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Transferência Assíncrono (Assynchronous Transfer Mode-ATM), que já é uma realidade,
principalmente em redes corporativas.
A partir da década de 60, os primeiros sistemas PCM foram introduzidos, com o
propósito de aumentar a capacidade de transmissão dos cabos existentes para
interconectar localmente centrais eletromecânicas de comutação. Até 1984,
aproximadamente, usava-se a rede telefônica apenas para serviços de comunicações em
faixa estreita. Ainda hoje muitas redes telefônicas funcionam segundo o mesmo princípio.
A introdução da Hierarquia Digital Síncrona - SDH trouxe grandes benefícios no
sentido de melhoria das possibilidades de gerência das redes, graças ao seu cabeçalho
(overhead) expandido e à técnica mais versátil de multiplexação. Os assinantes não
deverão dar-se conta destas mudanças na fase inicial, mas as concessionárias poderão
reagir mais ágil e eficientemente às exigências de seus clientes.
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CAPÍTULO 1:
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Kbps em uma única torrente de bits de maior velocidade é conhecido como TDM (Time
Division Multiplexing). O conceito é simples: Alinham-se 32 canais PCM. Um byte de cada
canal é transmitido por vez, num canal de saída de alta velocidade. O multiplexador TDM
lê o primeiro byte de cada um dos canais PCM, todos ao mesmo tempo. Cada um desses
bytes dura 125µs, após o que são armazenados na memória do multiplexador.
Da memória do MUX, os bytes são enfileirados na saída de alta velocidade: o
primeiro byte do canal 1, depois o primeiro do canal 2, e assim por diante até o primeiro
byte do canal 32, quando o processo recomeça para o segundo byte de cada canal. Só que,
na saída, cada byte dura apenas 3,90625µs. Em outras palavras, os 32 primeiros bytes de
cada um dos 32 canais PCM duram o mesmo tempo (125µs) que cada byte da entrada.
Com isso, a velocidade da torrente de bits na saída do mux é de 2,048 Mbps ou 32 vezes
64 Kbps.
Desses 32 canais, o primeiro é usado para controle e sincronismo do “seletor
rotativo” que, na outra ponta do sistema, desfaz a intercalação ou desmultiplexa, e o
décimo sétimo é usado para sinalização. Essa é a estrutura de um enlace PCM, também
chamado de enlace E1 (por ser um padrão europeu) e de sinal de 2 Mbps: 30 canais de voz
ou 31 canais de dados, 2 canais para sinalização e sincronismo e taxa de 2,048 Mbit/s.
Antigas centrais telefônicas eletromecânicas eram interligadas por meio de
circuitos eletrônicos analógicos com 2 ou 4 fios. A técnica de digitalização da voz usando
PCM e a de construção de enlaces com 30 canais de voz simultâneos (enlace E1)
representaram uma revolução nas telecomunicações.
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Conforme a procura por serviços telefônicos foi crescendo, ficou claro que o
padrão E1 seria insuficiente para escoar todo o tráfego entre as grandes centrais
telefônicas. Para evitar um número excessivo de enlaces E1 entre as centrais, cuja
manutenção seria cara e complexa, foi preciso criar multiplexadores que intercalassem
vários enlaces E1 num único cabo coaxial ou fibra óptica.
Na Europa e no Brasil, adotou-se o padrão que intercalava quatro enlaces E1,
produzindo um sinal de 8,448 Mbps em um processo semelhante ao da multiplexação de
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32 canais PCM. Desta forma, surge a formação dos quadros PCM de ordem superior, de
acordo com os padrões apresentados a seguir.
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próprio sinal de alinhamento de quadro específico para esse nível. Por último, os bits de
serviço são muito limitados em sua capacidade, somente permitindo um pequeno
transporte de alarmes.
Na Hierarquia Plesiócrona adotada no Brasil, para os quadros de ordem superior, o
quadro de cada nível hierárquico contém quatro espaços de carga (um para cada
tributário), intercalados bit-a-bit e precedidos de um sinal de alinhamento de quadro
(repetido a cada novo quadro). Cada espaço de carga possui uma capacidade ligeiramente
superior à necessária para os bits do tributário.
Em uma posição específica, o multiplexador tem a opção de copiar ou deixar de
copiar um bit de informação do tributário. Quando a defasagem acumulada entre o
tributário e o espaço de carga chega a um bit, o mux deixa de copiar um bit de informação
nesse espaço, avisando ao demux para que pule esse bit ao recuperar os bits úteis daquele
tributário.
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A figura 1.4 ilustra o quadro de 2a ordem (8Mbps), detalhando a sua estrutura em
geral. Os bits C, que se encontram na primeira posição do segundo, terceiro e quarto
blocos do quadro, são utilizados para indicar ao DMUX se a posição designada como S
contém ou não um bit de informação. Quando o bit S contém informação, os bits C
assumem o valor “0”. Quando o bit S é de justificação (vazio), os bits C assumem o valor
“1”, indicando ao DMUX que este bit deve ser pulado ao percorrer os bits do tributário.
A informação sobre se o bit S contém ou não informação está repetida três vezes,
por segurança, uma vez que deixa de reconhecer uma justificação implicaria um slip
(deslizamento) de um bit no sinal demultiplexado.
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1.5 – Processo de Sincronização da PDH
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No caso do multiplex de 2ª ordem, para a sincronização dos sinais de cada
tributário de entrada (plesiócrono), é realizado o armazenamento dos sinais de cada
tributário em uma “memória elástica”. A escrita nessa memória é seqüencial e comandada
pelo relógio de 2,048 MHz recuperado do próprio sinal de entrada. A leitura dessa
memória (seqüencial) é realizada utilizando-se um relógio interno de 2,112 MHz.
Como o relógio de leitura tem freqüência maior que o relógio de escrita, em
determinado momento haveria uma sobreposição de dois bits, e consequentemente, um
erro de leitura. Para evitar tal erro, as fases do relógio de escrita e do relógio de leitura são
comparadas ente si, e na iminência de um erro de leitura, o comparador de fases comanda
a inserção de um espaço vazio no relógio de leitura, o que significa paralisar a operação de
leitura da “memória elástica”.
Esse espaço vazio no relógio de leitura impede a antecipação do relógio de leitura
sobre o de escrita, evitando assim erros de leitura da “memória elástica”. Tal operação é
denominada operação de justificação. Como a velocidade de leitura é ligeiramente
superior à velocidade com que chegam os dados de cada tributário, a memória elástica
tende sempre a esvaziar-se. Ao ocorrer uma defasagem entre os relógios de leitura de
escrita de um bit, há uma ordem de ajuste (stuffing). O quadro seguinte será marcado e,
na posição designada para o bit extra, receberá um bit stuffing. Ao gerar esse bit extra, o
multiplex deixa de ler a memória por um período de relógio, e ela volta a encher-se com o
bit do tributário que não foi lido durante a inserção do bit extra. Desta forma ocorre um
ajuste da velocidade entre os tributários.
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Como a velocidade de leitura é ligeiramente superior à velocidade com que
chegam os dados de cada tributário, a memória elástica tende sempre a esvaziar-se. Ao
ocorrer uma defasagem entre os relógios de leitura e escrita de 360 graus (um bit), há uma
ordem de ajuste (stuffing).
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CAPÍTULO 2:
2.1.1 – Generalidades
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• Canais de serviço e supervisão de grande capacidade, permitindo a
implementação de uma gerência de rede TMN (Telecommunications Management
Network);
• Padronização mundial que permite compatibilizar as 3 hierarquias
existentes;
• Alta capacidade de transmissão;
• Acesso direto aos tributários de baixas taxas sem passar pelos estágios
intermediários;
• Permite a implementação de arquiteturas mais eficientes e flexíveis com
o uso de ADM’s e SDXC’s, reduzindo o custo nos nós da rede;
• Compatibilidade com as técnicas ATM (Assynchronous Transfer Mode).
O ITU-T subdividiu as redes de transporte SDH em três camadas, que são: camada
de circuito, camada de via e camada do meio de transmissão ( fig.3.1). Existe uma relação
servidor/cliente entre essas camadas, onde a camada inferior é cliente da camada
imediatamente superior e esta é servidora da camada imediatamente inferior. Cada
camada tem seus próprios procedimentos de operação e manutenção.
Camada de Circuito – Provê aos usuários serviços de telecomunicações tais como:
Comutação de circuitos e comutação de pacotes. Diferentes camadas de circuito podem
ser identificadas de acordo com os serviços fornecidos;
Camada de Via – É utilizada para dar suporte aos diferentes tipos de camadas de
circuito. No caso da SDH, existem dois tipos: a Camada de Via de Ordem Inferior e a
Camada de Via de Ordem Superior. A monitoração desta rede de camadas é possível
através do POH (Path Overhead) de ordem inferior ou superior;
Camada do Meio de Transmissão – É dividida em camada de seção e camada de
meio físico. A camada de seção se ocupa com todas as funções para a transferência de
informação entre dois nós na camada de via. A camada de meio físico se ocupa com o
meio de transmissão em si (fibra ótica, rádio ou par metálico), a qual serve à camada de
seção.
Existe também uma camada opcional denominada Camada Tandem. Esta camada
trata do transporte confiável da carga útil da camada de via e seu cabeçalho através da
rede, isto é, o propósito da camada de conexão Tandem é fornecer funções de
manutenção a nível de rede. A camada de conexão Tandem é composta por várias seções
multiplex.
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2.1.3 – Taxas de Transmissão da SDH
Todos os sinais plesiócronos que aparecem nas redes atuais podem ser
transportados sobre a SDH, o que significa que a rede SDH é completamente compatível
com as redes existentes. Além disso, a capacidade de transporte da SDH tem flexibilidade
para acomodar os mais avançados sinais para serviços particulares, como: ATM, FDDI,
DQDB entre outros.
Com a definição de uma interface de rede padronizada (Network Node Interface-
NNI), os sistemas SDH permitirão a interconexão direta de equipamentos de transmissão
de diferentes fornecedores e possibilitarão a conexão destes diversos tipos de sinais à
rede SDH.
Na SDH é definida uma estrutura básica de transporte de informação denominada
STM-1 (Synchronous Transport Module), com taxa de 155,520Mbps. Esta estrutura define
o primeiro nível da hierarquia. As taxas de bit dos níveis superiores são múltiplos inteiros
do STM-1.
Atualmente estão padronizados quatro módulos de transporte: STM-1, STM-4,
STM-16, STM-64 e STM-256. Com a necessidade de se definir uma estrutura de quadro
com capacidade de transmissão mais baixa que o STM-1, surgiu o STM-0, para utilização
principalmente em sistemas de rádio-enlace e satélite. Essa estrutura possui taxa de
51,840 Mbps, não sendo considerada um nível hierárquico SDH. O ANSI (American
National Standards Institute) padronizou esta estrutura com capacidade de transmissão de
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1/3 do STM-1, que é denominado OC-1 (Optical Carrier nível 1) e corresponde ao primeiro
nível da hierarquia americana (Synchronous Optical Network-SONET).
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de carga (NNI’s). A seguir, seguem algumas definições para que possamos compreender a
estrutura de multiplexação:
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Virtual Container : VC-n
Um Virtual Container ou Container Virtual é uma estrutura de informação utilizada
para acomodar as conexões da camada de via do SDH. Ele é composto pelos campos da
carga útil (container) e do cabeçalho de via POH (Path Overhead), organizados em uma
estrutura que se repete a cada 125 µs.
Os VC’s são categorizados segundo um nível “n”. Para n=1 e 2, temos um VC de
ordem inferior, que é composto por um único container C-1 ou C-2 e um cabeçalho de via
(POH) de ordem inferior. Um VC-3 será de ordem inferior quando estiver associado a um
TU-2. Para n=3 e 4, temos um VC de ordem superior, que é composto por um único
container C-3 ou C-4 ou por um conjunto de Grupos de Unidade Tributária (TUG-2 ou TUG-
3) e por um cabeçalho de via de ordem superior.
Os sinais tributários (por exemplo, um feixe de 2 Mbps) são arranjados dentro de
um VC para transmissão ponto-a-ponto através da rede SDH. O VC é montado e
desmontado apenas uma vez, mesmo se ele precisa ser transferido de um sistema de
transporte para outro várias vezes em seu caminho através da rede.
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O Módulo de Transporte Síncrono STM é uma estrutura de informação utilizada
para permitir conexões entre camadas de seção através da Hierarquia Digital Síncrona
(SDH). Um STM-N é uma estrutura que se repete a cada 125µs, constituída por um payload
de informação (um AUG que resultará em um STM-1 ou quatro AUG’s entrelaçados byte a
byte que resultarão em um STM-4 ou dezesseis AUG’s entrelaçados byte a byte que
resultarão em um STM-16) e um overhead de seção (SOH).
A estrutura de multiplexação da SDH padronizada pelo ITU-T, através da norma
G.709 está ilustrada na figura abaixo. Nesta estrutura podemos identificar as diversas
camadas da rede SDH e a sua formação a partir dos tributários.
Os espaços de carga para os tributários são constituídos por vários bytes
intercalados no quadro, em subdivisões consecutivas, de forma muito ordenada.
O container virtual VC-4 contém um cabeçalho de via (POH) com canais de serviço
e supervisão ponta a ponta. Os demais bytes desse quadro VC-4 podem constituir um
grande espaço de carga definido como C-4, o qual abriga um sinal PDH de 140 Mbps, ou
podem estar subdivididos em três espaços iguais de carga de TUG-3.
Cada TUG-3 por sua vez, pode ser designado como uma unidade tributária de 3ª
ordem (TU-3). A diferença entre TU-3 e TUG-3 é sutil. Uma TU-3 tem todos os seus bytes
considerados como um espaço de carga sólido, capaz de transportar um quadro tributário
de 3ª ordem (VC-3), o qual acomoda um sinal PDH de 34 ou 45 Mbps. A TU-3 possui um
ponteiro associado a ela indicando em qual de seus bytes encontra-se o início do VC-3.
A TUG-3 que se segue subdividindo em unidades tributárias (TU’s) menores, por
outro lado, não possui um ponteiro associado, e sim uma indicação de sua ausência. Neste
caso, a TUG-3 subdivide-se primeiramente em 7 TUG-2; estas por sua vez, sempre se
subdividem em 3 TU-12 cada uma.
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O VC-12 é um quadro contendo um espaço com capacidade para receber um sinal
PDH de 2,048 Mbps (C-12). A esse container C-12 agrega-se um pequeno cabeçalho de via
para alarme, controle de erros ponta a ponta e bits de serviços.
Nos países de hierarquia compatível com a CEPT, o quadro STM-1 conterá sempre
um VC-4, o qual pode subdividir-se ou não, de acordo com a arquitetura da rede e a
velocidade útil das vias a implementar.
Nos EUA, devido ao fato de já existirem as redes SONET, que trabalham com VC-3
ao invés de considerar que a área de carga do quadro básico STM-1 é única, divide-se esta
área em três unidades administrativas (AU-3).
Cada elemento da rede SDH localiza o início do quadro STM-1 através de uma
seqüência repetitiva no quadro, ou seja, por um sinal de alinhamento de quadro. Essa
seqüência é transmitida nos 6 primeiros bytes do quadro. Uma vez que esteja alinhado
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com o quadro de linha, o elemento de rede sabe então onde encontrar os canais de
serviço do cabeçalho, os bytes do ponteiro de AU e os bytes da carga útil.
Na figura a baixo temos a transmissão seqüencial dos bytes do STM-1 (155 Mbps).
Temos a divisão do sinal digital em quadros de 125 s. Cada um destes quadros serão
subdivididos em 9 sub-quadros. Cada um destes sub-quadros possui 270 bytes, onde os
primeiros 9 bytes pertencem ao cabeçalho de seção (SOH) e os outros 261 bytes
pertencem a carga útil (payload).
Para facilitar o entendimento, um único quadro de um feixe de sinal serial pode ser
representado por um mapa bi-dimensional. O mapa bidimensional consiste de 9 linhas e
270 colunas de caixas. Cada caixa representa um byte dentro de um sinal síncrono. Seis
bytes de quadro (3xA1 e 3xA2) aparecem no extremo superior esquerdo do mapa bi-
direcional. Os bytes de quadro atuam como um marcador, permitindo que qualquer byte
dentro do quadro seja facilmente localizado.
Os bits de sinal são transmitidos em uma seqüência que se inicia com aqueles da
primeira linha. A ordem de transmissão é da esquerda para a direita. Depois da
transmissão do último byte do quadro, a seqüência se repete.
O conceito de transporte intacto dos sinais através de uma rede síncrona resultou
no termo “Quadro de Transporte Síncrono” aplicado à estrutura de sinais síncronos.
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Um quadro de transporte síncrono compreende três áreas distintas e facilmente
acessíveis dentro da estrutura de quadro. A primeira é o Payload (carga útil), a segunda é o
Section Overhead (SOH) e a terceira é o ponteiro que está dentro do SOH.
A figura abaixo ilustra o conceito de quadro de transporte síncrono para o STM-1.
Este diagrama não pretende ser proporcional. Na verdade, como se pode ver, a parte à
esquerda (Cabeçalho de Seção – SOH) contém apenas 9 bytes em cada linha; como cada
linha tem 270 bytes no total, há 261 bytes em cada linha na área de carga útil.
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Os primeiros 9 bytes da quarta linha, a rigor, fazem parte da área de carga: é a área
onde vai o ponteiro da AU-4 (caso europeu) ou os três ponteiros das três AU-3 (caso norte-
americano).
Cada nó de rede SDH representa um ponto terminal de uma seção multiplex. Ou
seja, o quadro STM-1 nasce em um mux e morre no mux seguinte. Os únicos elementos
transparentes ao quadro na rede são os regeneradores de linha, que somente lêem e
escrevem nos canais do cabeçalho de seção de regeneradores (RSOH). Um mux recebe o
sinal de linha, recupera o relógio de bits, alinha-se com o quadro e começa a processá-lo.
Deriva a informação contida no cabeçalho e a entrega aos processos (internos)
correspondentes.
O mux recupera então o VC-4, ou seja, vai copiando seqüencialmente cada byte
para uma memória FIFO (first-in first-out). Ao fazê-lo, o mux processa o ponteiro da AU-4
para saber se há justificação e poder copiar todos os bytes que efetivamente fazem parte
do VC-4.
Uma vez obtido o VC-4, este é processado pelo mux. Ele pode ser copiado para um
AU-4 de um quadro que está gerando adiante. Neste caso, o mux indica através do novo
valor de ponteiro AU-4, em que posição na área de carga do novo quadro encontra-se o
início do VC-4.
Por outro lado, o mux pode ser o ponto terminal de uma via de VC-4. Neste caso, o
VC-4 tem seu cabeçalho extraído e processado. A área de carga do VC-4 é processada
segundo sua composição; por exemplo, caso se trate de um C-4 contendo um sinal de 140
Mbps, o mux extrai os bits desse sinal e os encaminha a uma interface PDH
correspondente. Se, por outro lado, a área de carga do VC-4 está subdividida em TU’s, o
mux recupera os bytes VC’s de menor ordem que são necessários para derivação e cross
conexão.
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Ponteiros da AU
Payload (que contém os VC’s)
Estas áreas estão distribuídas no quadro da mesma maneira como ocorre nos quadros
STM-1, de acordo com a figura anterior, variando apenas com o número de colunas de
acordo com o N de cada STM-N. Na área de SOH serão 9 linhas e N x 9 colunas, e na área
de carga, serão 9 linhas e N x 261 colunas.
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CAPÍTULO 3:
Redes convergentes
Codificação de Voz
Processo de Codificação
Digitalização da Voz
É o processo de conversão de um sinal de voz/áudio para a forma digital, a partir
de uma quantização linear ou logarítmica invariante no tempo.
Fatores que influenciam na qualidade da voz digital:
a) Taxa de amostragem
b) Números de bits por amostra
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A forma de digitalização do sinal de voz para o sistema telefônico usual atende a
recomendação ITU (International Telecommunications Union) G.711 - Pulse Code
Modulation - Lei A ou Lei (64 Kb).
O sinal de voz após ser amostrado, quantizado e codificado pode ainda passar por
um processo de compressão para que haja uma economia da largura de banda necessária
para o tráfego desse sinal. É importante ressaltarmos que essa compressão deve ser
realizada em tempo real.
Em uma conversação existem ainda alguns aspectos, tais como o silêncio, que
podem ser tratados antes da utilização de técnicas de compressão da voz. O silêncio trata-
se de uma informação inútil e por isso não precisa ser transmitido. Eliminando-se os
intervalos de silêncio é possível diminuir a largura de banda necessária, utilizando para
isso mecanismos de supressão de silêncio.
Segundo [PAT 00] e conforme a figura abaixo, podemos notar que cerca de 56% de
uma conversação é formada por silêncio ou pausas. O que reafirma a necessidade de se
fazer um tratamento deste fato.
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Existem várias técnicas para realizar a compressão de voz. Cada uma possui um
certo grau de complexidade e diminuem, diferentemente, a largura de banda
necessária. O PCM, somente suporta compressão em termos de amplitude, e não de
banda do sinal [XAV 00]. Portanto, foram desenvolvidas tecnologias mais complexas
para a digitalização e compressão da voz e que também foram registradas através de
recomendações da ITU [ALE 02].
Codificadores de Voz
Realizam o processo de representação binária da voz/áudio com o
compromisso de manter a menor taxa de transmissão possível e a melhor qualidade
do sinal sintetizado.
Pode-se ver que um dos componentes necessários para transmissão de voz numa
rede de dados é o Áudio CODEC (Codificador-Decodificador). Este componente é o
responsável por transformar a voz humana (um sinal analógico) em uma seqüência de
bits (um sinal digital) para transmissão numa rede de dados, fazendo amostragens
periódicas no sinal de voz. Em equipamentos do tipo gateways VoIP, esses CODECs são
implementados através de um componente chamado DSP (Digital Signal Processor).
A introdução dos microprocessadores no final dos anos 70 e início dos anos 80
tornou possível usar técnicas de processamento digital de sinais ( Digital Signal Processing) em
um range muito maior de aplicações.
Durante os anos 80 a importância crescente do processamento digital de sinais
levou vários fabricantes importantes (como Texas Instruments, Analog Devices e
Motorola) a desenvolverem os chips DSP, ou seja, microprocessadores especializados
com arquiteturas projetadas especificamente para os tipos de operações requeridas ao
processamento digital de sinais.
Como um microprocessador de uso geral, um DSP é um dispositivo programável,
com seu próprio conjunto de instruções nativas. O uso desses chips associados a
algoritmos de compressão permitiu a implementação de diversas tecnologias de
CODEC’s. Exemplos de chips DSP são o DSP542 e DSP549 fabricados pela Texas
Instruments e usados pela CISCO Systems em seus gateways VoIP [CISCO-CODEC1].
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Cada CODEC provê certa qualidade de voz. A medida de qualidade da voz
transmitida é uma resposta subjetiva de um ouvinte. Uma medida comum usada para
determinar a qualidade do som produzido pelos CODECs específicos é o MOS ( Mean Opinion
Score). Com o uso do MOS, um amplo range de ouvintes julgam a qualidade de uma
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Os algoritmos de compressão são patenteados e seu uso obriga o fabricante do
gateway VoIP a pagar royalties ao proprietário do algoritmo. Por exemplo, o G.729 é
patenteado pela empresa VoiceAge Solutions [VOICEAGE].
Existem também algoritmos de compressão fechados (i.e., cujas
especificações não são públicas nem licenciáveis). O algoritmo utilizado pela operadora de
telefonia IP Skype (www.skype.com) propicia qualidade de comunicação superior, mesmo
com linhas discadas (56 kbit/s).
Note também que à medida que a complexidade aumenta, a taxa de bits diminui e
o retardo aumenta.
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Exemplo de codificador ADPCM (Adaptive Differential Pulse Code Modulation)
REDES CONVERGENTES
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Dentro dos serviços de multimídia, o serviço de voz é sempre o primeiro a ser
considerado quando se trata de integração de serviços em uma rede. A voz, por possuir
requisitos de comunicação bastante rígidos, nos serve de base para o estudo da integração
de serviços e a convergência de redes. No entanto, tais requisitos necessitam de regalias
para que a qualidade de serviço QoS, possa ser atendida, garantindo assim a
inteligibilidade da comunicação[JOÃO 04].
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consolidado como um padrão para a comunicação de dados, desperta o interesse dos
fornecedores de equipamentos de inter-rede, bem como dos fabricantes de equipamentos
de telefonia e dos grandes fornecedores de serviços de telecomunicações, para técnicas
de transmissão de voz sobre IP, motivando o crescimento da integração de dados e voz
[FRE 02].
APLICA
ÇÃO TCP,
TRANSPOR
TE UDP
Datagram
INTER-
REDE
a IP
(Frame Relay, ATM,
R Ethernet,
EDE PPP, X.25, ...)
Roteamento IP
A tarefa de roteamento seja, talvez, a principal função do protocolo IP. O protocolo
assume que qualquer host sabe enviar datagramas para qualquer outro host conectado à
mesma rede. A função de roteamento torna-se mais complexa quando desejamos enviar
datagramas a destinatários que estão conectados a uma outra rede. Neste caso, parte da
função de roteamento é transferida para os gateways (roteadores), cabendo ao protocolo
IP no host apenas o envio do datagrama a um dos gateways conectados a sua rede.
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Funcionamento de Voz sobre IP
A definição básica de voz sobre IP é a conversão de amostras de voz em uma série
de pacotes e transmissão destes através de uma rede IP, remontando a amostra original
da voz no ponto de chagada [FRE 02].
As soluções VoIP seguem um modelo de camadas hierárquico e que pode ser
comparado ao modelo de referencia OSI.
Aplicação Ap
de voz licação
Compressão de sinal / Supressão de Apre
silêncio sentação
RTP / S
RTCP essão
U Tr
DP ansporte
I R
P ede
Frame Relay, ATM, E
Ethernet nlace
Porta da F
interface ísica
IP
O IP é o responsável pela entrega pela entrega os pacotes entre os computadores
da aplicação. Mesmo que ele não apresente nenhum tipo de garantia, verificação de erros
ou de seqüência de pacotes, ele tem a vantagem de tornar a rede transparente para as
camadas superiores envolvidas na transmissão de voz.
Ao apresentar a questão desta maneira, a primeira impressão é de que o IP não é
apropriado para o transporte de voz. Essencialmente, ele não é. Aplicações de tempo real,
como a voz, requerem conexões garantidas e com características constantes de atraso. Por
isto são utilizados mecanismos de garantia de qualidade de serviço, mas que são funções
das camadas superiores.
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Voz sobre Frame Relay - VoFR
Inicialmente, o Frame Relay ganhou mercado como sendo uma tecnologia de
conexões entre redes locais (LAN to LAN). Suas características técnicas o tornaram a
melhor forma de interligação de redes locais.
Contudo, o rápido crescimento das redes e serviços fez surgir uma aplicação
emergente do Frame Relay, que é a incorporação do tráfego de voz à usual rede dados,
criando assim uma nova tecnologia: voz sobre Frame Relay (VoFR). O Frame Relay que já
vinha se mostrando um sucesso no atendimento às necessidades às comunicações de
dados das empresas, agora se transforma em uma oportunidade de ganho financeiro a
mais para as empresas, mostrando ser uma solução eficiente também para o tráfego de
voz.
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permanentes (PVC - Permanent Virtual Circuit) ou comutados (SVC – Switched Virtual
Circuit).
A garantia de disponibilidade de largura de banda para cada um destes circuitos
virtuais é realizada através de definições de parâmetros de tráfego como o CIR
(Committed Information Rate). O CIR é, portanto, a largura de banda mínima garantida
necessária para uma determinada aplicação.
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Voz sobre ATM – VoATM
Apesar da ênfase que é dada aos serviços de dados em altas velocidades sobre o
ATM (Asynchronous Transfer Mode), as grandes redes de voz também se beneficiaram do
desenvolvimento de infra-estruturas eficientes baseadas em ATM.
O ATM surgiu da necessidade de um padrão que permitisse a interoperabilidade da
informação sem distinção do tipo da informação. A intenção era a criação de uma
arquitetura de rede que pudesse dar suporte à transmissão de tráfegos de diversas
naturezas. Desta forma, o ATM se mostrou bastante eficaz no gerenciamento de redes
convergentes onde voz e dados se integram, surgindo a tecnologia de voz sobre ATM
(VoATM).
Voz sobre ATM tornou-se, portanto, uma infra-estrutura única integrada, orientada
a conexão, capaz de gerenciar e entregar eficientemente e com confiabilidade todos os
sinais requeridos (dados e voz), serviços comutados e ou dedicados [FRE 02].
Célula ATM
A célula ATM é composta por 53 bytes, sendo 5 destinadas ao cabeçalho e 48 aos
dados de payload. As células são transmitidas através de conexões com circuitos virtuais,
onde uma rota é estabelecida no momento da conexão.
A principal vantagem da utilização de células de tamanho fixo está na maior
facilidade de tratamento dado por hardware baseados em chaveamento (switches),
quando comparado à quadros de tamanhos variáveis [MAC 99].
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Funcionamento de Voz sobre ATM
A rede ATM deve prover um meio confiável e com qualidade para o tráfego de voz
sem a necessidade de mudanças na forma de funcionamento atual das centrais digitais,
garantindo a preservação do investimento realizado e a interoperabilidade entre os dois
ambientes [FRE 02].
Desta forma, na maioria das aplicações de voz sobre ATM, as centrais digitais
preservam todas as funções e tratam a rede ATM como um conjunto de canais digitais que
sustentam o transporte de amostras de voz até o seu destino.
Quando qualquer usuário realiza uma chamada para outro usuário discando um
número, o PABX, através dos dígitos que recebeu do usuário, determina se a ligação é para
um ramal diretamente ligado a central ou se é necessário rotear a chamada através de um
canal de comunicação ATM.
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Qualidade de Serviço
O aspecto essencial da qualidade de serviço num sistema está diretamente
relacionado ao nível de satisfação do usuário.
Quando uma nova solução tecnológica é implementada, trabalha-se muito até
atingir um ponto ideal de estabilidade operacional, que garanta a satisfação do cliente.
Para o ITU (E.800), a qualidade de serviço é o resultado da atuação coletiva de
diversos fatores num sistema, que determina como um todo a satisfação do usuário de um
serviço de telecomunicações.
Para garantir a qualidade da transmissão de voz numa rede de dados, devem ser
observados os seguintes parâmetros:
1. Codificação e decodificação de sinal de voz;
2. Largura de banda e compressão de voz;
3. Atraso e flutuações de atraso; e
4. Congestionamento e perda de pacotes.
A aplicação de voz é muito diferente das aplicações de dados. A voz não pode
esperar, precisa ser transmitida em tempo real, para garantir a inteligibilidade e
interatividade entre os pontos comunicantes.
a) Digitalização
Técnica PCM
b) Compressão
39
Para otimizar a utilização da banda de transmissão numa rede de dados
transportando voz, existe a técnicas chamadas de compressão. Esta técnica é utilizadas
para reduzir o sinal de voz a uma taxa satisfatória que não altere a qualidade do sinal
original bem como o tráfego numa rede de dados.
Compressão
Sistemas de Compressão:
G.729 - que permite que o sinal de voz seja reduzido de 64kbps para 8kbps,
compressão de 8:1.
G.723.1 - que possui uma compressão um pouco mais acentuada de
aproximadamente 6 Kbps.
c) Jitter
Jitter
40
voz sobre dados é relativamente nova se a compararmos com a transmissão de voz em
sistemas comutados.
Tecnicamente, QoS, ou Qualidade de Serviço, é o fenômeno que pressupõe a
entrega constante, previsível e satisfatória de um serviço, processo ou informação. Ela visa
definir mecanismos de qualidade em que elementos de uma rede receberão parâmetros
específicos de tráfego, para garantir:
1. A largura de banda de transmissão necessária para uma aplicação específica; e
2. Atrasos fixos e flutuações mínimas de atraso (jitter mínimo).
Melhor esforço - é o tipo mais simples de serviço que uma rede pode
oferecer, onde todos os pacotes são tratados da mesma forma. Ele não
provê nenhuma forma de garantia de recursos nem otimização dos
parâmetros de desempenho.
41
Serviços Integrados
Se
Serviços Diferenciados
Protocolo MPLS
42
através dos rótulos de encaminhamento. Este estabelecimento prévio de um caminho é
bastante parecido ao estabelecimento de circuitos virtuais utilizado no Frame Relay.
Resumindo:
43
TEC. Camada Vantagens Desvantagens Aplicação
Ubíquo; Overhead do protocolo IP;
Alocação dinâmica de Gerenciamento complexo
banda; de QoS; LAN;
IP 3 Consolidação de tráfego Necessita de fragmentação WAN;
na estação do usuário. para minimizar problemas Internet.
de sequenciamento de
grandes pacotes de dados.
Eficiência na gerência de Ocorrência de
banda; congestionamentos podem
Alocação dinâmica de prejudicar o tráfego de voz;
banda; Interoperabilidade entre
Frame
2 Priorização de tráfego; fabricantes; WAN.
Relay
Maturidade tecnológica. Necessita de fragmentação
para minimizar problemas
de grandes pacotes de
dados.
Alocação dinâmica da Custo alto;
banda; Não é adequado para
Garantia de QoS; frações de T1 / E1. LAN;
ATM 2 Única rede para WAN.
integração de dados e voz
desde o acesso de usuário
até o backbone da rede.
Comparativo entre as tecnologias IP, Frame Relay e ATM – Fonte: [FRE 02]
Resumindo:
44
As redes convergentes estão muito próximas de virar o padrão de redes
corporativas, trazendo diversas mudanças no perfil das operadoras e em suas relações
com clientes corporativos e parceiros estratégicos. A ênfase em serviços avançados será
um diferencial competitivo e o desafio maior será superar questões técnicas que ainda
constituem um obstáculo ou outro que impeça a total confiabilidade de uma rede baseada
em IP.
Telefonia IP
Uma rede corporativa é uma WAN, onde a matriz de uma corporação e suas filiais
estão interconectadas através de circuitos dedicados contratados junto a uma operadora.
45
Em cada circuito de dados de 64 Kbps, contratado junto a uma operadora, podem
ser transportadas até 6 chamadas simultâneas, dependendo da configuração do sistema.
Ex. Voz em 64 Kbps à 8kbps + 2 Kbps (Header) = 10 Kbps
Geralmente os administradores de rede definem um percentual da banda alocado
entre sites para voz e o restante para dados.
A definição da quantidade de chamadas simultâneas em um circuito de dados bem
como a quantidade de circuitos contratados junto a uma operadora, vai depender da
implementação e necessidades específicas a serem definidas pela corporação.
46
CAPÍTULO 4:
Tecnologia de Voz sobre IP
A tecnologia de VoIP (Voz sobre IP) é um conjunto de padrões que tem uma
crescente utilização devido à redução dos custos dos equipamentos que o implementam
e a reduções significativas nos custos de telefonia.
47
Telefone-a-telefone – este tipo de chamada tem a vantagem de não ser necessário
ligar o computador, porque o estabelecimento realiza-se do modo habitual.
48
Figura 1: Estrutura do Protocolo H.323
49
O H.323 é uma recomendação tipo guarda-chuva do ITU e que estabelece padrões
para comunicações multimídia sobre redes locais que não provêm funcionalidades de
Qualidade de Serviço (QoS).
O H.323 pode ser usado em qualquer rede de pacotes sem garantias de qualidade
de serviço ou de atraso, quer seja numa LAN ou WAN. A figura mostra a arquitetura H.323
completa incluindo terminais, Gatekeeper, MCU e gateway, que serão abordados mais
adiante.
O SIP (Session Initiation Protocol), é o padrão do IETF (Internet Engineer Task Force)
para o estabelecimento de conexões VoIP. Ele é um protocolo de controle referente à
camada de aplicações do Modelo de Referência OSI (Open System Interconnection), usado
para iniciar, modificar ou terminar sessões ou chamadas multimídia entre usuários. Possui
como funcionalidades a localização de usuários, estabelecimento de chamadas, suporte a
unicast ou multicast, administração na participação de chamadas (transferências,
conferência, outros) e a possibilidade de participação de um usuário em terminal H.323,
via gateway.
50
Transporte de Voz
O protocolo RTP (Real Time Protocol), provê serviços de entrega fim-a-fim para
dados com características de tempo-real, tais como áudio interativo e vídeo. Esses serviços
incluem identificação do tipo de payload, numeração de seqüências, timestamping e
monitoramento de entrega.
As aplicações VoIP tipicamente rodam o RTP sobre UDP (serviço de transporte de
dados sem conexão) nativo do protocolo IP, para tomar proveito de seus serviços de
multiplexação e checksum, conforme pode ser verificado na recomendação [RFC3550] do
IETF.
Como o protocolo RTP não prevê a criptografia do payload, as comunicações
telefônicas que utilizam VoIP estão sujeitas a ataques do tipo man-in-the-middle, nos quais
o hacker captura o stream da conversação e transforma-o em arquivos tipo .wav ou .mdi
para posterior reprodução e/ou divulgação.
Isso pode ser evitado se os equipamentos terminais e/ou gateways
implementarem critptografia via hardware (para evitar impacto no delay), ou se a
comunicação entre terminais e/ou gateways trafegar por um túnel VPN (Virtual Private
Network).
Neste último caso é necessário avaliar se o delay adicionado pelo túnel VPN não irá
comprometer a qualidade fim-a-fim da comunicação de voz. O IETF está trabalhando em
um aperfeiçoamento do protocolo RTP chamado Secure RTP, o qual proverá
confidencialidade, autenticação e replay-protection às comunicações baseadas no RTP
[RFC3711].
51
O protocolo RTCP é especificado na mesma RFC que o protocolo RTP. Considerado
parte integrante do protocolo RTP, ele complementa a sua funcionalidade, permitindo ao
transmissor receber relatórios dos receptores de como os dados estão sendo recebidos.
No caso específico de VoIP, sua função é informar ao transmissor como a conexão está
sendo vista pelo receptor em termos de QoS.
52
sobre os quais se tem total controle. Neste caso podem ser adquiridos comutadores
(switches) que implementem várias dessas técnicas simultaneamente.
Na prática, quando uma empresa deseja utilizar a Internet como backbone para
serviços de VoIP, o máximo que se pode fazer é garantir que os gateways de borda (ou
seja, aqueles instalados nos limites entre a Internet pública e as rede privadas da empresa)
implementem DiffServ.
Vale a pena atentar para o efeito provocado pelo ajuste do tamanho do payload
nos frames IP usados para VoIP. O payload é a área de dados do frame onde a informação
de voz codificada é colocada, conforme pode ser visto na figura a seguir.
Quanto maior o payload, menor será o consumo de banda numa chamada VoIP,
porém maior será o delay para transmitir cada frame desta chamada.
O cenário prático mais simples é aquele onde a empresa não vê como necessária a
integração dos serviços tradicionais de voz (PABX e/ou PSTN) com os serviços de VoIP.
Tipicamente é usado quando é pequeno o número de usuários que executam chamadas
de longa distância. Na Figura 4 pode-se ver uma diagrama esquemático desse tipo de
cenário.
53
Figura 4: Cenário típico para número pequeno de usuários
54
Figura 5: Integrando VoIP com a telefonia tradicional
55
ITEM DESCRIÇÃO CUSTO
A empresa possui um link ADSL de 256kbit/s em cada
escritório para conexão com a Internet através de provedores
locais. Cada link tem uma taxa média de 70% de utilização nas R$
1
horas de pico. 500,00
Com 2 interfaces FXO em cada escritório a empresa poderia ter no máximo duas
chamadas simultâneas entre as cidades “A” e “B” utilizando VoIP. Como premissa de
projeto assumiu-se que os gateways VoIP serão configurados com CODEC G.729 e que o
payload será ajustado para 10 bytes, o que resulta numa banda de 16 kbit/s para cada
chamada (ou seja, 32 kbit/s para duas chamadas simultâneas).
Como a taxa de utilização de cada link é de 70%, sobram 38 kbit/s (=128 kbit/s x
30%) para uso por VoIP. Supondo ainda que, devido a congestionamentos e outros
problemas, em média apenas 50% das chamadas entre “A” e “B” consigam ser
completadas via VoIP, obrigando as chamadas restantes (50%) a utilizarem ainda a PSTN.
Então nesse caso a economia máxima mensal seria de apenas 50% x R$ 3.300,00 = R$
1.650,00.
Rateando o custo mensal dos links ADSL para uso com VoIP, o que implica deduzir
da economia mensal 30% do valor pago pelos links ADSL (ou seja, R$ 1.650,00 – 30% x R$
1.000,00), valor efetivo da economia mensal será de R$ 1.350,00. Isso equivale a uma
economia de 15% sobre os custos mensais totais de telefonia desta empresa. Em um ano a
economia seria de 12 x R$ 1.350,00 = R$ 16.200,00.
56
Supondo que o custo do capital para esta empresa seja de 2,5% a.m., o
investimento inicial de R$3.700,00 estaria pago ao final de 3 meses com a economia
gerada [ =VF(0,025, 3, 1350, 3700) ].
O exemplo acima, apesar das hipóteses assumidas, pode ser considerado bem
próximo da realidade. Um gateway VoIP de boa qualidade com suporte a CODEC G.729 e
dotado de 2 interfaces FXO pode ser adquirido no mercado nacional a um custo inferior a
US$ 350,00.
Neste tutorial procurou-se apresentar uma visão geral sobre o framework VoIP,
discorrendo sobre os principais padrões e protocolos que o compõem, e sobre os aspectos
práticos de sua implementação, visando demonstrar de que maneira as empresas podem
obter proveito dele para reduzir seus custos de telefonia.
Demonstrou-se que, dependendo do caso, essa economia pode chegar a valores
bastante significativos. Além disso, o exemplo apresentado de estudo de ROI pode ser
adaptado e servir de ponto de partida para justificar investimentos em VoIP por uma
empresa.
Como observação final vale a pena ressaltar que a legislação brasileira atual (assim
como a norte-americana) ainda não faz referência a tecnologia VoIP. Contudo, no Brasil as
empresas estão proibidas de usarem um modelo de negócio onde vendam serviços de
telecomunicações para terceiros por meio de VoIP sem a devida concessão, onde as
chamadas sejam iniciadas e terminadas simultaneamente na rede pública (PSTN)
[MELCHIOR04].
57
- Penoso gerenciamento e manutenção de redes separadas;
- Dificuldades para expansão e modificação da estrutura da rede.
Benefícios do VoIP
58
Tipos de Links para VoIP
- Links dedicados PPP ou Frame Relay, com CIR devidamente dimensionado para
o consumo total de telefonia e ainda o tráfego de dados.
Requisitos da LAN
• Atender aos padrões Ethernet (com velocidade de 10/100 Mbps)
• Suportar o protocolo TCP/IP
• Aceitar um endereço de Gateway
• Um endereço IP fixo (Livre) para o equipamento de voz sobre IP
Requisitos de Conexão
59
• Garantir ao menos 25% além da banda de telefonia para compensar
variações do link
• Quanto mais estável o link, melhor
• Deve-se considerar o tráfego de dados (WAN, Internet) no link, analisar o uso e
somar o consumo máximo de telefonia.
Cada modulo TDM pode oferecer 30 canais digitais o que permite criar redes de
conexão com uma grande quantidade de troncos.
60
Utilizando Módulos FXS
61
Utilizando módulos TDM (E1)
TD
M (E1)
TDM TD
(E1) M (E1)
Dispositivos VoIP
62
ou Internet. Através deste dispositivos varias empresas promovem a venda de minutos
VoIP para ligações DDD e DDI.
ATA da Digitro
Ata HTGrandstream
Softfone
63
Hardfone
64
CAPÍTULO 5:
O PBX Asterisk
Correio de voz enviado por e-mail no formato mp3 (MPEG-1/2 Audio Layer 3) ;
Siga-me;
1
PBX (Private Branch eXchange) é um centro de distribuição telefônica pertencente a uma
empresa que não inclua na sua atividade o fornecimento de serviços telefônicos ao público em geral.
65
Gerência de filas de chamadas (queue);
Direcionamento de chamadas;
O Asterisk usa a CPU do servidor para processar os canais de voz, ao invés de ter
um DSP (processador de sinais digitais) dedicado aos canais de voz. Isso permitiu uma
redução de custos, porém o sistema fica muito dependente da performance da CPU, para
atenuar esse problema deve-se optar por uma máquina servidora dedicada.
ISDN4Linux – É um driver antigo para placas ISDN BRI (Basic Rate Interface),
acesso básico;
66
Para poder alocar várias chamadas o Asterisk utiliza CODECs (Coder/Decoder), que
são responsáveis pela compressão dos dados, reduzindo a utilização da banda passante.
Existem vários modelos suportados, como o G.729 que permite codificar a 8 Kbps, a uma
compressão de 8/1. O Asterisk é responsável por intermediar a conversação entre CODECs
variados, ficando totalmente imperceptível para o usuário final, o tipo de CODEC que está
sendo usado em cada terminal. Abaixo podemos ver alguns CODECs suportados:
G.711 (64Kbps)
G.729 (8 Kbps)
Todos os CODECs apresentados são de licença Open Source, com exceção do G.729
que necessita de licença comercial, e somente pode ser usado gratuitamente para uso
educacional. O G.711, GSM e G.729 possuem melhor desempenho, os outros têm
qualidade inferior ou consomem muita CPU.
SIP – Pode ser usado na rede local (LAN). É o protocolo padrão de fato para
telefonia IP no momento, porém tem problemas no uso do NAT (Network
Address Translation), pois, o uso da banda com RTP (Real-time Transport
Protocol) é alto;
MGCP (Media Gateway Control Protocol)– Este protocolo foi feito para ser
usado em conjunto com H.323, SIP, IAX. Sua grande vantagem é a
escalabilidade. Possui gerenciamento centralizado, mas ainda é pouco
adotado.
67
Existem vários cenários de uso do Asterisk, um dos mais simples consiste em
conectá-lo a uma rede LAN provendo a substituição ou acrescentando novos ramais ao
sistema telefônico já existente na empresa.
68
A interligação do Asterisk ao sistema telefônico de uma operadora de
telecomunicações ou um PABX usando interfaces analógicas ou digitais por ser realizado
utilizando-se basicamente dois tipos de placas: a FXO (Foreign eXchange Office) utilizada
para interligar linhas analógicas de centrais (PABX ou Pública) e a FXS (Foreign eXchange
Station) que pode receber telefones analógicos, secretária eletrônica, máquina de fax e
tronos de PABX.
69
Atualmente é comum encontrarmos softswitches, que são PCs que têm a função
de comutar os circuitos de telefonia VoIP. No caso do Asterisk, ele faz estas funções de
forma integrada, o licenciamento é gratuito e pode ser feito em um ou mais servidores, de
acordo com a necessidade. Na figura 4.2 apresenta esse cenário com uso do Asterisk:
70
Ambiente em empresa de médio porte em uma mesma cidade
Instalação do Asterisk
71
Após a verificação deverá ser feita a instalação e a compilação dos módulos.
Primeiramente é necessário acessar a pasta Zaptel e executar os comandos: make clean e
make install. Se os serviços de conferência ou música em espera estiverem nos planos,
também deverá ser compilado o módulo ztdummy. Em seguida, executam-se os comandos
make clean e make install na pasta Libpri e na pasta Asterisk e executam-se os mesmos
comandos com a adição do make samples para a instalação de exemplos de configuração.
A aplicação destes comandos (make clean e make install) deve ser realizada também nas
pastas Asterisk-Addons e Asterisk-sound finalizando o processo de instalação.
COMANDO FUNÇÃO
-h É o help, mostra as opções de parâmetros que podem ser utilizados.
-C <configfile> Inicia o Asterisk com o arquivo de configuração diferente do padrão.
-f Inicia o Asterisk, mas não coloca um processo em background.
-c Habilita o modo de console, iniciando o Asterisk em foreground (na
frente).
-r Conecta a uma instancia do Asterisk já iniciada.
-n Desabilita a cor do console.
-i Pede pelos códigos criptográficos de inicialização.
-p Roda como prioridade em tempo real.
-q Modo silencioso, suprime as mensagens.
-v Inclui mensagens detalhadas.
-d Habilita debug extra em todos os módulos.
-g Faz com que o Asterisk descarregue o núcleo em caso de segment
violation.
-x<cmd> Executa o comando <cmd>(válido apenas com r).
72
Configuração básica do Asterisk
Existem vários arquivos que controlam o Asterisk, e todos eles possuem a extensão
“.conf” e estão localizados na pasta /etc/asterisk. Esses arquivos são responsáveis pela
configuração de hardware, telefones SIP, plano de discagem, envio e recebimento de
chamadas. Os arquivos de configuração são mostrados na tabela 4.2:
73
Todos esses arquivos complementam a configuração do Asterisk incluindo
funcionalidades, extensões ou serviços. Para que o Asterisk funcione de forma básica, é
necessário que sejam configurado os arquivos sip.conf, extension.conf e zaptel.conf.
Este arquivo é lido de cima para baixo e sua primeira seção contém as opções
gerais, sendo identificada como: [general] e as seguintes são os nomes dos clientes,
sempre entre colchetes. A tabela 4.3 mostra as variáveis que implementam a seção
[general]:
VARIÁVEL DESCRIÇÃO
Allow Permite que um determinado codec seja usado.
Bindaddr Endereço IP onde o Asterisk irá esperar pelas conexões SIP. O
comportamento padrão é esperar em todas as interfaces e endereços
secundários.
Context Configura o contexto padrão onde todos os clientes serão colocados.
Disallow Proíbe um determinado codec.
Port Porta que o Asterisk deve esperar por conexões de entrada SIP. O
padrão é 5060.
Tos Configura o campo TOS (tipo de serviço) usado para SIP e RTP.
maxexpirey Tempo Maximo para registro em segundos.
defaultexpirey Tempo padrão para registro em segundos.
Register Registra o Asterisk com outro host.
As definições das entidades padrão SIP vêm após a seção [general], cujas
variáveis são exibidas na tabela 4.4:
VARIÁVEL DESCRIÇÃO
Type Configura a classe de conexão. A variável do tipo peer recebe
chamadas, do tipo user faz chamadas e do tipo friend faz os dois ao
mesmo tempo.
Host Configura o endereço IP ou nome do host. A opção mais comum é
dynamic. Essa opção espera que o telefone se registre.
username Esta opção configura o nome do usuário que o Asterisk tenta conectar
quando uma chamada é recebida.
Secret Um segredo compartilhado para autenticar os peers e users.
74
A figura 4.4 mostra um exemplo de configuração do arquivo
sip.conf:
Dentro de cada contexto são definidas diversas extensões. São elas que
determinam o fluxo das chamadas. No Asterisk ela é uma string que dispara um evento. O
comando “exten=>” é seguido pelo número da extensão, prioridade e aplicação.
75
Aplicações são partes fundamentais do Asterisk, elas tratam o canal de voz,
tocando sons, aceitando dígitos ou desligando uma chamada. As principais aplicações são:
76
Provedores de VoIP:
TAHO, Sistema IP, Lig VoIP, Onda VoIP, NET Brás, Telefonia, VoIP Nordeste, etc...
77
CAPÍTULO 6:
Redes de Nova Geração NGN
Desafios da NGN
Vantagens da NGN
78
Evolução da rede telefônica para NGN
79
80
Atendimento aos Requisitos de SD
Acesso a recursos
Transparência
Abertura (TCP/IP, SIP, RTP)
Escalabilidade
Organização lógica baseada em eventos
Organização física baseada em camada no estilo cliente/servidor
81
82
83
Os sistemas distribuídos formam a base das redes convergentes.
A redundância em redes NGN pode ser executada facilmente através de Cluster.
84
CAPÍTULO 7:
Canal Comum
Sinalização: Tronco E1
Esta sinalização está sempre associada fisicamente aos canais telefônicos que
correm pelo respectivo tronco E1. É praticamente a mesma velha sinalização dos troncos
analógicos a 6 fios [TX, RX, E/M].
Fazem parte desta Sinalização os protocolos de:
Sinalização de Linha [E/M], que segue pelo canal 16,
Sinalização de Registradores [MFC] que segue pelos canais de voz respectivos.
Sinalização de Linha
85
No Brasil especifica-se esta sinalização no documento SDT 210.110.703 -
Especificação de sinalização de linha para a rede nacional de telefonia
Esta é uma forma moderna de sinalização telefônica e não mais está associada
fisicamente aos troncos pelos quais a voz trafega. Usa-se um dado canal de um dado
tronco E1, como um canal de dados de 64 Kbps, e por ele trafega-se toda a sinalização
telefônica numa forma totalmente digital e estruturada, correspondente a uma grande
quantidade [milhares] de canais de voz de vários troncos E1. O protocolo atual deste tipo
de sinalização é o de número 7, sigla SCC7, para Sinalização por Canal Comum número
Sete.
Esta sinalização consiste de uma Parte de Transferência de Mensagens [MTP] e
várias Partes de Usuário [UP].
A Parte deste protocolo que é usada para o Usuário de Telefonia é o de sigla TUP.
A Parte mais genérica, que inclui Serviços Integrados [RDSI], é a de sigla ISUP.
No Brasil, a Parte mais utilizada da SCC7 é a TUP ou BR-TUP.
No Brasil especifica-se esta sinalização [Versão Nacional] nos documentos, entre
outros:
SDT 220.250.715 [Especificações de Sinalização por canal Comum], SDT
210.110.724 [Requisitos mínimos do subsistema de Usuário para Telefonia do
Sistema de Sinalização por Canal Comum CPA-T, TUP (ITU-T Versão Nacional)
para a rede nacional de telefonia],
SDT 220.250.732 [Subsistema de Usuário RDSI - ISUP do Sistema de sinalização
por Canal Comum nº 7],
SDT 220.250.735 [Subsistema de - MTP] e
SDT 220.500.711 [Requisitos mínimos do subsistema de Transferência de
Mensagens do Sistema de Sinalização por Canal Comum MTP (ITU-T Versão
Nacional) para a rede nacional de telecomunicações].
86
Quadros Sintéticos das Sinalizações
N SENTI
SINAL DURAÇÃO (ms) RECONHECIMENTO (ms)
° DO A B
CONFIRM
5 DE DESCONEXÃO 600 ± 120 ACIMA DE 375 ± 75
87
SINAIS CURTO E LONGO
a b c d a b c d
A B C D A B C D
SINAL CURTO 150 ± 30 3825 ± 4 Hz
x 1 y 1 x 1 y 1
X 1 Y 1 X 1 Y 1
a b c d a b c d
A B C D A B C D
SINAL LONGO 600 ± 120 3825 ± 4 Hz
x 1 y 1 x 1 y 1
X 1 Y 1 X 1 Y 1
NOTAS:
X
NORMALMENTE
X=0
X
X = 1 SINALIZAÇÃO
Y
VER TABELA 1
Y=
TABELA 1
CANAIS DE SINALIZAÇÃO
Quadro a b c d
1 A1 1 A8 1
2 A2 1 A9 1
3 A3 1 A10 1
4 A4 1 A11 1
5 A5 1 A12 1
6 A6 1 A13 1
7 A7 1 A14 1
8 A8 1 A15 1
9 A9 1 A1 1
10 A10 1 A2 1
11 A11 1 A3 1
12 A12 1 A4 1
13 A13 1 A5 1
14 A14 1 A6 1
15 A15 1 A7 1
88
Sinalização E+M Continua
89
SINAIS AUSENTE E PRESENTE
-
SINAIS FDM PCM CANAL 16
-
a b c d a b c d
A B C D A B C D
(
AUSENTE -
(1)
x 1 y 1 x 1 y 1
X 1 Y 1 X 1 Y 1
a b c d a b c
A B C D A B C D
(
PRESENTE 3825 ± 4 Hz (2)
x 1 y 1 x 1 y
X 1 Y 1 X 1 Y 1
NOTAS:
X
X = 1 Y = VER TABELA 1
X
X = 0 Y = VER TABELA 1
Sinalização R2 Digital
CANAIS DE SINAL
SENTIDO
FASE DA P/FRENTE P/TRÁS
SINAL OBSERVAÇÃO
CHAMADA
AB af bf ab bb
LIVRE - - 1 0 1 0 -
OCUPAÇÃO OCUPAÇÃO 0 0 1 0 -
CONFIRMAÇÃO
OCUPAÇÃO 0 0 1 1 -
OCUPAÇÃO
CHAMADA EM
- - 0 0 1 1 -
PROGRESSO
ATENDIMENTO ATENDIMENTO 0 0 0 1 -
CONVERSAÇÃO - - 0 0 0 1 -
90
PULSOS DE 150 ± 30
TARIFAÇÃO TARIFAÇÃO 0 0 1 1
ms EM ab [ 0 1]
CHAMADO REPÕE
DESLIGAR PARA
ANTES DO 0 0 1 1 -
TRÁS
CHAMADOR
CHAMADO REPÕE
DESCONEXÃO PULSO DE 600 ± 120
ANTES DO 0 0 0 0
FORÇADA ms EM bb
CHAMADOR
CHAMADOR
DESLIGAR PARA
REPÕE ANTES DO 1 1 X 1 bf 1 POR 50 ms
FRENTE
CHAMADO
CONFIRM. DA
- 1 0 1 0 -
DESCONEXÃO
PULSOS
TELEFONISTA SINAL DE
1 0 1 1 SIMULTANEOS EM af E
RECHAMA RECHAMADA
bf (150 ± 30 ms)
BLOQUEIO BLOQUEIO 1 0 1 1 -
- FALHA 1 1 1 0 -
NOTA:
FREQUENCIA -
[Hz]
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 12 14 15
F0 = 1380 X X - X - - X - - - X - - - - F6 = 1140
F1 = 1500 X - X - X - - X - - - X - - - F7 = 1020
F2 = 1620 - X X - - X - - X - - - X - - F8 = 0900
F3 = 1740 - - - X X X - - - X - - - X - F9 = 0780
F4 = 1860 - - - - - - X X X X - - - - X F10 = 0660
F5 = 1980 - - - - - - - - - - X X X X X F11 = 0540
FREQUENCIA
- 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 12 14 15 [Hz]
91
Sinais para Frente
5 ALGARISMO 5 TELEFONISTA
92
Sinais para Trás
4 CONGESTIONAMENTO CONGESTIONAMENTO
10 RESERVA RESERVA
SOLICITAR INFORMAÇÃO DE
14 NECESSIDADE DE INSERÇÃO DE SEMI RESERVA
SUPRESSOR DE ECO NO DESTINO
CONGESTIONAMENTO NA CENTRAL
15 RESERVA
INTERNACIONAL
93
Sinalização: Canal Comum
INFORMAÇÃO INDICADOR
ALINHAM. DETEÇÃO INDICADOR DE CORREÇÃO ALINHAM.
DE DE TIPO DE
(FLAG) DE ERRO COMPRIMENTO DE ERRO (FLAG)
SINALIZAÇÃO USUÁRIO
F CK SIF SIO LI - F
8 16 8n,N>=2 8 8 16 8
DIREÇÃO DE TRANSMISSÃO
INDICADOR DE TIPO DE
INFORMAÇÕES SINAIS MENSAGEM ETIQUETA
ADICIONAIS
H1 H0
8m,M>=0 4 4 40
12 14 14
FORMATO DA MSU
C S F F B B
F
F CK SIF SIO - LI FIB FSN BIB BSN
1
8 6 8 n n >= 2 8 2 6 1 7 1 7 8
DIREÇÃO DE TRANSMISSÃO
94
SINCRONIZAÇÃO (FLAG) = 0111111110, TRANSMITIDO NO INICIO DA
F
MSU
BIB
INDICAÇÃO DE PEDIDO DE RETRANSMISSÃO DE MENSAGEM
FSN
NUMERO DE SEQUENCIA DE MENSAGEM PARA FRENTE
DETECÇÃO DE ERRO
CK
-
CIC OPC DPC
SLS
8+4 14 14
- - -
- ETIQUETA DE ENCAMINHAMENTO
ETIQUETA
MAXIMO DE 41 OCTETOS
8 m , m >= 0 4 4 12 14 14
- - - DIREÇÃO DE TRANSMISSÃO
INFORMAÇÕES
CABEÇALHO1 CABEÇALHO2 ETIQUETA
ADICIONAIS
95
DPC CODIGO DE PONTO DE DESTINO
H1 INDICADOR DE SINAIS
Sinais Telefônicos
Grupo de H0
0000 0001 0010 0011 0100 0101 0110 0111 1000 1001 1010 1011 1100 1101 1110 1111
Mensagem H1
- 0000 - - - - - - - - - - - - - - - -
FAM
0001 - - IAI SAM SAO - - - - - - - - - - -
(ITU-T)
FAM (BR) 0001 - - IAI SAM SAO - - - - - - - - - - -
FSM 0010 - GSM - COT CCF - - - - - - - - - - -
BSM 0011 - GRQ - - - - - - - - - - - - - -
SBM
0100 - ACM CHG - - - - - - - - - - - - -
(ITU-T)
SBM (BR) 0100 - ACM CHG SPM - - - - - - - - - - - -
UBM
0101 - SEC - NNC ADI CFL SSB UNN LOS - - - MPR - - -
(ITU-T)
UBM (BR) 0101 - - - - ADI CFL SSB UNN LOS - - - MPR - - -
CSM
0110 - ANC ANN CBK CLF RAN - - - - - - - - - -
(ITU-T)
CSM (BR) 0110 - ANC ANN CBK CLF RAN - - - - - - - - - -
CCM 0111 - RLG BLO BLA UBL UBA CCR RSC - - - - - - - -
GRM 1000 - MGB MBA MGU MUA HGB HBA HGU HUA GRS GRA SGB SBA SGU SUA -
- 1001 - - - - - - - - - - - - - - - -
CNM
1010 - - - - - - - - - - - - - - - -
(ITU-T)
CNM (BR) 1010 - - - - - - - - - - - - - - - -
- 1011 - - - - - - - - - - - - - - - -
- 1100 - - - - - - - - - - - - - - - -
- 1101 - - - - - - - - - - - - - - - -
- 1110 - - - - - - - - - - - - - - - -
- 1111 - - - - - - - - - - - - - - - -
96
PARTE DE USUÁRIO DE TELEFONIA: BR-TUP
FORMATOS E CÓDIGOS
97
NOMENCLATURA DOS SINAIS TELEFÔNICOS
98
Mensagem inicial de endereçamento com informações adicionais
IAI
(ocupação).
Nota:
No final do item 5, segue uma relação destes sinais com suas descrições originais ITU-
T e as adotadas no Brasil.
99
Diferenças entre Especificações ITU-T e BR: Canal Comum
A TUP, adotada no Brasil, é baseada nas recomendações Q721 a Q725 da ITU-T,
porém com algumas modificações relacionadas com a definição dos Sinais Telefônicos em
função do cabeçalho, conforme apresentado no quadro que segue.
Neste quadro:
As diferenças de grupo são indicadas pelas inscrições ITU-T e BR .
As diferenças de sinal são indicadas em sublinhado.
A TUP Brasil é ressaltada pelas linhas sombreadas.
Grupo de 0
0000 0001 0010 0011 0100 0101 0110 0111 1000 1001 1010 1011 1100 1101 1110 1111
Mensagem
H
1
- 0000 - - - - - - - - - - - - - - - -
FAM (ITU-T) 0001 - IAM IAI SAM SAO - - - - - - - - - - -
FAM (BR) 0001 - - IAI SAM SAO - - - - - - - - - - -
FSM 0010 - GSM - COT CCF - - - - - - - - - - -
BSM 0011 - GRQ - - - - - - - - - - - - - -
SBM (ITU-T) 0100 - ACM CHG - - - - - - - - - - - - -
SBM (BR) 0100 - ACM CHG SPM - - - - - - - - - - - -
UBM (ITU-T) 0101 - SEC CGC NNC ADI CFL SSB UNN LOS SST ACB DPN MPR - - EUM
UBM (BR) 0101 - CRF - CCD ADI CFL SSB UNN LOS - - - MPR AMD - -
CSM (ITU-T) 0110 ANU ANC ANN CBK CLF RAN FOT CCL - - - - - - - -
CSM (BR) 0110 - ANC ANN CBK CLF RAN - - - - - - - - - -
CCM 0111 - RLG BLO BLA UBL UBA CCR RSC - - - - - - - -
GRM 1000 - MGB MBA MGU MUA HGB HBA HGU HUA GRS GRA SGB SBA SGU SUA -
- 1001 - - - - - - - - - - - - - - - -
CNM (ITU-T) 1010 - ACC - - - - - - - - - - - - - -
CNM (BR) 1010 - - - - - - - - - - - - - - - -
- 1011 - - - - - - - - - - - - - - - -
- 1100 - - - - - - - - - - - - - - - -
- 1101 - - - - - - - - - - - - - - - -
- 1110 - - - - - - - - - - - - - - - -
- 1111 - - - - - - - - - - - - - - - -
100
FAM: Forward Address Message
IAM: Initial address message
IAI: Initial address message with additional information
SAM: Subsequent address message
SAO: Subsequent address message with one signal
FSM: Forward Set-up Message
GSM: General forward set-up information message
COT: Continuity signal
CCF: Continuity-failure signal
BSM: Backward Set-up Message
GRQ: General request message
SBM: Successful backward set-up information message
ACM: Address complete message
CHG: Charging message
SPM: Sinal de Pulso de Multimedição
UBM: Unsuccessful backward set-up information message
SEC: Switching-equipment-congestion signal
CRF: Congestionamento na Rede à Frente
CGC: Circuit-group-congestion signal
NNC: National-network-congestion signal
CCD: Congestionamento na Central de Destino
ADI: Address incomplete signal
CFL: Call-failure signal
SSB: Subscriber-busy signal (electrical)
UNN: Unallocated-number signal
LOS: Line-out-of-service signal
SST: Send-special-information tone signal
ACB: Access barred signal
DPN: Digital path not provided signal
MPR: Misdialled trunk prefix
AMD: Assinante com número Mudado
EUM: Extended unsuccessful backward set-up information message
CSM: Call Supervision Message
ANC: Answer signal, charge
ANN: Answer signal, no charge
CBK: Clear-back signal
CLF: Call-failure signal
RAN: Reanswer signal
FOT: Forward-transfer signal
CCL: Calling party clear signal
CCM: Circuit Supervision Message
101
RLG: Release-guard signal
BLO: Blocking signal
BLA: Blocking-acknowledgement signal
UBL: Unblocking signal
UBA: Unblocking-acknowledgement signal
CCR: Continuity-check-request signal
RSC: Reset-circuit signal
GRM: Circuit Group Supervision Message
MGB: Maintenance oriented group-blocking message
MBA: Maintenance oriented group blocking-acknowledgement message
MGU: Maintenance oriented group-unblocking message
MUA: Maintenance oriented group unblocking-acknowledgement message
HGB: Hardware failure oriented group-blocking message
HBA: Hardware failure oriented group blocking-acknowledgement message
HGU: Hardware failure oriented group-unblocking message
HUA: Hardware failure oriented group unblocking-acknowledgement message
GRS: Circuit group reset message
GRA: Circuit group reset-acknowledgement message
SGB: Software generated group-blocking message
SBA: Software generated group blocking-acknowledgement message
SGU: Software generated group-unblocking message
SUA: Software generated group unblocking-acknowledgement message
CNM: Circuit network management message group
ACC: Automatic congestion control information message
102