vetores
geometria
analítica
• •
teoria e exercícios
ALÉSIO DE CAROLI
CARLOS A. CALLIOLI
MIGUEL O. FEITOSA
17� edição
1985
O A BALSA, 5 5 9 ·CEP02910
LOJA 4 RUA BARÃOOO TRIUNF0.371 ·CEP04602
e PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Ne nhuma parte desta obra poderá ser reprod uzida, sem a pennissão
por escrito dos editores, através de qual quer meio : X EROX, FOTO
CÓPIA, FOTO GRÁFICO, FOTOMEC ÂNICO. Tamp ou co p oderá
ser copia da ou transcrita, nem mesmo tra nsmitida atravé s de meios
eletrônicos ou gravações. Os i nfratores ser ã'o punidos atr avés da Lei
5.988, de 14 de De zembro de 1973, artigo s 122-130.
l� ediç ão
O presente trab alho destina-se pri ncip alme nte ao s alu nos das Fac uldades
de E nge nharia e Filosofia, e de o utras Fac uldades de cujo curr íc ulo constem
cu rsos de Ge ometria Anal ítica e Cálculo Vetorial .
O trab alho de redação foi assim distri buído :
Os autores
ÍNDICE
pág.
CAPl'fULO 1 - MATRIZES
CAPITULO li - VETORES
MATR I Z E S
1. NOÇÃO DE MATRIZ
matriz de tipo 2 x 3
matriz-col una 2 x 1
matriz-linha 1 x 3
ª11 ª 12 ª 1!1
a2 1 a2 2 32 n
A=
A matriz A costuma também ser indicada por (aij) (1 � i..;;;; m, 1 :l!O;; j ..;;;; n).
Observe-se que as variáveis i e j são aparentes, isto é podem ser substituídas por
duas letras qu aisquer; portanto a mesma matriz A pode ser indicada por (ak 5),
(1 �k�m. 1 �s � n), ou por ( aj i ) (1:l!O;;j:l!O;;m , 1 :l!O;; i :l!O;; n).
É claro que duas matrizes A = ( a ij) e B = (b ij). de tipo m x n, são iguais
(isto é, coincidem) se e somente se ªij = b ij (1 � i � m, 1 ..;;;; j ..;;;; n).
2. ADIÇÃO DE MATRIZES
e :) e :)
2
3 •
-1 2
G){D{D (:
A matriz de tipo m x n que tem todos os e lemen tos iguais a ze ro
c ha ma-se matriz nula de tipo m x n e se indica por O.
Dada uma matriz A = (a ij). a matriz B = (b ij). em que b ij = - a ij
( 1 �i ..;;;; m,1 ..;;;; j ..;;;; n) chama-se oposta de A e se indica p or -A .
MA TRIZES-VETORES-G. A NA L {T/CA 11
Propriedades da adição
A l.
A2.
=
A+B B+A (comutativa)
(A+B)+C=A+(B + C) (associativa)
A3. A+O= A
A4. A+(-A)=O
A verificação das propriedades fica a cargo do leitor. Observe-se que as
propriedades da adição de matrizes são as mesmas que as da adição de vetores
(capítulo II) ou as da adição de números reais. A operação de multiplicação, no
conjunto dos números reais não nulos, goza de propriedades análogas (substituindo
+ por · , O por 1 e ._A por A"1 ).
= =
3. PRODUTO DE UM NÚMERO REAL POR UMA MATRIZ
(-3)
(2 º)=(-6
1 -4 -3
=(ab)A
Propriedades
Ml. a(bA)
M2. a(A+ B) = aA + aB
M3. (a + b)A = aA + bA
M4. IA=A
12 CA ROL l-CA LL IOL l- FEI TOSA
Observação. As propriedades Al, A2, A3, A4, Ml, M2, M3, M4, apesar
de parecerem sem interesse, são na verdade importantíssimas. A partir delas
·podem demonstrar-se muitas outras propriedades das operações, sem recorrer à
definição dessas operações. A vantagem de tais provas reside no fato de que elas
são verdadeiras em todos os casos em que valem as propriedades, mesmo que os
objetos considerados não sejam matrizes. É o caso, por exemplo, dos vetores, que
serão estudados no capítulo II.
EXERCICIOS
A•
a)
e : '. )
Ca lcular A + B
B•
(: _: :)
b) Calcular _!_A e 4B
2
e) C alcular 2A-3B
2. Dad as as matrizes
b)
{
Resolver o sistem a de equações
2 X - 3Y "A
5 X -6Y = B
MA TRIZE S- VE TOR ES-G. ANALITICA
4. SOMATÓRIAS
Vamos agora introdu zir uma notação que permitirá reduzir conside ravel
mente as expre ssões que apare cerão em se guida.
Para representar a soma
a 1 + ª2 + a3 + a4 + ªs + a6 + a 7
usamos, abreviadamente, o símbolo
7
l
i= 1
ªi
ou
e assim por diante. É frequente, numa demonstração, substi tuir um índice mudo
por outro, quando conveniente.
Exemplos:
1. A soma dos quadrados dos vinte primeiros n úmeros naturais pode ser indicada
por 20
l l k2
k=
l a ..s-1
S=l
r 1
-
a l bi = l (abi) (1)
i=I i=1
n n n
l ªij
i,j= 1
indica a soma de todos os termos da mat riz quadrada
Ai= l ªij
j=I
)
1,J=t
ªij = _l:
l=I
( j=l
) ( _l: 3ij )
_l: ªij = _l:
J=I l=I
Estas igualdades mostram que, para calcular uma somatória dupla, pode
mos somar primeiro em relação a um dos índices e depois em relação ao outro,
ou ao contrário; numa somatória dupla, é indi fere nte a ordem de somação.
MA TRIZES-VETORES-G. ANAL IT ICA 15
EXERCÍCIOS
5 n
,S:) l (n2 + n + 1 ) d) l ªij bjk
n=t j=l
2 6 24 1 20 720
+
32 3 4 5 6
3 3 3 3
e) 3 + - + - + - + - -
22 3 2
4 2 5 2 62
d) (a+ b)
n
16 CA ROL l-CA L L IOL l-FE I TOSA
3. Calcular as somatórias:
n n
a> I
i=o
(�) b) I
i =O
<-oi
(�)
4. f'. verdadeira a igualdade
5. PRODUTO DE MATRIZES
( ) (ª' ) =
Exemplos:
)
(
a b b' aa' + bc' ab' + bd'
1.
e. d e' d' ca' + de' cb' + dd'
MA TRIZES- VETORES-G. ANALITICA 17
2. ( � _: : ) (� �) ( : ��)
3 4 3 -1 17 -3
J. ( : -�)e : : ) (� : D ·
·· C : D(D CD
5. ( : :) (� �) ( : : ) =
{I
ln =
=j
ô ij =
O
se
se
�t=FJ. ( 1 ..;;i, j <:;n)
( º)
(ôij chama-se símbolo de Kronecker).
Exemplos:
1 o
13 = o o
o o 1
Demonstração da propriedade l .
=
(AB)C = (fis) A(BC) = (ms)
Demonstração da propriedade 2.
Sejam A = (aij), 8 = (bij). C = (c jk ) com l ,;;;;; i ,;;;;; m, l ,;;;;; j .:;;; n,
l ,;;;;; k,;;;;; p, e ponhàmos
MATRIZES- VETORES-G. A NA L{T/CA 19
(A + B)C = (dik)
AC = (eik)
BC = (fik)
n
bik = l ª ijc5jk = ait c51k+.
. · ·
+ai nc5nk =
j=t
= ªit O+ · · · · + ªik l +·
· ·
· + ª in O = ª ik
·
(: : ) e :) .
e :) ( : : ) -
20 CA R OLl-CALL IOLl- FE I TOSA
É evidente que o produto de uma matriz nula por uma outra matriz é uma
matriz nula. Isto não surpreende . O que surpreende é o fato de que duas matrizes
não nulas podem ter um produ to nulo, como. se p<>de ver no exemplo seguinte.
6. MATRIZ TRANSPOSTA
Exemplos:
G D' G : : ) = (a b <)'
( :)
=
( � � -� ) ( � � � )
8 4
t
=
-1 3 4
Propriedades da transposta:
1. (A+B)t = At+Bt
2. (XA)t= >..At
3. (AB)t = et At
4. (At)t=A
=cik
o que se vê facilmente:
n n
dki = l bkj ãji = l ªij bjk
j=J j= J
EXERCÍCIOS
l. Dadas as matrizes
e
1
8= -
3
a) Calcular A8 e 8A
b) Calcular 2A - 38t
c) Calcular (A+ 8t)(At - 8)
(� : :) (D C )
2. Calcular
- +
(A+ 8) 2 =A 2 + 2A8+ 82
(A+ 8) (A - 8) =A 2 - 8 2
(A+ 8)3"' A3+ 3A2B+ 3A82 + 83
(A - 8) (A 2 + A8+ 8 2 ) =A3 - 83
6. Dada a matriz
a) Calcular A2, A3 e A4
b) Achar uma matriz X tal que AX 12. =
ºº:)
real, seja
( )
8. Para cada ex
coso: -seno:
T
o: =
seno: coso:
a) Calcular To: T {3
b) Calcular To e T-a
7. MATRIZES INVERSIVEIS
Exemplo :
e : ) (: :l
donde tiramos
3a + e = 1 3b + d = o
5a + 2c = O 5b + 2d = 1
a =2 b = -1
c = -5 d =1
( -)
Portanto
:r
2 l
-5 3
24 CA ROLl-CA L L IOLl-FEITOSA
1. A soma dos prodUtos dos elementos de uma linha (coluna) de A pelos seus
respectivos complementos algébricos é igual ao determinante de A.
Designando-se por A ij o complemento algébrico de aij , esta propriedade
(regra de Laplace) pode ser escrita:
n
L ai j Aij = det A
j=1
Em outras palavras:
n
Como ln = (ôik ), f ica provado que AB = /j_ ln. Para provar que BA = /j_ ln,
usa-se a fó rmula (II).
t::,, t::,,
A( J__ B) = ( J__ B) A = 1n
(
Exemplo: Calcular a inversa da matriz
o
A = 3 -1
-2 4
a) det A = 15 =I= O. Portanto A é inversível
b) Matriz dos cofatores
-1 5
9
10
-4
)
6 -1
c) Matriz adjunta
c ;)
5 8
Ãt = -15 9
10 -4 _
d)
c ;)
5 8
A-1 = _l_ -15 9
_
15
10 -4
Aplicação
ª 1 1 X 1 + a 1 2 X 2 +. · · +a 1 nx 0=b 1
ª2 1 X 1 + a22 X 2 +. . . +a2 nx n=b 2
Consideremos as matrizes
b1 X1
�n b2 X2
A= B= X=
bn xn
{
1 X= A - 1 B 1
Exemplo: X+2y- 3z = 8
Resolver o sistema 3x - 2y+ z=O
2x + 4y - Sz = 14
A= e -� ) 2
-2
4 -5
B=
(; )
Como det A = -8 * O, a matriz A é inversível e
e 4) C) CD
-2
"'
A =- � 1 -10 X=A - 1 B=- g
1 �: .
16 o -8
28 CA ROL l-CA L L IOL l-FEITOSA
A solução é: 1
X= 1 y =- z = -2
2
EXERCÍCIOS
c· 1
1 1 1 1
a) Calcular A - , B0 e c) Calcular [(A - 1)° B]°
1
b) Calcular 3(A + B )Aº d) Calcu lar A•2
4. Do!" m•tri< B= o 3
1
3
-1
� desenvolver o polinômio de 3.0 grau em
5. Provar que, se
3
A = O, então (1- Af =
1
I + A + A 2.
-
t
6. Uma matriz M diz-se ortogonal se MM' 1. Provar en tão que M M = I. Provar que o
=
M= ( : -: ) ou M= (: _:)
(com a2 + b 2 = 1), conforme det M = 1 ou -1.
(�
8. Sendo A e A(X
{
9. Qual a condição para que a matriz - seja inversível? Achar a inversa.
-b -e
-
x- y + z = l
1 0 . R<rolm o •<•tem• X + 3y Z = 2
3x - 2y + 4z = 5
CAPÍTULO li
VETORES
8. SEGMENTOS ORIENTAOOS
Segmentos equipolentes
A B e D
Propriedades da equipolência
1. AB - AB (reflexiva).
Se AB - CD , então CD - AB (simétrica).
3. Se AB - CD e CD - EF, então AB,., EF ( t ransitiva).
6. Se AB - CD. então BA - DC .
9. VETORES
1. A + Õ=A
2. (A - v) + v = A
3. Se A + v B + v, então A = B
=
4. Se A + u = A + v, então Ü = v
5. A + (B-A)=B.
32 CA R OL 1-CALL IOL 1- FEI TOSA
� u 1
Propriedades da adição
A2.
A3. ü+ O = Õ
A4. ü + (-ü) = Õ
Demonstração de
Seja B = A + ü, C = B + v,
D = C + i.i. Então B - A = D - C, donde,
pela regra do paralelogramo ,
C -A = D B. isto é, ü + v = v + ü.
-
A
MAT RIZES- VET ORES-G. ANALIT ICA 33
Demonstração de 2
V
�D
B
Seja B = A+ ii, C= B + v,
D=C+w.Então C-A=ii+v
D- A = (li+ v) + w. Por outro lado,
e
B D
A
V V
1) l w l = l a l lv l ;
2) A direção de w é a de v (isto é, w é paralelo a v);
3) O sentido de w é igual ao de v se a > O e contrário ao de v se a <0.
--
---� 2 -;
Propriedades
propriedades MI, ... , M4 são as mesmas, tanto para os vetores como para as
matrizes. Dizemos então que o conjunto dos vetores e o conjunto das matrizes
(de tipo m x n, m e n fixos) têm a mesma estrutura, em relação às operações de
adição e multiplicação por um número real. Se uma certa proposição fôr demons
trada utilizando somente as propriedades AI, .... A 4 , MI, ... , M4, a de
monstração será verdadeira tanto para as matrizes como para os vetores.
Um conjunto V munido de duas operações satisfazendo· as propriedades
AI, . . , A 4, MI, ..., M4 é o que se chama um espaço vetorial. O conjunto dos
.
vetores e o conjunto das matrizes, com as respectivas operações, constituem
exemplos de espaços vetoriais.
Outros exemplos de espaços vetoriais:
I) O conjunto C dos números complexos munido das operações:
(a + bi) + (e + di) = (a + e) + (b + d)i
r(a + bi) = (r a)+(r b)i (r real)
e
então
(r real)
EXERCICIOS
= l. [ (C - B) - (A - B)) + (A - B) =
3
3 3
A D
Portanto
D-B (A - B),
J J
1 2 A
= (C - B) +
Exprimir D - A em função de B - A e C - A.
3. Na figura ao lado; A D é bissetriz do ângulo A.
e
4. Provar que as diagonais de um paralelogramo se encontram ao meio.
( l À i = À * º> o ponto
_!_
n
G =o+ I À i (A i - 0)
À i=I
6. Provar que as medianas de um triângulo passam por um mesmo ponto, que é o baricentro
dos vértices com massas iguais. (0 ponto médio de um segmento é o baricentro dos
extremos com massas iguais. )
com massas a
MA TRIZES-VE TORES-G. ANA L ITICA 37
11. Mostrar que os pontos médios dos lados de um quadrilátero (reverso) formam um
paralelogramo.
a1 , Então
O O vn = Õ, o que prova que v 1 ,
. • . ,
a1 v1 + . . . + a k Vic + vk+1 . .
+ +. , � 1 . d. • • •
S) Suponhamos ü e v paralelos.
=
Teorema 9. Para que três vetores sejrun linearmente dependen tes é neces
sário e suficiente que eles sejam complanares.
N) Suponhamos li, v e w l ,d . Então existem escalares a, b, c não
todos nulos tais que aü + b v + aw = O. Supondo a =I= O, temos
u= ( -b ) v + C-ac ) w
a
Os vetores ( a
-b ) V
- e (ae
)-
W
-
('
=
40 CA R OL/ -CALL IOL 1-FEI TOSA
a) Existência .
C omo u, v e w são complanares, eles são l .d. e portanto existem escalares
a, b e c não todos nulos tais que ali + bv + cw =O . É claro que c * O (pois se
c =O , teríamos au + bv = O com a e b não ambos nulos e li e v se riam
.
Q d . ) . Então
•
b) Unicidade .
Suponhamos w = mu + nv = m'u + n'V. . Então (m m')u + (n - n')v =Õ e,
-
Üj , temos:
1 5 . BAS�
Definição 15. Uma base no espaço é uma tema (ê; , e; , e';) formada por
três vetores linealltlente inclepepdentes.
Podemos considerar somente os vetores de um plano. Neste caso uma
base é formada por dois vetores desse plano linearmente independentes. Se
considerarmos somente os vetores de uma reta, uma base será simplesmente um
vetor não nulo dessa reta. Vamos estudar propriedades dos vetores por meio de
su� coordenadas em relação a uma base, em três dimensões (isto é, para os
·
vetores do espaço); mas os resultados obtidos se aplicam também em duas
dimensões (isto é , para os vetores de um plano) ou em uma dimensão (vetores de
uma reta). A verificação desses casos fica a cargo do aluno.
Se os vetores e; , ê; , e; formam uma base, então tddo vetor V se
exp.rime de maneira única como combinação linear de êi ' e; ' e3 ' isto é, existe
um único terno de escalares (a1 , a2 , a3 ) tais que
n
v= l ai êi
i =i
o vetor V, por meio da terna (a1 , a2 , a 3 ) ou· ainda, por m,eio da matriz coluna
Escreve-se então
42 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
3
O conjunto dos temas de números reais (que se indica por R ) é um
x e y não ambos nulos tais que xif + yV = Õ. Para que isto aconteça é necessário
e suficiente que o sistema linear homogêneo
a1 X + b 1 y = Ü
az x + b 2 y = O
a3 x + b 3 y = 0
tenha solução não trivial , ou seja, que a matriz M tenha característica menor
que 2.
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L ITICA 43
ou ainda
a1 x + b1 y + c1 z = O
(1) a2 X + b 2 y + C 2 Z = Ü
a3 x + b 3 y + c 3 z = Ü.
nulo.
Mudança de base
_
Consideremos duas bases E (e7 , ê'; , e3 ) e F = (f;°,
= f;, �). Os vetores
fi são combinações lineares dos vetores ei, isto é :
44 CAROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
r.i
= a11 � � -
e i + lli 1 e 1 + a3 1 e l
i'; = ª 1 2 ê1 + !li 2 e'2 + i!'3
3 e'; + �3 � + ª33 e3
ªn
f; 8
= 1
A matriz
-unidade .
Vamos agora ver como se obtêm as coordenadas do vetor v numa
base a partir das coordenadas de v em outra base . Sejam x 1 , x2 , X 3 e
as coordenadas de v em relação às bases E e F respectivamente . Então :
y3 , Y 1 , Y2 ,
V= ? Yi ( ? ªji lJ) =
�1 Yi � = 1 J
t ( f ªj i Yi eJ) = f ( t ªji Yi lj ) =
f ( t ªji Yi ) eJ
=
jl j
Por outro lado v = ej,
x donde
3
Xj i=l1 ll_j i Yi
= j = l , 2, 3
a13 )( )
Estas relações também podem ser escritas sob a forma matricial
Y1
(:J =
ª2 3
a3 3
· Y2
Y3
MAT RIZES-V ET ORES-G. ANALITIGA 45
ik = � >j k Í; ( l)
j
fj l ªij e9i
= (2)
Substituindo ( 2) em ( l)
M as gk =
l ci k ej, donde
cik = l ªij bj k
j
EXERCÍCIOS
c) (m , 2, n) e (3 , m + n, m - l )
b) (1, 3 , 5) e (2, 1 + m , 10)
e1 = 2 T. + t e; = r. r;
-
v na base nova.
b) Achar a matriz de mudança da nova para a antiga
c) Sendo v= 3e1 5ê2 + 4t3 ,
- achar as coordenadas de
CAP ITU LO Ili
P RO D U T O S
Definição 16. Uma base ortonormal é uma base fonnada por vetores
unitários dois a dois ortogonais.
Em geral, uma base ortononnal é indicada por (T, j, k).
Cabem aqui algumas observações sobre a ortogonalidade de vetores. Dois
vetores são ortogonais se podem ser representados por segmentos ortogonais.
Isto é, os vetores u e v são ortogonais
se, tomado um ponto qualquer A , e
:C><J
sendo B =A' + iT e C = .A + v, o
triângulo ABC é retângulo em A.
Aplicando o teorema de Pitágoras (e sua
recíproca) chegamos à seguinte conclusão: A u B
Para que os vetores u e v sejam ortogonais é necessário e suficiente que :
1 u + v 1 2 = 1 ü 12 + 1 v 1 2
O vetor nulo é considerado ortogonal a qualquer ponto. Se ii é ortogonal
a v e a w, então ii é ortogonal a v + w. Se ii é ortogonal a v e À é um número
real qualquer, então ii é ortogonal a À V.
Vamos agora calcular o módulo de um vetor a partir das suas coordenadas
em relação a uma base ortonormal.
-
zk
xi
48 CA ROL l-CA L L /Ol l-FEITOSA
v = x i+ y j + z iê
um vetor qualquer.
Como z k é ortononnal a xT + y j, temos
lvl2 = lx T+ y T12 + 1 z k 12
Mas x T 1 y T. donde 1 x T+ y T1 = 1 x T12 + 1 y T 12 e portanto :
lvl2 = l xÍ l2 + l yJl2 + l z k l2
Sendo IÍI = ljl = lk 1 = l , temos finalmente :
1 lv l2 = x2 + y 2 + z2 1
Vejamos a expressão da ortogonalidade de dois vetores, a partir de suas
coordenadas em relação a uma base ortonormal.
Consideremos os vetores
= X 1 + Y2 J + Z2 k
..... � � .....
V
2
Os vetores u e v são ortogonais se e somente se 1u + v 12 = 1 u 12 + l vl2 ,
ou seja:
(x 1 + x 2 )2 + (y 1 + y 2 ) 2 + (z 1 + z 2 ) 2 = x� + y� + z� + x� + y� + z�
.
Simplificando a expressão acima, temos a condição de ortogonalidade:
1 X1 X2 + y 1 Y2 + Z1 Z2 = o
MtM = I
donde se conclui que Mº1 = Mt e portanto MMt = 1.
Uma matriz ortogonal é portanto uma matriz cuja inversa coincide com a
transposta. Em uma matriz ortogonal o "produto" de uma linha por si mesma é l
e o "produto" por outra é zero, o mesmo acontecendo com as colunas.
Se E é uma base ortonormal, para que F seja ortonormal é necessário
e suficiente que a matriz de mudança de E para F seja ortogonal.
Como det M = t
det M , concluímos que
det (MMt) = det M det
· Mt = (det M)2 = l
1 det M = ± 1 1
O detenninante de uma matriz ortogonal é igual a 1 ou -1.
50 CA ROL l-CA L L IOL l-FEITOSA
M" I ::: ±
(� -: )
Mt =
(
)
� c
d b
d=a d = -a
ou
b = -e b =c
(: ou
temo s :
ou seja:
(x , Y1 z , ) = (x , Y1 z, ) Mt
(X2 Y 2 Z2 )t = M ( X:2 Y2 Z2 )
Então:
= ( x, Y 1 Z1 ) (xl Y2 Z2 )t
ux-
- v= 1 2 [ 1- v 12
u + - - 1-
u 12 - 1-
v 12 l
1 . ux v = vx u ( c omu t a tiva)
2. a( u x V) = ( a U) xv = u x (av)
(distributiva)
52 CA R OL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
4 . ü X ii ;;;, O; uXü= o � u= o
5 . Ü X U = 1 U 12
1 -U - -V· 12 = ( - V J· X ( -
U -� U --
V) = U X
- • +-
U V X V U X -
-- 2 - V
donde :
(2) 1 ii - V 12 = 1 ii 12 + 1 V 12 - 2 u X V
ux v
cos o = ---
l ul 1 v- 1
Definição 19. Fixada uma base ortonormal (t7"j, k), chamam-se cossenos
diretores do vetor V =fo. O os cossenos dos ângulos que v forma com os vetores
da base.
eh aman do de a, (3 e 'Y os angul os que ...
v
�
1ormam com � J e
1, ....
e sendo V = X r+ y j+ z k, temos, imediatamente :
•
cos a = ���=x����
v' x2 + y 2 + z 2 •
y
cos (3
J x2 + y 2 + z2 •
z
cos 'Y =
•
J x2 + y 2 + z2
Os cossenos diretores de V são precisamente as coordenadas do versor
de V. Tem-se então :
( )
= =
---
- --
(
As matrizes ficam então (ver n. o 1 6)
( cos O! -sen a ) ou
cos a sen a )
sen a cos a sen a -cos a
No primeiro caso a nova .base é obtida da antiga por uma rotação e não
há mudança de orientação. No segundo por uma simetria, havendo mudança de
orientação (ver as observações seguintes).
u
MA TR IZES-VETORES-G. A NÀ L ITICA 55
v x rr = a rr x rr = a 1 rr 1:.1 = a
Donde finalmente:
- V X -
v . = ( .. U)-
U
Se o vetor ii =/= Õ não for unitário , para obter a projeção basta considerar
o versor de ii.
EXERCfCIOS
7. Dados os vetores
u = 2 i-T+ 31ê
v = 4 T+ s j+ it
w = 3 T- T+ m'k
a) Calcular lü l e l v l
b) Calcular ii x v
c) Determinar m de modo que u seja ortogonal a w
56 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
As bases (Í, J: lC), G'": k, 1) e (k, 1:}) têm a mesma orientação ; o mesmo
acontece com (f,i,1), (�t,j) e (k,j,1). M as (l:j,k) e o-: T, k), por e xe mplo ,
têm orientações opostas (verifique, achando a matriz de mudança).
Se considerarnios bases ortonormais, el as terão mesma orientação se o
determinante de mudanç a fôr l ; se fôr - 1 , el as terão orientações opostas.
As mesmas observações podem ser feitas no caso do plano. Em geral ,
representamos graficamente a orientação positiva de um plano por meio de uma
flecha no se ntid o de rotação anti-horário. As figuras do n . o anterior exemplificam
bases de mesma orientação ( figu ra 1 ) e bases de orientação contrária (fig. 2);
no n.0 anterior, para o cálculo das funções trigonométricas (aliás, do seno de cr),
o plano está orientado tomando como positiva a base (e1 , e; ).
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L ITICA 57
ii A v = 1 Y•
Y2
Y1
Y2
1 k
X1 Y1 Zt
Exemplos:
J 1
� � -
/\= -k
- - �
j /\ k = l k/\ T= -T
k" T= j i/\ -r = -T
ii= x 1 ã+ Y-1 ll + z1 ê
V. = x2 ã + Y2 b + z2 ê
temos:
k) (ª�ll
Podemos então escrever a seguinte igualdade matricial (alguns elementos são
vetores, outros são números):
Z1 +
Z2 a3 1
Considerando os determinantes simbólicos e notando que de t M =
= det (�j ) = 1 e que o determinante de um produto é o produto dos dete rminantes
dos fatores, temos, finalmente :
i j r b
- -
a c
X1 Y1 Z1
X2 Y2 Z2
Isto prova que o produto vetorial não depende da base ortonormal positiva.
l . u /\ u = Õ
2. i.i A v = -v /\ u (anticomutativa)
4 . i! /\ lv1 + V2 ) = u /\ V1 + li /\ v2 (distributiva)
X2 Y2 Z2
U /\ V = A i + B j + C k
60 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
Y1 1 X1
onde
1 1 1 1
Z1 X1 Y1
A = B = C =
Y2 Z2 X2 X2 Y2
X1 Y1 Z1
D.. = X2 Y2 Z2
A B e
D.. = A2 + B 2 + C 2 = I li /\ v 1 2
-
A propriedade 8 é equivalente a
1 Ü A v 1 2 = 1 Ü 1 2 1 v 1 2 sen2 8
-
Substituindo sen2 8 por 1 cos2 () e 1 li 1 1 v1 cos 8 por ux V,
chegamos à expressão equivalente
1 li .1\ 'V 1
2 = 1 rr 1 2 1 v 1 2 (ii x v )2
que , escrita em coordenadas, é precisamente a identidade de Lagrange (ver exer
cício).
A identidade de Lagrange pode ser provada diretamente , ou por meio
de um artifício elegante, como faremos a seguir.
Usando a notação anterior e o fato de que
( �ii�
Ax 1 + By 1 + Cz 1 = Ax2 + By2 + Cz2 = O,
chegamos à seguinte identidade :
( :: :: ::) ( :: :: :)
üx v
= ux v
A B e z, z2 e o o
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L /t/CA 61
1 rr " v 12 = 1 rr 1 2 1 v 1 2 - < u x v) 2
sen 8 =
1 u " vi
1 ü 1 1 vi
=
1 u
1 ii 1
v
1 v1
1
12
"
1 cos Q cos {3 12 1 +
cos {3 cos 'Y 12 1 +
cos 'Y cos Q
cos a' cos {3' cos {3'
sen 8 =
cos -y ' cos -y ' cos a'
2 1 . PRODUTO MISTO
U = X1 j + Y1 j + Z1k
= X2
� + Y2 �
J +
�
V 1 Z k
�
2
J + �
� � -
W
�
= X3 1 + y3 Z3
62 CA R OL 1-CA L L IOL /- FEi TOSA
[ u, V, w ] = Yt Y2 Y3
�
u
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L ITICA 63
= a b xT + a c xj - a b x T - a c y l =
= a X {b T + cn - {b X + c y) a r =
= a x v - {b x + c y) u =
Portanto:
a = -{bx + cy) = -vx w
{3 = ax = ii x w
e obtemos a fórmula
EXERCÍCIOS
1 . Dados os vetores ii = 2 r - 3 j + 2 k e V = 4 T - T + 2 k
a) Calcular ii " v
b) Calcular o seno do ângulo de u e v
Sendo os vetores ii = 2 T + j + 3 k e v= 4T + j - 3 k
base ortononn al positiva . ( êj , e;, e';) êi // ii, e'; // v.
2. ortogonais, determinar uma
com
6. Verificar as identidades:
a) ( ; - b) /\ ( b - ê) = ã /\ b + b /\ e + ê /\ ã
ãx ã ãxb ãx C
)
b)
- -b, -c 2 = ãxb
[ a, b xb bxê
ãxc Õx ê 'êx ê
7. Usando o produto m isto, exprim ir v como combinação linear de e'j , e'; e e'j .
X " ti = V (2)
MA TRIZES- VETORES-G. ANA L lTICA 65
a) Solução de x x Ü = c ( ii =#= O)
Consideremos antes a equação homogênea xx ii = O cuja solução é formada por
todos os vetores ortogonais ã ü. Para obter todos esses vetores basta fazer
x = ii" s
onde s é um vetor arbitrário; tomando dois vetores não paralelos ã e b ortogonais a li, a
solução da equação também pode ser escrita
x= >..ã+ µti
onde À e µ são parâmetros.
equação x x ii = c Notemos que, se conhecermos uma solução
Xo. poderemos obter todas as soluções considerando os vetores x = Xô + t onde T é solu·
Passem os agora à
donde
= - c- cu
À e x o = --
1 ii l 2 l u l2
Portanto, a solução geral de (1) é
-
x= � + -u ,.. s (s arbitrário)
1 -u 12
ou
( À, µ arbitrários)
(ã, b l ii)
.. c U + >.. T + µ -
X = -- b
l u l2
Po = O + �
-
lul 2
66 CA ROL 1-CA L L IOL l-FEI TOSA
b) Solução de x /\ ii = v (u :F O )
V. Vamos achar
No tem os que todas as soluções de
Substituindo na equação :
a (u /\ -:) A ii ,; y-
a ( (uxu) v - (vxu) u ) v
a l ii l 2 v = v
=
UA V
v =F Õ, temos =
1
a (2) é
-
Sendo -- e x0 = -- · Portanto, a solução geral de
l ii 1 2 I li 1 2
x UAV + u
= À
- -
(À arbitrário)
1 li 1 2
u /\ v
<P - o> " = º>
Po p
O lei t o r podi:rá aplicar as soluç ões das equações acima a exemplo" numéricos.
CAP ITU LO IV
P - Q = (x 1 - X2 , Y 1 - Y2 , z 1 - z 2 )
P + 't = (x + a, y + b , z + e).
EXERCICIOS
- P).
a) Calcular as coordenadas dos vetores P - Q, Q - R e R - P;
b) Calcular as coordenadas dos "pontos: A = P + (Q - R) e B = Q + (R
24 . TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
.. - ..
Sejam S = (O , e; , 'ê; , ê; ) e S' = (O ' , f1 , f2 , f3 ) dois sistemas de co-
ordenadas cartesianas no espaço. Sejam (x, y , z) e (x', y', z') as coordenadas de
um ponto P em relação a S e S ' respectivamente . Vamos verificar como se
pode obter os x, y, z em função dos x ' , y', z' e vice-versa.
Chamemos S de sistema antigo e S ' de sistema novo. O sistema novo é
fixado dando-se as coordenadas a, b , c da origem O e as coordenadas dos
'
Temos então:
P - O = x êi + y 'ê; + z ê;
O' - O = a êj + b êi + c e';
P - O' =: ( x - a ) "t; + (y - b) ê; + (z - c) ê;
- -
P - O' = x' f1 + y ' f2 + z' �
r3
70 CA R OL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
( I)
donde se tira :
( 2)
fórm ula que dá as coordenadas antigas de P em função das novas; esta fórmula
tam bém pode se r escrita explicitamente :
onde M " 1 é a inversa de M e a' , b', c' são as coordenadas de O no sistema novo.
Note-se que , como foi visto , no caso de mudança de sistema ortogonal para
ortogonal , a matriz M" 1 coincide com a transposta de M .
EXERCÍCIOS
Seja r uma rl: ta que passa pelo ponto A e que tem a di reção de um
vetor não nulo V. Para que um ponto X do espaço pertença a reta r é necessário
e su ficiente que os veto re s X - A e v sejam linearmente dependentes , isto é ,
que exista um número real t, tal que
X - A = t V.
X = A + t {B - A) ( t e R) (2)
No caso da geome tria plana, dada a reta r que passa por um ponto A
e tem a direção de um vetor v * Õ do plano, a equação vetorial de r será
precisamente a ( 1 ) ; no caso da reta ser definida por dois pontos A e B distintos,
a equação vetorial de r será a (2).
72 CA ROL l-CA L L IOL l-FEITOSA
( : : :: : : :
(x, y, z) = (x o , Yo , Zo ) + t{a, b, c)
Logo: (3) ( t e R)
z = z0 + t c
(
coordenadas (a, b, c), terá como equações paramétricas as (3) . No caso da reta r
ser definida por dois pontos A = (x 1 , y 1 , z i ) e 8 = (x2 , y2 , z 2 ) as equações
paramétricas de r serão:
x = x , + t (x2 - x i )
Y = y 1 + t (yz - y i ) (t e R)
z = z 1 + t (z2 - z 1 )
(4) { : : : : :: (teR)
MA TRIZES- VE TORES-G. A NA L JTICA 73
{
Se a reta r fôr definida por dois pontos distintos A = ( x 1 , y 1 ) e
B = (x2 , y 2 ) , as equações paramétricas de r serão:
x = X 1 + t (x2 - x i )
(t e R)
y = y 1 + t (Y 2 - y i )
X - Xo V Yo Z - Zo
-
(5)
a h e
(6)
{ X = Xo
Y - Yo Z - Zo
b c
{: : ::
(5) ficam:
(7)
EXERCICIOS
Fixado um sistema de coordenadas (0, Ci, � , Ci>. resolver os seguintes exerc ícios :
1 . Dar as equações paramétricas da re ta que passa pelo ponto A = (1, l , l ) e tem a direção
do vetor �= ( 2 , 3, 4 ).
2
b ) q ue passa pelos p ontos A = (3, , l) e B = ( 3 , l , -2 )
6 . Fsc'rever ª' equações das retas que con tém as diagonais do paralelogram o de vé rtices
A = l l . - l , 2 ) ; 13 13 = ( 2 , 3 , -4 ) , C = (2 . l , - l ), D = ( l , l , - 1 ) nas formas paramétrica e
simétrka.
-=!
x - l _ Y z - 2
- 2- - = --
3
( 5)
{
em relação ao sistema de coordenadas fixado tem-se:
(x, y, z) = (x0 , y0 , z0 ) + t 1 (a1 b 1 c i ) + t2 (a2 , b 2 , c 2 ).
X =
. Xo + t1 a1 t- t 2 a2
Logo : (5) y = y o + t 1 b 1 + t2 b 2
Z -' Zo + t 1 C t + t2 C 2
que são denominadas equações paramétricas de rr .
76 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
{
B= (x2 , y2 , z2 ) e e = (x3 , y3 , Z3 ) , não colineares, sendo (x2 - X 1 ' Y 2 - Y 1 ' Z2 - zi ) e
(X3 - X 1 , Y 3 - Y 1 ' Z3 - Z 1 ) as coordenadas dos vetores B - A e e - A da direção
de 7T, as equaç õe s paramétricas de Tr, serão:
X = X 1 + t 1 (X2 - xi ) + t1 (X3 - xi )
Y = Y 1 + t 1 (y 2 - y i ) + t1 (y3 - Y1 )
z = Z 1 + t 1 (Z2 - z i ) + t2 (Z3 - z i )
X - Xo z - zo
(7) =0
A B
1í
X - X1 y - y, z - z,
(9) X2 - X 1 Y2 - y , Z2 - Z 1 =0
X3 - X 1 Yl - y , Z3 - Z 1
X y z
=0
Yl
1 X - Xo
( 1 0)
ª1 1 =
o
b 1 x - a1 Y - b 1 Xo + a1 Yo =O
e fazendo
b 1 = a, -a1 = b e -b 1 Xo + a1 Yo = c,
vem :
(1 1) ax + b y + c = O,
1 =0
X - X1 y - y.
X2 - X 1 Y2 - Y 1
ou:
X y z
X1
X2
Y1
Y2
Z1
Z2
=0
que é a fónnula da equação da reta detenninada por dois pontos em relação ao
sistema de coordenadas fixado . (Esta fórmula já é conhecida do curso cient ífico) .
EXERCICIOS
1 . Dar as equações paramétricas do plano que passa pelo ponto A e tem a direção dada pel os
vetores v1 e V2 ( v1 e v2 Q . i), nos seguin tes casos :
a) A = ( 1 , 1 , 1 ), v1 = ( 2 , 1, - 1 ) , v2 = ( 3 , - l . 2 )
b) A = (-1 , O, 0) , Vi = (0, 1 , 1 ), v2 = (2 , 1 , - 1 )
c) A = (0, O, 1 ) , v1 = O . 2 , - 1 ) , v2 = ( 3 , 2 , O)
d) A = (0, O, 0), Vj = ( 0 , º · 1 ) , Vi = ( ! , º· 0).
2 . Dar a equação geral do plano que passa pelos p on tos A, B, C , nos seguintes casos:
e = H. - 1 , -2 ) .
a) A = O . 1 , 1 ) , 8 = (3 , 2, 5 ) , C = (2 , 3 , - 1 )
b) A = (2, O, 0), B = (0, O, 1 ),
4. No exerc ício l dar a equação geral do plano nos casos a), b), c) e d).
p q a
equação do plano na fonna scgmentária).
= (2, l ,
{
7. Dctcnninar a equação geral do plano detenninado pelo ponto P -1) e pela
reta r de equações:
X = 2t
y=l + t
z = -1 t
-
8. Detenninar a equação geral do plano que passa pelo ponto P = ( l , l , l ) e con tém a reta r
detenninada pelos pon tos A = ( 2 , l , - 1 ) e B = ( 3 , 2 , - 1 ) .
= (2 , l , - 1 ) e é paralelo
(Vj e
9 . Dar a s equações paramétricas do plano q u e passa pelo ponto A
aos vetores v1 = (-1 , 2, - 1 ) e v2 = (3, O, -2 ) v2 Q . i.).
1 0. Dar a equação geral do plano que contém as retas :
� =y-1 =�
X -2 y l
= z
-
r: - e s:
2
-
3 5 3
x-2 y-1
r: = z e s: � = � =z+ l
3 2 3 2
w = (a, b , e)
1í
EXERCÍCIOS
Fixado um sistema ortogonal de coordenadas (0, T, T, k), resolver os seguintes exerc ícios.
l . Determinar o ve tor ·normal ao plano dado pelos pontos não coli neares A, B e C, nos
seguintes casos :
a) A = ( l , l , l ) , B = (2 , 0 , -3 ) , C = (0, - 3 , - l )
b ) A = ( 2 , l , l ), B = ( 3 , l , - 1 ) , C = (0, l , - 1 )
a) 71' :
{
3 . Determinar o vetor norm al ao plano
x = l +2À + µ
7T
b) 71' :
{
nos seguintes casos:
x = 2- 3 À - µ
y l + À + 2 µ.
{
Y = -À + 3µ =
z = 3 + À z = -À - µ
x =À + iJ.
c) 71': y = 1 - À + 2µ
z =À + µ
82 CA R OL l-CALLIOL l- FEIT OSA
a) 2 \ + y - z = O
b) '. - y + 5 = 0
e) \ = O
d) ". + I =Ü
6. Dar a v e t or normal w da plana determi nado p e lo ponta A e p ela reta r. n o� segui n tes
{d
casos :
a ) A = ( 1 . 1 , 1 ), r: X = ( 2 , -1 . O)
h ) A = (0, O, 1). r: Y = -À
z = 1 + À
�
' - 1
C) A = (Ü. - 1 , 0) , r: =
.\ -y =
d) A = < l . 1 . 0), r: X = ( 1 , O. 0 ) + À< O . º· 1 )
a) A = ( l . 2 . 1 ) , B = < l , 3 , - 1 ) . C = H . -2 . 0 )
b) A = (0, O, 1 ), B = < 1. O, 0), C = (0. 1 . 0)
Sej am r uma reta que passa por um ponto A e que tem a direção do
vetor v 11ão 11ulo , e rr o plano que passa pelo ponto B e tem a direção dos
vetore s v1 e v2 li11ear111e11te i11depe11de11tes . A re ta r é paralela ao plano rr , se
somente se os vetores v, v1 e v2 fo rem li11ear111e11te depe11de11tes ( os vetores
v, v1 e Vi d evem se r complanares) .
E m re la'íão a o sistem a de coordenadas ( 0 . e, . c2 • c.i ) . sendo v ( Q , m , n )
+ by + c 1. + d = O . equação d o plano rr . a condição a11ahtica d e paralelismo de
=
e ax
r e rr se rá .
( 1 3) a� + bm + cn = Ü
MA TRIZES- VE TORES- G. ANA L lllCA 83
Sej am ir1 um plano que passa por um ponto A e tem a direção dos
vetores Vi e Vi Q.i. e ir2 um plano que passa por um ponto B e tem a direção
dos vetores u1 e u 2 Q.i. Os planos ir1 e ir2 se rão paralelos, se e somente se
v1 e v2 forem com binações lineares de u1 e u2 •
Em relação ao sistema de coordenadas (O, êi , e; , e; ) sendo
a 1 x + b 1 Y + c 1 z + d1 = 0 e a 2 x + b 2 y + c 2 z + d 2 = 0 as equações dos planos
ir 1 e ir2 , rcspectivamente, a condição anahtica de paralelismo de ir1 e ir2 será :
ou
{
84 CA R OL l-CA L l /Ol l-FE/ TOSA
ª 1 = t ª2
b 1 = t b2
C 1 = t C2
( I S) = Ü
a1 x + b1 y + c1 z + d1 = Ü
a 2 X + b1 y + C 2 Z + d 1 = Ü
( 16 )
86 CA R OL 1-CA L L IOL 1-FEI TOSA
1) p = q = 2
2) p = l; q = 2
O sistema é imposs ,.vel, nestas condições os planos 1T1 e 1T2 não têm
pon tos comuns , e 1T 1 e 1T2 são denominados paralelos distintos.
MA TRIZES- VE TORES-G. ANA L ITICA 87
Sendo w1 = ( a 1 , b 1 , c 1 ) e w2 = (a 2 , b 2 , c 2 ), então w1 /\ w2 = O , ou
w1 = p w2 , onde p é um número real diferente de zero , e
( 1 8).
3) p = q = 1.
( 1 9)
Sejam :
X = A + t v1 ( t e R)
e
X = B + t v2 (t e R)
Sejam :
X = A + tv ( t e R)
e
X = B + t 1 V. + t2 Vi
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L ITICA 89
Sejam:
X = A + t i Vi + t 2 Vl (t1 , t 2 e R)
e
X = B + t 1 u1 + t 2 'ii2 (t 1 , t 2 e R)
as equações vetoriais de dois planos 7r 1 e Tr2 no espaço, respectivamente.
Sendo W1 Vi " v2 e w2 ii1 /\ ii2 , os vetores normais a Tr 1 e Tr2 ,
= =
e
respectivamente a condição de perpendicularismo será:
a1 a2 + b 1 b 2 + C 1 C2 = 0 {2 1 ) .
90 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
EXERCICIOS
{x-y+z+l =O
Fixado um sistem a or togonal de coorde nadas, resolver os seguintes e xercício s :
y
1 . Dada a rL·ta
r:
X+ - 2z = Ü
� �=
b) escrevê-la na forma simétrica.
c) escrevê-la na forma paramét rica.
3 . Achar a equação do plano que passa pelo ponto A = ( 1 , 1, -2') e é perpendicular à reta
r: X = À ( J , - 1 , -3 ) .
l)
{
4 . Ach ar a eq uação d o p lano q u e passa por P = ( 1 , 2 , e cujo traço com o plano z = O é a
reta
y = 3x - 2
r:
z = O.
{
5 . Achar a eq uação do plano que co ntém a re ta
3 x - 4y + z - 12 = 0
4x - 7y + 3z + 4 = O
{; : \
6. Ach ar a equação do plano q ue passa pela re ta
r:
z = 2 +À
e é perpendicular ao plano : x - 2y + z - 1 = O .
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L (T/CA 91
{
7 . Achar a equação do plano que passa pela reta r: x = y = -z e é paralelo à re ta
x=z+ l
s·
y = 3z - 2.
{ _: :
8 . Dado o triedro cujas arestas são a s retas
� y
=
: z
X = -3 y = 2z
9. Achar a equ ação do plano que passa por P = ( 2 , ! , 3 ) .! paralelo à reta X = ( 1 , 2, 3)+
+ À ( ! , 2, - 1 ) e perpe ndicular ao plano x - y + 2z - 4 = O .
X = À(2, 1 , - 1 ) + µ ( 3 , 2, -5 ) .
14. Determinar as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto P = ( ! , -2, - 1 ) e
{ {
intercepta as retas reversas
x=z- 1 X=Z-2
e
y = 2z - 3 y = -z + l
r: { x - 1 = .!...:..!_ = �
2
e s:
{ � =y=
-:.2
-1
92 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
1 6 . Verificar se as retas
x-4
--
3
Y
5
--
= 2 = z - 6 e X = ( l , l , l ) + À(2, l , -3) são coplanares.
À
e
1 8 . Achar as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto P = (2, 1 , - 1 ) e é paralela
aos dois planos 1T : X = X = (0, O, 0) + ( l , 1 , 1 ) + µ ( 3 , - 1 , 2) e 7T2 : 2 x - y + 5z - 2 = O.
20. Determinar a equação do plano que passa pelo ponto P = ( 3 , 2 , - 1 ) e que intercepta os
.
eixos do x e do y em segmentos iguais, respectivamente, a 1 e a -3.
r: ( x=5
y
X + 2y - Z + 1 = 0
e s:
{ x-y+z+ l =O
7x + 6z + 8 = O
x-2 y+ 3
{
2 2 . Achar o plano que passa pela reta r = =z e pelo ponto comum aos
3 2
três planos :
x + y + 2z + l = 0
3x - y + z - 1 = O
x - 4y + 2z + 2 = 0
7T: X = À ( l , 1, 5) + µ (0, O, - 1 ) .
24. Achar a equação do plano que passa pelos pontos A = (2, 1 , - 1 ) e B = (0, 3, -2) e é
{ X= À + µ
paralelo à reta x = -y = z.
y = l - ;\ + 2 µ
z = - 1 - ;\ + 3 µ
MA TRIZES- VETORES- G. A NA L (T/CA 93
27. Escrever a equação vetorial do plano que passa pelos pontos A = ( 2 , 1 , 0), B = ( 1 , 2 , 0) e
C = ( 1 , 1 , 0) e verificar se o ponto D = (4 , 4, 0) pertence a esse plano.
Verificar, também, se a reta que passa pelo ponto E = (3, 3, 0) e cuja direção é
v = (1, 1, 0), está con tida no plano ABC.
30. Dado o plano rr: X = (0, O , 1 ) + À ( ! , - 1 , - 1 ) + µ (- 1 , -2, -4) e a reta AB, sen
do A = (0, O, 0) e B = ( 1 , 1 , 1 ) , determinar a equação do plano que passa pelo ponto
onde · a reta AB fura o plano 7r e é paralelo ao plano rr1 : x - 3 = O.
7r 1 : X + Y + Z =0
7r2 : X - Z =0
7r3 : 2y - z =o
Seja s i a reta que passa pela origem e é perpendicular ao plano 7rj (i = l , 2, 3 ). Seja
r 1 = 7r2 n rr3 , r2 = 7r 1 n rr3 e r3 = 7r 1 n 7r2 . Mostrar que os planos determinados pelos
pares de retas (r 1 , s 1 ), (r2 , s2 ) e (r3 , s3) passam por uma mesma reta.
94 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
34. Decompor o vetor v = (2 , - 1 , 3) em dois vetores ii e W, tal que ii seja paralelo ao plano
7T: 2x y + z 3 = O e w perpendicular ao plano 7T.
- -
CAPfTULO V
B - A = (x 2 - x 1 , Y 2 - Y 1 , z2 - z i )
e
ü=
-
P' A
_Y'!_ o versor do vetor w. A distân-
1 wl
eia procurada será ó = I P - P' I, onde P'
é o pon to de intersecção da reta s que
passa por P e é perpendicular ao plano rr. Mas P - P' é precisamente o vetor
projeção ortogonal do vetor P - A na reta s. Nestas condições:
96 CA ROL l-CA l l I Ol 1-FEI TOSA
1
ó = 1 p - P' 1 = (P - A) X w
lwl 1
lwl
U= (a , b , c)
J a2 + b2 +c
2'
tem - st:: .
ó = l a(x 0 - x i ) + b( y0 - y i ) + c(z0 - z i ) 1
J ª2 + b 2 + c2 '
�;:::=
:: ==;---
1 ax0 + by 0 + cz 0 + d 1
ó =
+ b
J ª2 2 + c2 '
--;;:=
:;; ==;;;:;
;;:-
u
= o
;1
vetor W. A distância procurada será ó = I P - P' I, onde P ' é o ponto
1
ve •�o r do
de intersecção da reta s que passa por P e é perpendicular àreta r. Mas P - P' é
o vetor projeção or!agon al do vetor P - A sob re a reta s. Nestas condições :
MA TRIZES-VETORES-G. A NA L (T/CA 97
l
ô = I P - A l = (P - A) x w
1w1
1
1_
Como P - A = ( Xo - X 1 , Yo � �-�
- yi ) e w = -;:::
::::
:- :;-
:::
I J a2 + b 2 '
tem-se , procedendo de maneira análoga ao caso anterior:
1 ax o + b y o + c 1
Ja 2 + b 2 '
ô= --;::==�
1 (P - A) A v i
l vl
d=
A = (x 1 , y 1 , z 1 )
(x2 , y 2 , z2 ) , temos v = M - A e a fórmula fica:
No caso da reta ser dada por dois pontos e
M =
1 (P - A) A (M - A) 1
d=
IM -AI
98 CA ROL /-CA L L IOL l-FEI TOSA
Como P - A = ( xo - X 1 , Yo - Y 1 , z o - Z 1 ) ,
M- A = ( x o - X 1 , Y o - Y 1 , z0 - z i )
v em :
2
Yo - Y 1 Zo - Z 1 Xo - X 1 Zo - Z 1
I (P - A) A (M - A) 1 2 + +
Yo - Y2 Xo - X 2
=
Zo - Z 2 Zo - Z 2
2
Xo - X 1 Yo - Y1
+
Xo - X2 Yo - Y2
faze n d o :
Yo Zo
Yo - Y 1 Zo - Z 1
d2 3 = Z1
Z2
Y1
Yo - Y 2 Zo -
Y2 Z2
Xo - X 1
Xo Zo
Zo - Z 1
d13 X1 Z1
Xo - X2
=
Zo - Z 2 X2 Z2
Xo Yo
Xo - X 1 Yo - Y1
d12 X1 Y1
Xo - X 2
=
Yo - Y2 X2 Y2
v em :
43 . ÁREA DE UM TRIÂNGULO
do triângu l o A BC
('
dada p o r :
A área será
'
1
'
S = 1- l ( B - A ) A ( C - A J I .
,.
'
'
Como
'
'
'
'
e
'
B - A = ( x 1 - x o . Y 1 - Yo · 1 1 - 10 )
.'\
C - A = ( X 2 - X o . Y 2 - Y o · 1 2 - lo )
t e m-se :
Y 1 - Yo Z1 - lo X 1 - Xo 21 - 'º
2
-
l (B - A) A (C - A) l = + +
Y2 - Yo Z2 - l.o X 2 - Xo li lo
2
X 1 - Xo Y1 - Yo
+
X2 - Xo Y 2 - Yo
denominando de :
Yo lo
Y 1 - Yo 1 1 - lo
d2 = Y1 1 1
3
Y2 - Yo 12 - lo
Y2 12
l. 1
"º lo
- l
X 1 - Xo .o
dl = X1 11
3 - X
X2 o 12 - lo
X2 l. 2
X1 Y1
Xo
- X Yo
d12
o - Yo
= X 1 ) 1
X2 - Xo Y 2 - Yo
X2 Yi
l (B - A) (C - A ) I
t e m-se : A =
..;<l 21 2 +
2 2 1
d u + <l 2 .i :. S =
1
1
..; d 21 2 +
2 2 1
<l 1 3 + d 2 1
1B-A1=
2 21
./(x 1 - xo ) + (Y 1 - Yo )
e
Xo Yo
X1 Yt Xo Yo
X2 Y2
h= S= 1 X1 Yt
2 2
1 2
.Ji(x 1 - xo ) + (y 1 - Yo ) X2 Y2
e
e = (X2 , Y2 . z2 ) e D = ( X3 , y 3 , Z 3 )
quatro pontos do espaço três a três não
colineares e os quatro não situados no
mesmo plano. O volume do tetraedro
ABCD será igual à sexta parte do
volume do paralelepípedo que é dado
por :
l ( B - A) A (C - A) x (D - A) I .
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L (T/CA 101
V= i 1 (B - A) A (C - A) x (D - A) 1 .
Como
B - A = (x 1 - xo , Y 1 - Yo . Z1 - zo )
e - A = (x2 - Ao , Y2 - Yo . Z2 - Zo )
e D - A = (x3 - X o , y3 - Yo . Z3 - Zo ) ,
X 1 - xo Yt - Yo
V= 1 X2 - Xo Y2 - Yo
6
X 3 - Xo Y3 - Yo
ou :
Xo Yo zo
Xt y Zt
V = __!_
6 Xz Y2 Z2
X3 Y3 Z3
EXERCICIOS
a) P = ( l , 2, - 1 ) e r { x- l 2
= L =
-, l
z+2
3
{ X = ( 1 , l , l ) + À (2, l , -3)
{x
b) P = (2, l , -3) e r:
2 - y + z=O
c) P = ( 1 , - 1 , 0) e r·
{�.x
3x + y - 2z + l = O
=z+ 1
r
d ) P = (0, O, 2) e
y = 2z - 2
c) P = (0, o, - 1 ),
7r:
7r:
{
{ X = 0:. 2 , - 1 ) + À (3, 2, - 1 ) + µ ( l , O, O)
X = 2À + µ
y = -A - µ
z = l - 2µ
d) p = (3, l , - 1 ), 7r : {�+� + z = l.
6. Determinar o lugar geométrico dos pontos equidistantes dos dois planos d�dos
7r1 : { 2x - y + z - l = O
7r2 : { X
+Y-Z+ 2 = 0
e s:
{� 5
=Z
y = z - l.
9. Dado um tetraedro cujos três vértices são A = <O. O. 0), B = ( 1 , O, 1 ), (' = ( 1 , - 1 . 0),
· determinar o lugar geométrico descrito pelo vértice D que varia mantendo-se sempre
no plano
X + 2y - 7. + 1 =0
A = 1 2, 2 , 01.
b) A = CO. O, 1 ), B = C O , 1 , 0 ). C' = C l , 0, 0 )
e) B = ( 0 , 2, 1 ), C = ( 2 , O, 1 ).
-Ü e v. En tão ou O �o � � o � o· �
- .
ou �
104 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
l iix v l
i ü l · l vl
cos O'. =
sen o: = ----
1 ii " -v 1
1 cr 1 - 1 v-1
Ângulo de reta e plano
EXERCÍCIOS
X - 1
1. Dar o ângu lo das re tas : r: - - = y = -Z e s: X = ( 1 , O, 0) + À ( 2, 1 , - 1 ).
2
2. Dar o ângulo da reta : r: x = -y = z com o plano rr: 2x - y - z - 1 = O
3. Dar o ângulo dos planos rr1 : 2x - y - z = 0 e rr2 : X = (l, 1 , l ) + À(2, l , 3 ) + µ ( 1 , - 1 , 2).
6. Determinar as eq u ações da reta que passa pela origem e forma um ângu lo de 450 com a
re ta
� = Y = -Z.
X - J
CAP fTU LO VI
CURVAS P LANAS
o X X
{
X = p COS
(!)
y = p sen O
ou ainda:
J x2 + y2 '
{
P =
tg O = L (x =;t O)
X
EXERCÍCIOS·
d) tg () = 1._
a) 3p cos () - p sen () = 2 b) p cos 8 = 5
c) p sen () = 3 _
{
Podemos então escrever:
p
ou
2 2
P = J x +
y + z2'
tg fJ = L (x * O) (2)
X
cos 1/) z
2 2
=
x
z2
+ +
y
sobre o plano xOy, e l/J (O E;; l/J E;; 11') é a medida do ângulo formado pelo semi-eixo
do pelo semi-eixo positivo Ox e pela semi-reta OP' , sendo P' a projeção de P
EXERCICIOS
a) P = 4 b) 8=o
c) 8 = !!..._ d) 8 = �
2 2
e) 8 = .!:!!... f) I/) = o
4
g) l/J = ..!! h) 1/) = 1!!.
3 4
{
y- 2 =z+ l
2 3
x = 3t + l
e) y = 2t - 3
z = 4t
{
5. Determinar a longitude do ponto de ábscissa 2 da reta
X = 2t
Y=t+ l
z = -t + 3
6. E scre ve r cm coorde nadas polares a equação do plano que passa pelos pontos (0, O, 3),
(0, -2, 0) e (3, O, 0).
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L (T/CA 109
x = p cos 8
y = p sen 8 ( I)
Z=Z
ou
P= J x2 + y 2'
Z=Z
EXERCÍCIOS
(3 , o, O) ; ( 3 , o, 2) ; (3,
3
'" , O) ; (3,
3
4
'" , 2)
2
( 3, : '"
'
-2) ; (3 , : ' l); (2, 60º, -1 ) ; (2, 2 1 0º, 5)
º· 1. l); c- 1 . 1 . l ) ; º · 1 . - 1 ) ; c vr • ...;; .
4
)
c) () = 3rr d) z = 3
2
e) z = -3 f)" z = O
4
y = F(x) ou IP (x , y) = O (2)
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L {TJCA 111
Qualquer uma das equações (2) chama-se equação não paramétrica ou simples
mente equação da curva 'Y ·
Exemplos
a) X = 4t + l
y = 2t - l com teR
é uma representação paramétrica d a reta d e equação
X - 2y - 3 = Ü
b) X = r COS 8
y = r sen 8
2
é uma representação paramétrica da circunferência x + y2
= rz
Definição. Uma curva diz-se algébrica quando a sua equaçã� fôr algébrica.
Defmição. Chama-se ordem de uma curva algébrica o grau do polinômio
correspondente a sua equação.
As curvas algébricas de primeira ordem são as retas; as de segunda ordem
chamam-se cônicas e as de terceira ordem cúbicas, etc.
Se a equação da curva não fôr algébrica a curva diz-se não algébrica.
No curso secundário foram estudadas elementarmente as curvas não algébricas
y = a x , y = Ioga x , y = sen x, etc.
a) ELIPSE E HIPÉRBOLE
plano cuja diferença das distâncias a dois pontos dados F e F' do plano é uma
constante 2 a < FF'.
Obs. : Os pontos F e F' chamam-se focos.
PF' ± PF = 2a (1)
x2 (c2 _
a 2 ) - a 2 y 2 = a2 (c 2 _
a2 ) (2)
ELIPSE
HIPÉRBOLE y
b) PARÁBOLA
_E_ ) 2 + y 2 1
X+�= J(x -
2 2
elevando ao quadrado e simplificando,
segue-se :
y 2 = 2px,
é a equação reduzida da parábola. A excentricidade da curva é, por definição,
igual a l .
1 14 CA ROL l-CA L L IOLl-FEI TOSA
a) ELIPSE
y = b sen ()
representam parametricamente a elipse . Com efeito, elevando ao quadrado e
somando as relações:
.X. = cos ()
a
� = sen ()
obtém-se
x2
- + -
y2 = l
ª2 b2
Fazendo tg � = t, obtemos uma nova representação paramétrica para a elipse :
�2 2t
l +t + t2
x=a y=b
l
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L ITICA 1 15
b) HIPÉRBOLE A /
/
Consideremos a seguinte cons- /
trução :
Sejam x = a e x = b duas
B
/
/
p
- - - -- - - - - 1
/
,
/
retas, com a, b < OF = c e seja ainda / 1
I
OQ = x > c. 1
/ 1
/ 1
1
/ 1
Coin centro em O e raio OQ
tomemos o arco de circunferência QA, / o 1
f = tg 8
obtém-se
� -
ª2
1 16 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
x=a 1 + t2
1 - t2
2t
y=b
1 - t2
x = a ch 8
y = b sh 8
onde.
eh () = e 2+ e-
8 8
sh () = e 2- e
8 -8
eh 2 8 - sh2 8 = l .
e) PARÁBOLA
x=
t2
2p
y=t
a) ELIPSE
Tomemos o polo coincidente com o centro e o eixo polar com Ox.
A transformação obtém-se fazendo x = p cos ()
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L (T/CA 1 17
y = p sen e na equação
y2 = 1
x2 + -
ª 2 b2
Chega-se à expressão
---"b
p=
e cos 2 (J 1
___
J1 -
PF. = J (x - c) 2 + /
da equação �
2 y 2 = 1 tem-se
+ -
ª 2 b2 '
ª2 b 2 - b 2 x2 ex - a ) 21
y2 = ª
portanto PF = J( a
2
'
PF = ± (ex - a);
p = a - ex
observando que : x = c + p cos O ,. teremos p = a - e(x + cos O ) obtemos
p = 1 +3 e- cos
ec
(J •
pondo a - ec = p
p -- 1 + ep cos O
1 18 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
b) HIPeRBoLE
=
2
Basta fazer na equação x2 Y
7 - 17
l.
X=p COS 0
y = p se n o
obtém-se
p = b
J e c os 2 O - 11
c x - c )2 + y 2
1
FP = J
onde
ª2
e b2 = c2 _
PF =
J a 2 x 2 - 2a 2 c x + a 2 c2 + (c 2 - a 2 ) (x 2 - a) 2
2
1
= ± (ex - a )
ª
p = e( c - cos O ) - a
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L (TICA 1 1S
ec - a
ou P = 1 + e cos 8 ' pon d° ec - a = p
tem-se :
p
p=
1 + e cos 8
.:) PARÁBOLA
a) Polo no vértice
2
Basta substituir na equação y = 2px
x = cos 8 , y = sen 8 ,
segue-se
p = 2p cotg 8 cossec 8
b) Polo no foco
y
p = FP = E: + X d
2
Orientando o eixo polar como
no caso da hipérbole, temos
x = _E_ - p cos 8 portanto
2
p = p - p cos o ou p =
p o A X
1 + cos o
Para 8 = ;, p= p, semi-corda
da parábola correspondente ao fo
co.
Observemos que tanto a elipse como a hipérbole e a pàrábola tem para
equações reduzidas, equações do segundo grau. Como a ordem é invariante
para transformações de coordenadas, podemos concluir que mesmo que estas
curvas fossem dadas numa posição qualquer em relação ao sistema de coorde
nadas, as equações representativas das mesmas seriam ainda do segundo grau.
Foi visto no curso secundário que também a circunferência é representada
analiticamente por utpa equação do segund0 grau. Todas essas curvas se
denominam cônicas.
120 CA ROL 1-CA L L IOL 1-EEI TOSA
EXERCÍCIOS
1. Duas retas r e s, que se encontram num ponto M, passam respectivamente por dois pontos
a equação do lugar geométrico do ponto C de intersecção de r' e s', quando M percorre
dados A e B; sen do r' e s' as perpendiculares correspondentes à r e s em A e B, escrever
OP PA
Segue-se sendo
AC AD
A(x, y), AC = b e AD = e, temos
ex - by = O ,
y
=
�
b e
o lugar é uma reta passando pela origem.
DC) � + !_ = 1
b e
sendo y= m a equação . da reta M N, obtemos imediatamente os pontos
(e - m)a M'
(e m)a
' m),
-
M= (
e =( e ' 0)
(e - m)b (c - m)b
N=( ' m) e N' = ( ' 0)
e e
122 CA ROL 1-CA Ll. IOL 1-FE/ TOSA
4. Cassinoidc -É o lugar geométrico dos pontos d e u m plano cujo produto das distâncias a
dois pontos dados do plano é uma constante k 2 .
Os pontos chamam-se focos.
Tomando o sistema de coordenadas de modo que o eixo Ox passe pelos focos e o eixo Oy
seja a mediatriz do segmento FF', temos
y
PF · PF' = k 2
ou
pondo
F(a, 0) F'(-a, 0) e P(x, y)
tem-se
[ (x + a) 2 + y2 ] [ (x - a) 2 + y2 ] = k4
e desenvolvendo o produto:
(x 2 + y 2 ) 2 _ 2a 2 (x 2 _ y 2 ) + ª4 _ k4 = 0
MA TRIZES- VETORES- G. A NA L ITICA 123
B
A
Temos:
Dos triângulos retângulos ABD e ABC podemos tirar :
= __!__ AC = a cos (J
cos (J
AD
cos (J
p = -ª- - a cos O
ou
sen2 (J
cos (J
ª
p = que é a equação polar.
124 CA ROL l-CA L L IOL l-F EI TOSA
1 + m2
OBS. : - A principal curiosidade apresentada por essa curva é que ela permite a resolução
do problema da duplicação do cubo, problema esse não resolúvel por régua e
compasso.
A Concóide é uma curva algébrica de 4l.I ordem. O principal interesse dessa curva está no
fato dela permitir a resolução geométrica do problema da trisecção do ângulo, problema
esse que não tem solução por régua e compasso.
7. Ciclóide
� uma curva descrita por um ponto P ligado a uma circunferência, quando esta rola sem
escorregar sobre uma reta dada chamada base. Quando o ponto P está sobre a circunferên
cia a Ciclóide denomina-se normal, enquanto que ela se chama achatada ou alongada
MA TRIZES- VETORES-G. ANA L ITICA 125
A D A' X
Seja O' uma nova posição do ponto O, conforme a figura, e x, y as coordenadas de P' . .
temos:
x = AD = AA' - DA'
y = DP' = DC + CP'
OP = a, OA = O' A' = CD = r.
A'B = r (}
mas
r = r (} - a sen (}
2
portanto:
y = r - a cos (}
equações paramétricas da Ciclóide.
sen (} = r Oa - x
--
r- r-y
cos O = a y O = arc cos a
( r (}a )2 (� )2
elevando ao quadrado e somando:
+.
=
- X l
a
126 CA ROLl-CALLIOLl-FEJ TOSA
portanto :
(a 8 )
r r-y x 2 r-y 2
arc cos -- + ( -- ) = 1
a a
-
8. Epiciclóide
t a curva descrita por um ponto P ligado a uma circunferência que rola externamente
sem escorregar sobre uma outra circunferência fixa chamada base.
y
Podemos escrever :
x = OS = OT - ST = OT - DO "
y = SP' = SD + DP' = TO" + DP'.
Por outro lado :
comprimento AA" = R O
portanto,
A"Ô"A' =
RO
e DÔ"A' =
R O - ( J! - 0 )
r r 2
Ainda, de acordo com a figura podemos escrever·
OT = (R + r) sen O
DO " = a cos [ �
O
- ( � - 0) } = a sen (<R : ) r) O
MA TRIZES- VETORES-G. ANA L ITICA 127
segue-se
x = (R + r) sen 8 - a sen ( R+r 8 ).
r
TO" = (R + r) cos 8
9. Hipociclóide
É a curva descrita por um ponto P ligado a uma circunferência que rola internamente sem
escorregar, sobre outra circunferência fixa chamada base.
O determinante
A =
a 1 1 x f + ª 2 2 Yf + 2a 1 2 x i yi + 2a 1 3 X i + 2a 2 3 yi + a33 = O
f(x, y) = (ax + by + c) (a 1 x + b 1 y + c 1 ),
a equação
f(x, y) = O
se decompõe nas equaçõe�
ax + by + c = O
e
a 1 x + b 1� + c 1 = 0
cada uma das quais representa uma reta. Os pontos dessas duas retas coincidem
com todos os pontos da cônica, a qual se diz decomponível nas duas retas.
(2)
2) Suponhamos A 3 3 ::/= O.
A expressão (4) é um trinômio do segundo grau em y, a condição para que
esse trinômio seja decompon ível é que o seu discriminante !:::,.' seja nulo.
Ora,
onde
130 CA ROL l�CA L L IOL l-FEI TOSA
Temos
o l ...!..
2 2
l
- 4 - 4
A o b _ ab c
2 2
...!.. _.!?._ c
2 2
Dada a cônica:
x=X+a
y=Y+b
se obtém:
ou seja:
a u X2 + a2 2 Y2 + 2a 1 2 XY + 2(a 1 1 a + a 1 2 b + a 1 3 ) X + . . . . , = O
c.q.d.
A demonstração é imediata.
Os três teoremas anteriores mostram que :
e x2 + y 2
r
ª1 1 ª12
A3 3 =
ª12 ª13
.. ª12 ª1 3
,
e A = ª12 ª2 2 ª2 3
ª1 3 ª2 3 a3 3
x = X cos o: - Y sen o:
y = X sen o: + Y cos a
temos
a 1 1 x 2 + a2 2 y 2 + 2a 1 2 xy + 2a 1 3 x + 2a2 3 y + a 33 =
a� 1 X 2 + a; 2 Y2 + 2a� 2 XY + 2a� 3 X + 2a; 3 Y + a;3 (2)
transformada.
Ora, pelos dois últimos teoremas tem-se
(3)
e
x2 + y 2 = x2 + y 2 (4)
ª1 1 + m
=0
ou seja :
(6)
e, pela segunda
a� 1 + m a; 2
A; 3 =
ª� 2 a; 2 + m
ou
(7)
como as equações (6) e (7) são equivalentes temos :
(8)
(9)
= 0
ou
{ 1 0)
ª� 1 + m
=0
ou
(I l )
Como as equações ( 1 0) e ( l l ) são equivalentes, e ainda a'33 = a33 , segue-se
que :
C = C'
e
A = A'
Assim, demonstramos que as expressões :
1, A33 e A ( 1 2)
ª 1 1 X + ª 2 2 y + 2a 1 2 X Y + 2a 1 3 X + 2a 2 3 Y + ª 3 3 = o.
2 2
ternos o sistema:
rn + n = ª 1 1 + ª 22 = 1
n · n = A33
rn · n · p = A
m o o
o o n = -rn · 4
n2 = 4
2
o n o
2
das quais determinam-se rn e n .
Exemplo:
Classificar a cônica:
x 2 + 2y 2 - 2xy - 2x + 4y - l =O
1 ) Temos
-1 -1
A = -l 2 -2 = -1l
-l -2 -l
A3 3 = m · n
1 =m+n
Temos então:
m·n·p=-ll
m·n= 1
m+n= 3
De onde resulta p= -1 1
m = _l__±J_ ou m= 3-5
2 2
n= 3-5 ou n= 3+5
-2- -2-
e finalmente
ou
EXERCÍCIOS
a) x 2 + 2y 2 - x - y
2
+
1 . Classificar as seguintes cônicas
l
b) 3x 2 - 2y + 2xy - x + 2y - 3
= O
= O
e) x 2 + 4y 2+ 4xy - 2x = O
d) x 2 - 4xy + y 2 O
=
2
e) x + 2xy + y 2 - l O =
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L (T/CA 137
a
2. Dada a equação : x2 + 4y2 + 2mxy - 1 = O determinar os valores de m correspondentes
elipses, hipérboles e parábolas.
Resposta : -2 < m < 2 elipses ; m >2 e m < -2 hipérboles ; m = ±2 retas
a) x2
+ 4y'2 - 4xy - 3x - y - 1 = O y
b) + 3y 2 + xy - 2x + 4y - 5 = O
x2
c) 4x 2 - 3y 2 - 2x - 3y - 5 = O
( _!__ ...!....1'._ = R 2
2 2 2
- c) 2 +
X 2
X
(a2 - cx) 2 + a2 y 2 R2 x 2
(C - R2 )x 2 + a2 y 2 - 2a2 cx + a4
=
= O
t fácil verificar que para (sendo a :# 0)
c2 - R 2 > 0 temos uma elipse
c2 - R 2 <O temos uma hipéri,o1e
c2 - R2 = O com . c :#O parábola
138 CA R OL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
ou I
(x - a) 2 + y 2 = k 2 x 2 I
I
2 2 2
x (1 - k ) + y - 2ax + a = O 2 I
I
Se a * º e K 2 < 1 temos elípse I
I
Se a * º e K 2 > 1 temos hipérbole I
54. SUPERFÍCIE
z
V
z
y
y
u
quando
F(x, y, z) = O
e
G(x, y , z) = O
é uma curva no espaço.
Dizemos que as equações das duas superfícies constituem as equações
da curva.
HÉLICE CILINDRICA
X = r COS 8
y = r sen 8 (1)
z = k8,
onde r e k são constantes positivas e 8 é um parâmetro real.
A curva representada pelas equações ( 1 ) chama-se hélice cilíndrica e pode
ser definida da seguinte maneira. É a curva gerada por um ponto animado de
movimento circular uniforme de centro numa reta fixa e, simultaneamente, de
movimento retilíneo uniforme cuja direção é a mesma reta, · chamada eixo da
hélice. A constante r denomina-se raio da curva.
Pelas equações ( 1 ) verifica-se que qualquer ponto da curva está situado
sobre a superfície cilíndrica de equação x 2 + y 2 = r2 de eixo Oz. As equações ( l )
poderão ser facilmente deduzidas a partir da definição .anterior:
142 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
';� p
portanto : -- - --- - -- --
- - - - '
Z = _J_
w '
O
PP' = V t
tg cp = �· onde
AP' = r w t
Portanto tg w = :,
r
= constante.
Por exemplo:
x2 - Sx + 6 = O
temos
x2 - Sx + 6 = (x - 2) (x - 3) = O
portanto
x=2
e
x=J
x = a1 , X = a3 . . . . . .
re du za à forma P(x, y, z)
que a equação
F(x, y, z) = O se
F(x, y) = O, isto é, seja independente
da variável z.
No plano xOy a equação F(x, y) = O
representa uma curva "f· Sendo
P = ( x, y, z) um ponto qualquer de
uma reta paralela ao eixo Oz e que se y
apoie em "( , as du as primeiras coorde
nadas de P; satisfazem a equação
F(x, y) = O. Como a referida equ ação
não depende de z podemos concluir
7 44 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
que todo ponto nas condições anteriores possui coordenadas que satisfazem a
equação F(x, y) = O, e somente esses. Assim a superfície representada por essa
equação é uma superfície cilíndrica de geratrizes paralelas ao eixo Oz.
Analogamente, verifica-se que as equações f(y, z) = O e .P(x, z) = O
representam superfícies cilíndricas de geratrizes respectivamente paralelas ao
eixo Ox e ao eixo Oy.
Exemplos : x2 + y2 = 4
c) Seja agora a F(x , y, z) = O uma equação homogênea. É fácil mostrar que nesse
caso tem-se uma su perfície cónica de vértice na o rigem. Basta lembrar que se
F(x , y, z) = O é homogênea de grau m, sendo k i= O uma constante qualquer
tem-se
F(kx, ky, kz) = km · F(x, y , z).
Assim, se ( x 1 , y 1 , z 1 ) é um ponto da superfície, (kx 1 , ky 1 , kz i )
também pertence a ela. Mas os pontos (x 1 y 1 z i ) e (kx 1 ky 1 kzi ) estão
alinhados com a origem (O, O, O), logo a superfície é constituída de retas que
passam por (O, O, O).
x2 + y2 - z2 +
Exemplos :
xy =O
X + y - 2z = Ü
EXERCÍCIOS
EXERCICIOS
+ 4z2 - 2 x - 8 y - z - 1 = O
2 2 2 2 2
a) x + y + z - z = 0 c) 4 x + 4y
2 2 2 2 2 2
b) 2x + 2y + 2z = 1 d) x + y + z + 2 xy - 3 = 0
2. E s c re ver a equ ação da su pe rfície esfé rica que passa pelos pontos. ( 0 , O, 1 ) ; ( l , O, 0 ) ;
( 0, 1 , 0 ) ; 1 2 , 1 , 3 ) .
S. Dete rm inar as coordenadas do centro da circu nfe rência que se obtém seccionando a
2 2 2
superfície esférica de equação x + y + z = 1 6 com o plano x + y + z = 1 .
6 . Quais as equações polares e cil índ ricas das segu intes superfícies esféricas.
2 2 2
a) x + y + z = 16
b ) (X - 1 )
2 2 2
+ y + (Z + 2) = 4.
(1) Chama-se superfíc ie cil índrica a o lugar ge o m ét r i c o dos pon tos perte ncen tes as retas q u e
s e apoiam n u m a c u rva d a d a e s e m a n tém paralelas a u m a mesma reta d a d a . A c u rv a dada
chama-se d i re t riz ; qualquer re ta da su perfície d e n o m i n a-se gerat riz (: claro que a cu rv a e
a reta devem ser escol hidas de m o d o q u e pe rmi tam a geração da superfície .
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L ITICA 147
x = Qp + X
y = mp + Y (2)
z = np + Z
equações estas que exprimem· as coorde- Q(x, y, z)
nadas do ponto Q(x, y , z) em função
das coordenadas X, Y, Z do ponto
genérico da superfície (equações paramé-
tricas da reta PQ). P(x, y, z)
f( Qp + X, m p + Y , np + Z J = O
cp ( Qp + X, mp + Y, np + Z) = O.
Eliminando-se o piarârnetro p entre as duas últimas equações obtém-se :
F(X, Y, Z) = O
que é a equação da superfície cilíndrica.
Exemplo:
Escrever a equação da superfície cilíndrica cuja diretriz é x 2 + y 2 = 4, z = O,
e cujas geratrizes são paralelas a reta
X = 2t + 1
y = 3t ']
z = St
-
Temos:
Equações da diretriz
x2 +
y
2
=4
(1)
z=O
148 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
m=3 n =
5
X = 2p + X
y = 3p +Y (2)
Z= Sp + Z
p=- �
portanto
F(X, y' Z) = ( - 2l + X)2 + ( 35Z + Y)2 - 4 = O
é a equação da superfície.
(1) Chama-se superfície cônica o lugar geométrico dos pontos pertencentes as retas que se
apoiam numa curva dada e passam sempre por um mesmo ponto dado. A curva chama-se
diretriz e o ponto chama-se vértice da superfície. � claro que a curva e o ponto dado devem
ser escolhidos de modo que permitam a geração da superfície.
MA TR IZES- VETORES-G. A NA L ITIGA 149
x = (X - a)p + a
y = (Y - b)p + b (2)
z = (Z - c)p + c
onde , de modo análogo ao caso anterior,
os valores de x, y, z das (2) satisfazem
as ( 1 ), isto é :
Exemplo:
Escrever a equação da superfície cônica de vértice ( 1 , 3, -2) cuja
diretriz é x 2 - y 2 = 1 , z = O.
De acordo com a exposição anterior temos :
x = (X - l )p + 1
x2 - Y2 = 1
(1) y = (Y - 3)p + 3 (2)
Z=Ü
z = (Z + 2 )p - 2
EXERCICIOS
X = 2p + X
y = 3p + y ( 1)
Z·= p+ Z
(2)
2 2 2
(2p + X) + (3p + Y) + (p + Z) = 4
2 2 2
Assim, 14p + p (4X + 6 V + 2Z) + x + Y + z 2 - 4 = o
4. Escrever a equação da superfície cônica cuja diretriz é a elipse do exercício anterior e cujo
vértice é o ponto (-1 , -3, 4).
6 1 . SUPERFÍCIE DE ROTAÇÃO
y
152 CA ROL l-CA L L IOL l-FEI TOSA
a equação da superfície.
Exemplo:
Escrever a equação da superfície de rotação gerada pela elipse
2 2
_.!_ + � = 1
4 9
do plano xOz quando gira em torno do eixo Oz.
De acordo com o raciocínio anterior basta observar que x 2 = X 2 + Y 2 e
z = Z, logo, a equação da superfície é
x2 + y2 + z2 (um elipsoide).
4 9 = l
EXERCÍCIOS
1 . Escrever a equação das superfícies de rotação geradas pelas curvas do plano xOz em torno
do eixo Oz.
a) x2 + z2 = 4 c) (x - 5 ) 2 + (z - 3) 2 = 1
b) x 2 - z2 = 1 d) 4z 2 - 3x = O
4. Escrever a equação da superfície de rotação que se obtém girando a reta que passa pelos
pontos (3, O, 4), (0, O, -2) em tomo do eixo Oz.
MA TRIZES- VETORES-G. A NA L ITICA 153
CASO GERAL
(X - X o ) 2 + (Y - Yo) 2 + (z - Zo ) 2 = À2 (2)
e
Qx + my + nz = µ (3)
são as equações do referido paralelo,
onde À e µ são parâmetros variáveis
em intervalos convenientes. Como o pon
to Q(x, y , z) pertence à geratriz ( 1 ) e
ao paralelo considerado, é possível elimi
nar x , y e z entre· as equações ( l ), (2) e
(3), o que conduz à equação
F( X. µ ) = O, (4)
que dá a condição que deve existir entre À e µ para que a circunferência obtida
pelas equações (2) e (3) seja um paralelo da superfície.
Substituindo os valores de À e µ das (2) e (3) na (4), tem-se :
F( .Jcx - x o )2 + (y - Yo ) 2 + (z - zo )2 � Q x + my + nz) = O
equação da superfície de rotação.
154 CA ROL l:._CA L L IOL l-FEI TOSA
Exemplo:
Escrever a equação da superfície de rotação gerada pela reta
X = 2t + 1
y= t- 1
z = 3t + 2
quando gira em tornó da reta x = y = z.
Eliminando o parâmetro t, nas equações, da geratriz, temos:
X = 2y + 3
(1)
z = 3y + 5
Como o eixo passa pela origem podemos escrever que
x2 + Y 2 + z2 = À2 ( 2)
x + y + z =µ (3)
F( À ' µ ) = ( µ -8 2
) +(
µ � 8 )2 + ( µ ; 8 )2 � À2 = O
3
ou
1 4µ2 - 36 >..2 - 224µ + 8 96 = o (4)
EXERCÍCIOS
z2 = 4
Exemplo:
x2 +
y2 +
z2
X2 - 9
y2 + 5 = 1
não se alteram quando se substitui z por -z. Isto significa que se uma reta,
perpendicular ao plano xOy encontra S num ponto P, fora desse plano, a
mesma reta encontra S num ponto P' do semi-espaço oposto, de modo que
P e P' são equidistantes de xOy.
Analogamente se define a simetria de uma superfície S de equação
f(x, y , z) = O em relação aos planos coordenados xOz e yOz.
Se uma superfície S fôr simétrica em relação aos planos xOy e xOz
então ela é simétrica em relação ao eixo Ox ; neste caso verifica-se que na sua
equação se mantém inalterada quando se substitui y por -y e z por -z. Os dois
exemplos anteriores são de superfícies simétricas em relação aos três planos coor
denados. Quando uma superfície é simétrica em re_lação a três planos passando
por um mesmo ponto, então verifica-se que ela é simétrica em relação a esse
ponto.
156 CA ROL 1-CA l L IOL 1-FEI TOSA
63. QUÃDRICAS
ELIPSOIDE
x2 + y2 _
c2 _
k2 (2)
2 b2 c2
- - - --- -
ª
onde , o primeiro menaoro sendo uma soma de quadrados, para que a (2) admita
soluções reais não nulas é necessário que c 2 - k 2 > O ou -c < k < c.
Para cada valor de k no intervalo anterior vê-se que o plano z = k
intercepta o elipsoide segundo uma elipse dada pela equação (2).
MA TRIZES- VETORES-G. ANA L (T/CA 157
r + z2 = _r ..:t.._ 2
ª +k
2
e + =
2 ? b2 c2 2
ª ª
quando k varia respectivamente nos intervalos -b < k < b e -a < k < a.
Fazendo na equação ( 1 ) x y = O tem-se z = ± e, isto é, os pontos
=
(0, b, 0)
y
X
Se dois dos números a, b, c forem iguais entre si, o elipsóide é uma
superfície de rotação. Por exemplo, se a = b, o elipsoide de equação
x2 + y 2 + -
z2 = l
2 c2
-=--"--
ª
é a superfície de rotação que se obtém girando a elipse
2 2
.!._ + � 2 = l
a2 c
a- (x - X o ) 2 + {3(y - Y o ) 2 + -y (z - Zo ) 2 = p (3)
a- x :z + {3y 2 + -y z 2 + 0: 1 x + il1 Y + -r 1 z + 8 = 0
que se possa reduzir a forma (3) é equação de um elipsoide nas condições
anteriores.
Os comprimentos dos semi-eixos do elipsoide (3) são dados por:
EXERCÍCIOS
4. Escrever a equação de um elipsóide de centro no ponto (4, -1 , 2) e cujos eixos tem para
comprimentos 6 , 4 e 10 unidades , sabendo que a superfície é simétrica em relação aos
três planos x = 4 , y = -1 e z = 2.
MA TRIZES- VETORES-G. ANA L ITICA 159
EXERCICIOS
L
x2 2 2
a) + � = 0
7 - b2 2
c
x2 y2 22
b) - - + -. - =
ª2
+ o
b� c2
em relação ao sistema de coordenadas.
Qu ais as intersecções das su perfícies anteriores c om pla n os de equação x = k, y = k, z = k,
com k <: R .
a) x 2 + y 2 + z 2 - 2x + 4 y - 1 2z = O
b) 9 x 2 + 2Sy 2 + 1 6z 2 - 4 x - 1 S y = O
c) 3x 2 + S y 2 + z 2 - 3 x + 2y - z = O
HIPERBOLOIDES
2
� � + L l (2)
ª2 2 c2
- - =
b
onde a, b e e são três números reais positivos chama-se hiperboloide.
ª2
-
b2 c2
z
r ª 2 + k2 X 2 b2 k2 )
.K =
(ou 7 =
+
c2 b2 ª2 c2
- -
a2
6) A equação
- a (x X o ) {3(y Yo ) + 'Y (z - zo )
- - -
=
p
com a 1 , {3 1 , 'Y i , a2 , {32 , 'Y2 e li reais e que se possa reduzir à forma anterior,
representa um hiperboloide de duas folhas.
EXERCÍCIOS
- -+ - = l c) 3x + 9y
2 2 22
a)
x -
y 2 2
- Sz2 =4
4 9 16
b) - - + d) -3x + S y +
2 2 22
x Y
- - = 1
-
2 2
z2 = -1
4 9 16
Verifique quais são hiperboloides de uma, e quais os de duas folhas. Determine as
intersecções com os planos de equações x = 10, y = 1 0 e z = 1 0. Determine as
intersecções dos eixos coordenados com cada uma delas.
a) x + 2y - z 2 + Sx - 3y + 10 = O
2 2
b) x - 3y - z + 4x - 6y + S z + 9 = O
2 2 2
c) 4x + 4y - 3y + x - y + z = O
2 2 2
d) 2x 2 - 2y 2 - 3z 2 + 1 6y + z=9
x=t
y= l
z = 4t
quando gira em tomo do eixo Oz. Verifique que é um hiperboloide de uma folha.
4. Escreva a equação da superfície de rotação gerada pela reta do exercícfo anterior quando
gira em torno da reta
X = -2
y=3
PAR A BOLOIDES
PARABOLOIDE ELITICO
PARABOLOIDE HIPERBÓLICO
�2 _ _r_
2 = k.
ª b
� + L =O z=O
-1L L
2 2 a b
= O isto é
� L
-
:z b2
' '
a
a
- =0 z=O
b
do plan<> xOy.
EXERCÍCIOS
1 . As equações:
a) 9
x2
+ 4 =y
z2 b) 4 - 9=Y
x2 z2
c) J y2 - z2 = x d) 5 y2 + z2 = X
QX
2 + (3 y2 = p (1)
QX
2
- (3 y2 = P· (2)
x 2 = -yy (3)
o.ide a, (3 e p são três números reais positivos e 1 é um número real não nulo.
As três equações anteriores são de superfícies cilíndricas de geratrizes
paralelas ao eixo Oz.
A ( 1 ) denomina-se cilindro elítico e as (2) e (3) cilindro hiperbólico e
parabólico, respectivamente .
As intersecções das superfícies ( 1 ), (2) e (3) com planos paralelos ao
plano xOy dão respectivamente el ípses, hipérboles e parábolas.
EXERCÍCIOS
b) ax 2 - {3z2 = p e) y 2 = -y z
=
2
c) Qy + {3z2 p f) z 2 = - -y x
Q, {3, 1 e p números reais positivos
São superfícies cil índricas de geratrizcs paralelas a eixos. Verifique quais são os planos e os
eixos de simetria de cada uma delas. Estude as intersecções das mesmas com planos de
equações x = k; y = k e z = k.
MA TRIZES- VE TORES-G. ANA L {T/CA 1 67
3 . Dada a equação
(1)
onde a, {3, 'Y são números reais não todos nulos e a 1 • {3 1 , 'Y t e ô números reais
quaisquer. Demonstre que existe uma translação mediante a qual é possível conduzir a
equação ( l ) a uma das equações reduzidas das quádricas anteriores.
'
4. Determine a translação a que se refere o exercício anterior para cada uma das equações :
2
ai Jx + 2y 2 - z 2 - z - x - 1 =O
b) X + y - 2z + J y + 1 = 0
2 2
2 2 2
e) 4x + 5 y + 2z - 5z + 2 = O
2 2 2
d) x - y - z - 2 x - 4y - 5 z + 3 = O.
Гораздо больше, чем просто документы.
Откройте для себя все, что может предложить Scribd, включая книги и аудиокниги от крупных издательств.
Отменить можно в любой момент.