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ABERTO ABSOLUTISMO

Peirce introduziu o termo abduction (ou mim, salvá-la-á". Por isso nos Evangelhos, a
retroductíon) para indicar o primeiro momento noção de abnegação não é uma noção de mo-
do processo indutivo, o da escolha de uma ral ascética, mas exprime o ato da renovação
hipótese que possa servir para explicar determi- cristã, pelo qual da negação do homem velho
nados fatos empíricos (Coll. Pap., 2.643). nasce o homem novo ou espiritual.
ABERTO (in. Open; fr. Oiwert; it. Aperto). ABSOLUTISMO (in. Absolutisni; fr. Absolu-
Adjetivo empregado freqüentemente em sen- tisme, ai. Absolutismus; it. Assolutismo). Termo
tido metafórico na linguagem comum e filo- cunhado na primeira metade do séc. XVIII para
sófica para indicar atitudes ou instituições que indicar toda doutrina que defenda o "poder ab-
admitem a possibilidade de participação ou co- soluto" ou a "soberania absoluta" do Estado. No
municação ampla ou até mesmo universal. Um seu sentido político original, esse termo agora
"espírito aberto" é um espírito acessível a su- designa: le o A. utopista de Platão em Repú-
gestões, conselhos, críticas que lhe vêm dos blica; 2- o A. papal afirmado por Gregório VII
outros ou da própria situação e que está dis- e por Bonifácio VIII, que reivindica para o Papa,
posto a levar em conta, isto é, sem preconcei- como representante de Deus sobre a Terra, a
tos, tais sugestões. Uma "sociedade aberta" é plenitudopotestatis, isto é, a soberania absoluta
uma sociedade que possibilita a correção de sobre todos os homens, inclusive os príncipes,
suas instituições por vias pacíficas (K. POPPER, os reis e o imperador; 3Q o A. monárquico do
The Open Society and it Enemies, Londres, séc. XVI, cujo defensor é Hobbes; 4B o A. demo-
1945). Bergson deu o nome de sociedade aber- crático, teorizado por Rousseau no Contrato so-
ta àquela que "abraça a humanidade inteira" cial, por Marx e pelos escritores marxistas como
(Deux sources, 1932,1; trad. ital., p. 28). C. Morris "ditadura do proletariado". Todas essas formas
falou de um "eu aberto" (The Open Self, 1948), do A. defendem igualmente, embora com moti-
A. Capitini de uma "religião aberta" (Religione vos ou fundamentos vários, a exigência de que
aperta, 1955). o poder estatal seja exercido sem limitações ou
AB ESSE AD POSSE. É uma das consequen- restrições. A exigência oposta, própria do libe-
tiaeformales (v. CONSEQÜÊNCIA) da Lógica Esco- ralismo (v.), é a que prescreve limites e restri-
lástica; ab esse ad posse valet (tenef) con- ções para o poder estatal.
sequentia, ou, com maior rigor, ab Ma de inesse No uso filosófico corrente, esse termo não
valet (tenet) Ma depossibili; isto é: de "'p' é ver- se restringe mais a indicar determinada doutri-
dadeira" segue-se que "'p' é possível". G. P. na política, mas estende-se à designação de
AB INVTDIA. Assim Wolff denomina "as ra- toda e qualquer pretensão doutrinai ou prática
zões com as quais se provoca ódio contra as ao absoluto, em qualquer campo que seja con-
opiniões dos outros" (Log., § 1.049). É o assunto siderado. Diz, p. ex., Reiehenbach (The Theory
preferido pelos "perseguidores", isto é, por of Probabílíty, p. 378): "Devemos renunciar a
aqueles "que, com o pretexto de defender a todos os resíduos do A. para compreender o
verdade, procuram levar os adversários ao pe- significado da interpretação, em termos de fre-
rigo de perderem a fama, a fortuna ou a vida" qüência, de uma asserção de probabilidade em
(Ibid., § 1.051). torno de um caso individual. Não há lugar para
ABISSAL, PSICOLOGIA. V. PSICOLOGIA, E. o A. na teoria das asserções de probabilidade
ABNEGAÇÃO (gr. à7rápvr|Oiç; lat. Abnega- referentes à realidade física. Tais asserções são
tio-, in. Self-denial; fr. Abnégation; ai. Verleu- usadas como regras de conduta, como regras
gnung- it. Abnegacione). É a negação de si que determinam a conduta mais eficaz em
mesmo e a disposição de pôr-se a serviço dos dado estágio do conhecimento. Quem quiser
outros ou de Deus, com o sacrifício dos pró- encontrar algo a mais nessas asserções des-
prios interesses. Assim é descrita essa noção no cobrirá no fim que perseguiu uma quimera". O A.
Evangelho (Mat., XVI, 24; Luc, IX, 23): "Se al- filosófico não é tanto de quem fala do Absoluto
guém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, ou de quem lhe reconhece a existência, mas de
e tome cada dia a sua cruz". Essa negação de si quem afirma que o próprio absoluto apoia suas
mesmo, porém, não é a perda de si mesmo, palavras e lhes dá a garantia incondicional de ve-
mas, antes, o reencontro do verdadeiro "si racidade. Nesse sentido, o protótipo do A.
mesmo", como se explica no versículo seguin- doutrinai é o Idealismo romântico, segundo o
te: "pois quem quiser conservar a sua vida, qual, na filosofia, não é o filósofo como ho-
perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por mem que se manifesta e fala, mas o próprio
ABSOLUTO ABSOLUTO

Absoluto que chega à sua consciência e se ma- A grande voga filosófica desse termo deve-
nifesta. se ao Romantismo. Fichte fala de uma "dedu-
ABSOLUTO (in. Absolute; fr. Absolu; ai. ção A.", de "atividade A.", de "saber A.", de "re-
Absoluto; it. Assoluto). O termo latino absolutas flexão A.", de "Eu A.", para indicar, com esta
(desligado de, destacado de, isto é, livre de última expressão, o Eu infinito, criador do
toda relação, independente) provavelmente mundo. E na segunda fase de sua filosofia,
corresponde ao significado do termo grego quando procura interpretar o Eu como Deus,
kath' auto (ou por si) a propósito do qual diz usa a palavra de modo tão abusivo que beira o
Aristóteles: "Por si mesmo e enquanto ele mes- ridículo: "O A. é absolutamente aquilo que é,
mo ésignificam a mesma coisa; p. ex.: o ponto repousa sobre si e em si mesmo absolutamen-
e a noção de reta pertencem à linha por si por- te", "Ele é o que é absolutamente porque é por
que pertencem à linha enquanto linha" (An. si mesmo... porque junto ao A. não permanece
post., I, 4, 73 b 30 ss.). Nesse sentido, essa nada de estranho, mas esvai-se tudo o que não
palavra qualificaria uma determinação que per- é o A." (Wissenschaftslehre, 1801, §§ 5 e 8;
tence a uma coisa pela própria substância ou Werke, II, pp. 12, 16). A mesma exageração
essência da coisa, portanto, intrinsecamente. dessa palavra acha-se em Schelling, que, assim
Esse é um dos dois significados da palavra dis- como Fichte da segunda maneira, emprega,
tinguidos por Kant, o que ele considera mais além disso, o substantivo "A." para designar o
difundido, mas menos preciso. Nesse sentido, princípio infinito da realidade, isto é, Deus. O
"absolutamente possível" significa possível "em mesmo uso da palavra reaparece em Hegel,
si mesmo" ou "intrinsecamente" possível. Des- para quem, como para Fichte e Schelling, o A.
se significado Kant distingue o outro, que con- é, ao mesmo tempo, o objeto e o sujeito da
sidera preferível, segundo o qual essa palavra filosofia e, embora definido de várias formas,
significaria "sob qualquer relação"; nesse caso, permanece caracterizado pela sua infinida-
"absolutamente possível" significaria possível de positiva no sentido de estar além de to-
sob todos os aspectos ou sob todas as relações da realidade finita e de compreender em si
(Crít. R. Pura, Dial. transe, Conceitos da razão toda realidade finita. O princípio formulado na
pura, seç. II). Fenomenologia (Pref.) de que "o A. é essen-
Esses dois significados se mantêm ainda no cialmente o resultado" e de que "só no fim está
uso genérico dessa palavra, mas o segundo o que é em verdade" leva Hegel a chamar de
prevalece, talvez por ser menos dogmático e Espírito A. os graus últimos da realidade, aque-
não fazer apelo ao misterioso em si ou à natu- les em que ela se revela a si mesma como
reza intrínseca das coisas. P. ex., dizer "Isto é Princípio autoconsciente infinito na religião, na
absolutamente verdadeiro" pode eqüivaler a arte e na filosofia. O Romantismo fixou assim o
dizer "Esta proposição contém em si mesma uso dessa palavra tanto como adjetivo quanto
uma garantia de verdade"; rna.s pode também como substantivo. Segundo esse uso, a pala-
querer dizer "Esta proposição foi amplamente vra significa "sem restrições", "sem limitações",
verificada e nada há ainda que possa provar "sem condições"; e como substantivo significa
que ela é falsa"; este segundo significado é a Realidade que é desprovida de limites ou
menos dogmático do que o primeiro. Assim, condições, a Realidade Suprema, o "Espírito"
responder "Absolutamente não" a uma pergunta ou "Deus". Já Leibniz dissera: "O verdadeiro in-
ou a um pedido significa simplesmente avisar finito, a rigor, nada mais é que o A." (Nouv. ess.,
que este "não" está solidamente apoiado por II, 17, § 1). E na realidade esse termo pode ser
boas razões e será mantido. Esses usos comuns considerado sinônimo de "Infinito" (v.). Em vis-
do termo correspondem ao uso filosófico que, ta da posição central que a noção de infinito
genericamente, é o de "sem limites", "sem res- ocupa no Romantismo (v.), entende-se por que
trições", e portanto "ilimitado" ou "infinito". esse sinônimo foi acolhido e muito utilizado no
Muito provavelmente a difusão dessa palavra, período romântico. Na França, essa palavra foi
que tem início no séc. XVIII (embora tenha importada por Cousin, cujos vínculos com o
sido Nicolau de Cusa que definiu Deus como o Romantismo alemão são conhecidos. Na In-
A., De docta ignor, II, 9), é devida à lingua- glaterra, foi introduzida por William Hamilton,
gem política e a expressões como "poder A.", cujo primeiro livro foi um estudo sobre a Filo-
"monarquia A.", etc, nas quais a palavra signi- sofia de Cousin (1829); e essa noção tornou-se
fica claramente "sem restrições" ou "ilimitado". a base das discussões sobre a cognoscibilida-

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