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Parnasianismo

PORTUGUÊS, 2º ANO
PARNASIANISMO

O Parnasianismo é uma Escola da


Literatura Brasileira ou um Movimento Literário
essencialmente poético, contemporâneo ao
Realismo-Naturalismo. Um estilo de época que
se desenvolveu na poesia a partir de 1850, na
França, e que chegou ao Brasil a partir de 1880
aproximadamente, convivendo com movimentos
do século XX.
O vocábulo Parnaso está relacionado à
figura mitológica que dá nome a uma montanha
na Grécia, onde, segundo a lenda, moravam
musas e o deus Apolo e era frequentemente
visitada pelos poetas em busca de inspiração.
PORTUGUÊS, 2º ANO
PARNASIANISMO
Origens
 Surgiu na França em 1896, com a publicação da revista
Le Parnasse Contemporain (que também deu origem ao
nome da Escola), e nela se destacavam poetas como
Baudelaire e Théophile Gautier.
 Em Portugal, esta corrente só começou a ser sentida
na segunda metade do séc. XIX e nunca chegou a ser
assumida de verdade.
 As ideias novas chegaram ao nosso país tardiamente. O
Parnasianismo foi colidindo com o Realismo, com o
Simbolismo, tendo como aspecto comum a todos eles a
renúncia ao sentimentalismo e ao egocentrismo
românticos.
Contextualizando na Europa
Consolida-se a Segunda Revolução
Industrial, período em que ocorre a formação de
conglomerados empresariais e a aliança entre as
indústrias e a ciência. Há um enorme processo de
urbanização e dos serviços públicos. Há, ainda,
um deslocamento da produção manual para a
mecânica que avança, aumentando o número de
operários.
Acirram-se as lutas de classes entre patrões
e trabalhadores, amplia-se a participação dos
Imagem: Eduarda7 / Creative Commons
Sindicatos e dos Partidos Políticos nas relações
Attribution-Share Alike 3.0 Unported
sociais.
Uma parcela da burguesia busca mais
conforto material e incentiva a Ciência a novas
descobertas na área da tecnologia, como o
telefone, o cinema e a eletricidade. O
encantamento faz nascer a “Bele Époque”, e a “Art
Nouveau”.
Contextualizando no Brasil
No Brasil , a segunda metade do século XIX
é marcada pela Abolição da Escravatura, em
1888, e pela Proclamação da República, em 1889.
Observa-se crescimento econômico pela
produção do café, intensificação do poder político
na região Sudeste e célere desenvolvimento da
urbanização.
Abertura ao crescimento da Aristocracia, ao
culto ao luxo e ao requinte, tornando os
cafeicultores os maiores consumidores de
produtos de arte do período, transformando-os em
objetos raros e preciosos.
Nesse formato, a Poesia Parnasiana e sua
Imagem: CIA World Factbook / domínio público
proposta preciosista se ajustam facilmente e dão
margem à reflexão sobre uma Instituição que
organize a expressão artística. Em 1897, cria-se a
Academia Brasileira de Letras, fundada pela elite
dos escritores da época.
PORTUGUÊS, 2º ANO
PARNASIANISMO
Parnasianismo

O Parnasianismo é a manifestação poética da época


do Realismo, embora ideologicamente se distancie da
prosa dos realistas e naturalistas. É a estética da “arte
pela arte”, ou da “arte sobre a arte”, que mantém seus
poetas à margem das grandes transformações do final do
século XIX e início do XX. A nova estética se manifesta a
partir do final da década de 1870, prolongando-se até a
Semana de Arte Moderna (em alguns casos chegou
mesmo a ultrapassar o ano de 1922, isso sem considerar o
Neoparnasianismo). .
A poética parnasiana, numa postura anti-romântica,
baseava-se no binômio objetividade temática / culto da
forma. A objetividade temática surge como negação ao
sentimentalismo romântico, numa tentativa de atingir a
impassibilidade e a impessoalidade. Opunha ao
subjetivismo decadente o universalismo – daí resultar uma
poesia carregada de descrições objetivas e impessoais.
Retoma-se a Antiguidade Clássica e seu racionalismo e
formas perfeitas. Surge a poesia de meditação, filosófica,
mas artificial. .
O traço mais característico da poética parnasiana é o
culto da forma: a forma fixa dos sonetos, a métrica dos
versos alexandrinos (12 sílabas poéticas) e decassílabos
perfeitos, a rima rica, rara e perfeita.
Os escritores desse período defendiam a ideia da
arte literária como ofício, procurando objetivar a
experiência íntima num plano mais universalista, para
que a técnica não sucumbisse ao sentimentalismo
excessivo dos românticos. Fiéis a esse ideário, os
parnasianos procuraram – pela última vez de maneira
tão intencional na História da Literatura – os ideais
clássicos de beleza, antropocentrismo, equilíbrio,
harmonia, materialismo, objetividade e contenção
emocional, com a finalidade de atingir o universalismo
platônico, ou seja, de que uma verdade é tanto mais
verdadeira quanto mais pessoas acreditarem nela.

(Literatura sem segredos, volume 7, Clenir Bellezi de


Oliveira, Escala Educacional, São Paulo, 2007 – 1ª
edição)
Metrificar ou escandir um verso
é fazer sua divisão fonológica,
ou seja, pelo som. Observe:
Texto I
Canção do Exílio (fragmento)

Mi nha te rra tem pal mei (ras)

on de can tao sa bi á
as a ves quea qui gor jei (am)

não gor jei am co mo lá

Gonçalves Dias
Para fazer a escansão de um poema, basta
utilizarmos dois procedimentos: :

1. Contar somente até a última sílaba tônica;


;
2. Unir as vogais (quando uma palavra
termina por vogal (ou é uma vogal) e a
palavra seguinte inicia-se – ou é – uma
vogal).
Medidas mais conhecidas

5 sílabas – redondilha menor medidas


7 sílabas – redondilha maior } populares
10 sílabas – decassílabo (heróico)
12 sílabas – dodecassílabo (alexandrino)
13 ou mais – bárbaro

Obs.: Versos livres são aqueles que não


possuem metrificação regular
Note que a metrificação é
utilizada ainda hoje, a fim de
garantir o ritmo de músicas
contemporâneas e populares.
Principais autores

Olavo Bilac
Alberto de Oliveira
Raimundo Correia
 Nasceu no Rio de Janeiro, em 1865.
 Bilac foi um poeta brilhante. Aliou uma
destreza técnica de perito à sutileza de espírito,
ao olhar lírico dos grandes poetas. Apesar de ter
escrito poemas absolutamente parnasianos, na
maior parte de sua produção o que se vê é o rigor
formal aliado a uma sensibilidade quase em
tudo romântica. Em muitos momentos, ele
questiona a eficiência da palavra para expressar
os estados da alma.
 Morreu em 1918.

 Olavo Bilac foi um dos mais louvados poetas de seu tempo, e ainda hoje tem
prestígio. Foi um artífice da palavra, sabendo conjugar o rigor formal
parnasiano com grande expressividade, obtendo efeitos imagéticos e ritmos
interessantes, depositando no último terceto de seus sonetos a síntese de
suas ideias, a chamada “chave de ouro”.
Seus temas mais frequentes são:
Amor sensual: vazado em um erotismo que oscila entre o
explícito e o requintando; essa sensualidade não vulgariza o amor,
que sempre aparece como sentimento nobre e transcendente.
O nacionalismo: em que o autor revela seu conservadorismo;
episódios da história do Brasil e suas personagens são frequentes
nessas poesias.
A mitologia greco-latina: assiduamente abordada pelo poeta.
A metalinguagem: eleição da própria poesia como tema poético,
está entre as preferências de Bilac.
O índio: aparece em sua obra como um eco romântico tardio.
Um certo decadentismo da vida e das coisas é também uma
das tônicas de sua poesia.
 Nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, em 1857.
 Em seu primeiro livro, Canções Românticas, a influência do
Romantismo é nítida, mas, apesar disso, nota-se que ele prioriza o
rigor formal e já apresenta certa contenção emocional; a partir de
Meridionais, abraça o ideário parnasiano ao qual se manteria fiel, e
há algumas notas simbolistas em suas obras finais. Isso não
impediu que ele fosse tido pela crítica como o mais radical dos
nossos parnasianos.
 Morreu em Niterói, em 1937.
 Nasceu no Maranhão (baía de Mongúcia), em 1860.
 Seu livro de estreia, Primeiros Sonhos, traz poemas sentimentais, ainda
sob influência romântica. A partir do segundo, Sinfonias, Raimundo Correia
rendeu-se aos ideais da estética parnasiana, tornando-se um de seus
melhores representantes em língua portuguesa, não apenas pelo apurado
requinte formal, mas também pela profundidade com que desenvolveu seus
temas.
 Soube driblar a impessoalidade proposta pelo
Parnasianismo e atingir o universalismo,
desenvolvendo temas sociais e, sobretudo,
filosóficos: a busca de uma verdade essencial e
imorredoura, os conflitos da condição humana,
etc. Seus poemas têm uma suavidade e uma
melancolia acalentadas pela influência de
Schopenhauer, pensador alemão que acreditava que
a arte é a sublimação da dor, e o sofrimento é
inerente à condição humana.
 Morreu em Paris, em 1911, de problemas renais.

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