Вы находитесь на странице: 1из 25

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO

TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS – CEFET-MG


DEPARTAMENTO DE ENSINO SUPERIOR - DES
ENGENHARIA ELÉTRICA

E STUD O S OB RE A P LI CAB I LIDADE DE


R E STAURADOR E S DE T ENSÃO D I N ÂM I C OS E M
S ISTEM AS E LÉ TRI C OS COM A FUN DAM E N TO DE
T E N SÃO

Carlos Rodrigues Reis


25/10/2010

1
CEBNTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DAEE
Avenida Amazonas, 7675, Bairro: Nova Gameleira, Belo Horizonte, MG-Brasil
CEP: 30.510-000

Carlos Rodrigues Reis

E STU DO S O BRE A PLICA BILI DAD E D E


R E STA U RA DORE S DE T E NSÃ O D I NÂ MICOS E M
S ISTEMA S E LÉTRICOS COM A FUND AME NTO D E
T E NSÃO

Monografia submetida à banca


examinadora designada pelo Colegiado do
Departamento de Engenharia Elétrica do
Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais, como parte dos requisitos
necessários à aprovação na matéria
Trabalho de Conclusão de Curso I.

Orientador: Cláudio Henrique Gomes dos Santos

Belo Horizonte
2010

2
Carlos Rodrigues Reis

Texto do Relatório Parcial do Trabalho de Conclusão de Curso I submetido ao


Professor da disciplina de TCC1 do Curso de Engenharia Elétrica do Centro Federal de
Educação Tecnológica de Minas Gerais.

________________________________________
Carlos Rodrigues Reis

________________________________________
Orientador: Cláudio Henrique Gomes dos Santos

________________________________________
Prof. Da Disciplina TCC1: Úrsula do Carmo Resende

3
Resumo

Com o crescimento industrial brasileiro visto nos últimos anos houve um


aumento no número de equipamentos elétricos e, conseqüentemente, no consumo de
energia. Estes equipamentos necessitam de uma energia mais estável para terem um
melhor desempenho. Neste trabalho apresentaremos um estudo para correção do
afundamento de tensão, um dos fatores que implicam num mau funcionamento de
equipamentos elétricos. Utilizando PLL (Phase Locked Loops) identificaremos
parâmetros na rede de alimentação, tais como amplitude, fase e freqüência. Através
destes parâmetros, identificamos a redução da amplitude da tensão. Esta, por sua vez,
poderá ser corrigida utilizando inversores de frequência.

4
Sumário

Resumo .................................................................................................................... 4
Sumário ................................................................................................................... 5
Lista de Figuras ..................................................................................................... 6
Lista de Tabelas ..................................................................................................... 7
Capítulo 1- Introdução ........................................................................................ 8
1.1. Relevância do Tema ................................................................................................... 8
1.2. Objetivos do Trabalho ............................................................................................... 8
1.3. Metodologia ................................................................................................................... 9
1.4. Organização do Trabalho ......................................................................................... 9
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica................................................................. 10
2.1. Afundamento de Tensão ........................................................................................10
2.2. Restauradores Dinâmicos de Tensão ...............................................................11
Capítulo 3 – Sistema de Sincronismo............................................................ 13
3.1. Introdução ....................................................................................................................13
3.2. Blocos Funcionais......................................................................................................13
3.2.1. Transformação de Clarke .............................................................................13
3.2.2. Transformação de Park .................................................................................16
3.2.3. Controlador PI ...................................................................................................17
3.3. SRF-PLL .........................................................................................................................18
3.4. Resultados de Simulações do SRF-PLL ............................................................19
Conclusão ............................................................................................................. 23
Referências Bibliográficas .............................................................................. 24

5
Lista de Figuras

FIGURA 3.1 - (A) TRANSFORMAÇÃO DE CLARKE E (B) TRANSFORMAÇÃO INVERSA DE CLARKE (12)................ 16
FIGURA 3.2 - DIAGRAMA DO PLANO GIRANTE DA TRANSFORMAÇÃO DE PARK (12) .................................... 17
FIGURA 3.3 – DIAGRAMA DE CONTROLE LINEARIZADO........................................................................ 17
FIGURA 3.4 - DIAGRAMA DO SRF-PLL TRIFÁSICO (14) ...................................................................... 19
FIGURA 3.5 – AFUNDAMENTO DE TENSÃO ...................................................................................... 20
FIGURA 3.6 – HARMÔNICOS ........................................................................................................ 20
FIGURA 3.7 – VARIAÇÃO DA FREQUÊNCIA E FASE SINCRONIZADA .......................................................... 21
FIGURA 3.8 – DESLOCAMENTO DE FASE E FREQUÊNCIA DO SRF-PLL ..................................................... 22

6
Lista de Tabelas

TABELA 1 – PARÂMETROS DE SIMULAÇÃO ....................................................................................... 19

7
Capítulo 1

Introdução

1.1. Relevância do Tema

Nos últimos anos, em função do crescimento industrial, vem aumentando o uso


de equipamentos sensíveis a variações no fornecimento de energia pelas
concessionárias. Estes equipamentos utilizam a eletrônica de potência nos controles e
processos automatizados, aumentando assim o número de cargas não lineares e
chaveadas eletronicamente, que atuam em PLC (Controlador Lógico Programável), AVV
(Acionamento com Velocidade Variável), Motores de Indução, etc. Os principais
problemas encontrados no fornecimento de energia são o afundamento de tensão,
componentes harmônicas, distorções de fase e variações na frequência. Estas
perturbações podem provocar perda de desempenho em equipamentos, desligamento
de PLC, atraso e elevação de custos da produção, causando prejuízos a empresas e
consumidores. Para evitar problemas como estes, é possível ter uma energia de
qualidade utilizando como, por exemplo, o DVR (Dynamic Voltage Restorer). O DVR é
capaz de detectar e compensar distúrbios na rede de alimentação melhorando assim o
funcionamento dos equipamentos, evitando que seja interrompida a produção.

1.2. Objetivos do Trabalho

Temos como objetivo realizar um estudo para compensar o afundamento de


tensão que afeta diretamente o desempenho de equipamentos elétricos. Através de um
DVR (Dynamic Voltage Restorer), tentaremos detectar e compensar distúrbios como o
afundamento de tensão. Este DVR será composto por um PLL (Phase Locked Loops),
responsável pela detecção de distúrbios na rede de alimentação e um PWM (Pulse Width

8
Modulation) juntamente com um inversor de frequência serão utilizados para
compensar os distúrbios. Utilizando o MATLAB, simularemos os distúrbios citados
acima e através do DVR, tentaremos corrigi-los para que tenhamos uma tensão livre de
distúrbios.

1.3. Metodologia

Primeiramente, será feita uma breve pesquisa bibliográfica sobre trabalhos


relacionados a afundamento de tensão. Em seguida, será feito um estudo sobre o
funcionamento e controle de inversores de freqüência, incluindo técnicas PWM
(Modulação por Largura de Pulso), PLL (Sistema de Sincronismo) e projeto de
controladores digitais. Após esta etapa, será feito um estudo em simulação do sistema, e
em seguida uma tentativa de implementação experimental em pequena escala utilizando
um microcontrolador.

1.4. Organização do Trabalho

No capítulo 2 faremos uma revisão bibliográfica sobre afundamento de tensão e


modelos baseados em restauradores dinâmicos de tensão. No capítulo 3 abordaremos a
teoria utilizada para sincronismo do circuito detector de fases e apresentaremos o SRF-
PLL. Faremos simulações e análises do funcionamento do SRF-PLL para diferentes tipos
de distúrbios.

9
Capítulo 2

Revisão Bibliográfica

2.1. Afundamento de Tensão

De maneira geral não existe uma definição quantitativa para afundamento de


tensão, mas genericamente entende-se como uma redução na amplitude da tensão num
curto intervalo de tempo. Assim apresentaremos algumas definições de acordo com as
seguintes referências normativas: (1)
IEEE: Afundamento de Tensão é “um decréscimo entre 0,1 e 0,9 pu na tensão
eficaz na frequência de alimentação para as durações de 0,5 ciclo a 1 minuto. (2)
IEC: Afundamento de Tensão é “uma redução súbita da tensão em um ponto do
sistema elétrico, seguido por restabelecimento após um curto período, a partir de meio
ciclo a alguns segundos. A amplitude do afundamento de tensão é definido como a
diferença entre a tensão durante o afundamento de tensão e a tensão nominal do
sistema expressa em percentagem da tensão nominal“ (International Electrotechinical
Commission 1990). (3)
ANEEL: Afundamento de Tensão é o “evento em que o valor eficaz da tensão do
sistema se reduz, momentaneamente, para valores abaixo de 90% da tensão nominal de
operação, durante intervalo inferior a 3 segundos”. (4)
Os afundamentos de tensão são provocados por curto-circuito em um ponto do
sistema elétrico, partida de motores, chaveamento de cargas pesadas, etc. Estes eventos
provocam grandes elevações da corrente e como conseqüência uma redução no valor da
amplitude da tensão.
Os principais problemas encontrados devido ao afundamento de tensão são
perda de desempenho de equipamentos, desligamento de PLC, atraso e elevação dos
custos da produção, que causam prejuízos as empresas e consumidores.

10
2.2. Restauradores Dinâmicos de Tensão

O modelo proposto por (5), propõe um DVR para atuar em média tensão
reduzindo faltas envolvendo cargas a jusante e tem a função de limitar o fluxo de
grandes correntes de linha e assim restabelecer a tensão no ponto de acoplamento
comum. O algoritmo de realimentação de fluxo de carga é implementado de forma que o
DVR atue como uma grande indutância virtual em série com a rede de alimentação em
situações de falha. Ao controlar o DVR como um indutor virtual, este não deixaria que
houvesse consumo de potência real numa eventual compensação realizada pelo DVR.
Este sistema foi simulado e testado em laboratório para faltas simétricas e assimétricas
comprovando sua eficácia nas condições propostas.

O modelo proposto por (6), adiciona a um DVR trifásico de média tensão um


controle seletivo de harmônicos, fornecendo recursos para compensação de tensão
harmônica com efeito mínimo na compensação do afundamento de tensão. O modelo
utiliza controladores baseados em ressonância para remover os harmônicos de tensão e
podem ser utilizados tanto em sistemas monofásicos quanto trifásicos. Foram feitos
testes experimentais para cargas lineares e não-lineares assim como afundamentos de
tensão simétricos e assimétricos. Os resultados indicaram que houve uma regulação
eficaz das harmônicas, sem interferir na compensação do afundamento de tensão.

O modelo proposto por (7), utiliza uma metodologia para compensar harmônicos
de tensão e afundamentos com deslocamento de fase em rede de tensão trifásica. Para
isso é utilizada a técnica PSO (Particle Swarm Optimization), que compensa o
deslocamento de fase no sistema trifásico e obtém o melhor ângulo que propicie ao DVR
estimar uma quantidade de VA mínima. Este sistema foi simulado sendo capaz tanto de
compensar harmônicos quanto afundamentos com deslocamento de fase, além disso, o
DVR funcionou de forma eficaz com tensão e potência mínima.

O modelo proposto por (8) propicia uma melhora na resposta dinâmica do DVR
através do uso do controle de modo deslizante. O controlador de modo deslizante foi
projetado para um DVR monofásico que além de melhorar a resposta dinâmica,
compensa variações na fonte de tensão, afundamento e elevação de tensão, harmônicos
11
e tensão flicker. O DVR proposto foi simulado e demonstrou boa resposta dinâmica
através do controle de modo deslizante, além de se mostrar multifuncional
compensando os diversos distúrbios citados acima.

No modelo proposto por (9), os filtros ativos são uma opção para a redução das
distorções e flutuações da tensão, melhorando assim a qualidade da energia. Os filtros
ativos também foram utilizados no desenvolvimento de tecnologias para redução de
harmônicos através de fontes de tensão série e paralela baseada em DVR. Foi proposto
um protótipo de mini-DVR capaz de compensar tensões transientes e funcionar como
um filtro ativo de tensão, além disso, podem compensar parte da carga reativa
melhorando assim o controle da tensão.

O modelo proposto por (10) apresenta supercondutores magnéticos de


armazenamento de energia (SMES) baseados em DVR. Devido a sua característica de alta
densidade energética e resposta rápida, o supercondutor magnético é utilizado para
armazenamento de energia melhorando assim a capacidade de compensação do DVR. O
artigo analisa o princípio de funcionamento do SMES baseado em DVR e projeta um
método de controle da tensão de saída do DVR. O controle é feito através do conversor
PWM utilizando dois reguladores, um interno e outro externo. Desta forma, o DVR pode
regular a tensão de saída e compensar rapidamente as flutuações de tensão do sistema.
O sistema SMES baseado em DVR foi simulado e conseguiu compensar as flutuações de
tensão de longa duração, além disso, o supercondutor magnético se mostrou mais rápido
que o capacitor CC para compensação dos distúrbios.

12
Capítulo 3

Sistema de Sincronismo

3.1. Introdução

Nos últimos anos vem crescendo o estudo sobre métodos para detectar o módulo
e a fase das componentes de seqüência positiva das tensões da rede. O objetivo principal
de tais métodos é obter o módulo e a fase com o menor erro e a maior rapidez possível,
incluindo os casos em que houver distúrbios na rede. Os métodos mais utilizados
quando a rede de alimentação trifásica está sujeita a distúrbios são baseados no PLL
(Phase Locked Loop), como o SRF-PLL (Synchronos Reference Frame-PLL) e a teoria da
potência instantânea. O método que será apresentado neste capítulo é o SRF-PLL,
sistema de referência síncrona no qual se projeta o vetor de tensão da rede. (11)

3.2. Blocos Funcionais

Neste tópico vamos explicar o funcionamento dos principais blocos que compõe o
SRF-PLL.

3.2.1 Transformação de Clarke

A transformação de Clarke ou “αβ0”, converte tensões trifásicas nas coordenadas


“abc” para “αβ0”. A transformação de Clarke e sua inversa são válidas para um sistema
genérico trifásico de tensões, como mostrado nas equações (3.1) e (3.2). (12)

13
1 1 1
 
 2 2 2  
2  1 1 
  =  .  1 − −  .  
 3 2 2
  
 3 3 
(3.1)

0 2
− 
2

1
 1 0 
2  
 2 1 1 3  
  =  .  − .   
2  

 3 2 2
  
 1 − 1 − 3
(3.2)

2 2 2

Da mesma forma que para as tensões, a transformação de Clarck e sua inversa


são válidas para as correntes trifásicas como mostrado nas equações (3.3) e (3.4).

1 1 1
 
 2 2 2  
2  1 1 
  =  .  1 − −  .  
 3 2 2
  
 3 3
(3.3)

0 2
− 
2

1
 1 0 
2  
 2 1 1 3  
  =  .  − .  
 3 2 2 2  
  
1 1 3
(3.4)
 − −
2 2 2

Uma vantagem de se utilizar as coordenadas “αβ0” é que a componente de


sequência zero só existirá no sistema de tensões trifásicas desbalanceadas ou no sistema
de correntes desequilibradas a quatro fios. Considerando um sistema de tensão trifásico
balanceado, as componentes “α” e “β” formam um sistema de dois vetores ortogonais e
estacionários que não contribuem para a componente de sequência zero. Desta forma, o
valor da componente  é igual a zero, e a transformação de Clarke e sua inversa para
tensões trifásicas balanceadas ficam de acordo com as equações (3.5) e (3.6).

14
1 1
 2 1 − 2 − 2  
  =  .   .  
 3  3 3 
0 2 − 2 

(3.5)

1 0
 
 1 3
2 −  
  =  .  2 2  .  
 3 
 1 3
− 2 − 2 
(3.6)

No sistema trifásico de corrente a três fios a componente  vai ser sempre zero, a
exceção são nos sistemas desequilibrados a quatro fios. A transformação de Clarke e sua
inversa para a componente  igual a zero é mostrada nas equações (3.7) e (3.8).

1 1
 2 1 − 2 − 2  
  =  .   .  
 3  3 3 
0 2 − 2 

(3.7)

1 0
 
 1 3
2 −  
  =  .  2 2  .  
 3 
 1 3
− 2 − 2 
(3.8)

Os diagramas de transformação das coordenadas “abc” para “αβ” e sua inversa,


são mostradas na Figura 3.1. As coordenadas “abc”, estão defasadas de 120⁰ entre si e as
coordenadas “αβ” são ortogonais. O eixo “a” está em paralelo com o eixo “α”, enquanto
que o eixo “β” é escolhido de forma que se a sequencia “abc” girar no sentido positivo,
eles devem girar na sequência “αβ”, nas coordenadas “αβ”.

15
Figura 3.1 - (a) Transformação de Clarke e (b) Transformação Inversa de Clarke (12)

3.2.2 Transformação de Park

A transformação de Park é obtida a partir da transformação de Clarke “αβ”, que é


convertida para um sistema ortogonal “dq", que giram em sincronismo com a frequência
da rede. As matrizes de transformação de Park e sua inversa são mostradas nas
equações (3.9) e (3.10) e o diagrama do plano girante é mostrado na Figura 3.2. (13)

 !"#(%) #'((%) 
  =  . 
−#'((%) cos (%) 
(3.9)

 !"#(%) −#'((%) 
  =   .  
 #'((%) cos (%)
(3.10)

16
Figura 3.2 - Diagrama do plano girante da transformação de Park (12)

3.2.3 Controlador PI

O controlador PI (Proporcional-Integral) tem como variável de entrada a


componente em quadratura do sistema de referência síncrono  , e tem a função de
fazer com que essa variável seja igual a zero. Na saída do controlador temos a pulsação
detectada das tensões de entrada, que passa pelo integrador, obtendo assim %, que é o
ângulo estimado pelo SRF-PLL. Este ângulo é realimentado para fixar a posição do SRF-
PLL como mostrado no diagrama de controle linearizado da Figura 3.3. (14)

Figura 3.3 – Diagrama de controle linearizado

17
Para sintonia do controlador PI é utilizado à função de transferência do sistema
linearizado de acordo com as equações (3.11) e (3.12).

%, 2. Ϛ. / # + /,
= ,
- # + 2. Ϛ. / # + /,
(3.11)

Onde:
45 7
/ = 123 .  ' Ϛ = ,
. 6 48 (3.12)
9

3.3. SRF-PLL

O SRF-PLL é um modelo que se baseia na teoria “dq” e através de um controlador


PI, altera-se a posição angular do SRF de forma que a projeção do vetor de tensão sobre
o eixo em quadratura “q” do SRF seja nula. Sendo assim, a projeção do vetor sobre o eixo
direto “d” do SRF coincida com o módulo do mesmo, e a posição angular do SRF
coincidirá com o ângulo de fase do vetor de tensão. Na Figura 3.4, temos o SRF-PLL
trifásico onde temos as tensões da rede  ,  ,  , que passarão pelas transformadas de
Clarke e Park de acordo com as equações (3.5) e (3.9), tendo assim, as tensões  '  .
Para conseguirmos atracar as fases, é necessário que a componente de eixo direto do
sistema coordenado girante  seja igual a zero, desta forma,  assumiria o valor da
amplitude da tensão da rede como mostrado nas equações (3.13) e (3.14). (14) (15)

 = −#'((%; − %, ) (3.13)

 = !"#(%; − %, )
(3.14)

Desta forma, quando %, que é o ângulo estimado pela PLL tender para o ângulo
%; , o ângulo da fase “a”,  será zero e  terá a amplitude das tensões de entrada e a fase
estará atracada.

18
Figura 3.4 - Diagrama do SRF-PLL trifásico (14)

3.4. Resultados de Simulações do SRF-PLL

Na Tabela 1 são mostrados os parâmetros utilizados para simulação do SRF-PLL


onde é considerada uma rede de tensão trifásica no qual introduzimos alguns distúrbios
que serão explanados na sequência.

 ,  ,  180V
Frequência 376.9 rad/s
2< 1.41
23 126.33

Tabela 1 – Parâmetros de simulação

19
200

150

100

50
Tensão (v)

-50

-100

-150

-200
0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2 0.22 0.24 0.26
Tempo (s)

Figura 3.5 – Afundamento de Tensão

Na Figura 3.5, temos a simulação feita do SRF-PLL de um afundamento de tensão


de 50%, no intervalo de 0.12 a 0.24s. No gráfico, as senóides representam a rede de
tensão trifásica dando ênfase ao afundamento de tensão, enquanto que a linha vermelha
representa a amplitude da tensão estimada pelo SRF-PLL. Observamos que o SRF-PLL
acompanha o afundamento de tensão durante todo o período em que ele ocorre.

300

200

100
Tensão (v)

-100

-200

-300
0.34 0.36 0.38 0.4 0.42 0.44 0.46 0.48 0.5
Tempo (s)

Figura 3.6 – Harmônicos

20
Na Figura 3.6 foi simulada a presença de harmônicos na rede de tensão de 5ª e 7ª
ordem com 11% da amplitude da fundamental no intervalo de 0.36 a 0.48s. Notamos
que o SRF-PLL acompanha em média a variação na amplitude da tensão provocada pela
presença dos harmônicos.

200

100
Tensão (v)

-100

-200
0.55 0.6 0.65 0.7 0.75

6
Fase(rad)

0
0.55 0.6 0.65 0.7 0.75
Tempo(s)

Figura 3.7 – Variação da frequência e Fase sincronizada

Na Figura 3.7 temos no primeiro gráfico a simulação da variação na frequência da


rede de tensão no intervalo de 0.60 a 0.72s. No segundo gráfico temos a fase da rede de
tensão em vermelho e a fase sincronizada pelo SRF-PLL em azul. Observamos que
mesmo quando ocorre à variação da frequência, a fase estimada pelo SRF-PLL continua
sincronizada.

21
200

100

Tensão(v)
0

-100

-200
0.8 0.81 0.82 0.83 0.84 0.85 0.86 0.87 0.88 0.89 0.9

550
Frequência(rad/s)

500

450

400

350
0.8 0.81 0.82 0.83 0.84 0.85 0.86 0.87 0.88 0.89 0.9
Tempo(s)

Figura 3.8 – Deslocamento de fase e Frequência do SRF-PLL

Na Figura 3.8 temos no primeiro gráfico a simulação do deslocamento de fase na


rede de tensão em 0.84s. No segundo gráfico temos a frequência da rede de tensão em
vermelho e a fase estimada pelo SRF-PLL em azul. Quando ocorre o deslocamento de
fase percebemos um pequeno desvio na variação da frequência do PLL que logo se
restabelece na frequência da rede.

22
Conclusão

Neste trabalho foi feito um estudo sobre afundamentos de tensão e métodos para
compensá-lo através de restauradores dinâmicos de tensão. Aprofundamos o estudo no
SRF-PLL, onde mostramos e explicamos a função de seus principais blocos funcionais
como as transformações de Clarke e Park e o controlador PI. No SRF-PLL foram feitas
simulações de afundamento de tensão, harmônicos, variação da frequência e
deslocamento de fase. Os gráficos dos resultados encontrados mostraram uma boa
estimativa para os diversos distúrbios a que foi submetido, tendo uma boa resposta
dinâmica e sendo capaz de sincronizar com boa precisão.

23
Referências Bibliográficas

1. Maia, Reinaldo Moreira. Estudo de Caso de Afundamento de Tensão nos


Componentes do Sistema Elétrico Industrial da Moinhos Vera Cruz. 2008.
2. IEEE. Recommended Practice for Monitoring Electric Power Quality. 1995.
3. El-Shennawy, Tarek I., et al. A Dynamic Voltage Restorer for Voltage Sag
Mitigation in a Refinery with Induction Motors Loads. 2010.
4. ANEEL. Resolução Nº:505. 2001.
5. Li, Yun Wei; Vilathgamuwa, D. Mahinda; Loh, Poh Chiang; Fellow, Frede
Blaabjerg;. A Dual-Functional Medium Voltage Level DVR to Limit Downstream Fault
Currents. 2007.
6. Newman, Michael John; Holmes, Donald Grahame; Nielsen, John Godsk;
Blaabjerg, Frede. A Dynamic Voltage Restorer (DVR) with Selective Harmonic
Compensation at Medium Voltage Level.
7. Kumar, R. Anil; Kumar, G. Siva; Kumar, B. Kalyan; Mishra, Mahesh K.;.
Compensation of Voltage Sags and Harmonics with Phase-Jumps through DVR with
minimum VA rating Using Particle Swarm Optimization. 2009.
8. Errabelli, Rammohan Rao, Kolhatkar, Y. Y. e Das, S. P. Experimental
Investigation of DVR with Sliding Mode Control. 2006.
9. Fellow, J.A Jardini; Ahn, S. U.; Masuda, M.; SiIva, F. A.T.; Copeliovitch, S.;
Matakas, L.; Komatsu, W.; Ortiz, M. Galassi F.; Camargo, J.; Zanetti, E. R.;. Mini-DVR -
Dynamic Voltage Restorer with Functions of Reactive Compensation and Active
Harmonic Filter. 2004.
10. Shi, Jing; Tang, Yuejin; Yang, Kai; Chen, Lei; Ren, Li; Li, Jingdong; Cheng,
Shijie;. SMES Based Dynamic Voltage Restorer for Voltage Fluctuations Compensation.
2010.
11. Silva, Carlos Henrique; Pereira, Rondineli R.; Silva, L. E. Borges; Torres,
G. Lambert. Filtro Ativo de Potência Paralelo Baseado em PLL Implementado com
Referência Síncrona Modificada. 2008.

24
12. Nascimento, Bruno Moreira. Implementação de um Controle Digital para o
Compensador Regenerativo de Potência Ativa. 2009.
13. Cortizo, Porfirio Cabaleiro. Filtros Ativos de Potência.
14. Cortés, Pedro Rodríguez. Detección de Tensiones de Frecuencia
Fundamental y Secuencia Positiva. 2005.
15. Donoso, P. F. GARCIA; Silva, Sergio Augusto Oliveira; Cortizo, Porfirio
Cabaleiro;. Um Estudo Comparativo de PLLs Trifásicas e Monofásicas para Sistemas
Conectados à Rede. 2002.
16. Kaura, Vikram; Blasko, Vladimir. Operation of a Phase Locked Loop System
Under Distorted Utility Conditions. 1997.

25

Вам также может понравиться