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Intervenção do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros na

68.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas

28 de setembro de 2013

Senhor Presidente da Assembleia-Geral,

Senhor Secretário-Geral,

Distintos delegados,

Senhoras e senhores,

Tomo, pela primeira vez, a palavra perante esta prestigiada Assembleia, sede primeira
da legitimidade internacional e do multilateralismo e gostaria de começar por reiterar o
firme e permanente compromisso de Portugal com as Nações Unidas, com a sua Carta e
com os valores e princípios que a orientam.

Senhor Presidente, felicito-o pela sua eleição. Um importante percurso internacional e


uma vasta experiência acumulada no sistema das Nações Unidas, colocam-no numa
posição privilegiada para presidir ao órgão central da nossa Organização. A sua eleição
reflete o reconhecimento, por parte de todos os Estados-membros, do forte empenho de
Antígua e Barbuda, da Comunidade do Caribe e do Grupo Regional das Caraíbas e
América Latina para com a ONU e para com o multilateralismo.

Gostaria de expressar o reconhecimento do meu país pelo dinamismo e pela dedicação


com que o Presidente da anterior sessão da Assembleia-Geral, o Senhor Vuk Jeremic,
exerceu as suas funções.

Queria ainda deixar uma palavra muito especial de apreço pelo trabalho incansável do
nosso Secretário-Geral em prol da paz, num período tão conturbado para a Comunidade
Internacional. Como sempre, poderá continuar a contar com o apoio de Portugal.

Senhor Presidente

Quero aqui condenar veementemente o ataque terrorista ocorrido em Nairobi e deixar


uma mensagem de solidariedade às autoridades e ao Povo do Quénia. Atos como este
recordam-nos que os esforços no sentido do combate ao terrorismo são um imperativo
para a Comunidade Internacional. Não viveremos em paz, em liberdade e num ambiente
de tolerância e respeito mútuo enquanto não erradicarmos o terrorismo.

Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros


Largo do Rilvas, 1399-030 Lisboa, PORTUGAL
TEL + 351 21 394 60 00 FAX + 351 21 394 60 53 EMAIL gabinete.ministro@mne.gov.pt www.portugal.gov.pt
Senhor Presidente

A nossa organização foi criada para «preservar as gerações vindouras do flagelo da


guerra», assentando a sua ação na «fé nos direitos fundamentais do homem, na
dignidade e no valor da pessoa humana».

A ONU muito tem feito, ao longo dos seus 68 anos de história, para que esses objetivos
sejam atingidos à escala global. Infelizmente, em muitas regiões e pontos do planeta,
esse propósito não consegue ser mais do que uma miragem.

É, lamentavelmente, o caso da Síria onde os horrores da guerra e o sofrimento


indescritível das populações são hoje o traço prevalecente.

As imagens que nos chegam diariamente são devastadoras e mostram um país


fisicamente destruído. Os números falam por si: mais de 100 mil mortos; quase 7
milhões de pessoas a necessitarem de ajuda humanitária; 4 milhões de deslocados
internos e 2 milhões de refugiados. A dimensão desta tragédia resulta de violações
graves e sistemáticas dos direitos humanos e do direito humanitário, a que acresce a
recente - e inaceitável - utilização de armas químicas, uma realidade que julgávamos
universalmente banida para todo o sempre.

O mundo ficou em estado de choque com a notícia da utilização de armas químicas em


Ghouta, no dia 21 de Agosto. Quero ser muito claro a este respeito. A utilização de
armas químicas representa uma violação do direito internacional, um crime hediondo e
um retrocesso civilizacional. Não podemos ficar indiferentes perante a violação de uma
barreira entre a civilização e a barbárie, que a Comunidade Internacional se
comprometera a não voltar a ultrapassar.

Uma vez mais chegamos a esta Assembleia confrontados com uma grave crise
internacional, mas podendo, ao mesmo tempo, reafirmar a centralidade das Nações
Unidas. Trata-se, aliás, de uma dupla centralidade.

A ausência das Nações Unidas, na fase de prevenção e controlo – com o Conselho de


Segurança impotente e bloqueado – permitiu que a crise síria atingisse proporções
politicamente tão graves e humanitariamente tão dramáticas. Teríamos certamente tido
menos mortos e menos refugiados e seguramente não estaríamos a gerir uma crise
internacional de grandes proporções em virtude da utilização de armas químicas.

Alcançado que foi um acordo que visa remover, de uma vez por todas, a ameaça que
representa o arsenal químico do regime sírio, a comunidade internacional voltou-se
novamente para o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Queria aqui saudar os
enormes esforços político-diplomáticos dos EUA e da Rússia, com o envolvimento do
Enviado Especial Lakdhar Brahimi. O empenho e espírito de compromisso que
demonstraram e colocaram neste processo permitiu a obtenção de um importante acordo
e a adoção, ontem, de uma resolução do Conselho de Segurança que garante, assim o
esperamos, a sua aplicação.

Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros


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O Conselho de Segurança das Nações Unidas, em sintonia com a OPCW, assumiu
assim as responsabilidades que a Carta lhe atribui, abrindo-se finalmente uma perspetiva
de esperança quanto a uma solução política global para a questão síria. É agora
fundamental aproveitar o momento criado pela iniciativa sobre o armamento químico
para consolidar a via política-diplomática e realizar a chamada «Conferência de
Genebra II».

A responsabilidade principal pela resolução da crise síria reside, no entanto, nas partes
em conflito. Sem a sua vontade e empenho, nenhuma solução política será possível. A
comunidade internacional deve manter a pressão sobre as partes, em particular sobre o
regime de Damasco com vista à construção de um futuro em paz e democracia
sustentáveis, no qual a diversidade da sociedade síria se sinta representada.

Senhor Presidente,

A região do Médio Oriente conheceu também recentemente desenvolvimentos positivos


com o relançamento das negociações de paz entre Israel e a Palestina.

Reafirmo perante esta Assembleia o total apoio de Portugal a este processo e saúdo os
EUA pela sua iniciativa, bem como as autoridades palestiniana e israelita pela liderança
e coragem política que demonstraram ao retomarem o diálogo. Não haverá nem paz
duradoura, nem estabilidade, nem segurança no Médio Oriente sem a resolução da
questão da Palestina. Esta oportunidade de garantir a segurança de todos e, finalmente,
justiça para os palestinianos não deve, nem pode ser desperdiçada.

Está em causa uma oportunidade para uma solução de paz, na base das resoluções das
Nações Unidas e dos parâmetros internacionalmente aceites, que consagre um Estado
Palestiniano soberano, independente e viável e que responda às preocupações de Israel
em termos da sua segurança.

Ainda no Médio Oriente, constatamos, com apreensão o prolongado impasse na


resolução da questão nuclear iraniana. Mau grado os enormes esforços diplomáticos e
os mecanismos de pressão da comunidade internacional, lamenta-se a ausência de uma
evolução concreta neste domínio. Registamos, no entanto, como sinais positivos, as
declarações de altos responsáveis iranianos nas últimas semanas, em particular as que
foram proferidas pelo Presidente Hassan Rouhani perante esta Assembleia. Apelo às
autoridades iranianas para que esses sinais encorajadores sejam politicamente
consequentes e se traduzam em gestos concretos conducentes a uma solução negociada,
que restaure a confiança da comunidade internacional na natureza civil e pacífica do
programa nuclear do Irão.

Senhor Presidente,

Uma outra situação que suscita preocupação é a da República da Guiné-Bissau, pela


continuada subversão da ordem constitucional que se verifica naquele país, desde o
golpe de Estado de 12 de abril de 2012.

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Portugal prossegue, bilateralmente e enquanto membro da União Europeia, da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e das Nações Unidas e em coordenação
estreita com a União Africana e a CEDEAO, esforços para ajudar o povo guineense a
ultrapassar a atual crise. Portugal reconhece, naturalmente, o trabalho desenvolvido pelo
Representante Especial Ramos-Horta, na promoção do diálogo entre os principais atores
políticos guineenses com vista à restauração da ordem constitucional. A formação de
um Governo inclusivo foi, nesse sentido, um progresso.

Contudo, o retorno à ordem constitucional, e a consequente normalização das relações


da Guiné-Bissau com a comunidade internacional, impõe a realização de eleições
presidenciais e legislativas, nos termos do compromisso assumido pelas atuais
autoridades guineenses e conforme foi reiterado pelo Conselho de Segurança no
comunicado de 11 de setembro. Todavia, as indicações que nos chegam sobre um novo
prolongamento do período de transição não deixam de nos causar uma forte apreensão.

A comunidade internacional não poderá, também, deixar de sublinhar que, para que as
eleições sejam livres, justas, transparentes e credíveis, as atuais autoridades devem
garantir que todos os cidadãos guineenses, sem exceção, nelas possam participar no
pleno uso dos seus direitos, incluindo a liberdade de expressão e de associação. Apenas
novas autoridades, legitimadas pelo livre voto popular e nomeadas nos termos
constitucionais, poderão promover as reformas no sector de segurança, na administração
e na justiça há muito identificadas.

A crise na Guiné-Bissau tem claras ligações com o Sahel, nomeadamente através das
rotas de tráfico de droga. Na Europa, em particular nos países sul, seguimos com
especial apreensão a situação no Sahel. Pela nossa parte, continuaremos a apoiar os
esforços de estabilização da região. Nessa linha a Estratégia Integrada da ONU para o
Sahel representa um importante contributo.

Portugal exerce, neste momento, a co-Presidência do «Fórum do Mediterrâneo


Ocidental», conhecido como iniciativa 5+5, que congrega 10 países das margens norte
e sul do Mediterrâneo. O diálogo e a geração de confiança que este instrumento
informal proporciona constituem importantes mais-valias para os seus Estados-
membros e para a região do Mediterrâneo. Estamos, por isso empenhados em explorar
todo o seu potencial de cooperação.

Senhor Presidente,

A Carta das Nações Unidas defende a necessidade do emprego de «mecanismos


internacionais para promover o progresso económico e social de todos os povos».

Depois do momento histórico e inspirador, no sentido mais nobre das Nações Unidas,
que foi a definição dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio no ano 2000, a
sessão da Assembleia-Geral que agora se inicia constituirá um importante marco na
definição das prioridade e do caminho que seguiremos no nosso trabalho em conjunto
até à Cimeira de 2015, em que fixaremos os princípios e objetivos em matéria de
desenvolvimento para os próximos anos

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Felicito-o, Senhor Presidente, pela oportunidade do tema que escolheu para este Debate
Geral. Tive oportunidade de participar no Evento Especial sobre os Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio, no passado dia 25, que permitiu aprofundar um
diagnóstico de balanço e dar importantes orientações para o futuro.

É nossa convicção que os atuais Objetivos de Desenvolvimento devem constituir a


referência para a definição da nova agenda de desenvolvimento, apontando, desse
modo, para a manutenção do enfoque na redução da pobreza e no desenvolvimento
sustentável em todas as suas dimensões, conferindo especial atenção aos Países Menos
Avançados.

Exige-se, contudo, uma visão mais abrangente e estratégica que vá para além do
relacionamento tradicional entre doadores e recetores, através da criação de parcerias
que envolvam novos atores internacionais. Diferentes modalidades de ajuda, novas
fontes de financiamento, reforço do princípio da responsabilidade partilhada e da
liderança e apropriação dos países em desenvolvimento devem ser, em nosso
entendimento, as principais linhas orientadoras da agenda de desenvolvimento pós
2015.

A primeira reunião do Fórum Político de Alto Nível, revestiu-se de um forte


significado político. Portugal está e estará empenhado em que o Fórum funcione como
catalisador de esforços internacionais e assegure uma ligação mais eficiente e coerente
entre os diversos processos no domínio do desenvolvimento sustentável e da
erradicação da pobreza.

Ainda no âmbito dos resultados da Conferência Rio+20, assinalo os progressos


registados no domínio dos Oceanos, matéria essencial para um país marítimo como
Portugal. Congratulamo-nos com o compromisso assumido, pelo Estados Membros das
Nações Unidas, de debaterem a questão da conservação e utilização sustentável da
biodiversidade marinha em áreas que ultrapassam as de jurisdição nacional. Portugal é,
neste contexto, fortemente favorável à negociação e aprovação de um instrumento
internacional no quadro da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Senhor Presidente,

As reformas e inovações institucionais, como aquelas a que acabo de me referir,


representam importantes alterações na arquitetura das Nações Unidas, adaptando-a e
capacitando-a para os novos tempos e para os novos desafios.

Porém, a reforma da nossa Organização nunca estará completa sem uma reforma do
Conselho de Segurança, que abranja os seus métodos de trabalho, mas sobretudo a sua
composição. É cada vez mais difícil de explicar como é que países como o Brasil e a
Índia não integram ainda, como membros permanentes, o Conselho de Segurança.
Como é sabido, Portugal defende igualmente que o continente africano disponha de
representação permanente naquele órgão. Consideramos crucial que África seja tratada
de uma forma justa que reflita a sua dimensão, o seu crescimento económico e a sua
afirmação e peso no mundo de hoje.

Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros


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Aproveito, aliás, esta oportunidade para felicitar a União Africana e os seus Estados
Membros pelo 50.º aniversário da organização regional do continente africano.

Senhor Presidente,

Portugal acredita firmemente no multilateralismo e na ONU como «um centro destinado


a harmonizar a ação das nações para a consecução de objetivos comuns».

Contribuímos ativamente para o trabalho da nossa organização através de uma


participação empenhada nos seus órgãos, mas não tivemos, ainda, a oportunidade de
dispor de um mandato no Conselho de Direitos Humanos. Esperamos, por isso, poder
contar com a confiança desta Assembleia nas eleições de 2014 para aquele órgão.

Portugal apresentar-se-á a essas eleições como um país que reúne um amplo consenso
interno em matéria de direitos humanos, claramente expresso no amplo leque de
direitos, liberdades e garantias consagrados na nossa Constituição. Defendemos,
também, a natureza universal, indivisível e interdependente de todos os direitos
humanos.

Confiamos que o trabalho que temos vindo a desenvolver nesta matéria merecerá o
reconhecimento desta Assembleia-Geral. Com efeito, Portugal:

- É parte da maioria dos instrumentos internacionais de Direitos Humanos;

- Tem um trabalho, desenvolvido no quadro multilateral ao longo de anos, de promoção


dos direitos económicos, sociais e culturais; dos direitos das mulheres e das crianças; do
direito à educação; dos direitos da juventude e do direito à água e ao saneamento.

- Procurou, ainda, durante o último mandato enquanto membro não permanente do


Conselho de Segurança, em 2011 e 2012, valorizar e promover sistematicamente a
questão dos direitos humanos;

- Aceitámos e demos já seguimento a praticamente todas as 86 recomendações que


resultaram do Exame Periódico Universal do Conselho de Diretos Humanos a que nos
submetemos em 2009 e vamos submeter-nos a um novo Exame em 2014.

Se merecermos a confiança desta Assembleia e formos eleitos para o triénio 2015-2017:

- Desempenharemos o nosso mandato convictos de que o sistema das Nações Unidas de


proteção dos Direitos Humanos deve permanecer forte, independente, imparcial e
exigente e que, nesta matéria, é fundamental querer melhorar sempre.

- Daremos continuidade à nossa linha de atuação no Conselho de Segurança, em 2011 e


2012, caracterizada pela abertura ao diálogo, por uma atitude construtiva e equilibrada,
procurando estabelecer pontes e gerar consensos, sem abdicar de valores ou princípios
fundamentais.

Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros


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Senhor Presidente,

A língua portuguesa é o factor que tece a unidade entre a diversidade de Estados que
integram a Comunidade de Países da Língua Portuguesa. Somos uma comunidade de
8 países, presente em quatro continentes e com cerca de 250 milhões de falantes. Trata-
se da 3.ª língua de origem europeia mais falada no mundo, com um papel e um estatuto
crescentes na cena internacional, quer enquanto veículo de comunicação, quer enquanto
língua económica (utilizada no comércio e nos negócios), de cultura e nas redes sociais.

Realizar-se-á, já no próximo mês de Outubro, em Lisboa, a II Conferência sobre o


Estatuto da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, ocasião em que serão analisados os
desafios que se colocam à língua comum ao espaço da CPLP.

O português é já hoje língua oficial e de trabalho em várias organizações internacionais,


designadamente em agências especializadas das Nações Unidas. Na CPLP temos como
ambição e objetivo a adoção da língua portuguesa como língua oficial das Nações
Unidas.

Aproveito esta ocasião para saudar a Presidência moçambicana da CPLP e o esforço


que tem vindo a fazer no sentido do reforço e aprofundamento da Comunidade.

Termino, formulando votos de sucesso para a sessão da Assembleia-Geral que agora se


inicia. Podem contar, Senhor Presidente e senhores delegados, com o apoio e a
contribuição ativa de Portugal na defesa da legalidade internacional, na resolução
pacífica dos conflitos, na defesa e promoção dos Direitos Humanos e com o objetivo de
maior prosperidade para todos.

Muito obrigado.

Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros


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