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AULA DEMONSTRATIVA
PRINCêPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL. CONCEITO E
FONTES. DISPOSI‚ÍES CONSTITUCIONAIS APLICçVEIS. SISTEMAS
PROCESSUAIS. APLICA‚ÌO E INTERPRETA‚ÌO DA LEI PROCESSUAL
PENAL.
SUMçRIO
1. APLICA‚ÌO DA LEI PROCESSUAL PENAL ............................................................ 6
1.1 Lei processual penal no espa•o............................................................................. 6
1.2 Lei processual penal no tempo ............................................................................. 8
2 PRINCêPIOS PROCESSUAIS PENAIS ................................................................. 10
2.1 Princ’pio da inŽrcia ........................................................................................... 10
2.2 Princ’pio do devido processo legal ....................................................................... 11
2.3 Princ’pio da presun•‹o de n‹o culpabilidade (ou presun•‹o de inoc•ncia) ................. 14
2.4 Princ’pio da obrigatoriedade da fundamenta•‹o das decis›es judiciais...................... 16
2.5 Princ’pio da publicidade ..................................................................................... 17
2.6 Princ’pio da isonomia processual......................................................................... 19
2.7 Princ’pio do duplo grau de jurisdi•‹o ................................................................... 19
2.8 Princ’pio do Juiz Natural .................................................................................... 20
2.9 Princ’pio da veda•‹o ˆs provas il’citas ................................................................. 21
2.10 Princ’pio da veda•‹o ˆ autoincrimina•‹o ........................................................... 22
2.11 Princ’pio do non bis in idem ............................................................................ 23
3 DISPOSI‚ÍES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES............................................... 24
3.1 Direitos constitucionais do preso......................................................................... 24
3.2 Tribunal do Jœri ................................................................................................ 25
3.3 Menoridade Penal ............................................................................................. 26
3.4 Disposi•›es referentes ˆ execu•‹o penal ............................................................. 26
3.5 Outras disposi•›es constitucionais referentes ao processo penal ............................. 27
4 INTERPRETA‚ÌO E INTEGRA‚ÌO DA LEI PROCESSUAL .................................... 28
5 CONCEITO, FINALIDADE E FONTES DO DPP ..................................................... 29
6 SISTEMAS PROCESSUAIS ................................................................................. 30
7 LEGISLA‚ÌO PERTINENTE ................................................................................ 31
8 SòMULAS PERTINENTES ................................................................................... 34
8.1 Sœmulas vinculantes ......................................................................................... 34
8.2 Sœmulas do STF ............................................................................................... 35
8.3 Sœmulas do STJ ............................................................................................... 35
9 JURISPRUDæNCIA CORRELATA ......................................................................... 36
10 RESUMO ........................................................................................................... 37
11 EXERCêCIOS DA AULA ...................................................................................... 42
12 EXERCêCIOS COMENTADOS .............................................................................. 49
13 GABARITO ........................................................................................................ 64
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ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo ESTRATƒGIA
CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir para a aprova•‹o de
voc•s no concurso da PRF (2017-2018). N—s vamos estudar teoria e comentar
exerc’cios sobre DIREITO PROCESSUAL PENAL, para o cargo de POLICIAL
RODOVIçRIO FEDERAL.
E a’, povo, preparados para a maratona?
O edital ainda n‹o foi publicado, mas estima-se que seja realizado em
breve. A expectativa Ž de que a Banca organizadora seja o CESPE.
Bom, est‡ na hora de me apresentar a voc•s, n‹o Ž?
Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pœblico
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de Janeiro,
e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da UERJ. Antes,
porŽm, fui servidor da Justi•a Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de
TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e p—s-
graduado em Direito Pœblico pela Universidade Gama Filho.
Minha trajet—ria de vida est‡ intimamente ligada aos Concursos Pœblicos.
Desde o come•o da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria para a minha
vida! E querem saber? Isso faz toda a diferen•a! Algumas pessoas me perguntam
como consegui sucesso nos concursos em t‹o pouco tempo. Simples: Foco +
For•a de vontade + Disciplina. N‹o h‡ f—rmula m‡gica, n‹o h‡ ingrediente
secreto! Basta querer e correr atr‡s do seu sonho! Acreditem em mim, isso
funciona!
ƒ muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de concurseiro,
poder colaborar para a aprova•‹o de outros tantos concurseiros, como um dia eu
fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a aprova•‹oÓ, n‹o estou falando apenas
por falar. O EstratŽgia Concursos possui ’ndices alt’ssimos de aprova•‹o
em todos os concursos!
Neste curso voc•s receber‹o todas as informa•›es necess‡rias para que
possam ter sucesso no concurso da PRF. Acreditem, voc•s n‹o v‹o se
arrepender! O EstratŽgia Concursos est‡ comprometido com sua
aprova•‹o, com sua vaga, ou seja, com voc•!
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc• ainda
n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia Concursos Ž a melhor
escolha. Eu entendo voc•, j‡ estive deste lado do computador. Ës vezes Ž dif’cil
escolher o melhor material para sua prepara•‹o. Contudo, alguns colegas de
caminhada podem te ajudar a resolver este impasse:
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1
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execu•‹o penal. 12.¼ edi•‹o. Ed. Forense. Rio de
Janeiro, 2015, p. 92
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Como disse a voc•s, esta Ž a regra! Mas toda regra possui exce•›es2. S‹o
elas:
⇒! Tratados, conven•›es e regras de Direito Internacional Ð Neste
caso, a aplica•‹o do CPP pode ser afastada, pontualmente, em raz‹o
de alguma norma espec’fica prevista em tratado ou conven•‹o
internacional.
⇒! Jurisdi•‹o pol’tica Ð ƒ o caso das prerrogativas constitucionais do
Presidente da Repœblica, dos ministros de Estado, nos crimes conexos
com os do Presidente da Repœblica, e dos ministros do Supremo
Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade. Neste caso, ser‹o
julgados de acordo com procedimentos pr—prios, previstos na
Constitui•‹o Federal.
⇒! Processos de compet•ncia da Justi•a Eleitoral Ð Tais processos
seguir‹o, como regra, o C—digo Eleitoral, e apenas subsidiariamente,
o CPP.
⇒! Processos de compet•ncia da Justi•a Militar - Tais processos
seguir‹o, como regra, o C—digo de Processo Penal Militar, e apenas
subsidiariamente, o CPP.3
⇒! Legisla•‹o especial Ð No caso de haver rito espec’fico para o
processo e julgamento de determinado crime, como ocorre na Lei de
Drogas, dever‡ ser utilizado, primordialmente, o rito espec’fico,
cabendo ao CPP atuar de forma subsidi‡ria.
2
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 85-92
3
H‡ uma pequena diverg•ncia doutrin‡ria quanto a este ponto, mas este Ž o entendimento que prevalece,
ou seja, o CPP Ž aplic‡vel subsidiariamente nos processos por crime militar.
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Mas, qual foi a teoria adotada pelo CP? Nos termos do art. 2¡ do CPP:
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-‡ desde logo, sem preju’zo da validade dos
atos realizados sob a vig•ncia da lei anterior.
4
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 96. No mesmo sentido, Eug•nio Pacelli. PACELLI, Eug•nio. Curso
de processo penal. 16¼ edi•‹o. Ed. Atlas. S‹o Paulo, 2012, p. 24.
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5
Normas puramente processuais s‹o aquelas que se referem a quest›es meramente relativas ao processo,
ao procedimento em geral, como as normas relativas ˆ comunica•‹o dos atos processuais (cita•›es e
intima•›es), aos prazos para manifesta•‹o das partes, aos recursos, etc.
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em geral. Todavia, essa lei nova contŽm um dispositivo que estabelece que
a prescri•‹o em rela•‹o ao crime X ocorrer‡ em 20 anos. Tal norma, apesar
de estar inserida numa lei processual, possui conteœdo de direito penal,
pois Ž relativa ˆ prescri•‹o (que Ž causa de extin•‹o da punibilidade). Assim,
essa norma n‹o ser‡ aplic‡vel ao caso de JosŽ, por ser uma norma penal
nova mais gravosa. Aplica-se aqui a regra do Direito Penal da irretroatividade
da lei penal nova mais gravosa.
6
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 96
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7
Alguns sustentam que se adotou um sistema misto (entre acusat—rio e inquisitivo), pois h‡ caracteres de
ambos. NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p.71
8
TambŽm chamado de princ’pio da adstri•‹o ou princ’pio da corre•‹o entre acusa•‹o e senten•a. NUCCI,
Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 608
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fundamento. Este princ’pio est‡ previsto no art. 5¡, LIV da CRFB/88, nos
seguintes termos:
Art. 5¼ (...) LIV - ninguŽm ser‡ privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal;
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J‡ o postulado da ampla defesa prev• que n‹o basta dar ao acusado ci•ncia
das manifesta•›es da acusa•‹o e facultar-lhe se manifestar, se n‹o lhe forem
dados instrumentos para isso. Ampla Defesa e Contradit—rio caminham juntos
(atŽ por isso est‹o no mesmo inciso da Constitui•‹o), e retiram seu fundamento
no Devido Processo Legal.
Entre os instrumentos para o exerc’cio da defesa est‹o a previs‹o legal de
recursos em face das decis›es judiciais, direito ˆ produ•‹o de provas, bem como
a obriga•‹o de que o Estado forne•a assist•ncia jur’dica integral e gratuita,
primordialmente atravŽs da Defensoria Pœblica. Vejamos:
Art. 5¼ (...) LXXIV - o Estado prestar‡ assist•ncia jur’dica integral e gratuita aos que
comprovarem insufici•ncia de recursos;
Ao contr‡rio da defesa tŽcnica, que n‹o pode faltar no processo criminal, sob
pena de nulidade absoluta, o rŽu pode recusar-se a exercer a autodefesa,
ficando em sil•ncio, por exemplo, pois o direito ao sil•ncio Ž um direito
expressamente previsto ao rŽu.
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Vou transcrever para voc•s agora alguns pontos que s‹o pol•micos e a
respectiva posi•‹o dos Tribunais Superiores, pois isto Ž importante.
¥! Processos criminais em curso e inquŽritos policiais em face do
acusado podem ser considerados maus antecedentes? Segundo
o STJ e o STF n‹o, pois em nenhum deles o acusado foi condenado de
maneira irrecorr’vel, logo, n‹o pode ser considerado culpado nem
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(...)
IX todos os julgamentos dos —rg‹os do Poder Judici‡rio ser‹o pœblicos, e
fundamentadas todas as decis›es, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presen•a, em determinados atos, ˆs pr—prias partes e a seus advogados, ou somente
a estes, em casos nos quais a preserva•‹o do direito ˆ intimidade do interessado no
sigilo n‹o prejudique o interesse pœblico ˆ informa•‹o;
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Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor‡ sobre o
Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princ’pios:
(...)
IX- todos os julgamentos dos —rg‹os do Poder Judici‡rio ser‹o pœblicos, e
fundamentadas todas as decis›es, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presen•a, em determinados atos, ˆs pr—prias partes e a seus advogados, ou somente
a estes, em casos nos quais a preserva•‹o do direito ˆ intimidade do interessado no
sigilo n‹o prejudique o interesse pœblico ˆ informa•‹o;
Ressalto a voc•s que essa publicidade pode ser restringida apenas ˆs partes
e seus procuradores, ou somente a estes. O que isso significa? Que alguns atos
podem n‹o ser pœblicos nem mesmo para a outra parte! Sim! Imaginem que,
numa audi•ncia, a ofendida pelo crime de estupro n‹o queira dar seu depoimento
na presen•a do acusado. Nada mais natural. Assim, o Juiz poder‡ mandar que
este se retire da sala, permanecendo, porŽm, o seu advogado. Aos
procuradores das partes (advogado, membro do MP, etc.) nunca se pode
negar publicidade dos atos processuais! Gravem isso!
Essa impossibilidade de restri•‹o da publicidade aos procuradores das partes
Ž decorr•ncia natural do princ’pio do contradit—rio e da ampla defesa, pois s‹o os
procuradores quem exercem a defesa tŽcnica, n‹o podendo ser privados do
acesso a nenhum ato do processo, sob pena de nulidade.9
9
Por fim, vale registrar que no Tribunal do Jœri (que tem regras muito espec’ficas) o voto dos jurados Ž
sigiloso, por expressa previs‹o constitucional, caracterizando-se em mais uma exce•‹o ao princ’pio. Nos
termos do art. 5¡, XVIII, b, da Constitui•‹o:
Art. 5¼ (...)
XXXVIII - Ž reconhecida a institui•‹o do jœri, com a organiza•‹o que lhe der a lei, assegurados:
(...)
b) o sigilo das vota•›es;
Assim, nesse caso, n‹o h‡ publicidade do voto proferido pelo jurado, mas a sess‹o secreta onde ocorre o
julgamento pelos jurados (dep—sito dos votos na urna) Ž acess’vel aos procuradores.
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10
Por exemplo, quando a lei estabelece que a Defensoria Pœblica possui prazo em dobro para recorrer, n‹o
est‡ ferindo o princ’pio da isonomia, mas est‡ apenas corrigindo uma situa•‹o de desequil’brio. Isso porque
a Defensoria Pœblica Ž uma Institui•‹o absolutamente assoberbada, que n‹o pode escolher se vai ou n‹o
patrocinar uma demanda. Caso o assistido se enquadre como hipossuficiente, a Defensoria Pœblica deve
atuar. Um escrit—rio de advocacia pode, por exemplo, se recusar a patrocinar uma defesa alegando estar
muito atarefado.
11
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 52.
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12
PACELLI, Eug•nio. Op. cit., p. 37
13
Outra situa•‹o que tambŽm NÌO VIOLA o princ’pio do Juiz Natural Ž a atra•‹o, por conex‹o ou contin•ncia,
do processo do corrŽu ao foro por prerrogativa de fun•‹o de um dos denunciados (sœmula 704 do STF).
Veremos mais sobre isso na aula sobre jurisdi•‹o e compet•ncia.
14
Ver, por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 52
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EXEMPLO: JosŽ foi processado pelo crime X. Todavia, como n‹o havia provas,
foi absolvido. Tal decis‹o transitou em julgado, tornando-se imut‡vel. Todavia,
dois meses depois, surgiram provas da culpa de JosŽ. Neste caso, JosŽ n‹o
poder‡ ser processado novamente.
CUIDADO! Uma pessoa n‹o pode ser duplamente processada pelo mesmo fato
quando j‡ houve decis‹o capaz de produzir coisa julgada material, ou seja, a
imutabilidade da decis‹o (condena•‹o, absolvi•‹o, extin•‹o da punibilidade,
etc.). Quando a decis‹o n‹o faz coisa julgada material, Ž poss’vel novo
processo (Ex.: Extin•‹o do processo pela rejei•‹o da denœncia, em raz‹o do
descumprimento de uma mera formalidade processual).
EXEMPLO: JosŽ est‡ sendo processado pelo crime de homic’dio qualificado pelo
motivo torpe. JosŽ Ž condenado pelo jœri e, na fixa•‹o da pena, o Juiz aplica a
agravante genŽrica prevista no art. 61, II, a do CP, cab’vel quando o crime Ž
praticado por motivo torpe. Todavia, neste caso, o Òmotivo torpeÓ j‡ foi
considerado como qualificadora (tornando a pena mais gravosa Ð de 06 a 20 anos
para 12 a 30 anos), ent‹o n‹o pode ser novamente considerada no mesmo caso.
Ou seja, como tal circunst‰ncia (motivo torpe) j‡ qualifica o delito, n‹o pode
tambŽm servir como circunst‰ncia agravante, sob pena de o agente ser
duplamente punido pela mesma circunst‰ncia.
Assim:
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VEDAÇÃO À DUPLA
CONSIDERAÇÃO DO MESMO
FATO/CONDIÇÃO/CIRCUNSTÂNCIA
NA DOSIMETRIA DA PENA
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XXXVIII - Ž reconhecida a institui•‹o do jœri, com a organiza•‹o que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das vota•›es;
c) a soberania dos veredictos;
d) a compet•ncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Isso quer dizer que eles n‹o respondem penalmente, estando sujeitos ˆs
normas do ESTATUTO DA CRIAN‚A E DO ADOLESCENTE.
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15
MARQUES, JosŽ Frederico. Elementos de Direito Processual Penal. Ed. Forense. Rio de Janeiro. 1961, p‡g.
20
16
MIRABETE, Jœlio Fabbrini. Processo Penal. Ed. Atlas, S‹o Paulo. 2004, p‡g. 31
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1.! Fonte formal (ou de cogni•‹o) Ð Meio pelo qual a norma Ž lan•ada no
mundo jur’dico. Podem ser imediatas (tambŽm chamadas de diretas ou
prim‡rias) mediatas (tambŽm chamadas de indiretas, secund‡rias ou
supletivas).
a)! IMEDIATAS Ð S‹o as fontes principais, aquelas que devem ser aplicadas
primordialmente (Constitui•‹o, Leis, tratados e conven•›es
internacionais). Basicamente, portanto, os diplomas normativos
nacionais e internacionais17.
b)! MEDIATAS Ð S‹o aplic‡veis quando h‡ lacuna, aus•ncia de
regulamenta•‹o pelas fontes formais imediatas (costumes, analogia e
princ’pios gerais do Direito).
6! SISTEMAS PROCESSUAIS
Os sistemas processuais s‹o basicamente tr•s:
¥! Inquisitivo Ð O poder se concentra nas m‹os do julgador, que
acumula fun•›es de Juiz e acusador. Neste sistema predomina o sigilo
procedimental, a confiss‹o Ž tida como prova m‡xima e o
contradit—rio e a ampla defesa s‹o quase inexistentes. N‹o h‡
possibilidade de recusa do Julgador e o processo Ž eminentemente
escrito (e sigiloso).
¥! Acusat—rio Ð Neste sistema h‡ separa•‹o clara entre as figuras do
acusador e do julgador, vigorando o contradit—rio, a ampla defesa e
a isonomia entre as partes. A publicidade impera e h‡ possibilidade
de recusa do Juiz (suspei•‹o, por exemplo). H‡ restri•‹o ˆ atua•‹o
do Juiz na fase investigat—ria, sendo esta atua•‹o bastante limitada
(ex.: impossibilidade de decreta•‹o da pris‹o preventiva Òde of’cioÓ).
¥! Misto Ð Neste sistema s‹o mesclados determinados aspectos de cada
um dos outros dois sistemas. Geralmente a primeira fase
17
H‡ quem inclua tambŽm, dentre as fontes imediatas, as SòMULAS VINCULANTES, pois s‹o verdadeiras
normas de aplica•‹o vinculada. Lembrando que a jurisprud•ncia e a Doutrina n‹o s‹o consideradas,
majoritariamente, como FONTES do Direito Processual Penal, pois representam, apenas, formas de
interpreta•‹o do Direito Processual Penal.
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7! LEGISLA‚ÌO PERTINENTE
CîDIGO DE PROCESSSO PENAL
Ä Art. 1¡ do CPP - Aplicabilidade territorial do CPP, principal e subsidi‡ria:
Art. 1o O processo penal reger-se-‡, em todo o territ—rio brasileiro, por este C—digo,
ressalvados:
I - os tratados, as conven•›es e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da Repœblica, dos ministros de
Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da Repœblica, e dos ministros do
Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constitui•‹o, arts. 86, 89,
¤ 2o, e 100);
III - os processos da compet•ncia da Justi•a Militar;
IV - os processos da compet•ncia do tribunal especial (Constitui•‹o, art. 122, no 17);
V - os processos por crimes de imprensa. Vide ADPF n¼ 130
Par‡grafo œnico. Aplicar-se-‡, entretanto, este C—digo aos processos referidos nos nos.
IV e V, quando as leis especiais que os regulam n‹o dispuserem de modo diverso.
CONSTITUI‚ÌO FEDERAL
18
Alguns se referem a um sistema de apar•ncia acusat—ria ou inquisitivo garantista.
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Art. 5¼ (...) LIII - ninguŽm ser‡ processado nem sentenciado sen‹o pela autoridade
competente;
Art. 5¼ (...)
XLVIII - a pena ser‡ cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - Ž assegurado aos presos o respeito ˆ integridade f’sica e moral;
L - ˆs presidi‡rias ser‹o asseguradas condi•›es para que possam permanecer com
seus filhos durante o per’odo de amamenta•‹o;
Ä Art. 5¼, XII, LVI, LVIII, LIX e LXXV da CF/88 Ð Estabelecem outras
disposi•›es relevantes correlatas ao processo penal:
Art. 5¼ (...)
XII - Ž inviol‡vel o sigilo da correspond•ncia e das comunica•›es telegr‡ficas, de dados
e das comunica•›es telef™nicas, salvo, no œltimo caso, por ordem judicial, nas
hip—teses e na forma que a lei estabelecer para fins de investiga•‹o criminal ou
instru•‹o processual penal; (Vide Lei n¼ 9.296, de 1996)
(...)
LVI - s‹o inadmiss’veis, no processo, as provas obtidas por meios il’citos;
(...)
LVIII - o civilmente identificado n‹o ser‡ submetido a identifica•‹o criminal, salvo nas
hip—teses previstas em lei; (Regulamento).
LIX - ser‡ admitida a•‹o privada nos crimes de a•‹o pœblica, se esta n‹o for intentada
no prazo legal;
(...)
LXXV - o Estado indenizar‡ o condenado por erro judici‡rio, assim como o que ficar
preso alŽm do tempo fixado na senten•a;
8! SòMULAS PERTINENTES
8.1!Sœmulas vinculantes
Ä Sœmula Vinculante 45: Consolidou o entendimento no sentido de que a
compet•ncia do Tribunal do Jœri prevalece sobre a compet•ncia de foro por
prerrogativa de fun•‹o que esteja prevista, apenas, na Constitui•‹o ESTADUAL
(se estiver prevista na CF/88, tal compet•ncia prevalecer‡ sobre a do Jœri).
Sœmula vinculante 45: A compet•ncia constitucional do Tribunal do Jœri prevalece sobre
o foro por prerrogativa de fun•‹o estabelecido exclusivamente pela constitui•‹o estadual.
8.2!Sœmulas do STF
Ä Sœmula 453: Veda a aplica•‹o do instituto da mutatio libelli na segunda
inst‰ncia (correla•‹o com o princ’pio da inŽrcia):
Sœmula 453 - ÒN‹o se aplicam ˆ segunda inst‰ncia o art. 384 e par‡grafo œnico do C—digo
de Processo Penal, que possibilitam dar nova defini•‹o jur’dica ao fato delituoso, em virtude
de circunst‰ncia elementar n‹o contida, expl’cita ou implicitamente, na denœncia ou queixa.Ó
8.3!Sœmulas do STJ
ÄSœmula n¼ 09 do STJ Ð Assentava a aus•ncia de viola•‹o ao princ’pio da
presun•‹o de inoc•ncia no que toca ˆ exig•ncia de pris‹o cautelar (recolhimento
ˆ pris‹o) para apelar. Encontra-se SUPERADA. Hoje n‹o se exige mais o
recolhimento ˆ pris‹o como requisito de admissibilidade recursal.
Sœmula n¼ 09 do STJ - A EXIGENCIA DA PRISÌO PROVISORIA, PARA APELAR, NÌO
OFENDE A GARANTIA CONSTITUCIONAL DA PRESUN‚ÌO DE INOCENCIA.
9! JURISPRUDæNCIA CORRELATA
ÄSTF - HC 93782Ð Possibilidade de regress‹o de regime em raz‹o da pr‡tica
de novo crime. Desnecessidade de tr‰nsito em julgado. STF entendeu n‹o haver
ofensa ao princ’pio da presun•‹o de inoc•ncia:
(...) I - A pr‡tica de falta grave pode resultar, observado o contradit—rio e a ampla
defesa, em regress‹o de regime. II - A pr‡tica de "fato definido como crime
doloso", para fins de aplica•‹o da san•‹o administrativa da regress‹o, n‹o
depende de tr‰nsito em julgado da a•‹o penal respectiva. III - A natureza
jur’dica da regress‹o de regime lastreada nas hip—teses do art. 118, I, da Lei de
Execu•›es Penais Ž sancionat—ria, enquanto aquela baseada no incido II tem por
escopo a correta individualiza•‹o da pena. IV - A regress‹o aplicada sob o fundamento
do art. 118, I, segunda parte, n‹o ofende ao princ’pio da presun•‹o de inoc•ncia
ou ao vetor estrutural da dignidade da pessoa humana. V - Incid•ncia do teor
da Sœmula vinculante n¼ 9 do Supremo Tribunal Federal quando ˆ perda dos dias
remidos. VI - Ordem denegada.
(HC 93782, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em
16/09/2008, DJe-197 DIVULG 16-10-2008 PUBLIC 17-10-2008 EMENT VOL-02337-03
PP-00520 RTJ VOL-00207-01 PP-00369)
10! RESUMO
Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de
ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a organiza•‹o
de estudos de voc•s, a cada ciclo de estudos Ž fundamental
retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em
compreender alguma informa•‹o, n‹o deixem de retornar ˆ
aula.
APLICA‚ÌO DA LEI PROCESSUAL PENAL
Obs.: A lei nova n‹o pode retroagir para alcan•ar atos processuais j‡ praticados
(ainda que seja mais benŽfica), mas se aplica aos atos futuros dos processos em
curso.
Obs.: Tal disposi•‹o s— se aplica ˆs normas puramente processuais.
Ø! Normas materiais inseridas em Lei Processual (heterotopia) Ð
Devem ser observadas as regras de aplica•‹o da lei PENAL no tempo
(retroatividade benŽfica, etc.).
Ø! Normas h’bridas (ou mistas) Ð H‡ controvŽrsia, mas prevalece que
tambŽm devem ser observadas as regras de aplica•‹o da lei PENAL no
tempo.
Ø! Normas relativas ˆ execu•‹o penal Ð H‡ controvŽrsia, mas prevalece
que s‹o normas de direito material (logo, devem ser observadas as regras
de aplica•‹o da lei PENAL no tempo).
PRINCêPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL
Princ’pio da inŽrcia
O Juiz n‹o pode dar in’cio ao processo penal, pois isto implicaria em viola•‹o da
sua imparcialidade. Este princ’pio fundamenta diversas disposi•›es do sistema
processual penal brasileiro, como aquela que impede que o Juiz julgue um fato
n‹o contido na denœncia, que caracteriza o princ’pio da congru•ncia (ou
correla•‹o) entre a senten•a e a inicial acusat—ria.
OBS.: Isso n‹o impede que o Juiz determine a realiza•‹o de dilig•ncias que
entender necess‡rias (produ•‹o de provas, por exemplo) para elucidar quest‹o
relevante para o deslinde do processo (em raz‹o do princ’pio da busca pela
verdade real ou material, n‹o da verdade formal).
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Princ’pio da publicidade
Os atos processuais e as decis›es judiciais ser‹o pœblicas, ou seja, de acesso livre
a qualquer do povo.
Essa publicidade NÌO ƒ ABSOLUTA, podendo sofrer restri•‹o, quando a
intimidade das partes ou interesse pœblico exigir (publicidade restrita). Pode
ser restringida apenas ˆs partes e seus procuradores, ou somente a estes.
Impossibilidade de restri•‹o da publicidade aos procuradores das partes.
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Princ’pio do non bis in idem Ð NinguŽm pode ser punido duplamente pelo
mesmo fato. NinguŽm poder‡, sequer, ser processado duas vezes pelo mesmo
fato. N‹o se pode, ainda, utilizar o mesmo fato, condi•‹o ou circunst‰ncia duas
vezes (como qualificadora e como agravante, por ex.).
Conceito - Ramo do Direito que tem por finalidade a aplica•‹o, no caso concreto,
da Lei Penal outrora violada.
19
H‡ quem inclua tambŽm, dentre as fontes imediatas, as SòMULAS VINCULANTES, pois s‹o verdadeiras
normas de aplica•‹o vinculada. Lembrando que a jurisprud•ncia e a Doutrina n‹o s‹o consideradas,
majoritariamente, como FONTES do Direito Processual Penal, pois representam, apenas, formas de
interpreta•‹o do Direito Processual Penal.
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___________
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
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12!EXERCêCIOS COMENTADOS
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defesa, o que n‹o ocorre na a•‹o penal privada, em que a fun•‹o de acusar Ž
atribu’da ao ofendido, atuando o MP apenas como fiscal da lei.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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COMENTçRIOS: Item errado, pois o favor rei, princ’pio que determina a decis‹o
favor‡vel ao rŽu em caso de dœvida, Ž adotado pelo nosso ordenamento jur’dico,
e n‹o contraria em nada o ius libertatis do acusado, muito pelo contr‡rio.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
Assim, os atos j‡ praticados NÌO devem ser refeitos, pois quando foram
realizados estavam sendo regidos pela Lei vigente ˆ Žpoca, n‹o havendo qualquer
irregularidade.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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Assim, os atos j‡ praticados NÌO devem ser refeitos, pois quando foram
realizados estavam sendo regidos pela Lei vigente ˆ Žpoca, n‹o havendo qualquer
irregularidade. A lei nova, portanto, s— se aplica aos atos futuros, n‹o atingindo
os atos que j‡ foram validamente realizados sob o regramento da lei anterior.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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D) CORRETA: O item est‡ correto, conforme previs‹o contida no art. 5¼, XLIII da
CRFB/88:
Art. 5¼ (...)
XLIII - a lei considerar‡ crimes inafian•‡veis e insuscet’veis de gra•a ou anistia a
pr‡tica da tortura , o tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores
e os que, podendo evit‡-los, se omitirem;
E) ERRADA: O item est‡ errado, pois apesar de o Jœri, de fato, possui compet•ncia
para o processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, o LATROCêNIO,
ou seja, roubo com resultado morte, n‹o Ž crime doloso contra a vida, mas crime
contra o patrim™nio, motivo pelo qual n‹o Ž julgado pelo Tribunal do Jœri.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
GABARITO: ERRADA
CORRETA: Como vimos, a verdade real Ž o princ’pio pelo qual deve haver um
esfor•o no sentido de se obter a elucida•‹o das quest›es a fim de que a verdade
dos fatos seja alcan•ada. Entretanto, essa verdade n‹o pode ser obtida a
qualquer custo, encontrando limites na lei, notadamente quando a obten•‹o da
prova possa ofender direitos fundamentais.
GABARITO: CORRETA
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13!GABARITO
1.! ERRADA
2.! ERRADA
3.! ERRADA
4.! CORRETA
5.! CORRETA
6.! CORRETA
7.! ERRADA
8.! CORRETA
9.! ERRADA
10.! ERRADA
11.! CORRETA
12.! ERRADA
13.! ERRADA
14.! ERRADA
15.! ERRADA
16.! ERRADA
17.! CORRETA
18.! ERRADA
19.! CORRETA
20.! ERRADA
21.! ERRADA
22.! ERRADA
23.! ERRADA
24.! CORRETA
25.! ERRADA
26.! CORRETA
27.! ALTERNATIVA C
28.! ALTERNATIVA D
29.! CORRETA
30.! ALTERNATIVA D
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31.! ERRADA
32.! CORRETA
33.! ERRADA
34.! CORRETA
35.! ERRADA
36.! ERRADA
37.! ERRADA
38.! ERRADA
39.! CORRETA
40.! CORRETA
41.! ERRADA
42.! ERRADA
43.! CORRETA
44.! CORRETA
45.! CORRETA
46.! ERRADA
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