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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADE IDEAU
Credenciado pela Portaria nº 2.721 de 3 de setembro de 2004
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Resolução CNE/CES nº 1/2007 do Parecer nº 263/2006 do M.E.C.
E-mail: pos@ideau.com.br

A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA EM UM AMBIENTE DE


TRABALHO

MARCON, Helder Sabedot


e-mail: helder.marcon@hotmail.com

RESUMO: Inúmeras mudanças no mercado nas últimas décadas originaram grandes desafios para as
organizações em relação às condições do ambiente de trabalho oferecidas a seus colaboradores, surgindo à
necessidade de entender os principais fenômenos que afetam direta e indiretamente o desempenho dos
indivíduos em suas atividades laborais. Diante de vários estudos, conceitos, ações e práticas nos meios
educacionais e empresariais, as entidades necessitaram mudar velhos paradigmas e buscar uma mudança
organizacional, no que se refere às condições de trabalho, que nada mais é do que a Ergonomia. A Ergonomia
tem por objetivo adequar o ambiente de trabalho aos trabalhadores que irão executar suas atividades, com a
finalidade de buscar formas de contribuir para a melhoria dos processos, desempenho, eficiência, qualidade,
produtividade entre outros fatores, e principalmente melhorar as condições de trabalho do colaborador visando
sua qualidade de vida e respeitando suas limitações. Em um ambiente organizacional a Ergonomia pretende
reduzir ou eliminar uma série de fatores prejudiciais como: a fadiga, estresse, desconfortos físicos e mentais,
doenças e principalmente acidentes no ambiente de trabalho. Este artigo é um estudo qualitativo em relação ao
aspecto conceitual da Ergonomia e seus principais benefícios para o ambiente de trabalho tendo como objetivo
geral, demonstrar a importância que a Ergonomia tem para a saúde dos trabalhadores e benefícios que pode
trazer para as empresas. Para obter as referências necessárias ao entendimento do tema, este artigo foi baseado
em uma pesquisa bibliográfica de autores que tratavam sobre o tema em questão. Concluiu-se que a Ergonomia
colabora de forma significativa no desempenho, na produtividade, na qualidade do produto e/ou serviço e
principalmente no bem estar dos funcionários, trazendo muitos benefícios às empresas.

Palavras-chave: Ergonomia; Desempenho; Pessoas; Ambiente Organizacional; Produtividade.

ABSTRACT: The organizations, given the innumerable changes in the market in the last decades caused by
globalization, have given rise to great challenges and changes in relation to the quality of the products and
services offered. The need arises in the business environment to understand the main phenomena that directly
and indirectly affect the performance of individuals in their jobs. In the face of many studies, concepts, actions
and practices both in the educational environment and in the business environment, the need arises for
organizations to change their old paradigms and to seek organizational change, with regard to working
conditions, which is nothing more than the ergonomics. Ergonomics aims to study the suitability of work
environments together with the individuals who will carry out their activities, in order to seek ways to contribute
to the improvement of processes, performance, efficiency, quality, productivity and other factors . Ergonomics in
an organizational environment has the purpose of adapting work elements, reducing or eliminating a series of
harmful factors such as: fatigue, stress, physical and mental discomforts, illnesses and mainly accidents of the
individuals involved in the work environment. This article presents a qualitative study regarding the conceptual
aspect of ergonomics and its main benefits for the work environment and as a general objective to demonstrate
the importance that ergonomics have in a work environment and for the health of the individuals involved. To
obtain the necessary references to the understanding of the theme, this article was based on a bibliographical
research of authors that dealt with the subject in question. It was concluded that ergonomics significantly
contributes to performance, productivity, product quality and / or service and especially to employee well-being.

Keywords: Ergonomics; Performance; People; Organizational environment; Productivity

Artigo apresentado para conclusão do Curso de Especialização Lato Sensu Faculdade IDEAU
Getúlio Vargas – RS – Brasil
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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O tema Ergonomia vem evoluindo de forma expressiva, não somente nas Instituições
de Ensino, mas principalmente no meio empresarial, sendo considerado um estudo científico
do comportamento dos indivíduos dentro de uma organização e seu desempenho frente ao seu
posto.
A evolução da Ergonomia para o meio organizacional é causado diante do novo
cenário da globalização e as exigências do mercado apresentadas atualmente. Para atender
essas mudanças, as empresas vêm mudando velhos hábitos dos quais se tinham como
prioridade, o aumento da qualidade e produtividade dos produtos e serviços ofertados, em
detrimento à saúde e bem estar dos trabalhadores. Essa percepção vem se alterando através
dos estudos científicos e experiências profissionais, onde demonstraram que as boas
condições de trabalho proporcionadas para os trabalhadores possuem grande impacto e
importância para a melhoria no desempenho e produção dos mesmos, ajudando as
organizações a cumprirem seus objetivos, metas, prazos e demandas que o mercado exige.
A Ergonomia tem como a principal finalidade, contribuir nos projetos de criação ou
modificação de postos e ambientes de trabalho, trazendo melhorias nos processos e atividades
desempenhadas, objetivando assim, maximização da produção e do desempenho, ao mesmo
tempo em que busca proporcionar melhores condições de trabalho, redução de doenças,
cuidados com a saúde e bem estar para os indivíduos atuantes nesse ambiente.
Trata-se de uma ferramenta que objetiva a criação, desenvolvimento e aplicação de
técnicas que visam à adaptação do ambiente de trabalho ao ser humano. São técnicas
eficientes e seguras que buscam otimizar tarefas e atividades referentes ao cargo ou
departamento, aliadas com o bem estar, conforto, saúde e segurança dos envolvidos.
Segundo Silveira e Salustiano (2012) as técnicas objetivam basicamente em: oferecer
comodidade aos trabalhadores em suas atividades, diminuir o estresse e o cansaço, buscar
melhorias na comunicação, erradicar as lesões e acidentes, reduzir as moléstias desenvolvidas
nas tarefas e patologias específicas adquiridas ao longo do trabalho.

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Diante dos benefícios proporcionados pela adoção de ações e práticas ergonômicas,


juntamente com a busca pela melhoria da qualidade do trabalho, estão levando as
organizações a realizar investimentos diferentes do que eram de costume. Antigamente se
realizavam investimentos em máquinas e novas tecnologias, com intuito de usá-las para
aumentar o desempenho e a qualidade dos produtos ou serviços ofertados, passando agora, a
investir em projetos, estudos, programas, e treinamentos, que visam a melhoria no ambiente
de trabalho e cuidados com a saúde física e metal do trabalhador.
Completado por Andrade (2013, p.2) de uma visão panorâmica a:

[...] ergonomia possibilita contextualizar o trabalho humano, de modo a


encontrar as condições de trabalho que permitam a melhor integração do
trabalhador do ponto de vista do conforto e segurança, assim como da
confiabilidade e eficiência do sistema produtivo.

Perante essa perspectiva, este artigo apresenta como objetivo principal demonstrar a
importância que a Ergonomia possui em um ambiente de trabalho e seus principais benefícios,
de modo a constatar os resultados positivos em relação ao investimento e economia para as
organizações de forma geral.
A metodologia empregada foi uma análise bibliográfica com abordagem qualitativa,
com intuito de comparar vários conceitos e opinião de autores e estudiosos que possuem
relação direta com o tema abordado em epígrafe.
Segundo Minayo (2001, p.7), a pesquisa qualitativa ‘‘[...] ela trabalha com o universo
de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um
espaço mais profundo de relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser
reduzidos à operacionalização de variáveis’’. Para Gerhardt, Silveira (2009, apud
GLODENBERG, 1997, p.34), ‘‘[...] a pesquisa qualitativa não se preocupa com
representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo
social, de uma organização, etc.’’.
Em frente a isso, se faz indispensável um levantamento e análise de bibliografias, tais
como, livros, artigos, revistas e demais materiais de cunho acadêmico, com intuito de embasar
e construir o referencial teórico, onde abordará sobre a importância da Ergonomia, bem como
conceitos, ideias, objetivos e resultados. É esperado ainda, que este artigo sirva de material de

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estudo e fonte de pesquisas, devido à importância que esse tema possui nos dias atuais, a fim
de contribuir e enriquecer de conhecimento o meio acadêmico.

2 DESENVOLVIMENTO

Neste capítulo serão tratados os principais tópicos, seguidos dos conceitos e ideias dos
autores sobre a origem e evolução da Ergonomia, bem como suas definições, características,
sua importância na organização e por fim o seu custo e benefício.

2.1 A ORIGEM E EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA

A primeira abordagem sobre Ergonomia foi no ano de 1700, pelo médico italiano
Bernardino Ramazzini, que descreveu a respeito das lesões ocasionadas pelo trabalho em sua
publicação “De Morbis Artificum” – (Doenças ocupacionais). O médico frequentava os
postos de trabalho que seus pacientes ocupavam antes de adoecerem, buscando identificar as
principais causas das moléstias ou lesões relacionadas ao trabalho (FRANCESCHI, 2013).
O termo Ergonomia foi empregado pela primeira vez, no ano de 1857, por Wojciech
Jastrzebowski (polonês), em sua publicação, o artigo “Ensaios de Ergonomia ou ciência do
trabalho, baseada nas leis objetivas da ciência sobre a natureza” (FALZON, 2007).
No ano de 1915, no decorrer da 1ª Guerra Mundial, foi constituída a primeira
Comissão de Saúde dos Trabalhadores na Indústria de Munições, porém era composta apenas
por fisiologistas e psicólogos. No ano de 1929, a comissão se transformou em um instituto de
pesquisas no campo da Saúde no Trabalho, ampliando sua atuação e desenvolvendo pesquisas
e estudos em relação às posturas dos indivíduos no trabalho, carga manual, seleção,
treinamentos, modificação e alteração de ambientes, preocupações com: iluminação,

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ventilação, máquinas, calor excessivo e perigos inerentes. O instituto realizou inúmeras


pesquisas sobre o problema da fadiga nas minas de carvão e nas indústrias (COUTO, 1995).
No ano de 1939 quando surgiu a 2ª Guerra Mundial, houve a necessidade de ajustar os
instrumentos bélicos, de tal forma que minimizasse o receio e a tensão do operador, reduzindo
o risco de acidentes (LAVILLE, 1977).
Logo após o término da guerra no ano 1949, surgiu na Inglaterra a sociedade de
Ergonomia nomeada como Ergonomics Research Society, formada por pesquisadores
preocupados em observar e analisar o ambiente laboral. Esta sociedade buscou difundir o
tema Ergonomia em todo o mundo, colocando em prática o conhecimento adquirido durante
as duas guerras, aperfeiçoando assim, a produtividade, desempenho e principalmente as
condições dos postos de trabalho e cuidando melhor do fator humano das organizações.
(BRANDÃO, ANDRADE, PEDROSA; 2008).
Conforme Iida (2004, p. 05) complementa sobre a formalização da Ergonomia:

[...] ao contrário de muitas outras ciências cujas origens se perdem no tempo


e no espaço, a ergonomia tem uma data “oficial” de nascimento: 12 de julho
de 1949. Nesse dia, reuniu-se, pela primeira vez, na Inglaterra, um grupo de
cientistas e pesquisadores interessados em discutir e formalizar a existência
desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência.

No ano posterior, ainda exposto por Iida (2004, p. 05) “[...] em uma segunda reunião
do grupo, ocorrida em 16 de fevereiro de 1950, foi proposto o neologismo Ergonomia,
formado pelos termos gregos ergon = trabalho e nomos = regras, leis naturais”. Criando assim
a terminologia da palavra Ergonomia.
A primeira vez que o assunto foi tratado no Brasil, ocorreu na década de 1960, no
curso de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP, pelo professor Sérgio Penna
Kehl, por meio da abordagem “O Produto e o Homem”. O mesmo encorajou Itiro Iida a
desenvolver sua primeira tese brasileira em Ergonomia no país e a buscar novidades na área.
E foi assim, que ele se tornou a primeira pessoa no Brasil a defender uma tese de doutorado
sobre Ergonomia, chamada de “A Ergonomia do Manejo”, no ano de 1971. Posterior a isso
Itiro lançou o primeiro livro em português sobre o assunto: Ergonomia - Projeto e Produção,
pela Editora Blucher (FREITAS, 2012).

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No ano de 1989, outro passo importante referente à Ergonomia no Brasil, foi


implantado o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade
Federal de Santa Catarina, sendo esse o primeiro mestrado na área do país. Posteriormente,
ano de 1990 o Ministério do Trabalho e Previdência Social instituiu a Portaria n. 3.751 em
23/11/90, formulou a Norma Regulamentadora 17 (NR17), na qual trata designadamente da
Ergonomia (FRANCESCHI, 2013).
A NR-17 foi criada para atender um grupo especifico de trabalhadores, que atuavam
na área de processamento de dados eletrônicos e que devido ao trabalho repetitivo
desenvolviam patologias e muitos afastamentos por causa dos esforços repetitivos (LER). No
entanto, atualmente ela abrange diversas áreas e categorias de trabalho.

2.2 DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS DA ERGONOMIA

A Ergonomia é uma ciência relativamente nova, mesmo que as pessoas tenham


buscado, desde antigamente, adaptar as ferramentas e utensílios de uso cotidiano para
melhorar o uso. Porém desde sua origem, a evolução deste tema foi determinada
principalmente pelas transformações socioeconômicas e pela evolução tecnológica.
Completado por Freitas (2012) a Ergonomia é a ciência que possui uma grande parte
dos conhecimentos relacionados ao corpo humano e com o apoio de estudos específicos de
outras áreas do conhecimento como: filosofia, psicologia, recursos humanos e medicina,
buscam solucionar os aglomerados de problemas intrínsecos ao conjunto “indivíduo e o
trabalho”.
Segundo Laville (1997, p.1) descreve a Ergonomia como sendo “[...] o conjunto de
conhecimentos a respeito do desempenho do homem em atividade, a fim de aplicá-los à
concepção de tarefas, dos instrumentos, das máquinas e dos sistemas de produção”.
A Ergonomia visa à realização de inúmeros estudos frente aos trabalhos realizados em
uma organização e a relação da pessoa para com as atividades desempenhadas no cargo ou
posto de trabalho, objetivando e determinando qual a melhor forma de desempenhar as

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atividades e o local de trabalho apropriado que pode ser concebido ou adaptado ao trabalhador
(MENDES, 2003).
Complementado por Ribeiro (2003), a adoção de tais medidas possui a finalidade de
prevenir diversos problemas de saúde e até mesmo acidentes, aumentando seu desempenho e
sua eficácia. Em outras palavras, busca pela adequação e a adaptação do cargo ao trabalhador,
diferentes do velho paradigma de forçar o trabalhador a adaptar-se ao cargo e as tarefas a
serem desenvolvidas.

O trabalho aqui tem uma acepção bastante ampla, abrangendo não apenas
aquelas máquinas e equipamentos utilizados para transformar os materiais,
mas também toda a situação em que ocorre o relacionamento entre o homem
e o seu trabalho. Isso envolve não somente o ambiente físico, mas também os
aspectos organizacionais de como esse trabalho é programado e controlado
para produzir os resultados desejados. (IIDA, 1993, p.6)

Em uma visão mais ampla, o autor Mendes (2003) coloca que, a Ergonomia trata de
um vasto número de pontos e condições de trabalho, dos quais podem afetar a comodidade e a
saúde dos trabalhadores em uma organização. O autor elenca como principais e mais
impactantes fatores: a iluminação, a umidade, a ventilação, o ruído, a temperatura, as
vibrações, o estresse, a concepção do posto de trabalho, as movimentações de carga ou do
funcionário, as ferramentas, as máquinas, do posto de trabalho, das tarefas desempenhadas, do
seu superior em imediato, turnos de trabalho, os intervalos, a alimentação oferecida pela
organização. Esses foram os principais fatores citados por tal autor, porém existem muitos
outros pontos, que são englobados e estudados pela Ergonomia.
A Ergonomia objetiva em uma organização, segundo o autor Franceschi (2013, p 16),
principalmente:

• Controlar a introdução de novas tecnologias nas organizações e sua adaptação


às capacidades e habilidades da força laboral existente;
• Aumentar a satisfação e motivação no trabalho;
• Adaptar o local e as condições de trabalho em relação às características do
trabalhador;
• Definir requisitos para a compra de máquinas, equipamentos ergonômicos e
outros materiais;
• Identificar, analisar e minimizar os riscos ocupacionais;

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• O conforto e a saúde dos trabalhadores – quando aplicado para evitar os riscos


(acidentais e ocupacionais) e para diminuir a fadiga;
• Eficácia – utilizada pela organização para medir as suas diferentes dimensões
(produtividade e qualidade), sendo dependente da eficiência humana.

Conforme Marano (2007) coloca que a Ergonomia tem em vista enriquecer o conceito
de produtividade juntamente com os conceitos de desempenho, eficácia, bem-estar e
qualidade, focando na redução da penosidade e estresse do ser humano, no intuito de buscar a
sua mais perfeita adequação a tarefas e ao posto de trabalho.
Em uma organização, os indivíduos são os principais responsáveis pela qualidade e
lucratividade dos produtos e/ou serviços prestados, por ela. São eles, os responsáveis pelas
modificações do processo produtivo e nas tomadas de decisões, por isso é primordial a análise
das tarefas, verificando-se os principais pontos positivos e negativos, além dos impactos que
as tarefas desempenhadas por cada indivíduo possuem no processo produtivo da empresa e
também na vida profissional do mesmo, para assim buscar ações que visam melhorar a sua
eficiência e a produtividade.

2.3 A ERGONOMIA NA ORGANIZAÇÃO

Conforme relatado anteriormente, as organizações que pretendem sobreviver ao


mercado globalizado e se manterem competitivas frente a seus concorrentes devem buscar por
melhorias constantes no que diz respeito ao ambiente organizacional e, adotar uma estrutura
ergonomicamente adequada para seus trabalhadores, com intuito de não apenas aumentar sua
produtividade, mas também melhorar as condições e bem estar dos seus colaboradores.
A prática da Ergonomia em uma organização não deve ser um fato causal, adotada
apenas por alguns momentos ou algumas funções especificas e/ou alguns departamentos,
deixando os demais de fora. Ela deve ser de abrangência total no ambiente organizacional e,
principalmente, resultante de uma atuação planejada. Ao planejar as ações ergonômicas, se
faz necessário pensar nas ações de aplicações imediatas e futuras, norteada por um objetivo

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progressivamente a ser alcançado, diante de um processo racionalizado e eficaz (QUEIROZ e


MEJIA, 2015).
Complementado por Rocha (2012), para realizar o planejamento de um sistema ou
mudança em um processo, requer a análise das atividades, levantamento das informações dos
procedimentos e, principalmente, a definição das diretrizes principais tais como: a sua missão
ou objetivo na organização, sua visão do presente e futuro, recursos financeiros alocados,
requisitos ergonômicos, avaliações de desempenho e os resultados para a organização.
Conforme Iida (2004, p 17) coloca “[...] a análise dos postos de trabalho é estudo de
uma parte do sistema onde atua um trabalhador”. O posto de trabalho consiste em um elo
entre o individuo e o sistema proporcionado pela organização, ou seja, as ferramentas,
equipamentos, atividades, procedimentos e processos, que devem ser desenvolvidos e
utilizados pelo individuo, a fim de atender as demandas do cargo. Entretanto, para que a
organização funcione de forma organizada e rentável, são de grande importância que cada
posto de trabalho proporcione boas condições para que os indivíduos possam desempenhar
suas atividades de forma organizada e eficiente.
A Ergonomia nas organizações se diferencia, segundo Abrantes (2012), em três tipos:
de correção, de concepção e de conscientização:
a) Ergonomia de correção: busca por adotar práticas que proporcionem melhorias das
condições de trabalho já existentes em uma organização, ou seja, atua de forma
parcial e, porém limitada.
b) Ergonomia de concepção: busca desde a fase inicial de um projeto, introduzir os
conhecimentos a respeito do individuo em todas as partes que compõem o posto de
trabalho, máquinas, ferramentas, dispositivos, sistemas de produção, etc.
c) Ergonomia de conscientização: busca informar e conscientizar os indivíduos de
uma organização, adotando práticas, treinamentos e reciclagens, a fim de alertar
sobre os riscos e/ou o modo correto e ergonômico de realizar determinadas tarefas
e utilização de equipamentos.
A Ergonomia possui importante papel em um ambiente organizacional, pois deve levar
em conta a percepção de todos os fatores que influenciam diretamente e indiretamente o
indivíduo e sua atuação em uma organização. Fatores como: locais e espaços de trabalho, o

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arranjo físico-espacial das instalações e os diversos projetos hidros sanitários, de gás, de


ventilação, elétrico, etc. Todos esses fatores devem estar em conformidade com os requisitos
ergonômicos (FERREIRA, 2015).
As ações ergonômicas devem parametrizar os ambientes físicos, adequando-os para
proporcionar condições favoráveis aos indivíduos. Os principais parâmetros segundo Queiroz
e Mejia (2015, p. 2-3) destacam que a:

[...] adequação dos sistemas térmicos, climatização; adequação dos sistemas


luminosos; adequação dos sistemas acústicos; adequação dos sistemas de circulação
e fluxo dos caminhos possíveis entre entrada e saída dos ambientes das empresas,
tendo em conta o trânsito de funcionários, clientes, fornecedores, visitantes, etc.
estendido ao tráfego de veículos; adequação dos aspectos da psicologia dos espaços
de trabalho, tendo em vista os fatores e processos cognitivos, perceptivos e efetivos
em relação ao indivíduo e ao ambiente sociofísico; adequação da infraestrutura
física, principalmente quanto às condições e soluções arquitetônicas planejadas e
projetadas para receber os equipamentos, aparelhos e acessórios.

É importante ressaltar que as melhorias e soluções precisam ser analisadas, pensadas e


balizadas, dentro de uma filosofia ergonômica e sistêmica, adaptando-se as interfaces de
modo lógico e harmonioso.

2.4 CUSTO E BENEFÍCIO DA ERGONOMIA

Conforme o autor Iida (2004, p. 22) descreve que: “[...] a Ergonomia, assim como
qualquer outra atividade relacionada com o setor produtivo, só será aceita se for capaz de
comprovar que é economicamente viável, ou seja, se apresentar uma relação custo/benefício
favorável”.
Seguindo neste contexto é importante ressaltar que toda ou qualquer ação deve ser
planejada antecipadamente, ou seja, antes de alguma alteração nas atividades, processos,
equipamentos, arranjos físicos etc., o responsável necessita construir um projeto de
intervenção inicial, para que, de tal modo possa considerar diversos pontos como: analisar os
pontos positivos e negativos das mudanças, custos com o projeto, verificar economias de

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recursos financeiros e materiais, emprego de mão de obra e energia, níveis de periculosidade e


insalubridade, redução de acidentes, absenteísmo e aumento de qualidade e produtividade
(SOARES, 2009).
Conforme Queiroz e Mejia (2015, p. 2-3) descrevem que o projeto deve conter uma
análise do custo/benefício, indicando:

[...] de um lado, o investimento necessário para implementar um


projeto ou uma recomendação ergonômica, representado pelos
custos de elaboração de projeto, aquisição de máquinas, materiais e
equipamentos, treinamento de pessoal e queda de produtividade
durante o período de implantação. Do outro lado, são computados os
benefícios, ou seja, quanto vai se ganhar com os resultados do
projeto.

Na construção de um projeto é necessário ter em mente que o mesmo só será


considerado economicamente viável, se a razão entre os custos e benefícios, quando
expressados em termos monetários, for menor que 1 - 0, ou seja, os benefícios devem ser
superiores aos respectivos custos (IIDA, 2004).
De uma maneira geral, os custos de um projeto incidem em um curto prazo de tempo,
enquanto os benefícios e o retorno do investimento, na maioria dos casos, são mais
demorados, é preciso estar ciente em relação à perspectiva do projeto. Por isso, cabe ao
desenvolvedor do projeto dar ênfase no embasamento correto das variáveis e da estimativa do
tempo que irão surtir efeito, para assim, demostrar e convencer a direção sobre os pontos e
resultados positivos que o projeto possui.
Em uma época que as organizações enfrentam diversos empecilhos para se manterem
competitivas no mercado globalizado, cabe ressaltar que o capital humano é um dos fatores
mais importante, pois é através deles que em muitos casos é alcançado o diferencial
necessário para a manutenção da organização. Diante disso, a valorização e o investimento no
bem estar e na saúde dos trabalhadores é essencial e indispensável.

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Metodologia

Este artigo possui a característica de um estudo teórico descritivo de abordagem


qualitativa e de caráter exploratório, pois abordou o tema de forma retrospectiva, se utilizando
de informações resultantes da pesquisa bibliográfica, ou seja, informações relevantes de
livros, artigos, dissertações, sites e demais materiais de cunho acadêmico que tratavam sobre
o tema abordado.
Esta pesquisa foi considerada descritiva, pois foi necessário buscar uma série de
informações sobre o assunto, visando estabelecer uma relação entre a bibliografia e o tema
proposto.
O artigo foi construído a partir de um levantamento de informações bibliográficas,
buscando e empregando dados de fontes secundárias, isso quer dizer, através da consulta à
livros, artigos e revistas científicas sobre o tema abordado. As fontes utilizadas à revisão
foram publicadas nos últimos 41 anos, pesquisados nos meses de março a junho de 2018.
Além dos livros, os demais materiais foram acessados nas seguintes plataformas:
Scielo, Lilacs, Medline, Pubmed e Google Acadêmico e a partir das principais palavras-
chave: Ergonomia; Desempenho; Pessoas; Ambiente Organizacional; Produtividade.

3 RESULTADOS E ANÁLISE

No ambiente organizacional, o papel que a Ergonomia assume é de grande


importância, quando relacionada com o aumento da produtividade, a qualidade do produto/
serviços e dos processos, associada com o bem estar e a melhoria nas condições de trabalho.
O campo de aplicação da Ergonomia é gigantesco e, em constante mudança e
crescimento. Uma vez que, a evolução tecnológica no trabalho e as melhorias das ferramentas
e maquinários chegam à perfeição, aumentam a complexidade das tarefas e reduzem os

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custos. Essa nova situação obriga os trabalhadores a uma adaptação rápida, ocasionando um
grande impacto na sua forma de trabalhar e bem estar. (ABRANTES, 2012).
Para que essa situação não impacte de forma negativa o desempenho, surge a
necessidade que tais mudanças sejam estudadas previamente, analisadas ergonomicamente e
postas em prática aos poucos, a fim de, reduzir os desconfortos físicos e mentais dos
envolvidos no ambiente de trabalho.
Com as práticas e ações ergonômicas é possível ajustar com antecedência e eficácia os
postos e ambientes de trabalho, com intuito de reduzir as exigências biomecânicas, dispondo
de todas as ferramentas, maquinários e objetos no alcance dos movimentos corporais dos
trabalhadores. Também é possível adequar os móveis, materiais, espaços e acessos para tornar
os ambientes de trabalho seguros e ergonomicamente corretos (LÚCIO, 2010).
O bom emprego da Ergonomia como ferramenta de apoio e precaução nos processos
produtivos, de qualidade, nos equipamentos, máquinas ou tecnologias, tem a finalidade de
trazer benefícios, bem estar, conforto e principalmente o equilíbrio físico e mental entre o ser
humano e o seu trabalho, consequentemente, trazendo melhorias na produtividade e na
geração de lucros para a organização.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O surgimento de doenças do trabalho está ligado diretamente com a organização e


distribuição das tarefas e atividades nos postos de trabalho de uma organização. Visando a
lucratividade, grande parte das organizações deseja diminuir os custos internos, reduzir
recursos humanos e aumentar produtividade. Para isso adotam novas formas de organização,
novas tecnologias e equipamentos e, em alguns casos não levam em conta que tais mudanças
podem influenciar na saúde dos trabalhadores.
Em um ambiente de trabalho, investir em fatores ergonômicos adequados, contribui
para a qualidade de vida e bem estar dos trabalhadores e por consequência ocorre à melhoria
no desempenho das atividades, da qualidade das tarefas e da produtividade.

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O objetivo do artigo foi demonstrar, através de um levantamento bibliográfico, a


importância que a Ergonomia possui frente às condições gerais do trabalho, bem como os
benefícios que um ambiente ergonômico proporciona para o seus ocupantes.
É através dos princípios, das ações, das práticas, dos projetos e dos treinamentos, que
é possível melhorar a performance dos trabalhadores, sem abrir mão da qualidade de vida e do
bem estar no ambiente organizacional.
Uma empresa ao adotar a Ergonomia como uma ferramenta em seus programas de
melhorias internas poderá usufruir de muitos resultados positivos como: aumento da
eficiência dos trabalhadores frente aos processos e dificuldades, aumento da qualidade técnica
e profissional, aumento do empenho e satisfação dos trabalhadores, aumento do
comprometimento e cuidado com os recursos da empresa, aumento da qualidade e
confiabilidade dos produtos. Além disso, muitas reduções podem ocorrer tais como:
diminuição do absenteísmo, redução nos custos, erradicação de desperdícios, prevenção nos
danos e avarias de equipamentos, redução de acidentes e doenças ocupacionais.
É possível notar que as tarefas do trabalho são consideradas um fator significante para
a satisfação do trabalhador e capaz de influenciar diretamente no desempenho do mesmo.
Diante disso, é papel da Ergonomia propor medidas que visam melhorar a produtividade, a
motivação e o desempenho dos trabalhadores, de forma a não prejudicar a saúde dos mesmos.
Ao final deste estudo, foi possível compreender que o papel que a Ergonomia possui
em um ambiente organizacional e no dia-a-dia dos trabalhadores é de grande importância por
proporcionar melhorias na segurança das atividades, no conforto, bem estar, satisfação e
produtividade nas atividades laborais dos funcionários.
Conclui-se que as empresas necessitam perceber que o investimento na adoção de
medidas ergonômicas eficazes em seu ambiente organizacional como um todo, obterão
redução significativa em seus custos devido à diminuição de esforços desnecessários, do
absenteísmo, dos atestados e afastamentos, de acidentes de trabalho e das doenças laborais.
Além do beneficio interno, a prática ergonômica também proporciona resultados
externamente da organização, tais como, a redução das despesas públicas com saúde e
seguridade social como: auxílios doença, aposentadorias por acidentes ou doenças como

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Lesão por Esforços Repetitivos (LER), Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho


(DORT), depressão, surdez, entre outras.
É plausível ressaltar, que seria de suma importância para o meio acadêmico e
empresarial, a realização de mais estudos e pesquisas com enfoque neste tema, com intuito de
avaliar as condições de trabalho, as principais práticas ergonômicas adotadas, os treinamentos
e ações proporcionadas pelas demais organizações ao redor do mundo.

REFERÊNCIAS

ABRANTES, Antônio Francisco. Atualidades em Ergonomia. São Paulo: IMAN, 2.ª edição,
2012.

ANDRADE, Bruna Berwanger de. A ergonomia como fator chave para a segurança do
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