Вы находитесь на странице: 1из 3

16ª aula

Sumário:
Introdução ao estudo das correntes eléctricas

Introdução ao estudo das correntes eléctricas

Temos até agora visto e analisado situações de equilíbrio electrostático, que são
caracterizadas por as cargas eléctricas estarem em repouso. Vamos seguidamente
abordar situações em que as cargas eléctricas estão em movimento originado uma
corrente eléctrica. Na realidade as cargas estão sempre em movimento devido à
agitação térmica. Mas para haver corrente eléctrica é necessário que haja um
movimento orientado de cargas eléctricas.
Os electrões são as partículas carregadas responsáveis por muitos fenómenos
com correntes eléctricas que ocorrem em sólidos. Em particular, nos metais, que são
bons condutores, a corrente eléctrica é devida ao movimento orientado de electrões.
Um átomo é constituído pelo núcleo e pelos electrões à sua volta. Os electrões
da última camada podem interagir com os de outros átomos formando ligações
químicas. Porém, num metal, cada átomo “perde” os seus electrões mais periféricos em
benefício de todos os átomos que constituem o material. A Fig. 16.1 mostra o esquema
de um metal. Os átomos que perdem electrões ficam iões positivos que estão dispostos
regularmente, formando uma “rede cristalina”. Os electrões que se desacoplaram dos
átomos (chamados electrões de condução) são partilhados por todos estes iões positivos.
Podemos pois falar num mar de electrões sobreposto à rede cristalina.

+ + + + + + + +

+ + + + + + + +

+ + + + + + + +

+ + + + + + + +

Figura 16.1

Os iões da rede cristalina vibram em torno das suas posições de equilíbrio. Esta
vibração é tanto maior quanto maior for a temperatura. Contudo os iões não abandonam
as suas posições de equilíbrio (sítios da rede) e, por isso, não se deslocam grandes
distâncias dentro do metal. Os electrões têm essa liberdade, experimentando, contudo,
colisões entre si e com os iões positivos. Na situação representada na Fig. 16.1 (que é
uma representação em duas dimensões, embora a realidade seja a três), os electrões
movimentam-se mas não há corrente eléctrica. A sua velocidade média é nula. Claro
que esta média deve ser tomada sobre um número muito grande de partículas.
Para haver corrente eléctrica é necessário que esta velocidade média seja
diferente de zero. Quando tal acontece, não significa que todos os electrões tenham essa
velocidade! O que é necessário é que a sua velocidade média (soma vectorial de todas
as velocidades a dividir pelo número de partículas ) já não se anule. Individualmente,
um electrão pode até ter velocidade oposta a essa velocidade média mas o que importa
para que ocorra corrente eléctrica é o comportamento global e não um ou outro

1
comportamento individual. Quando há corrente eléctrica, experimentalmente os
electrões têm velocidades diferentes mas, de facto, é como se cada um tivesse uma
mesma velocidade (velocidade média v ) como se representa na Fig. 16.2.

+ + + + + + + +

+ + + + + + + +
v
+ + + + + + + +

+ + + + + + + +

Figura 16.2

Para que os electrões tenham uma velocidade média diferente de zero é necessário que
sobre eles se exerça uma força, ou, por outras palavras, que fiquem sob a acção de um
campo eléctrico. Para haver corrente eléctrica terá então de haver um campo eléctrico
no interior do condutor e, portanto, uma diferença de potencial entre dois pontos desse
condutor1. Num circuito a diferença de potencial consegue-se à custa de um gerador (ou
bateria). Voltarmos a este assunto na próxima aula.
Apesar de num condutor serem os electrões os responsáveis pela corrente
eléctrica, convencionou-se há muito que o sentido da corrente eléctrica é sentido
contrário. Haver deslocamento de cargas negativas num sentido é equivalente ao
movimento de cargas positivas no sentido oposto2. Aquela convenção foi estabelecida
antes da descoberta do electrão, ou seja, antres de se conhecerem os mecanismos de
condução eléctrica em metais. O facto de o sentido convencional da corrente ser
contrário ao sentido real não levanta qualquer dificuldade de ordem conceptual ou
prática na análise de situações físicas e, em particular de circuitos eléctricos.

+
+ Ι

− Ι

Figura 16.3

Na Figura 6.3 as duas correntes são iguais mas só a da figura de cima corresponde ao
sentido convencional da corrente eléctrica. A grandeza indicada na figura representada

1
Vimos antes que o campo eléctrico era nulo no interior de um condutor se houvesse equilíbrio
electrostático. Não é este o caso presente.
2
Uma excepção é o chamado efeito Hall em que importa saber o sinal das cargas que em concreto se
deslocam.

2
por I designa-se por corrente (ou intensidade de corrente) e será introduzida
formalmente na próxima aula.
Há vantagens em considerar o sentido convencional da corrente eléctrica como o
sentido do movimento das cargas positivas. Assim, as cargas flúem dos potenciais mais
elevados para os mais baixos, o que permite fazer analogias com o movimento de um
fluido dentro de um tubo inclinado.
Nem sempre os electrões são os responsáveis pela corrente eléctrica. Num
electrólito, por exemplo, são os iões positivos que se movem numa direcção e os
negativos na outra. Neste caso, de que se mostra um exemplo na Fig. 16.4, não há
electrões individualmente envolvidos. A figura mostra em esquema os movimentos dos
iões numa solução aquosa de cloreto de sódio em que se mergulham dois eléctrodos. Os
iões positivos (de sódio) dirigem-se para o cátodo (eléctrodo negativo) e os iões
positivos (de cloro) para o ânodo (eléctrodo positivo)

Figura 16.4

Num acelerador de partículas (de electrões, de positrões, de protões, de antiprotões, etc.)


há corrente eléctrica devida ao movimento destas partículas carregadas. Estes feixes de
partículas movem-se em tubos onde é feito o vazio.

Вам также может понравиться