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LEGISLAÇÃO EM SAÚDE DO
TRABALHADOR
CONTEXTUALIZANDO
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monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu suas
atividades na respectiva empresa.
O PPP tem como finalidade:
Comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços
previdenciários, em particular, o benefício de aposentadoria especial;
Prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo
empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e
aos sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de
trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo;
Prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real,
de modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus
diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa
evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores;
Possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a
bases de informações fidedignas, como fonte primária de informação
estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e
epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva.
O PPP deverá ser emitido com base nas demonstrações ambientais,
exigindo, como base de dados:
a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;
b) Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;
c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção - PCMAT;
d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
e) Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT;
f) Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT. (Zanluca)
Lembramos que esses documentos não são isolados, mas devem todos
estar em harmonia relativa a informações e resultados. Também é importante
sabermos que, quando é necessária a confecção de um laudo, somente o
engenheiro de segurança poderá assiná-lo. O técnico de segurança só pode emitir
relatórios.
Devem os profissionais que compõem o SESMT, no caso o engenheiro de
segurança, possuir a devida graduação em engenharia ou arquitetura e
especialização em engenharia de segurança do trabalho, devidamente
registradas e regulares junto ao Conselho. São esses profissionais que detêm a
competência legal para a confecção de laudos.
No site do CONFEA <http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.as
p?idEmenta=407>, encontramos a resolução n. 359, de 31 de julho de 1991, que
diz:
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Assim sendo, com base na legislação, o engenheiro de segurança trabalho
detém a competência para emitir laudos, e o técnico de segurança do trabalho, a
competência para emitir relatórios, sob pena de nulidade/invalidade nas
informações constantes nos documentos emitidos.
Falamos em laudos e nos programas, tanto de controle médico como de
prevenção de riscos, até o perfil profissional previdenciário. Eles têm como foco a
identificação e a redução substancial dos riscos a que os trabalhadores estão
expostos. Entretanto, quando quantificamos os riscos, é muito comum haver
questionamentos se o local era insalubre ou mesmo perigoso? Agora vamos
entender as atividades, inicialmente as insalubres.
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se houver, uma previsão mais benéfica na Convenção Coletiva de Trabalho.
Abaixo você encontra os percentuais, conforme o tempo de exposição e o agente
causador:
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Empregado exposto ao contato permanente com uma atividade perigosa,
que além de perigosa, cause qualquer risco e de forma acentuada ao
empregado podendo até, em caso de acidente, levá-lo a óbito ou mutilá-lo de
alguma maneira e finalmente que a atividade esteja definida em lei ou em
portaria expedida pelo Ministério do Trabalho.
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Figura 2 – Percentual pago por insalubridade
10%
20% sobre o salário
Insalubridade
mínimo
40%
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periculosidade e insalubridade. No julgamento do Processo TST-E-RR-
1072-72.2011.5.02.0384, Rel. Min. Renato de Lacerda Paiva, julgado em
13.10.2016, prevaleceu o entendimento de não ser possível a
cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade, nos termos
do disposto no art. 193, § 2º, da CLT, mesmo havendo exposição do
empregado a dois agentes diversos, a um perigo e a uma lesão à saúde,
quer por causa de pedir distinta, quer por causa de pedir única, sendo
assegurado ao empregado o direito de opção pelo recebimento de um
desses adicionais que melhor lhe favoreça. Em atenção ao mais recente
entendimento que prevaleceu no âmbito da SBDI-1, não é possível a
cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade.
Recurso de revista conhecido e não provido. [...]" (RR - 20529-
74.2014.5.04.0014. Relator Ministro: Augusto César Leite de Carvalho,
Data de Julgamento: 19/10/2016, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT
11/11/2016).
TEMA 3 – NR 17 - ERGONOMIA
A partir desse conceito, fica mais claro que se trata de uma verdadeira
ciência, cujo objetivo é a adaptação tanto do ser humano quanto do que envolve
seu dia a dia, como um mobiliário no escritório adaptado às características de
quem vai utilizá-lo.
Um exemplo que esclarece de uma forma mais direta são os veículos que
utilizamos, sendo que cada pessoa que vai dirigir precisar adequar banco,
espelhos, entre outros, às suas características individuais. Isso só é possível pois
o veículo permite essa regulagem, independente de quem vai dirigi-lo.
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A ergonomia está presente em tudo o que nos cerca, pois cada indivíduo
possui uma característica física própria, como nos calçados, uns para trabalho,
outros para corrida, cada com suas especificações próprias.
Quando o veículo Uno, da Fiat, foi lançado, passou por um estudo
aprofundado de ergonomia em seu interior, o que contribuiu sobremaneira para o
conforto das pessoas em seu habitáculo, apesar de tratar-se de um carro de
pequeno porte. Nesse estudo, foram analisados diversos fatores, desde
visibilidade até posição das pessoas, tanto em viagens curtas quanto mais
distantes.
No entanto, a ergonomia não se encontra prevista somente na NR 17, mas
trabalha em conjunto com as normas da ABNT, pois estas complementam e
esclarecem o que a NR 17 determina, a exemplo das medidas de um mobiliário
para escritório com todas as dimensões.
Para exemplificar o que estamos dizendo, efetuamos várias pesquisas na
internet e encontramos no site <http://www.worksolution.ws/conheca-as-regras-
da-abnt-sobre-moveis-para-call-centers/> algumas informações importantes e
disponíveis a todos, as quais estamos reproduzindo literalmente abaixo, a saber:
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materiais que permitam a ventilação e perspiração, tendo a base com
estofamento uma densidade entre 40 e 50 quilogramas por metro cúbico.
Para o encosto, a regulagem deve ser eficiente protegendo e moldando
a região lombar. O apoio para os braços deve ser regulável até 25
centímetros acima do assento e não pode atrapalhar a aproximação
entre a cadeira e a bancada de trabalho. Se o operador não conseguir
alcançar o piso, mesmo com as regulagens feitas, um apoio para os pés
regulável deverá ser fornecido, compreendendo o comprimento das
pernas e apoiando firmemente a plantas dos pés no chão, que deve ser
de superfície antiderrapante. (Retiradas do site
http://www.worksolution.ws/conheca-as-regras-da-abnt-sobre-moveis-
para-call-centers/).
Então observe que a ergonomia está presente em tudo o que nos cerca,
desde o mobiliário até um carrinho de supermercado que deve possuir medidas
mínimas exigidas para o melhor conforto da pessoa que irá utilizar.
Finalmente vamos conhecer a NR 32, que dispões sobre os
estabelecimentos de saúde
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Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho
dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
(Lei complementar nº 150, de 2015).
Lei nº 8.213/91:
I - o acidente ligado ao trabalho que, ..............., haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão.................;
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II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho,
em consequência de:
a) ato de agressão, ....praticado....... por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, ..........relacionada ao
trabalho;
c) .........
d) ..........
e) ..........
III - a doença .............. do empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de
trabalho:
a) na execução de ordem .........sob a autoridade da empresa;
b) na prestação ........qualquer serviço à empresa
c) em viagem a serviço da empresa, ........
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado.
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inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os
riscos ali existentes à saúde do trabalhador;
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a
eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo
trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, de acordo
com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade
ou característica do agente assim o exija;
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas
instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência
disposta na alínea “a”;
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao
cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas
pela empresa e/ou seus estabelecimentos;
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao
máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la,
conforme dispõe a NR-05;
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho
e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de
programas de duração permanente;
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais, estimulando os em favor da
prevenção;
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos
os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as
características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores
ambientais, as características do agente e as condições do(s)
indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,
doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no
mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos
Quadros III, IV, V e VI, devendo o empregador manter a documentação
à disposição da inspeção do trabalho;
j) manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na sede dos
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre
escolha da empresa o método de arquivamento e recuperação, desde
que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e
entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os
mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas “h” e “i” por um
período não inferior a 5 (cinco) anos;
l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado
o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto,
a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de
disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao
salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro
tipo de acidente estão incluídos em suas atividades.
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Sugere-se que você acesse o site <http://www.previdencia.gov.br/servicos-
ao-cidadao/todos-os-servicos/comunicacao-de-acidente-de-trabalho/> e leia
atentamente, pois todas as informações necessárias estão ali centralizadas.
Vamos estudar os aspectos mais importantes relativos a CAT. Retiramos
do site mencionado algumas orientações, as quais reproduziremos literalmente
abaixo.
A Lei n. 8.213/1991 prevê em seu artigo 22:
Importante
A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho
ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até
o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.
Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata. (Previdência Social)
Dessa forma, com este último assunto, encerramos nosso estudo trazendo
os conhecimentos necessários quando da ocorrência de um acidente de trabalho
e as medidas urgentes que devem ser adotadas pelos profissionais do SEMST.
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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