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SUSTENTÁVEL
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Esclarecimento
A UNESCO mantém, no cerne de suas prioridades, a promoção da igualdade de
gênero, em todas as suas atividades e ações. Devido à especificidade da língua
portuguesa, adotam-se nesta publicação, os termos no gênero masculino, para
facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim,
embora alguns termos sejam grafados no masculino, eles referem-se igualmente
ao gênero feminino. Por exemplo, quando se menciona professor, subentende-se
também estar incluída a ideia de professora.
Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos neste
livro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da
UNESCO, nem comprometem a Organização. As indicações de nomes e a apre-
sentação do material ao longo deste livro não implicam a manifestação de qualquer
opinião por parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer país,
território, cidade, região ou de suas autoridades, tampouco a delimitação de suas
fronteiras ou limites.
Los autores son responsables por la opción y presentación de los hechos que con-
tiene este libro, así como por las opiniones que expresa el mismo, que no son
necesariamente las de la UNESCO, ni comprometen a su organización. Las
indicaciones de nombres y la presentación del material a lo largo de este libro no
implican que se manifieste cualquier opinión por parte de la UNESCO respecto
a la condición jurídica de cualquier país, territorio, ciudad, región o de sus
autoridades, ni tampoco la delimitación de sus fronteras o limites.
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© 2011 UNESCO.
Todos os direitos reservados.
ISBN: 978-85-7652-154-9
Representação no Brasil
SAUS, Quadra 5 Bloco H, Lote 6,
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Impresso no Brasil
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AGRADECIMENTOS
Comissão de Avaliação
• Professor Ary Mergulhão Filho
Presidente da Comissão, UNESCO/Brasil
• Professor Ernesto Fernández Polcuch
Representante da UNESCO/Uruguai
• Professor Miguel Ángel Blesa
Representante da RECyT/Argentina
• Professor Edson Kenji Kondo
Representante da RECyT/Brasil
• Professor Eduardo Falabella Sousa-Aguiar
Representante da RECyT/Brasil
• Professor Fernando Luiz Araújo Sobrinho
Representante da RECyT/Brasil
• Professor Jose Henrique de L. C. Dieguez Barreiro
Representante da RECyT/Brasil
• Professora Rosa Elisabeth Medina Pavón
Representante da RECyT/Paraguai
• Professor Jose Carlos Ismael Piedra-Cueva
Representante da RECyT/Uruguai
• Professor Mario Donizetti Domingos
Representante da Sangari do Brasil
SUMÁRIO
Abstract....................................................................................................9
Prêmio MERCOSUL de Ciência e Tecnologia – Chamada 2011............11
TRABALHOS PREMIADOS
ABSTRACT
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País: Brasil
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PROTÓTIPO DE PRODUÇÃO DO
DIMETIL-ÉTER A PARTIR DO BAGAÇO
DA CANA: TRANSFORMAÇÃO
DE REJEITO EM ENERGIA
RESUMO
A matéria lignocelulósica é a biomassa mais abundante na natureza; no
entanto, não é utilizada na alimentação humana, e sua utilização como matéria
prima na produção de combustíveis ainda é limitada tecnológica e econo-
micamente. A maioria dos municípios do Norte do Estado do Rio de Janeiro
é agrícola, tendo como principal cultura a cana-de-açúcar. Cerca de dois
terços da energia da cana-de-açúcar está concentrada no bagaço e na palha,
sendo esta queimada na colheita e parte do bagaço usada como combustível
para o aquecimento das dornas nas usinas e na geração de energia elétrica.
O dimetil-éter (DME), desde a década de 60, é utilizado como propelente
em aerossóis, porém, no final da década de 90, descobriu-se que o DME
pode substituir o diesel e o gás de cozinha. O objetivo do projeto foi construir
um protótipo de uma planta de termoprocessamento do bagaço da cana,
visando à produção do DME, utilizando sucata comum.
Inicialmente foi realizado um estudo para avaliar as rotas de obtenção do
DME e do gás de síntese, em seguida foi desenvolvido um pequeno piro-
lisador para testar o comportamento do bagaço na obtenção do gás de síntese,
sendo também testada a obtenção do DME por meio da desidratação do
metanol. Na sequência, foi desenvolvido o protótipo da planta de termo-
processamento do bagaço de cana, constituído por forno, desumidificador,
reator e coletor de gases. Foram realizados testes de obtenção do DME a
partir do bagaço, utilizando o protótipo.
A partir da análise cromatográfica, com detector de ionização de chama
(FID), do produto final obtido, pode-se concluir que foi produzido o DME.
Os testes mostraram ainda que o protótipo é seguro e pode ser usado em
diversos tipos de termoprocessamento, com aproveitamento de todos os
produtos obtidos.
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1. INTRODUÇÃO
No Norte do Estado do Rio de Janeiro, as principais atividades econô-
micas são a indústria sucroalcooleira e a extração do petróleo (iniciada na
década de 70). A extração de petróleo é centralizada nos municípios de Campos
dos Goytacazes e Macaé, enquanto os demais municípios possuem como
principal atividade econômica a agropecuária, com destaque para a cultura
da cana-de-açúcar. A produção de cana no Estado do Rio de Janeiro está
centralizada na região. Enquanto a produção dessa matéria-prima, cada vez
mais atraente em função da crescente demanda por etanol e açúcar, tem
aumentado significativamente em todo o país, na região, permanece constante.
Uma prática que poderia contribuir para minimizar, ou mesmo debelar,
a atual crise na indústria sucroalcooleira da região é o aproveitamento de toda
a energia dessa matéria-prima, pois o bagaço e a palha da cana-de-açúcar
(componentes lignocelulósicos) detêm cerca de dois terços da energia total
dessa biomassa. Parte do bagaço produzido é queimada nos fornos para
aquecimento das caldeiras e geração de energia elétrica, cerca de 40 %,
enquanto o restante (60 %) é amontoado no pátio das usinas, sendo poste-
riormente queimado. A fuligem que sobe ao céu resultante dessas queimadas
é constituída de setenta produtos químicos prejudiciais à saúde humana e ao
ambiente. Atualmente existe no Brasil uma rota de geração de energia a partir
de rejeitos lignocelulósicos viável tecnológica e economicamente que consiste
na queima ou gasificação desses materiais para geração de energia elétrica.
Com a construção do porto e do Polo Industrial do Açu na região, haverá
um aumento significativo no consumo de energia elétrica, fazendo-se neces-
sária a construção de usinas termoelétricas. Além disso, surgirá na região a
demanda por carvão para alimentação dos fornos da siderúrgica que será
instalada no polo.
A mistura gasosa constituída de monóxido de carbono e hidrogênio recebe
o nome de gás de síntese, pois, a partir dessa mistura, é possível obter vários
compostos orgânicos com utilizações nas mais diversas áreas industriais.
Recentemente o dimetil-éter (DME), um éter obtido a partir do gás de sín-
tese, tem chamado a atenção mundial em função de seu potencial uso como
combustível substituto da gasolina, diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP)
(OLIVEIRA, 2005). Embora o DME tenha sido utilizado como insumo na
indústria química para obtenção de olefinas e como substituto dos clorofluo-
carbonetos em propelentes desde a década de 60, sua aplicação como
combustível só foi descoberta no final da década de 90. No último ano, a
China começou a utilizar o DME como aditivo do GLP. Para sua produção
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2. METODOLOGIA
Tendo como princípio norteador do projeto o método de engenharia,
nesta seção, serão apresentados todos os materiais e métodos utilizados para
a implementação da solução escolhida para os problemas observados.
2.1. PLANEJAMENTO
Após a escolha de uma solução para as necessidades existentes, seguindo
o método de engenharia, esta solução deve ser implementada, para isso, faz-
se necessário um planejamento de como será feita essa implementação. Segundo
Amado, “o planejamento é a definição de um futuro almejado e dos meios e
alternativas mais eficazes de alcançá-lo” (AMADO, 2010).
Para o planejamento deste projeto, foi escolhido o método 5W2H, que
consiste em responder às seguintes perguntas em inglês: What (o quê)? Why
(por quê)? Who (quem)? Where (onde)? When (quando)? How (como)? How
much (quanto)?
What?
Construir um protótipo capaz de transformar o bagaço da cana-de-açúcar
em um combustível, utilizando como material deste protótipo sucata.
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Why?
Para solucionar os problemas existentes na região.
Who?
O desenvolvimento deste projeto cabe ao seu autor, sob orientação da
professora orientadora e supervisão dos laboratoristas dos laboratórios.
Where?
No Instituto Federal Fluminense, campus Macaé, em seus laboratórios de
química, de ajustagem mecânica e de soldagem, em sua oficina de caldeiraria,
em sua biblioteca, em sua sala dos projetos de extensão e em seu micródromo.
E também na casa do referido aluno e de sua orientadora.
When?
De 01 de agosto de 2010 a 01 de agosto de 2011, conforme cronograma
apresentado na Tabela 1. A primeira etapa consiste no levantamento biblio-
gráfico e na construção da planta, enquanto a segunda consiste na realização
de experimentos utilizando a planta construída, a fim de elaborar uma análise
tecnológica e econômica da solução proposta.
Tabela 1. Cronograma de execução do projeto.
Atividade/
08/10
09/10
10/10
11/10
12/10
01/11
02/11
03/11
04/11
05/11
06/11
07/11
08/11
Mês
Levantamento
X X X X X X X X X X X X
bibliográfico
Experimentos X X X X X X X X
Visitas técnicas X X X X X X
Elaboração do
X X X X
relatório
Conclusão da primeira
X
etapa
Conclusão do
X
protótipo
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Tabela 1. Continuação.
Atividade/
08/10
09/10
10/10
11/10
12/10
01/11
02/11
03/11
04/11
05/11
06/11
07/11
08/11
Mês
Entrevistas X X X X X X X X X X
Divulgação científica X X
Registros no diário de
X X X X X X X X X X X X X
bordo
How?
Para a implementação da solução conforme mostra o cronograma, inicial-
mente foi realizado um amplo e criterioso levantamento bibliográfico em
bibliotecas, em sites de busca científica como Sciencefinder, Googleacademico,
Sciencedirect, Scielo e Elsevier, buscando obras de cunho científico, tais
como, dissertações de mestrado, apostilas e apresentações de professores e
especialistas, artigos científicos, teses de doutorado, projetos de universidades
e centros de pesquisa, revistas e periódicos científicos. Essas obras foram também
buscadas por meio dos sites de universidades, como a Universidade de São
Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP). Em todo o levantamento foram adotados
critérios para que nenhum dado de fontes não confiáveis fosse utilizado neste
projeto.
Por meio do levantamento bibliográfico, foram realizadas investigações
sobre o gás de síntese: histórico, suas rotas de obtenção, importância na
indústria química, aplicações na atualidade, processos usados industrial-
mente, tecnologias em estudo, estado da arte e viabilidade (tecnológica e
econômica), DME (histórico, panorama mundial de produção, estado da
arte, processos de obtenção, aplicações, importância nas indústrias, tecno-
logias em estudo, viabilidade tecnológica e econômica e patentes), bio-DME
(estado da arte), bagaço e palha da cana-de-açúcar (composição, cinzas, rotas
de aproveitamento, poluição, quantidades produzidas, produtos gerados e
processos aplicados na atualidade para aproveitamento), região norte fluminense
(economia, dados geográficos, histórico e realidade socioeconômica), indústria
sucroalcooleira (processos, rejeitos, participação na economia brasileira e sua
importância), poluição atmosférica, demanda energética nacional, fontes de
energia e biomassas.
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foi colocada uma solução de permanganato de potássio (0,5 g/l) que indicaria
a produção do DME por meio da mudança de coloração, ocasionada pela
redução do permanganato de potássio pelo DME.
Figura 1. Aparelhagem utilizada na desidratação do metanol.
2.2.2. Pirólise
O gás de síntese pode ser obtido por meio da pirólise de materiais
lignocelulósicos secos em retortas com ausência de oxigênio sob pressão
atmosférica e temperatura de 250 °C (FELTRE, 1976).
Neste processo, também se obtém mistura gasosa, constituída princi-
palmente por gás de síntese, metano, dióxido de carbono e gás nitrogênio,
mistura líquida, constituída principalmente por água, ácido acético, metanol
e acetona, alcatrão e carvão.
2.2.2.1. Construção do pirolisador
Para a construção do pirolisador, foi usado um tubo galvanizado de 40 mm
de diâmetro externo, uma chapa de aço 1020 preta e um parafuso de 3/8. O
tubo foi desbastado em um torno mecânico e cortado com uma serra manual
tendo um comprimento de 100 mm. O tubo foi fechado com a chapa de aço por
meio do processo de soldagem por eletrodo revestido; em uma extremidade,
foi feito um furo de 17 mm de diâmetro; e em um ponto da lateral foi feito
um furo de 8 mm (usando uma furadeira de bancada), onde foi enroscado o
parafuso. Em seguida, foi construído um suporte para o gaseificador, utilizando
três vergalhões de 3/8 com 150 mm de comprimento e um anel de aço.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Seguindo o método de engenharia, nesta seção serão apresentados os
resultados obtidos e suas respectivas análises.
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da região, que fica a cerca de 120 km de Macaé, cidade onde o projeto foi
desenvolvido.
Por fim, a última dificuldade encontrada foi na comprovação experi-
mental da produção do DME, para este teste fazia-se necessário o uso de um
cromatógrafo gasoso, equipamento de alto valor e difícil disponibilidade.
Após longa procura, encontrou-se um cromatógrafo gasoso de detecção por
ionização de chama na UENF. Em função desta dificuldade, alguns objetivos
específicos não foram atingidos, pois para cumpri-los fazia-se necessário
um cromatógrafo gasoso de detecção de massa. Tais objetivos são o estudo da
viabilidade econômica, o cálculo do balanço de massa e a energia.
4. CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que, utilizando o protó-
tipo construído, é possível obter o DME a partir do bagaço da cana e que a
síntese direta do DME a partir do gás de síntese obtido na pirólise do bagaço
da cana-de-açúcar é viável tecnologicamente. O processo é simples e requer
pouco dispêndio energético, produzindo um gás combustível de alto poder
calorífico que pode ser usado para suprir as demandas energéticas mundiais,
contribuindo com o desenvolvimento sustentável por meio de sua produção,
utilizando rejeitos lignocelulósicos. O protótipo demonstrou-se seguro para
o operador e pode ser também utilizado para os estudos de carbonização,
pirólise, ou gasificação, apenas se faz necessário o controle da temperatura do
forno através do fornecimento de gás dado ao queimador.
O DME é um promissor biocombustível, pois sua emissão de poluentes,
comparada à dos combustíveis fósseis e sintéticos, é muito baixa, e sua
produção no mundo tem aumentado cada vez mais para esse fim. O mais
atraente nesse novo biocombustível é seu índice de cetana que é superior ao
do diesel. Entretanto, a matéria-prima que vem sendo usada é o gás natural
e o carvão fóssil, mostrando, portanto, que a criação de uma fábrica de pro-
dução do DME a partir de rejeitos industriais é totalmente inovadora e
chamará a atenção mundial como um possível meio de minimizar a poluição
atmosférica.
Com a produção do DME a partir do bagaço, a indústria sucroalcooleira
da região terá condições de competir com outras indústrias do país, pois o
que antes era rejeito potencial poluidor atmosférico transformar-se-á em
energia, e, sendo os rejeitos gerados pelo processo de produção do gás de síntese
já utilizados em várias aplicações, o processo torna-se ainda mais viável e
atraente. Além da obtenção de lucros com a produção do DME e dos rejeitos
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5. BIBLIOGRAFIA
AMADO, D. Administrar para desenvolver (ADes): experiência de gestão sistêmica
e comunitária. Rio das Ostras: Editora Diana Amado de Menezes, 2008.
AQUINO, A. S. de. Análise de rotas alternativas para sequestro químico de CO2 :
produção de metanol, gás de síntese e ácido acético. 2008. Projeto final (Graduação
em Engenharia Química) – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
COGO, S. L. Um estudo dos subprodutos e rejeitos do xisto por ressonância paramagnética
eletrônica. 2008. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Universidade Estadual de
Ponta Grossa.
FELTRE. R. Química orgânica, v. 4. São Paulo: Moderna Ltda, 1976.
IDA. Welcome to IDA - International DME Association. Disponível em: <http://
www.aboutDME.org>. Acesso em: 06 mar. 2011.
MESA, J. M. et al. Pirólise rápida em leito fluidizado: uma opção para transformar
biomassa em energia limpa. Revista Analytica, n. 4, p. 32-36, mai. 2003.
MORRISON, T. R.; BOYD, R. N. Química orgânica. 6.ed. Lisboa: Editora
Fundação Calouste Gulbenkim, 1972.
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BIOCOMPÓSITOS DE POLI(ETILENO-CO-
ACETATO DE VINILA) (EVA) REFORÇADOS
COM FIBRA VEGETAL
País: Brasil
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BIOCOMPÓSITOS DE POLI(ETILENO-
CO-ACETATO DE VINILA) (EVA)
REFORÇADOS COM FIBRA VEGETAL
RESUMO
A preocupação com o meio ambiente tem aumentado nos últimos anos,
e isso gera uma maior consciência ambiental por parte das indústrias e da
sociedade em geral. Visando acompanhar essa tendência, houve uma redução
significativa na introdução de novos polímeros no mercado e também a
necessidade de melhorar as propriedades dos polímeros já existentes através
de técnicas, tais como, modificação química, confecção de blendas e uso de
agentes de reforço. Assim, ocorreram grandes avanços em pesquisas com
materiais compósitos reforçados, e as fibras naturais passaram a ser vistas
como potenciais candidatas para substituírem a fibra de vidro (inorgânicas).1
O presente projeto promove a adição de uma fibra vegetal, atuando como
agente de reforço, na proporção de 20 % em massa em relação à massa total
do compósito a ser desenvolvido. Esse compósito apresenta a vantagem de
não necessitar de agentes de acoplamento, uma vez que a matriz polimérica
atua com essa propriedade.
O compósito foi sintetizado com sucesso, obtendo-se uma porcentagem
final dentro de um desvio esperado. O poli(etileno-co-acetato de vinila), EVA,
foi caracterizado e analisado por termogravimetria (TGA), espectroscopia na
região do infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), ensaios
mecânicos de tração e impacto, pelo índice de fluidez (MFI) e ressonância
magnética nuclear (RMN) de 1H. Já o compósito com 20 % de fibra de
curauá foi caracterizado e analisado também por TGA, ensaios mecânicos de
tração e impacto e FTIR.
Os resultados permitem observar que o compósito em relação ao EVA puro
apresenta um ganho em propriedades mecânicas, observado pelo ensaio de tração
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1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, houve um crescimento no interesse da utilização de
fibras naturais em substituição às fibras sintéticas como agentes de reforço em
compósitos poliméricos, a fim de reduzir o custo na produção e o peso final
desses materiais. Fatores econômicos e ambientais fazem com que pesquisa-
dores e engenheiros em todo o mundo desenvolvam trabalhos para encontrar
uma tecnologia apropriada para empregá-la na produção de compósitos
reforçados. As fibras sintéticas como nylon, vidro, poliéster e carbono sempre
foram extensivamente utilizadas para atuar como agentes de reforço em
matrizes termoplásticas. Entretanto, esses materiais são caros, provenientes de
fontes não-renováveis e a sua produção requer um alto consumo de energia.
Outro fator importante a ser considerado é que a incerteza no suprimento e
no preço de produtos baseados no petróleo tem acelerado a procura por
materiais provindos de fontes alternativas.2
As fibras naturais são produzidas no coração da região amazônica, apro-
veitando-se o enorme potencial ambiental e social existente nessa exuberante
região. O curauá, a juta e a malva são fibras cultivadas na região há muitos
anos que agora recebem uma contribuição importante da Pematec quanto ao
desenvolvimento de novas técnicas e procedimentos de plantio, extração e
beneficiamento. Os produtos industrializados com as fibras naturais possuem
alto índice de reciclabilidade, os produtos feitos com a fibra do curauá, por
exemplo, podem ser reciclados em até sete gerações, ou seja, uma peça nível 1
pode ser transformada em outra nível 2, e assim sucessivamente, durante sete
gerações, sem que suas características físico-químicas sejam significativamente
alteradas. Além do mercado automobilístico, as fibras naturais podem ser
utilizadas em outros setores industriais como o têxtil, o calçadista e o
moveleiro.3
Materiais compósitos ou plásticos reforçados são largamente utilizados
pela indústria automotiva e eletroeletrônica. De um modo geral, são obtidos
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7. KROSCHWITZ, 1985.
8. VILLAVECHIA, 1963, p. 849; NICKEL; RIEDEL, 2003.
9. LEÃO et al., 2002, p. 507.
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De suas folhas, extrai-se uma fibra resistente (Figura 2), leve e macia que pode
ser utilizada em várias aplicações, principalmente na indústria automotiva.11
A composição de suas fibras é de, aproximadamente, 74 % de celulose,
10 % de hemicelulose, 8 % de lignina e 8 % de cinzas. Em geral, a fibra de
curauá é em torno de cinco a nove vezes mais resistente que as fibras de juta
e sisal.12 A produção de curauá fornece uma alternativa de renda para o
pequeno agricultor que pode cultivá-la junto a produtos alimentares e a mata
nativa. Ela pertence à mesma família do abacaxi. Em razão da sua “versati-
lidade”, está mobilizando pesquisadores, produtores e técnicos do setor
industrial. A planta produz uma fibra que pode ser utilizada na fabricação de
tecidos, papel, plástico e até de um tipo de anestésico. O curauá é bastante
conhecido no Baixo-Amazonas, região oeste do Pará, onde foram feitos os
primeiros plantios em escala comercial.13
Suas folhas são duras, eretas e têm superfície lisa. A dimensão dessas folhas
é de aproximadamente 1,5 m de comprimento e 4 cm de largura. A planta
requer aproximadamente 2 mm de precipitação pluviométrica/ano. Em oito
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(Side Feeder)
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2. PARTE EXPERIMENTAL
(Side Feeder)
23. INPAME. Imagem disponível no site do Instituto Nacional de Prevenção aos Acidentes em Máquinas e Equipamentos.
Disponível em:<http://www.inpame.org.br/images/areas.jpg>. Acesso em: 13 ago. 2011.
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Parâmetro Valores
Temperatura do molde 16 ºC
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Logo pela unidade convencional temos que o índice de fluidez é 6,7 g / 10 min.
Isso é idêntico ao referente na saca da Polietilenos União S.A que contém os
pellets do EVA. Desse resultado, pode-se concluir que o processo degradativo
decorrente do tempo de armazenamento do material não foi grande o
suficiente para alterar o índice de fluidez do material.
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Estiramento assimétrico
6 1238,07 ~1240 C-C(=O)-O da função acetato
(ȗasC-C(=O)-O)
Estiramento simétrico C-O-
C(=O) da função éster em
7 1020,44 1075 - 1020
posição vinílica (ȗsC-O-
C(=O))**
Bending dentro do plano ou
8 719.806 ~720 rocking para o grupo
metileno.(țCH2)
*Como a resolução do equipamento era de 4 cm-1, qualquer desvio dentro dessa faixa não é considerado
deslocamento, e sim um desvio dentro do erro.
**Na literatura a vibração explicita a vibração para éteres; no entanto, como a função no polímero é uma éster,
esperamos um deslocamento dessa faixa dos números de onda para menor energia, uma vez que ligado ao carbono
adjacente, que não o vinílico, temos uma carbonila (=O) que enfraquece a constante de ligação da ligação C-O-C,
reduzindo assim o número de onda, o que resulta no encaixe do número de onda encontrado, dentro da faixa esperada.
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Figura 13. Espectro ATR-FTIR normalizado para o EVA puro não extrudado,
extrudado e para o compósito.
Não se criou uma tabela com a caracterização das bandas e dos números
de onda para o EVA extrudado, uma vez que seu espectro é idêntico ao do
não extrudado, Figura 13, além de o desvio sofrido no número de onda ser
irrelevante, uma vez que esses desvios não ultrapassaram a diferença de 4 cm-1
(erro do equipamento). Amostras idênticas podem apresentar espectros dife-
rentes, mas, nesse caso, com diferenças desprezíveis.
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Figura 14. Curvas dos ensaios de tração mecânica do EVA extrudado, não
extrudado e do compósito.
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Hidrogênio da metila da
2,034 ~2,000 6,59
função acetato (ȎCH3)**
Hidrogênio de metinos
4,824 - 4,939 ~4,9 devido a insaturações
(ȎCH)***
*O pico com deslocamento químico em 0 ppm é o padrão, que é adicionado para a análise.
** Algum dos hidrogênios, dos dois picos, deve estar sofrendo um efeito de desblindagem maior, ocasionado nesse
caso por uma proximidade maior ou por algum efeito diferenciado com a carbonila.
*** A análise não é tão precisa devido ao desconhecimento da isomeria e dos grupos da insaturação; no entanto,
ela é exclamativa devido aos acoplamentos que esse hidrogênio sofre, originando um multipleto. Além de que sua
análise não se faz necessária.
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Figura 17. Gráfico com os resultados obtidos para o TGA do EVA extrudado
e do Compósito.
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4. CONCLUSÕES
O processo de formulação do compósito, juntamente com a obtenção das
matrizes extrudada e injetadas, foi um sucesso, sem que houvesse a interferência
de uma matriz degradada.
Os resultados das análises mecânicas permitiram concluir que a fibra se
apresenta como uma boa alternativa de aditivo, em relação às fibras inorgâ-
nicas, uma vez que este melhora as propriedades mecânicas do biocompósito
em relação à matriz virgem, aumentando os módulos da tensão na força
máxima e elasticidade.
Observou-se pelo TGA e FTIR que a incorporação da fibra modifica as
propriedades mecânicas da matriz sem alterar as suas características térmicas
e sua estrutura química.
Assim, o biocompósito foi perfeitamente obtido e analisado, podendo-se
chegar à conclusão que este é um material alternativo de boa resistência
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5. BIBLIOGRAFIA
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Disponível em: <http://www.abiplast.org.br/upload/File/2011/PERFIL_2010.pdf>.
Acesso em: 13 ago. 2011.
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com vantagens: patenteada, nova técnica possibilita a produção de plásticos refor-
çados e já pode ser transferida para a indústria. Jornal da Unicamp, n. 245, 22-28
mar. 2004. Disponível em: <http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/
ju/marco2004/ju245pag04a.html>. Acesso em: 13 ago. 2011.
AMICO, S. C.; MOCHNACZ, S.; SYDENSTRICKER, T. H. D. Plástico industrial,
n. 72, 2004.
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materiais compósitos fibrosos heterogêneos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIE-
DADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA, 58. Florianópolis,
jul. 2006. Anais... São Paulo: SBPC, 2006.
BRASKEM. Site. Disponível em: <www.braskem.com.br>. Acesso em: 13 ago. 2011.
DE PAOLI, M. A. Degradação e estabilização de polímeros. São Paulo: Artliber, 2009.
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em: <http://goliath.ecnext.com/coms2/gi_0199-3334184/Present-status-of-ethylene-
vinyl.html>. Acesso em: 13 ago. 2011.
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País: Argentina
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RESUMEN
Se desarrolló un nuevo material biodegradable elaborado a partir de
materias primas de origen natural, totalmente renovables, compatibles con la
protección del medio ambiente, y de muy bajo costo; se reforzó con materiales
nanométricos y también biodegradables.
Este producto apunta a satisfacer las nuevas demandas derivadas de la
necesidad de las industrias alimenticias, de cosmética, higiene y cuidado
personal, farmacéutica y de limpieza, de compatibilizar sus materiales de
embalaje con las nuevas tendencias y políticas de protección ambiental.
En este sentido, este material respetuoso con el medio ambiente puede
desarrollar soluciones que contribuyan a la mejora de la calidad de vida de
las personas, otorgando servicios de alta calidad y con precios competitivos
y, en particular, a través de la mejora en el impacto sobre el medio ambiente.
La originalidad tecnológica del nanocompuesto desarrollado, que fue patentado,
es la inclusión de nanocristales de almidón waxy de maíz en una matriz de
almidón de mandioca.
Tiene como característica que puede obtenerse en forma de gel o de
películas delgadas (films).
El desarrollo y los ensayos realizados permitieron asegurar la viabilidad
técnica del material nanocompuesto y la efectividad de sus aplicaciones y
usos específicos.
1. IMPACTO
A través del desarrollo de este nanocompuesto biodegradable a base de
almidón de mandioca se buscó poder solucionar el grave problema ambiental
que genera el uso de envases de plásticos obtenidos de fuentes no renovables,
como el petróleo. De esta forma, poder integrar los aspectos económicos y
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2. ANTECEDENTES
El reemplazo de los polímeros sintéticos por biopolímeros en el área de
envases y embalajes es uno de los temas con mayor auge en los últimos
tiempos.1 En este contexto, el almidón, en cuanto material termoplástico, se
estudia desde hace unos veinte años, ya que se trata de una materia prima que
es económica, abundante, renovable y biodegradable.2 Sin embargo, hasta
ahora pocas aplicaciones han podido concretarse debido, principalmente, a
que el almidón termoplástico muestra gran sensibilidad al agua, acentuada
por la presencia del plastificante (generalmente un polialcohol). La naturaleza
hidrofílica del almidón plastificado, lo hace muy susceptible al ataque de la
humedad, resultando en cambios en su estabilidad dimensional y propiedades
mecánicas. Además, la retrogradación y cristalización de las cadenas móviles del
almidón conducen a cambios no deseados en sus propiedades termomecánicas.
Por otro lado, en los últimos años, un tipo de almidón rico en amilopectina,
denominado waxy, ha sido empleado para obtener nanopartículas mono-
cristalinas que resultan ser rígidas y de tamaño nanométrico. Estas
nanopartículas, obtenidas mediante una hidrólisis ácida de los granos de
almidón waxy 3, han sido empleadas como nanorrefuerzos en diferentes
nanocompuestos. Por ejemplo, su inclusión mediante mezcla física, en alcohol
polivinílico, en poliuretanos4, en películas de pululano, o en matrices de
almidón, waxy o de mandioca5 condujo a interesantes propiedades de refuerzo.
Sin embargo, los cambios que produjo su inclusión en las propiedades de
barrera fueron poco estudiados. Recientemente nuestro grupo mostró que
1. SORRENTINO; GORRASI; VITTORIA, 2007, p. 84-95; MARTIN; AVEROUS, 2001, p. 6209-6219; WU;
LIAO, 2007, p. 4449-4458; KIM; LEE; KNOWLES, 2006, p. 1002; SUPRONOWICZ et al., 2002;
HARRISON; ATALA, 2007, p. 344-353; KERRY; O’GRADY; HOGAN, 2006, p. 113-130.
2. SALA; TOMKA, 1992, p. 45; RÖPER; KOCH, 1990, p. S123; VAN SOEST et al. 1994, p. 4722.
3. ANGELLIER-COUSSY et al., 2009, p. 1558-1566; CHANG; LIN; CHANG, 2006, p. 332-339; MIAO, et
al. 2011, p. 506-513; GARCÍA, et al., 2011, p. 203-210; GOYANES, et al., 2010; VARATHARAJANA et al.,
2010, p. 466-475.
4. CHEN et al. 2008, p. 8-17.
5. GARCÍA, et al., 2011, p. 203-210; GOYANES, et al., 2010; GARCÍA, et al., 2011, p. 203-210; GOYANES, et al., 2010.
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3. PRODUCTO
El producto que se desarrolló es un compuesto de plástico biodegradable
elaborado con almidón de mandioca y nanocristales, y que por sus propi-
edades puede ser utilizado como envase de diversos productos.
En su forma de film de plástico forma parte de la nueva tendencia de los
envases «verdes» (biopackaging), que se alinean con los que utilizan recursos
renovables, materiales reciclables o nuevos materiales, que permiten la
reducción de residuos sólidos generando así impactos positivos en el medio
ambiente, a diferencia de los envases tradicionales que son elaborados a partir
de recursos no renovables de difícil degradación en el medio ambiente.
El uso de polímeros naturales (almidón de mandioca) con la combinación
de nanocristales, otorgan al film las propiedades de ser flexible, biodegradable,
biocompatible, no tóxico, comestible, translúcido, inodoro e insípido,
permitiendo una buena adhesión a cualquier otro material y alta resistencia
al manipuleo. Estas cualidades del film, lo hacen apto para la protección y
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Films almidón –
Propiedad Otros films
nanocristales
Resistencia a la ruptura
> 3,5 1
(mPa)
Permeabilidad al vapor de
< 2,7 x 10-10 4,5 x 10-10
agua (gm-1s-1Pa-1)
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*Celofán 0,8
**Gluten de trigo 14 – 46
**Quitosano 0,45
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Resistencia frente a la
Film que contiene Módulo de Young (mPa)
ruptura (mPa)
*Cloruro de polivinilideno
350 – 500 20 – 35
(PVDC)
*Polietileno de alta
800 30 – 40
densidad
*Polietileno de baja
200 25 – 32
densidad
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5. BIBLIOGRAFÍA
ANGELLIER-COUSSY, H. et al. Carbohydrate Research, n. 344, p. 1558-1566, 2009.
CHANG, Y.-H.; LIN, J.-H.; CHANG, S.-Y. Food Hydrocolloids, n. 20, p. 332-339,
2006.
CHEN, Y. et al. Carbohydrate Polymers, n. 73, p. 8-17, 2008.
GARCÍA, N. L. et al. Carbohydrate Polymers, n. 84, p. 203-210, 2011.
GARCÍA, N. L. et al. Macromolecular materials & engineering, n. 294, p. 169-177,
2009a.
GARCÍA, N. L. et al. Research International, n. 42, p. 976-982, 2009b.
GOYANES, S. et al. INPI (Exp): 20100100044. Solicitante: Consejo Nacional de
Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), 2010.
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KERRY, J. P.; O’GRADY, M. N.; HOGAN, S. A. Meat Science, n. 74, p. 113-130, 2006.
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KRISTO, E. ; BILIADERIS, C. G. Carbohydrate Polymers, n. 68, p. 146-158, 2007.
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VARATHARAJANA, V. et al. Carbohydrate Polymers, n. 81, p. 466-475, 2010.
WU, C-S.; LIAO, H-T. Polymer, n. 48, p. 4449-4458, 2007.
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Categoria Integração
1º Lugar
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RESUMEN
Liderado por grupos de investigación del MERCOSUR, el presente trabajo
presenta los resultados de un abordaje sistémico, integrado, multidisciplinar
en el tema de la problemática del arsénico (As), especialmente en lo referente
a su presencia en agua de consumo humano y en residuos industriales. La ingesta
de agua con trazas de As por períodos prolongados provoca alteraciones en
la salud, principalmente dermatológicas, que pueden derivar en patologías
más graves, como distintos tipos de cáncer. Se estima que en América Latina
la población en riesgo supera los 14 millones de personas, con incidencia en
todos los países de la región. Los residuos de la minería, actividad relevante en
la región, constituyen una fuente secundaria de contaminación de aguas por As.
Para dar soluciones al problema, un grupo de científicos y tecnólogos del
MERCOSUR, pertenecientes a una Red más amplia dentro del Programa
Ciencia y Tecnología para el Desarrollo (CYTED), se han integrado con tres
objetivos generales: (i) disponer de la mayor cantidad de datos sobre la
distribución geográfica y la génesis del As en acuíferos, sedimentos y suelos;
(ii) contar con metodologías de determinación de As en agua a niveles traza;
y (iii) proveer metodologías para brindar a la población agua segura libre de
As, principalmente a las comunidades aisladas y de bajos recursos. Las tecno-
logías propuestas tienen como objetivo último, además de la mitigación del
problema, el mejoramiento de la calidad de vida y el adecuado desarrollo
socioeconómico de la población.
Las actividades se han llevado a cabo con la contribución de profesionales
de distintas especialidades trabajando en conjunto con el objetivo de reducir
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1. INTRODUCCIÓN
El agua es un factor estratégico para la generación de las riquezas necesarias
para el desarrollo. El hecho de estar involucrada en todas las actividades
productivas y su importancia para la vida la convierten en un factor decisivo
en la calidad de vida de los pueblos, siendo la disponibilidad de agua de calidad
y la conservación de los recursos hídricos condicionantes del desarrollo
económico y social, la competitividad y el crecimiento sustentable de las
naciones. En un escenario que engloba escasez, cambios climáticos, elevación
de costos y disputa por la utilización de recursos, los gobiernos y organiza-
ciones públicas y privadas de los países desarrollados tratan el tema como
estratégico. En los países en desarrollo como los del MERCOSUR, uno de los
aspectos que en la actualidad produce mayor preocupación es la desigualdad
que enfrentan los grupos económicamente más desfavorecidos en la provisión
de servicios básicos, en particular, el abastecimiento de agua potable.
La presencia de arsénico (As) en matrices ambientales, especialmente en
el agua, es un tema prioritario de salud pública, que limita el uso del recurso
para la provisión de agua potable y otros propósitos, y restringe el crecimiento
socioeconómico, el uso racional de los suelos y el desarrollo sostenible de las
actividades primordiales para la región, como las agropecuarias.
La presencia de As en aguas de consumo ha ocasionado en todo el planeta
la diseminación de una serie de alteraciones a la salud humana conocidas
como arsenicismo (que en la región latinoamericana se denomina Hidroarse-
nicismo Crónico Regional Endémico, HACRE). Se trata de una enfermedad
crónica que deviene del consumo de agua y alimentos con pequeñas cantidades
de As durante períodos prolongados. El As es un «veneno invisible», ya que
no se puede detectar ni por el olor, el color ni el sabor. Sus principales
manifestaciones son serias alteraciones dermatológicas como melanodermia,
leucodermia y/o queratosis palmo-plantar, evolucionando hacia patologías
más graves que pueden relacionarse con distintos tipos de cáncer en la piel y
en órganos internos (esófago, estómago, hígado, colon, pulmón, vejiga). En
los últimos años, se ha hallado As en aguas de consumo en 14 de los 20 países
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1. WHO. 2004.
2. BUNDSCHUH et al. 2010a, p. 307-315.
3. LITTER, 2006; BUNDSCHUH; PÉREZ CARRERA; LITTER, 2008.
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2. RED IBEROARSEN
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4. BUNDSCHUH et al. 2011b, p. 1016; BUNDSCHUH et al. 2010a, p. 307-315; LITTER; MORGADA;
BUNDSCHUH, 2010, p. 1105-1118; BUNDSCHUH et al., 2010b, p. 5511; FIGUEIREDO, B. R. et al., 2010.
p. 79-106.
5. BUNDSCHUH et al. 2011b, p. 1016; BUNDSCHUH; PÉREZ CARRERA; LITTER, 2008.
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3.1. ARGENTINA
En Argentina, las mayores concentraciones de As en aguas subterráneas se
encuentran en la Llanura Chaco-Pampeana, Puna y Cuyo, mientras que la
Patagonia necesita todavía ser estudiada con mayor detalle.7
Llanura Chacopampeana. Es la región más grande y poblada de
Argentina, cubriendo más de un millón de km2. Si bien no se dispone de
información completa, sistemática e integral sobre las fuentes de As debido
a la extensión de la región, existe un número de estudios locales que señalan
presencia de As en áreas ubicadas en el norte de la provincia de La Pampa
(hasta 5300 µg l–1 de As)8, sur y sureste de la provincia de Córdoba (hasta
4550 µg l–1), centro y sur de la provincia de Buenos Aires9, oeste de la
provincia de Santa Fe10, provincia de Santiago del Estero (con un valor un
valor máximo de 14 900 µg l–1), áreas del nornoreste de la Llanura Chaco-
Salteña11 y zonas de la llanura oriental de la provincia de Tucumán12, áreas
en las que el HACRE se manifiesta como endémico.13
El agua de la provincia de Buenos Aires se relaciona particularmente pero
no exclusivamente al acuífero Pampeano, y representa la mayor fuente de
agua subterránea de toda la región con altas concentraciones de As. En la
Llanura Chaco-Salteña, se determinaron altos valores de As y F, con
manifestaciones de HACRE y fluorosis dental y esqueletal.14 En Taco Pozo
(provincia de Chaco) se consume agua con más de 200 µg l–1 de As y la
6. Idem; Idem.
7. SMEDLEY et al. 2009. p. 35-45.
8. FARÍAS; FERNÁNDEZ-TURIEL; GIMENO, 2009.
9. NICOLLI, H. B. et al., (en prensa).
10. Idem.
11. NICOLLI et al., 2010, p. 5589-5604.
12. BUNDSCHUH et al. 2011b, p. 1016; BUNDSCHUH; PÉREZ CARRERA; LITTER, 2008; SMEDLEY
et al. 2009. p. 35-45; NICOLLI, H. B. et al., (en prensa).
13. NICOLLI, H. B. et al., (en prensa); NICOLLI et al., 2010, p. 5589-5604.
14. NICOLLI, H. B. et al., (en prensa).
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3.2. CHILE
Aunque los problemas relacionados con la presencia de As en agua de
consumo se resolvieron en la mayor parte de este país, las concentraciones en
el norte, desde Arica hasta Antofagasta (17°30’ a 28°30’S) son aún de gran
preocupación. En esta región se encuentran 420 volcanes, algunos aún
activos. Las concentraciones de As total en varias fuentes exceden la
normativa nacional e internacional en unas 6 a 300 veces. Las aguas son
consumidas por algunas comunidades, que viven en medio del mayor desierto
15. BUNDSCHUH et al. 2011b, p. 1016; BUNDSCHUH; PÉREZ CARRERA; LITTER, 2008; NICOLLI et
al., 2010, p. 5589-5604.
16. Idem; Idem; FARÍAS et al., p. 397-407.
17. Ibid.; Ibid.
18. Ibid.; Ibid.
19. Ibid.; Ibid.; FIGUEIREDO et at., 2010, p. 79-106.
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del mundo (Atacama, 250 000 km2), donde las precipitaciones y el agua son
escasas, y el agua superficial puede concentrar de 1000 a 5100 µg l–1 As.20
Arica y Parinacota. Los pobladores de la zona rural de Arica han sido
afectados por HACRE desde hace más de 4500 años. La ocurrencia del As
se debe a procesos relacionados con la actividad volcánica en la Cordillera de
los Andes. El río Lluta se extiende por 150 km desde el volcán Tacora hacia
el mar, llevando aguas con cerca de 200 µg l–1 de As. Pequeñas comunidades
de unos 60 habitantes están expuestas a As por consumo de agua del río
Camarones (100 km al S de Arica), en algunos casos con concentraciones
mayores de 1000 µg l–1.21
Antofagasta y Valle del Elqui (región de Coquimbo). Antofagasta se
conoce como la capital minera de Chile y es uno de los productores más
importantes de cobre en el mundo. Los ríos de la región presentan concen-
traciones de As de hasta 3000 µg l–1, y el mismo valor se determinó en algunos
ríos de la provincia de Loa.22
El valle del río Elqui se extiende por unos 9800 km2 y el río drena en
su recorrido importantes zonas de alteraciones hidrotermales y depósitos
epitermales de minerales que contienen Cu, Au y As en el contexto del
famoso distrito mineral El Indio. Los sedimentos de ríos y lagos antiguos
están altamente enriquecidos con As, debido no solo a la actividad minera
actual sino principalmente a procesos de erosión de largo plazo que afectaron
ocurrencias naturales de minerales con As.23
3.3. BRASIL
A la fecha, la concentración de As de los principales acuíferos brasileños
es desconocida, con estudios solo en tres áreas: (i) Cuadrilátero del Hierro
(CH), (ii) Valle da Ribeira y (iii) distrito Santana.24 Se encontraron otras
fuentes puntuales con concentraciones significativas de As relacionadas con
la minería del oro en los estados de Bahia, Goiás y Minas Gerais, así como
en formaciones de carbón al S de Brasil.
El Cuadrilátero de Hierro. El CH es una geoprovincia mundialmente
conocida como productora de hierro-oro, ubicada en la parte sur-central del
estado de Minas Gerais, donde en los últimos 300 años se han volcado grandes
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3.4. URUGUAY
En este país existen muy pocos antecedentes de estudios sistemáticos de
la presencia de As geogénico o contaminación antropogénica en aguas
subterráneas, que comenzaron recién en 2005.28 Unos pocos estudios abarcan
la evaluación del riesgo ambiental por presencia de As en aguas subterráneas
del acuífero Raigón (Formación Raigón, Plio-Pleistoceno)29 y existencia de
niveles superiores a los recomendados por la OMS para agua potable en
diferentes acuíferos del país: Chuy (0,1-41,9 µg l–1), Raigón (3,1-18,9 µg l–1)
y Mercedes (9,9-58 µg l–1).30
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4. METODOLOGÍAS ANALÍTICAS
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5. REMOCIÓN DE ARSÉNICO
La mayoría de los procesos de remoción de As se basan en una secuencia
simple de tratamientos fisicoquímicos que se pueden aplicar solos o
combinados, simultáneamente o en una secuencia: oxidación/reducción,
coagulación/filtración, precipitación, adsorción, separación sólido/líquido y
tecnologías de membrana, entre otros.36 En un escenario como el de América
Latina, y más particularmente en el MERCOSUR, con sus diversidades, la
elección de la tecnología adecuada para la remoción de contaminación en
agua de bebida debe basarse por un lado en factores técnicos como las
propiedades microbiológicas y fisicoquímicas del agua, caudal a tratar, datos
sobre la capacidad de la planta, requerimientos de concentración final de As
en el agua tratada, tipo de fuente, etc. Por otro lado, los aspectos sociológicos
de la población a la cual se le suministrará el agua, tales como pobreza,
malnutrición, incidencia de enfermedades crónicas, factores educacionales,
etc., son muy importantes para la selección de la tecnología correcta.
Otro aspecto importante es la remoción y disposición de As en la industria
minera (especialmente Cu y Au) y metalúrgica, porque ambas actividades
son relevantes en América Latina y fuentes importantes de residuos de As,
para los que las regulaciones ambientales son cada vez más estrictas. Las aguas
35. LITTER, M. I.; SANCHA, A. M.; INGALLINELLA, 2010; LITTER, M. I.; MORGADA, M. E.;
BUNDSCHUH, 2010, p. 1105-1118.
36. LITTER; SANCHA; INGALLINELLA, 2010.
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5.1.1. Argentina
En Argentina existen numerosas plantas para remoción de As instaladas
en varias provincias. El uso de la ósmosis inversa es la opción preferida, ya que
permite la eliminación de otras especies químicas como cloruros, sulfatos,
nitratos y metales pesados. Sin embargo, y aunque existen plantas de ósmosis
inversa en Santa Fe, Córdoba y La Pampa, el método presenta varias desven-
tajas entre las cuales se destacan el alto costo y el volumen de agua de rechazo,
que llega al 30-50 % de los flujos de entrada. Por esta razón, se ha intentado
el desarrollo de otras tecnologías más económicas, de las que el proceso
ArCIS-UNR es uno de los más exitosos.38
El desarrollo del proceso ArCIS-UNR de coagulación-floculación-
filtración fue llevado a cabo por un grupo de investigación de la Universidad
Nacional de Rosario y permite remover As y fluoruros presentes en agua.
Mediante ensayos en laboratorio y en planta piloto, se eligió como coagulante
al PAC (policloruro de aluminio, un polímero inorgánico de aluminio de
creciente aplicación en el tratamiento de aguas). Los ensayos a escala de
laboratorio mostraron que se podían obtener concentraciones de As,
fluroruros y Al y niveles de turbiedad por debajo de los límites establecidos
por la normativa. El esquema de tratamiento se compone de un filtro grueso
ascendente de grava y un filtro rápido descendente de arena, tal como se
muestra en la Figura 3.
37. Idem; LITTER, 2008, p. 41-50 ; INGALLINELLA et al., 2002, p. 53-58; FERNÁNDEZ; INGALLINELLA;
STECCA, 2010, p. 589-594.
38. LITTER et al., 2008, p. 41-50.
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39. LITTER; SANCHA; INGALLINELLA, 2010; SANCHA; FUENTEALBA, 2010, p. 581-588; SANCHA,
A. M.; HEALTH, 2006, p. 267-272.
40. LITTER; BUNDSCHUH, 2010; BUNDSCHUH et al., 2010c, p. 5828-5845; BUNDSCHUH et al., 2011a,
p.1080.
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41. TEIXEIRA, M. C.; CIMINELLI, 2005, p. 895-900; CIMINELLI et al., 2007b, p. 128-134.
103
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48. Ibid.; LITTER; MORGADA; BUNDSCHUH, 2010, p. 1105-1118; MORGADA DE BOGGIO et al.,
2010. p. 209-218, 2009b, p. 677-683, 2009b.; MATEU, 2007.
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6. CONSIDERACIONES FINALES
Científicos y tecnólogos del MERCOSUR han trabajado integradamente
en investigación y desarrollo de tecnologías sustentables para paliar la
dramática situación que representa el As en el agua para la salud humana.
Esta integración se viabilizó exitosamente a través de la consolidación de la
Red IBEROARSEN, que consiguió hacer visible y científicamente verificable
la problemática del As en Iberoamérica, en particular en el MERCOSUR, y
atraer la atención de autoridades, ONG y población en general. La Red ha
contribuido a fomentar, además, el desarrollo científico-tecnológico general
en la región, con el aumento de grupos de trabajo e investigaciones relacio-
nadas, sobre todo en los países menos desarrollados. Ha consolidado un
grupo de expertos internacionales del más alto nivel en el tema, que ha
49. Ibid.; LITTER; MORGADA; BUNDSCHUH, 2010, p. 1105-1118; MORGADA DE BOGGIO et al.,
2010. p. 209-218, 2009b, p. 677-683, 2009b.; MATEU, 2007.
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7. BIBLIOGRAFIA
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8. AGRADECIMIENTOS
Este trabajo se dedica a la memoria de R. Gérèquiz y W. Höll, por su gran
contribución al problema del As en el MERCOSUR y en el mundo. Agrade-
cemos a CYTED y a todos los colaboradores de IBEROARSEN. Se han
recibido subsidios de instituciones de Argentina (ANPCYT, CONICET,
Sec. C-T-IP Sta. Fe), Brasil (LNLS, CAPES, FAPEMIG, CNPq, INCT-
Acqua), Chile (FONDEF-CONICYT, UTA-MINEDUC) y Uruguay (PDT,
DINACYT-MEC, CSIC-UdelaR).
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País: Paraguai
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ENERGÍA VERDE:
PRODUCCIÓN DE BIOGÁS
RESUMEN
Este trabajo tiene como objetivo principal contribuir al aprovechamiento
racional de los recursos naturales con la producción y utilización de energía
alternativa, de biogás. Es una investigación de carácter descriptivo y experi-
mental, para la que se llevó a cabo una revisión bibliográfica y un trabajo de
campo. Se pretende que este trabajo sirva de modelo para otros proyectos
similares dentro de la comunidad donde está inserto el colegio.
1. INTRODUCCIÓN
La creciente producción de desechos sólidos y líquidos, resultantes de las
distintas actividades que realizan las poblaciones humanas para satisfacer sus
necesidades básicas de supervivencia y confort, ha originado que el medio
ambiente se vea constantemente contaminado por el inadecuado tratamiento
y disposición final de dichos desechos.
Los métodos tradicionales para el saneamiento de efluentes no han logrado
una eficiencia óptima en la disminución de los índices de contaminación de
las aguas servidas a fin de que no sean agresivas a los cuerpos receptores. Por
ello se han implementado nuevos métodos de degradación de efluentes,
algunos de los cuales permiten además el aprovechamiento energético de los
gases que se originan de estos procesos, favoreciendo así a las zonas rurales,
a las que cada vez resulta más problemático proporcionar energía adecuada
por los altos costos del petróleo y de la energía eléctrica.
El déficit de abastecimiento y los costos crecientes del petróleo han
impulsado a muchos países a realizar estudios sobre fuentes de energía
alternativas que reemplacen a los habituales derivados del petróleo, que
además causan daños irreparables al medio ambiente en todo el planeta.
En este sentido la biodigestión anaeróbica de los desechos orgánicos como
excretas de animales y de humanos, restos de cosechas y de procesos agroin-
dustriales, se presenta como una alternativa factible en el campo, tanto por
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3. OBJETIVOS
3.1. GENERAL
Contribuir al aprovechamiento racional de los recursos naturales con la
producción y utilización de energía alternativa, biogás.
3.2. ESPECÍFICOS
• Investigar las ventajas económicas y ecológicas del biogás.
• Determinar tipos de materia orgánica para la producción de biogás.
• Estudiar la estructura básica, tipos y mantenimiento del biodigestor.
• Aplicar los conocimientos obtenidos con la investigación en la
construcción de un biodigestor.
• Producir biogás como fuente de energía.
• Valorar la importancia de la utilización de energía alternativa para el
cuidado del medio ambiente.
• Concienciar a la población acerca de la importancia de la producción y
utilización de biogás como energía alternativa.
4. HIPÓTESIS
• Con la instalación de un biodigestor es posible obtener biogás de uso
doméstico a partir de la fermentación anaeróbica del estiércol de ganado
vacuno en una granja del Barrio San Miguel de la ciudad de Caacupé, en
el presente año lectivo.
• El uso de la energía biogás favorecerá la economía de una familia del Barrio
San Miguel en el periodo de 2009 con la implementación del biodigestor.
• El uso de una energía alternativa como el biogás contribuye al cuidado del
medio ambiente.
5. VARIABLES
5.1. INDEPENDIENTES
• Utilización de residuos orgánicos.
• Instalación de biodigestor.
• Granja de una familia del Barrio San Miguel.
• Fermentación anaeróbica de estiércol de ganado vacuno.
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5.2. DEPENDIENTES
• Producción de biogás
6. MARCO TEÓRICO
6.1. ANTECEDENTES
Las primeras menciones sobre biogás se remontan al 1600, en que varios
científicos se refieren a un gas proveniente de la descomposición de la materia
orgánica.
En el año 1890 se construye el primer biodigestor a escala real en la India
y ya en 1896 en Exeter (Inglaterra) las lámparas de alumbrado público eran
alimentadas por el gas recolectado de los digestores que fermentaban los lodos
cloacales de la ciudad.
Tras las guerras mundiales comienzan a difundirse en Europa las llamadas
fábricas productoras de biogás, cuyo producto se empleaba en tractores y
automóviles de la época. En todo el mundo se difunden los denominados
tanques Imhoff para el tratamiento de aguas cloacales colectivas. El gas
producido se utilizó para el funcionamiento de las propias plantas, en
vehículos municipales y en algunas ciudades se lo llegó a inyectar en la red de
gas comunal.
Durante los años de la segunda guerra mundial comienza la difusión de
los biodigestores a nivel rural tanto en Europa como en China e India, que
se transforman en líderes en la materia.
Esta difusión se ve interrumpida por el fácil acceso a los combustibles
fósiles y recién en la crisis energética de la década de los setenta se reinicia con
gran ímpetu la investigación y extensión en todo el mundo, incluyendo la
mayoría de los países latinoamericanos.
Los últimos 20 años han sido fructíferos en cuanto a descubrimientos
sobre el funcionamiento del proceso microbiológico y bioquímico gracias al
nuevo material de laboratorio que permitió el estudio de los microorganismos
intervinientes en condiciones anaeróbicas (ausencia de oxígeno).
Estos progresos en la comprensión del proceso microbiológico han estado
acompañados por importantes logros de la investigación aplicada obteniéndose
grandes avances en el campo tecnológico1.
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6.2. BIOGÁS
El biogás es una mezcla de gases, principalmente metano (CH4) y dióxido
de carbono (CO2), que se forma cuando la materia orgánica se descompone
en ausencia de oxígeno, es decir en condiciones anaeróbicas. En la naturaleza
se puede encontrar ejemplos de producción de biogás en las lagunas, en aguas
estancadas, en los sedimentos marinos, en el estómago de los rumiantes. Las
burbujas que suben del fondo de las lagunas o los gases que son eructados por
las vacas son efectivamente biogás. Los responsables de la transformación de
la materia orgánica en biogás son unos microorganismos especiales que
trabajan en conjunto (bacterias y hongos).
Muchos productos se basan en el uso controlado de microorganismos:
vino, chicha, cerveza, queso, yogurt, levaduras, compost, son productos de
la acción de algún tipo de microorganismo. De la misma manera se puede
dejar que los microorganismos del biogás trabajen para nosotros en depósitos
cerrados llamados digestores.
6.3. BIODIGESTOR
Un biodigestor es un sistema sencillo de conseguir solventar la problemática
energética-ambiental, así como realizar un adecuado manejo de los residuos,
tanto humanos como animales.
Los comúnmente denominados biodigestores toman su nombre de digestivo
o digestión y son máquinas simples que convierten las materias primas en
subproductos aprovechables, en este caso gas metano y abono.
El principio básico de funcionamiento es el mismo que tienen todos los
animales: descomponer los alimentos en compuestos más simples para su
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3. Universo porcino. El portal del cerdo. Instalaciones porcinas: biodigestores [En línea] Disponible en: www.
aacporcinos.com.ar/articulos/que_es_un_biodigestor.html. Consultado el 20/03/2009.
4. Ibíd. [En línea] Disponible en: www.aacporcinos.com.ar/articulos/que_es_un_biodigestor.html Consultado el
20/03/2009
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Cabe señalar que con estos biodigestores de bajo costo no solo se produce
energía barata (biogás) y fertilizante ecológico (biol), sino que también incide
directamente en la salud familiar al sustituir la leña para cocinar por un gas
que no desprende humo en la cocina, tan dañino para las vías respiratorias,
sobre todo para las mujeres5.
La carga de trabajo físico que conlleva la búsqueda de la leña se ve
reducida. A nivel medioambiental, la carga de estiércol diaria del biodigestor
elimina moscas y olores, además de reducir enfermedades del ganado, como
la mastitis6.
6.3.2. Tipos de biodigestor
De acuerdo con la frecuencia de cargado, los sistemas de biodigestión se
pueden clasificar en:
• Bacht o discontinuo
• Semicontinuo
• Continuos
a) Sistema Bacht o discontinuo
Este tipo de biodigestor se carga de una sola vez en forma total y la descarga
se efectúa una vez que ha dejado de producir gas combustible. Normalmente
consiste en tanques herméticos con una salida de gas conectada a un gasómetro
flotante, donde se almacena el biogás.
Este sistema es aplicable cuando la materia a procesar está disponible de
manera intermitente. En este tipo de sistemas se usa una batería de digestores
que se cargan a diferentes tiempos para que la producción de biogás sea
constante.
Este tipo de digestor es también ideal a nivel de laboratorio si se desean eva-
luar los parámetros del proceso o el comportamiento de un residuo orgánico
o una mezcla de ellas.
Es importante considerar la facilidad de construcción del sistema, la sencillez
en el proceso de digestión, puesto que la alimentación del digestor puede ser
con residuos vegetales o también mezclando tales residuos con los pecuarios,
y su mayor producción de biogás en comparación con el modelo chino e
hindú.
5. CEDECAP. Biodigestores de polietileno: construcción y diseño. [En línea] Disponible en: www.cedecap.org.pe/
uploads/biblioteca/8bib_arch.pdf Consultado el 21/03/2009.
6. Ibib. [En línea] Disponible en: www.cedecap.org.pe/uploads/biblioteca/8bib_arch.pdf Consultado el 21/03/2009.
120
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b) Semicontinuo
i. Modelo hindú
Es el tipo de biodigestor más usado en el medio rural cuando se trata de
digestores pequeños para uso doméstico. Los diseños más populares son el
hindú y el chino.
Entre los de tipo hindú existen varios diseños, pero en general son verti-
cales y enterrados. Se cargan por gravedad una vez al día, con un volumen de
mezcla que depende del tiempo de fermentación o retención7. Producen una
cantidad diaria más o menos constante de biogás si se mantienen las
condiciones de operación.
El gasómetro está integrado al sistema. En la parte superior del pozo hay
una cámara flotante donde se almacena el gas, balanceada por contrapesos,
y de esta sale el gas para su uso. De esta forma la presión del gas sobre la
superficie de la mezcla es muy baja.
Gráfico 1. Modelo hindú de biodigestor.
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c) Continuo
Este tipo de digestores se desarrollan principalmente para tratamiento de
aguas residuales. En general son plantas muy grandes, en las cuales se
empelan equipos comerciales para alimentarlos, proporcionarles calefacción
y agitación, así como para su control.9
Por lo tanto, este tipo de plantas son más bien instalaciones de tipo
industrial, donde se genera una gran cantidad de biogás, que a su vez se
aprovecha en aplicaciones industriales.10
6.3.3. Condiciones para la biodigestión
Las condiciones para la obtención de metano en el digestor son las
siguientes:
• Temperatura entre los 20 °C y 60 °C
• PH (nivel de acidez / alcalinidad) alrededor de 7
• Ausencia de oxígeno
• Gran nivel de humedad
• Materia orgánica
• Que la materia prima se encuentre en fragmentos del menor tamaño
posible
• Equilibrio de carbono/nitrógeno
• Hermético, para evitar fugas del biogás o entradas de aire
• Térmicamente aislados, para evitar cambios bruscos de temperatura
• El contenedor primario de gas deberá contar con una válvula de seguridad
• Deberán tener acceso para mantenimiento
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12. CEDECAP. Biodigestor de polietileno: construcción y diseño. [En línea] Disponible en: www.cedecap.org.pe/
uploads/biblioteca/8bib_arch.pdf Consultado el 21/03/2009.
13. Análisis de biodigestores. Cubasolar. [En línea] Disponible en: www.cubasolar.cu/biblioteca/energia/
Energia22/HTML/articulo04.htm Consultado el 25/03/2009.
124
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a) Excavación
La excavación a donde ira el biodigestor debe tener una pendiente del 3 %.
Se deben construir las cámaras de entrada y salida con ladrillos y cemento.
Otra alternativa es utilizar como entrada y salida baldes de plástico de 20
libros bien sujetados en las bocas de entrada y salida del biodigestor.
Gráfico 5. Excavación para biodigestor.
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Tabla 1. Continuação.
Material Cantidad Costo
Biodigestor, Mangera de plástico de 1 4m 30 000 Gs
gasómetro y pulgada
salida del
biogás Brinda de 1 pulgada (salida para 1 unidad 20 000 Gs
tanque de agua)
e) Salida de gas
El primer paso es marcar a donde va ir ubicada la salida de gas. Esta debe
estar a 1,5 m del extremo del tubo de plástico y en el centro del mismo, en
lo que será la parte superior del biodigestor.
El tamaño del corte va a estar determinado por el diámetro externo del
adaptador «macho» del PVC.
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g) Válvula de seguridad
Esta válvula es un dispositivo que controla la presión del gas en el biodi-
gestor. Consiste en tubo sumergido en agua que libera el exceso de gas cuando
el mismo se acumula y no está siendo utilizado. Debe estar cerca de la salida
del biogás.
Gráfico 10. Armado de la válvula de seguridad.
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a) Tiempo de retención
El tiempo de retención o tiempo es el periodo en el que la materia
orgánica permanece dentro del biodigestor. Se calcula dividendo el volumen
del biodigestor entre el volumen de carga diaria.
Horta Nogueira (1986) recomienda un tiempo de retención de 20 a 30
días para biodigestores continuos. No obstante, este periodo puede reducirse
a 5 o 10 días si la materia orgánica esta previamente diluida, la temperatura
es elevada y la agitación de la mezcla es perfecta.
Para calcular el volumen de carga diaria, se divide el volumen del bio-
digestor entre el tiempo de retención que se desea.
b) Cuidados
Ubicación
El biodigestor debe estar situado en un área segura, donde no se transiten
animales y alejados de caminos muy transitados por la gente.
Cercado
Es importante cercar el biodigestor para protegerlo. Puede alambrarse o
usar tacuaras, madera para construir el cerco.
Techado
Evitar que el biodigestor este a sol directo. El sol reseca y vuelve
quebradizo al polietileno, incluso si tiene protección de filtro ultravioleta
(UV). De allí, la importancia de techar el biodigestor o construir una pérgola
para brindarle sombra.
Carga
Es necesario evitar la entrada de agua de lluvia para que el material no se
diluya en exceso, de materiales que puedan sedimentar en el fondo del
biodigestor, como arena o piedras, y la entrada de materiales punzantes o
filosos que puedan dañar el plástico, como cortes de rama, vidrios rotos o
alambres.21
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Insecticidas
Vigilar que desinfectantes, insecticidas, solventes o fertilizantes químicos
no se mezclen con la materia orgánica, pues pueden perjudicar seriamente el
proceso anaeróbico que se lleva a cabo dentro del biodigestor.
Otras consideraciones
No fumar ni hacer fuego cerca del biodigestor.
Agitar continuamente para evitar el endurecimiento de la biomasa.
Gráfico 13. Proceso de agitación para evitar que la biomasa de endurezca.
c) Mantenimiento
Controlar periódicamente que la manga no presente orificios o rajaduras
y taparlos inmediatamente si fuera el caso.
Controlar que las conexiones de salida y conducción del gas se encuentren
en buenas condiciones y arreglarlas o reemplazarlas si fuera necesario.
Desmalezar los alrededores del biodigestor. Tener cuidado al utilizar
herramientas filosas que puedan causar la rotura del polietileno que lo
recubre.
Mantener en forma el techo y el cercado. Controlar que no se acumule
agua en las tuberías.22
El biogás contiene vapor de agua y suele condensarse en las tuberías,
obstruyendo el paso.
Se recomienda colocar una trampa de agua en la parte más baja de las
tuberías o una conexión que permita drenar el agua acumulada.
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7. MÉTODOS Y MATERIALES
Este trabajo es, según su finalidad, una investigación aplicada de alcance
seccional (transversal). Según su profundidad, es un estudio descriptivo
sustentado en la investigación mixta (documental y de campo). Y también
experimental, ya que permite la manipulación de variables.
El método empleado fue la observación directa, la entrevista y la encuesta.
El trabajo de campo abarco desde el diagnostico situacional del lugar
donde se realizó hasta la implementación propiamente dicha del biodigestor
con la producción de energía de biogás.
La entrevista fue realizada al dueño de la Granja, el Señor Martínez; las
encuestas fueron aplicadas a una muestra de 30 pobladores del barrio San Miguel.
En cuanto a los instrumentos de recolección de datos, se utilizó un
cuestionario para realizar la encuesta a los pobladores, una lista de cotejo para
la observación directa y un cuestionario de preguntas para la entrevista.
La revisión bibliográfica se realizó durante los meses de marzo a junio de
2009.
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8. RESULTADOS Y DISCUSIONES
8.1. DIAGNOSTICO SITUACIONAL DE LA GRANJA DE LA FAMILIA
MARTÍNEZ
La granja de la Familia Martínez pertenece a los padres de un estudiante
del 2° Año del Bachillerato Técnico en Contabilidad del Colegio Nacional
San Miguel Arcángel.
El establecimiento está situado en el Barrio San Miguel de la ciudad de
Caacupé, a 300 metros del Colegio.
La granja tiene una hectárea de extensión. Dentro de la misma se crían
vacas, cerdos, gallinas y otros animales.
Dispone de una vivienda hecha de material cerámico con dos habitaciones,
una cocina comedor y una letrina.
El estiércol de vaca se genera a diario en mucha cantidad debido a que se
cuenta con 15 vacas, 2 caballos, 5 cabras y 20 gallinas.
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´ ´
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9. CONCLUSIONES
La implementación de biodigestores para la producción de energía de uso
doméstico es viable desde el punto de vista técnico y económico, además de
sus beneficios sociales y ambientales.
El clima tropical de nuestro país contribuye a la producción de biogás.
La utilización de biogás obtenido del relleno sanitario de la granja de la
Familia Martínez ayudará a reducir los costos en gastos de garrafas de gas en
su cocina.
La implementación de biodigestores en el sector rural o semirrural
contribuirá de manera significativa a la preservación del Acuífero Guaraní.
Se logró obtener energía biogás a partir de estiércol de vaca y fertilizantes.
Con la utilización del biogás se contribuye a la mitigación de gases de efecto
invernadero.
Los estudiantes y docentes implicados en el proyecto han puesto su mayor
empeño y dedicación en la ejecución de este proyecto.
La dirección general del Colegio ha brindado todo el apoyo logístico y
económico posible para el proyecto.
10. RECOMENDACIONES
A las autoridades municipales y departamentales: gestionar decididamente
la implementación de un relleno sanitario intermunicipal que tenga en cuenta
el reciclado adecuado de los residuos sólidos y el aprovechamiento del biogás
para abastecer de energía a las comunidades de menores recursos.
A la comunidad del Barrio San Miguel: promover campañas a favor de la
mitigación de gases de efecto invernadero.
A los docentes de la institución: trabajar siempre en equipo, impulsando
y gestionando la ejecución de proyectos que contribuyan con el cuidado del
medio ambiente y la solución de problemas sociales de la comunidad.
A los estudiantes: tener en cuenta que el método científico aplicado a la
investigación es un medio muy valioso para determinar y resolver problemas
sociales, económicos y ambientales. Por tanto, deben interesare por ella y
practicarla.
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11. BIBLIOGRAFÍA
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mar. 2009.
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de energía eléctrica a partir de biogás, parte I. Mundo de la electricidad: revista del
sector eléctrico al servicio del Paraguay, a. 14, n. 123, p. 11-12, mar. 2010.
FAO. Reciclaje de materias orgánicas y biogás: una experiencia en China. Santiago de
Chile: FAO, 1986.
MAGALHAES, A. P. T. Biogas: um projeto de saneamento urbano. São Paulo:
Nobel, 1986.
PEREIRA, M. F. Construções rurais. São Paulo: Nobel, 1986.
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Disponible en: < http://www.solucionespracticas.org.pe/fichastecnicas/pdf/Ficha
Tecnica8-Biodigestores.pdf>. Consultado el: 21 mar. 2009.
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Disponible en: <www.aacporcinos.com.ar/articulos/que_es_un_biodigestor.html>.
Consultado el: 20 mar. 2009.
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País: Argentina
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SÍNTESIS Y ESTRUCTURACIÓN DE
BIOMATERIALES A PARTIR DE
PRECURSORES DE BAJO COSTO
E IMPACTO AMBIENTAL
RESUMEN
El aumento de la esperanza de vida está produciendo un incremento en la
demanda de nuevos materiales para aplicaciones en terapias de patologías óseas.
Cada año más de 2,2 millones de personas son tratadas quirúrgicamente
debido a desórdenes musculoesqueléticos como consecuencia de trauma o
extirpación de tumores. Como alternativa a las piezas de reemplazo e injertos
(propios o no), que requieren operaciones traumáticas, largos períodos de
recuperación y entrañan la posibilidad de rechazo o transmisión de enferme-
dades, se ha desarrollado la estrategia de sintetizar materiales que actúen
como andamiajes (scaffolds) que estimulen in situ mecanismos de regeneración
ósea. Hasta ahora los métodos de síntesis desarrollados para estos materiales
tienen la desventaja de requerir numerosos pasos de síntesis, generalmente
para eliminar residuos tóxicos para el organismo o el ambiente o utilizar
condiciones extremas en ellas (por ejemplo: temperatura, pH, etc.). En nuestro
país y en el MERCOSUR no se han desarrollado estos materiales y las opciones
disponibles, generalmente prótesis, materiales de relleno o injerto de tejidos
provenientes de material cadavérico, implican un precio elevado debido a la
importación de materiales y al costo de las operaciones que suponen una
cobertura médica privada.
Teniendo en cuenta lo anterior, este trabajo se centra en el desarrollo de
un material que actúe como andamio para la regeneración de tejidos óseos
sintetizado a partir de precursores comerciales de bajo costo, silicio comercial
y leche, utilizando una síntesis y estructurado de pocos pasos y en condi-
ciones de bajo impacto ambiental (utilizando agua como solvente, pH
fisiológico y tratamiento térmico medio), para finalmente obtener un
material autosoportado con estructura de poros jerárquicos.
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1. INTRODUCCIÓN
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Dip coating
(-196 ºC)
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2. OBJETIVO
Teniendo en cuenta lo anterior en este trabajo se propuso:
• Elegir precursores que no provoquen residuos tóxicos, ni para el ambiente
ni en el organismo, pero que a su vez permitan conservar las ventajas dadas
por la composición de los biovidrios (SiO2-CaO-P2O4).
• Utilizar en la síntesis un solvente inocuo, un pH lo más cercano posible
al fisiológico y una temperatura de calcinado lo más baja posible.
• Contemplando la posible aplicación de este producto para la regeneración
ósea y su producción local, minimizar los costos de la síntesis. Para ello
se tendrá en cuenta: minimizar los pasos de síntesis y utilizar precursores
de bajo costo y comerciales.
3. HIPÓTESIS
¿Es posible realizar un biovidrio que sea bioactivo y que pueda ser utilizado
como soporte o andamio para la regeneración de tejidos óseos in situ, utili-
zando precursores comerciales como son la LUDOX® (fuente de silicio) y la
leche (fuente de calcio, fosforo y moldes para porosidad submicrométrica),
por medio de una síntesis de bajo costo y con un mínimo impacto medio-
ambiental?
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Plasma 7.2 –
142.0 5.0 1.5 2.5 103.0 27.0 1.0 0.5
sanguíneo 7.4
SBF 142.0 5.0 1.5 2.5 147.8 4.2 1.0 0.5 7.40
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5. DESARROLLO EXPERIMENTAL
5.1. MATERIALES
Para la preparación de las dispersiones precursoras se utilizó leche en polvo
instantánea (Marca: La serenísima®) y partículas coloidales comerciales de
silicio (LUDOX® HS-40, 40 % en agua con diámetro medio de 12 nm).
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%P/V SiO2
0 3 5 8 10 14
S3– S5– S8– S 10 –
0 % LM – –
LM 0 LM 0 LM 0 LM 0
S5– S8– S 10 –
75 % LM – – –
LM 75 LM 75 LM 75
S0–
100 % LM – – – – –
LM 100
S5– S8– S 10 –
50 % LMC – – –
LMC 50 LMC 50 LMC 50
S5– S8– S 10 – S 14 –
75 % LMC – –
LMC 75 LMC 75 LMC 75 LMC 75
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5.4. CALCINADO
Los monolitos obtenidos fueron calcinados a 600 °C por 5 horas (condi-
ciones optimizadas) en una mufla abierta a la atmósfera para la eliminación
de la materia orgánica.
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6. RESULTADOS Y DISCUSIONES
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2 mm/min 4 mm/min
60 Ȗm
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7. CONCLUSIONES
Se pudo obtener un material bioactivo y autosoportable a partir de
precursores comerciales y de bajo costo (LUDOX® – leche) utilizando las
ventajas de modulación de la estructura del método ISISA y en condiciones
de síntesis de bajo o nulo impacto ambiental. Como valor agregado estos
materiales mostraron una estructura jerárquica con macro y submicroporosidad
disponiéndose además de forma ordenada e interconectada.
En particular los monolitos obtenidos resultaron químicamente homo-
géneos, aun después del calcinado, ya que no se observó segregación de fases
en los estudios de XRD y SEM. Además el estudio de las variables
preparativas sobre la estructura final del monolito permitió obtener las
siguientes conclusiones.
7.1. CALCINADO
La temperatura y tiempo seleccionados lograron aumentar la consolidación
de la estructura sin llegar a colapsar los macroporos, obteniéndose una
estructura bimodal de macroporos con porosidad submicrométrica de
dimensiones similares a la caseína de la leche.
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7.2. CENTRIFUGADO
Se observa que las muestras con leche centrifugada poseen estructuras con
poros más grandes y mayor distancia entre láminas. Aunque la cantidad de
porosidad submicrométrica es menor se conserva la jerarquía de poros.
7.3. SOLIDOS TOTALES
Para lograr una estructura autosoportada se requiere leche en su
formulación ya que las dispersiones de LUDOX® en agua no mantienen la
estructura resultando un polvo. En los monolitos estructurados un aumento
en el porcentaje de sólidos por un aumento de LUDOX® o leche provoca una
disminución en el tamaño de poros y un aumento del espesor de los mismos
y una mayor interconexión entre paredes.
7.4.VELOCIDAD DE CONGELADO
La velocidad de congelado mostró tener mayor influencia en la modulación
de la estructura final ya que disminuyendo la velocidad a la mitad, se observó
un aumento del espesor y tamaño de poro del doble.
Finalmente, se logró obtener un crecimiento de HA en un tiempo
razonable, mostrando que la homogeneidad química es suficiente como para
asegurar la biomineralización in vitro de los monolitos. Los resultados también
mostraron que la microestructura es un factor importante en la aparición
de HA ya que se obtuvo una formación preferencial de HA en ciertas irregu-
laridades de la muestra, observándose que el calcinado y el centrifugado
favorece el crecimiento de ella.
Como última consideración, se debe tener en cuenta los beneficios que
reporta no solo el bajo costo de los precursores de la síntesis (LUDOX®:
USD 780,07 por 4 litros y Leche: UDS 1 por litro) comparado con los
biocerámicos que se encuentran en el mercado (UDS 1000-2000 por 10 g)
sino la simplicidad y el bajo impacto ambiental de la síntesis. Lo cual genera
la posibilidad de producir un biomaterial para la regeneración ósea en la
región del MERCOSUR de manera sostenible.
7.5. PERSPECTIVAS PARA EL FUTURO
Debido al trabajo realizado, han surgido varios puntos interesantes para
seguir desarrollando en un trabajo en el futuro. Por ejemplo, realizar estudios
mecánicos de los monolitos (ensayos de compresión) con muestras calcinadas
a distintas temperaturas para poder evaluar su potencial aplicación como
reemplazo óseo.
Además, sabiendo que la velocidad de congelado afecta en alto grado la
microestructura del material, sería importante completar los estudios in vitro
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para las muestras preparadas a velocidad baja. Por otro lado y visto que la
leche no solo afecta a la relación Ca/P, sino que también es muy importante
en la estructura de los monolitos, sería interesante extender el estudio a
mayores concentraciones de leche.
Teniendo en cuenta la aplicación de este material, sería muy importante
realizar pruebas in vivo con cultivos celulares para luego probar ensayos de
injertos en animales.
Finalmente, sería necesaria la interacción con otras disciplinas a fin de
estudiar la puesta a punto del desarrollo del material para su posterior
comercialización.
8.BIBLIOGRAFÍA
ABRAHAM, G et al. La ciencia y la ingeniería de los biomateriales, un desafío
interdisciplinario. Ciencia Hoy, v. 49, 1998
ANDERSSON, J. et al. J. Mater. Chem., v. 17, n. 5, p. 463–468, 2007.
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BELITZ, H. D.; GROSCH, W.; SCHIEBERLE, P. Food Chemistry. 4.ed. Bonn:
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CARMUEGA, E. Los beneficios de la leche para la dieta del ser humano. In:
CONGRESO PANAMERICANO DE LECHERÍA, 8. Miami, EE. UU, 2004.
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Materials: Sophisticated Structures Exhibiting Enhanced Functionalities Obtained
after Unidirectional Freezing and Ice-Segregation-Induced Self-Assembly. Chem.
Mater., v. 20, n. 3, p. 634–648, 2008.
GUTIÉRREZ, M. C. et al. Hydrogel Scaffolds with Immobilized Bacteria for 3D
Cultures. Chem. Mater., v. 19, n. 8, p. 1968–1973, 2007.
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País: Brasil
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PRODUÇÃO DE H2 SOBRE
CATALISADORES Cu/CeO2
SINTETIZADOS SEM IMPREGNAÇÃO
DA ESPÉCIE CATALÍTICA ATIVA
RESUMO
O objetivo deste trabalho é sintetizar, em uma única etapa de síntese,
amostras de catalisadores compostas por Cu/CeO2, com 0,2 mol de Cu, por
meio de dois métodos de síntese distintos, método da reação de combustão
e método Pechini, de forma que não seja necessária a realização de etapas
complementares para a impregnação da espécie catalítica ativa. Avaliar a
influência desses métodos de síntese sobre as características estruturais e,
sobretudo, catalíticas das amostras obtidas faz parte dos objetivos deste
trabalho. As amostras de catalisadores obtidas por ambos os métodos de
síntese mencionados foram submetidas às seguintes caracterizações: difração
de raios-X com refinamento pelo método Rietveld, análise química por meio
da técnica EDX, MEV, análise granulométrica e, por fim, avaliação catalítica,
em escala de bancada, na reação de PROX. De acordo com os resultados,
o tipo de estrutura apresentada, no tocante à formação das fases que a
compõem, por cada amostra de catalisador obtida, variou em função do tipo
do método de síntese utilizado na obtenção desta. Assim como nos resultados
da análise estrutural, também na avaliação catalítica, os métodos de síntese
demonstraram ter exercido influência, uma vez que a amostra de catalisador
sintetizada pelo método Pechini mereceu destaque, por ter promovido
percentuais de atividade catalítica mais elevados, além de ter atingido seu
desempenho máximo em uma temperatura reacional inferior aos valores
registrados para a amostra de catalisador com mesma composição, avaliada
sob as mesmas condições, porém sintetizada pelo método da reação de
combustão.
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1. INTRODUÇÃO
O gás natural é um hidrocarboneto resultante da decomposição de matérias
orgânicas durante milhões de anos. É encontrado no subsolo, em rochas
porosas isoladas do meio ambiente por uma camada impermeável. Em suas
primeiras etapas de decomposição, a matéria orgânica produz o petróleo. Em
seus últimos estágios de degradação, o gás natural. Por isso, é comum a
descoberta do gás natural tanto associado ao petróleo quanto em campos
isolados (gás natural não associado) (ANEEL, 2008).
O interesse pelo gás natural está diretamente relacionado à busca de
alternativas ao petróleo e de fontes menos agressivas ao meio ambiente. Esse
comportamento resultou na intensificação das atividades de prospecção e
exploração, particulamente entre os países em desenvolvimento. O resultado
foi não só o aumento do volume, mas também a expansão geográfica das
reservas provadas (ANEEL, 2008).
Fishtik et al. (2000) afirmam que, em momentos de escassez de recursos
energéticos, como o atual, é extremamente necessário o desenvolvimento de
formas alternativas para a obtenção de energia, e uma dessas formas é a
utilização do hidrogênio para a geração de energia elétrica através de células
combustíveis, devido ao alto rendimento energético e à baixa emissão de
poluentes ambientais. Esses mesmos pesquisadores também relatam a exis-
tência de diferentes processos para produção de hidrogênio a partir de
combustíveis primários, também conhecidos como combustíveis fósseis.
Para Pompermayer (2009), a geração de energia é fundamental para o
desenvolvimento socioeconômico de um país ou região. De alguma forma,
está presente em toda a cadeia de produção, distribuição e uso final de bens
e serviços. Igualmente importante é o papel da tecnologia no desenvolvimento
equilibrado e sustentável dos vários setores da economia, principalmente o da
geração de energia. Quanto mais se agrega conhecimento e tecnologia a um
produto ou serviço, maior seu valor de mercado e seu benefício para a
sociedade. Geram-se empregos qualificados, melhoram-se a distribuição de
renda e a qualidade de vida das pessoas, dinamiza-se a economia e aumenta-
se a soberania do país.
De acordo com uma pesquisa realizada por Costa et al. (2002), a área de
desenvolvimento de materiais nanoestruturados para uso em catálise tem
recebido muita atenção. Isso porque a catálise é um processo que ocorre na
superfície do sistema catalítico e, nesse sentido, as elevadas áreas superficiais,
apresentadas por um conjunto de partículas nanométricas em relação ao
seu volume, otimizam ao máximo os processos catalíticos heterogêneos.
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A referida pesquisa ainda concluiu que muitos métodos de síntese têm sido
empregados nesta área no intuito de produzirem-se catalisadores constituídos
por partículas nanométricas, com baixo grau de aglomeração e estreita faixa
de distribuição de tamanho.
Neiva (2007) concluiu que, para aplicação em processos de catálise hete-
rogênea, a forma de preparação do catalisador deve ser capaz de gerar uma
porosidade nas matrizes hospedeiras que permitam o acesso dos reagentes, ou
seja, das cargas a serem processadas, aos centros hospedeiros dos sítios
cataliticamente ativos. Segundo a conclusão deste trabalho, o método de
preparação do catalisador exerce forte influência sobre as características
estruturais formadas no material obtido.
Com base nesse contexto, o objetivo deste trabalho é desenvolver catali-
sadores de Cu/CeO2 para serem aplicados especificamente na reação catalítica
de oxidação preferencial do CO (PROX), isto é, para purificação de fluxos
gasosos ricos em H2, porém contaminados com CO. Em outras palavras,
este trabalho objetiva obter um fluxo de H2 de alta pureza, oriundo do
metano, principal constituinte do gás natural.
2. JUSTIFICATIVA
O gás natural é considerado o insumo mais adequado para a geração de
hidrogênio de alta pureza, e o uso energético do hidrogênio para diversos
fins tem sido alvo de numerosas pesquisas no mundo todo que envolvem
vultuosas quantias em dinheiro. São pesquisas que não param de criar rami-
ficações e, por sua vez, dão origem a outras no sentido de confirmar premissas
ou otimizar processos já existentes, assim, torna-se muito atrativo o estudo
de temas pertinentes a esse assunto de um modo geral. Existem incontáveis
temas de estudos que envolvem as tecnologias de transformação do gás
natural como um bem de consumo utilizado na geração de outro bem de
consumo, neste caso, o hidrogênio. A questão de preservação ambiental no
tocante à geração de energia, considerando a não emissão de partículas de
carbono para a atmosfera, valoriza o estudo dessa temática (ALMEIDA,
2008; ANEEL, 2008).
Com a descoberta do pré-sal, no litoral brasileiro, existe a possibilidade de
haver um volume incalculável de gás natural nessa área, e isso pode repre-
sentar uma grande oportunidade para uma nova política gasífera que busque
disponibilizar para o Brasil a geração de grande quantidade de energia a
preços competitivos. O gás natural tem potencial para tornar-se um fator
importante de industrialização e desenvolvimento (ALMEIDA, 2008).
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3. OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é desenvolver (sintetizar, caracterizar e analisar)
catalisadores, compostos por Cu/CeO2, por meio de dois métodos de síntese
distintos: reação de combustão e Pechini. Faz parte do objetivo deste trabalho
avaliar a influência do método de síntese utilizado sobre as características
finais dos catalisadores obtidos, na forma de pó cerâmico, com relação às
características estruturais e, sobretudo, com relação ao desempenho catalítico
desses materiais ao serem empregados na reação de oxidação preferencial do
CO (PROX).
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O catalisador tem a função clássica de acelerar a ocorrência de uma reação
química, e faz isso por meio da formação de vínculos entre as moléculas que
devem reagir entre si; a reação catalítica, por sua vez, é um evento cíclico
onde o catalisador atua e poderá ser recuperado na sua forma original no
final do ciclo, ficando disponível para atuar no próximo ciclo de reação
(BOWKER, 1998).
Figueiredo e Ribeiro (1987) descrevem o mecanismo de ocorrência de
um processo catalítico da seguinte forma, seja a reação R → P, cuja velocidade
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CO + (½)O2 → CO2
H2 + (½)O2 → H2O
CO + 3H2 → CH4 + H2O
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5. METODOLOGIA
Duas amostras de catalisadores compostos por Cu/CeO2 foram sinteti-
zadas neste trabalho, para isso foram utilizados dois métodos distintos de
síntese de pós cerâmicos, método da reação de combustão e método Pechini.
A primeira amostra de catalisador obtida foi sintetizada pelo método da
reação de combustão e denominada C2; a segunda amostra foi sintetizada por
meio do método de síntese Pechini e denominada P2. Ambas as amostras
sintetizadas incorporaram a concentração de 0,2 mol de cobre na forma de
elemento dopante.
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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os difratogramas referentes aos dados da difração de raios-X, coletados
antes (referência) e após (experimental) o refinamento pelo método de
Rietveld, para as amostras de catalisadores C2 e P2 estão apresentados na
Figura 4.
De acordo com a Figura 4, observa-se que no difratograma referente à
amostra C2 alguns dos picos de difração registrados foram atribuídos à fase
CuO. Isso quer dizer que, na estrutura dessa amostra, formaram-se fases
segregadas, constituídas com a ajuda do elemento dopante, sobre a estrutura
da matriz hospedeira – CeO2.
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Por outro lado, no difratograma referente à amostra P2, que assim como
a amostra C2 também incorporou 0,2 mol de Cu, todos os picos de difração
registrados foram atribuídos à fase CeO2. Isso quer dizer que esta amostra
apresentou uma estrutura monofásica.
As características das estruturas cristalinas determinadas por meio do
método de Rietveld para essas duas amostras de catalisadores estão
apresentadas na Tabela 1. De acordo com a quantificação das fases formadas
nestas estruturas analisadas, observa-se que a fase predominante, em ambas
as amostras, como já era esperado, é o óxido de cério (CeO2). Os dados
estruturais apresentados na Tabela 1 confirmam o que os difratogramas dessas
amostras já haviam revelado, ou seja, mostram que apenas na amostra C2
foi identificada a presença de fases segregadas, constituídas por CuO em um
percentual mássico de 5,6 %. O fato de a amostra P2 apresentar-se com uma
estrutura aparentemente monofásica é um indicativo de que teoricamente
toda a concentração de Cu inserida na estrutura desta amostra foi
incorporada em sua totalidade na estrutura atômica da matriz hospedeira
durante o processo de substituição parcial dos íons Ce3+ por Cu2+, de forma
que não sobrou Cu em quantidade suficiente para formar fase segregada sobre
a fase da matriz hospedeira. Certamente, o tratamento térmico de 700 °C/1h
que esta amostra sintetizada pelo método Pechini experimentou na etapa de
calcinação foi o fator determinante para facilitar a difusão dos íons de Cu
no interior da rede atômica do CeO2, obviamente, sem exceder o limite de
incorporação dessa matriz hospedeira. Com base nestes resultados, pode-se
afirmar que a maior energia térmica promovida pelo método Pechini
favoreceu a formação das estruturas atômicas cristalinas sem a presença de
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70,7 11,6
P2 CeO2 cúbico
29,3 23,7
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(a) C2 (b) P2
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(Equação 1)
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7. CONCLUSÕES
Os métodos de síntese de pós cerâmicos, denominados método da reação
de combustão e método Pechini, levaram à obtenção de catalisadores com a
composição Ce1-xCuxO2 (Cu/CeO2) onde a concentração x do elemento
dopante, e também espécie catalítica ativa, Cu, foi igual a 0,2 mol. Os
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9. BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, E. L. F. Pré-sal e a política gasífera nacional. Rio de Janeiro: Universidade
Federal do Rio de Janeiro/Instituto de Economia/ Grupo de Economia da Energia,
Blog da Associação Brasileira de Estudos em Energia, 3 nov. 2008. Disponível em:
<http://ab3e.blogspot.com/2008/11/pr-sal-e-poltica-gasfera-nacional.html>. Acesso
em: 09 dez. 2008.
ANEEL. Atlas de energia elétrica do Brasil. 3.ed. Brasília: Editora Brasília, Agência
Nacional de Energia Elétrica, 2008.
AVGOUROPOULOS, G.; IOANNIDES, T. Selective CO oxidation over CuO-
CeO2 catalysts prepared via the urea-nitrate combustion method. Applied Catalysis
A: General. v. 244, n. 1, p. 155–167, 2003.
AVGOUROPOULOS, G. et al. CuO-CeO2 mixed oxide catalysts for the selective
oxidation of carbon monoxide in excess hydrogen. Catalysis Letters. v. 73, n. 1, p. 33-
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BOWKER, M. The basis and applications of heterogeneous catalysis. Oxford, UK:
Oxford University Press, 1998.
COSTA, A. C. F. M. et al. Synthesis, microstructure and magnetic properties of
Ni–Zn ferrites. Journal of Magnetism and Magnetic Materials, v. 256, p.174-182,
2002.
FIGUEIREDO, J. L.; RIBEIRO, F. R. Catálise heterogênea. Lisboa: Ed. Fundação
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FISHTIK, I. et al. Thermodynamic analysis of hydrogen production by stem reforming
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GOERKE, O.; PFEIFER, P.; SCHUBERT, K. Water gas shift and selective oxidation
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JAIN, S. R.; ADIGA, K. C.; PAI VERNEKER, V. A new approach to thermo
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KANDOI, S. et al. Why Au and Cu Are More Selective Than Pt for Preferential
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LUENGNARUEMITCHAI, A. et al. A comparative study of Au/MnOx and
Au/FeOx catalysts for the catalytic oxidation of CO in hydrogen rich stream.
International Journal of Hydrogen Energy. v. 30, n. 9, p. 981-987, 2005.
MANASILP, A.; GULARI, E. Selective CO oxidation over Pt/alumina catalysts for
fuel cell applications. Applied Catalysis, B: Enviromental. v. 37, n. 1, p. 17-25, 2002.
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10. AGRADECIMENTOS
À Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP/PRH-25) pelos recursos destinados à realização desta pesquisa.
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Categoria Integração
Menção Honrosa
Brasil
Odir Antônio Dellagostin, 44 anos, pós-doutorado completo
Caroline Rizzi, 34 anos, doutorado em curso
Daniela Fernandes Ramos, 29 anos, doutorado em curso
Paraguai
María Teresa Rovira Díaz de Bedoya, 53 anos, mestrado completo
Guillermo Giménez Bareiro, 31 anos, ensino superior completo
Juan Guillermo Cantero Portillo, 29 anos, ensino superior completo
Uruguai
Andrés Domingo Gil Rodriguez, 61 anos, pós-doutorado completo
José Miguel Piaggio Mazzara, 49 anos, pós-doutorado completo
Alvaro Jorge Nuñez Alesandre, 50 anos, pós-doutorado completo
Alejandra Suanes Martinez, 35 anos, ensino superior completo
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ESTRATEGIAS BIOTECNOLÓGICAS
PARA EL CONTROL DE ENFERMEDADES
BACTERIANAS Y POR PROTOZOARIOS
INTRACELULARES QUE AFECTAN AL
GANADO BOVINO DEL MERCOSUR
RESUMEN
El proceso de integración económica de la región MERCOSUR hace
indispensable establecer procedimientos sanitarios en los animales que
permitan aumentar los recursos financieros de la región, por aumento de la
producción pecuaria y por incremento del comercio de los animales y sus
productos. Es importante principalmente asegurar la salud de la población
y el consumo de alimentos sanos y seguros, mediante el control de las
enfermedades zoonóticas.
Las principales estrategias para el control y erradicación de las enfermedades
en animales que afectan los indicadores productivos y la salud humana en
el MERCOSUR son el diagnóstico y la prevención de las mismas en bovinos
y en rumiantes en general en la región. Por lo tanto, este estudio tuvo dos
objetivos generales:
• La generación y evaluación de vacunas experimentales contra la tuberculosis
bovina (TBB).
• El desarrollo de macroarreglos de antígenos de múltiples patógenos para
el diagnóstico simultáneo de enfermedades en bovinos que son un riesgo
para la salud humana, que producen abortos, y que avanzan en los países del
MERCOSUR. Las enfermedades que se diagnosticaron con los macroarreglos
son: tuberculosis, paratuberculosis, brucelosis, leptospirosis, y neosporosis.
Este estudio fue realizado por investigadores de los cuatro países del
MERCOSUR, aportando resultados y la capacitación de jóvenes investi-
gadores de la región.
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1. INTRODUCCIÓN
La tuberculosis bovina (TBB) es una zoonosis producida por Mycobacterium
bovis. A pesar de que el hospedador primario es el bovino, otras especies de
interés económico, como los cerdos, son infectados con M. bovis. La TBB se
considera una de las zoonosis más importantes. En América Latina, una
estimación indica que, en el hombre, el 2 % de los casos de tuberculosis
pulmonares y el 8 % de las extrapulmonares son debidos a M. bovis (DE
KANTOR apud RITACCO, 2006).
La TBB es un problema recurrente en varios países de América Latina y el
Caribe. De aproximadamente 374 millones de cabezas de animales, 240 millones
están en países con prevalencia de TBB superior al 0,5 %. Brasil y Argentina,
con una población de 224 millones de animales, tienen una prevalencia de
3 a 6 %, mientras que Paraguay y Uruguay, con 9 y 11,7 millones de bovinos,
tienen una prevalencia estimada entre 0,25 y 0,01 % (DE KANTOR apud
RITACCO, 2006).
No existen actualmente vacunas aprobadas contra la tuberculosis bovina.
La vacuna humana, M. bovis BCG, se ha probado en bovinos con resultados
variables e interfiere con la prueba de la tuberculina que se utiliza para el
diagnóstico de TBB (BUDDLE et at., 2011). Estas observaciones sitúan hoy
la identificación y la caracterización de nuevos candidatos vacunales entre
las mayores prioridades en materia de investigación en TBB. Las vacunas
vivas atenuadas son las que tienen mayores posibilidades de conferir
protección contra TBB (HERNANDEZ PANDO et al., 2006). La BCG es
una de las vacunas atenuadas más usadas y seguras, ya que produce pocos
casos de infecciones perjudiciales en humanos, pero tiene escasa capacidad
protectiva contra la TB pulmonar (HERNANDEZ PANDO et al., 2006). Se
han generado nuevas cepas atenuadas inactivando genes micobacterianos
relacionados con la virulencia (BIGI, et al., 2005). Algunos investigadores
mutan estos genes utilizando la mutagénesis por transducción con un
micobacteriofago termosensible (PARK, 2008). En nuestro laboratorio se
mutaron genes empleando la estrategia de mutagénesis de sitio específico
empleando un plásmido «suicida». En un primer paso nuestro grupo
identificó los genes de M. bovis que codifican para la proteína P27 o LprG y la
familia de proteínas Mce, implicadas en la virulencia de la bacteria
(AGUILAR, 2006; BIGI et al. 1997; BIANCO et al., 2011). Así, logramos
obtener las mutantes en M. bovis: ǵP27 y ǵmce, las cuales fueron
evaluadas en ratones, comprobando su atenuación (AGUILAR, 2006;
BIANCO et al., 2011). En el presente trabajo se evaluó la capacidad
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2. METODOLOGÍA Y RESULTADOS
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expresión para ambos tiempos de muestreo mientras que en los dos restantes
el nivel de INFȍ disminuyó para el último tiempo. Para este grupo otras
citoquinas cruciales de una respuesta tipo Th1 mostraron un nivel elevado:
TNFȊ en tres de los animales e IL-12p35 en dos de ellos, pero a los 90 días.
Para la IL-2 se observó un nivel elevado durante todos los tiempos del
muestreo y en todos los bovinos del grupo. El aumento de citoquinas
marcadoras de una respuesta tipo Th2 solo se pudo observar en el último
tiempo de muestreo con un aumento de IL-10 en dos de los bovinos, si bien
los valores no llegan a más de dos veces sobre el control podría ser una
tendencia hacia una supresión de la respuesta inflamatoria.
La expresión de las distintas citoquinas en los animales infectados con las
cepas mutantes ǵP27 y ǵmce2 presenta algunas diferencias con respecto a
los animales infectados con la cepa salvaje (MbUK), la IL-2 posee menor
expresión en los animales infectados con ǵP27, mientras que para los de
ǵmce2 su nivel de expresión es comparable al del grupo infectado con la
cepa salvaje. Para la IL-12p35 el resultado es opuesto y los animales con
ǵP27 muestran una mayor expresión a los 90 días. En la expresión de INFȍ
se percibe una disminución en los animales del grupo ǵP27 con respecto a
los de ǵmce2 y el grupo con NCTC 10772 y para la citoquina IL-10 el
grupo de ǵP27 y el de ǵmce2 muestran en sus cuatro animales mayor
expresión a los 90 días de la infección, mientras que como se comentó
anteriormente, solo dos de los animales del grupo control inoculado con la
cepa salvaje mostraron un aumento de este inmunosupresor, igualmente los
valores no superan un cambio de dos veces con respecto al tiempo preinmune.
En cuanto a la IL-4 solo se vio aumento a los 15 días en los vacunados con
ǵmce2.
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Tabla 1. Resultados con los sueros bovinos de Uruguay con estatus sanitario
conocido. Membrana 1: Se utilizaron muestras de sueros controles positivos
y negativos de las diferentes enfermedades.
5 sueros positivos a 0 0 4 0 0 0 1
PTB
10 sueros positivos a 10 0 0 0 1 0 0
brucelosis
5 sueros positivos a 0 0 0 0 0 0 3
neosporosis
5 Sueros negativos a 0 0 0 0 0 0 1
brucelosis
10 Sueros negativos a 0 0 0 0 6 0 1
PTB y neosporosis
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estatus |
ParaTb | WCL
ELISA | Negativo Positivo | Total
—————–+———————————+—————
Negativo | 823 44 | 867
| 94.93 5.07 | 100.00
—————–+———————————+—————
Positivo | 50 16 | 66
| 75.76 24.24 | 100.00
—————–+———————————+—————
Total | 873 60 | 933
| 93.57 6.43 | 100.00
Expected
Agreement Agreement Kappa Std. Err. Z Prob>Z
————————————————————————
89.92% 87.41% 0.2001 0.0327 6.12 0.0000
222
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MAPIA MAPIA
ELISA Positivo Negativo Total
Positivo 28 33 61
Negativo 21 131 152
Total 49 164 213
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TAMBO 3
De 109 muestras tomadas los resultados son los siguientes: 7 positivos al
antígeno de paratuberculosis, WCL; 3 positivos a antígeno de neosporosis,
NcSAG1; 8 positivos a leptospirosis (7 a extracto de Pomona y solo 1 de
estos a LipL 32).
TAMBO 4
De 68 muestras tomadas los resultados son los siguientes: 2 positivos al
antígeno de paratuberculosis, WCL; 8 positivos al antígeno de brucelosis,
LPS.
Tabla 4. Análisis de los resultados con MAPIA y pruebas confirmatorias.
LPS 8 1 7
NcSAG1 8 1 7
WCL 39 39 0
PPA3 0 0 0
PPDB 2 2 0
MPB 83 0 0 0
Ext. Pomona 15 15 0
tratado
LipL 32 4 4 0
Total 76 62 14
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3. BIBLIOGRAFÍA
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Tecnologias
DESENVOLVIMENTO
Tecnologias para o
desenvolvimento sustentável
SUSTENTÁVEL
A edição 2011 do Prêmio MERCOSUL de Ciência e Tecnologia,