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CROMATOGRAFIA
AG
A GÁÁSS EE AA L
LÍÍQ
QUUIID
DOO
Volume 1
O itava Edição
2004
Alexandre Schuler
Professor Adjunto 4
Departamento de Engenharia Química
Universidade Federal de Pernambuco
CROMATOGRAFIA
AG
A GÁÁSS EE AA L
LÍÍQ
QUUIID
DOO
Volume 1
O itava Edição
2004
Alexandre Schuler - Cromatografia
SUMÁRIO
1 - Introdução, 1
1.1. Histórico, 1
1.2. Classificação, 1
4 - O Cromatógrafo, 20
5 - Análise Qualitativa, 32
6 - Análise Quantitativa, 33
6.1. Introdução, 33
6.2. Medição de área, 33
6.3. Métodos de cálculo, 35
6.4. Seleção do melhor método de cálculo, 40
Bibliografia, 54
A2.1. Sensibilidade, 59
A2.2. Nível de ruído, 59
A2.3. Limite de Detecção, 59
A2.4. Faixa de Linearidade Dinâmica, 60
Apêndice 7 (Estatística), 70
Alexandre Schuler - Cromatografia
1 - INTRODUÇÃO
1.1. Histórico1
1.2. Classificação
Figura 1.1 - O Processo Cromatográfico. A Fase Móvel transporta a amostra através da Fase
Estacionária. A velocidade média das partículas da amostra depende da sua natureza. Desse
modo, cada componente atingirá o final da coluna em um instante diferente.
↑ Cromatografia em Papel
↑ Cromatografia em Camada Delgada
↑ Cromatografia em Coluna Clássica
1
É sugerida a leitura do Apêndice 1 (Túnel do Tempo), para um breve histórico do desenvolvimento da Cromatografia.
Alexandre Schuler - Cromatografia 2
Esta última é mais conhecida pelas iniciais de seu nome em inglês (High
Performance Liquid Chromatography - HPLC) e constituem-se variantes suas as seguintes
técnicas:
∗
Na realidade, este termo é empregado quando a fase móvel é um solvente orgânico. Quando a fase móvel é água ou
solução aquosa, emprega-se o termo Cromatografia de Filtração em Gel. O termo Cromatografia por Exclusão de
Tamanho (em inglês Size Exclusion Chromatography) é mais genérico e abrange as duas técnicas.
Alexandre Schuler - Cromatografia 3
Na
ka =
Nn
onde Na e Nn são respectivamente o número de moles adsorvidos e não adsorvidos de uma
determinada substância. Compostos diferentes possuem diferentes valores de ka, estes variando
com a temperatura e com a natureza do adsorvente. Se uma mistura de vários componentes é
forçada a passar através de um tubo contendo um adsorvente (coluna cromatográfica), cada
componente necessitará de um intervalo de tempo diferente para transpor a coluna. Esse
intervalo de tempo é denominado tempo de retenção (Tr). A Figura 2.1a ilustra um processo de
Cromatografia por Adsorção. A substância mais fortemente adsorvida é mais dificilmente
arrastada pela Fase Móvel.
C1
kp =
C2
Se M0 é a massa total da substância e M1 é a massa dissolvida no solvente 1,
podemos escrever
M1 M1 V2
kp = V1 = ⋅
( M 0 − M 1) V1 M0 − M1
V2
kpV 1
logo, M 1 = M 0. (eq. 1)
V 2 + kpV 1
k pV 1
M 2 = M 1. (eq. 2)
V 2 + k pV 1
Substituindo na eq. 2 o valor de M1 (eq. 1), fica
que dá a massa Mn que permanece no solvente 1 após n extrações com o solvente 2. Dá-se ao processo
agora descrito o nome de extração. Por outro lado, tratando-se de uma mistura de, por exemplo, 2
componentes, com kp ≠ kp , um dos componentes ficará preferencialmente no solvente 1 e o outro
'
no solvente 2. Assim sendo, à medida que n cresce, cada fase ficará mais rica (mais pura) em um dos
componentes. No caso anterior (extração), a porção de líquido 1 era sempre a mesma,
renovando-se apenas o líquido 2. Agora, ambos são renovados. O Esquema 2.1, onde o líquido 1
Alexandre Schuler - Cromatografia 5
é o superior, ilustra o processo, que pode ser visualizado em nível molecular na Figura 2.1.b.
Sejam duas substâncias A e B, onde kA é maior que kB. Isto significa que o líquido 1 vai se
enriquecendo de A e o líquido 2, relativamente, vai se enriquecendo de B, a cada etapa do
processo. Os números da esquerda, em cada quadrícula 1, indicam a fração de A e os da direita
indicam a fração de B. Do mesmo modo, os números superiores indicam a fração de A e de B no
líquido 1 e os inferiores indicam a fração de A e de B no líquido 2. No exemplo, foi utilizada
uma mistura com quantidades iguais de A e de B, cujos coeficientes de partição valem,
respectivamente, 3 e 1/3. Para este segundo tipo de procedimento, a equação 4 não é válida. Em
seu lugar, pode ser deduzida, de modo semelhante, a eq. 5, onde Mn é a massa extraída após n
etapas. A partir dos valores de MAn e MBn, pode-se calcular a composição da mistura (ou o grau
de pureza de cada componente) em cada solvente, após n etapas (n partições) 2.
1
Cada quadrícula corresponde a um frasco de extração (ex.: funil de separação).
2
No exemplo apresentado no esquema 2.1, as massas correspondentes a A e B, respectivamente, no solvente 1 do
frasco superior da ETAPA 3, são 0,422 g e 0,016 g, que correspondem a 96,35% de A e 3,65% de B.
Alexandre Schuler - Cromatografia 6
IMPORTANTE ! Se kB também for maior que a unidade, a perda de B será muito grande e também a
purificação de A será muito demorada (exigirá maior número de etapas).
constante e contínuo, levaram os projetistas a abandonar essa técnica, passando a utilizar um gás
como fase móvel (1956).
Figura 2.5 – Separação em função da diferença Figura 2.6 - Efeito da polaridade sobre a
no ponto de ebulição separação cromatográfica
van Deemter (Capítulo 3). A temperatura (a que está submetida a coluna) é outro fator
determinante na separação, particularmente em CFG, conforme resume o quadro anexo à Figura
2.11. Finalmente, a granulometria da fase estacionária sólida (ou do suporte sólido da fase
estacionária líquida), conforme mostrado na Tabela 2.1, também influi na separação.
Tr 2 Vr 2 Dr 2
RR = = =
Tr 1 Vr 1 Dr 1
Essas relações são equivalentes, desde que Vr2 = F.Tr e F e z são constantes
(F = vazão da fase móvel).
Fig. 2.15 - Relação entre F e n ou H. Fi é a Vazão Ideal (os parâmetros A, B e C são descritos na Seção 3.1).
Obs.: Experimentalmente determina-se H por medição da distância de retenção e aplicação das equações:
n = (4Dr/L)2 e H = λ/n,
n = (4Dr/L)2
Alexandre Schuler - Cromatografia 15
(eq. 6)
que é a equação de uma hipérbole (Fig. 2.15). Como pode ser visto na eq. 6, o modo de
empacotamento, o dimensionamento do suporte e o coeficiente de difusão da amostra em cada fase são
fatores que devem ser seriamente considerados, quando é projetada uma coluna. Temperatura é talvez
o fator mais importante, embora não apareça explicitamente na eq. 6. É que K’ e D são altamente
dependentes da temperatura. Realmente, observa-se na prática que esta é a variável que mais influi na
resolução, em Cromatografia a Gás, variando drasticamente a retenção relativa. De um modo geral,
o tempo de retenção depende da natureza da fase estacionária, da temperatura de operação e da vazão
da fase móvel.
3.3. Suporte
Figura 3.1 - Ausência (a) e presença (b) de ponte de hidrogênio entre FE e etanol
Alexandre Schuler - Cromatografia 17
3.4. Coluna
O material de que é constituída a coluna (tubo) pode ser aço inox 316,
alumínio, níquel, vidro ou teflon. Quando não se conhece o material a ser analisado, dá-se
preferência às colunas de vidro (trata-se de um vidro especialmente tratado, para remover centros
ácidos de sua superfície) ou de teflon, sendo que esta última tem emprego mais restrito, devido à
sensibilidade ao calor e à pressão. As colunas são classificadas quanto ao diâmetro externo:
As colunas usadas em CLAD (seção 4.2, p. 22) são bem mais curtas (10 a 40 cm) e
os diâmetros encontrados mais comumente no comércio especializado variam entre 3 e 7 mm.
2 - A velocidade relativa de eluição aumenta na ordem H2 < N2 < He < Ar, fato que
demonstra a influência da natureza do gás de arraste sobre o tempo de análise.
A Tabela 3.1 resume a aplicação dos critérios acima mencionados, para seleção
da fase móvel em função do detetor empregado.
Tabela 3.1 - Gases mais recomendados para CFG, por tipo de detetor.
4 - O CROMATÓGRAFO
a) Controles de Temperatura
Figura 4.1 - Fluxímetro de bolha Figura 4.2 - Divisor de fluxo para coletor
b) Controles Pneumáticos
c) Coletor de Frações
d) Detetores
Por ser necessário um estudo mais detalhado, serão discutidos mais adiante.
e) Eletrômetro
f) Registrador
mecânico existe uma caneta (pena) e a magnitude de seu deslocamento, acima da linha de
base, é proporcional à quantidade do componente na amostra. Como o papel está em
movimento, obtém-se uma curva (cromatograma), onde a distância do início da análise
(ponto de injeção) ao máximo de cada pico é a distância de retenção (Dr). Dividindo Dr
por z (velocidade do papel), obtém-se o tempo de retenção, Tr. Idealmente, com
separação completa e condições ótimas (incluindo seleção perfeita da fase estacionária),
obtém-se uma curva simétrica. No Apêndice 3 são discutidas outras técnicas de aquisição
de dados.
a) só possui um canal analítico, enquanto CG’s podem ter até quatro c anais;
b) é modulado, isto é, o sistema de bombeamento e o detetor são independentes, o que
facilita a substituição de detetores;
c) opera geralmente à temperatura ambiente;
A Fase Móvel (um líquido puro ou uma mistura de composição definida) deve ser
filtrada em membranas com 0,46 µm de diâmetro de poros e desgaseificada (ver próximo item).
b) Sistema de desgaseificação
- vácuo
c) Bomba
O bombeamento da Fase Móvel é realizado por uma bomba controlada por um
microprocessador, o qual pode alterar a velocidade de sucção (para evitar vaporização de fase móvel
mais volátil) e a vazão (importante quando a análise é realizada com Gradiente de Polaridade, em cujo
caso há necessidade de uma segunda bomba; ver mais adiante).
d) Válvula de injeção
e) Coluna
As colunas empregadas em CL são retas, uma vez que seu comprimento raramente
ultrapassa 30 cm, ocupando portanto muito pouco espaço no equipamento.
f) Detetor
Gradiente de Polaridade
Quando o CL dispõe de apenas uma bomba, é evidente que a fase móvel tem uma
composição constante, do início ao fim da análise. Nessa situação, a polaridade da mesma também é
constante. Diz-se então que o processo é isocrático. Quando se dispõe de duas bombas (ou mais), é
possível variar a composição da fase móvel, colocando-se em cada reservatório um líquido de
polaridade diferente. O microprocessador altera a vazão de cada linha de líquido, de modo que a partir
do ponto de confluência a vazão seja constante. Nesse caso, diz-se que o processo ocorre com
gradiente de polaridade. Substituindo-se temperatura por polaridade, pode-se utilizar os
Cromatogramas 4.3 e 4.4 (p. 22) como ilustração de um processo isocrático de um processo com
gradiente de polaridade, respectivamente.