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PRIORIDADE PARA ESCOLHA DE ESPECIE PARA

CONSERVAÇÃO

Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN

O elefante africano é considerado vulnerável pela Lista Vermelha da IUCN

Criada em 1964, a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional Para


Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) tem como objetivo informar a
sociedade e pesquisadores do planeta a respeito da conservação dos seres vivos.Ela apresenta
informações relevantes a respeito da fauna e flora do planeta, mas não apresenta dados a
respeito de micro-organismos.
A Lista Vermelha, ao informar os dados de conservação, serve como um alerta sobre a
constante perda de biodiversidade verificada na Terra. Com esses dados, é possível embasar a
luta por políticas de conservação e tentar impedir a extinção de várias espécies.

→ Quem é responsável pela atualização da Lista Vermelha?


Em virtude da grande biodiversidade do nosso planeta, a elaboração da Lista Vermelha conta
com a ajuda de pesquisadores e organizações em todo o mundo. Os dados são analisados e
publicados, normalmente, a cada cinco anos. É importante salientar que nem todas as espécies
possuem seus dados atualizados em cada publicação.
→ O que significam as categorias da Lista Vermelha?
A lista vermelha apresenta nove diferentes categorias para classificar um organismo vivo. Veja a
seguir o significado de cada uma delas:
 Extinto (em inglês, Extinct – EX): Nenhum exemplar da espécie analisada está vivo na
natureza ou em cativeiros.
 Extinto na natureza (em inglês, Extinct in the Wild – EW): A espécie analisada não é mais
encontrada em seu habitat natural, existindo apenas representantes em cativeiros.
 Criticamente em perigo (em inglês, Critically Endangered – CR): A espécie classificada como
criticamente ameaçada corre um risco extremamente alto de ser extinta da natureza.
 Em perigo (em inglês, Endangered – EN): A espécie estudada apresenta um risco elevado de
entrar em extinção em seu habitat.
 Vulnerável (em inglês, Vulnerable – VU): A espécie vulnerável é aquela que apresenta riscos
de entrar em extinção na natureza.
 Quase ameaçado (em inglês, Near Threatened – NT): Uma espécie quase ameaçada é
aquela que necessita de medidas de conservação para que não se torne vulnerável à extinção.
 Pouco preocupante (em inglês, Least Concern – LC): Quando comparadas às outras
categorias, as espécies classificadas como pouco preocupantes não apresentam muitos riscos
de extinção.
 Dados deficientes (em inglês, Data Deficiente – DD): A espécie estudada não possui dados
suficientes para avaliar o nível de conservação.
 Não avaliado (em inglês, Not Evaluated – NE): As espécies classificadas nessa categoria não
foram avaliadas pelos critérios da IUCN.
→ Dados Recentes
Em novembro de 2014, a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN foi atualizada. Com
os novos dados, chegou-se à conclusão de que mais de 22 mil espécies correm risco de
desaparecer do planeta. Entre as espécies que entraram em extinção, destacam-se os peixes
da Turquia denominados de Gölcük e Egirdir e um molusco chamado de Plectostoma
sciaphilum.
Vale frisar que a maioria das espécies que se encontram em risco ou que foram extintas sofre,
principalmente, com a ação do homem, que destrói habitat, introduz espécies novas e caça e
pesca indiscriminadamente. Sendo assim, podemos concluir que a Lista Vermelha não parará
de crescer e esse crescimento está diretamente ligado ao homem.
Para acessar a Lista Vermelha da IUCN, clique aqui

CATEGORIAS DE RISCO DE EXTINÇÃO

EXTINTA (EX)

Um taxon é considerado Extinto quando não restam quaisquer dúvidas de que o último indivíduo
tenha morrido. Um táxon está presumivelmente Extinto quando exaustivos levantamentos no
habitat conhecido e/ou potencial, em períodos apropriados (do dia, estação e ano), realizadas em
toda a sua área de distribuição histórica, falharam em registrar a espécie. As prospecções devem ser
feitas durante um período de tempo adequado ao ciclo de vida e forma biológica do táxon em
questão.

EXTINTO NA NATUREZA (EW)

Um taxon está extinto na natureza quando sua sobrevivência é conhecida apenas em cultivo,
cativeiro ou como uma população (ou populações) naturalizada fora da sua área de distribuição
natural. Um taxon está presumivelmente Extinto na Natureza quando exaustivos levantamentos no
habitat conhecido e/ou potencial, em períodos apropriados (do dia, estação e ano), realizadas em
toda a sua área de distribuição histórica, falharam em registrar a espécie. As prospecções devem ser
feitas durante um período de tempo adequado ao ciclo de vida e forma biológica do táxon em
questão.

REGIONALMENTE EXTINTA/ EXTINTA NO BRASIL (RE)

Categoria para um taxon quando não há dúvida razoável de que o último indivíduo potencialmente
capaz de se reproduzir na região tenha morrido ou desaparecido da natureza, ou no caso de ser um
taxon visitante, o último indivíduo tenha morrido ou desaparecido da natureza, na região. A fixação
de limite de tempo para a inclusão como RE não deve ser anterior a 1500 D.C.

CRITICAMENTE EM PERIGO (CR)

Um taxon é considerado Criticamente em Perigo quando as melhores evidências disponíveis indicam


que se cumpre qualquer um dos critérios A a E (explicados adiante) para Criticamente em Perigo, e
por isso considera-se que está enfrentando um risco extremamente alto de extinção na natureza.

EM PERIGO (EN)

Um taxon é considerado Em Perigo quando as melhores evidências disponíveis indicam que se


cumpre qualquer um dos critérios A a E para Em Perigo, e por isso considera-se que está
enfrentando um risco muito alto de extinção na natureza.

VULNERÁVEL (VU)
Um taxon está Vulnerável quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre
qualquer um dos critérios A a E para Vulnerável, e por isso considera-se que está enfrentando um
risco alto de extinção na natureza.

QUASE AMEAÇADO (NT)

Um taxon é considerado Quase Ameaçado quando, ao ser avaliado pelos critérios, não se qualifica
atualmente como Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável, mas está perto da qualificação
ou é provável que venha a se enquadrar em uma categoria de ameaça num futuro próximo.

MENOS PREOCUPANTE (LC)

Um taxon é considerado Menos Preocupante quando é avaliado pelos critérios e não se qualifica
como Criticamente em Perigo, Em Perigo, Vulnerável ou Quase Ameaçado. Taxa de distribuição
ampla e taxa abundantes são incluídos nesta categoria.

DADOS INSUFICIENTES (DD)

Um taxon é considerado com Dados Insuficientes quando não há informação adequada para fazer
uma avaliação direta ou indireta do seu risco de extinção, com base na sua distribuição e/ou estado
da população. Um taxon nesta categoria pode estar bem estudado e a sua biologia ser bem
conhecida, mas faltam dados adequados sobre a sua distribuição e/ou abundância. Classificar um
taxon nesta categoria indica que é necessário mais informação e que se reconhece a possibilidade de
que pesquisas futuras poderão mostrar que a classificação em uma categoria de ameaça seja
apropriada. É importante que seja feito uso de toda informação disponível. Se há pouca informação
sobre a espécie, mas existe suspeita de que alguma ameaça ocorra sobre ela, mais estudos são
necessários e deve ser classificada como DD. Por outro lado, ainda que não se tenha muitas
informações sobre a espécie, mas há indícios de que seja comum, com alta resiliência ou que tenha
distribuição ampla, deve ser enquadrada como LC.

NÃO APLICÁVEL (NA)

Categoria de um taxon considerado inelegível para ser avaliado em nível regional.Um taxon pode ser
NA por não ser uma população selvagem ou não estar dentro da sua distribuição natural, ou por ser
um errante na região. Também pode ser NA porque ocorre em números muito baixos na região ou
trata-se de um nível taxonômico mais baixo do que o considerado elegível (abaixo do nível de
espécie ou subespécie).

NÃO AVALIADO (NE)

Um taxon é dito Não Avaliado quando ainda não foi avaliado sob os critérios UICN.

Espécies endêmicas
•Não ocorrem em nenhum outro lugar

•Causas endemismo

–Se originaram ali e nunca dispersaram

–Só existem hoje em uma parte restrita da distribuição ancestral

Classificando endêmicos

•Por local de origem

–Autóctones: existem hoje onde se diferenciaram

–Alóctnes: se originaram de uma área diferente de onde sobrevivem hoje

•Por taxon ou geografia (fósseis vivos)

–Relictos taxonômicos: últimos sobreviventes de grupos taxonômicos diversos

–Relictos biogeográficos: únicos sobreviventes de um taxon anteriormente disperso

•Por idade

–Paleoendêmicos

–Neoendêmicos (área restrita há menos de 10000 anos)

ESPÉCIES RARAS

•Baixa abundância

Ex. Tilia platyphyllos na Europa

•Área de vida restrita

Ex. Napauka endêmica ao vulcão Kilauea. Seus frutos são comidos por aves endêmicas

Espécies endêmicas são necessariamente raras?

•Não !

•Espécies podem ser muito abundantes em sua área de ocorrência (ex. Madagascar

e Hawai)

•O mais comum porém é espécies com distribuições restritas apresentarem baixa


abundância
Chance de extinção

•Fatores da espécie

–Tamanho do corpo

–Especificidade de habitat e/ou dieta

–Longevidade

–Habilidade de dispersão

–Nível trófico

•Fatores ambientais

–Variação espacial e temporal do ambiente

–Freqüência de catástrofes

–Tamanho da área

–Isolamento

Espécies-chave

Espécies-chave são as espécies cuja importância a de um ecossistema estrutura,


composição e funçãoção é desproporcionalmente grande em relação ao seu
abundância. Estas espécies podem ser de qualquer forma de vida, mas eles têm em
comum um efeito no seu ambiente que é sempre maior do que o que pode ser
esperado com base na sua biomassa. Exemplos bem estudado incluem estrelas do
mar, castores, ursos, corais, elefantes, e beija-flores.

UMA
Espécies cuja importância para a comunidade e eco-estrutura do sistema,
composição e função é dis-proporcionalmente grande em relação à sua abundância
é referido como uma espécie chave. Como o nome indica, peça fundamental
espécies desempenham um papel-chave nos ecossistemas. Eles são distin-
guishable de espécies dominantes, que também têm grande papéis em ecossistemas
mas unicamente em virtude de ser abundante. Espécies-chave, mesmo quando raro,
pode reduzir drasticamente modificar ou criar habitats e influenciar a interação
entre as espécies em uma comunidade. Um exemplo desta pode ser castores que
criam represas em rios e córregos, nomeadamente mudando o habitat
anterior. porque teclado espécies de pedra são tão importantes no seio das
comunidades, os remoção de uma frequentemente resulta em perda significativa de
sidade versidade. O conceito das espécies-chave, originalmente
proposto pelo zoólogo norte-americano e da Universidade de
Professor de Washington Robert T. Paine, era um transformador
noção mative em biologia.
Espécies-chave pode ser qualquer tipo de organismo, incluindo
plantas, animais, bactérias ou fungos. Maneiras de detectá-los
variam, mas uma estratégia eficaz para determinar o que é eo
O que não é uma espécie-chave é através de experimento de remoção
mentos, no qual um pesquisador exclui o teclado suspeita
espécie de pedra de algumas partes de um habitat e compara áreas com e sem as
espécies. Isto é como Paine con-canalizado seu inovador 1.966 experimento, no
qual ele
excluída a estrela do mar (Pisaster ochraceous) a partir de um trecho de
linha de costa em Makah Bay, Washington, nos Estados Unidos.
(As estrelas do mar na fotografia acima por Marjolijn Kaiser
estão em Oregon.) Sua comparação revelou que, relativamente
estrela do mar incomum teve uma enorme influência sobre a piscina das marés
comunidade. Quando a estrela do mar foi excluído piscinas,
o ecossistema perdeu quase metade de sua diversidade residente. Semelhante
experimentos envolvendo outros predadores, tais como baixo, lobos,
e onças, ou herbívoros, como veados e elefantes, têm
mostrados efeitos similares.
Um fator que pode ajudar a definir uma espécie-chave é
redundância funcional. Em outras palavras, se uma espécie
foram a desaparecer da sua comunidade, existem outros
espécies que podem preencher o seu papel? Algumas comunidades têm
mais espécies redundância do que outros, e, portanto,
menos espécies pedra angular (ou seja, menos espécies com funda-
funções mentais nos ecossistemas que não podem ser substituídos
por outras espécies). Em uma determinada comunidade, a extinção
de uma pedra angular espécies irá produzir mudanças drásticas.
Portanto, para manter o funcionamento do ecossistema e
serviços (como purificação de água e sequestro de carbono
ção), pode ser crítica para identificar e proteger aqueles
espécies.
Tipos de espécies-chave
Existem muitos tipos de espécies-chave, e alguns dos
eles foram exaustivamente estudados. Os predadores são tipica-
camente definido como espécie-chave, porque leva apenas uma
poucos para regular as populações de outras espécies em menor tro-
níveis diográficas. Muitas espécies que criar ou modificar habitats,
chamados engenheiros do ecossistema, são também espécies-chave.

O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) é uma organização


que trabalha para proteger o habitat de numerosas espécies; um
de seus programas é o Programa de elefante Africano, que
visa a conservação da floresta e populações de elefantes da savana
através de projectos e policies.The seguir é um trecho
a partir de seu site:
Os elefantes africanos, uma vez numerados na ordem dos milhões
em toda a África, mas em meados da década de 1980 suas populações
havia sido devastada pela caça furtiva. O status do
espécies agora varia muito em todo o continent.Some
populações permanecem em perigo devido à caça furtiva para
carne e marfim, perda de habitat, e os conflitos com os humanos.
Os elefantes são importantes porque o seu futuro é
amarrado a grande parte da rica biodiversidade da África. Os cientistas
considerar os elefantes africanos para ser espécies-chave como
eles ajudam a manter os habitats adequados para muitos
outras espécies na savana e da floresta ecossistemas.

Elefantes influenciar diretamente composição da floresta


e densidade, e pode alterar o cenário mais amplo. Dentro
florestas tropicais, elefantes criar clareiras e lacunas na
o dossel que estimula a regeneração árvore. No
savanas, eles podem reduzir a cobertura de mato para criar uma
ambiente favorável a uma mistura de navegação e
animais de pasto.
Muitas espécies de plantas também que evoluíram sementes
são dependentes de passar por um elefante
Aparelho digestivo antes que possam germinar; é cal-
lada que pelo menos um terço das espécies arbóreas da África Ocidental
florestas pode contar com elefantes desta forma para
distribuição de suas gerações futuras.

Este é o caso do castor e algumas espécies


cupins de africanos (do gênero Odontotermes), que
construir montículos que contêm altos níveis de nutrientes e
assim, pode ser colonizado por muitas espécies de plantas. a pressão
cia dessas nutricionalmente ricos cupinzeiros pode
alterar uma paisagem inteira. Grandes herbívoros também pode
modificar o habitat e da comunidade através da sua
atividade alimentar. Um exemplo disto é o elemento Africano
phant (Loxodonta africana) nas savanas do sul
África (discutido abaixo). Além disso, muitas espécies invasoras,
que são espécies exóticas que produzem mudanças significativas
em um ecossistema nativo, pode ser espécie-chave na
ecossistema invadido. Os principais tipos de espécies-chave
e os efeitos se tornam-se extintas localmente são
Descrito abaixo.
predator
Como lobos e estrelas do mar, algumas espécies de predadores
desempenham papéis únicos no seu ecossistema, regulando
as populações de suas presas. Seu desaparecimento pode
afetar a abundância e presença de outros predadores
e levar à eliminação de ambos presa e Este é o caso do castor e algumas espécies

cupins de africanos (do gênero Odontotermes), que


construir montículos que contêm altos níveis de nutrientes e
assim, pode ser colonizado por muitas espécies de plantas. a pressão
cia dessas nutricionalmente ricos cupinzeiros pode
alterar uma paisagem inteira. Grandes herbívoros também pode
modificar o habitat e da comunidade através da sua
atividade alimentar. Um exemplo disto é o elemento Africano
phant (Loxodonta africana) nas savanas do sul
África (discutido abaixo). Além disso, muitas espécies invasoras,
que são espécies exóticas que produzem mudanças significativas
em um ecossistema nativo, pode ser espécie-chave na
ecossistema invadido. Os principais tipos de espécies-chave
e os efeitos se tornam-se extintas localmente são
Descrito abaixo.
predator
Como lobos e estrelas do mar, algumas espécies de predadores
desempenham papéis únicos no seu ecossistema, regulando
as populações de suas presas. Seu desaparecimento pode
afetar a abundância e presença de outros predadores
e levar à eliminação de ambos presa e
Este é o caso do castor e algumas espécies
cupins de africanos (do gênero Odontotermes), que
construir montículos que contêm altos níveis de nutrientes e
assim, pode ser colonizado por muitas espécies de plantas. a pressão
cia dessas nutricionalmente ricos cupinzeiros pode
alterar uma paisagem inteira. Grandes herbívoros também pode
modificar o habitat e da comunidade através da sua
atividade alimentar. Um exemplo disto é o elemento Africano
phant (Loxodonta africana) nas savanas do sul
África (discutido abaixo). Além disso, muitas espécies invasoras,
que são espécies exóticas que produzem mudanças significativas
em um ecossistema nativo, pode ser espécie-chave na
ecossistema invadido. Os principais tipos de espécies-chave
e os efeitos se tornam-se extintas localmente sãoDescrito abaixo.

Predator

Como lobos e estrelas do mar, algumas espécies de predadores


desempenham papéis únicos no seu ecossistema, regulando
as populações de suas presas. Seu desaparecimento pode
afetar a abundância e presença de outros predadores
e levar à eliminação de ambos presa e
concorrentes. Os efeitos podem em cascata para baixo
níveis tróficos; por exemplo, a eliminação dos lobos
leva a grandes aumentos nas populações de cervos, que
por sua vez, leva à destruição de certas espécies de plantas
favorecido por veados.
Presa
Quando uma espécie de presa é removida de um ecossistema, este
deixa menos presas disponíveis para alimentar os predadores. E se
as restantes espécies de presas são mais sensíveis ao
aumento da pressão de predação, eles podem tornar-se raros ou
extintos dentro do ecossistema. A perda de mais espe- presa
cies poderia, eventualmente, levar ao colapso do predador
população.
Plantar
Muitos dispersores de herbívoros, polinizadores e sementes espe-
cialize e dependem de espécies de plantas específicas para os alimentos
ou abrigo. A extinção da planta que poderia levar a uma
acidente população desses outros animais dependentes
espécies.

Ligação
Algumas espécies, como abelhas e beija-flores, tecla de reprodução
papéis na manutenção de populações de plantas por prestadores
ing serviços de polinização que mantêm o fluxo de genes e
seguro fecundidade vegetal. Portanto, a ausência destes polinização
nators pode afetar todas as espécies que dependem deles diretamente
ou indiretamente.
Engenheiro ecossistema
Espécies que criar ou modificar habitats,
tais como castores (Castor canadensis),
pode afetar fortemente ecossistema
ciclagem de nutrientes. Mudanças na disponibilidade
nutrientes capazes pode diretamente e
afectar indirectamente animal ou vegetal
espécies que usam o mesmo habitat.
Exemplos de
Espécies Keystone
Mesmo antes da obra seminal de Paine
ea terminologia, os biólogos tiveram
estudadas e definidas muitas espécies como
componentes exclusivos e necessárias da
um determinado ecossistema, apesar de sua raridade
ou números baixos. Muitas espécies têm
sido amplamente estudado no seu papel de
espécies-chave.
estrelas do mar
Este é o quintessen-
cial exemplo de um teclado
espécies de pedra desde
O experimento de Paine em
1966. As estrelas de mar são uma
predador chave da mus-
sels. A ausência de mar
estrelas drasticamente pode impactar
ecossistemas, incluindo alterações
na diversidade e abundância de outra
espécies no habitat, afectando diferentes escalas trófica
els. Por exemplo, na ausência de estrelas do mar, foi diversidade
reduzido de quinze espécies de apenas oito.
Bears
Os ursos pardos (Ursus arctos) como um predador constituem um
espécies-chave através da regulação da população de sua
espécies de presas, mas eles também têm um papel espécies-chave
sobre a ciclagem de nutrientes, principalmente nitrogênio,
pela incorporação de nutrientes dos rios em eco- ciliar
sistemas. Estes ursos capturar salmão do Pacífico, quando o peixes são de desova
em rios a montante. Os ursos alimentar e

carcaças depósito de salmão mais para o interior, onde eles


decompor e fertilizar as áreas ciliares com nutrição
entos que de outro modo não podem ser incorporadas no
ecossistema terrestre local. Brown ursos, assim, agir como
vetores de nutrientes que afetam todo um ecossistema.

Beavers (Castorcanadensis) são o exemplo clássico de um eco-


engenheiro de sistemas, porque eles criam represas em rios.
Estas barragens significativamente
alterar o fluxo de nutrientes
e, por conseguinte, o
crescimento e abundância
de plantas locais e ani-
mals. sua tremenda
efeito pode ser observado nas
Terra do Fogo, uma área de
América do Sul (no Chile e
Argentina) wheretheyhavebeen
introduzido. Beaver não são nativos
para a América do Sul, e nenhuma outra
espécies nativas tem a capacidade de
criar barragens em rios, de modo bea-
vers estão alterando o local,
ecossistemas, substituindo o
de crescimento lento Nothofagus
árvores para prados. este
em alterar a estrutura do
ecossistema fornece evidências
sobre o papel fundamental que
esta espécie tem em sua nativa
e escala exótica.
corais
O arbusto coral marfim compacto
(Arbuscula Oculina) é consi-
rado uma espécie-chave
porque cria nova habi-
tat. Esta espécie de coral é
endémica da costeira e
habitats bottomland nearshore de
Norte e Carolina do Sul no
Estados Unidos. É a única espécie de coral encontrados neste
região. Ele forma colónias ramificados complexos que proporcionam
abrigo para mais de trezentas espécies de invertebrados que
são conhecidos por viver e completar grande parte do seu ciclo de vida
em torno de ramos do coral.

Nas savanas da África, elefantes (Loxodonta africana)


são herbívoros destrutivas que consomem grandes quantidades de plantas lenhosas
e muitas vezes arrancar, quebrar e destruir o

árvores e arbustos em que eles se alimentam. A tampa diminuiu


e densidade de vegetação lenhosa favorece o crescimento e
produção de gramíneas, mudando rapidamente de uma área de
floresta para savana. Muitos outros herbívoros que se alimentam de
as gramíneas beneficiar das actividades de elefantes.
colibris
Beija-flores são funcionalmente importante em muitos eco-
sistemas de fornecimento de serviços de polinização de muitas plantas
espécies. Eles exemplificam um link Keystone espécie. Estes
altamente aves especializadas polinizar plantas que se adaptaram
para ser polinizada por estas espécies de aves. Eles servem como
ligações móveis entre populações de plantas em terra- diferente
scapes, facilitando o movimento de pólen (e, portanto, gene
fluir), muitas vezes ao longo de distâncias consideráveis. polinização desenca-
produção de sementes gers e, portanto, sur- população de plantas
vência. Um exemplo do papel fundamental dos beija-flores
pode ser encontrado no sul da América do Sul em florestas de
Patagônia (Argentina e Chile). o beija-flor
espécies Sephanoides sephanoides poliniza quase 20 per-
cento da flora lenhosas locais. Estas espécies de plantas poderia ir
extintos ou tornar-se muito raro, se este pássaro desapareceu, uma vez que
nenhuma outra espécie está adaptada para polinizar-los.

Como Keystone espécies afetam


ecossistemas

Muitos dos efeitos no ecossistema são atribuídos a espécies-chave.


Por exemplo, no trabalho original de Paine, ele relatou que
diversidade da comunidade piscina natural diminuiu drastica-
camente quando as espécies-chave (a estrela do mar) foi removido.
O predador preferida de forragem na mais abundante
mexilhão (Mytilus californianus), e quando o predador foi
removido, a população deste mexilhão explodiu em núme-
bros que impediram muitas outras espécies de existir no
as piscinas de maré. Portanto, este predador trapezóide aumenta com-
Comunidade diversidade de forragem na espe- mais abundante
CIES, que beneficia espécies de presas menos abundantes. De outros
estudos sobre espécies de predadores foram encontrados resultados semelhantes.
Muitas espécies dominantes dependem mutualism para
a sua sobrevivência. Portanto, essas espécies mutualistas pode
desempenham um papel fundamental no funcionamento do ecossistema e sua
a remoção pode alterar drasticamente a sua dinâmica, tal como em
teias alimentares que contenham beija-flores. Da mesma forma, peça fundamental
espécies que são engenheiros do ecossistema pode, através da criação e
alterando habitats, afetam diretamente outras espécies que precisam
estas áreas para obter comida ou abrigo.

Problemas com as outras definições


As espécies-chave prazo tem muitas definições; e em
algumas áreas da ciência, o termo é mais usado para casualmente significa
qualquer espécie que tem um grande impacto sobre o

ecossistema estudado, não importa sua abundância ou biomassa.


Este uso casual do termo levou a ataques contra a con-
CEPT, pois pode ser muito vaga e, portanto, de significado
Menos. A frase foi mesmo livremente e vagamente emprestado
Biologia do lado de fora; por exemplo, ele migrou em Busi-
ness e economia, onde "distorção" é usado para descrever
organizações que melhoram o ecossistema de negócios por
incorporando inovações tecnológicas, simplificando o
conexão entre os participantes da rede e / ou prestadores
ing um ambiente estável. A sua importância para os negócios
ecossistemas é tal que a sua remoção levaria à
colapso de todo o ecossistema.
O conceito de espécies Keystones ajuda a determinar
espécies prioritárias para a conservação e habitats que necessitam de
protecção. Identificar espécies-chave, no entanto, não é
simples, devido à complexidade da natureza e da sua tem-
variabilidade ral e espacial. A espécie pode ser Keystone
em determinadas circunstâncias (por exemplo, um ano seco) mas redun-
dant em outros (por exemplo, molhado ou anos normais). esta observância
cates o uso e detecção de espécies-chave.
Além disso, pode haver problemas inerentes
baseando conservação em espécies-chave. O conceito
implica que algumas espécies são mais importantes do que outros
a manter um determinado ecossistema, o que sugere que
mais recursos devem ser dedicados a protegê-los
em vez de outras espécies, mais redundantes. Este pode ser um
problema, dada a complexidade dos sistemas naturais e da
fato bem conhecido que as forças de interação mudar com
espaço e tempo. Além disso, é importante considerar que teclado
espécies de pedra pode ser apenas uma construção humana com base na nossa
capacidades de observação e experimentais limitados (ou seja,
a diferença entre as espécies redundantes e Keystone
pode não existir na natureza). Portanto, os planos de conservação
feita em torno deles pode não ser ideal.
O futuro
Espécies-chave são um conceito central na biologia. o
termo é amplamente usado em teórica, aplicada, e conser-
biologia vação e também serve como uma ferramenta heurística no ecologista
gia para explicar cadeias alimentares e funcionamento dos ecossistemas.
Espécies-chave são reconhecidos como um conceito para ajudar
entender a diversidade dos ecossistemas e funcionamento. A bib-
análise liographic usando o acadêmico Web ferramenta de busca

Flagship species

A Biologia da Conservação é a disciplina que estuda o estado da


biodiversidade no planeta com o objetivo de proteger as espécies e
ecossistemas da extinção provocadas por atividades humanas. Neste campo
há o entendimento de que não é possível arrecadar subsídios suficientes
para proteger e criar projetos de conservação para todas as espécies de uma
área, muito embora todas as espécies tenham valor e sejam merecedoras de
proteção.

A solução que garante uma proteção ao mesmo tempo abrangente e


economicamente viável está no conceito de espécie
bandeira (ou flagship species, em inglês). Surgido nos meados dos
anos 80, no âmbito dos debates sobre a forma de priorizar espécies para a
conservação, este conceito sustenta que ao elevar o perfil de uma
determinada espécie, é possível angariar, com sucesso, mais apoio para a
conservação da biodiversidade em geral. Em outras palavras, ao chamar a
atenção da população à situação de perigo de determinada espécie mais
carismática, todo o ecossistema ao seu redor (incluindo as demais espécies,
menos carismáticas) têm mais chances de serem preservados.

Espécies bandeira podem ser selecionadas de acordo com diferentes


características, dependendo do que é valorizado pelo público que tentam
atingir, engajando-o na conservação do meio ambiente. Em geral, são
escolhidas pela sua atratividade (aparência) e carisma junto ao público, o
conhecimento prévio pela população da espécie e de sua vulnerabilidade ou
importância ecológica.

Embora seja um conceito eficiente, há limitações ao seu uso: ao priorizar as


espécies-bandeira corre-se o risco de distorcer prioridades, em que são
favorecidas em detrimento de espécies em maior risco e não tão populares;
as administrações de diferentes espécies-bandeiras podem entrar em
conflito; e o desaparecimento do principal pode ter impactos negativos
sobre as atitudes e ânimos dos atores de conservação.
As primeiras espécies alvo do conceito foram os primatas neotropicais e os
elefantes e rinocerontes africanos, numa abordagem centrada nos grandes
mamíferos, que ainda dominam como o conceito é usado nos dias atuais.

No Brasil, o principal exemplo de espécie bandeira é o mico-leão


dourado (Leontopithecus rosalia), que representa a conservação da Mata
Atlântica. Outros são a onça-pintada (Panthera onca), representando os
diversas biomas brasileiros (Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado, Pantanal);
o tamanduá-bandeira(Myrmecophaga tridactyla) para o Cerrado e
as araras-azuis (Anodorhynchus spp.), também do Cerrado e Pantanal.

No mundo, o mais famoso é o urso-panda (Ailuropoda melanoleuca), da


China, que graças ao seu enorme carisma também foi escolhido como
marca da WWF (World Wide Fund for Nature). Além pode-se destacar
o tigre-de-bengala (Panthera tigris tigris), da Índia, o elefante-
africano (Loxodonta spp.); os gorilas (Gorilla spp.), na África Central;
o urso-polar (Ursus maritimus), no Canadá; oorangotango (Pongo
spp.) no sudeste asiático.

Espécie Guarda-Chuva
Conceito de Espécie Guarda-Chuva: Espécie guarda-chuva é o termo que designa as espécies que
com a sua proteção ajudam a proteger, de forma indireta…

Conceito de Espécie Guarda-Chuva


Espécie guarda-chuva é o termo que designa as espécies que com a sua proteção ajudam a
proteger, de forma indireta, outras espécies que usam o mesmo habitat. O termo foi introduzido
por Frankel e Soule em 1981. Este conceito está muitas vezes associado aos conceitos de espécie
bandeira e espécie chave.

Os conservacionistas usam uma determinada espécie, de grande importância para a população,


para chamar à atenção para os problemas a que esta está sujeita no seu ecossistema. Ao
favorecerem a conservação desta espécie estão também a proteger outras espécies que utilizam o
mesmo habitat, mas que não estão tão visíveis à população. Alguns casos demonstraram que nem
todas as espécies que habitam o mesmo habitat que uma espécie guarda-chuva estão protegidas
pelas medidas implementadas, pois não estão diretamente associadas à espécie guarda-chuva e
possuem hábitos diferentes.

Estas espécies caraterizam-se por serem bastante conhecidas e estudadas. Estas possuem uma
esperança média de vida elevada, são muito sensíveis às alterações do meio (tornando-as bons
representantes para as causas), estão muito bem adaptadas ao meio em que habitam, além de
serem importantes para o seu ecossistema. As espécies escolhidas podem possuir necessidades
comuns a muitas outras espécies. Estas necessidades podem estar relacionadas com a sua fonte
de alimento ou simplesmente estes seres podem precisar de um habitat com uma grande
extensão de área, o que pode abrigar muitas outras espécies e cuja proteção favorecerá todas elas.

O ideal seria que as espécies propostas como espécie GCHUVA ainda não se encontrassem em
perigo de extinção, no entanto, na grande maioria dos casos as espécie propostas já se encontram
em perigo, sendo o processo um pouco contraproducente. Este fato pode significar a ineficácia
das medidas tomadas, fazendo com que as outras espécies já não venham a tirar proveito do
estatuto da espécie nomeada. As espécies selecionadas não devem estar presentes em muitos
locais do globo, isto é, a sua distribuição não deve ser cosmopolita, mas ao mesmo tempo estas
espécies também não devem ser muito raras pois correm o risco de desaparecer mais facilmente.

Um das vantagens das espécies guarda-chuva reside no fato de não ser necessário amostrar e
monitorizar todas as espécies presentes no ecossistema para provar a necessidade de uma
intervenção neste, ao amostrar apenas a espécie guarda-chuva poupa-se custos e recursos que
podem ser usados para a realização de uma intervenção no habitat, caso esta seja necessária. As
desvantagens prendem-se muitas vezes pela utilização de formas mais simples de gestão em
detrimento de uma gestão integrada com o uso coordenado várias técnicas, podendo assim
ocorrer negligencia na conservação de espécies de menor importância para o público.

Normalmente estas espécies são associadas a mamíferos de grande porte, mas podem também
ser nomeadas espécies de aves, répteis e muitos outros seres vivos, sejam eles aquáticos ou
terrestres. Alguns exemplos de espécies guarda-chuva são: corujas, borboletas, tigres, ursos,
lobos, rinocerontes, baleias, linces entre muitos outros seres vivos.

AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVACAO


PROCEDIMENTOS QUALITATIVOS E REGRAS PARA AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA AMEAÇA

Os processos de avaliação conduzidos pela UICN são realizados em nível global, considerando-se a
população total do táxon, em todo o globo. Uma avaliação em nível nacional, , é considerada pela
UICN como uma avaliação “regional” e algumas diretrizes adicionais devem ser observadas.

NÍVEL TAXONÔMICO PARA AVALIAÇÃO

As avaliações devem ocorrer preferencialmente no nível taxonômico de espécie, e estas devem ser
sempre identificadas pelo binômio gênero-espécie. Excepcionalmente um táxon pode ser avaliado
no nível de subespécie, desde que haja justificativa para isso (por exemplo, se uma subespécie está
sob uma ameaça que não atinja o restante da espécie) e que a espécie como um todo já tenha sido
avaliada.

Espécies ainda não descritas também podem ser excepcionalmente avaliadas, desde que atendam as
seguintes condições:

• Existir um entendimento geral de que a forma não descrita é uma espécie válida;

• A descrição da espécie deve estar em andamento;

• Sua avaliação neste momento ajudará na sua conservação;

• Deve ser fornecida informação clara sobre a distribuição da espécie;

• O pesquisador responsável pela proposta da nova espécie e a instituição que contém o material
coletado devem ser identificados;

• Deve ser incluído nome comum local se houver, e se não houver, deve ser criado, para que possa
ser usado para indicar claramente a identidade deste táxon sem qualquer implicação sobre validade
científica.

Uma espécie não descrita será identificada com o nome do gênero e a abreviatura sp. A descrição da
espécie deve ser publicada até no máximo 4 anos após sua avaliação, caso contrário a avaliação será
desconsiderada.

Não são avaliados os seguintes casos:

• Híbridos;

• Níveis taxonômicos infra-específicos tais como formas, sub-variedades, variedades de subespécies,


etc;

• Táxon domesticado (no caso de um táxon possuir tanto indivíduos domésticos quanto silvestres,
apenas a população silvestre deve ser avaliada; animais ferais derivados de uma fonte doméstica
não devem ser incluídos);

• Táxon extinto antes de 1500 DC;

• Taxa infra-específicos ainda não descritos;

• Níveis taxonômicos superiores (ou seja, acima do nível da espécie).

CONCEITOS

Para que a avaliação seja conduzida corretamente, alguns conceitos essenciais precisam ser
considerados. Alguns destes conceitos são necessários para a condução de avaliações nacionais.
Outros são úteis para a aplicação dos critérios, que serão descritos adiante. A seguir a relação dos
principais conceitos (IUCN, 2010):

I.
População e tamanho da população (critérios A, C e D)

O termo “população” é utilizado num sentido próprio nos critérios da UICN que é diferente das
definições biológicas habituais, sendo definida como o número total de indivíduos do táxon ,
significando o mesmo que “população global”. Por razões funcionais, essencialmente devidas às
diferentes formas de vida, o tamanho da população é avaliado apenas pelo número de indivíduos
maduros.

II.

Subpopulações (critérios B e C)

Subpopulações são definidas como grupos da população, separados geograficamente ou de outra


forma, entre os quais há poucas trocas demográficas ou genéticas (geralmente um migrante ou
gameta bem sucedido por ano ou menos).

III.

Indivíduos maduros (critérios A, B, C e D)

O número de indivíduos maduros é o número de indivíduos conhecido, estimado ou inferido capaz


de se reproduzir. Na estimativa deste número devem ser levados em consideração os seguintes
pontos:

• Indivíduos maduros que nunca irão produzir novos recrutas não devem ser contados (ex.: as
densidades são demasiado baixas para ocorrer fertilização).

• No caso de populações com desvio da proporção entre sexos (adultos ou reprodutores) é


apropriado utilizar estimativas mais baixas para o número dos indivíduos maduros, que considerem
este aspecto.

• Quando o tamanho da população flutua, deve-se utilizar uma estimativa mais baixa. Na maioria
dos casos esta será muito mais baixa do que a média.

• As unidades reprodutoras de um clone devem ser contadas como indivíduos, exceto quando estas
unidades sejam incapazes de sobreviver isoladas (ex. corais).

• No caso de táxon que naturalmente perde todos ou uma parte dos indivíduos maduros numa fase
qualquer do seu ciclo de vida, as estimativas devem ser feitas no momento apropriado, quando os
indivíduos maduros estão prontos para a reprodução.

• Indivíduos reintroduzidos têm que ter produzido descendentes viáveis antes de serem contados
como indivíduos maduros.

IV.

Tempo geracional (critérios A, C e E)

A duração do tempo geracional é a idade média dos progenitores da coorte atual

(i.e.
dos indivíduos que acabam de nascer). A duração do tempo geracional reflete assim a taxa de
renovação dos indivíduos reprodutores numa população. A duração do tempo geracional é maior do
que a idade da primeira reprodução e menor do que a idade do indivíduo reprodutor mais velho,
exceto em táxon que se reproduz apenas uma vez. Quando a duração do tempo geracional de uma
população sob ameaça se altera, deve ser usada a duração do tempo geracional natural, anterior à
perturbação.

V.

Redução (critério A)

A redução é um declínio no número de indivíduos maduros de pelo menos uma quantidade (%)
estabelecida sob o critério, durante o período de tempo (em anos) especificado, embora esse
declínio não tenha de ser contínuo. Uma redução não deve ser interpretada como parte de uma
flutuação, a não ser que haja boas evidências para isso. A fase decrescente de uma flutuação não
será normalmente considerada como uma redução.

VI.

Declínio continuado (critérios B e C)

Um declínio continuado é um declínio recente, em curso ou previsto (que pode ser suave, irregular
ou esporádico) e que é presumível que continue a não ser que se tomem medidas de recuperação.
As flutuações não serão normalmente consideradas como declínios continuados, mas um declínio
observado não deve ser interpretado como uma flutuação a não ser que haja evidências para isso.

VII.

Flutuação acentuada (critérios B e C)

Pode-se dizer que ocorre uma flutuação acentuada quando o tamanho da população ou a área de
distribuição varia extrema, rápida e frequentemente, tipicamente com uma variação superior a uma
ordem de magnitude (i.e. um aumento ou decréscimo de dez vezes).

VIII.

Fragmentação severa da população (critério B)

O termo “fragmentação severa” refere-se à situação na qual o aumento do risco de extinção do


táxon resulta do fato de que a maior parte dos seus indivíduos se encontra em populações pequenas
e relativamente isoladas. Estas pequenas populações podem extinguir-se e ter uma reduzida
probabilidade de recolonização.

A fragmentação deve ser avaliada em uma escala apropriada para o isolamento biológico do táxon
considerado. Taxa com alta mobilidade tem maior facilidade de dispersão, e não são tão vulneráveis
ao isolamento causado pela fragmentação do habitat. Taxa com baixa mobilidade são menos
eficientes para se dispersar a longas distâncias e mais facilmente isolados pelo efeito da
fragmentação do habitat. A fragmentação do habitat natural pode ser usada como evidência direta
para fragmentação da população de taxa com pouca habilidade de dispersar.
IX.

Extensão de ocorrência – EOO (critérios A e B)

A extensão de ocorrência é definida como a área contida dentro do menor limite imaginário
contínuo que possa ser traçado para englobar todos os pontos conhecidos, inferidos ou projetados
da presença atual de um táxon, excluindo os casos de errantes e visitantes. Esta medida pode excluir
descontinuidades ou disjunções no interior das áreas globais de distribuição de um táxon (ex.
grandes áreas de habitat claramente inadequado).

A EOO pode freqüentemente ser medida por um mínimo polígono convexo (o menor polígono no
qual nenhum ângulo interno seja maior que 180 º e que contenha todos os pontos de ocorrência)
(IUCN 2001).

X.

Área de ocupação – AOO (critérios A, B e D)

A área de ocupação é definida como a área que é ocupada por um táxon no interior da sua
“extensão de ocorrência”, excluindo os casos de errantes e visitantes. Esta medida reflete o fato de
que um táxon geralmente não ocorre por toda a sua extensão de ocorrência, a qual pode conter
porções de habitats inadequados ou desocupados. Em alguns casos (ex. sítios de nidificação colonial
insubstituíveis, sítios de alimentação

cruciais para táxon migratório) a área de ocupação é a menor área essencial, em qualquer fase do
ciclo de vida, para a sobrevivência das populações de um táxon . O tamanho da área de ocupação é
uma função da escala em que é medida, que deve ser apropriada aos aspectos biológicos relevantes
do táxon, à natureza das ameaças e dos dados disponíveis. Para evitar inconsistências e erros nas
avaliações, causados pela estimativa de áreas de ocupação em escalas diferentes, pode ser
necessário padronizar as estimativas pela aplicação de um fator corretivo de escala. É difícil
estabelecer regras para a padronização, já que diferentes tipos de táxon têm diferentes relações
área/escala.

XI.

Localização (critérios B e D)

O termo localização define uma área, geográfica ou ecologicamente distinta, na qual uma única
ameaça pode afetar rapidamente todos os indivíduos do táxon considerado. O tamanho da
localização depende da área abrangida pela ameaça e pode incluir parte de uma ou mais
subpopulações. Quando um táxon é afetado por mais de uma ameaça, a localização deve ser
definida considerando a ameaça mais séria.

A justificativa para o número de localizações deve incluir a referência da ameaça mais séria e
plausível, e como ela afeta o táxon .

XII.

Análise quantitativa (critério E)


Uma análise quantitativa é definida aqui como qualquer forma de análise para estimar a
probabilidade de extinção de um táxon , baseada no conhecimento do seu ciclo de vida, requisitos
de habitat, ameaças e quaisquer opções de gestão específicas. A Análise da Viabilidade da População
(Population Viability Analysis --PVA) é uma dessas técnicas. A análise quantitativa deve fazer uso
integral de todos os dados relevantes disponíveis. Numa situação em que haja pouca informação, os
dados disponíveis podem ser usados para obter uma estimativa do risco de extinção (por exemplo,
estimar o impacto de um acontecimento estocástico no habitat). Na apresentação dos resultados da
análise quantitativa, os pressupostos (que devem ser apropriados e defensáveis), os dados usados e
suas incertezas ou o modelo quantitativo utilizado devem estar documentados.

XIII.

População reprodutora

Uma população ou subpopulação que se reproduz dentro de uma região, seja todo

o ciclo reprodutivo ou alguma parte essencial dele.

XIV.

População silvestre

Uma população dentro de sua área de distribuição natural, onde os indivíduos são resultado de uma
reprodução natural (quer dizer, não são resultado de liberações ou deslocamentos com intervenção
humana). Se uma população é o resultado de uma introdução benigna que tenha sido bem sucedida,
a população é considerada silvestre.

XV.

Introdução benigna

Uma tentativa de estabelecer um táxon , com propósito de conservação, fora de sua área de
distribuição registrada, mas dentro de um habitat e área ecogeográfica apropriada. Esta é uma
ferramenta de conservação factível somente quando não existem áreas remanescentes dentro da
distribuição histórica da espécie.

XVI.

Táxon Errante

Um táxon que é encontrado atualmente somente de forma ocasional dentro dos limites de uma
região.

XVII.

Táxon Visitante

Um que não se reproduz em uma região, mas ocorre de forma regular dentro de seus limites,
atualmente ou durante algum período do último século. Para definir os limites entre visitantes e
errantes, pode ser utilizado uma porcentagem predeterminada da população global encontrada na
região ou previsibilidade da ocorrência.

XVIII.

Efeito resgate

Processo mediante o qual a imigração de propágulos resulta em uma redução no risco de extinção
para a população em questão.

XIV.

Propágulos

A entidade viva capaz de dispersar e de produzir um novo indivíduo maduro, por exemplo, esporos,
sementes, frutas, ovo, larva. Gametas e pólen não são considerados propágulos nesse contexto.

XV.

Sumidouro

Área em que a reprodução local de um táxon é menor que a mortalidade local. O termo é
geralmente utilizado para referir-se a uma subpopulação que experimenta uma

imigração a partir de uma fonte onde a reprodução local é mais alta que a mortalidade local.

AVALIAÇÃO REGIONAL, NACIONAL E GLOBAL

O termo regional é utilizado para indicar qualquer zona geográfica em nível submundial, seja
continente, país, estado ou província. Ao se avaliar o estado de conservação de uma espécie da
fauna mocambicana, a primeira consideração a fazer é se a espécie é endêmica ao território nacional
ou não. Para espécies endêmicas, a avaliação nacional equivale à avaliação global da espécie. Se a
espécie não é endêmica, diferentes situações podem ocorrer:

1.

Pode tratar-se de uma subpopulação isolada;

2.

Pode tratar-se de táxon que visita o território nacional apenas ocasionalmente, e que pode ou não
se reproduzir na região; ou

3.

Pode tratar-se de parte de uma população, definida apenas por uma fronteira geográfica, em que os
indivíduos podem migrar de ou para outras populações fora dessa fronteira.

Espécies que migram para outras regiões durante parte do ano podem ser afetadas pelas condições
do habitat de lá. Durante a avaliação mocambicana, portanto, é preciso atenção nos casos em que a
população do táxon dentro do território nacional é apenas uma parte da população global. Nestes
casos será necessário incluir informações adicionais sobre o restante da população ou
subpopulações que se encontram fora do território nacional.

A avaliação regional é realizada em dois passos e difere ligeiramente dependendo se a espécie se


reproduz ou não dentro da região. As populações externas podem influenciar o risco de extinção da
população regional, alterando a categorização para um nível mais alto ou mais baixo.

Para populações que se reproduzem em território nacional, o primeiro passo é conduzir uma
avaliação padrão, resultando em uma categorização preliminar. Todos os dados utilizados devem ser
referentes à população regional, não à população global. O segundo passo é investigar a existência e
o estado de populações da espécie fora da região. Se a população regional for isolada, a categoria
definida na avaliação preliminar se mantém. Se populações fora da região afetam o risco de extinção
regional, a categoria deve ser alterada para um nível mais apropriado. A população regional pode
receber migrantes de fora, criando um efeito resgate, o que tende a diminuir o risco de extinção na
região e nesse caso, deve se reduzir a categoria definida no primeiro passo, em um

grau. Por outro lado, se a população na região é um sumidouro, incapaz de se sustentar sem a
entrada de novos imigrantes E a fonte extra-regional está em declínio, o risco de extinção da
população regional aumenta, e a categoria definida inicialmente deve ser elevada em um grau. Caso
não se conheça a influência das populações de fora no risco de extinção regional, a categoria inicial
deve ser mantida.

Para populações visitantes, que não se reproduzem em território nacional, em primeiro lugar deve
ser considerada a diferença entre um visitante e um errante, pois esse último não pode ser avaliado.
Os dados usados devem se referir à população regional, não à população global. Para se projetar de
forma correta uma redução na população ou um declínio continuado pode ser necessário examinar
as condições fora da região, particularmente na área de reprodução. Também é essencial distinguir
verdadeiras mudanças e flutuações na população de mudanças momentâneas, que pode ser devido
a um clima desfavorável em determinado ano, por exemplo. No segundo passo, devem ser
consideradas as condições ambientais dentro e fora da região e haverá redução no risco definido no
primeiro passo apenas se as condições ambientais estiverem estáveis ou melhorando.

CATEGORIAS DE RISCO DE EXTINÇÃO

Um táxon pode ser enquadrado em onze categorias distintas de acordo com o grau do risco de
extinção em que se encontra. Por convenção, sempre que houver referência a determinada
categoria utiliza-se o nome em português e a sigla no original em inglês, entre parênteses. Nessa
categorização, um táxon pode ser considerado:

Extinto (EX) -Extinct

Extinto na Natureza (EW) -Extinct in the Wild

Regionalmente Extinto (RE) -Regionally Extinct

Criticamente em Perigo (CR) -Critically Endangered Em Perigo (EN) -Endangered Vulnerável (VU) -
Vulnerable

Quase Ameaçado (NT) -Near Threatened


Menos Preocupante (LC) -Least Concern

Dados Insuficientes (DD) -Data Deficient

Não Aplicável (NA) -Not Applicable

Não Avaliado (NE) -Not Evaluated

Observação: Regionalmente Extinto, nesse caso, se equivale a “Extinto no Brasil”.

Os taxa considerados Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável, são aqueles que necessitam
de ações de conservação em um futuro imediato.

CRITÉRIOS

Há cinco critérios quantitativos que são utilizados para determinar se um táxon está ameaçado e a
que categoria de ameaça pertence (Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável). A maioria
deles inclui subcritérios que são usados para justificar mais especificamente a classificação de um
táxon em uma categoria específica.

Os cinco critérios são:

A.

Redução da população (passada, presente e/ou projetada);

B.

Distribuição geográfica restrita e apresentando fragmentação, declínio ou flutuações;

C.

População pequena e com fragmentação, declínio ou flutuações;

D.

População muito pequena ou distribuição muito restrita;

E.

Análise quantitativa de risco de extinção (por exemplo, PVA -Population Viability Analysis).

Como aplicar os critérios

A.
Redução da População (Declínio medido ao longo de 10 anos ou 3 gerações – o que for mais longo):

Criticamente Em Perigo (CR)

Em Perigo (EN)

Vulnerável (VU)

A1

≥ 90%

≥ 70%

≥ 50%

A2, A3, A4

≥ 80%

≥ 50%

≥ 30%

A1. Redução da população observada, estimada, inferida ou suspeitada de ter ocorrido no passado,
sendo as causas da redução claramente reversíveis E compreendidas E tenham cessado baseado em
um ou mais dos seguintes itens:

(a)

observação direta;

(b)

índice de abundância apropriado para o táxon;

(c)

declínio na área de ocupação (AOO), extensão de ocorrência (EOO) e/ou qualidade do habitat;

(d)

níveis reais ou potenciais de exploração;

(e)

efeitos de táxons introduzidos, hibridação, patógenos, poluentes, competidores ou parasitas. A2.


Redução da população observada, estimada, inferida ou suspeitada de ter ocorrido no passado,
sendo que as causas da redução podem não ter cessado OU não ser compreendidas OU não ser
reversíveis, baseado nos itens (a) a (e) acima. A3. Redução da população projetada ou suspeitada de
ocorrer no futuro (até um máximo de 100 anos), baseado nos itens (a) a
(e)

acima. A4. Redução da população observada, estimada, inferida, projetada ou suspeitada, sendo que
o período de tempo deve incluir tanto o passado quanto o futuro (até um máximo de 100 anos), e as
causas da redução podem não ter cessado OU não ser compreendidas OU não ser reversíveis,
baseado nos itens (a) a (e) acima.

B.

Distribuição geográfica restrita e apresentando fragmentação, declínio ou flutuações:

Criticamente Em Perigo (CR)

Em Perigo (EN)

Vulnerável (VU)

B1. Extensão de ocorrência

< 100 km²

< 5,000 km²

< 20,000 km²

B2. Área de ocupação

< 10 km²

< 500 km²

< 2,000 km²

E pelo menos 2 dos seguintes itens:

(a) severamente fragmentado, OU número de localidades

=1

≤5

≤ 10

(b)

declínio continuado em um dos itens: (i) extensão de ocorrência; (ii) área de ocupação; (iii) área,
extensão e/ou qualidade do habitat; (iv) número de localidades ou subpopulações; (v) número de
indivíduos maduros.

(c)
flutuações extremas em qualquer um dos itens: (i) extensão de ocorrência; (ii) área de ocupação; (iii)
número de localidades ou subpopulações; (iv) número de indivíduos maduros.

C.

População pequena e com fragmentação, declínio ou flutuações:

Criticamente Em Perigo (CR)

Em Perigo (EN)

Vulnerável (VU)

Número de indivíduos maduros

< 250

< 2.500

< 10.000

E C1 ou C2:

C1. Um declínio continuado

25% em 3 anos ou 1 geração

20% em 5 anos ou

10% em 10 anos ou 3

estimado de pelo menos:

2 gerações

gerações

C2. Um declínio continuado E (a) e/ou (b):

(a i) número de indivíduos maduros em cada subpopulação:

< 50

< 250

< 1.000

(a ii) ou % indivíduos em uma única subpopulação =

90–100%
95–100%

100%

(b)

flutuações extremas no número de indivíduos maduros

D.

População muito pequena ou distribuição muito restrita:

Criticamente Em Perigo (CR)

Em Perigo (EN)

Vulnerável (VU)

D1. Número de indivíduos maduros

< 50

< 250

< 1.000

E/OU D2...................................................................................................................

Área de Ocupação (AOO) < 20 km² ou Número de localizações ≤ 5

E.

Análises quantitativas indicando que a probabilidade de extinção na natureza é de:

Criticamente Em Perigo (CR)

Em Perigo (EN)

Vulnerável (VU)

≥ 50% em 10 anos ou 3 gerações

≥ 20% em 20 anos ou 5 gerações

≥10% em 100 anos

PRIORIDADE PARA ESCOLHA DE HABITAT PARA


CONSERVAÇÃO
Critérios para a criação de UCs
Originalmente, as áreas destinadas a se tornarem parques nacionais, as primeiras unidades de
conservação criadas no mundo ocidental, eram aquelas que possuiam paisagens de beleza excepcional. O
exemplo dos primeiros parques nacionais norte-americanos criados – Yellowstone, Yosemite, Grand
Canyon, Rainier, Zion – ilustram bem esse critério. Somente na década de 1940, com o estabelecimento do
Parque Nacional de Everglades, criado para proteger pântanos na Flórida, outros critérios começaram ser
levados em conta1.
O desenvolvimento da teoria de biogeografia de ilhas, na década de 1960, e sua posterior utilização na
conservação, na década seguinte, inaugurou uma nova era nos debates sobre os critérios de alocação e
desenho de reservas. Veja um resumo dessa teoria abaixo.

Logo após sua concepção, os ecólogos reconheceram sua aplicação potencial para a conservação e em
1975, usando a teoria como base, Jared Diamond propôs que as reservas naturais fossem consideradas
como ilhas com taxas de extinção previsíveis. Diamond também sugeriu que as taxas de extinção poderiam
decrescer se as áreas protegidas fossem desenhadas segundo alguns princípios da teoria de biogeografia de
ilhas:

 reservas grandes são preferíveis a reservas pequenas;


 uma reserva é melhor do que várias de tamanho cumulativo equivalente;
 reservas próximas são preferíveis a reservas mais espaçadas;
 reservas agrupadas em torno de um centro são melhores do que aquelas dispostas em linha;
 reservas circulares são preferíveis a reservas alongadas;
reservas conectadas por corredores são preferíveis a reservas não conectad

A teoria de biogeografia de ilhas

A teoria de biogeografia de ilhas foi desenvolvida por MacArthur e Wilson (1963 e 1967) para explicar como o número de es
mantém aproximadamente constante enquanto a composição taxonômica desse conjunto de espécies muda ao longo do temp
organismos numa ilha estão em um equilíbrio dinâmico, isto é, enquanto algumas espécies estão colonizando a ilha, outras es
Segundo MacArthur e Wilson, a taxa de colonização depende da distância entre a ilha e a fonte das espécies potenciais colon
próximas da fonte possuem uma taxa mais alta de colonização. Já a extinção depende do tamanho da ilha, ilhas menores pos
extinção. Esses autores propuseram que a taxa de colonização e a taxa de extinção, quando consideradas simultaneamente, fo
previsível de espécies em equilíbrio, mantido ao longo do tempo e uma taxa de turnover (troca) das espécies também previsív
tempo.

Desde sua proposição original, a teoria já passou por algumas transformações que relacionaram a taxa de colonização também
e a taxa de extinção também com a distância da fonte potencial de colonizadores, dado que a imigração de indivíduos de uma
presente na ilha pode retardar a extinção local da espécie.

 MacArthur, R & E.O. Wilson. 1963. An equilibrium theory of insular zoogeography. Evolution 17: 373:387.
 MacArthur, R & E.O. Wilson. 1967. The theory of island biogeography. Princeton University Press, Princeto
Essas sugestões foram imediatamente criticadas; alguns, por exemplo, afirmavam que a teoria não
justificava diretamente a preferência pelas áreas grandes ao invés de diversas pequenas, além de que essa
sugestão de desenho seria pouco realista dadas as condições ecológicas que diferenciariam os hábitats e
consequentemente, a distribuição das espécies que tem diferentes preferências alimentares e de interações
com o ambiente. Tais críticas, entre outras, deram início a uma contínua controvérsia sobre o papel da
teoria de biogeografia de ilhas no desenho de áreas protegidas2.

A sugestão de Diamond de que reservas grandes seriam melhores do que reservas pequenas revelou-se
altamente controversa. Duas outras de suas sugestões – reservas circulares preferíveis a reservas alongadas
e reservas conectadas por corredores preferíveis a reservas não conectadas – também causaram bastante
discussão. O debate acerca do tamanho preferencial das áreas protegidas ganhou até mesmo um acrônimo:
SLOSS (single large or several small - uma grande ou várias pequenas) ou Projeto Dinâmica Biológica de
Fragmentos Florestais – PDBFF. Apesar do debate ainda prosseguir, alguns autores acreditam que a ênfase
que a teoria de biogegrafia de ilhas dá à diversidade de espécies limita sua aplicação ao desenho de
reservas, pois esse envolve muitas outras considerações importantes como a raridade das espécies e a
representatividade dos habitats3.
Desde então, foram desenvolvidos inúmeros métodos para seleção e desenho de áreas prioritárias para a
alocação de reservas, mas, paralelamente, continuaram surgindo áreas protegidas fruto de oportunismo.
Atualmente, acredita-se que a representatividade que deve haver em um conjunto de áreas protegidas, para
assegurar a máxima proteção possível da biodiversidade, é colocada em risco por esse oportunismo, pois
há recursos limitados para as reservas que acabam sendo usados em áreas menos importantes. Os sistemas
de unidades de conservação possuem, em geral, uma amostra enviesada da biodiversidade, dado que
muitas reservas foram alocadas em locais remotos ou simplesmente em áreas que não apresentavam
nenhum outro uso potencial.
Há uma percepção crescente de que as áreas protegidas têm maiores possibilidades de desempenhar um
papel fundamental na conservação da biodiversidade se fizerem parte de um sistema representativo, ou seja
um sistema que contenha o maior número possível de exemplos de elementos característicos da
biodiversidade. Assim, os critérios desenvolvidos nas últimas décadas consideram não apenas uma área
onde eventualmente seria alocada uma unidade de conservação, mas a combinação entre diversas áreas
para assegurar um conjunto representativo de reservas.

Complementaridade, flexibilidade e raridade


Um método interessante desenvolvido na década de 1990, para a seleção de novas áreas para a
conservação da biodiversidade, considerando a escala regional e a representatividade, baseia-se em três
princípios: complementaridade, flexibilidade e raridade. A complementaridade refere-se à estratégia de se
verificar, antes da definição do local da unidade de conservação, o que as outras reservas da região contêm
visando a selecionar uma área cujas características venham a complementar as já presentes nas outras
unidades.

Esse princípio é importante pois na maioria das regiões, as parcelas que serão destinadas à conservação são
limitadas. A flexibilidade diz respeito às várias formas de combinação de locais para formar um conjunto
representativo de áreas protegidas. A existência dessas combinações permite que haja espaço para negociar
e para, se possível, evitar conflitos. Por fim, a raridade trata da freqüência em que os locais importantes
para a conservação da biodiversidade ocorrem em cada uma das combinações que formam um conjunto
representativo de reservas. A raridade mede a contribuição potencial de um local para o objetivo de
conservação e a diminuição de opções, para a consecução de um conjunto representativo de áreas
protegidas, derivada da perda do local em questão.

Quando colocados em prática, esses princípios devem ser aplicados levando-se em conta outros fatores
como a viabilidade das populações que serão abrangidas pelas reservas. O método também enfatiza que a
definição de representatividade não deve se limitar aos tipos de solo e de vegetação e às populações das
espécies, mas deve considerar as dinâmicas temporais e espaciais que atuam sobre as paisagens e
populações4.
Outros métodos foram desenvolvidos considerando outros elementos além desses três princípios, como por
exemplo, a diversidade taxonômica, as ameaças à integridade da área, os custos e o uso da terra na região.
Embora muitos merecessem um exame mais aprofundado, o que deve ser ressaltado é que a ideia de um
planejamento regional e a preocupação com a representatividade estão presentes em todos eles.

O planejamento sistemático

PRINCIPAIS FORMAS E PRATICAS DECONSERVAÇÃO BIOLÓGICA

Os recursos genéticos são mantidos em condições in situ, on farm, e ex situ. A conservação in


situ de recursos genéticos é realizada, basicamente, em reservas genéticas, reservas
extrativistas e reservas de desenvolvimento sustentável. Naturalmente, a conservação in situ de
recursos genéticos pode ser organizada também em áreas protegidas, seja de âmbito federal,
estadual ou municipal. As reservas genéticas, por exemplo, são implantadas e mantidas em
áreas prioritárias, de acordo com a diversidade genética de uma ou mais espécies de
reconhecida importância científica ou sócio-econômica. Teoricamente, essas reservas podem
existir dentro de uma área protegida, de uma reserva indígena, de uma reserva extrativista e de
uma propriedade privada, entre outras.

Nos termos da Convenção sobre Diversidade Biológica, conservação in situ é definida como
sendo a conservação dos ecossistemas e dos habitats naturais e a manutenção e a
reconstituição de populações viáveis de espécies nos seus ambientes naturais e, no caso de
espécies domesticadas e cultivadas, nos ambientes onde desenvolveram seus caracteres
distintos. A conservação in situ apresenta algumas vantagens, tais como: (i) permitir que as
espécies continuem seus processos evolutivos; (ii) favorecer a proteção e a manutenção da vida
silvestre; (iii) apresentar melhores condições para a conservação de espécies silvestres,
especialmente vegetais e animais; (iv) oferecer maior segurança na conservação de espécies
com sementes recalcitrantes e (v) conservar os polinizadores e dispersores de sementes das
espécies vegetais. Deve-se considerar, entretanto, que este método é oneroso, visto depender
de eficiente e constante manejo e monitoramento, pode exigir grandes áreas, o que nem sempre
é possível, além do que a conservação de uma espécie em um ou poucos locais de ocorrência
não significa, necessariamente, a conservação de toda a sua variabilidade genética.

A conservação on farm pode ser considerada uma estratégia complementar à conservação in


situ, já que esse processo também permite que as espécies continuem o seu processo
evolutivo. É uma das formas de conservação genética da agrobiodiversidade, um termo utilizado
para se referir à diversidade de seres vivos, de ambientes terrestres ou aquáticos, cultivados em
diferentes estados de domesticação. A conservação on farm apresenta como particularidade o
fato de envolver recursos genéticos, especialmente variedades crioulas - cultivadas por
agricultores, especialmente pelos pequenos agricultores, além das comunidades locais,
tradicionais ou não e populações indígenas, detentoras de grande diversidade de recursos fito-
genéticos e de um amplo conhecimento sobre eles. Esta diversidade de recursos é essencial
para a segurança alimentar das comunidades. Dentre os principais recursos fito-genéticos
mantidos a campo pelos pequenos agricultores brasileiros estão a mandioca, o milho e o feijão.
Contudo, muitos recursos genéticos de menor importância para a sociedade "moderna" são
também mantidos, podendo-se citar como exemplos uma série de espécies de raízes e
tubérculos, plantas medicinais e aromáticas, além de raças locais de animais domesticados
(suínos, caprinos e aves, entre outros). A manutenção desses materiais on farm, com ênfase
para as variedades crioulas, envolve recursos nativos e exóticos adaptados às condições locais.
Outra particularidade é que estas variedades crioulas, mesmo deslocadas de suas condições
naturais, continuam evoluindo na natureza, já que estão permanentemente submetidas à
diferentes condições edafoclimáticas.

A conservação ex situ, por sua vez, envolve a manutenção, fora do habitat natural, de uma
representatividade da biodiversidade, de importância científica ou econômico-social, inclusive
para o desenvolvimento de programas de pesquisa, particularmente aqueles relacionados ao
melhoramento genético. Trata da manutenção de recursos genéticos em câmaras de
conservação de sementes (-20º C), cultura de tecidos (conservação in vitro), criogenia - para o
caso de sementes recalcitrantes, (-196º C), laboratórios - para o caso de microorganismos, a
campo (conservação in vivo), bancos de germoplasma - para o caso de espécies vegetais, ou
em núcleos de conservação, para o caso de espécies animais. A conservação ex situ implica,
portanto, a manutenção das espécies fora de seu habitat natural e tem como principal
característica: (i) preservar genes por séculos; (ii) permitir que em apenas um local seja reunido
material genético de muitas procedências, facilitando o trabalho do melhoramento genético; (iii)
garantir melhor proteção à diversidade intraespecífica, especialmente de espécies de ampla
distribuição geográfica. Este método implica, entretanto, na paralisação dos processos
evolutivos, além de depender de ações permanentes do homem, visto concentrar grandes
quantidades de material genético em um mesmo local, o que torna a coleção bastante
vulnerável.

As três formas de conservação, in situ, on farm e ex situ, são complementares e formam,


estrategicamente, a base para a implementação dos três grandes objetivos da Convenção sobre
Diversidade Biológica: i) conservação da diversidade biológica; ii) uso sustentável dos seus
componentes e iii) repartição dos benefícios derivados do uso dos recursos genéticos. A
conservação on farm vem recebendo crescente atenção nos diversos fóruns internacionais
relacionados à temática da conservação dos recursos genéticos. Nesse contexto, a Convenção
sobre Diversidade Biológica, por meio das suas Conferências das Partes, tem dado especial
atenção a essa questão, considerando que: i) o campo da agricultura oferece oportunidade
única para o estabelecimento de ligação entre a conservação da diversidade biológica e a
repartição de benefícios decorrentes do uso desses recursos; ii) existe uma relação próxima
entre diversidade biológica, agronômica e cultural; iii) a diversidade biológica na agricultura é
estratégica, considerando os contextos sócio-econômicos nos quais ela é praticada e as
perspectivas de redução dos impactos negativos sobre a diversidade biológica, permitindo a
conciliação de esforços de conservação com ganhos sociais e econômicos; iv) as comunidades
de agricultores tradicionais e suas práticas agrícolas têm uma significativa contribuição para a
conservação, para o aumento da biodiversidade e para o desenvolvimento de sistemas
produtivos agrícolas mais favoráveis ao meio ambiente; v) o uso inapropriado e a dependência
excessiva de agro-químicos têm produzido efeitos significativos sobre os ecossistemas, com
impactos negativos sobre a biodiversidade; e, finalmente, os direitos soberanos dos Estados
sobre seus recursos biológicos, incluindo os recursos genéticos para alimentação e agricultura.
Esse posicionamento dos países nas Conferências das Partes tem permitido, além do
estabelecimento de um programa de longo prazo voltado especificamente às atividades sobre
agrobiodiversidade, um crescente avanço na discussão e implementação de ações relacionadas
à conservação e promoção do uso dos recursos da biodiversidade agrícola.

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