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TRABALHO DO PORTAL – 7° PERÍODO

Faça uma pesquisa a respeito da chamada “jornada de trabalho não tipificada


legalmente”, esclarecendo se o nosso ordenamento jurídico prevê, atualmente, tal
modalidade de jornada.
Estabeleça um posicionamento crítico.

Entende-se jornada de trabalho, o tempo diário em que o empregado se coloca a


disposição do empregador, seja aguardando ou executando ordens, em decorrência do
contrato de trabalho entres eles firmados.

Com efeito, nos primórdios do sistema de produção capitalista, as jornadas de trabalho


eram extenuantes, chegando muitas vezes a 16 horas. Em razão disso, a organização da
classe trabalhadora, o surgimento do sindicato e as pressões do proletariado, o Estado
cedeu ás reivindicações obreiras e passou a limitar a jornada de trabalho, com
fundamentação em aspectos biológicos, sociais e econômicos.

Com efeito, as normas que limitam e regulam a duração do trabalho são normas de
medicina e segurança do trabalho, e, como tais são normas de ordem pública (também
chamadas de cogentes ou imperativas), razão pela qual são irrenunciáveis pelo obreiro.

Antes da Emenda Constitucional n° 72, excluía da regência normativa geral brasileira a


duração do trabalho de uma única categoria específica de empregados: os domésticos.
Tais trabalhadores, caso estivessem ou não submetidos a fiscalização e controle de
horário, não recebebiam a incidência de normas jurídicas relativas à duração do trabalho
(por exemplo, jornada, intervalos intra-jornadas, intervalos inter-jornadas). Sua jornada
não era, pois, legalmente tipificada.

Com a promulgação a Emenda Constitucional n° 72, que estendeu o direito a jornada


máxima diária de 8 horas e 44 horas semanais, empregado e empregador, terão de
combinar os horários de trabalho a serem cumpridos e se haverá ou não compensação de
horas ou prorrogação de jornada de trabalho, não havendo atualmente no
ordenamento jurídico brasileiro a jornada de trabalho não tipificada em lei.

A definição inclui os dias de trabalho, o destinado ao descanso semanal remunerado e


os horários de entrada e saída, inclusive entrada e saída para as refeições. Se ficar
combinado que o empregado irá trabalhar de segunda a sábado, basta celebrar um termo
aditivo prevendo os horários de trabalho e o de intervalo para refeição e descanso.

Não tem validade o acordo verbal de compensação de horas. Se não houver acordo
escrito, o empregador terá de pagar, como extraordinários, os minutos trabalhados além
da 8ª hora diária, ainda que o total durante a semana não ultrapasse 44 horas.

Nesse caso, o empregador terá de pagar o adicional de horas extras que é de 50%. Por
exemplo, se o empregado doméstico trabalhar 8 horas e 48 minutos de segunda à sexta-
feira, sem ter um acordo escrito de compensação de horas, o empregador terá de pagar o
adicional de 50% sobre os 48 minutos trabalhados além das 8 horas normais.

Quem trabalha em regime de compensação de horas não pode fazer horas extras - só
raramente - caso contrário o acordo de compensação será considerado nulo.

Se houver necessidade de o empregado prorrogar frequentemente a jornada diária de


trabalho, será necessário celebrar acordo escrito e assinado de prorrogação de horas,
para que o empregador possa exigir o trabalho extraordinário.

Posicionamento Crítico: Uma das maiores preocupações no Brasil, é, em


geral, pessoa de classe média, sem recursos suficientes para absorver o impacto
econômico que as alterações promovidas pelo constituinte derivado acarretam.

Tal realidade pode vir a ameaçar, com o desemprego, a maior parte dos
trabalhadores domésticos que, sem maior formação, não terão alternativa senão aceitar o
labor doméstico com condições salariais mais desfavoráveis para que, em contrapartida,
o empregador possa arcar com a oneração decorrente da nova formatação do contrato de
trabalho, ou laborarem como eventuais domésticos.

Nessa perspectiva, cabe agora ao poder executivo, juntamente com o


legislativo, procurar meios de minimizar o impacto financeiro sobre o empregador para
assim permitir manter, tanto quanto possível, número razoável de contratos em
vigência. Contudo, o avanço dos direitos trabalhistas recentemente conquistados pelos
empregados domésticos inequivocamente os equiparam aos demais empregados,
prevalecendo assim a aplicação dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa
humana e da isonomia, em vigor. Doravante, a tendência é de muitas famílias
brasileiras, por não terem condições econômicas de continuar arcando com o ônus
proveniente da relação de emprego com o empregado doméstico, passem
progressivamente a substituí-las pelo trabalho das diaristas. Teme-se que esse possa ser
o princípio do fim da categoria em questão.

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