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MOPTC – LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL - PORTUGAL E 464-2005

CDU
D O C U M E N T A Ç Ã O NO R M A T I V A
ISSN
CI/SfB
ESPECIFICAÇÃO LNEC
Betões.
Metodologia prescritiva para a vida útil de projecto de 50 anos Março 2005
face às acções ambientais

Esta especificação anula e substitui a E 378 – 1993


Béton. Concrete
Méthodologie prescriptive pour une vie utile Prescriptive methodology for a design working
de projet de 50 années sous les actions life of 50 years under the environmental
environnementales exposure
Objet Scope
Ce document établit l´aptitude des mélanges de This document establishes the suitability of
ciment et d´additions et les prescriptions pour le mixtures of cement and additions and the
béton avec une vie utile de 50 ans. L´aptitude du prescriptions for the concrete with a 50 years
concept de la performance équivalente est aussi working life. The suitability of the equivalent
établie. performance concept is also established.

ÍNDICE pg.
1- Objecto
1 – Objecto ....................................................... 1
A presente Especificação estabelece a aptidão
2 – Referências normativas .............................. 1
dos ligantes hidráulicos – cimentos e misturas de
3 – Aptidão dos cimentos, adições e misturas cimentos e adições - como constituintes do betão,
como constituintes do betão ...................... 2 esclarece a selecção das classes de exposição
com que na NP EN 206-1 foram organizadas as
4 – A degradação do betão e as classes de
acções ambientais agressivas para o betão, dando
exposição ambiental .................................. 2 outros exemplos além dos referidos naquela
5 – Prescrições quanto à composição e classe norma, e fixa as medidas prescritivas que
de resistência do betão para considerar a permitem esperar que a vida útil dos betões nos
durabilidade................................................ ambientes correspondentes às diversas classes
3
de exposição seja de 50 anos.
6 – Combinações de classes de exposição ..... 6
Esta Especificação estabelece ainda o enquadra-
7 – Enquadramento geral da estima do tempo mento geral para estimar a vida útil de projecto
de vida útil de projecto do betão armado
das estruturas de betão e a aptidão do conceito de
face às acções ambientais.......................... 6
desempenho equivalente.
8 – Aptidão do conceito de desempenho
equivalente dum betão ............................... 7 2 – Referências normativas

8.1 – Princípio ............................................... 7 Nesta Especificação é feita referência aos


seguintes documentos:
8.2 – Materiais e composições ..................... 8
EN 1990:2002 – Eurocode 0 – Basis of structural
8.3 – Realização dos ensaios ....................... 8 design.
8.4 – Análise dos resultados ........................ 8 EN 1992-1-1:2004 – Eurocode 2 – Design of
8.5 – Relatório .............................................. 9 concrete structures – Part 1-1: General rules and
rules for buildings
Anexo (Informativo): Misturas de cimentos e
adições …………………………………………… 11

1
NP EN 197-1:2001 – Cimento. Parte 1: desempenho do betão que permitem satisfazer a
Composição, especificações e critérios de vida útil de projecto de estruturas de betão armado
conformidade para cimentos correntes. ou pré-esforçado face às acções ambientais XC
NP EN 206-1:2005 – Betão. Parte 1: Especifica- ou XS.
ção, desempenho, produção e conformidade. Especificação LNEC E 466-2005 – Fíleres
NP EN 12350-1:2002 – Ensaios do betão fresco. calcários para betão.
Parte 1: Amostragem.
3 – Aptidão dos cimentos, adições e misturas
NP EN 12390-2:2003 – Ensaios do betão como constituintes do betão
endurecido. Parte 2: Execução e cura dos
A aptidão geral dos cimentos para serem
provetes para ensaios de resistência mecânica.
constituintes do betão está estabelecida na secção
NP EN 12390-3:2003 – Ensaios do betão 5.1.2 da NP EN 206-1 para os cimentos correntes
endurecido. Parte 3: Resistência à compressão que satisfaçam a NP EN 197-1. Outros cimentos
dos provetes de ensaio. (p.e., cimentos correntes de baixo calor de
NP EN 12620:2004 – Agregados para betão. hidratação, cimentos de baixo calor de hidratação
e baixas resistências iniciais, cimentos de baixo
NP ENV 13670-1:2005 – Execução de estruturas
calor de hidratação para grandes massas,
em betão. Parte 1: Regras gerais.
ligantes rodoviários para estradas), terão a sua
NP EN 450:1995 – Cinzas volantes para betão. aptidão geral estabelecida se satisfizerem as
Definições, exigências e controlo da qualidade. respectivas normas europeias harmonizadas (ou
NP 4220:1993 – Pozolanas para betão. as emendas à NP EN 197-1) que vierem a ser
Definições, especificações e verificação da aprovadas.
conformidade. A aptidão geral das adições como constituintes do
Especificação LNEC E 375-1993 – Escória betão está estabelecida na secção 5.1.6 da NP EN
granulada de alto forno moída para betões. 206-1 para os fíleres que satisfizerem a NP EN
Características e verificação da conformidade. 12620 e a Especificação LNEC E 466 e para as
cinzas volantes siliciosas que satisfizerem a NP
Especificação LNEC E 377-1993 – Sílica de fumo
EN 450. Fica estabelecida para as sílicas de fumo
para betões. Características e verificação da
que satisfizerem a Especificação LNEC E 377,
conformidade.
para as pozolanas naturais ou calcinadas que
Especificação LNEC E 391-1993 – Betões. satisfizerem a NP 4220 e para a escória granulada
Determinação da resistência à carbonatação. de alto forno moída que satisfizer a Especificação
Especificação LNEC E 392-1993 – Betões. LNEC E 375. Estes documentos normativos
Determinação da permeabilidade ao oxigénio. devem ser substituídos pelas normas europeias
harmonizadas quando vierem a ser aprovadas.
Especificação LNEC E 393-1993 – Betões.
Determinação da absorção de água por Tal como refere a NP EN 206-1 em 5.1.1, o facto
capilaridade. da aptidão geral dum material para constituinte do
betão estar estabelecida não implica aptidão em
Especificação LNEC E 461-2004 – Betões.
todas as situações e em todas as composições.
Metodologia para prevenir reacções expansivas
internas. É o caso das situações relacionadas com a
durabilidade e, nomeadamente, com a utilização
Especificação LNEC E 462-2004 – Cimentos.
de misturas, que são ligantes hidráulicos obtidos
Determinação da resistência dos cimentos ao
pela junção na betoneira de um cimento
ataque por sulfatos.
satisfazendo a NP EN 197-1 com adições
Especificação LNEC E 463-2004 – Betões. satisfazendo os documentos normativos
Determinação do coeficiente de difusão dos correspondentes atrás indicados.
cloretos por ensaio de migração em regime não-
A aptidão duma dada mistura para ser constituinte
estacionário.
do betão fica estabelecida desde que sejam satis-
Especificação LNEC E 465-2005 – Betões. feitas simultaneamente as seguintes condições:
Metodologia para estimar as propriedades de

2
a) o cimento seja do tipo CEM I ou CEM II/A e da capilar, devem satisfazer-se os requisitos da
classe de resistência 42,5 ou superior; classe superior.
b) as adições sejam do tipo I ou II; O ataque por bactérias, nomeadamente as
anaeróbias que se encontram, p.e., nos esgotos e
c) a composição da mistura satisfaça os limites
produzem ácidos sulfúrico e nítrico, é um ataque
estabelecidos para a composição de um dos
químico fortemente agressivo (classe XA3).
cimentos apresentados no Quadro 1 da NP EN
197-1 e constantes dos Quadros 6 a 9 desta
5 – Prescrições quanto à composição e classe
Especificação (em Anexo apresenta-se o
de resistência do betão para considerar a
procedimento para o cálculo da composição de
durabilidade
misturas, com exemplos informativos);
Em substituição dos valores limites para a
d) a proporção de sílica de fumo em relação ao
composição e resistência do betão indicados no
clínquer (se ela existir na composição da
mistura) seja igual ou inferior a 11%. Anexo F da NP EN 206-1 com carácter
informativo, estabelecem-se nos Quadros 6 e 7,
Os cimentos e as misturas constituem ligantes quando há risco de corrosão das armaduras, e nos
hidráulicos, que se designam apenas por ligantes. Quadros 8 e 9, quando há gelo/degelo ou ataque
químico, respectivamente, os valores da máxima
4 – A degradação do betão e as classes de razão água/cimento, da mínima dosagem de
exposição ambiental cimento e da mínima classe de resistência à
A deterioração do betão pode resultar das compressão simples que o betão deve satisfazer
condições ambientais a que o betão está exposto, em Portugal para que o seu tempo de vida útil, sob
de reacções químicas expansivas internas as acções ambientais da NP EN 206-1, seja cerca
(reacções álcalis-agregado e reacções sulfáticas) de 50 anos.
ou de outras acções, normalmente tratadas no Não se considera a durabilidade na classe X0,
cálculo estrutural (p.e., acções térmicas, fluência, para a qual se deverão aplicar as exigências
retracções, desgaste). estabelecidas no Quadro F.1 da NP EN 206-1,
Os mecanismos que conduzem a reacções expan- qualquer que seja o cimento.
sivas internas no betão e a forma de as prevenir Se na composição do betão for utilizada uma
são objecto da Especificação LNEC E 461. mistura com aptidão para constituinte do betão, os
Quanto às acções ambientais, estão classificadas termos “dosagem de cimento” e “razão
na NP EN 206-1 em 6 grupos, 3 relativos à água/cimento” devem ser substituídos pelos
deterioração do betão por corrosão das armaduras termos “dosagem de ligante” e “razão
por acção do dióxido de carbono e dos cloretos água/ligante”, aplicando-se à mistura o
provenientes da água de mar ou de outras origens estabelecido naqueles Quadros para o
(XC, XS e XD), 2 relativos à deterioração do correspondente cimento.
próprio betão pelo gelo/degelo (XF) ou por ataque Indicam-se em cada um destes Quadros os tipos
químico (XA) e 1 grupo (X0) para quando não há de cimento que se podem utilizar, devendo ainda
risco de corrosão de metais ou de ataque ao ser satisfeitos, no projecto e na execução da
betão. Estes grupos (com excepção de X0) estão estrutura para garantir a durabilidade desta:
divididos em classes de exposição, que são
apresentadas na NP EN 206-1 através da a) um recobrimento nominal das armaduras
descrição sumária do ambiente e de exemplos ordinárias no mínimo igual ao indicado nos
informativos, com excepção das classes XA. Quadros 6 e 7. Poderão vir a ser usados valores
Repete-se nos Quadros 1 a 5 esta organização, inferiores, sem alterar as exigências de
acrescentando mais exemplos informativos. Não composição e de resistência do betão, em
se incluem as classes XF3 e XF4, por não serem conformidade com o que ficar estabelecido nas
aplicáveis em Portugal, e as classes XA por se secções 4.4.1.2(7), 4.4.1.2(8) e 4.4.1.3(3) do
manter sem qualquer alteração o estabelecido na Anexo Nacional da NP EN 1992-1-1, quando
NP EN 206-1. Sempre que na classe XA1 ou XA2 esta for publicada e tornada regulamentar.
houver riscos de acumulação de sulfatos devido a Para as armaduras de pré-esforço, aqueles
ciclos de secagem e molhagem ou de absorção valores devem ser aumentados de 10 mm.

3
Quadro 1 – Sem risco de corrosão ou ataque
Classe Descrição do ambiente Exemplos informativos
Para betão sem armaduras: Betão enterrado em solo não agressivo.
Todas as exposições, Betão permanentemente submerso em água não agressiva.
X0 excepto ao gelo/degelo,
abrasão ou ao ataque Betão com ciclos de molhagem/secagem não sujeito a abrasão, gelo/degelo ou
químico ataque químico.
Para betão armado: muito Betão armado em ambiente muito seco.
seco Betão no interior de edifícios com muito baixa humidade do ar.

Quadro 2 – Corrosão induzida por carbonatação


Classe Descrição do ambiente Exemplos informativos
XC1 Seco ou permanentemente Betão armado no interior de edifícios ou estruturas, com excepção das áreas com
húmido humidade elevada.
Betão armado permanentemente submerso em água não agressiva.
XC2 Húmido, raramente seco Betão armado enterrado em solo não agressivo.
Betão armado sujeito a longos períodos de contacto com água não agressiva.
XC3 Moderadamente húmido Superfícies exteriores de betão armado protegidas da chuva transportada pelo
vento.
Betão armado no interior de estruturas com moderada ou elevada humidade do ar
(v.g., cozinhas, casas de banho).
XC4 Ciclicamente húmido e seco Betão armado exposto a ciclos de molhagem/secagem.
Superfícies exteriores de betão armado expostas à chuva ou fora do âmbito da XC2
Quadro 3 – Corrosão induzida por cloretos não provenientes da água do mar
Classe Descrição do ambiente Exemplos informativos
XD1 Moderadamente húmido Betão armado em partes de pontes afastadas da acção directa dos sais
descongelantes, mas expostas a cloretos transportados pelo ar.
XD2 Húmido, raramente seco Betão armado completamente imerso em água contendo cloretos; piscinas.
XD3 Ciclicamente húmido e seco Betão armado directamente afectado pelos sais descongelantes ou pelos salpicos
de água contendo cloretos(1).
Betão armado em que uma das superfícies está imersa em água contendo cloretos
e a outra exposta ao ar (v.g., algumas piscinas ou partes delas). Lajes de parques
de estacionamento de automóveis(2) e outros pavimentos expostos a sais contendo
cloretos.
(1) No nosso país estas situações deverão ser consideradas na classe XD1; (2) Idem, se relevante.

Quadro 4 – Corrosão induzida por cloretos da água do mar


Classe Descrição do ambiente Exemplos informativos

XS1 Ar transportando sais Betão armado em ambiente marítimo saturado de sais.


marinhos mas sem contacto Betão armado em áreas costeiras perto do mar, directamente exposto e a menos
directo com água do mar de 200 m do mar; esta distância pode ser aumentada até 1 km nas costas planas e
foz de rios.
XS2 Submersão permanente Betão armado permanentemente submerso.
XS3 Zona de marés, de Betão armado sujeito às marés ou aos salpicos, desde 10 m acima do nível
rebentação e de salpicos superior das marés até 1 m abaixo do nível inferior das marés, nomeadamente na
orla ocidental de Portugal continental, Açores e Madeira.
Betão armado em que uma das superfícies está imersa em água do mar e a outra
exposta ao ar (v.g., túneis submersos ou abertos em rocha ou solos permeáveis no
mar ou em estuário de rios). Esta exposição exigirá muito provavelmente medidas
de protecção suplementares.
Quadro 5 – Ataque pelo gelo/degelo
Classe Descrição do ambiente Exemplos informativos

XF1 Moderado número de ciclos Betão em superfícies verticais expostas à chuva e ao gelo.
de gelo/degelo, sem produtos Betão em superfícies não verticais mas expostas à água, chuva ou gelo.
descongelantes
XF2 Moderado número de ciclos Betão, tal como nas pontes, classificável como XF1, mas exposto aos sais
de gelo/degelo, com produtos descongelantes directa ou indirectamente.
descongelantes

4
Quadro 6 – Limites da composição e da classe de resistência do betão sob acção do dióxido de carbono,
para uma vida útil de 50 anos
Tipo de cimento CEM I (Referência); CEM II/A (1) CEM II/B(1); CEM III/A(2); CEM IV(2); CEM V/A(2)
Classe de exposição XC1 XC2 XC3 XC4 XC1 XC2 XC3 XC4
Mínimo recobrimento
nominal (mm) 25 35 35 40 25 35 35 40
Máxima razão
água/cimento
0,65 0,65 0,60 0,60 0,65 0,65 0,55 0,55
Mínima dosagem de
cimento, C (kg/m3)
240 240 280 280 260 260 300 300
Mínima classe de C25/30 C25/30 C30/37 C30/37 C25/30 C25/30 C30/37 C30/37
resistência LC25/28 LC25/28 LC30/33 LC30/33 LC25/28 LC25/28 LC30/33 LC30/33
(1)
Não aplicável aos cimentos II/A-T e II/A-W e aos cimentos II/B-T e II/B-W, respectivamente.
(2)
Não aplicável aos cimentos com percentagem inferior a 50% de clínquer portland, em massa.
Quadro 7 – Limites da composição e da classe de resistência do betão sob acção dos cloretos, para uma
vida útil de 50 anos
CEM IV/A (Referência); CEM IV/B; CEM III/A;
Tipo de cimento CEM I; CEM II/A (1)
CEM III/B; CEM V; CEM II/B (1); CEM II/A-D
Classe de exposição XS1/ XD1 XS2/ XD2 XS3/ XD3 XS1/ XD1 XS2/ XD2 XS3/ XD3
Mínimo recobrimento
nominal (mm) 45 50 55 45 50 55
Máxima razão
água/cimento
0,55 0,55 0,45 0,45 0,45 0,40
Mínima dosagem de
cimento, C (kg/m3)
320 320 340 360 360 380

Mínima classe de C30/37 C30/37 C35/45 C40/50 C40/50 C50/60


resistência LC30/33 LC30/33 LC35/38 LC40/44 LC40/44 LC50/55
(1)
Não aplicável aos cimentos II-T, II-W, II/B-L e II/B-LL.

Quadro 8 – Limites da composição e da classe de resistência do betão sob acção do gelo/degelo, para uma
vida útil de 50 anos
Tipo de cimento CEM I (Referência); CEM II/A (1) CEM II/B(1); CEM III/A(2); CEM IV(2); CEM V/A(2)
Classe de exposição XF1 XF2 XF1 XF2
Máxima razão
água/cimento
0,60 0,55 0,55 0,50
Mínima dosagem de
cimento, C (kg/m3)
280 280 300 300

Mínima classe de C30/37 C30/37 C30/37 C30/37


resistência LC30/33 LC30/33 LC30/33 LC30/33
Teor mínimo de ar (%) ______ 4,0 ______ 4,0
(1)
Não aplicável aos cimentos II/A-T e II/A-W e aos cimentos II/B-T e II/B-W, respectivamente.
(2)
Não aplicável aos cimentos com percentagem inferior a 50% de clínquer portland, em massa.

Quadro 9 – Limites da composição e da classe de resistência à compressão do betão sob ataque químico,
para uma vida útil de 50 anos
Tipo de cimento CEM IV/A (Referência); CEM IV/B; CEM III/A;
CEM I; CEM II/A (1)
CEM III/B; CEM V; CEM II/B (1); CEM II/A-D
Classe de exposição XA1 XA2 (2) XA3 (2) XA1 XA2 (2) XA3 (2)
Máxima razão
água/cimento 0,55 0,50 0,45 0,50 0,45 0,45
Mínima dosagem de
cimento, C (kg/m3)
320 340 360 340 360 380

Mínima classe de C30/37 C35/45 C35/45 C35/45 C40/50 C40/50


resistência LC30/33 LC35/38 LC35/38 LC35/38 LC40/44 LC40/44
(1)
Não aplicável aos cimentos II-T, II-W, II/B-L e II/B-LL.
(2)
Quando a agressividade resultar da presença de sulfatos, os cimentos devem satisfazer os requisitos mencionados na secção 5,
nomeadamente no Quadro 10, aplicando-se ao betão as exigências estabelecidas neste quadro para o CEM IV.

5
Os recobrimentos nominais das armaduras são Esta protecção deve também existir sempre que o
os constantes do projecto e garantidos na teor de qualquer dos elementos agressivos
execução das obras com espaçadores, para referidos no Quadro 2 da NP EN 206-1 seja
correcta colocação das armaduras na cofragem. superior ao limite indicado para a classe XA3.
Os recobrimentos indicados nos Quadros 6 e 7
6 – Combinações de classes de exposição
resultam da soma dos valores de Cmin,dur da
classe estrutural S4 (Quadro 4.4N da EN 1992- A NP EN 206-1, na secção 4.1, estabelece que as
1-1), com o valor ∆Cdev = 10 mm estabelecido condições ambientais às quais o betão está sujeito
NP EN 13670-1. podem ter que ser expressas como uma
combinação de classes de exposição e acrescenta
b) os requisitos de colocação em obra, de
que as diferentes superfícies de um elemento
compactação, de protecção e cura do betão e
estrutural podem estar sujeitas a diferentes
demais requisitos estabelecidos na NP ENV
acções.
13670-1.
Neste sentido, deve ter-se em conta que:
As dosagens de cimento (ou da correspondente
mistura), C, indicadas nestes Quadros respeitam a - a classe X0 e, em geral, a classe XC1 se aplicam
betões com máxima dimensão do agregado, Dmax , isoladas;
maior ou igual que 32 mm. Para betões com - a carbonatação é um processo comum a todas
menores valores de Dmax, as dosagens devem ser as estruturas de betão e os cloretos ou os
as seguintes: ataques químico e por gelo/degelo são
específicos de certos ambientes;
para 20 mm>Dmax ≥12,5 mm: C20 / 12,5 = 1,10 C
- na orla marítima (classes XS) o número de dias
para 12,5 mm>Dmax > 4 mm : C12,5 / 4 = 1,23 C
com temperaturas negativas (onde se poderiam
aplicar as classes XF) é despiciendo, enquanto
Quando a agressividade química provier da acção no interior, nomeadamente nas zonas com um
dos sulfatos, presentes na água ou nos solos em total de 30 ou mais dias com temperaturas
contacto com o betão, a composição do clínquer negativas, pode haver combinação das classes
dos cimentos ou das correspondentes misturas XF2 com a XD (embora esta classe seja pouco
deve satisfazer os limites indicados no Quadro 10. frequente em Portugal);

Quadro 10 – Composição do clínquer de cimentos - o ataque químico ao betão de fundações, obras


resistentes aos sulfatos de suporte de terras ou pavimentos em contacto
Tipo de cimento CEM I (1) CEM II (2) CEM III,IV,V(3) com solos dá-se em solos agressivos ou em
águas agressivas com nível freático atingindo as
Teor de XA2 ≤5% ≤8% ≤ 10 % fundações e ao betão de superestruturas de
C3 A
XA3 ≤5% ≤6% ≤8% reservatórios ou condutas por acção de águas
agressivas.
Teor de
(C3 A+C4 AF) ≤ 20 % ≤ 25 % Assim, as combinações de classes de exposição
(1) mais frequentes são as do Quadro 11.
Aplicável também aos cimentos CEM II/A-L, II/A-LL e
II/A-M Quadro 11 – Combinações de classes de
(2)
Só aplicável aos cimentos CEM II/S, II/D, II/P e II/V exposição
(3)
Só exigível aos cimentos CEM III/A, IV/A e V/A
XC2 com: XD2
XS2 + ataque da água do mar (XA1)
Poder-se-ão utilizar cimentos (ou misturas) não
XF1
respeitando estes valores se os cimentos (ou as
misturas) satisfizerem o estabelecido na XA1, XA2 ou XA3
Especificação LNEC E 462 após a realização do XC3 ou XC4 XF1
ensaio de resistência aos sulfatos nela previsto. com : XD1+ XF2
XS1
Os cimentos portland não resistem a meios ácidos
XD3
cujo pH seja inferior a 4, pelo que têm que ser
protegidos, de forma durável, do contacto com XS3+ ataque da água do mar (XA1)

estes meios. XC4 com: XA1, XA2 ou XA3

6
Em cada combinação de classes de exposição deve recorrer-se ao conceito de desempenho
ambiental devem ser satisfeitas, para o cimento equivalente do betão em relação à exposição
(ou a correspondente mistura) a utilizar e como ambiental em causa (XC ou XS) ou à que for mais
requisitos da combinação, os valores mais desfavorável no caso de haver combinação. A
exigentes da mínima dosagem de cimento, da aptidão deste conceito está estabelecida na
máxima razão água/cimento (e do teor de ar se for secção 8 e está indicado nos Quadros 6 e 7 o
o caso) e da classe de resistência entre os valores cimento de referência para aplicação do conceito.
de cada uma das classes de exposição ambiental
2) Ainda para um tempo de vida útil de projecto de
da combinação. No caso do cimento não ser
50 anos, se :
comum às diferentes classes de exposição
prevalece aquele que satisfizer a classe com os a) os recobrimentos forem menores que os
requisitos mais exigentes. previstos na secção 5 desta Especificação,
embora satisfazendo os regulamentos
7 – Enquadramento geral da estima do tempo estruturais em vigor,
de vida útil de projecto do betão armado face
ou,
às acções ambientais
b) os recobrimentos forem maiores e se
Os tempos de vida útil de projecto das estruturas
pretender aplicar uma composição não
de betão armado e pré-esforçado estão
respeitando os limites indicados nos Quadros 6
estabelecidos na EN 1990 em 5 categorias, três
e 7,
inferiores a 50 anos (10 anos para estruturas
temporárias, 10 a 25 anos para partes deve-se recorrer aos métodos de especificação do
substituíveis e 15 a 30 anos para estruturas para betão baseados no desempenho relacionado com
agricultura), 50 anos para estruturas de edifícios e a durabilidade que forem aplicáveis à exposição
outras estruturas semelhantes e 100 anos para ambiental em causa (XC ou XS) ou à que for mais
estruturas de edifícios monumentais, pontes e desfavorável no caso de haver combinação,
outras estruturas importantes de engenharia civil. seguindo nomeadamente a metodologia
estabelecida na Especificação LNEC E 465. Na
No caso de exposição ambiental com risco de
situação considerada na alínea a), poderá também
corrosão das armaduras, as prescrições
vir a usar-se o que for estabelecido a nível
estabelecidas nos Quadros 6 e 7 não permitem ter
nacional na NP EN 1992-1-1, logo que for
em conta a influência de diferentes recobrimentos,
regulamentar, relativamente à abordagem prevista
de outras composições de betão ou de tempos de
na secção 4.4.1.2(5) - Quadro 4.3N, da EN 1992-
vida útil de projecto diferentes de 50 anos, bem
1-1.
como, na classe XS1, da diminuição da acção
agressiva com a distância à linha de costa e, na 3) Para tempos de vida útil de projecto de 100
classe XS2, do aumento da acção agressiva com anos, deve seguir-se a metodologia indicada em
a profundidade, embora esta situação possa ser 2).
pouco frequente.
8 – Aptidão do conceito de desempenho
Assim, para ter em conta essa influência: equivalente dum betão
1) e para tempos de vida útil de projecto da ordem A aptidão do conceito de desempenho equivalente
dos 50 anos, respeitando os recobrimentos dum betão em relação à resistência à
estabelecidos nos Quadros 6 e 7, se: carbonatação ou à penetração dos cloretos é
a) utilizando os cimentos indicados nos Quadros estabelecida nas secções que se seguem, de
6 e 7 (ou as correspondentes misturas), se acordo com a secção 5.2.5.3 da NP EN 206-1.
pretender aplicar uma composição não
respeitando os limites indicados nestes 8.1 – Princípio
Quadros, Sobre uma composição de referência que
satisfaça as exigências limite de composição e de
ou
resistência mecânica estabelecidas nos Quadros 6
b) se pretender utilizar outros cimentos que não e 7 para a classe de exposição objecto do estudo
os indicados nos Quadros 6 e 7 (ou outras de equivalência, e com o cimento de referência
misturas), indicado para esta classe nestes Quadros, são
determinadas as propriedades referidas no
7
Quadro 12 para esta classe de exposição. 8.2 – Materiais e composições
Procede-se de igual modo com a composição de Os materiais a usar nas composições de
estudo, ou seja com a formulação cujo referência e de estudo devem ter estabelecida a
desempenho se pretende avaliar. sua aptidão como constituintes do betão e ser
Quadro 12 – Propriedades, métodos e provetes de fornecidos pelo fabricante de betão. Em particular,
ensaio os agregados e as respectivas proporções devem
ser iguais nas composições de referência e de
Classe de Propriedades a Métodos de Número e tipo de
exposição
estudo.
determinar ensaio provetes (mm)
As composições de referência e de estudo são da
Carbonatação LNEC E 391 1 provete
acelerada 150x150x600
responsabilidade do fabricante de betão, cabendo
XC1
ao Laboratório de Ensaios verificar se a
XC2 Permeabilidade LNEC E 392 3 provetes composição de referência satisfaz as exigências
ao oxigénio
XC3 φ 150; h= 50 quanto à máxima razão água/cimento, mínima
XC4
Resistência à NP EN 3 provetes de
dosagem de cimento e mínima classe de
compressão 12390-3 150x150x150 resistência do betão expressas nos Quadros 6 e 7
no que respeita à classe de exposição ambiental
Coef. de difusão LNEC E 463 2 provetes φ 100;
considerada.
dos cloretos h= 50
XS1/XD1 Em cada uma das composições de referência e de
XS2/XD2 Absorção capilar LNEC E 393 3 provetes estudo, designadas por composições principais, o
XS3/XD3 φ 150; h= 50 Laboratório fará variar de ± 5% a dosagem de
ligante, mantendo a dosagem dos demais
Resistência à NP EN 3 provetes de
compressão 12390-3 150x150x150 constituintes, com excepção do agregado mais
fino, onde se fará o acerto da variação de volume
do ligante. Estas composições são designadas
Os resultados obtidos na composição de secundárias, que assim podem também ser de
referência são depois comparados com os referência ou de estudo.
correspondentes valores da composição de estudo
e extraídas conclusões sobre a equivalência de 8.3 – Realização dos ensaios
comportamento das duas composições no que As amassaduras, o fabrico de provetes e a
respeita à resistência à penetração do dióxido de realização dos ensaios deverão ser efectuadas no
carbono ou dos cloretos no betão. LNEC ou em Laboratório acreditado para a
Pode-se também concluir sobre a equivalência da preparação dos provetes e para a realização dos
dosagem do ligante específico e da razão A/C ensaios estabelecidos no Quadro 12. As eventuais
usadas na composição de estudo, relativamente correcções nas composições, para acerto da água
ao correspondente par de valores usado para o de amassadura, deverão ser propostas pelo
betão de referência. Neste caso, e se os fabricante de betão. A consistência das
resultados concluírem sobre a equivalência da amassaduras de referência e de estudo não deve
composição de estudo, o fabricante de betão fica diferir em média mais do que 1 cm, devendo ainda
autorizado a usar o novo valor mínimo da os valores individuais satisfazerem os limites da
dosagem de ligante e o novo valor máximo da mesma classe de abaixamento.
razão A/C como limites de composição para Por cada amassadura serão colhidas amostras
satisfazer as exigências da classe de exposição para a determinação das propriedades do Quadro
considerada, desde que os constituintes do ligante 12; neste Quadro indicam-se também os métodos
não se alterem, tanto no que se refere à sua de ensaio e os provetes necessários para cada
origem como às suas características relevantes. determinação.
Como os provetes de betão são ensaiados em No fabrico e conservação dos provetes, quer da
condições higrométricas normalizadas, não formulação de referência quer da composição de
coincidentes, em geral, com as condições de estudo, seguir-se-á o estabelecido nas normas
humidade relativa implícitas nas classes de NP EN 12350-1 e NP EN 12390-2, com excepção
exposição, admite-se que a equivalência de dos provetes destinados aos ensaios de
comportamento das 2 composições se mantém carbonatação acelerada, permeabilidade ao
em outras condições higrométricas.
8
oxigénio e absorção capilar, cuja cura, após 7 dias Coeficiente de difusão dos cloretos, D:
de idade, é feita como a seguir se indica: Destudo
≤ 2,0
- carbonatação acelerada: 7 dias a 20±2ºC sem Dreferência
trocas de humidade, seguidos de 14 dias a
Resistência à compressão, fc:
20±2ºC e a 65±5 % de humidade relativa;
f c ,referência
≤ 1,1
- permeabilidade ao oxigénio e absorção capilar: f c ,estudo
após secagem superficial com um pano, 3 dias
de secagem a 50±2ºC em estufa ventilada,
seguidos de 17 dias a 50±2ºC e 1 dia a 20±2ºC,
sendo a conservação sem trocas de humidade 8.5 - Relatório
nestes 18 dias. No relatório final devem apresentar-se as
composições ensaiadas, os ensaios realizados e
As determinações devem ser iniciadas aos 28 dias
os resultados obtidos.
de idade.
A análise dos resultados deve concluir sobre
Os ensaios devem realizar-se no mínimo de três
equivalência do desempenho da composição de
em três anos e sempre que ocorrerem alterações
estudo relativamente à composição de referência.
nos materiais constituintes do ligante ou nos
demais componentes do betão de forma que não
possam ser respeitados os valores mínimo da
dosagem de ligante e máximo da razão A/C, da
composição de estudo.

8.4 – Análise dos resultados


Para cada propriedade determinada, deve ser
calculada a média dos valores obtidos nos
provetes de cada composição principal ou
secundária, bem como a média global das
diferentes composições de referência e das
diferentes composições de estudo.
Cada propriedade das composições de estudo
deve apresentar uma média global igual ou inferior
à média global das composições de referência,
com excepção da resistência à compressão, em
que a média global das composições de estudo
deve ser igual ou superior à média global das
composições de referência.
Em simultâneo, entre cada composição de estudo,
principal ou secundária, e a correspondente
composição de referência devem verificar-se,
quando aplicável, as seguintes relações:
Profundidade de carbonatação acelerada, PCA:
PCAestudo
≤ 1,3
PCAreferência

Absorção capilar, AC:


AC estudo
≤ 1,3
AC referência

Permeabilidade ao oxigénio, K:
K estudo
≤ 2,0
K referência

9
10
ANEXO (INFORMATIVO)
MISTURAS DE CIMENTOS E ADIÇÕES
1 – Verificação da composição de misturas
Considere-se uma mistura de massa D0, constituída por  n−1 
cimento e adições. Para a determinação da quantidade  ∑ restantes CS i  + CSi alt
CMmist ≤  i  x0,05 (4)
de ligante, DL, e da sua composição devem executar-se 0,95
os seguintes passos:
 n−1  
A1. Determinam-se as dosagens, CSi, e as CMmist ≤ D 0 −  ∑ restantes CSi  + CSialt  (5)
 i  
percentagens preliminares de cada um dos
Assim tem-se que CSialt é o menor valor das seguintes
diferentes componentes no total da mistura de
determinações:
massa D0. No cimento utilizado devem considerar-
se os seus constituintes separadamente, admitindo n−1
limsup_ i x ∑ restantes CSi
a percentagem mínima de clínquer prevista na NP (6)
CSialt = i
EN 197-1 ou a declarada pelo fabricante. 0,95 − limsup_ i

A2. Selecciona-se do Quadro 1 da NP EN 197-1 o CSi alt = lim sup_ i × D 0 (7)


cimento que se pretende equivaler, de modo a que
os seus constituintes tenham correspondência na
mistura considerada. Se a percentagem de cada um No caso de vários componentes a alterar obtém-se
dos componentes da mistura satisfizer os limites de um intervalo de valores, para cada componente, que
composição do cimento seleccionado, toma-se verifica a equação (3).
como dosagem de ligante, DL, o valor de D0, A5. Para cada componente i cujo Dmín_i seja superior a
considerando o ligante equivalente ao cimento DLP, será necessário considerar uma menor
seleccionado. Caso contrário, segue-se o estipulado dosagem CSialt de modo que tomando:
na secção A3.
CSialt = limsup_i x DLP (8)
A3. Para cada componente i da mistura que faça parte
Se se verificar  restantes CS  + CSi ≥ DL
n−1

∑
(9)
dos constituintes principais do cimento seleccionado i alt P
 i 
no ponto anterior, determina-se a quantidade de
então DL = DLP e não há lugar para componentes
ligante máxima Dmáx_i e mínima Dmín_i, considerando
minoritários na mistura, CMmist, tendo-se:
os limites superior limsup_i e inferior liminf_i de cada
 n−1  (10)
constituinte no cimento seleccionado, conforme CSialt = DLP −  ∑ restantes CSi 
estipulado no Quadro 1 da NP EN 197-1. Assim, a  i 
partir das dosagens CSi dos componentes, Se se verificar  restantes CS  + CSi < DL
n−1

∑
(11)
i
determinadas na secção A1, estabelece-se um  i 
alt P

conjunto de n intervalos [Dmín_i, Dmáx_i], em que: então há lugar para componentes minoritários na
CS i mistura, CMmist, de modo que:
Dmáx_i = (1)  n−1 
lim inf_i  ∑ restantes CSi  + CSialt
CS i CMmist ≤ i  x0,05 (12)
Dmín_i = (2) 0,95
lim sup_i
 n−1 
A dosagem de ligante preliminar DLp será o menor
e  ∑ restantes CSi  + CSialt + CMmist = DLP (13)
 i 
de todos os Dmáx_i determinados pela equação (1).
A6. A dosagem de ligante DL a considerar corresponde
Se DLp > D0 segue-se o estabelecido nas secções ao somatório de todos os componentes (principais e
A4 e A6; se DLp < D0, deve verificar-se o minoritários), seleccionados em A2 cujas
estabelecido nas secções A5 e A6. quantidades foram determinadas nas secções A1 e,
A4 ou A5:
A4. Para cada componente i cujo Dmín_i seja superior a
D0, será necessário considerar uma menor  n−1 
dosagem CSialt que verifique simultaneamente as DL =  ∑ restantes CSi  + CSialt + CMmist (14)
 i 
seguintes condições:

 n−1  
CSialt = lim sup_ i x  ∑ restantes CS i  + CSialt + CMmist  (3)
 i  

11
Exemplos
Exemplo 1 Exemplo 2

Considere-se a seguinte mistura: Considere-se a seguinte mistura:


3 3 3
• 300 kg/m de cimento CEM II/A-L 42,5 R com • 200 kg/m de cimento CEM I 42,5 R com 80 kg/m
70 kg/m de cinzas volantes e 130 kg/m3 de escória
3 3
de cinzas volantes e 140 kg/m de escória
granulada de alto forno. Tem-se D0 = 500 kg/m3. granulada de alto forno. Tem-se D0 = 420 kg/m3.

A1. Os componentes da mistura e respectivos teores A1. Os componentes da mistura e respectivos teores
serão: serão:
3 3
Clínquer – CSk = 0,80 x 300 = 240 kg/m : 48,0% de Clínquer – CSk = 0,95 x 200 = 190 kg/m : 45,2% de
D0 (considerou-se a dosagem mínima). D0.
Calcário – CSl = 0,20 x 300 = 60 kg/m3: 12,0% de Componentes minoritários – CSm = 0,05 x 200 = 10
D0. kg/m3: 2,4% de D0.
Componentes minoritários – CSm = considera-se Cinzas volantes – CSv = 80 kg/m3: 19,0% de D0.
que estão incluídos no calcário. Escórias – CSs = 140 kg/m3: 33,3% de D0.
Cinzas volantes – CSv = 70 kg/m3: 14,0% de D0.
Esta mistura não corresponde a nenhum cimento do
Escórias – CSs = 130 kg/m3: 26,0% de D0.
Quadro 1 da NP EN 197-1 pelo que a composição
Esta mistura não corresponde a nenhum cimento do do ligante tem de ser recalculada.
Quadro 1 da NP EN 197-1 pelo que a composição
A2. Selecciona-se o CEM V/A, tendo em conta que a
do ligante tem de ser recalculada.
mistura tem grande quantidade de cinzas e de
A2. Selecciona-se o CEM V/A, tendo em conta que a escórias.
mistura tem grande quantidade de cinzas e de
A3. Para cada componente CSi_mist tem-se:
escórias, excluindo assim o calcário.
3
a. Clínquer - Dmáx_k = 190 / 0,40 = 475,0 kg/m
A3. Para cada componente CSi_mist tem-se:
Dmín_k = 190 / 0,64 = 296,9 kg/m3
3 3
a. Clínquer - Dmáx_k = 240 / 0,40 = 600,0 kg/m b. Cinzas - Dmáx_v = 80 / 0,18 = 444,4 kg/m
Dmín_k = 240 / 0,64 = 375,0 kg/m3 Dmín_v = 80 / 0,30 = 266,7 kg/m3

b. Cinzas - Dmáx_v = 70 / 0,18 = 388,9 kg/m3 c. Escórias - Dmáx_s = 140 / 0,18 = 777,8 kg/m3
3 3
Dmín_v = 70 / 0,30 = 233,3 kg/m Dmín_s = 140 / 0,30 = 466,7 kg/m
c. Escórias - Dmáx_s = 130 / 0,18 = 722,2 kg/m3
Tem-se que DLP = mín(Dmáx_i) = Dmáx_v =
Dmín_s = 130 / 0,30 = 433,3 kg/m3
444,4 kg/m3 > D0.
Tem-se que DLP = mín(Dmáx_i) = Dmáx_v =
A4. Verifica-se que para as escórias Dmín_s > D0, ou seja
388,9 kg/m3 < D0.
a dosagem deste componente tem de ser alterada.
A4. Não se aplica. Assim, segundo (6) e (7)
CSs_alt = mín [ 0,30*(190+80)/(0,95-0,30) ; 0,30*420]
A5. Verifica-se que para as escórias Dmín_s > DLp, ou
= mín[ 124,6 ; 126,0] = 124,6 kg/m3.
seja a dosagem deste componente tem de ser
alterada. Tomando o limite superior para as Por conseguinte a dosagem de componentes
escórias e segundo (8) tem-se CSs_alt = 388,9 x minoritários é o maior valor que verifique as
0,30 = 116,7 kg/m3. Como se verifica a condição (9) 3
condições (4) e (5), pelo que CMmist = 20,8 kg/m .
(240+70)+116,7 ≥ 388,9 kg/m3 tem-se que DL = DLP
A5. Não se aplica.
e não há lugar a componentes minoritários, tendo-
se, segundo (10) que CSs_alt = 388,9 - (240+70) = A6. A dosagem do ligante a considerar como
3
78,9 kg/m3. equivalente ao cimento CEM V/A é de 415,4 kg/m ,
com a seguinte composição:
A6. A dosagem do ligante a considerar como
3 3
equivalente ao cimento CEM V/A é de 388,9 kg/m , Clínquer – 190,0 kg/m : 45,7%.
com a seguinte composição: Cinzas volantes – 80,0 kg/m3: 19,3%.
3
3 Escórias – 124,6 kg/m : 30,0%.
Clínquer – 240,0 kg/m : 61,7%.
Componentes minoritários – 20,8 kg/m3: 5,0%.
Cinzas volantes – 70,0 kg/m3: 18,0%.
3
Escórias – 78,9 kg/m3: 20,3%. Assim, 4,6 kg/m da mistura inicial não puderam ser
3 considerados como ligante, considerando-se 10,8 kg/m3
Assim, 111,1 kg/m da mistura inicial não puderam ser
das escórias como parte de componentes minoritários.
considerados como ligante.

12
2 – Formulação de misturas
Considere-se que se pretende formular uma mistura declarada pelo fabricante, conforme a seguinte
com massa D0. equação:

Existindo inúmeras possibilidades para formular a 100 - pK


Dcc = × Dk (3)
composição duma mistura, apresenta-se o pK
procedimento em que se limita à priori a quantidade de A5. A dosagem total de adições a utilizar, Da, obtém-se
clínquer. Assim, devem executar-se os seguintes pela diferença entre a massa da mistura D0 e a do
passos: cimento, Dc calculada por (3) na secção anterior.
A1. Selecciona-se do Quadro 1 da NP EN 197-1 o Da = Do - Dc (4)
cimento que se pretende equivaler.
No entanto, se o cimento seleccionado em A1 não
A2. Selecciona-se a percentagem que se pretende na incluir um ou mais constituintes do cimento a
mistura, pKm, limitada ao intervalo previsto na NP utilizar, então deverá ser subtraído a Dc a
EN 197-1 ou nesta especificação para o cimento a quantidade correspondente a esses constituintes, a
equivaler. não ser que se pretenda considerá-los como
A3. Calcula-se a dosagem de clínquer, Dk, segundo minoritários, até 5% da mistura.

pKm Caso se disponha de mais que uma adição, estas


Dk = × D0 (1) serão incorporadas na mistura em partes que
100
respeitem os intervalos previstos na NP EN 197-1
A4. Determina-se a quantidade de cimento a utilizar, para o cimento que se pretende equivaler.
DC, conforme

Dc = Dcc + Dk (2)

onde DCC é a dosagem global dos restantes


constituintes, incluindo os minoritários, do cimento a
utilizar, admitindo a percentagem mínima de clínquer
para esse cimento, pK, prevista na NP EN 197-1 ou a

Exemplo
Considere-se que se dispõe de um cimento CEM II/A-L principal, pelo que em Dc não se pode incluir a
e cinzas volantes para formular uma mistura para um totalidade deste material. Segundo (4) a máxima
betão exposto à classe ambiental XC2. Para esta quantidade de cinzas volantes a incorporar na
classe a dosagem mínima de ligante exigida é de mistura seria:
260 kg/m3, considerando-se este valor como D0. 3
Da = 260 - (162,5 - 32,5) = 130 kg/m
A1. Tendo em conta os materiais disponíveis,
Porém, como se pode considerar até 5% de
selecciona-se o CEM IV/B como o cimento que se
constituintes minoritários é possível optar por uma
pretende equivaler na formulação da mistura.
menor dosagem de cinzas volantes, recorrendo a
A2. Para o cálculo da dosagem de clínquer e parte do calcário excluído:
considerando o mínimo exigido para aquela classe 3
CMmist = 260x0,05 = 13 kg/m
de exposição no Quadro 6 da presente
3
Especificação selecciona-se um pKm = 50%. Da = 260 - (162,5 - 32,5) - 13 = 117 kg/m

A3. Assim, tem-se que a dosagem de clínquer na


3
mistura será de 50*260/100 = 130 kg/m . 3
Assim, a composição de 260 kg/m de ligante a
A4. Considerando que o cimento CEM II/A-L contém considerar como equivalente ao cimento CEM IV/B
80% de clínquer, a dosagem de outros poderia ser a seguinte:
constituintes no cimento a utilizar será de: 3
CEM II/A-L – 162,5 kg/m ;
3
100 - 80 com 130 kg/m de clínquer: 50%.
D cc = × 130 = 32,5 kg / m 3
80 Componentes minoritários – 13,0 kg/m3: 5,0%.
Cinzas volantes – 117,0 kg/m3: 45%.
A quantidade de cimento CEM II/A-L a empregar
na mistura será de Dc=162,5 kg/m3 conforme (2). ou, em alternativa, não considerando constituintes
minoritários:
A5. A dosagem de cinzas volantes a utilizar terá que 3
CEM II/A-L – 162,5 kg/m ;
ter em consideração que no cimento equivalente 3
com 130 kg/m de clínquer: 50%.
CEM IV/B não existe calcário como constituinte Cinzas volantes – 130,0 kg/m3: 50%.

13
Lista de símbolos
1 – Verificação da composição de misturas
CMmist – Quantidade de componentes minoritários na Dmáx_i – Quantidade de ligante máxima para o
mistura componente i considerando o liminf_i
CSi – Quantidade do componente i da mistura Dmín_i – Quantidade de ligante mínima para o
CSialt – Quantidade alterada do componente i da componente i considerando o limsup_i
mistura liminf_i – Limite inferior admissível para o componente i
D0 – Massa da mistura inicial a verificar no cimento ou no ligante equivalente
DL – Dosagem de ligante limsup_i – Limite superior admissível para o componente
DLP – Dosagem preliminar de ligante i no cimento ou no ligante equivalente

2 – Formulação de misturas
D0 – Massa da mistura de ligante a formular Dk – Dosagem de clínquer no cimento ou na mistura
Da – Dosagem total de adições a utilizar pK – Percentagem de clínquer existente no cimento a
Dc – Dosagem de cimento a utilizar utilizar
Dcc – Dosagem total de constituintes no cimento a pKm – Percentagem de clínquer que se pretende na
utilizar, para além do clínquer mistura

ENTIDADES QUE COLABORARAM COM O


LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL
NA ELABORAÇÃO DESTA ESPECIFICAÇÃO:
Organismo de Normalização Sectorial para os
Cimentos e Betões: ATIC - Associação Técnica da
Indústria de Cimento.

14

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