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ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS
DE INFORMAÇÃO
1ª Edição
Taubaté
Universidade de Taubaté
2013
Copyright©2013.Universidade de Taubaté.
Todos os direitos dessa edição reservados à Universidade de Taubaté. Nenhuma parte desta publicação pode
ser reproduzida por qualquer meio, sem a prévia autorização desta Universidade.
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ISBN 978-85-62326-66-0
Bibliografia
1. Tecnologia da informação. 2. Sistemas de informação. I. Universidade de
Taubaté. II. Título.
PALAVRA DO REITOR
Palavra do Reitor
Bons estudos!
v
vi
Apresentação
Não se admite hoje uma empresa que queira competir com vantagem sem a utilização
dessas ferramentas. Esses fatos abrem lacunas para que os novos gestores, com novas
visões, busquem o aperfeiçoamento contínuo para suas empresas.
vii
essas transformações, tanto as pessoas quanto as organizações têm procurado formas
mais rápidas para se inserir nesse modelo atual de mercado.
Esse modelo é chamado ‗Era da informação‘, para o qual é necessário ter em mente a
tecnologia de informação e os sistemas de informação como grandes precursores e
responsáveis pelo valor adicional às tomadas de decisões.
viii
Sobre o autor
ix
x
Caros(as) alunos(as),
Caros( as) alunos( as)
A estrutura interna dos livros-texto é formada por unidades que desenvolvem os temas e
subtemas definidos nas ementas disciplinares aprovadas para os diversos cursos. Como
subsidio ao aluno, durante todo o processo ensino-aprendizagem, além de textos e
atividades aplicadas, cada livro-texto apresenta sínteses das unidades, dicas de leituras e
indicação de filmes, programas televisivos e sites, todos complementares ao conteúdo
estudado.
Esperamos, caros alunos, que o presente material e outros recursos colocados à sua
disposição possam conduzi-los a novos conhecimentos, porque vocês são os principais
atores desta formação.
Equipe EAD-UNITAU
xi
xii
Sumário
xiii
3.7 Atividades ................................................................................................................. 73
Unidade 4. Gestão estratégica e sistemas de informações.............................................. 75
4.1 Gestão do conhecimento - GC .................................................................................. 75
4.2 Dimensões do conhecimento .................................................................................... 77
4.3 Capital intelectual - CI.............................................................................................. 80
4.4 Balanced Scorecard - BSC ....................................................................................... 85
4.5 Alinhamento entre estratégia de negócio e estratégia de TI ..................................... 88
4.6 Modelos que consideram fatores da organização da TI ........................................... 95
4.7 Síntese da Unidade ................................................................................................... 98
4.8 Para saber mais ......................................................................................................... 99
4.9 Atividades ............................................................................................................... 100
Referências ................................................................................................................... 101
Referências Complementares ....................................................................................... 105
xiv
Administração de
sistemas de
ORGANIZE-SE!!!
Ementa
EMENTA
1
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
2
Introdução
4
Unidade 1
SISTEMAS:
5
Então, sistema pode ser definido como um conjunto de elementos/componentes que
mantêm relações entre si. Os elementos e as relações formam as características
específicas de um sistema. Para o relacionamento entre os componentes, associam-se
ações/dinâmicas e resultados. Observe a representação abaixo:
De acordo com esse conceito, todos os sistemas têm partes interagindo entre si e normas
visando a um objetivo comum. Com base nesse contexto, poderíamos fazer as seguintes
ligações:
Tabela 1.1 - Análise conceitual de sistemas
Solar planetas, estrelas, Leis da gravidade, física etc Manter o equilíbrio entre os
satélites etc. corpos celestes
Entrada: Saida:
Livros, Componentes do Serviços prestados
Alunos, Sistema: a comunidade,
Professores, Ensino, Pesquisa,
formaçao de
Funcionários e Secretaria.
Equipamentos estudantes,
resultados de
pesquisa.
Feedback:
Inserção dos egressos no mercado de trabalho
aberto e fechado: sistemas abertos são os que têm um alto grau de interação com o
ambiente. Os seres vivos, assim como as organizações, necessitam interagir com o meio
externo, realizando trocas de recursos e informações em todos os níveis da organização.
Já os sistemas fechados são o oposto, contudo vale ressaltar que não é possível a
existência de um sistema completamente fechado. O que ocorre são graus diferentes de
interação. Assim, um sistema de uma organização militar tende a ser considerado como
mais fechado que um sistema de uma instituição bancária;
7
Os não adaptáveis são sistemas mais rígidos, pois não preveem mudanças significativas
diante das alterações do ambiente. As empresas vistas como sistemas não adaptáveis, no
contexto organizacional, normalmente não sobrevivem às turbulências do ambiente de
negócio;
De acordo com as classificações anteriores, podemos concluir que um sistema pode ser
classificado simultaneamente em diversas categorias. Por exemplo, um consórcio de
empresas formado para participar de uma concorrência específica pode ser classificado
como: aberto, adaptável e temporário.
Para a formação dos sistemas e a obtenção dos elementos básicos à tomada de decisão,
faz-se necessário o esclarecimento dos conceitos de dados, informação e conhecimento.
Os dados são elementos da informação (um conjunto de letras ou dígitos) que, tomados
isoladamente, não transmitem nenhum conhecimento. Oliveira (2002, p. 51) define
8
dado como ―qualquer elemento identificado em sua forma bruta que, por si só, não
conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação‖. Assim, para a
compreensão de determinado fato ou determinada situação em uma organização é
necessário que os dados se transformem em informação.
Segundo Stair (1998, p. 5), o ―conjunto de dados, regras, procedimentos e relações que
devem ser seguidos para se atingir o valor informacional ou resultado adequado do
processo está contido na base do conhecimento‖.
A base do conhecimento facilita reconhecer quais dados e informações são úteis para se
atingir os objetivos traçados pela organização.
9
Por meio da aplicação do conhecimento humano, dados são transformados em
informações.
10
recursos de hardware são os equipamentos necessários para a coleta, o processamento,
o armazenamento e a distribuição da informação. São eles: unidade central de
processamento (CPU), teclado, mouse, impressora, leitores de código de barra,
scanners, balanças eletrônicas, pen drives, leitores de cartões, entre outros;
A figura que segue ilustra a relação entre os níveis hierárquicos de uma organização e
os tipos de sistemas de informações.
11
Tipos de Grupos de usuários
Sistemas de atendidos
Informação Nível Gerentes
SAD / SSD
estratégico Seniors
Gerentes
Nível gerencial SIG
Médios
Trabalhadores do
Nível de
conhecimento
conhecimento e de SIG
dados
Nível Gerentes
operacional
SPT
Operacionais
Vendas e Recursos
Fabricação Finanças Contabilidade
Marketing Humanos
Áreas
Funcionais
Figura 1.3 – Relação entre tipos de sistemas e grupos de usuários.
Fonte: Adaptado de Laudon e Laudon (2004, p.40)
Esses sistemas são considerados vitais para o funcionamento das organizações, pois
suportam a inúmeras transações ―do tipo‖ chão de fábrica e frente de loja, como
também são de extrema importância no suporte às atividades de interface, envolvendo
atividades como: elaboração de folha de pagamento, faturamento, gestão de materiais,
entre outras.
A empresa, quando produz ou presta um serviço, desencadeia uma transação que será
processada por um ou mais SPTs.
12
Processamento de Pedidos
Entrada de
Pedidos
on line Pedidos Pedidos
pessoal de
vendas
Pedidos
por telefone
Notas aos
Aplicações
depósitos de Faturas
Financeiras
mercadoria
13
sobre as operações internas e sobre o ambiente da empresa, orientando, assim, a
execução do processo decisório e, paralelamente, assegurando que as estratégias do
negócio sejam implementadas, fazendo com que os objetivos traçados sejam alcançados
de modo satisfatório. O SIG influencia as diferentes áreas funcionais dentro da
organização, no nível gerencial, reunindo informações pertinentes a cada uma delas.
relatórios ad hoc: são documentos criados a partir de uma demanda. O sistema oferece
facilidades para que sejam criadas novas consultas a partir de novas necessidades dos
gerentes, ou seja, pode-se realizar uma subconsulta em uma pesquisa realizada
anteriormente, filtrando as informações ou, até mesmo, criando uma nova consulta.
Deve-se ter como base não uma, mas várias consultas realizadas anteriormente,
possibilitando, assim, a geração de uma nova visão das informações.
Enquanto o SPT tem a visão da organização, a partir de cada operação com cada cliente
(interno ou externo à organização), o SIG busca consolidar os dados de determinada
operação, fornecendo informações consolidadas sobre aquela operação num
determinado intervalo de tempo e propiciando ao gerente um panorama global inerente
àquele tipo de operação.
Sistema de Apoio à Decisão (SAD) são sistemas que têm como função básica o
tratamento de situações em que os problemas são semiestruturados ou não estruturados.
Muito embora os SADs sejam criados para atender aos níveis estratégicos, nos quais
14
problemas dessa natureza são mais frequentes, estes podem servir para toda a
organização, pois todos os níveis defrontam-se com problemas pouco estruturados.
15
mas não necessariamente a melhor. Os SADs devem oferecer suporte a
todas as abordagens.
SGBD SGM
Gerador de SAD
Banco de dados: no caso dos SADs, considere que podemos ter inúmeros bancos de
dados de diversas origens e sistemas, tornando mais precisas as análises do SAD.
Banco de modelos: nele, ficam armazenados os modelos gerais, aos quais os dados
serão submetidos de acordo com a necessidade e especificidade. Para analisar um
grande volume de dados, é necessário, às vezes, submetê-los a modelos baseados na
16
administração financeira, estatística, à modelagem gráfica, à administração da produção,
a modelos de projetos etc.
Interface com usuário: a interface dos SADs deve ser a mais simples possível,
valendo-se de instrumentos gráficos e, muitas vezes, de recursos de linguagem natural
(g. é o uso da linguagem humana – textual).
+ =
Barreiras Hierárquicas Barreiras Funcionais Ilhas Isoladas do Conhecimento
O maior entrave desse modelo organizacional é a visão focada nas funções e centrada
em sua própria realidade (GONÇALVES, 2000). Nesse contexto, a estrutura da
organização acaba tornando-se responsável pelo baixo nível produtivo e pelos demais
problemas de qualidade da empresa.
Antes da propagação dos modelos de gestão por processos e da reengenharia (início dos
anos 90), os softwares eram reconhecidos por atividades específicas, sem integração,
18
como, por exemplo, faturamento, folha de pagamento, programação e controle da
produção, controle de estoque e muitos outros.
Para atingir esse objetivo, a gestão por processos age incisivamente na redução de
ruídos e perdas decorrentes das interfaces entre as áreas funcionais, níveis hierárquicos
e organizações.
a) processos funcionais
Os processos funcionais têm seu início e término no contexto de uma mesma
especialidade ou função, como, por exemplo, a função contabilidade, a função finanças,
a função compras etc. Os objetivos dos processos funcionais assemelham-se aos
objetivos da própria função que viabilizam. Esses processos são definidos para
maximizar o desempenho da função na qual se inserem. A figura a seguir elucida essa
afirmação:
Fornecedores Clientes
21
b) processos de negócio
Chamamos processos de negócio aqueles que se utilizam das diversas funções
organizacionais para gerar produtos, mais diretamente relacionados à razão de existir da
organização. Eles apresentam as seguintes características:
não contribuem para a otimização de apenas uma função, mas sim das
diversas funções que os permeiam, ou seja, são multifuncionais no sentido
da otimização;
23
1.7 Síntese da Unidade
Nesta Unidade, enfatizamos os conceitos de sistema que é um conjunto de
componentes, regras e normas que interagem entre si visando a um objetivo comum.
Os sistemas podem ser classificados como aberto e fechado, adaptável e não adaptável,
permanentes e temporários.
Sistema de Apoio a Decisão utilizam modelos quantitativos ou não para analisar grande
volume de dados, visam a atender principalmente ao nível estratégico.
Gestão por departamento tem como objetivo os resultados exatos de cada uma das áreas
funcionais da organização, por meio de uma visão focada na direção do processo de
gestão. Os sistemas de informação, nesse caso, tendem a ser ―estagnados‖, restritos a
cada departamento.
24
1.8 Para saber mais
Filme
Sites
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemas_de_informa%C3%A7%C3%A3o - verifique os
conceitos de Sistemas de Informação que são compartilhados;
25
outras comunidades relacionadas a suas areas de interesse, adquira novos
conhecimentos e troque experiências;
1.9 Atividades
1- Imagine uma empresa atuante no setor de varejo, focada na venda de
eletrodomésticos e móveis e que apresente uma estrutura descentralizada e
distribuída pelo país, porém tenha seu processo de compras centralizado. Suponha
que, no último semestre, os gerentes tenham se queixado de uma ausência de
controle nas programações de compras, o que ocasionaria a falta de alguns tipos de
mercadorias e excesso de outras. Imagine também que, recentemente, o seu nicho de
mercado (região nordeste) está sendo explorado por inúmeras redes concorrentes e o
próprio mercado. A partir dessa situação imaginária, crie um texto avaliando como
cada uma das categorias de sistemas de informações pode ajudar essa empresa a
solucionar seus problemas.
2- Crie um modelo para análise de sistema, tendo como base a figura 1.2 desta Unidade,
representando um sistema de controle bancário.
3- A fim de identificar no mínimo dois Sistemas de Apoio a Decisão, seus recursos e
respectivos desenvolvedores/fornecedores, faça uma pesquisa na internet e descreva-
os.
26
Unidade 2
Unidade 2 . Tecnologia e sistemas de informação
“O tempo é um rio... e os livros são como barcos. Muitos
volumes começam a descer a correnteza apenas para serem
destruídos e perdidos[...] Apenas uns poucos, muito poucos,
suportam as provações do tempo e vivem para abençoar as
próximas gerações”.
Dan Brown - em O Símbolo Perdido
A figura a seguir mostra como o SCM faz a integração entre os diversos participantes
dos canais de distribuição, por meio de uma administração que compartilha os
principais processos de negócios e interliga todos os participantes desde o
sunfornecedor até o consumidor.
Sub-
verificação dos
Consumidores
fornecedores Demanda Fluxo Financeiro Demanda
processos internos,
Figura 2.1 - Gerenciamento da cadeia de suprimento tais como fabricação
Fonte: adaptado de Sucupira et al. (2007)
e despacho e as
informações de todos os fornecedores, gerando, assim, dois fluxos principais: material e
financeiro.
28
O fluxo de materiais ocorre quando há uma ―configuração do produto‖, conforme os
requisitos do consumidor, ou seja, saem dos subfornecedores os componentes, as
embalagens e agregam valor conforme vão passando pelos participantes dos canais de
distribuição até chegar ao consumidor final.
O SCM oferece enormes perspectivas de ganhos para quem o utiliza, à medida que
ocorre um aumento de escala nos volumes de transações entre os participantes e que há
transferências de tecnologias para as empresas menos desenvolvidas, propiciando
menores custos operacionais e melhoria na qualidade dos produtos fabricados.
suprimentos, sendo
subdividido em dois grandes
Módulo de Módulo de Nível
blocos de sistemas, de acordo Integração Desempenho Estratégico
A figura 2.2 ilustra o modelo Figura 2.2 - Blocos existentes no Modelo Proposto
de SCM
proposto. Na parte superior, Fonte: Adaptado de Pereira e Hamacher (2000)
está o bloco externalizador e,
na inferior, o bloco potencializador, compostos por uma série de módulos.
Os sistemas do tipo SCM vão além dos convencionais sistemas de controle de estoque
ou de gestão de materiais, pois pretendem integrar todos os agentes de uma cadeia de
suprimentos, ampliando o poder de controle da organização (LAUDON e LAUDON,
2004).
30
necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma empresa. Segundo Gartner Group
(apud VALENTE, 2002):
[D]do ponto de vista tecnológico, CRM significa capturar os dados do
cliente ao longo de toda a empresa, consolidar todos os dados
capturados interna e externamente em um banco de dados central,
analisar os dados consolidados, distribuir os resultados dessa análise
aos vários pontos de contato com o cliente e usar essa informação ao
interagir com o cliente por meio de qualquer ponto de contato com a
empresa (GARTNER GROUP apud VALENTE, 2002, p.62-63).
De acordo com o conceito apresentado, notamos que o CRM está ligado aos princípios
do marketing de relacionamento, no momento em que é apresentada a necessidade de
capturar os dados interna e externamente, distribuindo-os por toda a organização e aos
do endomarketing, quando a empresa tem um bom relacionamento interpessoal,
possibilitando, assim, a consolidação dos dados em todos os pontos da empresa.
) 31
Nesse gráfico de valor versus tempo, o CRM operacional inicia-se com a relação que
existirá entre o cliente e a organização, focando sempre em sua captação. O CRM
analítico pode utilizar-se do perfil pré-existente do cliente na empresa, estabelecendo,
assim, uma relação mais segura e confiável.
Data
Back ERP Gerência de Warehouse
Sistemas
Processamento
Office Gerência de Supply Chain
Legados
Pedidos Produção
Aplicações Aplicações de
Mobile Sistema
Atendimento Verticais Marketing
Office Móvel de
em Campo Gerência de Gerência de
Vendas Clientes Campanhas
Conferência e-Mail
Interação Fax Interação
Voz Conferência via Gerência de
com o cliente Cartas Direta
WEB Resposta
CRM Colaborativo
Figura 2.4 - Estágios evolutivos do CRM – Esquema tecnológico
Fonte: Elaborado pelo autor com base na Meta Group (veja box explicativo)
tratando o cliente com o seu perfil pré-criado. Essas correlações podem ser melhor
percebidas por meio da análise na figura a seguir:
Já o estágio analítico é composto por ferramentas de análise que ajudam a medir, prever
e aperfeiçoar o relacionamento empresa-cliente. Nesse estágio, laça-se mão de uma
infraestrutura capaz de obter informações preciosas sobre os clientes, indicando qual
cliente é mais atrativo para a organização. Pode-se inclusive traçar um perfil baseado
nos seus hábitos de consumo para, com base nesse perfil, ofertar produtos que
despertarão maior interesse e, consequentemente, terão uma chance maior de ser
32
adquiridos. A partir desse momento, estamos mais próximos de conquistar a satisfação e
a fidelidade desse cliente.
Já para Laudon e Laudon (2004b.), o ERP é um sistema que integra inúmeros os setores
da empresa, inclusive planejamento, produção, vendas e finanças, de forma que eles
podem ser coordenados mais de perto compartilhando informação.
35
2.4.1 Histórico
No final dos anos 50, os conceitos contemporâneos de controle tecnológico e gestão
corporativa iniciaram-se. A tecnologia da época baseava-se nos enormes mainframes
que já eram responsáveis por controlar os sistemas de estoque, consumiam muitos
recursos e eram privilégio somente das grandes organizações. Os custos da
automatização eram elevados e demandavam muito tempo, entretanto eram mais
rápidos que os processos manuais.
No início dos anos 70, com o crescimento da economia e a maior difusão dos recursos
computacionais, surgiu o Material Requirement Planning – MRP (ou planejamento das
requisições de materiais), que foi o precursor dos sistemas ERP. O MRP era voltado
unicamente para o planejamento das compras de materiais, baseado nos níveis de
estoque e planejamento prévio. Mesmo representando uma profunda mudança ao longo
de dez anos, essa modalidade de software não trouxe uma integração direta com o
planejamento da produção, o que desencadeou o desenvolvimento da segunda geração
dos MRP´s.
A década de 80 foi marcada pelo início das redes computacionais ligadas a servidores,
que tiveram uma implicação direta na diminuição de custos e na facilidade de
manutenção em comparação aos mainframes. Além disso, proporcionaram o
crescimento das atividades de gerenciamento de logística e produção. O MRP
rapidamente se transformou em MRP II (que significava Manufacturing Resource
Planning ou planejamento dos recursos de manufatura), que passava a controlar outras
atividades como máquinas e mão de obra.
O MRP II foi intitulado ERP por abarcar os controles e o gerenciamento, pois não mais
se restringia ao controle de materiais. Não se sabe exatamente quando esse agrupamento
de sistemas ganhou essa nomenclatura. Serviu tanto para acelerar os processos quanto
para instituir a comunicação entre as ―ilhas‖ departamentais. Posteriormente, foram
somados ao MRP novos sistemas, conhecidos também como módulos de gestão. As
áreas contempladas foram as de recursos humanos, compras, finanças, vendas, entre
outras. Nesse momento, os setores, com uma conotação de administração e de apoio à
36
produção ingressaram na era da automação. Fundamentalmente, o administrador da
produção definia um lote de produção e, após esse procedimento, o sistema calculava a
quantidade de material necessário para a produção do lote todo, cruzando as
informações com as existentes no estoque e gerando relatório de ordem de aquisição de
material quando necessário. Os MRP II representaram um grande avanço qualitativo à
simplificação do planejamento da produção, essencialmente para as linhas de produção
com elevado número de componentes, tais como eletro-eletrônicos, automóveis,
indústria aeronáutica e outros
O ERP surgiu nos anos 90. É um modelo que se baseia em sistemas corporativos de
informação, visando à integração dos processos de
Just-in-time é uma proposta de
negócio a fim de fornecer subsídios para decisões reorganização do ambiente
produtivo, assentada no
estratégicas. Esse modelo, bastante abrangente, engloba entendimento de que a eliminação
de desperdícios visa ao
inúmeras entidades de negócios, unindo a cadeia de melhoramento contínuo dos
processos de produção.
suprimentos e de clientes a fornecedores, focando-se nas
questões de competitividade das organizações. São claramente vistos como uma
evolução do MRP II.
O Just In Time (JIT) pode ser amplamente empregado, já que, nesse ponto, estamos com
todo o processo produtivo integrado graças ao ERP. Com a utilização do JIT, temos
uma drástica redução nos níveis de estoque de produto acabado e uma melhor logística.
Quando usamos os ERPs em parceria com a Internet, estabelecemos uma integração
horizontal tanto com os clientes quanto com os fornecedores, dando origem aí ao e-
Business.
Na visão de Franco Junior (2005), a evolução dos sistemas de ERP nas organizações
pode ser compreendida em cinco estágios:
37
1- sem ERP: na situação inicial, não existe nem ideia do sistema na
organização;
Para Franco Junior (2005), a forma de implementação do ERP pode ser dividida em três
modalidades:
A abordagem do ERP para o usuário final é integrada ao processo e orientada por ele,
contudo as áreas de negócio que são abrangidas por esse sistema formam módulos de
software especializados, a saber:
manufatura: planejamento e controle do processo produtivo;
finanças: acompanhamento, previsão das receitas e custos da empresa;
logística: gestão dos recursos materiais e integração com fornecedores;
marketing e vendas: desenvolvimento de relacionamento com cliente;
recursos humanos: gerenciamento dos recursos pessoais para fins de
produção.
39
conectividade com a Internet: o ERP deve conter um componente que integre o
sistema aos negócios on-line da organização, tornando-o seguro e executável;
suporte multi-site: o planejamento global e local necessita ser suportado, bem
como as facilidades de controle devem ser suportadas;
implementação/implantação rápida: espera-se com essa rapidez reduzir a espera
do retorno de investimento (ROI);
facilidade de uso: sendo o mesmo gerenciado e manuseado por pessoas
nãotécnicas.
40
de todos os integrantes da organização na obtenção dos benefícios esperados
inicialmente.
Motta (2003) defini e-business como uma forma segura, flexível e integrada de fornecer
um valor diferenciado na gestão administrativa por meio da combinação de sistemas e
processos na administração e no funcionamento de operações centrais (de forma simples
e eficiente), gestão essa alavancada pela aplicação de tecnologia da Internet.
41
aquisição de insumo e matéria-prima: de forma transparente e integrada, o
cliente tem a possibilidade de adquirir de seus fornecedores o que for necessário;
automação dos processos de relacionamento entre os parceiros: se dá por meio
do e-business que é o centro de informações para as organizações envolvidas no
processo, reduzindo a burocracia e aumentando a confiabilidade das
informações;
gerenciamento do estoque de parceiros: é perfeitamente possível adquirir
informações detalhadas sobre a posição de estoque dos fornecedores e parceiros
e solicitar reposições, com base no planejamento da demanda;
atendimento direto ao cliente: o e-Business proporciona interação on-line.
42
Data Warehouse, associados a ferramentas de extração e mineração de dados.
Detalharemos estas técnicas e artefatos a seguir.
Na figura 2.5, são apresentados dois Data Marts (satisfação do cliente e logística)
constituídos por bancos de dados transacionais (finanças, vendas, atendimento e
estoque).
43
Marts, ou mais, pode criar a oportunidade de se identificar novos temas. Conforme
O´Brien (2004), as principais características dos Data Warehouses são:
On line Analytical Processing Systems – sistemas OLAP: ―um sistema OLAP é uma
ferramenta que permite executar complicadas análises sobre dados históricos usando
estruturas multidimensionais armazenadas em um Data Warehouse (DW)‖, segundo
Strum (2000, p. 5). Um DW (ou Depósito de Dados) é uma estrutura de BD utilizada no
armazenamento das informações referentes a todas às atividades de uma empresa, de
forma a permitir a análise de um grande volume de dados além da aquisição de
informações estratégias que implicam num processo de tomada de decisão mais preciso
e eficiente.
44
O DW serve como suporte para os sistemas OLAP, permitindo o intercâmbio de
informações entre toda a empresa. Um CRM, por exemplo, pode usar um Data Mart,
que é muito semelhante a um DW, com a diferença de que os dados contidos nesta
estrutura pertencem a um determinado segmento de negócio dentro de uma
organização, como, por exemplo, as informações sobre os clientes para realizar o
marketing de relacionamento. A transição de dados entre as bases se faz necessária,
pois o OLAP atua em cima dos dados históricos, preferencialmente em um grupo
separado da estrutura de dados operacionais, alimentando a estrutura OLAP com
informações atuais regidas por regras preestabelecidas para uma análise. Chamamos
isso de Data Transformation Service (DTS) – Serviço de Transformação de Dados.
Dentre as características, a que mais ressalta é o fato de que, com uma ferramenta
OLAP, pode-se gerar um sistema único capaz de efetuar toda a análise dos dados, ao
contrário da existência de diversos sistemas realizando análises diferenciadas. A
eficiência da análise é considerada outra vantagem, pois propicia ao usuário, de
maneira interativa, respostas para questões como ―Quantos produtos A e B foram
comercializados no mês C nas cidades X,Y e Z para clientes com perfil K?‖ Essas
consultas podem ser realizadas esporadicamente, fato que distingue um sistema de
análise empresarial de um Sistema de Suporte a Decisão (SSD). Podemos notar a
estrutura de um SSD claramente na Figura 2.6 a seguir:
45
OLTP - Sistema
Aplicação OLAP
para capturar
para visualizar
dados
dados
operacionais
OLE DB / ADO
Script ou aplicações
será utilizado para
Data
para validar e
Warehouse transferência
transformar os dados
de dados
Figura 2.6 – Bases de dados e ferramentas que compõem um Sistema de suporte a decisão
robusto.
Fonte: Adaptado de Strum (2000, pág.6).
46
prover informações no tempo certo e preciso;
A base de dados é vital na construção de sistemas que suportem soluções OLAP, pois
ela garante a integridade, a consistência, o acesso, a dinâmica e propicia a realização de
análises otimizadas. Desse modo, bases de dados normalizadas ajudam muito nos
processos operacionais contemplados em OLTPs, por conta do elevado grau de
atualizações e edições de informações. Não se ajusta ao contexto de um OLAP, que
visa trabalhar (ou trabalha) com dados estáticos. Mesmo assim, não descartamos a
utilização, quando possível, de uma base relacional normalizada para efetuarmos as
análises de dados.
Uma das principais diferenças entre sistemas OLTP e OLAP é que o primeiro tem um
grupo de consultas (já existentes) que, quando executadas, retornam informações num
molde padronizado e já esperado. Já o segundo não. É sabido quais os tipos de dados
47
que serão analisados, mas não de que modo será feita a análise, criando as consultas sob
demanda. Pode-se melhorar o desempenho da análise, utilizando-se de uma base de
dados não normalizada, sedimentada em uma estrutura multidimensional.
Segundo Strum (2000 p. 45), ―Métricas de Negócio são os fundamentos de toda análise.
Qualquer estudo de dados em uma organização é baseado nessas métricas chamadas de
Dimensões‖, como, por exemplo, definido as dimensões cliente, geografia, tempo etc.
Os Indicadores Chave de Performance (KPI – Key Performance Indicator) são medidos
pelos pontos existentes nas dimensões. São usados para indicar a performance do
negócio por meio dos intervalos ou das faixas de informação.
Mensurações feitas por meio de KPI podem ser ligadas a uma ou mais dimensões,
como, por exemplo, a quantidade de retornos positivos nos atendimentos do
departamento Y da
organização no período X.
Dimensão 2 Dimensão 3
É característica da
estrutura multidimensional
das ferramentas OLAP. Tabela de
Fatos
Essas dimensões
apresentam ainda
hierarquias por meio da Dimensão 1 Dimensão 4
48
Tabela de Fatos contém as medidas e representa informação quantitativa ou factual
sobre os negócios‖. A Tabela de fatos, como é descrita por Strum (2000, p. 55),
―armazena as informações relativas ao negócio e que possuem real importância para
decisões empresariais‖. Essas medidas são resultados de exames sobre o mercado e
oriundas das KPIs. Esses resultados correspondem à soma, agregações e complexas
operações sobre milhões de registros, tais como em tipos de vendas, quantidade de itens
vendidos etc.
Milo (Ryan Phillippe) é um jovem gênio da informática, que namora uma artista (Claire
Forlani) e tem um futuro brilhante pela frente. Ele está prestes a abrir uma nova empresa
juntamente com seu amigo Teddy, até que recebe uma proposta irrecusável para
trabalhar na empresa de seu ídolo, Gary Winston (Tim Robbins). Milo aceita a oferta,
49
mas logo descobre que a empresa em
que agora está trabalhando tem sérias
implicações com a lei antitruste
americana.
Sites
http://pt.wikipedia.org/wiki/ERP
Veja as informações sobre ERP no Wikipédia e verifique o que pode ser acrescentado
no que aprendeu nesta Unidade.
www.hospitaleducacional.com
Tire suas dúvidas, neste site, sobre conceitos de sistemas de informações integrados.
www.timaster.com.br/revista/revista.asp
Neste site, você encontrará artigos e notícias atualizadas sobre sistemas integrados.
http://www.sap.com/solutions/index.epx
http://www.dicas-l.com.br/arquivo/sybrain_framework_erp_para_celular_wap.php
Ao consultar este site, veja o que tem de novo no mundo do software livre voltado para
erp, usando tecnologia wap.
http://www.dicas-l.com.br/arquivo/compiere_erp_de_codigo_aberto.php
50
Um sistema erp totalmente open source. Pode facilmente ser implementado em
qualquer empresa, basta ter pessoal técnico capacitado a operar e customizar.
Interessou-se? Consulte.
2.8 Atividades
Convido-os a refletir e responder às questões seguintes, com o intuito de ampliar seu
conhecimento sobre o tema abordado nesta Unidade.
1. Baseando-se nos conceitos das ferramentas Data Minning, como você classifica uma
planilha eletrônica? Pode ou não ser classificada como tal? Justifique sua resposta.
51
52
Unidade 3
Unidade 3 . Gestão da tecnologia da informação
Realmente o termo governança pode ser usado em qualquer área da empresa, porém, na
área de TI, revela-se muito útil dada a sua dinamicidade, pois, em inúmeras ocasiões,
possibilita melhor interface entre os profissionais da área e demais usuários. Nesse
sentido, as práticas de governança tendem a romper as barreiras, aproximando o usuário
do centro das decisões de TI.
COBIT significa Control Objectives for Information and Related Technology ou,
traduzindo literalmente, Controle de Objetivos para Informação e Tecnologia
Relacionada. Nada mais é do que uma ferramenta capaz de auxiliar no gerenciamento e
controle das ações de TI nas empresas, com o propósito de garantir o alinhamento entre
TI e os negócios.
em que os métodos são nele formalizados. Serve para orientar as decisões tecnológicas
das organizações. O COBIT independe das plataformas de TI adotadas nas
organizações, tal como independe do tipo de negócio e do valor e da participação que a
tecnologia da informação tem na cadeia produtiva da empresa. Encontra-se disposto em
quatro domínios estruturados em processos que são detalhados a seguir:
planejar e organizar;
adquirir e implementar;
entregar e dar suporte;
monitorar e avaliar.
54
A figura a seguir ilustra a estrutura do COBIT com os quatro domínios:
I. monitorar os processos;
II. analisar a adequação dos controles internos;
III. prover auditorias independentes;
IV. prover segurança independente.
O IT Information Infrastructure Library (ITIL) é uma biblioteca criada nos anos 80 pelo
governo britânico composta de um conjunto de orientações e sugestões práticas para o
gerenciamento de serviços de TI, proporcionando uma abordagem efetiva e eficaz no
uso de sistemas de informação. A operação e a gestão da infraestrutura de TI, objetos
57
centrais do ITIL, incluem aspectos de fornecimento e manutenção dos serviços de TI. A
metodologia ITIL surgiu com o intuito de reduzir os custos e melhorar a qualidade dos
serviços prestados pela área de TI, independente do tamanho da organização.
O ITIL é um modelo aberto, portanto qualquer empresa pode fazer uso de sua biblioteca
livremente (ou parte dela), não havendo necessidade de pagar royalty, o que contribui
enormemente para a utilização de seus processos. O objetivo principal da metodologia é
indicar ―o que fazer‖ ao invés de ―como fazer‖, dando destaque aos objetivos, às
atividades, às entradas e saídas de informações etc, facilitando a incorporação por
praticamente qualquer organização. A organização dessa biblioteca se dá por meio de
disciplinas que são separadas em processos. São elas:
Suporte a Serviços:
service desk é uma função que tem a responsabilidade de acompanhar por toda a
organização o nível de satisfação do usuário. Não representa uma disciplina;
58
gerenciamento de problemas fornece instrumentos para suprimir a reincidência de
problemas de forma pró-ativa;
Entrega de Serviços:
59
Assim como o COBTI, esse modelo busca criar um protocolo internacional para a
padronização da gestão da TI, fornecendo normas gerais a serem abordadas por
empresas de qualquer porte. Os modelos apontam ―o que fazer‖ e não ―como fazer‖. É
responsabilidade da empresa criar os recursos de controle de acordo com suas
necessidades especiais.
O modelo Capability Maturity Model (CMM) foi fixado pelo SEI — Software
Engineering Institute (SEI), definido como a somatória das ―melhores práticas‖ para
diagnosticar e avaliar a maturidade do software em desenvolvimento numa organização.
Não deve ser confundido como uma metodologia, pois o CMM não diz o que fazer, mas
sim como deve ser feito. Descreve os estágios de maturidade das organizações durante o
processo de evolução no ciclo de desenvolvimento de software, por meio de uma
60
contínua avaliação, um levantamento de problemas e de ações corretivas, dentro de uma
estratégia de melhoria de processos.
Uma organização é considerada num maior grau de maturidade de acordo com o nível
evolutivo de seu processo de desenvolvimento. Um processo de desenvolvimento de
software equivale a um grupo de métodos, práticas, atividades e transformações que
uma equipe dispõe para desenvolver e manter o software e seus produtos associados
(planos e documentos de projeto, código, manuais de usuário e casos de teste).
A capacidade de uma empresa situada no nível 1 é totalmente caótica, uma vez que o
processo de desenvolvimento é instável, sujeito a modificações brutais e assíduas, não
só de um projeto a outro, mas também na realização de um mesmo projeto.
Nesse nível, estimar custos, prazos e qualidade do produto é algo utópico, totalmente
fora do contexto e da política de desenvolvimento.
Nesse nível, o trabalho a ser realizado para cumprir os requisitos do software são
planejados e supervisionados no decorrer da realização do projeto. São estabelecidos
padrões de projeto, devendo a organização garantir a sua efetiva execução. Pelos
esforços em gerenciar e acompanhar o projeto de software, a capacidade de uma
organização que se encontra nesse nível pode ser definida como disciplina.
62
Como forma de disseminar e normatizar as práticas adotadas no processo definido, são
criados programas de treinamento oferecidos ao nível da organização.
É estabelecida uma base de dados para juntar e verificar os dados existentes nos projetos
de software. Ações com consistência e clareza compõem uma característica das
organizações situadas nesse nível, as quais se fixam como uma referência para avaliar
os processos de desenvolvimento e os produtos. Os produtos são resultado de um alto
controle durante o processo de desenvolvimento. Nas linhas de produção definidas, as
variações de desempenho do processo podem ser separadas das variações ocasionais
(ruídos). O aprendizado de novas tecnologias (ou o novo domínio de aplicação), que
representa certo risco, é conhecido e cuidadosamente gerenciado.
63
ocorrência de falhas. Análises de custo/benefício são feitas em cima do processo de
desenvolvimento, baseado em dados colhidos de experiências anteriores.
A comunidade de usuários corporativos tem aderido a essa certificação por ser um forte
indicador de qualidade nos serviços.
O projeto SPICE iniciou-se em 1993 num esforço de atividades conjuntas da ISO e IEC
e de cinco centros técnicos (EUA, Canadá, América Latina, Europa, Pacífico Norte e
Pacifico Sul). A norma ISO/IEC 15504 foi publicada em outubro de 2003.
Diferente dos modelos por estágio (como o SW-CMM), os modelos contínuos permitem
que uma organização determine quais são os mais importantes processos para os
objetivos, o contexto e a estratégia de negócio da empresa, orientando a avaliação e o
aprimoramento desses processos, tendo como base os níveis de capacidade.
O uso da norma faz com que as empresas percebam a existência ou não de processos
específicos, bem como o aprimoramento dos já existentes. O diagnóstico de uma
avaliação é um perfil da instituição em forma de matriz, em que temos, nas linhas, os
processos e, nas colunas, os níveis (capacidade de cada processo).
64
O SPICE é voltado para qualquer organização envolvida no processo de criação de
software. Enquanto empresas desenvolvedoras de software podem utilizar o SPICE para
melhoria de seus processos de produção, empresas adquirentes poderão avaliar
fornecedores em potencial, segundo o seu perfil de capacidade (ROCHA, 2001).
O SPICE tem um modelo de referência que serve de base para o processo de avaliação.
Uma das colaborações do modelo SPICE é delimitar em seu modelo de referência todos
os processos inseridos no desenvolvimento de software, organizados em categorias. No
quadro abaixo, observamos a estrutura completa das categorias e dos processos de cada
categoria:
65
ENG – Engenharia - Processos que especificam, implementam ou mantêm um sistema ou
produto de software e sua documentação
ENG.1 Desenvolver requisitos e projeto do sistema
ENG.2 Desenvolver requisitos de software
ENG.3 Desenvolver o projeto do software
ENG.4 Implementar o projeto do software
ENG.5 Integrar e testar o software
ENG.6 Integrar e testar o sistema
ENG.7 Manter o sistema e o software
SUP – Suporte - Processos que podem ser empregados por qualquer um dos outros
processos
SUP.1 Desenvolver a documentação
SUP.2 Desempenhar a gerência de configuração
SUP.3 Executar a garantia da qualidade
SUP.4 Executar a verificação dos produtos de trabalho
SUP.5 Executar a validação dos produtos de trabalho
SUP.6 Executar revisões conjuntas
SUP.7 Executar auditorias
SUP.8 Executar resolução de problemas
MAN - Gerência - Processos que contêm práticas de natureza genérica que podem ser
usadas por quem gerencia projetos ou processos dentro de um ciclo de vida de software
MAN.1 Gerenciar o projeto
MAN.2 Gerenciar a qualidade
MAN.3 Gerenciar riscos
MAN.4 Gerenciar subcontratantes
ORG – Organização - Processos que estabelecem os objetivos de negócios da organização
ORG.1 Construir o negócio
ORG.2 Definir o processo
ORG.3 Melhorar o processo
ORG.4 Prover recursos de treinamento
ORG.5 Prover infra-estrutura organizacional
Fonte: Rocha (2001).
A norma detalha cada um dos processos mencionados na tabela 3.1. Cada um deles tem
uma definição mais detalhada, uma lista das consequências da sua implementação bem
sucedida e uma exposição detalhada de cada uma das práticas básicas.
66
nível 0 – incompleto: o processo geralmente não atinge suas metas ou não está
implantado;
Como foi mostrado, o modelo SPICE é padronizado pela ISO e busca ter um escopo
mais minucioso, pois avalia, independentemente, cada processo de elaboração de
software, diferentemente do CMM que avalia a empresa como um todo. Em
contrapartida, a abordagem do SPICE é mais abrangente enquanto o CMM nasceu
unicamente para monitorar processo de software. Avaliando pros e contras, o CMM tem
melhor aceitação no mercado de software, contudo cada método tem seu lugar
especifico.
67
3.3 Tendências tecnológicas e ética
O constante avanço tecnológico desencadeia uma evolução no processamento de dados
dos computadores, a nanotecnologia, somados ao baixo custo das transmissões de
dados. O uso massivo da Internet tem desencadeado drásticas mudanças não só no
âmbito das organizações, mas nas questões individuais e sociais, cujo referencial
disponível para debate encontra-se no campo da ética. Aspectos como novas
modalidades de crimes, saúde ocupacional, privacidade, dentre outros são objetos de
discussão dentro e fora das organizações, e, consequentemente, como as mudanças
tecnológicas são relativamente recentes e constantes, torna-se vital que as empresas
como um todo (sociedade, governo, organizações) aprofundem-se nesses temas.
Para Laudon & Laudon (2004), quatro tendências tecnológicas básicas levantam
questões éticas para a discussão:
Na tabela 3.2, evidencia-se dois grandes blocos de mudanças no cenário tecnológico: (a)
aspectos relacionados à infraestrutura de computação (hardware), que se tornaram
acessíveis, mais baratos e com maior capacidade; (b) aspectos relacionados a softwares
que propiciam armazenamento e tratamento mais elaborado dos dados individuais.
Essas mudanças geram questões éticas na área de sistemas de informações que podem
ser observadas sob quatro perspectivas, segundo Stair (1998):
rivacidade: quais dados de clientes podem ser revelados, quais podem ser trocados
entre empresas, que garantias de privacidade um individuo tem ao expor suas
68
informações a uma empresa. Discute-se a forma como as informações devem ser
coletadas e como empregá-las no ambiente computacional;
Acesso: trata das garantias do indivíduo em ter o acesso as suas informações pessoais e
poder corrigi-las a qualquer tempo. Portanto, um cliente pode obter informações sobre
sua situação de crédito em qualquer entidade de acompanhamento de crédito? E em uma
empresa privada? Pode alterá-la ou solicitar que sejam retiradas?
Essas questões gerais, levantadas por Stair (1998), destacam os embaraços que a
disponibilidade da informação em meio eletrônico podem causar. Contudo, no ambiente
de trabalho, existem questões específicas sobre emprego e privacidade a serem
abordadas. Laudon e Laudon (2004) descrevem duas questões éticas principais,
relacionadas ao ambiente de trabalho:
emprego: muitas empresas têm dito que pretendem, com o uso maciço da tecnologia da
informação, diminuir sua força de trabalho. Tais declarações e ações aumentam o nível
de estresse, gerando uma sensação de impotência e frustração frente aos avanços
tecnológicos.
69
Em contrapartida, as organizações justificam que os efeitos danosos do desemprego
podem ser amenizados com a requalificação do seu quadro profissional no uso da TI.
Mas as estatísticas indicam o rumo para um modelo de desenvolvimento econômico e
de produção que necessita de emprego, pois o número de atividades, mesmo no setor de
serviços que podem hoje ser automatizadas, vem crescendo constantemente;
As discussões sobre meio ambiente e saúde são temas de extrema relevância e tendem a
dobrar no próximo quinquênio, e, caso não seja dada a devida importância, os efeitos
serão danosos a toda sociedade.
A SPICE (ou norma ISO/IEC 15504) é um padrão que avalia o processo de software,
com o objetivo de estabelecer o nível de capacitação dos processos de uma
organização.
O modelo Capability Maturity Model (CMM) pode ser definido como a soma das
"melhores práticas" para diagnosticar e avaliar a maturidade do desenvolvimento de
softwares em uma organização.
72
Acesse o site http://www.info.abril.com.br/aberto/infonews/082007/31072007-30.shl e
leia o artigo, escrito por Omar Paixão, A vida depois do ITIL e reflita sobre a
importância de se obter uma certificação nessa área.
3.7 Atividades
1- Em que nível de maturidade a CMM situa-se uma empresa de software que
gerencia seu processo produtivo por meio de cronograma, fluxogramas e modelos
descritivos dos módulos do sistema? Explique.
73
74
Unidade 4
Unidade 4 . Gestão estratégica e sistemas de
informações
75
na tomada de decisões, otimizar os processos organizacionais e ampliar a integração nas
relações cliente-fornecedor.
Outra visão, que despontou ao longo dos anos 90, buscava aprofundar-se nos fatores
intraorganizacionais que elevavam a eficiência organizacional e sua capacidade de
inovação. Esses estudos apontavam para dois caminhos principais: a tecnologia da
informação e a capacidade de aprendizagem e a inovação da organização. A
comprovação desta última subsidiou o desenvolvimento de uma área de estudos focada
na investigação dos elementos potencializadores da criação, no uso e compartilhamento
do conhecimento, nas organizações e na própria sociedade. Tal área de estudos passou a
ser chamada de gestão do conhecimento (GC).
De fato, um aspecto vital para o sucesso das organizações é o uso e a manipulação total
da informação disponível. Somado a isso, há uma tendência das organizações em
76
fornecer um local de trabalho de alto desempenho, fazendo com que os profissionais
explorem dados, desenvolvam processos e produtos inovadores e atendam às demandas
de clientes e fornecedores de modo eficiente. Esse tipo de solução possibilita aos
funcionários a localização do conteúdo, dos artefatos e das pessoas de maneira efetiva,
assim como acesso à comunicação e colaboração (SILVA FILHO, 2010).
Tácito Conhecimento enraizado nas ações e na Os melhores recursos ou meios para tratar um
experiência, implicado em um contexto cliente corretamente.
específico.
Tácito cognitivo Modelos mentais. Crença de uma pessoa sobre as relações causa-
efeito.
Social Criada pelas ações coletivas de um grupo e Normas para a comunicação no interior do
inerente ao grupo. grupo.
Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997).
78
quadro seguinte ilustra os modos de conversão do conhecimento, mostrando as
combinações e suas respectivas aplicações:
79
4.3 Capital intelectual - CI
As organizações atualmente valorizam o conhecimento tácito, habilidades, ou seja no
meio técnico o know-how(como de fazer) de seus colaboradores. A tecnologia da
informação está presente nesse contexto, a principio, como uma das categorias de
capital intelectual. E posteriormente, como o apoio para maximização das
potencialidades intelectuais.
80
Para Chiavenato (2004), capital intelectual é a soma de tudo o que você sabe. Em
termos organizacionais, o maior patrimônio de uma organização é algo que entra e sai
pelas suas portas todos os dias, ou seja, são os conhecimentos que as pessoas trazem em
suas mentes sobre produtos, serviços, clientes, processos, técnicas etc.
A procura desse tipo de capital de valor incalculável é tida como um trabalho árduo e
resistivo, pois é impossível mensurar o valor das aptidões de seus colaboradores,
tampouco informar a depreciação ou a valorização das capacidades intelectuais que
futuramente poderão evoluir e a quantidade de conhecimento retido por seus
colaboradores em treinamentos oferecidos pela empresa. Portanto só será possível
mensurar os custos vinculados e os bens
físicos disponíveis na organização
(ROCHA, 2001).
Rocha (2001) diz que razões como essas requerem atenção, reconhecimento,
qualificação e quantificação das experiências dos seus colaboradores e dos seus valores.
Deve-se fazer uso dos conhecimentos, gerando, assim, inovação e dinamismo,
utilizando a potencialidade de seus colaboradores na interpretação e sua criatividade
para transformar um dado em inovações e renovações.
Capital Capital
A figura 4.2 mostra os tipos Humano Estrutural
de capitais e como o capital
intelectual é estruturado na Capital Capital
de Cliente Organizacional
organização, assim como o
apoio da gestão do
Capital Capital de
conhecimento. de Inovação Processos
82
conhecimento de uma organização armazenado para uma futura consulta caso
necessário. Serão descritas a seguir as subdivisões do capital intelectual:
A distribuição de forma rápida e eficaz desse capital pode propiciar uma expansão na
troca de conhecimentos entre os colaboradores. Com isso, inúmeras empresas vêm
investindo muito na produção de uma base do conhecimento, catalogando tudo que foi
acumulado com o intuito de armazenar esse bem e, consequentemente, socializar essas
novas experiências, orientando as pessoas nas análises e nos processos que são vitais
para as tomadas de decisões.
Ainda para Stewart (1997), cada colaborador que sai da empresa levará consigo
conhecimentos que valem a pena sere mantidos na organização, assim como os novos
contratados agregarão experiências que devem também ser socializadas e armazenadas
na base do conhecimento, somando valores para a organização. Uma das inúmeras
83
maneiras de reter o conhecimento é documentar todas as atividades de sucesso e de
falhas que ocorreram ao longo da execução. Essa prática pode evitar o retrabalho e
contribuir muito para a economia de tempo na execução das tarefas;
84
4.4 Balanced Scorecard - BSC
O que o BSC propõe é uma forma sistêmica de se mensurar a eficácia das estratégias
organizacionais, que uma vez implantadas deverão direcionar a empresa rumo a sua
visão. Essa eficácia (ou ineficácia) deve ser notada em tempo real.
Caso a empresa esteja na direção errada, o gestor deve tomar conhecimento disso a
tempo de providenciar correções de rota. Porém, para que possa ocorrer em tempo real,
a supervisão do ―sucesso‖ da estratégia precisa do suporte dos sistemas de informações
e todos os recursos associados, com o intuito de extrair os inúmeros indicadores que
possibilitem avaliar o sucesso de cada meta estratégica.
o participação no mercado;
o retenção de clientes;
o aquisição de novos clientes;
o satisfação dos clientes;
o rentabilidade dos clientes;
o relacionamento com clientes;
o imagem e reputação;
88
Para Porter & Millar (1985), a importância da TI no negócio da empresa (ou o
diferencial competitivo que ela poderá promover) estará associada a uma relação entre
a quantidade da informação necessária à cadeia de valor (processo) e a quantidade de
informação que compõe o produto final. Dessa forma, existiriam, segundo os autores,
graus de investimentos em TI adequados a sua área de negócio. Um bom exemplo disso
são as organizações do setor financeiro, pois necessitam de muita informação na cadeia
de valor. O produto final dessas organizações tem alto índice de informação agregada e,
desta forma, necessitam de largos investimentos em TI para obter uma vantagem
competitiva.
Alta Refinaria Bancos
A figura 4.5 mostra-nos os Intensidade da
Informação na
quadrantes da matriz da Cadeia de valor Indústria de
Baixa Escolas
Cimento
intensidade da informação,
realizando um cruzamento Baixa Alta
Para Rockart et al. (1996, p. 2), os Fatores Críticos de Sucesso (FCS) representam ―um
número limitado de áreas funcionais, nas quais, os resultados, quando satisfatórios,
asseguram um desempenho competitivo bem sucedido para a organização‖. Portanto,
uma vez levantados os fatores críticos de sucesso, a organização buscaria aproximar a
relação entre sistemas de TI e essas áreas, vitais para obtenção de sucesso,
funcionariam, então, como base para atendimento aos FCS.
89
Os passos adotados para aplicação do método dos FCS, segundo Rockart et al (1996),
são:
Embora seja visível que alguns FCS estão associados ao contexto temporal,
compreende-se que eles devem ser continuamente ajustados e, por consequência, os
sistemas de informação a eles associados. A aproximação dos sistemas de informação
ao negócio da organização é a característica principal desse modelo. Isso força a
criação pelo gerente de instrumentos de medição confiáveis. Essa metodologia tem sido
largamente utilizada não apenas na área de TI como também em todas as áreas da
organização, mesmo não contemplando dimensões temporais.
Estrutura e estratégia de TI
90
De acordo com os autores,
Domínio de Negócio Domínio de TI
esses domínios se
entrelaçam originando Integração
Funcional
quadrantes resultantes do
Domínio Infra-estrutura de Infra-estrutura de TI
Interno Negócio
entrelaçamento dos quatro Integração
Operacional
domínios - interno e Interno
externo, negócio e TI - são: Figura 4.6 - Modelo de alinhamento estratégico.
Fonte: Handerson e Venkatraman (1993)
Handerson & Venkatraman (1993) apresentam dois outros conceitos que descrevem a
relação entre os quadrantes mencionados anteriormente:
91
integração operacional: trata-se da relação entre a infraestrutura e os
processos de negócio e a infraestrutura e os processos de TI, apontando
quem terá precedência.
planejamento
Figura 4.7 – Modelo de alinhamento: execução estratégica
estratégico, no qual o Fonte: Adaptado Handerson e Venkatraman (1993).
negócio é o orientador das estratégias e a TI um mero suporte operacional;
92
2. transformação tecnológica: este modelo propicia a integração estratégica, partindo
da estratégia de negócio para a definição da infraestrutura de TI.
No modelo
Domínio de Negócio Domínio de TI
apresentado na figura
4.8, o critério de
desempenho tem por Domínio
Externo Estratégia de Negócio Estratégia de TI
base a liderança
tecnológica, visando a
conquistar uma melhor Domínio Infra-estrutura de
Infra-estrutura de TI
Interno Negócio
posição no mercado;
nesse padrão, a Figura 4.8 - Modelo de alinhamento: transformação tecnológica.
estratégia e a Fonte: Adaptado Handerson e Venkatraman (1993).
infraestrutura de TI irão definir a infraestrutura do negócio;
3. potencial competitivo:
destaque do trabalho
desses autores é admitir
Domínio
que a estratégia de TI Externo Estratégia de Negócio Estratégia de TI
pode-se tornar
impulsionadora da
Domínio Infra-estrutura de
Infra-estrutura de TI
estratégia de negócio. Interno Negócio
93
4. nível de serviço:
Domínio de Negócio Domínio de TI
segundo Laurindo
(2002), esta
Domínio
perspectiva, visa à Externo Estratégia de Negócio Estratégia de TI
formação de uma
organização classe
Domínio Infra-estrutura de
mundial em serviços Interno Negócio
Infra-estrutura de TI
de sistemas de
informação, na qual o Figura 4.10 - Modelo de alinhamento: nível de serviço
Fonte: Adaptado Handerson e Venkatraman (1993).
papel da estratégia de
negócios é indireto, buscando apenas atender à demanda de clientes, conforme ilustrado
na figura 4.10.
Empresas que utilizam tecnologia de ponta, como, por exemplo, da área de softwares
ou telecomunicações, em algumas situações, partiriam de estratégias tecnológicas.
94
Já as demais empresas, em fase de estabilização, vulneráveis às normas ditadas pelas
leis de mercado, como as do setor agroindustrial, em muitos casos, partiriam da
estratégia de negócios. O enlace entre domínios pode ser entendido como
―configurações‖ de alinhamento entre a área de negócio e a área de TI.
95
Para a representação
combinatória desses Alta Cão de
Rede
Guarda
elementos, o autor propõe Descentralização do
Desenvolvimento
quadrantes, relacionando a
descentralização do Baixa Big Brother Auxílio
desenvolvimento com
Baixa Alta
descentralização da decisão,
Informações Contidas nos Produtos
descritos na figura 4.11.
Figura 4.11 - Estágios da informática descentralizada
A seguir, serão detalhados os Fonte: Donovan, 1988.
quadrantes:
total: existe apenas um único plano (ou planejamento na empresa), que contempla tanto
uma área de TI quanto a área de negócios, indistintamente.
97
Os modelos de alinhamento estratégico nos ajudam a entender melhor a organização de
informática das empresas, ao mesmo tempo em que avaliam a união da estrutura de TI
com a estratégia de negócio. Esses modelos propiciam ao gestor direcionar
adequadamente os recursos de TI de modo a maximizar os resultados do negócio.
98
4.8 Para saber mais
Filme
Sites
99
Acesse o site www.paradigma.com.br/gestao-do-conhecimento-na-pratica/view e leia
artigos e estudos de caso sobre o tema GC.
4.9 Atividades
1. Liste ao menos três práticas na sua organização que geram conhecimento. Justifique
sua resposta utilizando a teoria sobre conversão da formas de conhecimento (tácito e
explícito).
2. O que é mais difícil: gerir o capital financeiro ou o capital intelectual? Explique por
quê.
100
Referências
101
GONÇALVES, J. E. L. Processos, que processos. Revista de Administração de
Empresas. out/dez . 2000b.
102
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro:
Campus. 1997.
________. Sistemas, organizações e métodos: uma abordagem gerencial. 13. ed. São
Paulo, 2002.
ROCKART, J. F. et al. Chiefs Executives define their own data needs. Boston:
Harvard Business Review, V.57, n.2, p.81-92, 1996.
SOUZA, C.A.; SACCOL, A.Z. (Org). Sistemas ERP no Brasil: teoria e casos. São
Paulo: Atlas. 2003.
104
Referências Complementares
McFARLAN, F.W. Information Technology Changes the way you compete. Harvard
Business Review, v. 62, n.3, p-98-103, 1984.
106