DIVISÃO DE ENGENHARIAS

DIRECÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS

PLANO ANALÍTICO DE MINERAÇÃO A CÉU ABERTO 2017

1. JUSTIFICAÇÃO OU COMPETÊNCIAS DO MÓDULO

A cadeira de Mineração a Céu Aberto visa fazer comprender aos estudantes sobre o planeamento
de lavra bem como o projecto de mineração a céu aberto e suas especificações, equipamentos,
fundamentos de capeamento, o design da mina e outros pontos de interesse, de modo a adotarem-
se de ferramentas possíveis para enfrentarem os desafios da mineração nas empresas no país e em
qualquer outra parte do mundo

2. RESULTADOS ESPERADOS

Os estudantes que terminarem com êxito na cadeira de Mineração a Céu Aberto serão capazes de:

 Conhecer e Interpretar o projecto de mineração a céu aberto;

 Compreender o processo produtivo dos equipamentos principais e auxiliares de mina a céu
aberto;
 Tomar decisões sobre custo e venda do minério na base do conhecimento do temperamento.

 Entender o Ciclo de Planeamento de Lavra

 Identificar metas e restrições para os diferentes horizontes de planejamento

 Discutir o impacto dos princípios de Gestão e de Governança Corporativa na tomada de decisões

no Ciclo de Planeamento de Lavra
 Discutir teoria e prática de planeamento estratégico de lavra.

3. AVALIAÇÃO

Esta cadeira será avaliada da seguinte maneira:

(2) Testes Escritos com peso de 60% de média

(1) Trabalho escrito, apresentado e defendido com peso de 40%

(1) Exame normal escrito

(1) Exame de recorrência escrito

4. CONTEÚDO TEMÁTICO

 Mineração aluvional
 Rebentamento de rochas
 Estudo de impactos ambientais na mineração a céu aberto
 Equipamentos de mina
 Funamentos de capeamento
 Características geográficas e geológica da área minerada
 Estudo de draglines
 Considerações da selecção geométrica da cava
 Limites da cava
 Planeamento da produção
 Projecto de mineração
 5. PLANO DA DISCIPLINA

Sem. Temas Datas Conteúdos Carga

1ª Conceitos 06/02  Introdução a lavra a céu aberto; 8h00

básicos de
07/02  Noções de relação estéril/minério ou cociente de descobertura;
uma  Noções de temperamento;
09/02
mineração a  Formulação do temperamento limite de uma fase de exploração;
Céu Aberto  Formulação do temperamento limite;
 Formulação teórica do temperamento limite de uma fase de
exploração

2ª Conceitos 13/02  Análise dos objetivos da selecção do método e factores a serem 8h00
básicos de observados. Estudo da diluição e recuperação. Análise dos
14/02
uma parâmetros econômicos de uma jazida: teor de corte, teor marginal,
16/02
mineração a teores médios, relação estéril-minério.
Céu Aberto  Estudo do desenvolvimento de minas a céu aberto: informações
básicas sobre a formação de bancadas sucessivas, cava final, relação
estéril-minério e teores de uma jazigo mineral.

3ª Optimização 20/02  Optimização da cava 8h00

da cava
21/02  Abordagem de algorítimo de optimização da cava (Cones flutuantes,
Korobov e Lerchs & Grossmann)
23/02
 Parametrização de reserva

4ª Optimização 27/02  Exercícios de apliacação e consolidação sobre algorítimos de 8h00

da cava optimização da cava.
28/02

02/03

5ª Geometria da 06/03 Definição da geometria da cava final 8h00

cava
07/03  Função Benefício

09/03  Critérios de avaliação para a definição da geometria da cava final

 Métodos para definição da geometria final da cava;
 Influência da conjuntura no planeamento estratégico para o design da
 cava final.

6ª Geometria da 13/03  Exercícios de apliacação e consolidação sobre algorítimos de 8h00

cava optimização da cava.
14/03

16/03

7ª Toda matéria 20/03  Semana de avaliações antencedida da revisão da matéria anteriormente 8h00
anterior dada.
21/03

23/03

8ª Sequenciame 27/03 Programas de Mineração: 8h00

nto de lavra
28/03  Pré descobertura do estéril em avanço sobre a exploração de minério;

30/03  Pré descobertura em um ano seguido da extracção simultânea de

estéril e minério;
 Pré descobertura de um bloco de estéril em avanço da exploração de
minério;
 Pré descobertura de metade de bloco de estéril em avanço da
exploração de minério;
 Razão da mineração dobrada

9ª Sequenciame 03/04 Opção de sequência de exploração: 8h00

nto de lavra
04/04  Método de relação de mineração máxima,

06/04  Método de relação de mineração mínima;

 Método de relação de mineração constante;
 Método de relação de Mineração em fases

10ª Sequenciame 10/04  Exercícios de apliacação e consolidação sobre algorítimos de 8h00

nto de lavra optimização da cava.
11/04

13/04

11ª Elaboração 17/04  Estudo dos elementos de investimentos e custos de produção. 8h00
de projecto
18/04  Elaboração de um projeto completo baseado em parâmetros reais
utilizando as operações unitárias de lavra mais importantes.
 20/04  Confecção de documentos básicos de engenharia de minas: sumário
de equipamentos, fluxogramas, balanços e desenhos de arranjo.

12ª 24/04  Semana de avaliações antencedida da revisão da matéria anteriormente 8h00

25/04 dada.

27/04

13ª Elaboração 02/05  Análise do desenho do pit (cava final) de uma mina. 8h00
de projecto
04/05  Programação da produção.
 Discussão de noções de coordenação de projetos industriais com
ênfase em projetos mineiros.

14ª Elaboração 08/05  Discussão de noções de coordenação de projetos industriais com 8h00
de projecto ênfase em projetos mineiros.
09/05
 Divulgação de resultados de frequência
11/05

6. MÉTODOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

As aulas para esta disciplina, serão realizadas em forma de conferências, em que a participação
do estudante deve ser de extrema relevância. Serão usados manuais constantes da bibliografia.

7. Temas de trabalho avaliativo

7 a) Abordagem generalizada de recusos e reservas minerais objectivando a tomada de

decisão.
b) Desmonte hidráulico e bombeamento das frentes de lavra;
c) Determinação da cubagem primária na retirada do capeamento;
3 d) Geometria da cava e dimencionamento das frentes no planeamento estratégico, tático e
operacional;
5 e) Gestão de depósitos de estéril e manuseio de resíduos minerais num campo de mina;
f) Interacção optimizada das operações mineiras a Céu Aberto;
1g g) Optimização da cava pelo algorítmo de cones flutuantes e de Lerchs-Grossmann 2D;
2 h) Plano de fogo e desmonte na mineração a Céu Aberto;
6 i) Princípio de traçado e de colocação de trincheiras na zona mineralizada;
 j) Programação matemática no projecto de mineração a Céu aberto;
k) Projecto das vias de acesso, largura da estradas, inclinação das rampas e a distância média
de transporte;
8 l) Projecto de abertura de uma mina de carvão a Céu Aberto;
4 m) Strip Mining;

8. REFERENCIAS BIBLIÓGRAFICAS

 BISE, C. J. Mining engineering analysis. 2nd edition. New York: SME – Society for Mining,
Metallurgy and Exploration, 2003. 313 p.
 Candido, M. (2012), Impacto de diferentes algorítmos e geometria de depósitos minerais no
planejamento de longo prazo, Dissertação para obtenção de título de mestre, Porto Alegre, Brasil.
 César de Sousa, J. (2001), Método de lavra a céu aberto, Departamento de Engenharia de Minas,
Centro de Tecnologia e Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Rio de Janeiro;
 HARTMANN, H. L. Introductory mining engineering. 2nd edition. New York: Editora John
Wiley and Sons, 2002. 584 p.
 HUSTRULID, W. A.; KUCHTA, M. Open pit mine planning and design. 2nd edition. London:
Editora Taylor and Francis, 2006. 991 p. v. 1.
 KENNEDY, B. A. Surface mining. 2nd edition. New York: SME – Society for Mining,
Metallurgy and Exploration, 1990. 1.206 p.
 Lopes, G. (2012), Transição da mina a céu aberto para subterrâna no Morro da mina,
Departamento de Engenharia de Minas, EMUFOP, Brasil.
 Monica, M. (2008), Modelos matemáticos e heurísticas para o auxílio do planejamento de
operações de lavra em mina a céu aberto, Departamento de Engenharia de Produção, Escola de
Engenharia, UFMG, Brasil.
 Peroni, R. (2002), Análise da sensibilidade do sequenciamento de lavra em função da incerteza
do modelo geológico, Tese para obtenção do título de Doutor em Engenharia, Porto Alegre,
Brasil.
 Sacma, (2005), surface strip coal mining handbook, South African colliery Managers
Association, South Africa.
 Silva Couto, R. (1990), Lavras a céu aberto e equipamentos principais, Faculdade de
Engenharia, Universidade de Porto, Instituto Nacional de Investigação Científica, Portugal.
 Silva, N. (2008), Metodologia de planejamento estratégico de lavra incorporando riscos e
incertezas para obtenção de resultados operacionais, Departamento de Engenharia e de Petróleo,
USP, São Paulo, Brasil.
 TAN, P. N.; STEINBACH, M.; KUMAR, V. Introdução ao data mining: mineração de dados.
Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2009. 978 p.
 TATIYA, R. R. Surface and underground excavations: methods, techniques and equipament.
London: Editora Taylor and Francis, 2005. 576 p.
 Valdir Costa e Silva, (1995), Desmonte e transporte de rochas, Departamento de Mineração,
Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais;

DOCENTE: Eng. Rodrigues Mário

Contacto: 828465008/849157918

e-mail: rodrigues.saudades.mario@gmail.com