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INTRODUÇÃO
"A palavra "Psicopedagogia", especialmente após 1990, começou a fazer parte dos
debates sobre educação escolar de modo intenso. Todavia, tal terminologia, ainda hoje,
tem sua história e significados perdidos em meio a discursos que em muito enfraquecem
o potencial científico dos estudos psicopedagógicos, fundamentalmente no campo da
educação escolar. Com base nessa observação inicial, este COMPÊNDIO APOSTILADO
tem o objetivo de resgatar a história (passada e presente) e o significado da
Psicopedagogia, bem como o papel de seu profissional, a partir de uma análise
bibliográfica que busca recuperar e unir os dados que se encontram dispersos na
literatura sobre o tema".
1 O QUE É PSICOPEDAGOGIA?
2.2 SÉCULO XX
2.5.1 Diagnóstico
3.1 ARGENTINA
Ocorre também nesse país, a criação dos primeiros Centros de Saúde Mental por
volta dos anos 70. Eles se localizavam em Buenos Aires e possuíam equipes de
psicopedagogos que atuavam no diagnóstico e no tratamento dos casos, com ênfase em
trabalhos de reeducação de psicomotricidade e escrita, desenvolvendo assim a atuação
clínica. Alguns anos depois, percebe-se a importância de também permitir que o aluno se
expressasse e falasse de suas angustias, desejos, medos, dores e necessidades sem
que apresentasse receio de ser julgado ou criticado. O que causa uma mudança na
atuação do psicopedagogo, que passa a ouvir não só o aluno, mas compreender o seu
convívio social e familiar. A observação e validade desses fatos trouxeram
esclarecimentos à compreensão da pluricausalidade que envolve esse fenômeno
chamado - educação.
Maria Regina Peres (2008) citando Fernández (1990) expõe que através dos
fatores citados nas paginas anteriores é que surge a chamada "escuta
psicopedagógica", que tem sua origem no "olhar" e na "escuta clínica" da Psicanálise. O
que contribuiu para a reorganização da psicopedagogia na Argentina ampliando seus
trabalhos tradicionais restritos na área da saúde para os também desafiantes trabalhos na
área da educação.
4 A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL
A psicopedagogia, tal qual proposta por este movimento é ainda ensinada no Brasil
por muitos argentinos, além disso, autores argentinos escreveram os primeiros artigos,
resultando dos primeiros esforços no sentido de sistematizar um corpo teórico próprio da
psicopedagogia. Vale citar: Sara Paín, Jorge Visca, Alicia Fernández etc.
5 FUNDAMENTAÇÃO PSICOLÓGICA
Quando se fala sobre as fundamentações psicológicas da psicopedagogia se pensa
basicamente no desenvolvimento e aprendizagem do ser humano. Os autores mais
influentes que contribuíram para a esta fundamentação foram:
6 INTERDISCIPLINARIDADE NA PSICOPEDAGOGIA
Segundo Visca (1987), a psicopedagogia nasceu com uma ocupação empírica pela
necessidade de atender crianças com dificuldades de aprendizagem, cujas causas eram
estudadas pela medicina e psicologia. Com o decorrer do tempo, o que inicialmente foi
uma ação subsidiária destas disciplinas, foi se perfilando como um conhecimento
independente e complementar, possuidor de um objeto de estudo (o processo de
aprendizagem) e de recursos diagnósticos, corretores/tratamento e preventivos próprios.
7 MULTIDISCIPLINARIDADE PSICOPEDAGÓGICA
8 PROPOSTA PSICOPEDAGÓGICA
9 OBJETO DE ESTUDO
• educação especial,
• terapias educativas,
• avaliação curricular,
• programas educativos e,
• política educativa.
10 ATIVIDADES PSICOPEDAGÓGICAS
O aluno/a deve ser abordado/a no seu ser total, que envolve o ORGANISMO,
o CORPO, o DESEJO e a INTELIGÊNCIA.
12 MODELOS DE ABORDAGEM
a) Abordagem psiconeurológica
b) Abordagem neuropsiquiátrica
c) Abordagem comportamental
d) Abordagem Fenomenológica
Heidegger e Sartre são dois filósofos que fundamentam tais práticas. Viktor Emil ou
Emmanuel Frakl, Medard Boss, Binswanger, Franz Rúdio, J. Wood/ Doxsey et al.,
Angerami-Camom e Pinel são alguns psicólogos, que fundamentados nos filósofos,
recriaram alternativas de diagnóstico, prevenção e tratamento psicopedagógico.
13 FUNDAMENTOS PSICANALÍTICOS
Ser portador de deficiência nunca foi fácil. Não se aceita o diferente e suas
diferenças. Pode-se esconder essa diferença, tanto melhor, pois a sociedade é hipócrita e
finge que não vê a dor do outro que não pode dizer a que veio! Com base nos padrões de
normalidade estabelecidos pelo contexto sociocultural, legitima-se a ideologia do domina-
dor. Assim, desde a Antiguidade até os nossos dias, as sociedades demonstram
dificuldade em lidar com o diferente, as diferenças, aquilo que é novo.
Porque exaltar?
Muitos desses beneméritos abatem, com suas ações, no imposto de renda. Muitos
ainda ganham tanto, e tanto, que o mínimo que a sociedade espera deles é sua
contribuição, o seu retorno e não depósitos em bancos suíços!
c) a diferença está sempre tão presente e enfatizada para o seu portador (porta a dor?) e
para os que o cercam, que justifica os seus sucessos e fracassos, os seus atos e
realizações.
Para se chegar à filosofia inclusiva e a luta atual para a sua efetivação prática, a
sociedade passou pela exclusão, segregação, institucionalização, integração e
inclusão. A integração propunha (na prática) a colocação do aluno diferente ou com
necessidades educativas especiais em sala comum, sem reconhecer-lhe as diferenças,
sem propor modificações quer na instituição, na organização, quer no desenvolvimento do
processo ensino-aprendizagem.
Dizia ela que, dos 39 milhões de alunos matriculados em escolas públicas, cerca
de 10% eram alunos com n.e.e. e que outros 10 a 20% embora fossem considerados com
n.e.e., demonstravam problemas de aprendizagem e comportamento que interferiam com
a sua realização escolar.
A solução para Will passava por uma cooperação entre professores - do ensino
regular e de educação especial - que permitisse a análise das necessidades educativas
dos alunos com problemas de aprendizagem e o desenvolvimento de estratégias que
respondessem a essas mesmas necessidades. Essa proposta consagrou-se como
princípio da filosofia de inclusão.
Nesse sentido é cada vez maior o número de pais e educadores que defendem a
integração (no sentido mesmo da inclusão) da criança deficiente na classe regular,
incluindo as deficientes mentais severas ou profundas. Afirma-se que as necessidades
educativas dos alunos não devem requerer um sistema dual, pois ele pode fomentar
atitudes injustas e desapropriadas em relação à sua educação.
Quando nos referimos ao(s) cliente(s) das práticas clínica psicopedagógicas nos
portamos a qualquer pessoa que necessite dos benefícios dessa prática, que geralmente
apresentam determinadas dificuldades relacionadas à aprendizagem, o que nos remete
como público alvo àqueles que fazem parte do universo educacional escolar, que em
geral, são crianças de qualquer idade encaminhadas por seus responsáveis com queixas
de dificuldades na aprendizagem. Assim, na relação com o aluno ou com seu cliente, o
profissional da psicopedagogia clínica em espaço clínico particular ou não, estabelece
uma investigação cuidadosa, que permite levantar uma série de hipóteses indicadoras
das estratégias capazes de criar a situação terapêutica que facilite uma vinculação
satisfatória mais adequada para a aprendizagem. Ao lado deste aspecto mais técnico,
esse profissional também trabalha a atitude, a disponibilidade e a relação com a
aprendizagem, a fim de que o aluno/cliente torne-se o agente de seu processo (o
aprender), aproprie-se do seu saber, alcançando autonomia e independência para
construir seu conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta auto-valorização de
modo a alcançar o máximo possível de seu potencial.
No ensino público, uma das opções para a realização da atuação clínica seria o
serviço público de atendimento, onde os profissionais da psicopedagogia poderiam
contribuir com uma visão mais integrada de aprendizagem e, conseqüentemente, com a
aprendizagem reconduzindo e integrando o aprendizado do processo normal de
construção de conhecimento, contando com melhores condições para detectar com
clareza os problemas de aprendizagem dos alunos, atendendo-os em suas necessidades
e contribuindo para sua permanência no ensino regular.
16.2 PARA R RELFETIR:
1. Trabalhando a escolaridade "in loco" escolar, tal como sugere Fagali e vale (1999);
Esse primeiro modo engloba a tarefa clínica. Clinicar significa cuidar do outro que,
explícita ou implicitamente, sofre. O clínico, na instituição, contribui com o diagnóstico e
intervenção frente às dificuldades do aluno em relação à aprendizagem. Aqui cabe uma
observação, pois compreendemos o diagnóstico, se bem efetuado, como um processo de
intervenção que gera mudanças no próprio ser do aluno/cliente!