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AULA 5

LEGISLAÇÃO EM SAÚDE DO
TRABALHADOR

Prof. Gerson Luiz Pontarolli


CONVERSA INICIAL

Seja bem-vindo! Nesta aula, continuaremos a falar sobre os aspectos


relevantes da legislação acidentária e de medicina do trabalho num sentido amplo.
Prosseguiremos nosso estudo sobre as principais normas regulamentadoras do
Ministério do Trabalho e a legislação acidentária vigente sempre dentro de uma
visão ampla e um aspecto jurídico dos assuntos.
Como de praxe, nosso objetivo final é trazer para vocês uma visão sob o
ponto de vista legal e jurídico sobre os temas em tela. Bons estudos!

CONTEXTUALIZANDO

No avançar de nosso estudo, conseguiremos entender a legislação


acidentária e de medicina do trabalho sob o prisma jurídico e chegar a uma
conclusão sobre o tema.
Então, lançamos um desafio para você, aluno. Responda a seguinte
pergunta: O que falta ser feito pelo ordenamento jurídico para que a legislação
acidentária, de medicina do trabalho e mesmo de segurança do trabalho seja
devidamente cumprida pelas empresas? Quando dizemos empresas, fazemos
referência a um conceito amplo, em que está envolvida a administração pública.
Responda o questionamento ao final de nossa aula, momento no qual você
já terá informações suficientes para que possa refletir. Reforçamos que sua
resposta deve ter como objeto principal a situação na atualidade. Então, vamos
em frente, e continue sua jornada pelo nosso estudo.

TEMA 1 – PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO – PPP

A esta altura, veremos mais um item que deve ser de conhecimento de


todos os profissionais que compõem o SEMST, que é o Perfil Profissiográfico
Previdenciário – PPP.
Ao pesquisar mais a fundo sobre o tema, encontramos importantes
informações sobre o Perfil Profissiográfico Previdenciário no site
<www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/novasnormasppp.htm>, do qual
reproduzimos literalmente algumas partes abaixo:

O Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP constitui-se em um


documento histórico-laboral do trabalhador que reúne, entre outras
informações, dados administrativos, registros ambientais e resultados de

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monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu suas
atividades na respectiva empresa.
O PPP tem como finalidade:
 Comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços
previdenciários, em particular, o benefício de aposentadoria especial;
 Prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo
empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e
aos sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de
trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo;
 Prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real,
de modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus
diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa
evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores;
 Possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a
bases de informações fidedignas, como fonte primária de informação
estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e
epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva.
O PPP deverá ser emitido com base nas demonstrações ambientais,
exigindo, como base de dados:
a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;
b) Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;
c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção - PCMAT;
d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
e) Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT;
f) Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT. (Zanluca)

Lembramos que esses documentos não são isolados, mas devem todos
estar em harmonia relativa a informações e resultados. Também é importante
sabermos que, quando é necessária a confecção de um laudo, somente o
engenheiro de segurança poderá assiná-lo. O técnico de segurança só pode emitir
relatórios.
Devem os profissionais que compõem o SESMT, no caso o engenheiro de
segurança, possuir a devida graduação em engenharia ou arquitetura e
especialização em engenharia de segurança do trabalho, devidamente
registradas e regulares junto ao Conselho. São esses profissionais que detêm a
competência legal para a confecção de laudos.
No site do CONFEA <http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.as
p?idEmenta=407>, encontramos a resolução n. 359, de 31 de julho de 1991, que
diz:

RESOLUÇÃO Nº 359, DE 31 JUL 1991.


Dispõe sobre o exercício profissional, o registro e as atividades do
Engenheiro de Segurança do Trabalho e dá outras providências”.
Art. 4º - As atividades dos Engenheiros e Arquitetos, na especialidade
de Engenharia de Segurança do Trabalho, são as seguintes:
4 - Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos
técnicos e indicar medidas de controle sobre grau de exposição a
agentes agressivos de riscos físicos, químicos e biológicos, tais como
poluentes atmosféricos, ruídos, calor, radiação em geral e pressões
anormais, caracterizando as atividades, operações e locais insalubres e
perigosos. (CONFEA)

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Assim sendo, com base na legislação, o engenheiro de segurança trabalho
detém a competência para emitir laudos, e o técnico de segurança do trabalho, a
competência para emitir relatórios, sob pena de nulidade/invalidade nas
informações constantes nos documentos emitidos.
Falamos em laudos e nos programas, tanto de controle médico como de
prevenção de riscos, até o perfil profissional previdenciário. Eles têm como foco a
identificação e a redução substancial dos riscos a que os trabalhadores estão
expostos. Entretanto, quando quantificamos os riscos, é muito comum haver
questionamentos se o local era insalubre ou mesmo perigoso? Agora vamos
entender as atividades, inicialmente as insalubres.

1.2 NR 15 – Atividades e operações insalubres

Atividades insalubres, quando existentes, deverão estar contempladas em


ambos os programas, inclusive com as medidas preventivas para sua redução,
tais como a utilização de EPCs, EPIs e, quando cabíveis, exames
complementares para o acompanhamento da saúde dos funcionários. Mas o que
é uma atividade insalubre?
O artigo 189 da CLT – Consolidação das Leis de Trabalho prevê
expressamente que

Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que,


por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos. (Planalto)

1.3 O que é a CLT?


A CLT consolidou (reuniu) e regulamentou em um documento escrito as
relações trabalhistas. Foi criada com o objetivo maior de proteger o trabalhador e
nortear as relações de trabalho entre empregado e empregador, incluídas em seu
texto também as normas regulamentadoras e tendo como consequência a criação
e o aparecimento do direito processual do trabalho.
No artigo supra, o 189 da CLT, encontramos o termo limite de tolerância,
que é a concentração, dentro de um limite máximo ou mínimo, relativa ao tempo
de exposição da pessoa, verificando se tal exposição poderá causar ou não danos
à saúde do trabalhador.
Quando caracterizada a insalubridade, assegurará ao trabalhador exposto
a percepção de um adicional, que incide sobre o salário-base do empregado ou,

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se houver, uma previsão mais benéfica na Convenção Coletiva de Trabalho.
Abaixo você encontra os percentuais, conforme o tempo de exposição e o agente
causador:

 40% (quarenta por cento) para insalubridade de grau máximo;


 20% (vinte por cento) para insalubridade de grau médio;
 10% (dez por cento) para insalubridade de grau mínimo.

Encerrando nosso estudo, reforçamos que, em todas as legislações


estudadas até o momento, o profissional de enfermagem tem uma atuação de
forma direta, pois faz parte do SESMT.

TEMA 2 – NR 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

Da mesma forma, as atividades perigosas, quando existentes, deverão


estar obrigatoriamente contempladas em ambos os programas, inclusive com as
medidas preventivas para sua redução, tais como a utilização de EPCs, EPIs e,
quando necessários, exames complementares para o acompanhamento da saúde
dos funcionários. Mas o que é uma atividade perigosa?
O adicional de periculosidade tem o fundamento de corrigir ou mesmo
equilibrar duas situações nas quais o empregado desenvolve sua atividade em
risco iminente de vida: a primeira é pela existência de um risco efetivo e que pode
afetar a vida do empregado, e o outro fator é o empregado atuar em área de risco,
ou seja, ficar exposto ao risco existente.
Assim sendo, toda a atividade que expõe o empregado a um risco de vida
é considerada uma atividade perigosa, vejam há um risco a incolumidade física.
O que diz a legislação vigente:
Lembra da CLT?

Art. 193 – São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.

É importante saber que o empregado terá direito ao recebimento do


adicional de periculosidade quando preenchidos alguns requisitos, que na
verdade são condições determinadas pelo Ministério do Trabalho. Conheça tais
condições:

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Empregado exposto ao contato permanente com uma atividade perigosa,
que além de perigosa, cause qualquer risco e de forma acentuada ao
empregado podendo até, em caso de acidente, levá-lo a óbito ou mutilá-lo de
alguma maneira e finalmente que a atividade esteja definida em lei ou em
portaria expedida pelo Ministério do Trabalho.

Então, qual é a diferença entre insalubridade e periculosidade? Vamos


esquematizar o que a lei diz:

Figura 1 –Características de insalubridade e periculosidade

• por sua natureza, condições ou métodos de


trabalho,
• exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde,
Insalubridade • acima dos limites de tolerância,
• fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos.
•10%, 20% ou 40%

• aquelas que, por sua natureza ou


métodos de trabalho,
• impliquem o contato permanente
Periculosidade
• com inflamáveis ou explosivos em
condições de risco acentuado.
• 30%

Ambas, insalubridade e periculosidade, deverão ser identificadas através


de levantamentos e laudos específicos para que haja a sua caracterização, e os
percentuais pagos ao empregado não eximem o empregador de adotar as demais
medidas de segurança pertinentes ao que fora constatado no laudo, tais como a
colocação de EPCs e o fornecimento de EPIs para os empregados.
Outra medida que não pode ser esquecida é a fiscalização constante dos
ambientes e dos empregados relativa aos riscos e à utilização dos equipamentos
fornecidos.
Lembrando:

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Figura 2 – Percentual pago por insalubridade

10%
20% sobre o salário
Insalubridade
mínimo
40%

Figura 3 – Percentual pago por periculosidade

Salário do empregado acrescido


de 30%,
sem acréscimos resultantes:
Periculosidade de gratificações,
prêmios,
participações nos lucros da
empresa.

Os adicionais não são cumulativos, ou o empregado recebe periculosidade


ou insalubridade. Se for constatado que a atividade exercida é tanto insalubre
como perigosa, é facultado ao empregado que está sujeito às referidas condições
optar pelo adicional que lhe for mais benéfico.

Vamos ver o entendimento do Superior Tribunal do Trabalho:

AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMANTE. RECURSO DE


REVISTA SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014. REQUISITOS DO
ARTIGO 896, § 1º-A, DA CLT ATENDIDOS. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. POSSIBILIDADE DE
ACUMULAÇÃO. Demonstrada divergência jurisprudencial apta a
ensejar o processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento
provido. RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. CONTROVÉRSIA SOBRE O
DIREITO À CUMULAÇÃO DOS ADICIONAIS. Cinge-se a controvérsia
sobre a possibilidade de recebimento cumulado dos adicionais de

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periculosidade e insalubridade. No julgamento do Processo TST-E-RR-
1072-72.2011.5.02.0384, Rel. Min. Renato de Lacerda Paiva, julgado em
13.10.2016, prevaleceu o entendimento de não ser possível a
cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade, nos termos
do disposto no art. 193, § 2º, da CLT, mesmo havendo exposição do
empregado a dois agentes diversos, a um perigo e a uma lesão à saúde,
quer por causa de pedir distinta, quer por causa de pedir única, sendo
assegurado ao empregado o direito de opção pelo recebimento de um
desses adicionais que melhor lhe favoreça. Em atenção ao mais recente
entendimento que prevaleceu no âmbito da SBDI-1, não é possível a
cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade.
Recurso de revista conhecido e não provido. [...]" (RR - 20529-
74.2014.5.04.0014. Relator Ministro: Augusto César Leite de Carvalho,
Data de Julgamento: 19/10/2016, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT
11/11/2016).

TEMA 3 – NR 17 - ERGONOMIA

Nosso próximo assunto tange a todos os trabalhadores e não trabalhadores


em seu sentido mais amplo – profissionais de todos os níveis hierárquicos,
portanto – e até mesmo veículos de passeio, lares, enfim, o dia a dia das pessoas,
pois de alguma maneira necessitam desta norma, a NR 17, que trata da
ergonomia.
Iniciando nosso estudo, estamos trazendo um conceito mais técnico do que
vem a ser ergonomia e para, isso, consultamos o site da Associação Brasileira de
Ergonomia <http://www.abergo.org.br>, que nos traz a seguinte informação:

Em agosto de 2000, a IEA - Associação Internacional de Ergonomia


adotou a definição oficial apresentada a seguir. A Ergonomia (ou Fatores
Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das
interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à
aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de
otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema. Os
ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de
tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a
torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações
das pessoas”.

A partir desse conceito, fica mais claro que se trata de uma verdadeira
ciência, cujo objetivo é a adaptação tanto do ser humano quanto do que envolve
seu dia a dia, como um mobiliário no escritório adaptado às características de
quem vai utilizá-lo.
Um exemplo que esclarece de uma forma mais direta são os veículos que
utilizamos, sendo que cada pessoa que vai dirigir precisar adequar banco,
espelhos, entre outros, às suas características individuais. Isso só é possível pois
o veículo permite essa regulagem, independente de quem vai dirigi-lo.

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A ergonomia está presente em tudo o que nos cerca, pois cada indivíduo
possui uma característica física própria, como nos calçados, uns para trabalho,
outros para corrida, cada com suas especificações próprias.
Quando o veículo Uno, da Fiat, foi lançado, passou por um estudo
aprofundado de ergonomia em seu interior, o que contribuiu sobremaneira para o
conforto das pessoas em seu habitáculo, apesar de tratar-se de um carro de
pequeno porte. Nesse estudo, foram analisados diversos fatores, desde
visibilidade até posição das pessoas, tanto em viagens curtas quanto mais
distantes.
No entanto, a ergonomia não se encontra prevista somente na NR 17, mas
trabalha em conjunto com as normas da ABNT, pois estas complementam e
esclarecem o que a NR 17 determina, a exemplo das medidas de um mobiliário
para escritório com todas as dimensões.
Para exemplificar o que estamos dizendo, efetuamos várias pesquisas na
internet e encontramos no site <http://www.worksolution.ws/conheca-as-regras-
da-abnt-sobre-moveis-para-call-centers/> algumas informações importantes e
disponíveis a todos, as quais estamos reproduzindo literalmente abaixo, a saber:

Confira regras da ABNT para adequação de móveis:


Uma das especificações da ABNT sobre a ergonomia dos móveis é
que quando o trabalho for manual, sentado ou que exija que o operado
fique em pé, é necessário que ele tenha a oportunidade de variar a
postura. Esse ajuste deve ser fácil e resultar em espaço confortável para
seus movimentos.
Bancada
A bancada sem material de consulta precisa ter a profundidade mínima
de 75 centímetros, cuja medição deve ser feita à partir da borda
frontal. A largura deve permitir que o operador tenha zonas de alcance
manual que não passem de 65 centímetros de raio em cada lado, tendo
como referência os ombros da pessoa na posição ideal para a tarefa.
Já a bancada que contém material para consulta precisa de, no mínimo,
uma profundidade de 90 centímetros, contados a partir da borda frontal,
com largura de 100 centímetros, e zona manual com alcance de no
máximo 65 centímetros de raio em cada extremidade.
Esta superfície deve favorecer o confortável acesso e utilização de
documentos. A superfície de trabalho deve ser arrematada com bordas
arredondadas. Para regular a altura das superfícies de tarefa, o intervalo
mínimo permitido é de 13 centímetros a partir da face superior, dando
liberdade para o apoio dos pés no piso.
O apoio para o mouse precisa ser de preferência o mesmo usado para
o teclado, tendo espaço suficiente para a movimentação e firmeza para
sustentar o apoio do braço. Os joelhos devem ficar confortavelmente
livres para a movimentação, tendo um espaço de 45 centímetros de
profundidade no nível dos joelhos e, no nível dos pés, 70 centímetros a
partir da borda frontal.
Assentos
Os assentos precisam estar apoiados sobre 5 pés com rodinhas com
resistência para que não escorregue involuntariamente, garantindo
também que o assento fique estável. O corpo deve ficar em contato com

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materiais que permitam a ventilação e perspiração, tendo a base com
estofamento uma densidade entre 40 e 50 quilogramas por metro cúbico.
Para o encosto, a regulagem deve ser eficiente protegendo e moldando
a região lombar. O apoio para os braços deve ser regulável até 25
centímetros acima do assento e não pode atrapalhar a aproximação
entre a cadeira e a bancada de trabalho. Se o operador não conseguir
alcançar o piso, mesmo com as regulagens feitas, um apoio para os pés
regulável deverá ser fornecido, compreendendo o comprimento das
pernas e apoiando firmemente a plantas dos pés no chão, que deve ser
de superfície antiderrapante. (Retiradas do site
http://www.worksolution.ws/conheca-as-regras-da-abnt-sobre-moveis-
para-call-centers/).

Então observe que a ergonomia está presente em tudo o que nos cerca,
desde o mobiliário até um carrinho de supermercado que deve possuir medidas
mínimas exigidas para o melhor conforto da pessoa que irá utilizar.
Finalmente vamos conhecer a NR 32, que dispões sobre os
estabelecimentos de saúde

3.1 NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de saúde

A norma regulamentadora NR 32 é bem extensa, então sugiro uma leitura


atenta da mesma, pois descreve de forma detalhada para as pessoas que
exercem as atividades relacionadas a saúde. Acesse o site
<www.planalto.gov.br> para encontrar a legislação devidamente atualizada.
Vamos ver o que a referida norma prevê inicialmente:

32.1 Do objetivo e campo de aplicação


32.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR tem por finalidade
estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral.
32.1.2 Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de
saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde
da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência,
pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.

TEMA 4 – SEGURANÇA DO TRABALHO

Pois bem, estamos evoluindo na matéria relativa a saúde e segurança do


trabalho, visto que não podem ser tratadas de forma isolada, pois estão
conectadas, seja em conceitos ou mesmo quando precisamos caracterizar
determinado ato. Então, é momento de aprofundarmos nossos conhecimentos
sobre o tema.
Vimos anteriormente que a Lei n. 8.213/2001, no art. 19 regulamentou e
explicou que

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Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho
dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
(Lei complementar nº 150, de 2015).

Conforme também já comentamos, ficou claro que, para que um acidente


seja considerado como do trabalho, há alguns requisitos que devem ser
preenchidos, tais como exercício do trabalho, a serviço da empresa, e que
provoque lesão corporal ou perturbação funcional.
Então, ficou mais fácil identificar se determinado fato é ou não considerado
como acidente do trabalho.
É necessário ampliar e aprofundar o que vimos até então, pois há situações
que são consideradas como do acidente do trabalho (AT) por equiparação, mas
sempre com a devida previsão legal.
Consultando o site <http://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/o-que-e-
acidente-de-trabalho>, temos:

Ao lado da conceituação acima, de acidente de trabalho típico, por


expressa determinação legal, as doenças profissionais e/ou
ocupacionais equiparam-se a acidentes de trabalho. Os incisos do art.
20 da Lei nº 8.213/91 as conceitua:
- doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante
da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social;
- doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada
em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com
ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso
I.
Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2º
do mencionado artigo da Lei nº 8.213/91 estabelece que, "em caso
excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação
prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais
em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a
Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.

Do mesmo site <http://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/o-que-e-


acidente-de-trabalho>, leia o art. 21 da Lei n. 8.213/1991 incisos I ao IV, que
trazem os casos que são considerados acidente de trabalho por equiparação e
ainda há acidentes de trabalho que são de vital importância serem conhecidos.
Abaixo, vamos ver algumas palavras-chaves que constam em alguns dos
mencionados incisos:

Lei nº 8.213/91:
I - o acidente ligado ao trabalho que, ..............., haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão.................;

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II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho,
em consequência de:
a) ato de agressão, ....praticado....... por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, ..........relacionada ao
trabalho;
c) .........
d) ..........
e) ..........
III - a doença .............. do empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de
trabalho:
a) na execução de ordem .........sob a autoridade da empresa;
b) na prestação ........qualquer serviço à empresa
c) em viagem a serviço da empresa, ........
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado.

Observem a importância do parágrafo abaixo:

§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da


satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante
este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

Qual é a responsabilidade do SESMT e quais são as atitudes que devem


ser adotadas por ele? Quando fazemos referência ao SESMT, estamos nos
referindo a todos os profissionais que compõem sua estrutura, pois são
solidariamente responsáveis, ou seja, todos respondem.
Então, quais são as atitudes que devem ser adotadas? Lembra o que
falamos no início? Trata-se de um serviço de prevenção a acidentes, sejam quais
forem. Dessa forma, o SESMT deve ter uma linha de ação preventiva e
excepcionalmente corretiva, e tudo deve ser devidamente documentado.
E se empresa se recusar ou mesmo não acatar o que o SESMT propõe?
Vamos então à resposta, relembrando a NR 04, item 4.19:

4.19 A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo


assegurar, como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o
exercício profissional dos componentes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimento
do referido exercício profissional, mesmo que parcial e o desvirtuamento
ou desvio de funções constituem, em conjunto ou separadamente,
infrações classificadas no grau I4, se devidamente comprovadas, para
os fins de aplicação das penalidades previstas na NR-28.

TEMA 5 – COMPETÊNCIAS DO SESMT

Lembre-se que compete ao SESMT:

a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina


do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes,

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inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os
riscos ali existentes à saúde do trabalhador;
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a
eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo
trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, de acordo
com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade
ou característica do agente assim o exija;
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas
instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência
disposta na alínea “a”;
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao
cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas
pela empresa e/ou seus estabelecimentos;
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao
máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la,
conforme dispõe a NR-05;
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho
e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de
programas de duração permanente;
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais, estimulando os em favor da
prevenção;
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos
os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as
características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores
ambientais, as características do agente e as condições do(s)
indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,
doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no
mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos
Quadros III, IV, V e VI, devendo o empregador manter a documentação
à disposição da inspeção do trabalho;
j) manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na sede dos
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre
escolha da empresa o método de arquivamento e recuperação, desde
que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e
entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os
mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas “h” e “i” por um
período não inferior a 5 (cinco) anos;
l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado
o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto,
a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de
disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao
salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro
tipo de acidente estão incluídos em suas atividades.

Assim sendo, a legislação é bem cristalina com relação às


responsabilidades e ações dos profissionais que compõem o SESMT bem como
quanto aos dados que devem ser registrados, conforme itens h, i e j.
Outra responsabilidade que não está expressamente prevista nos itens
supra refere-se à comunicação de acidente do trabalho, a CAT.

013
Sugere-se que você acesse o site <http://www.previdencia.gov.br/servicos-
ao-cidadao/todos-os-servicos/comunicacao-de-acidente-de-trabalho/> e leia
atentamente, pois todas as informações necessárias estão ali centralizadas.
Vamos estudar os aspectos mais importantes relativos a CAT. Retiramos
do site mencionado algumas orientações, as quais reproduziremos literalmente
abaixo.
A Lei n. 8.213/1991 prevê em seu artigo 22:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do


trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e,
em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa
variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição,
sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela
Previdência Social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

“A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido


para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma
doença ocupacional” (Planalto).
Antigamente era preenchida em formulário próprio e protocolada junto ao
INSS, mas atualmente a CAT é feita on-line, no site do próprio INSS. Conforme
vimos, há um prazo legal a ser cumprido: até o primeiro dia útil seguinte ao da
ocorrência.
Quando não for possível fazer o registro da CAT on-line por alguma
dificuldade, para que a empresa não fique sujeita a aplicação da multa pelo
descumprimento de prazo, o registro da CAT poderá ser feito em uma das
agências do INSS.

Importante
A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho
ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até
o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.
Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata. (Previdência Social)

Dessa forma, com este último assunto, encerramos nosso estudo trazendo
os conhecimentos necessários quando da ocorrência de um acidente de trabalho
e as medidas urgentes que devem ser adotadas pelos profissionais do SEMST.

014
FINALIZANDO

Na aula de hoje, estudamos os aspectos relevantes da legislação


acidentária e de medicina do trabalho num sentido amplo. Continuamos nosso
estudo sobre das principais Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho
e a legislação acidentária vigente.
Então, voltamos ao nosso questionamento inicial, que perguntou o que
faltava ser feito pelo ordenamento jurídico para que a legislação acidentária, de
medicina do trabalho e mesmo de segurança do trabalho fosse devidamente
cumprida pelas empresas, fazendo referência a empresas dentro de um conceito
amplo, o qual envolve a administração pública.
Acredita-se que o ordenamento jurídico pode estabelecer regras mais
simples quando da ocorrência de um acidente do trabalho e as obrigações a
serem cumpridas por todos os envolvidos, uma tentativa em desburocratizar todo
o processo e trazer uma maior celeridade no alcance do resultado final, que é o
efetivo atendimento ao acidentado.

015
REFERÊNCIAS

ABERGO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA. O que é ergonomia?


Disponível em: <http://www.abergo.org.br/internas.php?pg=o_que_e_ergonomia>.
Acesso em: 17 ago. 2017.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988.

BRASIÍLIA, Congresso Nacional. Portaria n. 3.214, de 8 de junho de 1978.

CONFEA. Resolução n. 359, de 31 de julho de 1991. Frederico V. M. Bussinger.


Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 jul. 1991.

CONHEÇA as regras da ABNT sobre móveis para call centers. Worksolution.


Disponível em: <http://www.worksolution.ws/conheca-as-regras-da-abnt-sobre-
moveis-para-call-centers/>. Acesso em: 17 ago. 2017.

PREVIDÊNCIA SOCIAL. Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.


Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-
servicos/comunicacao-de-acidente-de-trabalho/>. Acesso em: 17 ago. 2017.

SILVA, J. O. de P. Vocabulário jurídico. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

STF – Supremo Tribunal Federal. Disponível em:


<http://www.stf.jus.br/portal/principal/principal.asp>. Acesso em: 15 set. 2017.

ZANLUCA, J. C. PPP – Perfil profissiográfico previdenciário. Guia Trabalhista.


Disponível em: <www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/novasnormasppp.htm>.
Acesso em: 18 ago. 2017.

016

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