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UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC

FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

ANDRÉ GERALDO EVANGELISTA


FABIANA DA SILVA
FABIANA FERREIRA
MARIA ROBERTA GARCIA MACHADO
RENATA PRISCILA FONSECA RIBEIRO

Ensaio de tração

CONSELHEIRO LAFAIETE
2010
2

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC


FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

ANDRÉ GERALDO EVANGELISTA


FABIANA DA SILVA
FABIANA FERREIRA
MARIA ROBERTA GARCIA MACHADO
RENATA PRISCILA FONSECA RIBEIRO

Ensaio de tração

Trabalho apresentado à disciplina de Resistência


dos Materiais do curso de Engenharia de
Segurança do Trabalho da Faculdade de
Tecnologia e Ciências de Conselheiro Lafaiete,
como pré-requisito para a obtenção parcial de
pontos.

Prof º Juliano de Barros Veloso e Lima

CONSELHEIRO LAFAIETE
2010
3

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
1 ENSAIO DE TRAÇÃO.....................................................................................................5
1.1 Diagrama tensão-deformação.......................................................................................7
1.1.1 Deformação Elástica..........................................................................................10
1.1.2 Deformação Plástica..........................................................................................11
1.2 Limite de proporcionalidade.......................................................................................14
1.3 Escoamento.................................................................................................................14
1.4 Limite de resistência...................................................................................................15
1.5 Limite de ruptura.........................................................................................................15
1.6 Estricção......................................................................................................................16
1.7 Corpos de prova utilizados para o ensaio de tensão...................................................16
1.8 Medição da deformação total – alongamento.............................................................17
1.9 Medição da redução de área........................................................................................18
1.10 Equipamento para ensaio de tração...........................................................................20
1.11 Outras Propriedades obtidas no Ensaio de Tração....................................................22
2 CONCLUSÃO..................................................................................................................24
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................25
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INTRODUÇÃO

Na física chama-se tração a força aplicada sobre um corpo numa direção perpendicular à sua
superfície de corte e num sentido tal que provoque a sua ruptura.

Uma peça estará sendo tracionada quando a força axial aplicada estiver atuando com o sentido
dirigido para o seu exterior. A tração faz com que a peça se alongue no sentido da força e
fique mais fina.

O esforço de tração causa uma reorganização na estrutura molecular da peça movimentando


os átomos a fim de se agruparem o máximo possível até um certo limite. Isso ocorre devido
ao deslocamento de moléculas que se alojam nas “imperfeições” causadas no momento da
solidificação, estas “imperfeições” são chamadas de contorno de grão e são melhor estudadas
na ciência de ensaio dos materiais.

Na resistência dos materiais o objetivo é não permitir que isso aconteça, trabalhando sempre
no regime elástico do material (regime em que a peça trabalha sem deformar-se
permanentemente), para isso são feitos cálculos utilizando o limite entre as duas deformações
com um c.s. (coeficiente de segurança) para que não haja risco de acidentes, sendo projetada
assim uma peça que suporte uma força maior que a mínima.

Basicamente, a tração trata-se de utilizar um corpo e exercer sobre ele esforços com sentidos
opostos, tracionando-o.
5

1 ENSAIO DE TRAÇÃO

O ensaio de tração consiste em se aplicar a um corpo de prova que é submetido a um esforço


que tende a alongá-lo ou esticá-lo até à ruptura. Geralmente, o ensaio é realizado num corpo
de prova de formas e dimensões padronizadas, para que os resultados obtidos possam ser
comparados ou, se necessário, reproduzidos. Este é fixado numa máquina de ensaios que
aplica esforços crescentes na sua direção axial, sendo medidas as deformações
correspondentes. Os esforços ou cargas são mensurados na própria máquina, e, normalmente,
o ensaio ocorre até a ruptura do material.

Com esse tipo de ensaio, pode-se afirmar que praticamente as deformações promovidas no
material são uniformemente distribuídas em todo o seu corpo, pelo menos até ser atingida
uma carga máxima próxima do final do ensaio e, como é possível fazer com que a carga
cresça numa velocidade razoavelmente lenta durante todo o teste, o ensaio de tração permite
medir satisfatoriamente a resistência do material. A uniformidade da deformação permite
ainda obter medições para a variação dessa deformação em função da tensão aplicada. Essa
variação, extremamente útil para o engenheiro, é determinada pelo traçado da curva tensão-
deformação a qual pode ser obtida diretamente pela máquina ou por pontos. A uniformidade
termina no momento em que é atingida a carga máxima suportada pelo material, quando
começa a aparecer o fenômeno da estricção ou da diminuição da secção do provete, no caso
de matérias com certa ductilidade. A ruptura sempre se dá na região mais estreita do material,
a menos que um defeito interno no material, fora dessa região, promova a ruptura do mesmo,
o que raramente acontece.

A precisão de um um ensaio de tração depende, evidentemente, da precisão dos aparelhos de


medida que se dispõe. Com pequenas deformações, pode-se conseguir uma precisão maior na
avaliação da tensão ao invés de detectar grandes variações de deformação, causando maior
imprecisão da avaliação da tensão. Mesmo no início do ensaio, se esse não for bem
conduzido, grandes erros pode ser cometidos, como por exemplo, se o provete não estiver
bem alinhado, os esforços assimétricos que aparecerão levarão a falsas leituras das
deformações para uma mesma carga aplicada. Deve-se portanto centrar bem o corpo-de-prova
na máquina para que a carga seja efetivamente aplicada na direção do seu eixo longitudinal.

Para obtenção do diagrama tensão-deformação de certo material, normalmente se faz um


ensaio de tração em uma amostra do material. Nesse ensaio se usa comumente um corpo de
prova típico do material, indicado na figura 1. A área da seção transversal da parte cilindrica
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central é medida cuidadosamewnte e duas marcas são desenhadas no corpo cilindrico,


separadas de uma distância L0.

Figura 1: Corpo de prova típico de ensaio de tração


Fonte: Apostila “ensaios mecânicos”, Telecurso 2000.

O corpo de prova é levado à máquina de teste (figura 2), que é usada para aplicar a carga
centrada P. À medida que aumenta o valor P, a distância L entre as duas marcas também
aumenta. Um medidor indica a distancia L, e o alongamento σ= L – L0 é anotado para cada
valor de P.

Figura 2: Máquina de testes


Fonte: http://www.inepo.com.br/images/ensaio2.jpg
7

Os ensaios de tração permitem conhecer como os materiais reagem aos esforços de tração,
quais os limites de tração que suportam e a partir de que momento se rompe. Como já citou-se
anteriormente, quando são submetidos a campos de forcas e/ou momentos, os metais
deformam-se. A intensidade e o tipo de deformação sofrido pelo metal são funções da
resistência mecânica do metal, da intensidade das forcas e momentos aplicados, do caminho
da deformação, etc.

1.1 Diagrama tensão-deformação


Quando um corpo de prova é submetido a um ensaio de tração, a máquina de ensaio fornece
um gráfico que mostra as relações entre a força aplicada e as deformações ocorridas durante o
ensaio. Mas o que nos interessa para a determinação das propriedades do material ensaiado é
a relação entre tensão e deformação.

O diagrama tensão-deformação varia muito de material para material,e, para um mesmo


material, podem ocorrer resultados diferentes em vários ensaios, dependendo da temperatura
do corpo de prova ou da velocidade de crescimento da carga. Entre os diagramas tensão-
deformação de vários grupos de materiais é possivel, no entanto, distinguir algumas
características comuns; elas nos levam a dividir os materiais em duas importantes categorias,
que são os materiais dúteis e os materiais frágeis.

Materiais dúteis

Os materiais dúteis, que compreendem o aço estrutural e outros metais, se caracterizam por
apresentarem escomaneto a temperaturas normais. O copor de prova é submetido a
carregamento crescente, e seu comprimento aumenta, de início, lentamente, sempre
proporcional ao carregamento. Desse modo, a parte inicial do diagrama tensão-deformação é
uma linha reta com grande coeficiente angular (figura xx). Entretanto, quando é atingido um
valor crítico de tensão σe, o corpo de prova sofre uma longa deformação, com pouco aumento
da carga aplicada. Essa deformação é causada por deslizamento relativo de camadas do
material de superfícies oblíquas, o que mostra que esse fato se dá principalmente po tensão de
cisalhamento. Os diagramas tensão-deformação de dois materiais dúteis nos mostram que o
alongamento do material após inicio do escoamento pode ser até 200 vezes maior que o
alongamento ocorrido antes do escoamaneto se iniciar.

Quando o carregamento atinge um certo valor máximo, o diâmetro do corpo começa a


diminuir, devido à perda de resitência local. Esse fenômeno é conhecido como estricção. Após
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ter começado a estricção, um carregamento mais baixo é suficiente para manter o corpo de
prova se deformando, até que sua ruptura se dê.

Podemos ver que a ruptura se dá segundo uma superfície em forma de cone, que forma um
ângulo aproximado de 45° com a superfície inicial do corpo de prova. Isso mostra que a
ruptura dos materiais dúteis ocorre sob tensão de cisalhamento, e confirma o fato de que, com
carga axial, as maiores tensões de cisalhamento ocorrem em planos que formam 45° com a
direção da carga. A tensão σu correspondente à máxima carga aplicada ao material é conhecida
como tensão última, e a tensão σR correspondente ao ponto de ruptura é chamada tensão de
ruptura.

Materiais frágeis

Os materiais frágeis, como ferro fundido, vidro e pedra, são caracterizados por uma ruptura
que ocorre sem nenhuma mudança sensível no modo de deformação do material. Então, para
os materiais frágeis não existe diferença entre tensão última e tensão de ruptura. Além disso, a
deformação até a ruptura é muito menor nos materiais frágeis do que nos materiais dúteis.

Figura 3: Comportamentos típicos das curvas de tensão deformação


Fonte: Apostila “ensaios mecânicos”, Telecurso 2000.

Os materiais que seguem os diagramas da Figura 2 (a), (b) são denominados materiais dúteis e
os que seguem a Figura 2 (d) são chamados frágeis. Nessas condições, pode-se afirmar que
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nos materiais dúteis a ruptura se faz anunciar por intermédio de grandes deformações e nos
frágeis não há grandes deformações (ferro fundido, concreto).

Os diagramas de tensão-deformação que o aço estrutural e o alumínio, ambos materiais


dúteis,. Apresentam diferenças de comportamento no escoamento. Para o aço estrutural,as
tensões permanecem constantes para uma grande variação das deformações, após inicio do
escoamento. Depois o valor da tensão deve crecer para que o material continue a alongar, até
atingir o valor σu.. Isto se dá devido a uma propriedade do material conhecida como
recuperação. A tensão de escoamento do aço estrututral é obrida por observação, durante o
teste de tração, dos valores de carga. Após um período de crescimento constante, observa-se
que a carga cai subitamente para um valor ligeiramente menor, que se torna invariável durante
a ocorrência do escoamento. Quando o teste é realizado cuidadosamente, é possivel distinguir
entre o valort superior de escoamento, correspondente à força que atua imediatamente antes
do escoamento, e o valor inferior de escoamento, correspondente à força necessária para
manter o escoamento. Como o valor superior é momentâneo, adota-se o valor inferior para a
determinação da tensão de escoamento do material.

No caso do alumínio e de muitos outros materiais dúteis, o início do escoamento não é


caracterizado pelo trecho horizontal do diagrama (trecho este conhecido como patamar de
escoamento); ao invés disso, as tensões continuam aumentando – embora não mais de
maneira linear – até que a tensão última é alcançada. Começa então a estricção que pode levar
à ruptura. Para esses materiais se define um valor convencional para a tensão σe. A tensão
convencioanl de escoamento é obtida tomando-se no eixo das abscissas a deformação
especifica ε = 0,2% (ou ε = 0,002), e por esse ponto traçando-se uma reta paralela ao trecho
linear inicial do diagrama. A tensão σe correspondente ao ponto de interseção dessa reta com o
diagrama, é conhecida como tensão convencional a 0,2%.

Sabemos que as tensões marcadas nos diagramas, foram obtidas pela divisão da carpa P pela
área de seção transversal A0, medida antes que qualquer deformação atuasse no corpo de
prova. Como a área da seção transversal diminui com o aumento da carga P, as tensões
marcadas nos diagramas não correspondem aos valores reais de tensão no material. A
diferença entre a tensão de uso prático σ = P/A0 que calculamos e a tensão verdadeira σv =
PA/, que se obtém com a divisão da carga P pela área da seção transversal.

Frequentemente se utiliza um segundo mostrador para medir e anotar as modificações no


diâmetro do corpo de prova. Para cada par de valores lidos, P e σ, calcula-0se atensão σ
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dividindo-se P pela área da seção transversal inicial A0 do corpo de prova. Calcula-se também
a deformação específica ε dividindo-se o alongamento σ pelo comprimento inicial L0 entre as

duas marcas. Obtém-se assim o diagrama tensão-deformação marcando ε como abcissa e σ


como ordenada.

As deformações resultantes dos campos de forca podem ser classificadas em dois tipos: a
elástica e a plástica.

1.1.1 Deformação Elástica

Para a maioria dos metais que são solicitados em tração e com níveis de tensão relativamente
baixos, a tensão e a deformação são proporcionais de acordo com a relação abaixo.

σ = Eε

Esta é a conhecida lei de Hooke uniaxial e a constante de proporcionalidade “E” é o módulo


de elasticidade, ou módulo de Young.

As deformações elásticas (figura 4) não são permanentes, ou seja, quando a carga é removida,
o corpo retorna ao seu formato original. No entanto, a curva tensão-deformação não é sempre
linear, como por exemplo, no ferro fundido cinzento, concreto e polímeros.

Figura 4: Deformação elástica


Fonte: Apostila “ensaios mecânicos”, Telecurso 2000.

Até este ponto, assume-se que a deformação elástica é independente do tempo, ou seja,
quando uma carga é aplicada, a deformação elástica permanece constante durante o período
em que a carga é mantida constante. Também é assumido que após a remoção da carga, a
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deformação é totalmente recuperada, ou seja, a deformação imediatamente retorna para o


valor zero.

Figura 4: Diagrama tensão-deformação


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tracao.gif.

Diagrama tensão-deformação obtido através de um ensaio de tração


1. Tensão Máxima de Tração
2. Tensão de Escoamento
3. Tensão de Ruptura
4. Região de Encruamento
5. Região de "Estricção".

1.1.2 Deformação Plástica

Acima de uma certa tensão, os materiais começam a se deformar plasticamente, ou seja,


ocorrem deformações permanentes. O ponto na qual estas deformações permanentes
começam a se tornar significativas é chamado de limite de escoamento.

Para metais que possuem transição gradual do regime elástico para o plástico, as deformações
plásticas (figura 5) se iniciam no ponto na qual a curva tensão-deformação deixa de ser linear,
sendo este ponto chamado de limite de proporcionalidade (ou tensão limite-elasticidade). No
entanto, é difícil determinar este ponto precisamente. Como conseqüência, criou-se uma
convenção na qual é construída uma linha reta paralela à porção elástica, passando pela
deformação de 0,2% da deformação total. A tensão correspondente à intersecção desta linha
com a curva tensão-deformação é o limite de escoamento (ou tensão de cedência).
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Figura 5: Deformação plástica


Fonte: Apostila “ensaios mecânicos”, Telecurso 2000.

A magnitude do limite de escoamento é a medida da resistência de um material à deformação


plástica e pode variar muito, como por exemplo, entre 35 MPa para uma liga de alumínio de
baixa resistência até 1400 MPa para um aço de alta resistência.

Durante a deformação plástica, a tensão necessária para continuar a deformar um metal


aumenta até um ponto máximo, chamado de limite de resistência à tração, na qual a tensão é
a máxima na curva tensão-deformação de engenharia. Isto corresponde a maior tensão que o
material pode resistir; se esta tensão for aplicada e mantida, o resultado será a fractura. Toda a
deformação até este ponto é uniforme na seção. No entanto, após este ponto, começa a se
formar uma estricção, na qual toda a deformação subseqüente está confinada e, é nesta região
que ocorrerá ruptura. A tensão corresponde a fractura é chamada de limite de ruptura.

Assim, é possível obter o gráfico tensão-deformação, que varia conforme o material


analisado. Por exemplo, os materiais frágeis, como cerâmicas e concreto, não apresentam um
limite de escoamento. Já os materiais dúcteis, como o alumínio, apresentam o limite de
escoamento bem definido.
13

Figura 6: Diagrama tensão-deformação para uma liga típica de alumínio


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tracao.gif.
Diagrama tensão-deformação para uma liga típica de alumínio
1. Tensão máxima de tração
2. Limite de escoamento
3. Tensão limite de proporcionalidade
4. Ruptura
5. Deformação "offset" (tipicamente 0,002).

Figura 7: Diagrama tensão-deformação para um material frágil


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tracao.gif.

Diagrama tensão-deformação para um material frágil


1. Tensão máxima de tração
2. Ruptura.
14

1.2 Limite de proporcionalidade


A lei de Hooke só vale ate um determinado valor de tensão, denominado limite de
proporcionalidade, que e o ponto representado no gráfico a seguir por A’, a partir do qual a
deformação deixa de ser proporcional a carga aplicada. Muitas vezes, considera-se que o
limite de proporcionalidade coincide com o limite de elasticidade.

Figura 8: Limite de proporcionalidade


Fonte: Apostila “ensaios mecânicos”, Telecurso 2000.

1.3 Escoamento
Nos metais dúcteis, terminada a fase elástica, inicia-se a fase plástica, onde ocorrem
deformações permanentes do material, mesmo havendo a retirada da forca de tração. No
inicio da fase plástica, ocorre o fenômeno denominado escoamento. Tal fenômeno e
caracterizado por uma deformação permanente do material sem que haja incremento da carga,
mas ocorre um aumento da velocidade de deformação. Durante o escoamento, os valores de
carga oscilam muito próximos uns dos outros.

Figura 9: Escoamento
Fonte: Apostila “ensaios mecânicos”, Telecurso 2000.
15

1.4 Limite de resistência


Após o escoamento ocorre o encruamento, que é um endurecimento causado pela quebra dos
grãos que compõem o material quando deformados a frio. O material resiste cada vez mais à
tração externa, exigindo uma tensão cada vez maior para se deformar. Nessa fase, a tensão
recomeça a subir, até atingir um valor máximo num ponto chamado de limite de resistência
(B).

Figura 10: Limite de resistência


Fonte: Apostila “ensaios mecânicos”, Telecurso 2000.

1.5 Limite de ruptura


Continuando a tração, chega-se à ruptura do material, que ocorre num ponto chamado limite
de ruptura (C). Note que a tensão no limite de ruptura é menor que no limite de resistência,
devido à diminuição da área que ocorre no corpo de prova depois que se atinge a carga
máxima.

Figura 11: Limite de ruptura


Fonte: Apostila “ensaios mecânicos”, Telecurso 2000.
16

1.6 Estricção
É a redução percentual da área da seção transversal do corpo de prova na região onde vai se
localizar a ruptura. A estricção determina a ductilidade do material. Quanto maior for a
porcentagem de estricção, mais dúctil será o material.

1.7 Corpos de prova utilizados para o ensaio de tensão


Os corpos de prova utilizados no ensaio de tração devem seguir padrões de forma e dimensões
para que os resultados obtidos nos testes possam ser utilizados. No Brasil, a norma que
padroniza os corpos de prova e a MB-4 da ABNT, garantindo formatos e dimensões para cada
tipo de teste. Segundo a norma, a seção transversal do corpo de prova pode ser circular ou
retangular, dependendo da forma e das dimensões do produto de onde for extraído.

Figura 12: Partes de um corpo de prova de seção circular


Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/6543

Parte útil: e a porção efetivamente utilizada para medição do alongamento.


Cabeça: são as extremidades, cuja função e permitir a fixação do corpo de prova na maquina
de ensaio.
A análise das propriedades mecânicas de um metal depende da precisão com que os corpos de
prova são usinados. Como os corpos de prova são de geometria circular ou plana, uma
usinagem adequada e essencial para um programa de testes de qualidade. Dimensões a
acabamento superficial devem estar de acordo com a norma brasileira.

Algumas normas pertinentes são listadas abaixo:

 Materiais metálicos - Ensaio de tração a temperatura elevada NM-ISO783 1996


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 Materiais metálicos - Ensaio de tração a temperatura ambiente NBRISO6892 11/2002


 Materiais metálicos - Calibração de maquinas de ensaio estático uniaxial – Parte 1:
Maquinas de ensaio de tração/compressão - Calibração do sistema de medição da
forca NBRNM-ISO7500-1 03/2004
 Materiais metálicos - Calibração de extensometros usados em ensaios uniaxiais
NBR14480 03/2000
 Materiais metálicos - Calibração de instrumentos de medição de forca utilizados na
calibração de maquinas de ensaios uniaxiais NBR6674 MB1488 07/1999
 Produtos planos de aço - Determinação das propriedades mecânicas a tração NBR6673
MB856 07/1981
 Produtos tubulares de aço - Determinação das propriedades mecânicas a tração
NBR7433 MB736 07/1982
 Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com emenda mecânica ou
por solda - Determinação da resistência a tração NBR8548 MB1804 08/1984
 Alumínio e suas ligas - Ensaio de tração dos produtos dúcteis e fundidos NBR7549
MB1714 12/2001

1.8 Medição da deformação total – alongamento


O alongamento do corpo de prova pode ser medido em qualquer etapa do ensaio de tração.
Entretanto o comprimento final Lf, no momento da ruptura, e necessário para o calculo da
deformação total.

A deformação total e a soma das deformações:


Deformação elástica (recuperada apos a ruptura);
Deformação durante o escoamento;
Deformação plástica;
Deformação depois de atingida a carga máxima.

A soma da deformação no escoamento com a deformação plástica e a chamada deformação


uniforme.

Para efetuar a medição do comprimento final, seguem-se os seguintes passos:


 Marcam-se n divisões iguais sobre a parte útil do corpo de prova antes do inicio do
ensaio.
18

 Um comprimento de referencia L0 deve ser escolhido neste estagio. E recomendável


que o comprimento total das n divisões seja bem superior ao comprimento L0
 Traciona-se o corpo ate a ruptura, juntando-se a seguir as partes
 Mede-se a distancia correspondente ao comprimento final, tomando-se o mesmo
número de divisões a esquerda e a direita da seção de ruptura, quando possível.
 Quando a ruptura for próxima ao final da parte útil do corpo de prova, toma-se o
número Maximo de divisões do citado lado, compensando-se a diferença do lado
oposto para completar o comprimento de referencia.

O procedimento é ilustrado na figura abaixo:

Figura 13: Procedimento para a medição da deformação do corpo de prova


Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/6543

1.9 Medição da redução de área


A estricção ocorre depois de atingida a carga máxima. A deformação e maior nesta região
enfraquecida. A estricção e usada como medida da ductilidade, ou seja, quanto maior a
estricção, mais dúctil e o material. O fenômeno da estricção e ilustrado na figura abaixo, para
um corpo de prova de seção transversal circular.
19

Figura 14: Ilustração da medição da redução da área da seção do CP.


Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/6544

É a redução percentual da área da seção transversal do corpo de prova na região onde vai se
localizar a ruptura. A estricção determina a ductilidade do material. Quanto maior for a
porcentagem de estricção, mais dúctil será o material.

Figura 15: Redução da área para CP de seção circular


Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/6544
20

Figura 16: Redução da área para Cp de seção retangular


Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/6544

1.10 Equipamento para ensaio de tração


O ensaio de tração pode ser realizado por uma maquina universal, que também executa
ensaios de compressão e flexão. Abaixo, consta um desenho esquemático da maquina
universal, e seus componentes:

A função básica destas maquinas e criar um diagrama de carga x deslocamento. Uma vez
gerado o diagrama, pode-se calcular a tensão de escoamento manualmente com recurso
geométrico de lápis e régua, ou via um algoritmo computacional acoplado. Neste caso, são
também calculados o modulo de Elasticidade E, a tensão limite de ruptura e o alongamento
total. Quanto ao tipo de operação, as maquinas de ensaio podem ser eletromecânicas ou
hidráulicas. A diferença entre elas e a forma como a carga e aplicada. Em qualquer caso a
referencia e para maquinas de carregamento estático ou quase-estatico.
21

Figura 17: Fixação na maquina do corpo de prova


Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/6520

Ocorre a movimentação do cabeçote, e com isso, o corpo de prova chega a fratura:

Figura 18: Tração do corpo de prova ate a sua ruptura


Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/6520
22

Figura 19: Fixação do CP na maquina de ensaio


Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/6547

1.11 Outras Propriedades obtidas no Ensaio de Tração


Alem das propriedades que já foram citadas anteriormente, o ensaio de tração pode ainda
determinar as seguintes propriedades mecânicas: Resiliencia, Ductilidade, Tenacidade e Efeito
da taxa de deformação.

A resiliencia refere-se a propriedade que possuem alguns materiais de acumular energia


quando exigidos ou submetidos a tensão sem fraturarem. Apos tal tensão ser cessada, poderá
haver ou não uma deformação residual causada pela histerese do material, fenômeno similar
com um elástico, que verga-se ate um certo limite sem deformar, depois retorna a forma
original, dissipando a energia acumulada. Esta propriedade e medida em percentual da energia
devolvida apos a deformação. Um percentual de 0% revela que o material sofre apenas
deformações plásticas, enquanto 100% deformações elásticas apenas. E dada pela seguinte
relação matemática:

A ductilidade e uma propriedade qualitativa que mede a capacidade do material ser


deformado plasticamente sem que ocorra a ruptura ou a estricção localizada. As medidas
23

convencionais da ductilidade são: Alongamento total (a): e a deformação de engenharia na


fratura, dada pela relação:

a = (lf-lo)/lo

Redução de área na fratura (q), dada pela equação:


q = (Ao-Af)/Ao

Coeficiente de encruamento: a equação de Hollomon indica que o coeficiente n e também


uma medida da ductilidade, uma vez que ele indica a deformação verdadeira para a qual
inicia-se a estricção do metal. E adimensional e independe do tamanho inicial do CP
analisado, e função da microestrutura, sendo sensível ao tamanho de grão da matriz e da
quantidade de impurezas contidas na mesma. Sua dependência em relação ao tamanho de grão
da matriz (d), para aços baixo C, e dada por (com d em mm):
N = 5/(10+d^-1/2)
24

2 CONCLUSÃO
Através da elaboração do referido trabalho, o grupo concluiu que é de suma importância
conhecer quais são os métodos existentes para avaliação da resistência dos materiais, a
importância da aplicação dos ensaios de tração nos materiais, quais tipos de equipamentos são
usados na realização dos ensaios, quais características do material podem ser obtidas com
cada experimento e também como evitar possíveis erros de medição e execução do ensaio.

Os Ensaios de tração são ferramentas importantes para que os cálculos quanto às resistências
dos materiais para garantir a resistencia ao impacto dos materiais assim como seu modulo de
elasticidade, tenacidade, dureza, resistência a tração entre outros.
25

3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEER, Ferdinand Pierre; JOHNSTON Jr, E. Russell, Resistência dos materiais. Tradução e
revisão técnica Celso Pinto Morais Pereira – 3ª ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1995.
1255 p.

WIKIPEDIA – Ensaio de tração.Disponível em


< http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tracao.gif >. Acesso em: 26 mai. 2010.

Centro de informação metal mecânica – CIMM, A curva tensão-deformação disponível em:


< http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/6537 >. Acesso em 04 jun. 2010.

Apostila “ensaios mecânicos”, Telecurso 2000.

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