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Projeto de Gestão de apoio à IPSS no Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo
Ipss – Introdução
As IPSS constituem, nos dias de hoje, o principal agente dinamizador e promotor de respostas
sociais. O envelhecimento da população aliado aos baixos níveis de natalidade são uma das
maiores preocupações sociais. Torna-se premente a implementação de padrões/modelos de
qualidade. Esta necessidade garante aos cidadãos acesso a serviços que garantam respostas
adequadas às suas necessidades e expectativas dos stakeholders.
O Projeto
O controlo de gestão é uma das áreas com maior incidência implementado através de
ferramentas inerentes ao próprio controlo. Este consiste no delinear da estratégia a longo e
curto prazo, no desdobramento desta em plano de ação seguindo-se a construção do orçamento
previsional anual e controlo deste último.
A inovação do serviço aliado ao foco nos resultados serão a chave do sucesso para a
sustentabilidade do projeto em questão.
Reforça-se que esta proposta de projeto de apoio de gestão às IPSS não se sobrepõe às ações
da Rede Social, antes se complementam.
Este trabalho será realizado após discussão e aprovação em Conselho de Administração pelas
Instituições.
Este projeto será parte integral da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. Desta
forma o serviço terá de ser promovido e divulgado pela mesma.
Organograma do projeto
Direção Técnica
Direção Clínica
Profissionais de Saúde
Colaboradores gerais
Objetivos Estratégicos
Lares:
Algodres
Freixeda
Vale de Afonsinho
Mata de Lobos
Escalhão
Reigada
Vermiosa
Figueira de Castelo Rodrigo (Santa Casa da Misericórdia)
Centros de dia:
Vilar de Amargo (Algodres)
Almofala
Figueira de Castelo Rodrigo (Figueira SOS)
Dados demográficos
População Residente
Figura 2 Dados demográficos do Município de Figueira de Castelo Rodrigo à data de 2015 – Fonte: Pordata
Nos gráficos anteriormente apresentados, verifica-se que no longo prazo, tem existido um
decréscimo gradual no número de habitantes residentes no Município. Desta forma confirma-
se a tendência de desertificação no Concelho. Os fatores motivacionais poderão ser múltiplos.
No entanto, a fraca oferta de empregabilidade, como iremos verificar mais à frente, poderá ser
a grande razão dos números apresentados.
Índice de envelhecimento
Índice de longevidade
Mesmo constatando que o índice de envelhecimento está em declínio, verifica-se que os idosos
são cada vez de idade mais avançada. Esta situação prende-se maioritariamente pelo
avanço/crescimento da Ciência e da Medicina, o que torna muitas vezes os cuidados mais
prolongados e específicos em situações de dependência. Será importante referir que a
longevidade não dá qualidade de vida aos Utentes. Dá-lhes apenas mais tempo de vida.
Figura 6 Número de indivíduos em idade ativa por idoso no Município de Figueira de Castelo Rodrigo
O quadro apresentado informa que existem 1,8 pessoas em idade ativa por cada idoso residente
no Município. Esta é uma situação que se mantém estável nos últimos 5 anos. Assim, verifica-se
que não tem existido procura por futuros residentes com perspetivas de um aumento de
qualidade de vida. Tal situação traduz-se no abandono do território por parte dos adultos em
idade ativa motivado pela falta de oferta laboral e resultando num fator de repulsividade quer
para os mais jovens, quer para os idosos. Perante os dados, podemos verificar que há o
empobrecimento generalizado da população devido ao baixo nível de população contribuinte.
Com os dados apresentados, conclui-se que o índice de dependência de idosos tem vindo a
registar valores crescentes ao longo dos anos tendo diminuído apenas no último biênio. No
entanto salienta-se que mais de 50% da população idosa do Município de Figueira de Castelo
Rodrigo sofre de alguma dependência seja ela de cuidados de saúde ou financeira.
Com os dados apresentados verifica-se que o poder de compra da população à data de 2013
tinha sofrido um significativo crescimento nos últimos 20 anos. Não foi possível apresentar
dados mais recentes.
Figura 9 Alojamentos familiares ocupados por instalações existentes no Município de Figueira de Castelo Rodrigo
Desta forma conclui-se que num total de 2.501 habitações, quase todas tem condições mínimas
de habitabilidade, não se podendo confirmar se refletem condições que se traduzem em
conforto. Não existem registos relativamente à eletricidade e cozinha.
Figura 17 Entidades empregadoras com declaração de remuneração à Segurança Social no Município de Figueira de
Castelo Rodrigo
Apesar de se verificar um aumento de entidades empregadoras do ano de 2012 para 2016, este
não se prevê significativo. De salientar que as empresas em questão podem criar apenas 1 posto
de trabalho tratando-se assim de PME’s com classificação de micro empresas para a criação do
próprio emprego.
Desta forma conclui-se que os índices de empregabilidade poderão não ter aumentado
mantendo-se assim uma oferta de emprego precária.
Figura 18 Número de pessoas que estão a beneficiar de pensões da Segurança Social no Município de Figueira de
Castelo Rodrigo
Figura 19 Número de pessoas que estão a beneficiar de pensões por velhice da Segurança Social no Município de
Figueira de Castelo Rodrigo
Figura 20 Número de pessoas que estão a beneficiar de pensões por invalidez da Segurança Social no Município de
Figueira de Castelo Rodrigo
Figura 21 Número de pessoas que estão a beneficiar de pensões de sobrevivência da Segurança Social no Município
de Figueira de Castelo Rodrigo
Conclusões
À data de 2013 existia um total de 2.268 Utentes que usufruíam de prestações da Segurança
Social. Conclui-se que 37.1% da população residente total eram dependentes. Embora uma
parte do grupo de pessoas em questão tivesse uma vida ativa, com o avanço da idade e dos
problemas físicos intrínsecos às situações em análise (velhice, invalidez e sobrevivência) conclui-
se que os Utentes poderão estar já a usufruir de serviços de cuidados ou na sua eminência.
Com o estudo anterior, verifica-se também que os níveis de empregabilidade no Concelho não
têm vindo a sofrer aumentos expressivos por forma a tornarem o Município atrativo nas suas
condições de vida. No entanto existe um aumento do poder de compra significativo dos Utentes,
verificando-se que este aumento não reflete qualquer forma de enriquecimento.
No que concerne às condições de habitabilidade, embora estejamos perante uma zona do País
não muito desenvolvida, verifica-se que os dados apresentados são bastante animadores.
Salientam-se 2.501 alojamentos familiares para os cerca de 6.000 habitantes registados em
2011.
Pode-se concluir que os idosos representam idades cada vez mais avançadas com níveis de
dependência que ultrapassam os 50% da população idosa. Importa acrescentar que para os
dados de pessoas com dependência estas apenas se referem à população idosa, não
contemplando pessoas com deficiência abaixo dos 65 anos. Existindo apenas 1,8 pessoas ativas
por idoso verifica-se que o nível de população idosa é também elevado.
Após esta análise, concluímos que será cada vez mais premente uma aposta cuidada nos
serviços, sejam eles públicos ou privados. Manter o foco no Utente e oferecer condições que
possam atrair pessoas às suas origens.