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CONSERVAÇÃO
EXTINTA (EX)
Um taxon é considerado Extinto quando não restam quaisquer dúvidas de que o último indivíduo
tenha morrido. Um táxon está presumivelmente Extinto quando exaustivos levantamentos no
habitat conhecido e/ou potencial, em períodos apropriados (do dia, estação e ano), realizadas em
toda a sua área de distribuição histórica, falharam em registrar a espécie. As prospecções devem ser
feitas durante um período de tempo adequado ao ciclo de vida e forma biológica do táxon em
questão.
Um taxon está extinto na natureza quando sua sobrevivência é conhecida apenas em cultivo,
cativeiro ou como uma população (ou populações) naturalizada fora da sua área de distribuição
natural. Um taxon está presumivelmente Extinto na Natureza quando exaustivos levantamentos no
habitat conhecido e/ou potencial, em períodos apropriados (do dia, estação e ano), realizadas em
toda a sua área de distribuição histórica, falharam em registrar a espécie. As prospecções devem ser
feitas durante um período de tempo adequado ao ciclo de vida e forma biológica do táxon em
questão.
Categoria para um taxon quando não há dúvida razoável de que o último indivíduo potencialmente
capaz de se reproduzir na região tenha morrido ou desaparecido da natureza, ou no caso de ser um
taxon visitante, o último indivíduo tenha morrido ou desaparecido da natureza, na região. A fixação
de limite de tempo para a inclusão como RE não deve ser anterior a 1500 D.C.
EM PERIGO (EN)
VULNERÁVEL (VU)
Um taxon está Vulnerável quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre
qualquer um dos critérios A a E para Vulnerável, e por isso considera-se que está enfrentando um
risco alto de extinção na natureza.
Um taxon é considerado Quase Ameaçado quando, ao ser avaliado pelos critérios, não se qualifica
atualmente como Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável, mas está perto da qualificação
ou é provável que venha a se enquadrar em uma categoria de ameaça num futuro próximo.
Um taxon é considerado Menos Preocupante quando é avaliado pelos critérios e não se qualifica
como Criticamente em Perigo, Em Perigo, Vulnerável ou Quase Ameaçado. Taxa de distribuição
ampla e taxa abundantes são incluídos nesta categoria.
Um taxon é considerado com Dados Insuficientes quando não há informação adequada para fazer
uma avaliação direta ou indireta do seu risco de extinção, com base na sua distribuição e/ou estado
da população. Um taxon nesta categoria pode estar bem estudado e a sua biologia ser bem
conhecida, mas faltam dados adequados sobre a sua distribuição e/ou abundância. Classificar um
taxon nesta categoria indica que é necessário mais informação e que se reconhece a possibilidade de
que pesquisas futuras poderão mostrar que a classificação em uma categoria de ameaça seja
apropriada. É importante que seja feito uso de toda informação disponível. Se há pouca informação
sobre a espécie, mas existe suspeita de que alguma ameaça ocorra sobre ela, mais estudos são
necessários e deve ser classificada como DD. Por outro lado, ainda que não se tenha muitas
informações sobre a espécie, mas há indícios de que seja comum, com alta resiliência ou que tenha
distribuição ampla, deve ser enquadrada como LC.
Categoria de um taxon considerado inelegível para ser avaliado em nível regional.Um taxon pode ser
NA por não ser uma população selvagem ou não estar dentro da sua distribuição natural, ou por ser
um errante na região. Também pode ser NA porque ocorre em números muito baixos na região ou
trata-se de um nível taxonômico mais baixo do que o considerado elegível (abaixo do nível de
espécie ou subespécie).
Um taxon é dito Não Avaliado quando ainda não foi avaliado sob os critérios UICN.
Espécies endêmicas
•Não ocorrem em nenhum outro lugar
•Causas endemismo
Classificando endêmicos
•Por idade
–Paleoendêmicos
ESPÉCIES RARAS
•Baixa abundância
Ex. Napauka endêmica ao vulcão Kilauea. Seus frutos são comidos por aves endêmicas
•Não !
•Espécies podem ser muito abundantes em sua área de ocorrência (ex. Madagascar
e Hawai)
•Fatores da espécie
–Tamanho do corpo
–Longevidade
–Habilidade de dispersão
–Nível trófico
•Fatores ambientais
–Freqüência de catástrofes
–Tamanho da área
–Isolamento
Espécies-chave
UMA
Espécies cuja importância para a comunidade e eco-estrutura do sistema,
composição e função é dis-proporcionalmente grande em relação à sua abundância
é referido como uma espécie chave. Como o nome indica, peça fundamental
espécies desempenham um papel-chave nos ecossistemas. Eles são distin-
guishable de espécies dominantes, que também têm grande papéis em ecossistemas
mas unicamente em virtude de ser abundante. Espécies-chave, mesmo quando raro,
pode reduzir drasticamente modificar ou criar habitats e influenciar a interação
entre as espécies em uma comunidade. Um exemplo desta pode ser castores que
criam represas em rios e córregos, nomeadamente mudando o habitat
anterior. porque teclado espécies de pedra são tão importantes no seio das
comunidades, os remoção de uma frequentemente resulta em perda significativa de
sidade versidade. O conceito das espécies-chave, originalmente
proposto pelo zoólogo norte-americano e da Universidade de
Professor de Washington Robert T. Paine, era um transformador
noção mative em biologia.
Espécies-chave pode ser qualquer tipo de organismo, incluindo
plantas, animais, bactérias ou fungos. Maneiras de detectá-los
variam, mas uma estratégia eficaz para determinar o que é eo
O que não é uma espécie-chave é através de experimento de remoção
mentos, no qual um pesquisador exclui o teclado suspeita
espécie de pedra de algumas partes de um habitat e compara áreas com e sem as
espécies. Isto é como Paine con-canalizado seu inovador 1.966 experimento, no
qual ele
excluída a estrela do mar (Pisaster ochraceous) a partir de um trecho de
linha de costa em Makah Bay, Washington, nos Estados Unidos.
(As estrelas do mar na fotografia acima por Marjolijn Kaiser
estão em Oregon.) Sua comparação revelou que, relativamente
estrela do mar incomum teve uma enorme influência sobre a piscina das marés
comunidade. Quando a estrela do mar foi excluído piscinas,
o ecossistema perdeu quase metade de sua diversidade residente. Semelhante
experimentos envolvendo outros predadores, tais como baixo, lobos,
e onças, ou herbívoros, como veados e elefantes, têm
mostrados efeitos similares.
Um fator que pode ajudar a definir uma espécie-chave é
redundância funcional. Em outras palavras, se uma espécie
foram a desaparecer da sua comunidade, existem outros
espécies que podem preencher o seu papel? Algumas comunidades têm
mais espécies redundância do que outros, e, portanto,
menos espécies pedra angular (ou seja, menos espécies com funda-
funções mentais nos ecossistemas que não podem ser substituídos
por outras espécies). Em uma determinada comunidade, a extinção
de uma pedra angular espécies irá produzir mudanças drásticas.
Portanto, para manter o funcionamento do ecossistema e
serviços (como purificação de água e sequestro de carbono
ção), pode ser crítica para identificar e proteger aqueles
espécies.
Tipos de espécies-chave
Existem muitos tipos de espécies-chave, e alguns dos
eles foram exaustivamente estudados. Os predadores são tipica-
camente definido como espécie-chave, porque leva apenas uma
poucos para regular as populações de outras espécies em menor tro-
níveis diográficas. Muitas espécies que criar ou modificar habitats,
chamados engenheiros do ecossistema, são também espécies-chave.
Predator
Ligação
Algumas espécies, como abelhas e beija-flores, tecla de reprodução
papéis na manutenção de populações de plantas por prestadores
ing serviços de polinização que mantêm o fluxo de genes e
seguro fecundidade vegetal. Portanto, a ausência destes polinização
nators pode afetar todas as espécies que dependem deles diretamente
ou indiretamente.
Engenheiro ecossistema
Espécies que criar ou modificar habitats,
tais como castores (Castor canadensis),
pode afetar fortemente ecossistema
ciclagem de nutrientes. Mudanças na disponibilidade
nutrientes capazes pode diretamente e
afectar indirectamente animal ou vegetal
espécies que usam o mesmo habitat.
Exemplos de
Espécies Keystone
Mesmo antes da obra seminal de Paine
ea terminologia, os biólogos tiveram
estudadas e definidas muitas espécies como
componentes exclusivos e necessárias da
um determinado ecossistema, apesar de sua raridade
ou números baixos. Muitas espécies têm
sido amplamente estudado no seu papel de
espécies-chave.
estrelas do mar
Este é o quintessen-
cial exemplo de um teclado
espécies de pedra desde
O experimento de Paine em
1966. As estrelas de mar são uma
predador chave da mus-
sels. A ausência de mar
estrelas drasticamente pode impactar
ecossistemas, incluindo alterações
na diversidade e abundância de outra
espécies no habitat, afectando diferentes escalas trófica
els. Por exemplo, na ausência de estrelas do mar, foi diversidade
reduzido de quinze espécies de apenas oito.
Bears
Os ursos pardos (Ursus arctos) como um predador constituem um
espécies-chave através da regulação da população de sua
espécies de presas, mas eles também têm um papel espécies-chave
sobre a ciclagem de nutrientes, principalmente nitrogênio,
pela incorporação de nutrientes dos rios em eco- ciliar
sistemas. Estes ursos capturar salmão do Pacífico, quando o peixes são de desova
em rios a montante. Os ursos alimentar e
Flagship species
Espécie Guarda-Chuva
Conceito de Espécie Guarda-Chuva: Espécie guarda-chuva é o termo que designa as espécies que
com a sua proteção ajudam a proteger, de forma indireta…
Estas espécies caraterizam-se por serem bastante conhecidas e estudadas. Estas possuem uma
esperança média de vida elevada, são muito sensíveis às alterações do meio (tornando-as bons
representantes para as causas), estão muito bem adaptadas ao meio em que habitam, além de
serem importantes para o seu ecossistema. As espécies escolhidas podem possuir necessidades
comuns a muitas outras espécies. Estas necessidades podem estar relacionadas com a sua fonte
de alimento ou simplesmente estes seres podem precisar de um habitat com uma grande
extensão de área, o que pode abrigar muitas outras espécies e cuja proteção favorecerá todas elas.
O ideal seria que as espécies propostas como espécie GCHUVA ainda não se encontrassem em
perigo de extinção, no entanto, na grande maioria dos casos as espécie propostas já se encontram
em perigo, sendo o processo um pouco contraproducente. Este fato pode significar a ineficácia
das medidas tomadas, fazendo com que as outras espécies já não venham a tirar proveito do
estatuto da espécie nomeada. As espécies selecionadas não devem estar presentes em muitos
locais do globo, isto é, a sua distribuição não deve ser cosmopolita, mas ao mesmo tempo estas
espécies também não devem ser muito raras pois correm o risco de desaparecer mais facilmente.
Um das vantagens das espécies guarda-chuva reside no fato de não ser necessário amostrar e
monitorizar todas as espécies presentes no ecossistema para provar a necessidade de uma
intervenção neste, ao amostrar apenas a espécie guarda-chuva poupa-se custos e recursos que
podem ser usados para a realização de uma intervenção no habitat, caso esta seja necessária. As
desvantagens prendem-se muitas vezes pela utilização de formas mais simples de gestão em
detrimento de uma gestão integrada com o uso coordenado várias técnicas, podendo assim
ocorrer negligencia na conservação de espécies de menor importância para o público.
Normalmente estas espécies são associadas a mamíferos de grande porte, mas podem também
ser nomeadas espécies de aves, répteis e muitos outros seres vivos, sejam eles aquáticos ou
terrestres. Alguns exemplos de espécies guarda-chuva são: corujas, borboletas, tigres, ursos,
lobos, rinocerontes, baleias, linces entre muitos outros seres vivos.
Os processos de avaliação conduzidos pela UICN são realizados em nível global, considerando-se a
população total do táxon, em todo o globo. Uma avaliação em nível nacional, , é considerada pela
UICN como uma avaliação “regional” e algumas diretrizes adicionais devem ser observadas.
As avaliações devem ocorrer preferencialmente no nível taxonômico de espécie, e estas devem ser
sempre identificadas pelo binômio gênero-espécie. Excepcionalmente um táxon pode ser avaliado
no nível de subespécie, desde que haja justificativa para isso (por exemplo, se uma subespécie está
sob uma ameaça que não atinja o restante da espécie) e que a espécie como um todo já tenha sido
avaliada.
Espécies ainda não descritas também podem ser excepcionalmente avaliadas, desde que atendam as
seguintes condições:
• Existir um entendimento geral de que a forma não descrita é uma espécie válida;
• O pesquisador responsável pela proposta da nova espécie e a instituição que contém o material
coletado devem ser identificados;
• Deve ser incluído nome comum local se houver, e se não houver, deve ser criado, para que possa
ser usado para indicar claramente a identidade deste táxon sem qualquer implicação sobre validade
científica.
Uma espécie não descrita será identificada com o nome do gênero e a abreviatura sp. A descrição da
espécie deve ser publicada até no máximo 4 anos após sua avaliação, caso contrário a avaliação será
desconsiderada.
• Híbridos;
• Táxon domesticado (no caso de um táxon possuir tanto indivíduos domésticos quanto silvestres,
apenas a população silvestre deve ser avaliada; animais ferais derivados de uma fonte doméstica
não devem ser incluídos);
CONCEITOS
Para que a avaliação seja conduzida corretamente, alguns conceitos essenciais precisam ser
considerados. Alguns destes conceitos são necessários para a condução de avaliações nacionais.
Outros são úteis para a aplicação dos critérios, que serão descritos adiante. A seguir a relação dos
principais conceitos (IUCN, 2010):
I.
População e tamanho da população (critérios A, C e D)
O termo “população” é utilizado num sentido próprio nos critérios da UICN que é diferente das
definições biológicas habituais, sendo definida como o número total de indivíduos do táxon ,
significando o mesmo que “população global”. Por razões funcionais, essencialmente devidas às
diferentes formas de vida, o tamanho da população é avaliado apenas pelo número de indivíduos
maduros.
II.
Subpopulações (critérios B e C)
III.
• Indivíduos maduros que nunca irão produzir novos recrutas não devem ser contados (ex.: as
densidades são demasiado baixas para ocorrer fertilização).
• Quando o tamanho da população flutua, deve-se utilizar uma estimativa mais baixa. Na maioria
dos casos esta será muito mais baixa do que a média.
• As unidades reprodutoras de um clone devem ser contadas como indivíduos, exceto quando estas
unidades sejam incapazes de sobreviver isoladas (ex. corais).
• No caso de táxon que naturalmente perde todos ou uma parte dos indivíduos maduros numa fase
qualquer do seu ciclo de vida, as estimativas devem ser feitas no momento apropriado, quando os
indivíduos maduros estão prontos para a reprodução.
• Indivíduos reintroduzidos têm que ter produzido descendentes viáveis antes de serem contados
como indivíduos maduros.
IV.
(i.e.
dos indivíduos que acabam de nascer). A duração do tempo geracional reflete assim a taxa de
renovação dos indivíduos reprodutores numa população. A duração do tempo geracional é maior do
que a idade da primeira reprodução e menor do que a idade do indivíduo reprodutor mais velho,
exceto em táxon que se reproduz apenas uma vez. Quando a duração do tempo geracional de uma
população sob ameaça se altera, deve ser usada a duração do tempo geracional natural, anterior à
perturbação.
V.
Redução (critério A)
A redução é um declínio no número de indivíduos maduros de pelo menos uma quantidade (%)
estabelecida sob o critério, durante o período de tempo (em anos) especificado, embora esse
declínio não tenha de ser contínuo. Uma redução não deve ser interpretada como parte de uma
flutuação, a não ser que haja boas evidências para isso. A fase decrescente de uma flutuação não
será normalmente considerada como uma redução.
VI.
Um declínio continuado é um declínio recente, em curso ou previsto (que pode ser suave, irregular
ou esporádico) e que é presumível que continue a não ser que se tomem medidas de recuperação.
As flutuações não serão normalmente consideradas como declínios continuados, mas um declínio
observado não deve ser interpretado como uma flutuação a não ser que haja evidências para isso.
VII.
Pode-se dizer que ocorre uma flutuação acentuada quando o tamanho da população ou a área de
distribuição varia extrema, rápida e frequentemente, tipicamente com uma variação superior a uma
ordem de magnitude (i.e. um aumento ou decréscimo de dez vezes).
VIII.
A fragmentação deve ser avaliada em uma escala apropriada para o isolamento biológico do táxon
considerado. Taxa com alta mobilidade tem maior facilidade de dispersão, e não são tão vulneráveis
ao isolamento causado pela fragmentação do habitat. Taxa com baixa mobilidade são menos
eficientes para se dispersar a longas distâncias e mais facilmente isolados pelo efeito da
fragmentação do habitat. A fragmentação do habitat natural pode ser usada como evidência direta
para fragmentação da população de taxa com pouca habilidade de dispersar.
IX.
A extensão de ocorrência é definida como a área contida dentro do menor limite imaginário
contínuo que possa ser traçado para englobar todos os pontos conhecidos, inferidos ou projetados
da presença atual de um táxon, excluindo os casos de errantes e visitantes. Esta medida pode excluir
descontinuidades ou disjunções no interior das áreas globais de distribuição de um táxon (ex.
grandes áreas de habitat claramente inadequado).
A EOO pode freqüentemente ser medida por um mínimo polígono convexo (o menor polígono no
qual nenhum ângulo interno seja maior que 180 º e que contenha todos os pontos de ocorrência)
(IUCN 2001).
X.
A área de ocupação é definida como a área que é ocupada por um táxon no interior da sua
“extensão de ocorrência”, excluindo os casos de errantes e visitantes. Esta medida reflete o fato de
que um táxon geralmente não ocorre por toda a sua extensão de ocorrência, a qual pode conter
porções de habitats inadequados ou desocupados. Em alguns casos (ex. sítios de nidificação colonial
insubstituíveis, sítios de alimentação
cruciais para táxon migratório) a área de ocupação é a menor área essencial, em qualquer fase do
ciclo de vida, para a sobrevivência das populações de um táxon . O tamanho da área de ocupação é
uma função da escala em que é medida, que deve ser apropriada aos aspectos biológicos relevantes
do táxon, à natureza das ameaças e dos dados disponíveis. Para evitar inconsistências e erros nas
avaliações, causados pela estimativa de áreas de ocupação em escalas diferentes, pode ser
necessário padronizar as estimativas pela aplicação de um fator corretivo de escala. É difícil
estabelecer regras para a padronização, já que diferentes tipos de táxon têm diferentes relações
área/escala.
XI.
Localização (critérios B e D)
O termo localização define uma área, geográfica ou ecologicamente distinta, na qual uma única
ameaça pode afetar rapidamente todos os indivíduos do táxon considerado. O tamanho da
localização depende da área abrangida pela ameaça e pode incluir parte de uma ou mais
subpopulações. Quando um táxon é afetado por mais de uma ameaça, a localização deve ser
definida considerando a ameaça mais séria.
A justificativa para o número de localizações deve incluir a referência da ameaça mais séria e
plausível, e como ela afeta o táxon .
XII.
XIII.
População reprodutora
Uma população ou subpopulação que se reproduz dentro de uma região, seja todo
XIV.
População silvestre
Uma população dentro de sua área de distribuição natural, onde os indivíduos são resultado de uma
reprodução natural (quer dizer, não são resultado de liberações ou deslocamentos com intervenção
humana). Se uma população é o resultado de uma introdução benigna que tenha sido bem sucedida,
a população é considerada silvestre.
XV.
Introdução benigna
Uma tentativa de estabelecer um táxon , com propósito de conservação, fora de sua área de
distribuição registrada, mas dentro de um habitat e área ecogeográfica apropriada. Esta é uma
ferramenta de conservação factível somente quando não existem áreas remanescentes dentro da
distribuição histórica da espécie.
XVI.
Táxon Errante
Um táxon que é encontrado atualmente somente de forma ocasional dentro dos limites de uma
região.
XVII.
Táxon Visitante
Um que não se reproduz em uma região, mas ocorre de forma regular dentro de seus limites,
atualmente ou durante algum período do último século. Para definir os limites entre visitantes e
errantes, pode ser utilizado uma porcentagem predeterminada da população global encontrada na
região ou previsibilidade da ocorrência.
XVIII.
Efeito resgate
Processo mediante o qual a imigração de propágulos resulta em uma redução no risco de extinção
para a população em questão.
XIV.
Propágulos
A entidade viva capaz de dispersar e de produzir um novo indivíduo maduro, por exemplo, esporos,
sementes, frutas, ovo, larva. Gametas e pólen não são considerados propágulos nesse contexto.
XV.
Sumidouro
Área em que a reprodução local de um táxon é menor que a mortalidade local. O termo é
geralmente utilizado para referir-se a uma subpopulação que experimenta uma
imigração a partir de uma fonte onde a reprodução local é mais alta que a mortalidade local.
O termo regional é utilizado para indicar qualquer zona geográfica em nível submundial, seja
continente, país, estado ou província. Ao se avaliar o estado de conservação de uma espécie da
fauna mocambicana, a primeira consideração a fazer é se a espécie é endêmica ao território nacional
ou não. Para espécies endêmicas, a avaliação nacional equivale à avaliação global da espécie. Se a
espécie não é endêmica, diferentes situações podem ocorrer:
1.
2.
Pode tratar-se de táxon que visita o território nacional apenas ocasionalmente, e que pode ou não
se reproduzir na região; ou
3.
Pode tratar-se de parte de uma população, definida apenas por uma fronteira geográfica, em que os
indivíduos podem migrar de ou para outras populações fora dessa fronteira.
Espécies que migram para outras regiões durante parte do ano podem ser afetadas pelas condições
do habitat de lá. Durante a avaliação mocambicana, portanto, é preciso atenção nos casos em que a
população do táxon dentro do território nacional é apenas uma parte da população global. Nestes
casos será necessário incluir informações adicionais sobre o restante da população ou
subpopulações que se encontram fora do território nacional.
Para populações que se reproduzem em território nacional, o primeiro passo é conduzir uma
avaliação padrão, resultando em uma categorização preliminar. Todos os dados utilizados devem ser
referentes à população regional, não à população global. O segundo passo é investigar a existência e
o estado de populações da espécie fora da região. Se a população regional for isolada, a categoria
definida na avaliação preliminar se mantém. Se populações fora da região afetam o risco de extinção
regional, a categoria deve ser alterada para um nível mais apropriado. A população regional pode
receber migrantes de fora, criando um efeito resgate, o que tende a diminuir o risco de extinção na
região e nesse caso, deve se reduzir a categoria definida no primeiro passo, em um
grau. Por outro lado, se a população na região é um sumidouro, incapaz de se sustentar sem a
entrada de novos imigrantes E a fonte extra-regional está em declínio, o risco de extinção da
população regional aumenta, e a categoria definida inicialmente deve ser elevada em um grau. Caso
não se conheça a influência das populações de fora no risco de extinção regional, a categoria inicial
deve ser mantida.
Para populações visitantes, que não se reproduzem em território nacional, em primeiro lugar deve
ser considerada a diferença entre um visitante e um errante, pois esse último não pode ser avaliado.
Os dados usados devem se referir à população regional, não à população global. Para se projetar de
forma correta uma redução na população ou um declínio continuado pode ser necessário examinar
as condições fora da região, particularmente na área de reprodução. Também é essencial distinguir
verdadeiras mudanças e flutuações na população de mudanças momentâneas, que pode ser devido
a um clima desfavorável em determinado ano, por exemplo. No segundo passo, devem ser
consideradas as condições ambientais dentro e fora da região e haverá redução no risco definido no
primeiro passo apenas se as condições ambientais estiverem estáveis ou melhorando.
Um táxon pode ser enquadrado em onze categorias distintas de acordo com o grau do risco de
extinção em que se encontra. Por convenção, sempre que houver referência a determinada
categoria utiliza-se o nome em português e a sigla no original em inglês, entre parênteses. Nessa
categorização, um táxon pode ser considerado:
Criticamente em Perigo (CR) -Critically Endangered Em Perigo (EN) -Endangered Vulnerável (VU) -
Vulnerable
Os taxa considerados Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável, são aqueles que necessitam
de ações de conservação em um futuro imediato.
CRITÉRIOS
Há cinco critérios quantitativos que são utilizados para determinar se um táxon está ameaçado e a
que categoria de ameaça pertence (Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável). A maioria
deles inclui subcritérios que são usados para justificar mais especificamente a classificação de um
táxon em uma categoria específica.
A.
B.
C.
D.
E.
Análise quantitativa de risco de extinção (por exemplo, PVA -Population Viability Analysis).
A.
Redução da População (Declínio medido ao longo de 10 anos ou 3 gerações – o que for mais longo):
Em Perigo (EN)
Vulnerável (VU)
A1
≥ 90%
≥ 70%
≥ 50%
A2, A3, A4
≥ 80%
≥ 50%
≥ 30%
A1. Redução da população observada, estimada, inferida ou suspeitada de ter ocorrido no passado,
sendo as causas da redução claramente reversíveis E compreendidas E tenham cessado baseado em
um ou mais dos seguintes itens:
(a)
observação direta;
(b)
(c)
declínio na área de ocupação (AOO), extensão de ocorrência (EOO) e/ou qualidade do habitat;
(d)
(e)
acima. A4. Redução da população observada, estimada, inferida, projetada ou suspeitada, sendo que
o período de tempo deve incluir tanto o passado quanto o futuro (até um máximo de 100 anos), e as
causas da redução podem não ter cessado OU não ser compreendidas OU não ser reversíveis,
baseado nos itens (a) a (e) acima.
B.
Em Perigo (EN)
Vulnerável (VU)
< 10 km²
=1
≤5
≤ 10
(b)
declínio continuado em um dos itens: (i) extensão de ocorrência; (ii) área de ocupação; (iii) área,
extensão e/ou qualidade do habitat; (iv) número de localidades ou subpopulações; (v) número de
indivíduos maduros.
(c)
flutuações extremas em qualquer um dos itens: (i) extensão de ocorrência; (ii) área de ocupação; (iii)
número de localidades ou subpopulações; (iv) número de indivíduos maduros.
C.
Em Perigo (EN)
Vulnerável (VU)
< 250
< 2.500
< 10.000
E C1 ou C2:
20% em 5 anos ou
10% em 10 anos ou 3
2 gerações
gerações
< 50
< 250
< 1.000
90–100%
95–100%
100%
(b)
D.
Em Perigo (EN)
Vulnerável (VU)
< 50
< 250
< 1.000
E/OU D2...................................................................................................................
E.
Em Perigo (EN)
Vulnerável (VU)
Logo após sua concepção, os ecólogos reconheceram sua aplicação potencial para a conservação e em
1975, usando a teoria como base, Jared Diamond propôs que as reservas naturais fossem consideradas
como ilhas com taxas de extinção previsíveis. Diamond também sugeriu que as taxas de extinção poderiam
decrescer se as áreas protegidas fossem desenhadas segundo alguns princípios da teoria de biogeografia de
ilhas:
A teoria de biogeografia de ilhas foi desenvolvida por MacArthur e Wilson (1963 e 1967) para explicar como o número de es
mantém aproximadamente constante enquanto a composição taxonômica desse conjunto de espécies muda ao longo do temp
organismos numa ilha estão em um equilíbrio dinâmico, isto é, enquanto algumas espécies estão colonizando a ilha, outras es
Segundo MacArthur e Wilson, a taxa de colonização depende da distância entre a ilha e a fonte das espécies potenciais colon
próximas da fonte possuem uma taxa mais alta de colonização. Já a extinção depende do tamanho da ilha, ilhas menores pos
extinção. Esses autores propuseram que a taxa de colonização e a taxa de extinção, quando consideradas simultaneamente, fo
previsível de espécies em equilíbrio, mantido ao longo do tempo e uma taxa de turnover (troca) das espécies também previsív
tempo.
Desde sua proposição original, a teoria já passou por algumas transformações que relacionaram a taxa de colonização também
e a taxa de extinção também com a distância da fonte potencial de colonizadores, dado que a imigração de indivíduos de uma
presente na ilha pode retardar a extinção local da espécie.
MacArthur, R & E.O. Wilson. 1963. An equilibrium theory of insular zoogeography. Evolution 17: 373:387.
MacArthur, R & E.O. Wilson. 1967. The theory of island biogeography. Princeton University Press, Princeto
Essas sugestões foram imediatamente criticadas; alguns, por exemplo, afirmavam que a teoria não
justificava diretamente a preferência pelas áreas grandes ao invés de diversas pequenas, além de que essa
sugestão de desenho seria pouco realista dadas as condições ecológicas que diferenciariam os hábitats e
consequentemente, a distribuição das espécies que tem diferentes preferências alimentares e de interações
com o ambiente. Tais críticas, entre outras, deram início a uma contínua controvérsia sobre o papel da
teoria de biogeografia de ilhas no desenho de áreas protegidas2.
A sugestão de Diamond de que reservas grandes seriam melhores do que reservas pequenas revelou-se
altamente controversa. Duas outras de suas sugestões – reservas circulares preferíveis a reservas alongadas
e reservas conectadas por corredores preferíveis a reservas não conectadas – também causaram bastante
discussão. O debate acerca do tamanho preferencial das áreas protegidas ganhou até mesmo um acrônimo:
SLOSS (single large or several small - uma grande ou várias pequenas) ou Projeto Dinâmica Biológica de
Fragmentos Florestais – PDBFF. Apesar do debate ainda prosseguir, alguns autores acreditam que a ênfase
que a teoria de biogegrafia de ilhas dá à diversidade de espécies limita sua aplicação ao desenho de
reservas, pois esse envolve muitas outras considerações importantes como a raridade das espécies e a
representatividade dos habitats3.
Desde então, foram desenvolvidos inúmeros métodos para seleção e desenho de áreas prioritárias para a
alocação de reservas, mas, paralelamente, continuaram surgindo áreas protegidas fruto de oportunismo.
Atualmente, acredita-se que a representatividade que deve haver em um conjunto de áreas protegidas, para
assegurar a máxima proteção possível da biodiversidade, é colocada em risco por esse oportunismo, pois
há recursos limitados para as reservas que acabam sendo usados em áreas menos importantes. Os sistemas
de unidades de conservação possuem, em geral, uma amostra enviesada da biodiversidade, dado que
muitas reservas foram alocadas em locais remotos ou simplesmente em áreas que não apresentavam
nenhum outro uso potencial.
Há uma percepção crescente de que as áreas protegidas têm maiores possibilidades de desempenhar um
papel fundamental na conservação da biodiversidade se fizerem parte de um sistema representativo, ou seja
um sistema que contenha o maior número possível de exemplos de elementos característicos da
biodiversidade. Assim, os critérios desenvolvidos nas últimas décadas consideram não apenas uma área
onde eventualmente seria alocada uma unidade de conservação, mas a combinação entre diversas áreas
para assegurar um conjunto representativo de reservas.
Esse princípio é importante pois na maioria das regiões, as parcelas que serão destinadas à conservação são
limitadas. A flexibilidade diz respeito às várias formas de combinação de locais para formar um conjunto
representativo de áreas protegidas. A existência dessas combinações permite que haja espaço para negociar
e para, se possível, evitar conflitos. Por fim, a raridade trata da freqüência em que os locais importantes
para a conservação da biodiversidade ocorrem em cada uma das combinações que formam um conjunto
representativo de reservas. A raridade mede a contribuição potencial de um local para o objetivo de
conservação e a diminuição de opções, para a consecução de um conjunto representativo de áreas
protegidas, derivada da perda do local em questão.
Quando colocados em prática, esses princípios devem ser aplicados levando-se em conta outros fatores
como a viabilidade das populações que serão abrangidas pelas reservas. O método também enfatiza que a
definição de representatividade não deve se limitar aos tipos de solo e de vegetação e às populações das
espécies, mas deve considerar as dinâmicas temporais e espaciais que atuam sobre as paisagens e
populações4.
Outros métodos foram desenvolvidos considerando outros elementos além desses três princípios, como por
exemplo, a diversidade taxonômica, as ameaças à integridade da área, os custos e o uso da terra na região.
Embora muitos merecessem um exame mais aprofundado, o que deve ser ressaltado é que a ideia de um
planejamento regional e a preocupação com a representatividade estão presentes em todos eles.
O planejamento sistemático
Nos termos da Convenção sobre Diversidade Biológica, conservação in situ é definida como
sendo a conservação dos ecossistemas e dos habitats naturais e a manutenção e a
reconstituição de populações viáveis de espécies nos seus ambientes naturais e, no caso de
espécies domesticadas e cultivadas, nos ambientes onde desenvolveram seus caracteres
distintos. A conservação in situ apresenta algumas vantagens, tais como: (i) permitir que as
espécies continuem seus processos evolutivos; (ii) favorecer a proteção e a manutenção da vida
silvestre; (iii) apresentar melhores condições para a conservação de espécies silvestres,
especialmente vegetais e animais; (iv) oferecer maior segurança na conservação de espécies
com sementes recalcitrantes e (v) conservar os polinizadores e dispersores de sementes das
espécies vegetais. Deve-se considerar, entretanto, que este método é oneroso, visto depender
de eficiente e constante manejo e monitoramento, pode exigir grandes áreas, o que nem sempre
é possível, além do que a conservação de uma espécie em um ou poucos locais de ocorrência
não significa, necessariamente, a conservação de toda a sua variabilidade genética.
A conservação ex situ, por sua vez, envolve a manutenção, fora do habitat natural, de uma
representatividade da biodiversidade, de importância científica ou econômico-social, inclusive
para o desenvolvimento de programas de pesquisa, particularmente aqueles relacionados ao
melhoramento genético. Trata da manutenção de recursos genéticos em câmaras de
conservação de sementes (-20º C), cultura de tecidos (conservação in vitro), criogenia - para o
caso de sementes recalcitrantes, (-196º C), laboratórios - para o caso de microorganismos, a
campo (conservação in vivo), bancos de germoplasma - para o caso de espécies vegetais, ou
em núcleos de conservação, para o caso de espécies animais. A conservação ex situ implica,
portanto, a manutenção das espécies fora de seu habitat natural e tem como principal
característica: (i) preservar genes por séculos; (ii) permitir que em apenas um local seja reunido
material genético de muitas procedências, facilitando o trabalho do melhoramento genético; (iii)
garantir melhor proteção à diversidade intraespecífica, especialmente de espécies de ampla
distribuição geográfica. Este método implica, entretanto, na paralisação dos processos
evolutivos, além de depender de ações permanentes do homem, visto concentrar grandes
quantidades de material genético em um mesmo local, o que torna a coleção bastante
vulnerável.