de Santa Branca, em 1960.

O processo de crescimento urbano deu-se de forma acentuada até a década


de 70, decorrente de um novo parque industrial e da migração, sendo

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165
constante até a atualidade. Nesse contexto, emergiram os problemas das
moradias populares, da insuficiência de equipamentos urbanos na periferia e
da violência urbana.

Nas décadas de 80 e 90, o parque industrial diversificou-se e cresceram os


setores de serviços e comércio, ocupando respectivamente 36% e 60% da
população economicamente ativa.

6.6.2 População

Jacareí apresentou em 2000 uma população de 191.291 habitantes, sendo


183.377 na área urbana e 7.914 na zona rural (Quadro 6.32 e Quadro 6.33). A
estimativa para 2004 foi de 205.360 habitantes (IBGE, 2004b).

Tendo-se ainda como referência o Quadro 6.33, salienta-se o fato de que o


Distrito de São Silvestre, onde será instalada a ampliação do aterro industrial
da VCP, é pouco populoso, apresentando uma população de 6.257 habitantes.

Os Quadro 6.31 e Quadro 6.32 evidenciam o processo de urbanização pelo


qual sofreu o município a partir das décadas de 60-70, estimulado pelo
estabelecimento de grandes indústrias na região.

De acordo com as informações contidas no “Caderno de Caracterização”,


elaborado pela Prefeitura Municipal de Jacareí (2002), “a área urbanizada de
Jacareí tem se expandindo de forma descontínua, constituindo aglomerados
urbanos desagregados da malha urbana principal, por concentrar a maioria dos
serviços e da população”.

Considerando a escala urbana, a densidade média verificada é de 40 hab/ha


(Prefeitura Municipal de Jacareí, 2002). Dados do Censo IBGE 2000, citados
por documento da Prefeitura Municipal de Jacareí (2004c) indicam uma

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166
densidade de 4,13 hab/ha (Quadro 6.31). Esses índices são baixos se
comparados com a densidade de aproveitamento ótimo de infra-estrutura de
600 hab/ha recomendada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Conforme relatório da Prefeitura Municipal de Jacareí (2002), atualmente o


município ocupa o terceiro lugar na participação da população da região,
perdendo somente para São José dos Campos e Taubaté.

Quadro 6.31 – Evolução da População Urbanizada e da Densidade


Demográfica no Município de Jacareí
Ano Evolução da População Densidade
Urbanizada (%) Demográfica(hab/ha)

1940 - 0,51
1950 - 0,60
1960 79,5 0,76
1970 79,3 1,32
1980 93,2 2,50
1991 95,8 3,54
2000 95,9 4,13
Fonte: Prefeitura Municipal de Jacareí, 2002 e 2004c.

Quadro 6.32 – População Residente no Município de Jacareí, por Situação


População Residente (Habitante)
Situação
1970 1980 1991 1996 2000
Urbana 48.529 107.860 157.026 158.180 183.377
Rural 12.687 7.878 6.843 9.571 7.914
Total 61.216 115.738 163.869 167.751 191.291
Fonte: IBGE - Censo Demográfico, citado por Prefeitura Municipal de Jacareí, 2002.

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Quadro 6.33 – População por Sexo em 2000 no Município de Jacareí
Local Total Homens Mulheres
Jacareí 191291 94634 96657
Sede Jacareí 174701 86226 88475
Parque Meia Lua 10333 5242 5091
São Silvestre 6257 3166 3091
Fonte: IBGE, citado por Prefeitura Municipal de Jacareí (2004c).

6.6.3 Educação

Da totalidade da população residente no município, 91% é alfabetizada. Os


índices de analfabetismo diminuíram entre o ano de 1991 e 2000, como pode
ser observado no Quadro 6.34. Demais detalhes sobre as educação no
município são encontradas no Quadro 6.35.

Quadro 6.34 – População Residente de 5 Anos ou Mais por Alfabetização


e Grupos de Idade no Município de Jacareí/ SP em 1991 e 2000
População residente de 5 anos ou mais
Alfabetização 1991 2000
(Habitante) (%) (Habitante) (%)
Alfabetizadas 128.347 87,06 158.886 91,09
Não alfabetizadas 19.080 12,94 15.548 8,91
Total 147.427 100,00 174.434 100,00
Fonte: IBGE - Censo Demográfico, citado por Prefeitura do Município de Jacareí (2002)

Quadro 6.35 – Número de Matrículas e Docentes em 2003


Descrição Valor Unidade
Matrículas - Ensino Fundamental 30.634 Matrículas
Matrículas - Ensino Médio 11.339 Matrículas
Docentes - Ensino Fundamental 1.437 Docentes
Docentes - Ensino Médio 738 Docentes
Fonte: IBGE, 2004b.

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168
6.6.4 Economia

Jacareí é a vigésima colocada em valor adicionado, proveniente de


arrecadação em ICMS do Estado de São Paulo, e a segunda na região, ficando
abaixo apenas de São José dos Campos. Constitui, junto a esse município, um
dos principais pólos financeiro e tecnológico da América Latina (Prefeitura
Municipal de Jacareí, 2002).

O dinamismo da economia local tem como base a indústria de transformação.


Das 313 indústrias situadas no município, 24 são de grande porte,
apresentando uma produção diversificada atuando nos ramos Cervejeiro,
Químico, Papeleiro, Confecções e até a produção de alimentos.

Jacareí possui as maiores fábricas das cervejarias Kaiser e Ambev do país,


que detém 60% do mercado e tornam um forte atrativo para a instalação de
empresas que atendem o setor.

A VCP foi citada como uma das empresas de grande porte e importância,
instaladas no município de Jacareí.

O Valor Adicionado3 sinaliza com precisão o movimento de geração de riqueza


de um município. Em Jacareí, para o ano base 2.000, o VA foi o segundo maior
da microrregião de São José dos Campos, com participação de 11,90%
(Quadro 6.36).

O Valor Adicionado de Jacareí em 2002, segundo dados apresentados em


2004 pela Prefeitura, foi de R$ 2.959.984.453,00, um crescimento de 34,4% em
relação a 2000 e de 50,1% em relação a 1999 (Prefeitura Municipal de Jacareí,
2004c).

3
O Valor Adicionado - base do ICMS, apura a diferença entre a matéria-prima e o valor do produto
acabado (BRASIL, 2005).

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169
Quadro 6.36 – Valor Adicionado dos Municípios da Microrregião de São
José dos Campos
VA Preliminar – Ano Base (R$)
Municípios Crescimento
1999 2000
São José dos Campos 9.163.893.975,00 12.356.746.154,00 34,84%
Caçapava 666.014.652,00 823.130.128,00 24,53%
Taubaté 1.746.731.247,00 1.978.064.390,00 13,24%
Pindamonhangaba 935.426.715,00 1.056.771.781,00 12,97%
Jacareí 1.971.870.772,00 2.202.180.477,00 11,70%
Tremembé 53.652.280,00 54.101.770,00 0,84%
Santa Branca 32.854.388,00 32.125.674,00 -2,22%
Igaratá 7.812.529 7.544.972,00 -3,42%
Total Região 14.578.258.557 18.510.667.346 26,8%
Estado São Paulo 200.916.150.656,00 227.525.341.387 13,24%
Fonte: Prefeitura Municipal de Jacareí (2002)

As principais indústrias do município e o número de pessoas que elas


empregam, tanto direto como indiretamente, estão listadas no Quadro 6.37.

De acordo com relatório da Prefeitura Municipal de Jacareí (2004c) o município


possuía, em 2004, 4.000 estabelecimentos comerciais, com uma estrutura
bastante diversificada, contando com uma rede de ensino particular de
excelente nível, hotéis de reconhecida qualidade e, principalmente, uma grande
quantidade de pequenas empresas comerciais, que são responsáveis pela
geração de uma parcela significativa do emprego no município.

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Quadro 6.37 – Principais Indústrias em Jacareí e Número de Empregados
Empregados
Indústria Ramo de Atividade
Diretos Indiretos

ADATEX Têxtil 250 0


AMBEV Bebidas 522 350
CEBRACE Vidro 360 250
COGNIS Química 312 0
FADEMAC Revestimentos 350 60
FREUDENBERG Têxtil 227 30
GATES Borrachas 179 0
IKK Metalúrgica 49 11
INEPAR Metalúrgica 380 120
KAISER Bebidas 400 200
LAMINAÇÃO TOCA Metalúrgica 81 15
LANOBRASIL Têxtil 49 3
LATAPACK BALL Metalúrgica 181 24
LATASA Metalúrgica 134 54
MALHARIA N. S. CONCEIÇÃO Têxtil 250 0
METALÚRGICA IPÊ Metalúrgica 99 0
PARKER Metalúrgica 570 80
PÉGASO Têxtil 135 38
PRENSIL Pré-Moldados - -
RHODIA Têxtil 250 50
RHOM AND HAAS Química 300 100
SANTA HELENA COM. ALIMENTOS Alimentícia 100 0
SCHRADER Metalúrgica 67 79
SESPO Farmacêutica 52 0
SOLAC Cabos 26 12
STEELCASE OCA Móveis 140 22
SUD- CHEMISE Argilas 63 7
TELEPART Comunicações 92 0
UNIVERSAL Armazenagem - -
VOTORANTIM Papel e Celulose 900 400
WHITE MARTINS Química 22 70
Fonte: Assessoria de Indústria, Comércio e Turismo – Prefeitura Municipal de Jacareí (2002).

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6.6.5 Saúde

Observa-se diminuição significativa dos registros de óbito infantil entre os anos


de 1999 e 2002 (Quadro 6.38), indicando melhorias das condições sanitárias e
possivelmente, de atendimento à saúde.

Ainda assim, observou-se que segundo dados obtidos (IBGE, 2004b) a


ocorrência de 37 óbitos decorrentes de doenças parasitárias e infecciosas em
2002 em Jacareí.

Dados da infra-estrutura para o atendimento à saúde da população são


apresentados nos Quadro 6.39 e Quadro 6.40.

Quadro 6.38 – Número de Óbitos de Crianças entre 0 e 14 Anos,


Registrados no Município de Jacareí - SP
Número de óbitos registrados no ano
Idade 1999 2000 2001 2002 1999 2000 2001 2002
Pessoas %
Menos de 1 ano 87 70 72 59 7,65 5,73 6,29 4,93
1 a 4 anos 14 13 12 9 1,23 1,06 1,05 0,75
5 a 9 anos 5 7 8 2 0,44 0,57 0,70 0,17
10 a 14 anos 3 12 4 9 0,26 0,98 0,35 0,75
Fonte: IBGE - Estatísticas do Registro Civil, citado por Prefeitura Municipal de Jacareí, 2005.

Quadro 6.39 – Infra-Estrutura para o Atendimento à Saúde da População


em Jacareí/SP, Ano de 2002
Unidade Descrição Valor
Total 40
Estabelecimentos de Saúde
Prestadores de serviços ao SUS 24
Total 434
Leitos Hospitalares
Disponíveis ao SUS 265
Fonte: IBGE. 2004b.

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6.6.6 Desenvolvimento Humano

Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Jacareí é 0,809,


tendo crescido 6,31% de 1990 a 2000. Segundo a classificação do PNUD, o
município está entre as regiões consideradas de alto desenvolvimento humano
(IDH>0,8).

Em relação aos outros municípios do Estado, Jacareí apresenta uma situação


boa: ocupa a 112ª posição, sendo que 111 municípios (17,2%) estão em
situação melhor e 533 municípios (82,8%) estão em situação pior ou igual
(Prefeitura Municipal de Jacareí, 2004c).

Quadro 6.40 – Rede de Atendimento à Saúde no Município de Jacareí


Tipo de estabelecimento Quantidade
Unidades Básicas de Saúde (UBS) 12
Unidades de Saúde da Família 03
Unidade Mista (UBS+UPA) 01
Unidade Avançada de Saúde 02
Unidade de Pronto Atendimento Infantil (UPA) 01
Unidade de Referência e Especialidades (URE) 01
Centro de Atendimento Integral ao Adolescente (CAIA) 01
Laboratório Municipal 01
Pronto Socorro locado na Santa Casa de Misericórdia 01
Centro de Atenção Psico-social (CAPS) 01- Caps II
Centro de Atenção Psico-social (CAPS) dependentes químicos 01-Caps II
Centro de Referencia Odontológica (Centro do Sorriso) 01
Casa do Abraço – Atendimento DST/ HIV/ AIDS 01
Fonte: Prefeitura Municipal de Jacareí, 2004c.

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6.6.7 Infra-estrutura dos Serviços Públicos

A cidade possui índice de cobertura de serviços de coleta de lixo de 100%


(item 6.7.3), de abastecimento de água de 98%, e de 96% para coleta de
esgotos. Destes, somente 2% são tratados em micro-estações de tratamento
antes de serem lançados em corpos d’água (Prefeitura Municipal de Jacareí,
2004c).

A contribuição das indústrias para o volume de esgoto do município é menor


que 2% (Quadro 6.41).

Neste sentido, prevê-se a construção, pela VCP, de uma estação de


tratamento de esgotos sanitários em parceria com o SAAE para o Distrito São
Silvestre, formado pelas Comunidades Vila Garcia, V. São Simão, V. São João,
Jd. São Gabriel, Jd. Boa Vista e Chácara Marília. Serão atendidas neste
momento uma população equivalente a 6.000 habitantes (VCP 2005a).

Quadro 6.41 – Número de Domicílios Atendidos por Serviço de


Saneamento Básico em Jacareí/SP
Serviço Quantidade
Esgoto – Domicílios particulares permanentes com banheiro
ligado à rede geral 42.443
Água - Domicílios particulares permanentes com abastecimento
ligado à rede geral 47.458
Lixo - Domicílios particulares permanentes com lixo coletado 49.781
Fonte: Prefeitura Municipal de Jacareí, 2004c.

6.7 Disposição de Resíduos Sólidos

Neste item são apresentados dados sobre a geração de resíduos no Estado de


São Paulo, a fim de se indicar as principais práticas de disposição dos mesmos
no Estado, na UGRHI 2 e na Agência Ambiental da CETESB pertencentes à
área de abrangência.

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6.7.1 Resíduos Sólidos Industriais

Os “resíduos industriais” sólidos são aqueles oriundos do processo industrial e


que, por não guardarem interesse imediato pelo gerador, serão de alguma
forma descartados.

O “Relatório de Situação dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo” (São


Paulo, 2004b), ao avaliar a situação dos resíduos industriais, enfatiza que o
principal problema no Estado é a escassez de instalações de recepção dos
resíduos industriais. De acordo com o documento, as instalações atuais,
insuficientes em número, não oferecem a necessária massa crítica para
viabilizar a gestão dos resíduos de maneira adequada e consistente, quer em
termos administrativos e econômico-financeiros, quer em termos de proteção
ao meio ambiente e à saúde pública.

Salienta-se ainda que a geração de ampla gama de tipos de resíduos, oriunda


de um parque industrial diversificado, traz como conseqüência a necessidade
de soluções de tratamento e destinação muito variadas (São Paulo, 2004b).

No Quadro 6.42 são apresentados dados sobre a geração de resíduos no


Estado de São Paulo, referentes ao levantamento de 1.432 indústrias em
1992/1993 complementado e atualizado em 1996.

O Relatório da Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo (São


Paulo, 2004b) avaliou que as quantidades de resíduos levantadas devam
representar cerca de 70% do total gerado no Estado.

O Quadro 6.43 resume a situação dos resíduos sólidos domiciliares e


industriais nas diferentes Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos do
Estado de São Paulo (dados sobre resíduos industriais obtidos entre 1996 e
1998).

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Tais informações indicam as principais práticas de disposição de resíduos no
Estado de São Paulo e nas UGRHI pertencentes à área de abrangência,
possibilitando assim a inserção da VCP-Jacareí no cenário estadual de gestão
dos resíduos sólidos.

Em termos quantitativos, no Estado de São Paulo (1996) foram produzidas


75.440.741 toneladas de resíduos. A maior geração ocorreu na UGRHI Mogi
Guaçu (9), com participação de 30% do total de resíduos gerados no Estado.

No Estado de São Paulo, os principais setores geradores de resíduos Classe II


A são os de minerais não metálicos, produtos alimentícios, metalurgia, química
e papel e papelão (dados relativos a 2003). Esses setores contribuem com
cerca de 93% da quantidade total de resíduos Classe II A gerados no Estado
(Quadro 6.42).

Os resíduos Classe II A estão sendo dispostos, predominantemente, no solo


(61%), 36% estão sendo destinados a algum tipo de tratamento e 3% estão
sendo estocados (Quadro 6.42).

A maior parte (53%) de resíduos Classe I (perigosos), sofreu algum tipo de


tratamento (incineração, queima em fornos industriais ou caldeiras,
reprocessamento ou reciclagem externos, tratamento biológico e outros). A
quantidade estocada (31%) a aguardar uma destinação adequada foi maior do
que a disposta no solo (16%) (São Paulo, 2004b).

Assim como em todo o Estado, na Bacia do Paraíba do Sul a maior geração é


de resíduos Classe II (Quadro 6.43). Nesta, a quantidade anual de resíduos
industriais produzidos é próxima à quantidade diária de resíduos urbanos
(Quadro 6.43).

A UGRHI 2, comparativamente às demais UGRHI, correspondeu a menos que


1% dos resíduos sólidos industriais gerados no Estado de São Paulo (Quadro

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6.43), embora seja uma região com uma considerável concentração de
indústrias.

Quadro 6.42 – Resíduos Sólidos Industriais no Estado de São Paulo:


Geração, Tratamento e Destinação Final(1)
(3)
(2) Geração Tratamento Estocagem Disposição no solo
Resíduo
(t/ano) (%) (t/ano) (t/ano) (t/ano)
Classe I 535.615 2,01 286.930 164.520 84.165
Classe II 25.038.167 94,06 8.816.065 571.314 15.650.788
Classe III 1.045.896 3,93 352.463 103.988 589.445
Total 26.619.678 100,00 9.455.458 839.822 16.324.398
Porcentagem 100,00 - 35,52 3,15 61,32
Fonte: São Paulo (2004b).
(1)
1.432 indústrias inventariadas.
(2)
Classe I = perigoso, Classe II = não perigoso/não inerte, e Classe III = inerte.
(3)
Excluído o bagaço de cana (24.794.000 t/ano), restilo (25.752.000 t/ano), resíduo proveniente de mineração de
rocha fosfática (5.400.000 t/ano).

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177
Quadro 6.43 – Geração de Resíduos Sólidos no Estado de São Paulo
Resíduos
(1,2)(C)
População (B)
Industriais
UGRHI (A) Domic.
Urbana Classe I Classe II Classe III Total Total
t/dia --------------------------------- t/ano ----------------------------- %
01- Mantiqueira 42.875 17,14 - - - - -
02 - Paraíba do Sul 1.469.226 750,82 120.847 465.932 99.672 686.451 0,91
03 - Litoral Norte 173.311 69,56 1.267 16 12 1.295 0,00
04 – Pardo 808.895 415,46 12.808 4.491.487 3.032 4.507.327 5,97
05 – Piracicaba/ Capivari/Jundiaí 3.606.112 1.957,42 79.785 10.562.535 7.406 10.649.726 14,12
06 - Alto Tietê 15.883.902 10.488,73 780.473 1.559.728 14.649 2.354.850 3,12
07 - Baixada Santista 1.302.389 719,90 64.024 4.350.205 419.841 4.834.070 6,41
08 - Sapucaí/Grande 528.068 263,87  17.689 1.792.393 1.810.082 2,40
09 - Mogi Guaçu 1.083.149 446,38 25.573 22.522.974 25.393 22.573.940 29,92
10 - Tietê/Sorocaba 1.184.521 582,84 6.414 1.409.779 358.980 1.775.173 2,35
11 – Ribeira de Iguape/Litoral Sul 209.237 84,16 7.774 5.681.568 - 5.689.342 7,54
12 - Baixo Pardo./Grande 272.088 118,54 57 1.150.619 - 1.150.676 1,53
13 - Tietê/Jacaré 1.143.193 561,36 23.108 1.332.695 20 1.355.823 1,80
14 – Alto Paranapanema 464.710 200,92 40.947 2.507.965 102.114 2.651.026 3,51
15 - Turvo/Grande 938.358 451,59 279 11.814.604 915 11.815.798 15,66
16 - Tietê/Batalha 375.551 150,40 2.577 2.639.318 - 2.641.895 3,50
17 - Médio Paranapanema 500.836 201,81 56 217 - 273 0,00
18 - São José dos Dourados 172.718 70,09 2 757.168 6.075 763.245 1,01
19 - Baixo Tietê 583.119 250,50 23.374 124.511 513 148.398 0,20
20 –Aguapeí 280.317 113,47 - 1.762 - 1.762 0,00
21 –Peixe 343.908 155,63 2 444 - 446 0,00
22 -Pontal do Paranapanema 358.793 161,13 13.245 15.898 - 29.143 0,04
Estado de São Paulo 31.725.276 18.232 1.202.612 71.407.114 2.831.015 75.440.741 100,00
Fontes: SEADE (1997), CETESB (1999), (C) CETESB (1998), citados por São Paulo, 2004b.
(A) (B)
(1)
Quanto aos resíduos industriais, o quadro expressa as quantidades relativas a 12.666 registros para o ano de 1997,
considerando, inclusive, bagaço de cana, restilo e rocha fosfática.
(2)
Classe I - perigoso; Classe II - não perigoso/não inerte; Classe III - inerte.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
178
6.7.2 Resíduos Sólidos Domiciliares

A UGRHI Paraíba do Sul, com a terceira maior população do Estado,


apresentou também a terceira maior geração de resíduos sólidos domiciliares
por UGRHI, abaixo somente da UGRHI do Alto Tietê e Piracicaba/
Capivari/Jundiaí (Quadro 6.43).

Qualidade de Aterros de Resíduos Sólidos Domiciliares

A CETESB (2005b), no “Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares”


do ano de 2004, fez uma avaliação da produção e as condições de disposição
e de tratamento dos resíduos sólidos domiciliares, apresentando o Índice de
Qualidade de Aterros de Resíduos (IQR) e o Índice de Qualidade de Usinas de
Compostagem (IQC).

Estes dados foram obtidos pela CETESB, a partir de inspeção com a aplicação
de formulário padronizado, composto por capítulos relativos às principais
características locacionais, estruturais e operacionais de cada instalação. Os
critérios utilizados para compor os índices avaliaram as instalações,
considerando pontuação de 0 a 10 para os índices IQR e IQC, conforme
detalhado a seguir:

entre 0,0 e 6,0 → condições inadequadas


entre 6,1 e 8,0 → condições controladas
entre 8,1 e 10 → condições adequadas

A consolidação dos resultados do Inventário para o conjunto dos municípios do


Estado de São Paulo, permitiu a observação de uma melhora gradual ao longo
dos anos, como pode ser observado na Figura 32.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
179
Em 1997 apenas pequena parcela dos municípios do Estado (4,2%), contavam
com sistemas que enquadravam-se na condição adequada e 77,8% dos
sistemas municipais do Estado se enquadravam como inadequado. Em 2004 o
número de aterros em condições adequadas é cerca de 10 vezes maior que
em 1997 (Figura 33).

A Figura 34 apresenta uma evolução quanto aos índices de qualidade dos


locais de disposição dos resíduos sólidos domiciliares nos municípios da
Regional das Bacias do Paraíba do Sul e Litoral Norte, no período de 1997 a
2004.

Em termos percentuais, em 1997, 77,8% dos municípios do Estado estavam


em situação inadequada, valores reduzidos para 29,7% em 2004. Os
municípios da Regional das Bacias do Paraíba do Sul e Litoral Norte
apresentam a mesma tendência: considerando 41 municípios, em 1997, 68,3%
estavam em situação inadequada, percentuais reduzidos para 26,8% em 2004.
Nesta regional, 53,7% dos aterros (22 municípios) estão classificados como em
condição adequada, como pode ser observado na Figura 34.

Os municípios pertencentes à Agência Ambiental da CETESB de Jacareí


(Guararema, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Paraibuna, Santa Branca, Santa
Izabel) apresentaram uma evolução semelhante a todo o Estado, como pode
ser observado no Quadro 6.44. Destes municípios, somente Igaratá teve
enquadramento “C” (condição controlada), ao passo que os demais tiveram
enquadramento “A” (condição adequada). O município de Jacareí teve nos
últimos 3 anos IQR acima de 9.

Nos termos do Programa Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares, para


todos os municípios que apresentaram irregularidades na destinação final de
resíduos sólidos, foi proposta a assinatura de um Termo de Compromisso de
Ajustamento de Conduta – TAC. Na referida Regional, somente o município de
Paraibuna e Caçapava tem TAC assinado e em vigência, conforme Quadro 6.44.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
180
10,00

8,00
7,10 7,00
6,90

6,01 6,11
5,90
6,00 5,48

4,04
4,00

2,00

0,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Figura 32 – Evolução do IQR Médio dos Locais de Disposição dos


Resíduos Sólidos Domiciliares no Estado de São Paulo - Período de 1997
a 2004.
Fonte: CETESB, 2005b.

(%)
90,0
,8

80,0
77

70,0

60,0
,5
56

,4
50

,7

50,0
46

46

,1
,3

,0
40
39

39

40,0
,4
36

,3
,6

,6
,7
,6

31
,2

30

30
,5
29
29
29

28

30,0
,3

,3
,3
25

,7
24
24
,2
22
21

,2
,0

18

20,0
18

10,0
2
4,

0,0
Inadequada Controlada Adequada

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Figura 33 – Distribuição dos Municípios do Estado de São Paulo Quanto


aos Índices de Qualidade dos Locais de Disposição dos Resíduos Sólidos
Domiciliares, no Período de 1997 a 2004.
Fonte: CETESB, 2005b.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
181
(%)
80,0

70,0 ,3
68

60,0
,1
,1
56
56

,7

,7
53

53
,8

,8
48

48
50,0 ,3

,3
46

46
,5
41
,0
39

40,0 ,6
36

,1
34

,7
31
30,0
,8
26

,5

,5
19

19
20,0

,6
14
,2

,2
12

12
8

8
9,

10,0 9,

3
3
7,

0,0 7,

Inadequada Controlada Adequada


1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Figura 34 – Distribuição dos Municípios da Regional das Bacias do


Paraíba do Sul e Litoral Norte quanto aos Índices de Qualidade dos
Aterros, no Período de 1997 a 2004.
Fonte: CETESB, 2005b.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
182
Quadro 6.44 – Quantidade de Lixo Gerado, Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos (IQR) e Usinas de
Compostagem (IQC) nos Municípios Monitorados pela Agência Ambiental de Jacareí – CETESB
(1)
Inventário Enquadramento
Agência Lixo
Município UGRHI 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 e (2)
TAC
(3)
LI
(3)
LO
CETESB (t/dia)
Observação
IQR IQC IQR IQC IQR IQC IQR IQC IQR IQC IQR IQC IQR IQC IQR IQC

Guararema Jacareí 2 8,6 3,6 3,7 3,6 3,8 3,0 3,5 3,1 10,0 A Não Sim Sim
Igaratá Jacareí 2 3,2 7,8 8,2 10,0 8,3 8,0 8,3 7,0 6,9 C Não Sim Sim
Jacareí Jacareí 2 125,6 7,8 8,2 7,9 6,3 6,5 9,3 9,6 9,6 A Não Sim Sim
Jambeiro Jacareí 2 0,9 9,3 9,3 9,7 9,6 10,0 8,5 8,6 9,3 9,2 A Não Sim Sim
dispõe em
S. José
Paraibuna Jacareí 2 2,5 9,3 9,9 9,3 9,7 9,6 10,0 9,2 9,6 9,6 9,6 A Sim Não Não
dos
Campos
Santa dispõe em
Jacareí 2 3,1 7,8 8,8 7,9 6,3 6,5 9,3 9,6 9,6 A Não Sim Sim
Branca Jacareí
Santa Isabel Jacareí 2 13,8 3,0 3,3 8,2 8,2 9,8 9,6 9,8 9,6 A Sim Sim Sim
(1)
IQR/IQC entre 0,0 e 6,0 → condições inadequadas; entre 6,1 e 8,0 → condições controladas; entre 8,1 e 10 → condições adequadas.
(1)
TAC: Termo de Ajustamento de Conduta.
(3)
LI: Licença de Instalação; LO: Licença de Operação.
Fonte: Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares – Relatório 2004 (CETESB, 2005b).

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
183
6.7.3 Resíduos Sólidos no Município de Jacareí

O município de Jacareí possui índice de cobertura de serviços de coleta de lixo


de 100%, sendo 94,71% destinado para o aterro sanitário (dados de 2000)
(Quadro 6.45). O município possui um único aterro sanitário, próximo ao bairro
Cidade Salvador (Figura 31). O mesmo recebeu em 2004 125,6 t diárias de
lixo, o maior volume gerado em comparação aos demais municípios
monitorados pela Agência Ambiental de Jacareí, e tem IQR de 9,6, ou seja,
apresenta condição adequada de operação (CETESB, 2005b) (Quadro 6.44).

Pelo Quadro 6.46 verifica-se que, em 2003, 11% dos resíduos sólidos
recebidos no aterro sanitário de Jacareí eram industriais, e que o mesmo teve
redução na contribuição do volume total de resíduos entre 1995 e 2003.

O sistema de coleta de resíduos sólidos melhorou consideravelmente entre


1991 e 2000, com uma abrupta redução do volume de lixo disposto de forma
inadequada (Quadro 6.45).

A coleta de lixo domiciliar ocorre três vezes por semana e, somente os


loteamentos novos (ainda não ocupados) ou àqueles onde a ausência de
pavimentação adequada não permite a entrada de caminhões, não são
atendidos (Prefeitura Municipal de Jacareí, 2002).

A Prefeitura de Jacareí implantou um novo Plano de Limpeza Urbana (PLU)


para o município em janeiro de 2003. No site oficial da Prefeitura (Prefeitura
Municipal de Jacareí, 2004d e 2005) são citadas algumas modificações com a
implementação do Plano :

- Aquisição de nova frota de veículos;


- novo horário de coleta domiciliar;
- instalação de “papeleiras” (lixeiras para papel) em centenas de pontos
espalhados pela ruas centrais;

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
184
- melhorias no programa de limpeza nas feiras-livres;
- ampliação de varrição de rua, que passou de 1.300 quilômetros, em
2002, para 2.600 quilômetros por mês;
- Mecanização da varrição nas principais ruas da cidade;
- Programa cata-bagulho em todos os bairros da cidade;
- execução de serviços de capina, roçada de mato, raspagem de sarjeta e
pintura de guias em todos os bairros;
- implantação da coleta conteinerizada, em pontos estratégicos, nos
bairros;
- criação de uma linha 0800 para receber reclamações e sugestões de
munícipes.

O PLU integra também a Coleta Seletiva de Lixo Domiciliar, que foi lançada
oficialmente em setembro de 2004. Abrange, por ora, 3.500 domicílios, mas
com o objetivo de implementação da coleta seletiva em todo o município.

Conforme a Prefeitura de Jacareí, a coleta seletiva, além de favorecer a


reciclagem de materiais descartáveis, está gerando inclusão social, trabalho e
renda em Jacareí.

Quadro 6.45 – Destino do Lixo em Jacareí


Ano 1991 2000
Destino Toneladas % Toneladas %
Direto 37.124 92,27 48.845 94,71
Indireto 242 0,6 936 1,81
Queimado 1.733 4,31 1.470 2,85
Enterrado 381 0,95 150 0,29
Jogado no terreno 661 1,64 100 0,19
Jogado no rio 61 0,15 5 0,01
Outros 30 0,07 68 0,13
Total 40.232 51.574
Fonte: Prefeitura Municipal de Jacareí, 2004.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
185
Quadro 6.46 – Entrada de Resíduos Sólidos no Aterro Sanitário de Jacareí
Tipo de Resíduo (Toneladas)
Ano
Domiciliar Comercial Industrial Hospitalar Total
1995 28.683,33 584,64 7.501,28 142,85 36.912,10
1996 32.500,11 1.075,50 7.867,61 153,45 41.596,67
1997 35.896,18 1.095,60 8.319,62 155,76 45.467,16
1998 37.232,57 2.806,43 7.589,16 167,06 47.795,22
1999 36.099,06 3.111,55 7.215,28 189,92 46.615,81
2000 36.631,88 2.175,60 8.596,13 204,20 47.607,81
2003 31.881,57 2.592,50 4.233,20 226,83 38.934,10
Fonte: IBGE, citado por Prefeitura Municipal de Jacareí (2004c).

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186
7. IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
7 IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

7.1 Metodologia Básica

Os impactos ambientais do empreendimento foram identificados e avaliados,


sendo que a sua descrição e a proposição das medidas mitigadoras ou
potencializadoras foram desenvolvidas segundo os passos metodológicos
descritos a seguir.

Na análise dos impactos foram considerados aqueles que irão ocorrer tanto
durante as obras de ampliação do aterro industrial como em sua fase
operacional. Adotou-se como referência de comparação na avaliação dos
impactos, naquilo que cabia, a condição de operação do aterro existente para a
disposição dos resíduos sólidos da VCP.

7.1.1 Definição dos Fatores Ambientais Relevantes

A definição dos fatores ambientais relevantes que poderão sofrer modificações


causadas pelas ações do empreendimento foi feita analisando-se as fases de
obra para a ampliação do aterro e os diversos aspectos relacionados ao local e
a região em que este se insere, levantados na fase do Diagnóstico Ambiental
da Área de Influência, estabelecendo-se assim quais são aqueles que poderão
sofrer modificações causadas pelas ações do empreendimento.

Os fatores ambientais considerados de maior relevância na análise dos


impactos foram os seguintes: Águas Superficiais e Subterrâneas, Qualidade do
Ar, Qualidade do Solo, Biota e Meio Sócio-econômico.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
188
7.1.2 Identificação e Avaliação dos Impactos

A partir da identificação das ações causadoras de impactos, elaborou-se uma


matriz contendo a indicação dos efeitos decorrentes tanto na implementação
do empreendimento como na sua fase operacional.

Para cada impacto detectado descreveu-se de forma simples a relação


causa/efeito, estes também listados nesta matriz.

Desta forma, sistematizou-se a análise ambiental, identificando-se as


possibilidades de ocorrência de efeitos, adversos ou benéficos, sobre um
determinado fator. Estes foram descritos e qualificados segundo os critérios a
seguir:

- Classificação: Positivo ou Negativo;


- Probabilidade de ocorrência: Certa ou Provável;
- Temporalidade: Temporário ou Permanente;
- Intensidade: Alta, Média ou Baixa;
- Área de Abrangência: Local, Regional ou Nacional;
- Identificação do Impacto Negativo: numeração dos impactos com suas
respectivas medidas mitigadoras descritas em detalhe;
- Natureza da Medida Mitigadora: Preventiva, Corretiva ou
Compensatória.

7.1.3 Definição das Medidas Mitigadoras

Estabeleceram-se as medidas de controle ambiental para cada impacto


negativo detectado, através de providências diversas, que possibilitam a
minimização da maioria dos impactos. Tais providências englobam a adoção
de critérios ambientais e diretrizes de planejamento, de projeto, de implantação
e de operação.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
189
Também foi definido a quem caberá a responsabilidade pela implementação de
cada uma das medidas mitigadoras.

7.2 Identificação e Caracterização dos Impactos

A identificação e a caracterização dos impactos passíveis de ocorrência em


conseqüência da implantação das obras de ampliação do aterro e da sua
operação são apresentadas a seguir.

Para a identificação dos impactos ambientais foram consideradas as


características do empreendimento, as medidas preventivas e/ou
minimizadoras já incorporadas no aterro utilizado atualmente e a serem
ampliadas para o futuro empreendimento.

7.2.1 Fase de Implantação da Ampliação do Aterro

7.2.1.1 Impacto Ambiental na Qualidade do Solo

a) Aumento dos riscos de processos erosivos pela alteração da


estabilidade e maior exposição do solo

A alteração das características naturais de estabilidade do solo, devido à


conformação de taludes de corte e de aterro que causam alterações na
estabilidade natural do solo.

As obras de ampliação do aterro implicarão em retirada de vegetação e


movimentação de terra como a passagem de equipamentos e de
veículos, com conseqüente aumento da superfície de solo exposto e em
maiores riscos de ocorrência de processos erosivos.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
190
7.2.1.2 Impacto Ambiental nas Águas Superficiais e Subterrâneas

a) Riscos de assoreamento de cursos d’água e alteração da qualidade das


águas pela instalação de processos erosivos no solo

Assim como descrito no item anterior, os riscos de instalação de


processos erosivos, com a exposição do solo, a eventual erosão das
pilhas de solos escavados e a conseqüente condução de sedimentos
para cursos d’água constitui em impacto para as águas superficiais e
subterrâneas, por possibilitar o assoreamento de rios e córregos,
alterando a sua qualidade além de comprometer a recarga de aqüíferos.

Esses riscos podem ser potencializados com uma movimentação


inadequada do solo, em períodos de chuvas intensas.

7.2.1.3 Impacto Ambiental na Qualidade do Ar

a) Maior emissão de poluentes atmosféricos veiculares e aumento na


concentração de material particulado fino na atmosfera

O aumento do tráfego local em função das obras promoverá maior


emissão de gases poluentes pelos veículos. Associado a esse efeito, a
intensa movimentação de máquinas, de equipamentos e de transposição
de solo culminará em aumento da concentração de material particulado
fino na atmosfera.

É importante observar que esses efeitos são localizados, de curta


duração e não afetarão a comunidade local, devido a distância do aterro
de áreas residenciais e pelo fato de no entorno haver plantações de
eucaliptos.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
191
7.2.1.4 Impacto Ambiental na Biota

a) Remoção da vegetação existente no local do empreendimento e


conseqüente fuga da fauna para áreas adjacentes

Para a ampliação do aterro será necessária a remoção da vegetação


existente e, como conseqüência, ocorrendo fuga da fauna do local para
áreas adjacentes.

Todavia, é importante salientar que, conforme levantamento de campo


efetuado, a área apresenta alto grau de antropização, com
predominância de espécies vegetais invasoras de porte herbáceo e, em
menor ocorrência, arbustivo, com pouca biodiversidade, o que minimiza
este impacto.

7.2.1.5 Impactos no Meio Sócio-Econômico

a) Aumento da oferta de emprego

A implantação da obra trará a necessidade de contratação de


trabalhadores, o que provocará aumento temporário da oferta de
emprego durante as diversas fases de implantação do empreendimento.
Constitui, certamente, em impacto positivo.

b) Uso econômico alternativo do local como área de empréstimo, evitando-


se a descaracterização de outras áreas para a mesma finalidade

A conformação das valas como previsto em projeto irá gerar um volume


de excedente de solo de boa qualidade para a realização de obras de
engenharia e que será disponibilizada para a comunidade local.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
192
Para o projeto em si isto é um ponto muito favorável pois garante a
disponibilidade de material para a construção dos diques, para a
proteção mecânica da manta plástica, para o fechamento das valas e
para o recobrimento das células do aterro.

Isso pode ainda evitar a necessidade de alteração das condições


naturais e a paisagem de outros locais destinados a este fim.

Este material excedente poderá ser estocado temporariamente em área


da empresa já utilizada para o deposito de resíduos inertes.

c) Aumento do tráfego automotivo na área e seu entorno

O aumento do tráfego de automotivos na área e seu entorno em função


das obras pode, temporariamente, aumentar o risco de acidentes, além
de impactar negativamente no estado de conservação das vias a serem
utilizadas, acarretando em necessidade de maiores cuidados de
sinalização e de conservação das mesmas.

O fato da área se localizar dentro da propriedade da VCP e de o tráfego


de veículos na estrada municipal ser basicamente de veículos da própria
empresa minimiza estes problemas.

7.2.2 Fase Operacional

7.2.2.1 Impactos Ambientais Sobre o Solo

a) Diminuição dos riscos potenciais de contaminação do solo pela menor


geração de percolado ao longo do tempo em relação ao aterro atual,
quando da redução prevista da disposição do lodo biológico.

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193
Pouco tempo após o início da operação da área ampliada do aterro, o
lodo biológico passará a ter outra destinação.

Este resíduo possui elevado volume de água em sua composição e além


disso é rico em matéria orgânica.

Com o fechamento da vala do aterro atualmente em operação e o seu


recobrimento com material impermeável, a geração de percolado na
mesma será reduzida substancialmente e tendendo a ser mínima ao
longo do tempo.

Assim o volume de percolado passará a ser praticamente apenas aquele


das valas em operação.

A redução mais significativa de geração de percolado ocorrerá


efetivamente após a eliminação da disposição de lodo biológico no
aterro o que acontecerá após cerca de um ano e dois meses após o
inicio de operação da ampliação da área do aterro.

Apesar das valas de ampliação do aterro possuírem todas as medidas


de controle ambiental previstas, tais como sistema de drenagem de
percolado e revestimento com manta plástica com proteção mecânica de
solo, o risco de contaminação do solo será ainda minimizado face à
forma de disposição atual.

b) Risco de erosão superficial em função do aumento de áreas expostas


dos taludes e da alteração das características naturais de estabilidade
do solo

Com a implantação das novas valas do aterro, haverá áreas expostas


dos taludes (cortes e aterros) sujeitas à erosão superficial nos períodos
chuvosos.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
194
No entanto como as obras serão realizadas em etapas, à medida que
houver a necessidade de implantação das valas os efeitos irão se dar ao
longo do tempo e permitirão a adoção de medidas preventivas e
corretivas adequadas.

7.2.2.2 Impactos Ambientais nas Águas Superficiais e Subterrâneas

a) Diminuição dos riscos de contaminação das águas pela menor geração


de percolado em relação ao aterro atual ao longo do tempo

Enfatiza-se que mesmo sendo observadas a distância mínima entre o


fundo da escavação do aterro e do nível do lençol freático, bem como do
aterro em relação aos cursos d’água, os riscos de contaminação
permanecerão.

A execução da impermeabilização de base e laterais do aterro com a


utilização de manta de PEAD, de camada argilosa com 1 m de
espessura para proteção mecânica da mesma e de sistemas de
drenagem e coleta de líquidos percolados, previstos em projeto,
reduzem significativamente o risco de contaminação das águas
subterrâneas. Além disso, o gerenciamento adequado das obras nas
fases de implantação e de operação do aterro deverão garantir a
eficiência dos mesmos.

Além do mais qualquer indício de contaminação poderá ser detectado


pelo sistema de monitoramento das águas subterrâneas, possibilitando a
proposição e execução de medidas corretivas.

Como mencionado anteriormente, há também a previsão de menor


geração de percolado ao longo do tempo em relação à forma de
disposição atual dos resíduos com a mistura com o lodo biológico.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
195
Também haverá uma significativa melhora na composição química do
percolado pois a elevada carga de matéria orgânica e nutrientes
presente no lodo biológico, em relação aos demais resíduos, deixará de
ir para o aterro.

b) Riscos de processos erosivos no solo, afetando a qualidade das águas


superficiais

Assim como mencionado para a fase de implantação, só que em menor


escala, haverá sempre os riscos de ocorrência de deslizamentos dos
taludes (cortes e aterros), mesmo protegidos por gramíneas, nos
períodos chuvosos. Estes eventos podem vir a causar o transporte de
partículas de solo para os corpos d’água, alterando assim as suas
características naturais.

7.2.2.3 Impactos Ambientais sobre a Qualidade do Ar

a) Possibilidade da redução das emissões de metano e CO2 geradas pelo


aterro

Com a nova concepção de projeto em relação à da vala em operação,


que prevê a instalação de drenos verticais no interior do aterro, é
possível se realizar a queima do metano gerado pela decomposição da
matéria orgânica presente e desta forma reduzir as emissões deste
composto, que é um dos mais importantes precursores do efeito estufa.

Além disso a redução do aporte de matéria orgânica com a eliminação


da disposição do lodo biológico no aterro levará à menor emissão de
metano e gás carbônico pelo aterro.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
196
b) Aumento dos riscos de emissão de material particulado pelo
carreamento pelo vento

Considerando-se a conformação futura das pilhas de resíduos em área


mais elevada e não abrigada em relação à vala operada atualmente,
prevê-se o aumento dos riscos de carreamento de material particulado
pelo vento.

Pelo fato dos resíduos possuírem elevada umidade aliada às suas


características de granulometria, estes riscos são naturalmente
minimizados.

Além disso o entorno próximo da área é ocupado por florestas de


eucaliptos da própria VCP.

7.2.2.4 Impactos sobre o Meio Sócio Econômico

a) Manutenção do aterro no mesmo sítio, em área da VCP, evitando-se


desta forma o transporte para áreas externas à empresa e a alteração
do uso do solo em outras localidades

A ampliação de aterro industrial ocupando área da própria VCP contígua


ao aterro existente evita a alteração do uso do solo de áreas distantes
com vocações diversas, de maior valor para o ambiente urbano.

Todos os efeitos decorrentes de uma mudança de localização junto às


comunidades da região, tais como alteração da rotina da vizinhança,
aumento de tráfego dentre outros, podem ser evitados.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
197
A não desvalorização de outros locais próximos, fato que normalmente
ocorre com a implantação de um aterro em função dos incômodos
causados à comunidade, neste caso é evitada.

É importante salientar que, conforme recomendado pela NBR ABNT


13.896 (1997), a distância da área de ampliação do aterro até núcleos
populacionais é superior a 500 m e próxima a zona destinada a
empreendimentos industriais, onde se localizam as instalações da VCP.

b) Alteração da paisagem

A conformação de aterros de solo compactado e a formação de células


de resíduos localizados acima da cota natural do terreno irão alterar a
paisagem natural da área.

Este aspecto assume pequena dimensão neste caso, uma vez que se
trata de local interno à propriedade da VCP rodeado por florestas de
eucaliptos, que formam uma barreira vegetal contínua.

O acabamento final dos taludes com o plantio de grama tende também a


amenizar significativamente o impacto paisagístico causado pela obra do
aterro.

c) Assegurar a continuidade das atividades da empresa sem alterar a


estrutura de custos operacionais referente à disposição de resíduos
sólidos

Outro impacto que a ampliação do aterro irá causar é de caráter


econômico e está ligado ao desempenho financeiro da empresa, uma
vez que de acordo com a proposta de ampliação do aterro a sua
estrutura de custos operacionais se manterá praticamente inalterada.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
198
Este aspecto é relevante pois garante a geração de recursos que serão
revertidos em novos investimentos produtivos no mercado nacional,
criando empregos e resultando no recolhimento de impostos para os
cofres públicos.

Há que se considerar que os investimentos envolvidos na implantação


das obras de ampliação do aterro, obedecendo a todas as normas
técnicas pertinentes, seriam comuns a qualquer outro local escolhido e
fazem parte das obrigações que a empresa deve cumprir para atuar de
forma sustentável num mercado global cada vez mais competitivo.

A seguir, são apresentados na forma de quadros, os principais impactos


ambientais identificados, a sua avaliação e as medidas mitigadoras propostas.

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199
Quadro 7.1 – Impactos Ambientais na Qualidade do Solo – Fase de Implantação
Avaliação dos Impactos Medidas Mitigadoras
Descrição dos impactos Probabilidade de Área de
Classificação Duração Intensidade Identificação Natureza Responsável
Ocorrência influência
Aumento dos riscos de processos erosivos
Preventiva e
pela alteração da estabilidade e maior Negativo Certa temporário média local (1) VCP
corretiva
exposição do solo

Quadro 7.2 – Impactos Ambientais nas Águas Superficiais e Subterrâneas – Fase de Implantação
Avaliação dos Impactos Medidas Mitigadoras
Descrição dos impactos Probabilidade de Área de
Classificação Duração Intensidade Identificação Natureza Responsável
Ocorrência influência
Riscos de assoreamento de cursos d’água
Preventiva e
e alteração da qualidade das águas pela Negativo certa temporária baixa local (2) VCP
corretiva
instalação de processos erosivos no solo

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
Quadro 7.3 – Impactos Ambientais no Ar – Fase de Implantação
Avaliação dos Impactos Medidas Mitigadoras
Descrição dos impactos
Probabilidade de Área de
Classificação Duração Intensidade Identificação Natureza Responsável
Ocorrência influência
Maior emissão de poluentes atmosféricos
veiculares e aumento na concentração de Negativo Certo temporária baixa local (3) Preventiva
material particulado fino na atmosfera

Quadro 7.4 – Impactos Ambientais na Biota – Fase de Implantação


Avaliação dos Impactos Medidas Mitigadoras
Descrição dos impactos
Probabilidade de Área de
Classificação Duração Intensidade Identificação Natureza Responsável
Ocorrência influência
Remoção da vegetação existente no local
do empreendimento e conseqüente fuga Negativo Certo permanente baixa local (4) corretiva VCP
da fauna para áreas adjacentes

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201
Quadro 7.5 – Impactos no Meio Sócio-Econômico – Fase de Implantação
Avaliação dos Impactos Medidas Mitigadoras
Descrição dos impactos Probabilidade de Área de
Classificação Duração Intensidade Identificação Natureza Responsável
Ocorrência influência
Aumento da oferta de emprego Positivo Certo temporária média regional não mitigável
Uso econômico alternativo do local como
área de empréstimo, evitando-se a
Positivo provável temporária alta regional não mitigável
descaracterização de outras áreas para a
mesma finalidade
Aumento do tráfego automotivo na área e PM Jacareí/
Negativo certa temporário baixa local (5)
no seu entorno VCP

Quadro 7.6 – Impactos Ambientais sobre o Solo – Fase Operacional


Avaliação dos Impactos Medidas Mitigadoras
Descrição dos impactos Probabilidade de Área de
Classificação Duração Intensidade Identificação Natureza Responsável
Ocorrência influência
Diminuição dos riscos de contaminação do
solo pela menor geração de percolado ao
longo do tempo em relação ao aterro atual, Positivo certa permanente Baixa local não mitigável
devido a eliminação prevista da
disposição do lodo biológico
Risco de erosão superficial em função do
aumento de áreas expostas dos taludes e Preventiva e
Negativo certa permanente Baixa local (6) VCP
da alteração das características naturais corretiva
de estabilidade do solo

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202
Quadro 7.7 – Impactos Ambientais sobre as Águas Superficiais e Subterrâneas – Fase Operacional
Avaliação dos Impactos Medidas Mitigadoras
Descrição dos impactos Probabilidade de Área de
Classificação Duração Intensidade Identificação Natureza Responsável
Ocorrência influência
Diminuição dos riscos de contaminação
das águas pela menor geração de
Positivo certa permanente baixa local não mitigável
percolado em relação ao aterro atual ao
longo do tempo
Riscos de processos erosivos no solo,
Preventiva e
afetando a qualidade das águas Negativo certa permanente baixa local (7) VCP
corretiva
superficiais

Quadro 7.8 – Impactos Ambientais na Qualidade do Ar – Fase Operacional


Avaliação dos Impactos Medidas Mitigadoras
Descrição dos impactos
Probabilidade de Área de
Classificação Duração Intensidade Identificação Natureza Responsável
Ocorrência influência
Possibilidade da redução das emissões de
Positivo certa permanente baixa regional Não mitigável
metano e CO2 geradas pelo aterro
Aumento da emissão de material
Negativo provável permanente baixa local (8) preventiva
particulado pelo carreamento pelo vento

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203
Quadro 7.9 – Impactos no Meio Sócio-Econômico – Fase Operacional
Avaliação dos Impactos Medidas Mitigadoras
Descrição dos impactos Probabilidade de Área de
Classificação Duração Intensidade Identificação Natureza Responsável
Ocorrência influência
Manutenção do aterro no mesmo sítio, em
área da VCP, evitando-se desta forma o
transporte para áreas externas à empresa Positivo certa permanente alta regional não mitigável
e a alteração do uso do solo em outras
localidades
Compen-
Alteração da paisagem Negativo certa permanente baixa local (9) VCP
satória
Assegurar a continuidade das atividades
da empresa sem alterar a estrutura de
Positivo certa permanente baixa nacional não mitigável
custos operacionais referente à disposição
de resíduos sólidos

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204
7.3 Medidas Mitigadoras

São apresentadas a seguir as medidas mitigadoras propostas cuja identificação


foi feita nos Quadro 7.1 a Quadro 7.9.

(1) Aumento dos riscos de processos erosivos pela alteração da


estabilidade e maior exposição do solo

As especificações de projeto do corte no terreno natural, conformações


do dique de contenção e dos maciços de rejeitos tais como: inclinações
de talude, larguras de bermas, largura de crista e altura das células
devem ser observados de modo a garantir a estabilidade dos mesmos e
minimizar os riscos de instalação de processos erosivos.

Além disso, diversos componentes já incorporados no projeto como:


sistema de drenagem de águas pluviais, sistema de drenagem de
percolados, cobertura dos resíduos, plantio de grama nas células
acabadas têm dentre seus objetivos o de assegurar a estabilidade dos
maciços formados.

Um sistema de monitoramento geotécnico permitirá ainda avaliar o


comportamento dinâmico do maciço de resíduos sólidos, visando prever
e prevenir rupturas, deslizamentos e outros tipos de acidentes.

Na medida do possível, as obras deverão ser executadas no período de


estiagem, prevenindo desta forma a erosão das áreas expostas. Assim
que possível deve ser realizado o reafeiçoamento das áreas, a
implantação do sistema de drenagem pluvial e o plantio de gramíneas.

De forma a se mitigar a erosão dos solos, assim que escavados,


deverão ser retirados do local e dispostos adequadamente, à medida do
possível em locais confinados.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
(2) Riscos de assoreamento de cursos d’água e alteração da qualidade das
águas pela instalação de processos erosivos no solo

Tais riscos podem ser minimizados com a escolha de épocas com


menor intensidade de chuvas para a implantação das obras das diversas
fases do empreendimento, cuidados adicionais durante a movimentação
e disposição do solo e otimização dos procedimentos de instalação do
aterro.

A definição topográfica das áreas, bem como o plantio da vegetação nos


taludes devem ser finalizados o mais rápido possível. O plantio de
vegetação nos taludes tem a finalidade de proteger superficialmente as
áreas expostas (cortes, aterros e encostas), proporcionando condições
de resistência à erosão superficial.

(3) Maior emissão de poluentes atmosféricos veiculares e aumento na


concentração de material particulado fino na atmosfera

Para minimizar a geração de material particulado fino em suspensão na


atmosfera, durante os períodos secos, os acessos deverão ser
molhados freqüentemente.

Para minimizar as emissões de gases de combustão, a velocidade dos


veículos e equipamentos deverão ser controlados e os motores
periodicamente regulados.

(4) Remoção da vegetação existente no local do empreendimento e


conseqüente fuga da fauna para áreas adjacentes

Os efeitos decorrentes da supressão da vegetação nas áreas afetadas


será minimizado devido a implantação em etapas das valas do aterro.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
206
No entanto recomenda-se que assim que as valas forem sendo fechadas
passe-se rapidamente a revegetá-las com gramíneas ou outros tipos de
vegetação rasteira, que não causem danos ao material de
impermeabilização da cobertura e que possam atrair espécies de insetos
e pássaros de modo a restabelecer em parte a perda de diversidade do
local.

(5) Aumento do tráfego automotivo na área e no seu entorno

O aumento do tráfego de veículos durante a fase das obras requer que


sejam adotadas medidas preventivas permanentes de sinalização e
manutenção dos acessos para evitar a ocorrência de acidentes.

Pelo fato de o principal acesso à área ser uma estrada municipal que
corta a propriedade da VCP, a prefeitura local pode delegar à VCP a
responsabilidade por implementar as medidas cabíveis.

(6) Risco de erosão superficial em função do aumento de áreas expostas


dos taludes e da alteração das características naturais de estabilidade
do solo

As medidas mitigadoras aplicáveis durante a fase de operação do aterro


são as mesmas já mencionadas anteriormente para a fase de
implantação.

(7) Riscos de processos erosivos no solo, afetando a qualidade das águas


superficiais

As medidas mitigadoras são as mesmas indicadas acima,


acrescentando-se a realização de vistorias periódicas ao sistema de
drenagem de águas pluviais que se interliga ao sistema natural,
constituído de nascentes e córregos.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
207
(8) Aumento da emissão de material particulado pelo carreamento pelo
vento

Para minimizar o efeito do vento sobre a pilha de resíduos recomenda-


se que nos períodos secos, se necessário, estes sejam mantidos
úmidos, embora a umidade natural dos mesmos seja elevada.

No caso das pilhas de resíduos acima do nível dos diques das valas,
para atenuar este tipo de problema recomenda-se que seja realizado o
alteamento dos diques de fechamento lateral com solo compactado
concomitante à formação das pilhas com os resíduos e com o plantio de
gramíneas nos mesmos.

Os acessos também deverão ser mantidos molhados para reduzir os


problemas de geração de material particulado em suspensão.

Além desta medida, a velocidade dos veículos e equipamentos deverá


ser controlada.

(9) Alteração da paisagem

Para mitigar a alteração da paisagem que o empreendimento irá causar


sugere-se que a VCP defina junto as partes interessadas um programa
de recomposição vegetal de área pública de interesse para a
comunidade.

7.4 Análise Ambiental dos Impactos Identificados

A partir dos impactos identificados na matriz, pode-se realizar uma análise do


balanço final dos mesmos, conforme indicado a seguir:

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
208
Verifica-se que na fase de implantação do aterro de um total de 7 impactos
identificados 5 são negativos e 2 são positivos.

Do total de impactos positivos, quanto à probabilidade de ocorrência, 1 é certo


e 1 provável. Para os impactos negativos, os 5 são certos.

No que se refere à duração dos impactos durante a fase de implantação os 2


positivos são temporários e dos negativos, 1 é permanente e 4 são
temporários.

A intensidade dos impactos positivos na fase de implantação se mostra média


para 1 e alta para o outro.

Para os impactos negativos, 4 se mostram de baixa intensidade e 1 de média


intensidade.

A abrangência dos impactos positivos durante a fase de implantação é regional


nos 2. Já nos impactos negativos a abrangência local ocorre nos 5.

Os impactos negativos durante a fase de implantação são portanto em sua


maioria certos, temporários, de baixa intensidade e de abrangência local.

Os impactos positivos em sua maioria são temporários e de abrangência


regional, com probabilidade de ocorrência dividindo-se igualmente entre certos
e permanentes e de intensidade variando de média a alta.

Já durante a fase operacional verifica-se que de um total de 9 impactos


detectados 5 são positivos e 4 são negativos.

Do total de impactos positivos, quanto à probabilidade de ocorrência os 5 são


certos. Para os impactos negativos, 3 são certos e 1 é provável.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
209
No que se refere à duração dos impactos durante a fase operacional todos,
quer positivos (5) ou negativos (4) são permanentes.

A intensidade dos impactos positivos na fase operacional se mostra baixa para


4 deles, e alta para 1.

Para os impactos negativos nesta mesma fase os 4 se mostram de baixa


intensidade.

A abrangência dos impactos positivos é local em 2 deles, regional em outros 2


e nacional para os 2 demais.

Já nos impactos negativos a abrangência local ocorre nos quatro.

Os impactos negativos durante a fase operacional em sua maioria são certos,


permanentes de baixa intensidade e de abrangência somente local.

Os impactos positivos em sua maioria são certos, permanentes, de baixa


intensidade e de influência predominantemente regional e local.

Observa-se, portanto, que no computo geral embora o número total de


impactos negativos (9) seja maior que os positivos (7) os negativos ocorrem em
sua maioria na fase de implantação (5) no entanto durante a fase operacional
os positivos são preponderantes (5).

Assim os impactos positivos irão prevalecer durante a maior parte do tempo de


vida do empreendimento.

Ainda avaliando-se o total dos impactos durante as fases de implantação e


operação, observa-se que os impactos positivos são na sua maioria certos,
permanentes, de baixa intensidade e de abrangência predominantemente
regional.

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210
O total de impactos negativos por sua vez são em sua maioria certos,
permanentes, de baixa intensidade e de abrangência apenas local.

As características dos impactos são resumidas nos Quadro 7.10 e Quadro


7.11.

Quadro 7.10 – Características dos Impactos na Fase de Implantação


Impactos Positivos ( 2 ) Negativos ( 5 )

Probabilidade de Certos 1 5
ocorrência Prováveis 1 -
Permanentes - 1
Temporalidade
Temporários 2 4
Baixa - 4
Intensidade Média 1 1
Alta 1 -
Local - 5
Abrangência Regional 2 -
Nacional - -

Quadro 7.11 – Características dos Impactos na Fase Operacional


Impactos Positivos ( 5 ) Negativos ( 4 )

Probabilidade de Certos 5 3
ocorrência Prováveis - 1
Permanentes 5 4
Temporalidade
Temporários - -
Baixa 4 4
Intensidade Média - -
Alta 1 -
Local 2 4
Abrangência Regional 2 -
Nacional 1 -

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
211
7.5 Conclusões

Levando-se em conta a avaliação da magnitude dos impactos decorrentes do


empreendimento, apresentada no item anterior, fica evidente a viabilidade
ambiental da ampliação do Aterro Industrial da VCP Unidade Jacareí.

Esta conclusão se baseia principalmente no fato de que os impactos


ambientais positivos predominam durante a fase operacional do aterro, que
ocorrerão durante um grande período de tempo em contrapartida com os
impactos positivos que predominam na fase da sua implantação, de menor
duração.

Além disso os impactos ambientais negativos são todos de abrangência local e


de intensidade baixa em quase sua totalidade, ao passo que os impactos
positivos, embora também sejam em sua maioria de baixa intensidade,
apresentam uma predominância significativamente maior (regional).

Considerando-se ainda a possibilidade de minimização dos impactos


ambientais negativos identificados com as medidas mitigadoras indicadas,
muitas delas até já previstas em projeto, e de outras propostas de baixa
complexidade, a sua viabilidade se mostra ainda mais consistente.

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
212
8. EQUIPE TÉCNICA

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
8 EQUIPE TÉCNICA

Os trabalhos de elaboração do RAP foram desenvolvidos pela empresa


EPASC – Engenharia de Projetos Ambientais S/C Ltda. através do contrato
0717/03, sob a responsabilidade técnica e coordenação do Engº. civil, MsC e
especialista em Engenharia Ambiental Fernando Emílio Vernier Pinheiro CREA
nº 0600762690, contando com a participação dos seguintes profissionais:

Lídia Harumi Endo


Engª. Sanitarista
CREA-SP n.º 5060775670

Márcia Toffani Simão Soares


Engª. Agrônoma
Registro no CREA-SP n.º 506187637

Mario Cepollina
Eng° Civil Especialista em Geotecnia
Registro no CREA-SP n.º 0600464238

Geólogo Gustavo Ferreira da Souza


Geólogo
CREA 5061879834

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
214
9. RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
9 RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

o ALMEIDA, F.F.M. Fundamentos geológicos do relevo paulista. Boletim do


Instituto Geográfico e Geológico, n.41, p.169-263, 1964.
o ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004:
Resíduos sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 1987. 48p.
o ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8.419 –
Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos
urbanos. Rio de Janeiro, 1992. 7p.
o ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.988:
Líquidos livres – Verificação em amostra de resíduos. Rio de Janeiro, 1993.
2p.
o ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR
13.896 Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto,
implantação e operação. Rio de Janeiro, 1997. 12p.
o ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004:
Resíduos sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 2004a. 71p.
o ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.007:
Amostragem de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004b. 21p.
o ABRELPE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS
ESPECIAIS. Resíduos Industriais. Disponível em: <URL:
http://www.abrelpe.com.br/curioso/cur-0035.html > [2005 Mar 05]
o ALMEIDA, F.F.M. de; HASUI, H.; PONÇANO, W.L.; DANTAS, A.S.L.;
CARNEIRO, C.D.R.; MELO, M.S. de; BISTRICHI, C.A. Mapa Geológico do
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o BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. São Paulo: Icone,
1999. 355p.
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Ambiental. n. 54, p. 16 – 24, 1998. Disponível em <URL:
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K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
221
ANEXOS

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
ANEXO A – DESENHOS DO EMPREENDIMENTO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
LEGENDA

BUEIRO DE CONCRETO

CANALETA MEIA CANA


PARA ÁGUAS PLUVIAIS

ESCADA HIDRÁULICA

SARJETÃO

CAIXA DE PASSAGEM
DE ÁGUAS PLUVIAIS

DISSIPADOR DE ENERGIA

DRENO VERTICAL DE PERCOLADO

DRENO HORIZONTAL DE PERCOLADO

CAIXA DE PASSAGEM DE PERCOLADO


LEGENDA

CANALETA CENTRAL DE RACHÃO

BUEIRO DE CONCRETO

CANALETA MEIA CANA


PARA ÁGUAS PLUVIAIS
CANALETA DE BERMA
PARA ÁGUAS PLUVIAIS

ESCADA HIDRÁULICA

SARJETÃO

CAIXA DE PASSAGEM
DE ÁGUAS PLUVIAIS

DISSIPADOR DE ENERGIA

DRENO VERTICAL DE PERCOLADO


LEGENDA

BASE DA CÉLULA

TOPO DA CÉLULA

DRENO VERTICAL DE PERCOLADO

DRENO HORIZONTAL DE PERCOLADO


ANEXO B – LICENÇA DE OPERAÇÃO DO ATERRO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
ANEXO C – LEVANTAMENTO
PLANIALTIMÉTRICO DA ÁREA DE AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
ANEXO D – ANÁLISES DOS EFLUENTES LÍQUIDOS GERADOS
NA ETE E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO PARAÍBA DO SUL

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
Automonitoramento - Relatório Complementar - 1o Semestre 2004

1.3 Monitoramento das águas superficiais (Rio Paraíba do Sul)


Parâmetro Frequência Unidade Estação 1 Estação 2 Estação 3 Estação 4
pH Semestral - 6,600 6,800 6,800 6,700
OD Semestral mg/L 7,100 6,800 6,400 5,500
DBO5,20 Semestral mg/L 1,270 0,520 0,810 2,300
DQO Semestral mg/L 18,000 6,000 9,000 23,000
Sólidos suspensos Semestral g/L 0,080 0,080 0,110 0,130
Sólidos sedimentáveis Semestral mL/L/h 2,400 2,100 3,700 3,900
Cor real Semestral Un Pt/Co 162,000 154,000 109,000 172,000
Turbidez Semestral FTU 29,000 24,000 18,000 32,000
Condutividade Semestral uS/cm 137,300 167,300 156,000 160,000
Cálcio Semestral mg/L 2,100 2,800 2,800 2,400
Sódio Semestral mg/L 4,654 10,212 11,598 11,731
Sulfetos Semestral mg/L 0,016 0,019 0,014 0,022
Sulfatos Semestral mg/L 10,000 9,000 34,000 30,000
Cloretos Semestral mg/L 2,300 2,400 2,100 9,400
Sólidos totais dissolvidos Semestral mg/L 16,150 18,510 20,070 11,350
Cádmio Semestral mg/L 0,080 0,019 0,006 0,128
Chumbo Semestral mg/L 1,257 1,271 1,093 1,814
Cobre Semestral mg/L 0,018 0,020 0,032 0,016
Cromo Semestral mg/L 0,304 0,271 0,335 0,336
Manganês Semestral mg/L 0,062 0,088 0,092 0,072
Mercúrio Semestral mg/L 0,0001 0,0001 0,0002 0,0001
Níquel Semestral mg/L ND ND ND ND
Zinco Semestral mg/L ND ND ND ND
Alumínio Semestral mg/L 0,087 0,082 0,105 0,094
Fenol Semestral mg/L 0,015 0,003 0,016 0,024
P total Semestral ug/l 59,200 76,500 100,200 88,800
Nitrogênio Total Semestral mg/L 0,407 0,887 0,882 0,958

Estação 1: à montante da VCP


Estação 2: após o lançamento de efluentes VCP e antes do lançamento do esgoto da Vila Garcia
Estação 3: próximo à Ponte Bom Jesus
Estação 4: antes do córrego B. Branca
Automonitoramento - Relatório Complementar - 2o Semestre 2004

1.3 Monitoramento das águas superficiais (Rio Paraíba do Sul)


Parâmetro Frequência Unidade Estação 1 Estação 2 Estação 3 Estação 4
pH Semestral - 6,150 6,570 6,520 6,540
OD Semestral mg/L 7,810 7,460 7,380 5,680
DBO5,20 Semestral mg/L 1,080 1,270 2,030 1,190
DQO Semestral mg/L 21,000 18,000 13,000 53,000
Sólidos suspensos Semestral g/L 3,290 5,180 5,470 4,590
Sólidos sedimentáveis Semestral mL/L/h 0,000 0,000 0,000 0,000
Cor real Semestral Un Pt/Co 38,000 48,000 38,000 54,000
Turbidez Semestral FTU 9,000 13,000 14,000 11,000
Condutividade Semestral uS/cm 27,000 111,000 122,330 123,000
Cálcio Semestral mg/L 1,880 3,010 3,300 3,520
Sódio Semestral mg/L * * * *
Sulfetos Semestral mg/L 0,003 0,008 0,010 0,011
Sulfatos Semestral mg/L 4,000 35,000 36,000 37,000
Cloretos Semestral mg/L 2,500 4,900 5,300 10,300
Sólidos totais dissolvidos Semestral mg/L 24,710 24,920 30,530 27,410
Cádmio Semestral mg/L 0,017 0,020 0,020 0,023
Chumbo Semestral mg/L 0,608 0,749 0,975 1,150
Cobre Semestral mg/L 0,007 0,005 0,003 0,003
Cromo Semestral mg/L 0,157 0,170 0,156 0,188
Manganês Semestral mg/L 0,014 0,013 0,013 0,009
Mercúrio Semestral mg/L * * * *
Níquel Semestral mg/L 0,317 0,407 0,566 0,582
Zinco Semestral mg/L 0,020 0,027 0,027 0,029
Alumínio Semestral mg/L * * * *
Fenol Semestral mg/L 0,010 0,010 0,010 0,010
P total Semestral ug/l 54,550 98,230 86,870 120,420
Nitrogênio Total Semestral mg/L 1,290 0,890 0,930 0,750
Hídricos
Geração de Efluente DBO 5 DBO 5 % Efic. Remoção DBO DQO Total DQO Total
Entrada Saída Entrada ETE Saída Rio Entrada ETE Saída Rio Entrada ETE Saída Rio Entrada ETE Saída Rio
m³/dia m³/dia mg/l mg/l kg/dia kg/dia mg/l mg/l kg/dia kg/dia

jan/04 85.654 80.426 jan/04 852 40,5 jan/04 72.967 3.257 jan/04 95,2% jan/04 1.100 344 jan/04 94.220 27.657
fev/04 85.708 78.678 fev/04 818 22,5 fev/04 70.077 1.770 fev/04 97,2% fev/04 1.138 353 fev/04 97.525 27.744
mar/04 85.584 80.263 mar/04 840 57,0 mar/04 71.872 4.575 mar/04 93,2% mar/04 1.049 373 mar/04 89.816 29.938
abr/04 84.070 80.076 abr/04 843 69,7 abr/04 70.871 5.579 abr/04 91,7% abr/04 1.728 422 abr/04 145.292 33.756
mai/04 77.941 73.778 mai/04 840 71,0 mai/04 65.431 5.238 mai/04 91,5% mai/04 1.094 405 mai/04 85.248 29.889
jun/04 69.577 66.241 jun/04 447 41,2 jun/04 31.131 2.727 jun/04 90,8% jun/04 1.093 383 jun/04 76.025 25.348
jul/04 79.683 71.010 jul/04 684 36,8 jul/04 54.495 2.612 jul/04 94,6% jul/04 1.137 347 jul/04 90.573 24.672
ago/04 76.531 69.748 ago/04 804 51,6 ago/04 61.520 3.597 ago/04 93,6% ago/04 1.189 423 ago/04 90.985 29.486
set/04 79.768 76.103 set/04 799 50,4 set/04 63.708 3.839 set/04 93,7% set/04 1.093 390 set/04 87.179 29.688
out/04 74.146 71.184 out/04 691 41,7 out/04 51.213 2.969 out/04 94,0% out/04 1.061 346 out/04 78.668 24.612
nov/04 72.797 75.253 nov/04 732 17,3 nov/04 53.260 1.298 nov/04 97,6% nov/04 1.044 326 nov/04 75.984 24.541
dez/04 86.618 80.099 dez/04 808 29,0 dez/04 69.978 2.323 dez/04 96,4% dez/04 1.116 303 dez/04 96.656 24.306
Média 79.840 75.238 Média 763,0 44,0 Média 61.377 3.315 Média 94,1% Média 1.153 368 Média 92.348 27.636
ANEXO E – RELATORIO FOTOGRAFICO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
Foto 1 – Ponto de descarregamento dos resíduos
da caustificação (dregs e grits).

Foto 2 – Outra vista da caçamba onde os


resíduos da caustificação são armazenados.

Foto 3 – Vista da caçamba onde os


resíduos da depuração são
armazenados até a retirada pelo
sistema de coleta interno.
Foto 4 – Resíduos da depuração
em detalhe.

Foto 5 – Aspecto do carbonato de


cálcio e óxido de cálcio.

Foto 6 – Ponto de geração do resíduo: carbonato


de cálcio e óxido de cálcio na planta de Carbonato
de Cálcio Precipitado (PCC).
Foto 7 – Baia onde o lodo biológico é
descarregado após remoção de umidade na
centrífuga desaguadora.

Foto 8 – Aspecto do lodo biológico


gerado na ETE.

Foto 9 – Detalhe da vala do


aterro em operação.
Foto 10 – Tanques de armazenamento de percolado existentes.

Foto 11 – Área de empréstimo localizada ao norte da faixa de transmissão de energia elétrica e do aterro existente.
Foto 12 – Estrada de
acesso ao aterro existente,
ao norte da área de
empréstimo.

Foto 13 – Faixa da linha de


transmissão de energia
elétrica dentro da área
disponibilizada pela VCP
para ampliação do aterro.

Foto 14 – Outra vista da


linha de transmissão de
energia elétrica.
Foto 15 – Vista geral da área
disponível para a ampliação
localizada ao norte da vala
do aterro em operação,
vegetada por gramíneas.

Foto 16 – Vista da área para


ampliação do aterro,
vegetada por gramíneas e
envolta por plantio de
eucalipto.

Foto 17 – Outra vista geral


da área proposta para a
implantação das novas
valas do aterro.
Foto 18 – Área disponível para a ampliação do aterro, ocupada Foto 19 – Área disponível para a ampliação do aterro, com
por ervas invasoras. ocorrência de taludes não vegetados, também com ervas
invasoras, de antiga área de empréstimo.

Foto 20 – Outra vista geral da área disponível para a ampliação do aterro


ANEXO F – LAUDOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
ANEXO G – PARECER DE GEOTECNIA

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
EPA-VCP-050401 São Paulo, 1 de Abril de 2005

EPASC Engenharia de Projetos Ambientais S/C Ltda.


Rua Dr. Paulo Vieira, 153
01257-000 – São Paulo – SP
AT: Eng. Fernando Pinheiro

REF: VCP – Unidade de Jacareí


Ampliação do aterro de resíduos
Relatório geotécnico
Prezados Senhores;

Estamos encaminhando através da presente nosso relatório geotécnico sobre a obra acima
referida.

Neste texto estão registradas todas as informações que foram por nós sendo passadas a V.Sas.
quando de nossas reuniões, visitas ao local, e troca de e mails, ao longo do desenvolvimento do
trabalho.

1) CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

A VCP tem como principais resíduos a serem dispostos no aterro, em termos de volume
produzido, o lodo biológico e o rejeito de caustificação (dregs e grits).

O lodo biológico é um rejeito, como o próprio nome diz, com baixo teor de sólidos, e que
portanto do ponto de vista geotécnico tem baixa resistência. Seu peso específico e de cerca de
1.05 t/m3.

O resíduo da caustificação por outro lado tem consistência de um solo solto, com resistência
mais elevada e peso específico de quase 1.4 t/m3.

A VCP opera há mais de 15 anos um aterro industrial que é conformado por uma barragem
fechando um talvegue.

Este arranjo é muito favorável para garantir a estabilidade do depósito, pois a barragem
trabalha como uma contenção.

O lançamento dos resíduos é feito procurando-se depositar o rejeito de melhores


características mais perto da barragem, enquanto que o lodo é lançado nas áreas mais
distantes da barragem. Com esta sistemática de lançamento, forma-se uma superfície final
com uma inclinação de cerca de 5%.

De tempos em tempos a barragem é alteada, porém há um limite para isto e este limite está se
aproximando, de modo que há necessidade de ampliar a área abrindo nova frente para
disposição dos resíduos.
2) ÁREA DA EXPANSÃO

Contígua e ao norte do atual aterro, há um talvegue que apresenta uma topografia suave, ou
seja não é um vale tão pronunciado como o que foi barrado para o aterro ora em operação.

Sua área é de cerca de 36 ha, tendo uma declividade média de 10%.

Para o aproveitamento desta área, que não é tão favorável topograficamente, foram feitos
estudos da forma de disposição, tendo-se chegado a conclusão que a mais adequada será a
execução dois tipos de disposição: um na parte mais elevada, que será operado da forma como
está sendo feito presentemente, ou seja com a mistura (parcial) dos resíduos. Esta área será
operada no início.

Depois de um certo período(dois anos aproximadamente), o lodo biológico deixará de ser


lançado, sobrando então basicamente o resíduo da caustificação, o rejeito da depuração, o
lodo de Mogi e os resíduos de carbonato e óxido de cálcio, que por terem características
mecânicas muito mais favoráveis, poderão ser dispostos inicialmente dentro de uma bacia, e
posteriormente em pilhas mais elevadas, e com procedimentos de operação similares ao que
se faria em um bota fora de terra.

Na parte oeste do terreno há uma área que serviu de empréstimo de solo para as obras de
ampliação da fábrica.

No projeto da expansão do aterro serão feitas escavações de grande volume. Parte deste
material será empregado na construção dos diques. Um dos diques será feito sobre esta área, o
que permitirá sua recuperação do ponto de vista ambiental.

3) CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA

A área onde será feita a expansão do aterro fica sobre um afloramento do Escudo Atlântico.
Esta formação Pré Cambriana, é constituída de suítes graníticas sinectônicas. São encontrados
corpos para-autóctones e aloctones, fliados, granulação fina e média, textura porfirítica
freqüente, contatos parcialmente concordantes e composição granulodiorítica e granítica.

A macro área é praticamente circundada por Sedimentos Terciários do Grupo Taubaté, que
são depósitos fluviais incluindo arenitos com lentes subordinadas de folhelhos e termos
arcosianos e conglomeráticos restritos.

Finalmente, na área onde passa o Rio Paraíba, ou seja um tanto distante da área em questão,
são encontrados sedimentos aluvionares.

4) CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA

Para a caracterização do subsolo da área foram feitas as seguintes prospecções, sondagens e


ensaios: furos a trado para retirada de amostras, sondagens a percussão SPT, sondagens
elétricas para determinação da profundidade do lençol freático.

4.1. Ensaios de laboratório


Dos furos a trado foram retiradas amostras deformadas sobre as quais foram executados
ensaios de caracterização: granulometria, limites e compactação.

Os resultados estão apresentados no relatório da Sondosolo que faz parte do conjunto de


documentos deste estudo.

Os valores de LP variaram dentro da faixa que vai de 24 a 36 % , o LL de 33 a 60% e o IP de


9 a 24%.

As curvas de granulometria estão plotadas no relatório citado, mas podemos resumí-las


dizendo que a porcentagem passante na peneira # 200 varia de 52 a 63%.

Finalmente, os resultados dos ensaios de compactação Proctor Normal mostram densidades


secas máximas variando de 16.4 a 17.2 kN/m3 e umidades ótimas de 18.4 a 21.4%.

Os resultados acima mostram que o solo é uma argila silto arenosa, típica de decomposição de
rochas graníticas.

4.2. Sondagens a percussão

As sondagens mostraram que o subsolo local é formado basicamente por um horizonte


coluvionar constituído por uma argila arenosa (que foi ensaiada conforme relatado no item
anterior), com espessura variável de 2 a 8m, e de consistência média. Sua coloração é marrom
amarelada ou avermelhada.

A seguir se penetra no solo residual que vai se tornando cada vez mais compacto com o
aumento de profundidade.

O lençol freático foi encontrado a profundidades desde 10 a 25m, não sendo inclusive
atingido em algumas sondagens que atingiram o solo muito firme a menor profundidade. Vale
dizer que a profundidade do lençol freático foi melhor determinada através das sondagens
elétricas, conforme será comentado no próximo item.

4.3. Sondagens elétricas

Tendo em vista o critério de distância mínima do fundo do aterro ao lençol freático, fez-se
necessária a determinação da posição do aquífero.

Isto foi feito através das sondagens a percussão, conforme acima comentado, e pela execução
de sondagens elétricas, cujos resultados se encontram nos documentos do projeto.

4.4. Ensaios de Infiltração

Nos locais das sondagens SP-04, 05, 07 e 08 foram feitos ensaios de infiltração nas
profundidades de 3.5, 6.5 e 9.5m.

Os resultados mostraram que o horizonte mais superficial (3.5m) mostrou permeabilidades da


ordem de 5 x 10-5 cm/s, enquanto que os ensaios mais profundos indicaram valores de cerca
de 5 x 10-6 cm/s.
5) CARACTERIZAÇÃO “GEOTÉCNICA” DOS RESÍDUOS

5.1. Considerações preliminares

Apesar de se saber que resíduos não são solos, procura-se empregar os conceitos e ensaios
geotécnicos para se conseguir parâmetros “geomecânicos” destes materiais, e assim projetar a
geometria das pilhas nas quais eles serão depositados.

A representatividade dos ensaios poderia ser questionada não só pelo fato de que os resíduos
podem ter matéria orgânica e portanto não poderiam ser caracterizados como solo, mas
também pela dificuldade de moldagem dos corpos de prova que teriam que reproduzir as
condições da deposição de campo.

Para procurar representar esta condição de forma mais fidedigna possível, os corpos de prova
foram moldados nas umidades com as quais eles saem do processo, ou seja evitou-se a perda
de água o que causaria um aumento de resistência, e conformados com a compactação
“mínima” praticável.

De qualquer forma, depósitos de resíduos são monitorados, e sempre há a possibilidade se de


executar ensaios in situ, e com isto se tem uma melhor caracterização do comportamento
geomecânico dos materiais. Em função do monitoramento e de eventuais ensaios in situ, as
fases subseqüentes de alteamentos devem ser dinamicamente reapreciadas.

5.2. Resultado dos ensaios

Foram feitos 3 ensaios triaxiais adensados rápidos. Para cada ensaios foram feitos 3 c.p.

Um ensaio foi feito no rejeito da caustificação, tendo-se obtido como resultado uma coesão de
15 kN/m2 e um ângulo de atrito de 22o.

Em outro ensaio foi feita uma mistura de resíduo de caustificação (45% em peso), lodo
biológico (41%), resíduo de depuração (9%), lodo de Mogi (3%) e carbonato de cálcio +
óxido de cálcio (2%). Neste caso a coesão foi nula e o angulo de atrito de 18o, ou seja uma
sensível redução de resistência. Deve ser lembrado que em campo não se consegue misturar
os materiais como foi feito em laboratório, isto implica que a resistência final será ainda
menor que esta determinada no ensaio, já que uma eventual superfície de ruptura, logicamente
procurará sempre os materiais menos resistentes.

Finalmente, no terceiro ensaio a mistura foi de 52% de resíduo da caustificação e 48% do


lodo biológico neste caso os resultados foram : coesão nula e angulo de atrito de 14o.

Uma outra forma de avaliar a “qualidade” geotécnica dos resíduos, é pelo adensamento
sofrido pelos c.p. quando da aplicação da pressão confinante: no primeiro caso, o
adensamento foi de cerca de 11%, no segundo de 36% e no terceiro caso de 41% (valores
médios).

6) NOVO CONCEITO DA DEPOSIÇÃO


Tendo em vista a grande diferença de características geomecânicas destes dois resíduos
principais (resíduos da caustificação e lodo biológico), chegou-se a conclusão que a mistura
dos mesmos provoca uma piora tão acentuada nas propriedades do resíduo de caustificação
que o produto desta mistura só pode ser depositado em lagoas, que é o que tem sido feito até
então.

Não se consegue fazer pilhas, o que seria possível fazer com o resíduo da caustificação e os
demais resíduos, se o lodo biológico não fosse misturado com eles.

Desta forma, chegou-se a conclusão que há necessidade de se separar estes resíduos. A


mistura do lodo biológico com os demais resíduos deverá ser depositada em lagoas e os
demais resíduos, sem o lodo biológico, em aterros.

Deve ser comentado que há planos de destinação alternativos para o lodo biológico, de modo
que ele deixe de existir dentro de dois anos.

Como, durante esse período, o volume de resíduos não será tão grande, optou-se por executar
uma pequena lagoa junto a disposição existente e mais duas outras lagoas na parte mais
elevada da área, e proceder a deposição dos resíduos da mesma forma como está sendo feito
atualmente.

Para a configuração das lagoas, serão feitas grandes escavações no terreno e alguns pequenos
diques, que serão dimensionados como barragem, como se tivessem que conter água.

Na parte mais baixa da área principal de ampliação do aterro será feito o aterro para a mistura
dos demais resíduos, ou seja sem o lodo biológico. Neste caso, também para maximizar os
volumes de acúmulo, será feita grande escavação.

Com este material escavado serão construídos os diques de contenção. O resíduo será então
lançado dentro dos diques como bota fora. Há a idéia de compactá-lo como se faz com um
solo, visando diminuir seu volume e melhorar suas características geomecânicas.

7) GEOMETRIA DOS DIQUES E PILHAS

Com base nos resultados das investigações do terreno natural e nos ensaios feitos com os
resíduos, tomou-se decisões sobre as geometrias dos taludes de corte e aterro.

7.1. Taludes de corte

Adotou-se um inclinação média (não do talude propriamente dito, mas do topo até a base) de
1V:1.75H. Vale dizer que esta é a inclinação do grande talude de corte atualmente existente
da área de empréstimo.

7.2. Taludes dos diques em aterro

Para os taludes dos aterros adotou-se uma declividade média de 1V:2.25H, em lances
máximos de 8m de altura com inclinação de 1V:2H entremeados por bermas com 2m de
largura.
Esta inclinação é costumeiramente adotada em aterros rodoviários da região, e está
comprovada pela prática que é segura para o material com o qual os aterros serão feitos.

7.3. Pilha dos resíduos misturados, sem o lodo biológico

Adotou-se uma inclinação média de 12o , ou seja, talude com inclinação máxima de 1V:3H
com no máximo 3 lances de 6m de altura, e bermas de 5m de largura . Um cálculo expedito
de segurança desta geometria pode ser feito desprezando-se a coesão do resíduo.

Nestas condições o fator de segurança da pilha será FS= tan FI / tan Alpha, onde FI é o
angulo de atrito interno do material, que é 22o e Alpha é o angulo de deposição, que é 12o.
Fazendo-se a conta da expressão acima, chega-se a um FS = 1.5 que é adequado.

Sem mais para o momento, subscrevemo-nos mui ,

Atenciosamente
CEPOLLINA
Engenheiros consultores s/s ltda

Eng. Mario Cepollina


ANEXO H – ENSAIOS GEOTÉCNICOS DOS RESÍDUOS

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
ANEXO I – CRONOGRAMA DE AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
CRONOGRAMA FÍSICO
AMPLIAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL
Prazos ANOS / MESES
1 2 3 4 5 6 7
Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

aprovação do RAP e Projeto pela SMA/CETESB

Elaboração de projetos complementares

Contratação das obras

Limpeza do terreno

Locação da obra

Adequação das vias de acesso

Cercamento da área

Execução do sistema de drenagem


superficial

Escavação

Proteção superficial dos taludes com


grama

Execução do aterro dos diques de


contenção

Instalação da manta de PEAD

Execução de camada de proteção


mecânica sobre manta de PEAD

Execução da rede de drenagem de


percolado/gás sobre aterro de base

Execução do sistema de monitoramento


ambiental

Operação do aterro vala 6 e pilhas (5/6) por 14 anos

valas 2, 3 e 4
vala 5
vala 6
ANEXO J – CERTIDÃO DE USO DO SOLO /
MANIFESTAÇÃO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE JACAREÍ

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
ANEXO K – PERFIS DE SONDAGEM A PERCURSÃO E A TRADO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
ANEXO L – SONDAGENS ELÉTRICAS VERTICAIS

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA

CLIENTE: SONDOSOLO GEOTECNIA E ENGENHARIA

LOCAL
Votorantim Papel e Celulose
Jacareí/SP

Novembro- 2004

R. Gramadinho, 50. Santana. CEP 02451-002 São Paulo / SP


Fone/Fax.: (011) 6977 1573 email: geopesq@geopesquisa.com.br
1

1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo determinar a profundidade do topo
rochoso e N.A (nível d’água) da área, um aterro sanitário da fábrica da VCP,
localizado em Jacareí/SP;
Visando alcançar o objetivo proposto foi realizada uma campanha de
levantamento geofísico utilizando o método da eletrorresistividade através da
técnica de Sondagem Elétrica (SEV).

2. MÉTODO DA ELETRORRESISTIVIDADE

2.1. BASE TEÓRICA DO MÉTODO ELETRORRESISTIVO

As técnicas de investigação do solo/subsolo pelos métodos elétricos são


baseadas na leitura da resistividade elétrica do terreno. A resistividade é uma das
diversas propriedades físicas do meio a ser estudado.
O Método Eletrorresistivo tem por finalidade determinar a variação das
resistividades do terreno de acordo com a mudança nas propriedades elétricas do
meio. Oferece bons resultados para determinação da profundidade do embasamento
rochoso e do nível freático local, assim como identificação de estruturas
verticalizadas tais como falhas e fraturas.
O método requer o uso de 4 (quatro) eletrodos cravados no solo, sendo que um
par deles serve para introduzir uma corrente elétrica (I) no subsolo e o outro par é
utilizado para medir a diferença de potencial (∆v) estabelecida entre eles, decorrente
da passagem da corrente elétrica injetada no solo.
No desenvolvimento das técnicas de Sondagem Elétrica Vertical e
Caminhamento Elétrico, o equipamento utilizado foi uma fonte conversora DC/DC
modelo TDC 1000/12, de 1000W de potência, com entrada de 12V e saída de até
1000V, e até 500mA de corrente fabricada pela TECTROL, 4 carretéis de fios
contendo 500m de fio em cada carretel, 2 eletrodos de corrente, 2 eletrodos de
potencial e 2 multímetros digitais da marca Goldstar.

2.1.1. SONDAGEM ELÉTRICA VERTICAL - SEV


A finalidade de uma SEV é o estudo da distribuição vertical de resistividade
abaixo do ponto investigado (figura 1).

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2

Figura 1. Distribuição das linhas de corrente em subsuperfície

Através dos eletrodos C1 e C2, acoplados ao solo, é aplicada uma corrente


elétrica contínua, que causa uma diferença de potencial nos eletrodos P1 e P2,
também acoplados ao solo.
A diferença de potencial observada nos eletrodos P1 e P2 depende não só da
distância entre cada eletrodo e da corrente injetada no solo, mas também da
resistividade e da espessura do material a ser investigado, segundo a equação:
∆v
ρ= ⋅K
I
onde:
ρ é a resistividade aparente do meio medida em Ohm x m
∆v é a diferença de potencial entre os eletrodos P1 e P2
I é a corrente que passa através dos eletrodos C1 e C2
K é o fator geométrico que depende das distâncias entre C1P1P2 C2.

Existem vários tipos de arranjos de eletrodos que possibilitam o emprego da


técnica da SEV para levantamentos de campo, em especial, para esse
levantamento, foi utilizado o arranjo Schlumberguer. O esquema espacial de
disposição dos eletrodos no campo encontra-se representado na figura 2.

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3

Figura 2. Disposição dos eletrodos no arranjo de campo tipo Schlumberguer

Ao aumentarmos a distância entre os eletrodos C1 e C2, aumenta-se também o


volume de material em sub-superfície investigado, o que permite alcançar camadas
cada vez mais profundas.
Os valores de resistividade aparente medidos no local, são lançados em papel
bilog, onde a abscissa representa a meia distância entre os eletrodos C1 e C2, e a
ordenada os valores de resistividade aparente encontrados. Esta curva após plotada
é interpretada, determinando-se desta forma as espessuras das camadas do solo /
subsolo (subentende-se que cada camada seja gerada a partir de uma
descontinuidade das propriedades físicas do solo, que geralmente refletem uma
mudança litológica).
A interpretação da Sondagem Elétrica Vertical (SEV) pode ser realizada
manualmente através de curvas padrões, utilizando-se um conjunto de curvas
padrão (ábacos), determinando-se assim a resistividade e a espessura de cada
camada geoelétrica definida.
Atualmente a interpretação dos dados de SEV é realizada através da utilização
de softwares, onde pode-se determinar a partir da curva obtida no campo, os
modelos que melhor se encaixam nos dados observados, sendo o melhor ajuste o
modelo adotado.

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4

Modelo determinado a partir da inversão da curva de campo

Figura 3. Exemplo de curva de campo e modelo obtido após a inversão dos dados

Como o método geofísico é um método de levantamento indireto, que se


baseia na mudança das propriedades físicas do solo, a solução adotada para uma
curva de SEV não é única e desta forma deve-se levar em consideração uma
variação nas espessuras e resistividades elétricas assumidas e interpretadas com
sendo uma descontinuidade litológica.
Além do modelo assumido na inversão dos dados de campo, deve-se levar em
consideração que a solução adotada não é única e que pequenas variações nas
camadas podem resultar em modelos equivalentes, com pequenas variações na
curva modelada e diferenças significativas dos valores assumidos.

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5

3. DESCRIÇÃO DO LEVANTAMENTO REALIZADO

O levantamento realizado na área do possível aterro da VCP, localizado


no município de Jacareí/SP contou com a execução de 08 (oito) Sondagens
Elétricas Verticais (SEV’s) dispostos na área conforme apresentado no Mapa-
01.

Os resultados obtidos e a inversão da curva de campo podem ser


observados no ANEXO-I. As sondagens realizadas utilizaram o arranjo
Schlumberguer com AB/2=100 metros, possibilitando investigar profundidades
que variam de 30 a 100 metros.

4. INTERPRETAÇÃO DOS DADOS


Os resultados obtidos nas SEV’s realizadas indicam que o topo rochoso pode
variar de 21 a 60,4 metros (limites determinados pelos valores de máximo e mínimo
das SEV’s interpretadas). Nos modelos assumidos (melhor ajuste) a profundidade
máxima mapeada foi de 47,8 metros.
A determinação destas profundidades dentro do modelo traçado se dá através
de um modelo de equivalência de camadas onde os valores de profundidade e
resistividade de cada pacote interpretado são variáveis, mantendo-se fixa a
resistência transversal da cada uma das camadas.
A área como um todo apresenta valores de resistividade que variam de 70 à
4.200 ohmxm , isto se dá devido à heterogeneidade da litologia que compõe a
geologia do local.
As curvas interpretadas durante o modelamento matemático apresentam
características físicas distintas, que possibilitaram a determinação de modelos
geoelétricos da área que podem variar de 5a 6 camadas.
Litologicamente a área é composta por um modelo de até 6 camadas, sendo
as 4 primeiras caracterizadas por uma alternância entre argilas, argilas arenosas e
areias de granulometria variável de fina a grossa e as duas últimas camadas
caracterizadas pelo manto de alteração da rocha e a rocha sã propriamente dita.

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6

Tabela -01 – Variação da profundidade do NA e do topo rochoso


detectado em cada sondagem realizada

SEV Prof. NA Prof. Rocha

01 17,45 38,51

02 9,05 41,48

03 22,15 29,86

04 14,20 32,96

05 12,90 47,78

06 8,45 22,20

07 16,95 30,18

08 16,50 33,26

Por se tratar de uma área que apresenta sedimentos argilosos, a área de


estudo pode não apresentar uma superfície potenciométrica bem definida, e desta
forma a ocorrência do NA pode variar de acordo com o período de ocorrência de
chauvas na área de estudo.

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5. CONCLUSÕES

As curvas de SEV foram interpretadas considerando o menor número de


camadas para cada curva obtida em campo.
Os modelos assumidos possuem de 5 a 6 horizontes geolelétricos distintos.
Os horizontes determinados a partir das curvas de SEV podem indicar
mudanças litológicas do material e/ou mudanças das propriedades físicas do meio.
O topo do embasamento cristalino pode variar de 21 a 64 metros na área de
estudo levando-se em consideração o melhor ajuste feito pelas curvas de sondagem
elétrica.
Nos perfis construídos levou-se em consideração a litologia observada para
estimar a profundidade do topo rochoso, uma vez que as Sondagens elétricas
executadas permitiram a determinação deste horizonte.
A profundidade do topo rochoso nas sondagens SPT realizadas, na área de
estudo, foram estimadas em função das profundidades obtidas a partir das curvas e
modelos calculados.

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8

6. EQUIPE TÉCNICA

Rinaldo Moreira Marques


Geofísico – MsC Hidrogeologia

Anderson Damasceno de Freitas


Geólogo Jr.

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ANEXO I
Sondagens Elétricas Verticais Interpretadas

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Cliente: Sondosolo Geotecnia e Eng. Ltda Data: novembro, 2.004
Localização: Votorantim Papel e Celulose Sondagem: 01
Cidade: Jacarereí / SP Azimute: 0
Projeto: Levantamento Geofísico Equipamento: TECTROL

Configuração: Schlumberger

Cam. Resistividade Espessura Profundidade Cond. Long Res. Transv.


(Ohmxm) (m) (m) (Siemens). (Ohm x m2)
0.0
1 287.8 0.697 -0.698 0.00242 200.8
2 2725.5 1.48 -2.187 5.465E-04 4059.7
3 879.8 1.94 -4.128 0.00221 1707.9
4 538.3 10.47 -14.601 0.0194 5637.8
5 303.0 23.90 -38.510 0.0788 7246.2
6 3876.5

Análise de Equivalência

Camada Mínimo Melhor Máximo


1 226.104 287.817 327.485
2 2300.122 2725.556 3688.666
Resistividade 3 656.508 879.870 1129.124
(Ohm x m) 4 498.522 538.369 599.886
5 258.414 303.068 349.730
6 2883.837 3876.586 5791.292
1 0.527 0.698 0.815
Espessura 2 1.098 1.490 1.933
3 1.163 1.941 2.738
(m) 4 7.610 10.472 13.360
5 18.702 23.910 29.872
1 0.527 0.698 0.815
Profundidade 2 1.840 2.187 2.603
3 3.421 4.128 4.88
(m) 4 11.716 14.601 17.506
5 35.684 38.510 42.609

Erro: 0.562%

R. Gramadinho, 50. Santana. CEP 02451-002 São Paulo / SP


Fone/Fax.: (011) 6977 1573 email: geopesq@geopesquisa.com.br
Cliente: Sondosolo Geotecnia e Eng. Ltda Data: novembro, 2.004
Localização: Votorantim Papel e Celulose Sondagem: 02
Cidade: Jacarereí / SP Azimute: 0
Projeto: Levantamento Geofísico Equipamento: TECTROL

Configuração: Schlumberger

Cam. Resistividade Espessura Profundidade Cond. Long Res. Transv.


(Ohmxm) (m) (m) (Siemens). (Ohm x m2)
0,0
1 202.8 1.13 -1.13 0.00558 229.7
2 2171.0 5.02 -6.15 0.00231 10908.5
3 986.8 2.93 -9.09 0.00298 2899.3
4 323.5 16.36 -25.45 0.0505 5294.4
5 193.2 16.02 -41.48 0.0829 3097.7
6 1532.0

Análise de Equivalência

Camada Mínimo Melhor Máximo


1 192.592 202.849 212.558
2 1978.809 2171.095 2487.361
Resistividade 3 763.207 986.871 1335.438
(Ohm x m) 4 270.814 323.578 378.126
5 133.320 193.257 295.374
6 1216.134 1532.084 2143.035
1 1.052 1.133 1.213
Espessura 2 4.192 5.024 5.870
3 2.141 2.938 4.109
(m) 4 13.365 16.362 18.948
5 12.007 16.029 26.130
1 1.052 1.133 1.213
Profundidade 2 5.368 6.157 6.976
3 8.425 9.095 9.944
(m) 4 22.441 25.457 28.057
5 36.827 41.486 48.725

Erro: 0.506%

R. Gramadinho, 50. Santana. CEP 02451-002 São Paulo / SP


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Cliente: Sondosolo Geotecnia e Eng. Ltda Data: novembro, 2.004
Localização: Votorantim Papel e Celulose Sondagem: 03
Cidade: Jacarereí / SP Azimute: 0
Projeto: Levantamento Geofísico Equipamento: TECTROL

Configuração: Schlumberger

Cam. Resistividade Espessura Profundidade Cond. Long Res. Transv.


(Ohmxm) (m) (m) (Siemens). (Ohm x m2)
0,0
1 1304.0 1.38 -1.38 0.00106 1804.8
2 561.0 3.12 -4.50 0.00557 1753.4
3 177.7 17.55 -22.06 0.0987 3119.5
4 77.85 7.79 -29.86 0.100 607.0
5 1416.5

Análise de Equivalência

Camada Mínimo Melhor Máximo


1 1266.213 1304.020 1317.895
Resistividade 2 488.082 561.007 600.079
(Ohm x m) 3 170.705 117.704 183.728
4 48.315 77.850 132.532
5 1119.691 1416.551 1741.275
1 1.321 1.384 1.569
Espessura 2 2.941 3.126 3.388
(m) 3 14.981 17.555 19.921
4 5.031 7.797 13.294
1 1.321 1.384 1.569
Profundidade 2 4.263 4.510 4.926
(m) 3 19.336 22.064 24.513
4 26.545 29.862 35.408

Erro: 0.761%

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Cliente: Sondosolo Geotecnia e Eng. Ltda Data: novembro, 2.004
Localização: Votorantim Papel e Celulose Sondagem: 04
Cidade: Jacarereí / SP Azimute: 0
Projeto: Levantamento Geofísico Equipamento: TECTROL

Configuração: Schlumberger

Cam. Resistividade Espessura Profundidade Cond. Long Res. Transv.


(Ohmxm) (m) (m) (Siemens). (Ohm x m2)
0,0
1 784.9 0.795 -0.795 0.00101 624.7
2 4311.9 1.26 -2.05 0.2925 5438.6
3 777.5 3.99 -6.04 0.00513 3103.3
4 411.8 5.67 -11.72 0.0137 2337.4
5 219.8 21.24 -32.96 0.0966 4669.7
6 5935.1

Análise de Equivalência

Camada Mínimo Melhor Máximo


1 629.670 784.958 889.901
2 3379.800 4311.983 5772.875
Resistividade 3 627.293 777.551 1146.989
(Ohm x m) 4 328.500 411.839 528.789
5 184.346 219.857 258.136
6 3826.349 5935.194 11747.449
1 0.589 0.796 0.961
Espessura 2 0.903 1.261 1.725
3 3.076 3.991 5.292
(m) 4 3.716 5.676 8.323
5 16.312 21.240 27.017
1 0.589 0.796 0.961
Profundidade 2 1.750 2.057 2.473
3 4.922 6.048 7.357
(m) 4 10.080 11.724 14.086
5 30.322 32.964 37.149

Erro: 0.876%

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Cliente: Sondosolo Geotecnia e Eng. Ltda Data: novembro, 2.004
Localização: Votorantim Papel e Celulose Sondagem: 05
Cidade: Jacarereí / SP Azimute: 0
Projeto: Levantamento Geofísico Equipamento: TECTROL

Configuração: Schlumberger

Cam. Resistividade Espessura Profundidade Cond. Long Res. Transv.


(Ohmxm) (m) (m) (Siemens). (Ohm x m2)
0,0
1 897.2 0.972 -0.972 0.00108 872.5
2 2651.7 10.54 -11.51 0.00398 27959.5
3 1021.7 7.14 -18.66 0.00700 7303.0
4 443.2 11.54 -30.20 0.0260 5117.3
5 253.7 17.57 -47.78 0.0692 4459.7
6 3498.9

Análise de Equivalência

Camada Mínimo Melhor Máximo


1 853.591 897.293 936.787
2 2608.204 2651.784 2701.634
Resistividade 3 829.465 1021.719 1248.898
(Ohm x m) 4 321.017 443.257 536.864
5 178.531 253.786 499.033
6 2670.494 3498.922 5022.523
1 0.895 0.972 1.045
Espessura 2 9.900 10.544 11.246
3 5.546 7.148 9.011
(m) 4 9.443 11.545 14.760
5 11.815 17.573 28.792
1 0.895 0.972 1.045
Profundidade 2 10.884 11.516 12.215
3 17.363 18.664 20.261
(m) 4 27.837 30.209 33.097
5 43.134 47.782 60.403

Erro: 0.425%

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Cliente: Sondosolo Geotecnia e Eng. Ltda Data: novembro, 2.004
Localização: Votorantim Papel e Celulose Sondagem: 06
Cidade: Jacarereí / SP Azimute: 0
Projeto: Levantamento Geofísico Equipamento: TECTROL

Configuração: Schlumberger

Cam. Resistividade Espessura Profundidade Cond. Long Res. Transv.


(Ohmxm) (m) (m) (Siemens). (Ohm x m2)
0,0
1 348.0 1.60 -1.60 0.00463 560.2
2 95.34 1.04 -2.65 0.0109 99.57
3 166.7 1.41 -4.06 0.00848 235.8
4 120.6 4.43 -8.50 0.0367 535.6
5 78.45 13.69 -22.20 0.174 1074.3
6 866.1

Análise de Equivalência

Camada Mínimo Melhor Máximo


1 344.053 348.017 356.225
2 82.886 95.341 121.399
Resistividade 3 135.318 166.776 188.967
(Ohm x m) 4 106.920 120.685 134.506
5 71.041 78.455 88.711
6 803.186 866.136 1012.904
1 1.475 1.610 1.675
Espessura 2 0.785 1.044 1.740
3 0.978 1.414 2.017
(m) 4 3.430 4.439 5.619
5 11.841 13.693 16.709
1 1.475 1.610 1.675
Profundidade 2 2.401 2.654 3.341
3 3.627 4.068 4.748
(m) 4 7.386 8.507 9.647
5 21.058 22.200 24.117

Erro: 0.546%

R. Gramadinho, 50. Santana. CEP 02451-002 São Paulo / SP


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Cliente: Sondosolo Geotecnia e Eng. Ltda Data: novembro, 2.004
Localização: Votorantim Papel e Celulose Sondagem: 07
Cidade: Jacarereí / SP Azimute: 0
Projeto: Levantamento Geofísico Equipamento: TECTROL

Configuração: Schlumberger

Cam. Resistividade Espessura Profundidade Cond. Long Res. Transv.


(Ohmxm) (m) (m) (Siemens). (Ohm x m2)
0,0
1 292.1 0.786 -0.786 0.00269 229.7
2 3642.4 5.06 -5.84 0.00139 18.433.5
3 970.9 4.50 -10.35 0.00464 4372.9
4 311.6 6.59 -16.95 0.0211 2057.0
5 127.5 13.23 -30.18 0.103 1687.4
6 1549.7

Análise de Equivalência

Camada Mínimo Melhor Máximo


1 267.287 292.183 372.474
2 3315.383 3642.432 5801.965
Resistividade 3 608.089 970.959 1616.728
(Ohm x m) 4 197.748 311.697 631.586
5 60.119 127.530 218.368
6 1129.687 1549.714 3183.975
1 0.704 0.786 1.077
Espessura 2 2.904 5.061 5.768
3 3.105 4.504 7.090
(m) 4 3.397 6.600 11.238
5 6.488 13.232 22.829
1 0.704 0.786 1.077
Profundidade 2 3.870 5.847 6.529
3 9.153 10.351 12.327
(m) 4 14.649 16.951 20.951
5 24.207 30.182 38.549

Erro: 1.668%

R. Gramadinho, 50. Santana. CEP 02451-002 São Paulo / SP


Fone/Fax.: (011) 6977 1573 email: geopesq@geopesquisa.com.br
Cliente: Sondosolo Geotecnia e Eng. Ltda Data: novembro, 2.004
Localização: Votorantim Papel e Celulose Sondagem: 08
Cidade: Jacarereí / SP Azimute: 0
Projeto: Levantamento Geofísico Equipamento: TECTROL

Configuração: Schlumberger

Cam. Resistividade Espessura Profundidade Cond. Long Res. Transv.


(Ohmxm) (m) (m) (Siemens). (Ohm x m2)
0,0
1 1324.3 1.59 -1.59 0.00120 2110.2
2 2840.1 5.70 -7.29 0.00201 16200.1
3 908.4 9.25 -16.55 0.0101 8409.2
4 406.7 16.70 -33.26 0.0410 6795.4
5 4756.7

Análise de Equivalência

Camada Mínimo Melhor Máximo


1 1294.529 1324.347 1349.274
Resistividade 2 2691.594 2840.161 2993.964
3 786.781 908.433 1119.288
(Ohm x m) 4 336.615 406.732 484.018
5 4030.554 4756.786 6180.384
1 1.458 1.593 1.7212
Espessura 2 4.914 5.704 6.455
(m) 3 7.301 9.257 10.926
4 13.043 16.707 20.979
1 1.458 1.593 1.721
Profundidade 2 6.582 7.297 7.949
(m) 3 14.496 16.554 18.295
4 30.909 33.262 36.461

Erro: 0.475%

R. Gramadinho, 50. Santana. CEP 02451-002 São Paulo / SP


Fone/Fax.: (011) 6977 1573 email: geopesq@geopesquisa.com.br
ANEXO M – PERFIS DE INTEGRAÇÃO ESTRATIGRÁFICO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
C
SEV-01

A SEV-08

SEV-04

SEV-03
SEV-07

SEV-02

SEV-05

B
D E SEV-06
Perfil - 01
A-B

SE NW
740
730
720

8
710

V-0
700

SE

4
690

V-0
1324.3
2840.1

680

SE

-09
-05
908.4

5
784.9

V-0

SP
4311.9

670

SP
777.5

-07
411.8
406.7

SE
660 Areia argilosa Areia argilo-siltosa

SP
Areia siltosa Areia siltosa
897.2
219.8 Silte argiloso

650 Argila silto arenosa

Areia argilo siltosa


2651.7
Areia argilosa

Areia silto-argilosa
Silte arenoso
Silte arenoso muito compacto
Topo Rochoso
640 Silte areno argiloso Argila siltosa Silte muito arenoso
1021.7
Areia argilo siltosa

4756.7
Sondagem paralizada

630 Sondagem paralizada


pelo contratante
443.2 pelo contratante

620 Topo Rochoso


253.7

610 5935.1

? Topo Rochoso ?
Topo Rochoso

600
Topo Rochoso

3876,5
3498.9

590
580

0 50 100 150 200 250 300 metros

Perfil - 02
C-D NW
SE
05
740 SP-
730
1
V-0

720 -04
SEV
SE

710
-01

287,80

700 2725,5
879,8
SP

538,3

690

-04

2
Argila arenosa

V-0
SP
680 Areia argilo-siltosa
Argila siltosa

-08
303,0 Argila arenosa

SE

-10
Argila areno siltosa

670 Argila arenosa

SP
Sondagem paralizada
202,8

SP
pelo contratante Argila arenosa orgânica
Areia siltosa
660 Areia argilosa
2171,0
986,8 Argila arenosa
Areia argilosa Argila silto arenosa
Argila arenosa
650 Topo Rochoso ?
Sondagem paralizada
pelo contratante
323,5
Areia média a fina
Areia argilo-siltosa
Areia argilosa
Silte arenoso

640 3876,5 ? Topo Rochoso ?


Sondagem paralizada
pelo contratante
193,2
630 Areia siltosa

? Topo Rochoso Sondagem paralizada

620 pelo contratante

Topo Rochoso ?

610
? Topo Rochoso ?

600 1532,0

590
580
0 50 100 150 200 250 300 350 400 metros

Perfil - 03
C-E
NE SW
740
730
a
rad
1

720
V-0

Est

710
-03
SE

3-

287,80

700
SP

2725,5
879,8
V-0

538,3

690 Argila - solo


Areia fina argilosa
SE

Argila arenosa
Areia argilosa

680 303,0
Argila arenosa 1304,0
561,0
-06

670 Impenetrável
177,7
SP

660 Topo Rochoso


6
77,85 Silte areno argiloso

650
V-0

Topo Rochoso Silte argilo arenoso


Silte arenoso
Areia siltosa
SE

640 3876,5
Silte arenoso
Sondagem paralizada
pelo contratante 348,0

630 Topo Rochoso


95,3
166,7
120,6

620 78,4
1416,5
Topo Rochoso
610
600 866,1

590
580
0 50 100 150 200 250 300 350 400 metros
ANEXO N – ENSAIOS DE INFILTRAÇÃO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
Sondosolo Geotecnia e Engenharia Ltda.
.
CLIENTE: VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL S/A - VCP REF.:

LOCAL : Aterro Industrial – Jacareí / SP GE-11010

SP. 04 DATA: 26/10/2004 ENG. DES. N.º 12006

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,038
0,35 m
02 0,080
03 0,112
04 0,145
*NFE 05 0,175
06 0,206
Lençol Freático 07 0,238
3,35 m
08 0,270
09 0,302
10 0,330
∅ int. tub 6,35 15 0,520
20 0,720
Sapata 25 0,905
30 1,015
35 1,200
40 1,455
∅ Furo 6,10 cm 45 1,660
0,50 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 01 REBAIXAMENTOS


DATA: 26/10/04 Leituras individuais:

PROF. DO FURO: 3,50 m Leituras acumuladas: X

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 1,09 x 10-5 cm/seg

OBSERVAÇÕES: *NFE = Não Foi Encontrado.

Estr. da Servidão, s/nº - Pq. Imperador - Fone/Fax: (19) 3756-1400 - e-mail: sondosolo@sondosolo.com.br
Correspondência: Caixa Postal 7089 – CEP 13076-970 – Campinas / SP
Sondosolo Geotecnia e Engenharia Ltda.
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LOCAL : Aterro Industrial – Jacareí / SP GE-11010

SP. 04 DATA: 26/10/2004 ENG. DES. N.º 12007

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,063
0,40 m
02 0,125
03 0,190
04 0,247
*NFE 05 0,298
06 0,342
Lençol Freático 07 0,380
6,40 m
08 0,424
09 0,470
10 0,515
∅ int. tub 6,35 15 0,735
20 0,955
Sapata 25 1,180
30 1,390
35 1,615
40 1,830
∅ Furo 6,10 cm 45 2,000
0,50 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 02 REBAIXAMENTOS


DATA: 26/10/04 Leituras individuais:

PROF. DO FURO: 6,50 m Leituras acumuladas: X

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 4,90 x 10-6 cm/seg

OBSERVAÇÕES: *NFE = Não Foi Encontrado.

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SP. 04 DATA: 26/10/2004 ENG. DES. N.º 12008

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,038
0,30 m
02 0,072
03 0,107
04 0,141
7,85m 05 0,173
06 0,205
Lençol Freático 07 0,236
8,80 m
08 0,268
09 0,299
10 0,332
∅ int. tub 6,35 15 0,490
20 0,648
Sapata 25 0,805
30 0,958
35 1,109
40 1,260
∅ Furo 6,10 cm 45 1,415
0,50 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 03 REBAIXAMENTOS


DATA: 26/10/04 Leituras individuais:

PROF. DO FURO: 9,50 m Leituras acumuladas: X

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 5,72 x 10-6 cm/seg

OBSERVAÇÕES:

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SP. 05 DATA: 26/10/2004 ENG. DES. N.º 12009

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,100
0,30 m
02 0,190
03 0,280
04 0,360
*NFE 05 0,440
06 0,510
Lençol Freático 07 0,590
3,30 m
08 0,660
09 0,730
10 0,795
∅ int. tub 6,35 15 1,125
20 1,455
Sapata 25 1,755
30 2,065
35 2,385
40 2,710
∅ Furo 6,10 cm 45 3,025
0,50 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 01 REBAIXAMENTOS


DATA: 26/10/04 Leituras individuais:

PROF. DO FURO: 3,50 m Leituras acumuladas: X

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 2,03 x 10-5 cm/seg

OBSERVAÇÕES: *NFE = Não Foi Encontrado.

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SP. 05 DATA: 27/10/2004 ENG. DES. N.º 12010

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,007
0,30 m
02 0,015
03 0,025
04 0,035
*NFE 05 0,046
06 0,057
Lençol Freático 07 0,070
6,30 m
08 0,083
09 0,095
10 0,120
∅ int. tub 6,35 15 0,190
20 0,258
Sapata 25 0,323
30 0,390
35 0,458
40 0,525
∅ Furo 6,10 cm 45 0,595
0,50 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 02 REBAIXAMENTOS


DATA: 27/10/04 Leituras individuais:

PROF. DO FURO: 6,50 m Leituras acumuladas: X

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 1,49 x 10-6 cm/seg

OBSERVAÇÕES: *NFE = Não Foi Encontrado.

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SP. 05 DATA: 27/10/2004 ENG. DES. N.º 12011

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,25
0,30 m
02 0,048
03 0,075
04 0,101
*NFE 05 0,125
06 0,155
Lençol Freático 07 0,173
9,30 m
08 0,200
09 0,228
10 0,253
∅ int. tub 6,35 15 0,380
20 0,500
Sapata 25 0,629
30 0,750
35 0,880
40 1,005
∅ Furo 6,10 cm 45 1,137
0,50 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 03 REBAIXAMENTOS


DATA: 27/10/04 Leituras individuais:

PROF. DO FURO: 9,50 m Leituras acumuladas: X

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 1,53 x 10-6 cm/seg

OBSERVAÇÕES: *NFE = Não Foi Encontrado.

Estr. da Servidão, s/nº - Pq. Imperador - Fone/Fax: (19) 3756-1400 - e-mail: sondosolo@sondosolo.com.br
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SP. 07 DATA: 27/10/2004 ENG. DES. N.º 12012

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,290
0,30 m
02 0,555
03 0,825
04 1,075
*NFE 05 1,305
06 1,515
Lençol Freático 07 1,730
3,30 m
08 1,930
09 2,130
10 2,325
∅ int. tub 6,35 15 3,315
20 4,295
Sapata 25 5,270
30 6,240
35 7,210
40 8,185
∅ Furo 6,10 cm 45 9,155
0,50 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 01 REBAIXAMENTOS


DATA: 27/10/04 Leituras individuais:

PROF. DO FURO: 3,50 m Leituras acumuladas: X

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 6,17 x 10-5 cm/seg

OBSERVAÇÕES: *NFE = Não Foi Encontrado.

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SP. 07 DATA: 27/10/2004 ENG. DES. N.º 12013

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,060
0,40 m
02 0,115
03 0,180
04 0,240
*NFE 05 0,298
06 0,360
Lençol Freático 07 0,425
5,90 m
08 0,480
09 0,545
10 0,602
∅ int. tub 6,35 15 0,915
20 1,210
Sapata 25 1,500
30 1,805
35 2,100
40 2,405
∅ Furo 6,10 cm 45 2,700
1,00 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 02 REBAIXAMENTOS


DATA: 27/10/04 Leituras individuais:

PROF. DO FURO: 6,50 m Leituras acumuladas: X

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 6,61 x 10-6 cm/seg

OBSERVAÇÕES: *NFE = Não Foi Encontrado.

Estr. da Servidão, s/nº - Pq. Imperador - Fone/Fax: (19) 3756-1400 - e-mail: sondosolo@sondosolo.com.br
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LOCAL : Aterro Industrial – Jacareí / SP GE-11010

SP. 07 DATA: 28/10/2004 ENG. DES. N.º 12014

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,025
0,35 m
02 0,060
03 0,090
04 0,125
8,28m 05 0,145
06 0,170
Lençol Freático 07 0,195
8,85 m
08 0,225
09 0,250
10 0,280
∅ int. tub 6,35 15 0,410
20 0,535
Sapata 25 0,660
30 0,785
35 0,915
40 1,040
∅ Furo 6,10 cm 45 1,165
1,00 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 03 REBAIXAMENTOS


DATA: 28/10/04 Leituras individuais:

PROF. DO FURO: 9,50 m Leituras acumuladas: X

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 2,77 x 10-6 cm/seg

OBSERVAÇÕES:

Estr. da Servidão, s/nº - Pq. Imperador - Fone/Fax: (19) 3756-1400 - e-mail: sondosolo@sondosolo.com.br
Correspondência: Caixa Postal 7089 – CEP 13076-970 – Campinas / SP
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.
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LOCAL : Aterro Industrial – Jacareí / SP GE-11010

SP. 08 DATA: 26/10/2004 ENG. DES. N.º 12015

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 1,540
0,30 m
02 1,580
03 1,490
04 1,700
*NFE 05 1,740
06 1,720
Lençol Freático 07 1,680
3,30m
08 1,670
09 1,680
10 1,700
∅ int. tub 6,35 15 5,200
20 5,300
Sapata 25 5,350
30 4,980
35 5,100
40 5,150
∅ Furo 6,10 cm 45 5,260
0,50 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 01 REBAIXAMENTOS


DATA: 26/10/04 Leituras individuais: X

PROF. DO FURO: 3,50 m Leituras acumuladas:

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 3,56 x 10-4 cm/seg

OBSERVAÇÕES: *NFE = Não Foi Encontrado.

Estr. da Servidão, s/nº - Pq. Imperador - Fone/Fax: (19) 3756-1400 - e-mail: sondosolo@sondosolo.com.br
Correspondência: Caixa Postal 7089 – CEP 13076-970 – Campinas / SP
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LOCAL : Aterro Industrial – Jacareí / SP GE-11010

SP. 08 DATA: 26/10/2004 ENG. DES. N.º 12016

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,110
0,30 m
02 0,175
03 0,235
04 0,300
*NFE 05 0,355
06 0,415
Lençol Freático 07 0,480
6,30 m
08 0,540
09 0,600
10 0,665
∅ int. tub 6,35 15 0,990
20 1,260
Sapata 25 1,550
30 1,890
35 2,195
40 2,450
∅ Furo 6,10 cm 45 2,755
0,50 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 02 REBAIXAMENTOS


DATA: 26/10/04 Leituras individuais:

PROF. DO FURO: 6,50 m Leituras acumuladas: X

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 6,92 x 10-6 cm/seg

OBSERVAÇÕES: *NFE = Não Foi Encontrado.

Estr. da Servidão, s/nº - Pq. Imperador - Fone/Fax: (19) 3756-1400 - e-mail: sondosolo@sondosolo.com.br
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LOCAL : Aterro Industrial – Jacareí / SP GE-11010

SP. 08 DATA: 26/10/2004 ENG. DES. N.º 12017

ENSAIO DE INFILTRAÇÃO

Boca do Revestimento

TEMPO
INFILTRAÇÃO
DECORRIDO
(L I T R O S)
MINUTOS
Superfície do
Terreno 01 0,020
0,30 m
02 0,045
03 0,073
04 0,098
*NFE 05 0,125
06 0,150
Lençol Freático 07 0,170
9,35 m
08 0,202
09 0,225
10 0,250
∅ int. tub 6,35 15 0,380
20 0,503
Sapata 25 0,625
30 0,745
35 0,870
40 0,993
∅ Furo 6,10 cm 45 1,120
0,50 m
Fundo do Furo

ENSAIO N.º 03 REBAIXAMENTOS


DATA: 26/10/04 Leituras individuais: X

PROF. DO FURO: 9,50 m Leituras acumuladas:

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE K = 1,49 x 10-6 cm/seg

OBSERVAÇÕES: *NFE = Não Foi Encontrado.

_________________________________________________________________

Estr. da Servidão, s/nº - Pq. Imperador - Fone/Fax: (19) 3756-1400 - e-mail: sondosolo@sondosolo.com.br
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ANEXO O – ENSAIOS GEOTÉCNICOS DO SOLO

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc
ANEXO P – ART DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO RAP

K:\2005\Servicos\EPASC\VCPJ-03-0717\RAP\071703-1-04-0.doc

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