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J. S. Baxter disse que uma das primeiras coisas que acontece quando alguém está
realmente cheio do Espírito Santo não é falar línguas, mas, sim, aprender a dominar a
língua que já tem. Até o tolo quando se mantém calado é tido por sábio. Dificilmente
distinguimos um tolo quando está em silêncio; só podemos julgá-lo adequadamente
quando ele está falando. A grande necessidade que percebemos na vida da igreja
contemporânea é o aprendizado espiritual da verdadeira eloqüência do silêncio. Não
estamos defendendo os votos de mutismo, mas a experiência íntima da quietude e a
ciência profunda do silêncio ocasional. Falar palavras de peso com propriedade é tão
importante como ficar silencioso nos momentos que a verdadeira sabedoria o requer.
Todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavras, esse
homem é perfeito, e capaz de refrear todo o corpo. Tiago 3:2. Aprender a controlar a
língua e ficar silencioso diante de Deus. Esperar a sua manifestação graciosa, em face
dos acontecimentos injustos deste mundo. Eis a mais elevada postura da verdadeira
sabedoria. No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é
prudente. Provérbios 10:19.
A voz do silêncio também precisa ser mantida diante dos adversários. O silêncio é uma
virtude tão rara em situações em que a sabedoria o rege, que é considerado uma virtude
quando a loucura o impõe. A língua desligada na presença dos adversários
freqüentemente se constitui em matéria prima de toda forma de maledicência. Mais vale
um silêncio prudente do que uma verdade pouco caridosa. As palavras devem ser sempre
oportunas e a linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe,
não tendo nenhum mal que dizer de nós. Tito 2:8. Mantenha silêncio ou fale aquilo que
é melhor do que o silêncio. Muitas vezes o silêncio causa muito mais efeito do que todas
as nossas explicações razoáveis. É verdade que não se deve usar o silêncio como
omissão ou punição, pois, pode-se cometer uma injustiça contra outra pessoa tanto por
meio do silêncio quanto da calúnia. Do mesmo modo que iremos prestar contas de toda
palavra ociosa que tivermos proferido, seremos responsáveis pelo silêncio negligente que
temos assumido.
Nunca devemos esquecer que o tempo precisa ser bem administrado, para que tenhamos
oportunidade de calar com sabedoria e falar com precisão. Mas falar só é bom, quando
for melhor do que silenciar. A Bíblia fala que há um tempo de rasgar, e tempo de coser;
tempo de estar calado, e tempo de falar. Eclesiastes 3:7. É conveniente observar que
o tempo de ficar calado precede o tempo de falar. Quem pensa o que vai falar,
normalmente não corre o risco de engolir a seco as palavras impensadas. Nada pode ser
mais indigesto, do que ficar entalado com as palavras apimentadas, ditas sem
comedimento. Quando o silêncio antecede o discurso, com certeza, a coerência
determina a fala. Pense tudo o que você quer falar; mas não se esqueça que é muito
vantajoso não falar tudo o que tenha pensado. Como maçãs de ouro em salvas de
prata, assim é a palavra dita a seu tempo. Provérbios 25:11. E um antigo provérbio
vem ressaltar ainda mais esta ênfase com sua sabedoria: A palavra é de prata e o
silêncio é de ouro.