Вы находитесь на странице: 1из 5

Campus 58 - Especial Lapa

Bloco 1- Rua do Lavradio

Estúdio 1 – Renata Augusta


Executivos, turistas, bêbados, malandros, prostitutas, mendigos, meninos de rua...
(Venha conosco conhecer um dos circuitos culturais mais democráticos do Rio: a Lapa).
O programa de hoje convida você a um passeio imperdível. Quem já se perdeu com a
mistura de sons, cheiros e sensações que pairam por aqueles arcos, sabem do que estamos
falando. É isso mesmo! O circuito cultural mais democrático do Rio: a Lapa.

ESCALADA
Bloco 1: Lavradio: o charme de uma rua repleta de história.
Bloco 2: Conheça os grupos teatrais que agitam o bairro.
Bloco 3: E, claro, muita boemia nas noites da Lapa.

Estúdio 2- Renata Augusta-


Quem curte a noite na Lapa, nem imagina que há alguns séculos aquela era uma região
onde as pessoas dormiam cedo, bebiam moderadamente... Enfim, o ritmo era de uma vida
calma e tranqüila, como a dos monges.

CLIPE COM IMAGENS DA LAPA ANTIGA

OFF 1: A ocupação da região foi iniciada com a construção de uma capela e de um


seminário em louvor a Nossa Senhora da Lapa, em 1751. A rua do Lavradio foi uma
das primeiras a dar acesso ao bairro. Até hoje é difícil resistir ao charme das fachadas
que remetem aos tempos de duques e barões.

SONORA: Plínio FITA 55 TC: 29:11 a 29:46


“A rua do Lavradio foi a primeira rua residencial do RJ. Ela foi aberta pelo Marquês do
Lavradio, que era o terceiro vice-rei quando veio da Bahia pra cá...Ela não tinha essa
formação de casas com cara na rua. Eram chácaras, cada quarteirão tinha uma chácara
afastada no meio do quarteirão, era muito verde...e os casarões no meio que pertenciam aos
nobres.”

CLIPE DOS TEATROS

OFF 2: No século dezenove, a rua vai ficar conhecida pelos teatros, como o célebre Teatro
Apollo, palco da primeira apresentação, no Brasil, da atriz francesa Sarah Bernard. Outros
como o Polytheama, o Porfírio, onde hoje funciona uma maçonaria, e o Teatro do Lavradio
confirmaram o local como reduto dos artistas. Mas, ao final do século vinte, toda esta
exuberância noturna dá lugar a uma melancólica decadência.

SONORA: Sergio. FITA 55 TC: 12:04 a 12:10


“Isso aqui estava morto, estava abandonado. Agora tem essas casas de show aí, né?”.

OFF 3: A revitalização chegou como um brinde à lembrança dos áureos tempos.

SONORA: Plínio FITA 55 TC: 19:38 a 20:00


“Na realidade essa revitalização, ou seja, essa chegada desses novos espaços culturais
voltou a trazer o público para essa região que estava abandonada”.

OFF 4: Se para uns a revitalização da Rua do Lavradio trouxe benefícios, para outros a
história foi diferente...

SONORA: Sr Mario (barbeiro) FITA 55 TC: 05:06 a 05:21


“Antes a minha profissão era melhor, pq aqui passava o ônibus, tinha o ponto de ônibus
aqui, era muito melhor. Agora tiraram o ônibus e ficou esse pedaço... o comércio aqui caiu
muito”.

OFF 5: Em compensação...
SONORA: Sr Mario, dono da barbearia. FITA 55 TC: 08:10 a 08:21
“Aqui é muito bom pra bar. Quando é dia de férias, vende muito: bebida, refrigerante. Aqui,
o Plínio, casa de shows à noite ele vende”.

OFF 6: Apesar das mudanças do local existem aqueles que ainda mantém seus hábitos.

SONORA: Sergio, cliente do Sr Mario. FITA 55 TC 11:26 a 11:35


“Eu já sou cliente antigo do seu Mario. Cabelo é com ele mesmo. Não é seu Mario?
Trabalho aqui perto e sou fiel. Sabe que barbeiro a gente tem q ser fiel”.
SONORA: Seu Antônio. FITA 146 TC: 01:06 a 01:15
“Continua a boemia da Lapa. Essa continua, porque a freqüência aqui é bem grande”.

OFF 7: As grandes “estrelas”, de uma rua outrora tão famosa, parecem sair mesmo do
fundo do baú.

SONORA: Alexandre Gentil FITA 109 TC: 23:59 a 24:25


“Todo mundo que freqüenta a rua do Lavradio sabe que é uma rua famosa por ter uma série
de antiquários”.
SONORA: Plínio, dono do Rio Scenarium FITA 55 TC: 23:17 a 23:30
“São trinta antiquários que remontam desde os anos 60 mais ou menos”.

OFF 8: Na rua do Lavradio, passado e presente se fundem em um só tempo. Objetos que


vêm do período colonial se harmonizam com peças mais modernas.

SONORA: Alexandre, vendedor do Ateliê FITA 109 TC: 23:02 a 23:13


“Nossa loja se diferencia pelo tipo de trabalho que a gente faz em art dèco até mobiliário
contemporâneo. Isso já cria um diferencial na loja”.
SONORA: Plínio, dono do Rio Scenarium. FITA 55 TC: 22:40 a 23:17
“Nós temos um acervo da maior importância, da memória do povo brasileiro. Você tem ali
as ferramentas antigas (insert FITA 109 TC: 12:12 a 12:23), peças indígenas, peças da
escravidão (insert FITA 109 TC: 12:35 a 12:45)... Lá embaixo tem os dois retratos a óleo
dos Guinle (insert FITA 109 TC:14:07 a 14:18) temos esse retrato dessa sociedade
multifacetada que somos nós...Você vê aquela bicicletinha ( insert FITA 109 TC: 10:08 a
10:17), aquele velocípede aí ?( insert FITA 109 TC: 10:31 a 10:41) É igualzinho ao que
você andou quando era criança, então a casa te remete a essa memória.”
SONORA: Alexandre, vendedor do Ateliê FITA 109 TC: 27:01 a 27:19
“O que eu acho muito legal são as pessoas idosas que vêm resgatar um contato com uma
forma de arte que era da época deles, e hoje está cada vez mais difícil de se ver”.

OFF 9: A memória da rua se confunde com a dos passantes e moradores.

SONORA: Sergio, cliente do barbeiro. FITA 12:56 a 13:13


“Eu sei que essa rua aqui tem história, tem personagens. Ali eu não sei, agora não me vem à
memória, mas tipo algum barão já morou aqui”.
SONORA: Plínio FITA 109 TC: 05:05 a 05:40
“Nessa esquina em frente à casa da Baronesa do Flamengo (insert FITA 109 TC: 27:37 a
27:56), o palacete dela, ali aconteceu o primeiro acidente de trânsito do Brasil registrado e
certamente não era de veículos porque era o imperador D. Pedro I. (insert D.Pedro I,
disquete) Foi uma carruagem que ele vinha com os cavalos em alta velocidade e ao fazer a
curva da Lavradio com a rua do Senado, os cavalos tropeçaram e a carruagem tombou e o
imperador ficou convalescendo na casa ao lado que existe até hoje.”

OFF 10: E os nobres de antigamente ainda se fazem presentes das formas mais inusitadas.

SONORA: Sr Antonio, dono do bar Nova Esperança. FITA 146 TC: 02:18 a 02:39
“Eu não posso afirmar mas tudo indica que o prédio (insert da fachada FITA 109 TC 28:06
a 28:20) pertenceu ou foi moradia da Baronesa do Flamengo. A conta de água já vem desde
a história até hoje com o nome da Baronesa do Flamengo (insert conta de água FITA 146
TC: 03:13 a 03:35). Isso quer dizer que tem a ver com a história , procedência antiga”.
OFF 11: O lugar, palco de tantas histórias e personalidades, merecia uma atenção especial.
Em 1996, comerciantes locais decidiram criar uma feira de antigüidades nos moldes
internacionais, com um diferencial: a música.

SONORA: Plínio FITA 109 TC: 07:25 a 07:46


“A cada feira, um show é feito com uma das cantoras do rádio. Abrimos com Marlene,
depois Emilinha, Dóris Monteiro, Ellen de Lima, Adelaide Chioso, Zezé Gonzaga,
Ademilde Fonseca, tinha o Tito Madi e alguns cantores também.”
SONORA: Alexandre Gentil FITA 109 TC: 25:50 a 26:01 + 26:13 a 26:39
“ No dia da Feira ( insert imagens da Feira) acontece tudo de bom. A Feira fica repleta de
pessoas ( insert pessoas na Feira) de todas as classes, estirpes e conceitos que vc possa
imaginar....é na verdade uma dia especial esse primeiro Sábado do mês porque é o dia que
a rua do Lavradio aparece mais do que nunca, o Centro aparece mais do que nunca e vai
sempre deixando uma vontade no carioca de ver isso tudo mais revitalizado. A Feira tem
esse dom de chamar a atenção para uma coisa que já deveria ter sido feita há muito tempo
com muito mais força, que era a revitalização do Centro”.

Estúdio 2: Renata Augusta

“Na rua do Lavradio,


O bar cabaré Passatempo Internacional.
Lá se iam os homossexuais assustados
Galgando as escadas intermináveis
Dos grandes sobrados verdes”.

Di Cavalcanti.

O programa Campus volta já.

Вам также может понравиться