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QUINTANA
RESUMO: O Modernismo brasileiro passou por diversas transformações desde sua estreia na
Semana de Arte Moderna em 22. E o que falar sobre o fenômeno Mário Quintana? Bem este
foi muito injustiçado durante a publicação dos livros A rua dos cataventos (1940), Canções
(1946) e Sapato florido (1948) ao ser considerado passadista por erros de interpretação, ou
mesmo, porque a crítica não tinha maleáveis noções sobre a modernidade. Por meio de
estudos como o de Hugo Friedrich (1978) percebe-se que o efeito estranho dentro da lírica
moderna abre margem para o inespecífico, e como podemos especificar Quintana, querer
enquadrá-lo no modernismo, se ele próprio nega sua participação em toda e qualquer escola
literária quando afirma que pertencer a uma dessas escolas é o mesmo que estar condenado à
prisão perpétua? O que se vê é um camaleão que sabe dosar aspectos de várias escolas em
seus poemas, devaneia por vários universos e um deles é o universo romântico. Partindo desse
questionamento, o presente estudo procura discutir os ideais românticos em poemas
publicados na década de 40 pelo poeta gaúcho. Pois o idealismo romântico nessas obras é
compreendido como ruptura com a tradição artística engajada. Os estudos de Hugo Friedrich
(1978), Octávio Paz (1982, 1984) e Michael Hamburger (2007) nos guiarão ao objetivo
pretendido.
1
Acadêmico do curso de Letras-Português pela Universidade Estadual do Piauí. Bolsista do Programa
Institucional de Iniciação Científica no projeto intitulado "A poética dos Quintanares: a teoria da poesia
presente nas obras "Sapato florido", "Apontamentos de história sobrenatural" e "Caderno H" de Mario
Quintana", sob orientação da Profa. Ma. Adriana Paula Rodrigues Silva.
2
Doutoranda em Literatura, História e Crítica pela UFPR. Integrante do Grupo de pesquisa A Reflexão dos
Escritores-ficcionistas e a Formação do Romance Brasileira que tem como objetivo estudar as relações entre
consciência ficcional e consciência histórica dos nossos escritores-ficcionistas do século XIX. Mestre em Estudos
Literários. Estudiosa de poesia, particularmente da obra de MARIO QUINTANA. Professora do quadro
permanente da Universidade Estadual do Piauí desde 2012.