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Cultivo de Lichia
Agosto/2012
Cultivo de Lichia
O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos
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pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a
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Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.
Dossiê Técnico MATOS, Eduardo Henrique S. F.
Cultivo de Lichia
Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - CDT/UnB
20/8/2012
Resumo Aborda a descrição botanica, variedades, clima, solo, plantio,
práticas culturais, adubação, produção , subprodutos, pragas e
doenças da lichia.
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Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3
2 OBJETIVO ......................................................................................................................... 3
4 VARIEDADES .................................................................................................................... 5
4.1 Bengal............................................................................................................................. 6
4.2 Brewster ......................................................................................................................... 6
4.3 Americana ...................................................................................................................... 6
5 PROPAGAÇÃO.................................................................................................................. 7
5.1 Propagação por sementes ............................................................................................ 7
5.2 Enxertia ......................................................................................................................... 8
5.3 Garfagem ....................................................................................................................... 8
5.4 Borbulhia ....................................................................................................................... 8
5.5 Estaquia.......................................................................................................................... 8
5.6 Alporquia ........................................................................................................................ 8
6 CLIMA ............................................................................................................................... 9
7 SOLO ............................................................................................................................... 10
8 PLANTIO.......................................................................................................................... 10
10 ADUBAÇÃO .................................................................................................................. 11
11 PRODUÇÃO................................................................................................................... 11
12 SUBPRODUTOS ............................................................................................................ 12
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 15
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO
Originária da China onde é considerada a fruta nacional, a lichieira e uma árvore subtropical
com até 12 metros de altura e de grande longevidade. A lichia (Litchi chinensisSonn.) é um
importante representante da família Sapindaceae, à qual pertence, também, o guaraná
(Paulinia cupana). (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA,
2009).
A china e o principal país produtor de lichia, com produção anual de 1,3 milhões de
toneladas, correspondendo a cerca de 60% da produção e da área plantada no mundo
(PIRES, 2012).
2 OBJETIVO
Aborda a descrição botanica, variedades, clima, solo, plantio, práticas culturais, adubação,
produção , subprodutos, pragas e doenças da lichia.
3 DESCRIÇÂO BOTÂNICA
Figura 1 – Lichia
Fonte: (VILELA, [200-?]).
Segundo Toda fruta (2005) as folhas são alternadas e compostas, o número de folíolos varia
de 2 a 12. Normalmente, a florada começa em fins do inverno a início da primavera, sendo
que ocorrem três tipos de flores que se abrem, consecutivamente, na mesma panícula:
O fruto é uma drupa de forma e tamanho variáveis, dependendo do cultivar; pode ser
redondo, oval ou cordiforme e atingir até 5 cm de comprimento por 4 cm de largura; o peso
pode variar de 10 a 35 g. A casca é vermelho-brilhante (quando maduro), delgada, coriácea
e quebradiça, rugosa e fácil de ser destacada. (EMBRAPA, 2009).
Os frutos da lichieira apresentam características peculiares, tanto pelo aspecto externo da
casca (pericarpo), coloração avermelhada, que é atributo de qualidade mais atrativo para o
consumidor, como também pelo excelente sabor e aroma. Essas qualidades permitiram o
aumento do seu consumo, bem como a expansão do seu cultivo em diversas regiões.
(PIRES, 2012).
O fruto é rico em minerais e vitaminas, contendo por 100g de polpa: água (82,lg), calorias
(65), proteína (0,8g), gorduras (0.4g), carboidratos (l6,3g), fibras (0,2g), Ca (l0mg), P
(29mg), Fe (0,3mg), Na (3mg), K (l70mg), Tiamina (0,50mg), Riboflavina (0,60mg), Niacina
(0,6mg) e Vitamina C (50mg). (TODA FRUTA, 2005).
A lichia fornece uma grande riqueza em potássio. São 171 mg de potássio para cada 100g
de polpa de fruta. Isso significa que com a ingestão de apenas 10 frutinhos se absorve a
quantidade de potássio existente em uma banana prata, entretanto, com 10 lichias
consome-se apenas 60 cal. (LICHIAS.COM, 2009)
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DOSSIÊ TÉCNICO
Segundo Donadio (1987) apud Toda Fruta (2005), as variedades mais plantadas são as
chinesas:
Mauritius
Maturação precoce, planta com alto vigor, copa muito aberta e muito
sensível a ventos. Os frutos são ovóides a cordiformes, com peso médio de
24 g, coloração vermelha, mas um pouco escuro quando maduro, polpa de
qualidade aceitável e em torno de 71%. Semente grande com cerca de 15 -
20% de abortos. Muito produtiva, mas o fruto não tem boa qualidade a não
ser que esteja totalmente maduro, mas, neste caso, a coloração não é boa.
Sweet Clift
Groff
4.1 Bengal
A planta apresenta moderado vigor. Os frutos são cordiformes (em forma de coração), com
peso médio de 21 g, coloração vermelho-brilhante, polpa firme e de boa qualidade e 65% do
fruto, semente grande e com cerca de 20-35% de abortos. (VILELA, [200-?]).
4.2 Brewster
Maturação mais precoce que a 'Bengal', planta vigorosa de crescimento ereto. Os frutos são
elípticos, com peso médio de 23 g, coloração vermelho brilhante, polpa macia, de qualidade
aceitável, cerca de 74%, de sabor ácido, a menos que esteja bem madura. Semente de
tamanho mediano a grande e com 30 - 50% de abortos. Quanto ao aspecto dos frutos, é
bastante semelhante aos da 'Bengal'; no entanto, não se apresentam em cachos tão
compactos. (EMBRAPA, 2009).
Tem origem na província chinesa de Fujian, onde foi selecionada pelo Reverendo W.M.
Brewster, de quem recebeu o nome. Entretanto, é a mesma que a variedade chinesa Chen
Zi. Os limbos dos folíolos são grandes, verde-escuros, ondulados e com ápice ligeiramente
voltado para baixo. A planta é vigorosa e apresenta frutificação irregular. (TODA FRUTA,
2005).
4.3 Americana
A cultivar mais plantada no Brasil é a Bengal que apesar de ser altamente produtiva possui
alternância na produção. As variedades Brewster e Americana são plantadas em menor
quantidade. A Bengal é considerada precoce, a Brewster meia estação e Americana como
tardia. (CAVALLARI, 2009).
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DOSSIÊ TÉCNICO
5 PROPAGAÇÃO
As mudas de lichieira devem ser obtidas em viveiros fiscalizados. A floração ocorre entre os
meses de junho e julho. (VILELA, [200-?]).
A propagação comercial da lichia é feita por processo vegetativo, sendo mais comum a
alporquia. Entretanto, podem ser utilizados outros métodos, tais como: por semente,
enxertia ou estaquia. (TODA FRUTA, 2005)
Este processo, geralmente, não é utilizado, uma vez que plantas de pés-francos são
geneticamente desuniformes, apresentam um longo período juvenil (demoram 10 anos ou
mais para começarem a produzir), além de alternância de produção e frutos de baixa
qualidade. Entretanto, novas cultivares podem ser obtidas através de seleção de pés-
francos que tenham características interessantes. (TODA FRUTA, 2005).
Segundo Toda fruta (2005), as sementes podem ser armazenadas por até 4 semanas,
desde que mantidas dentro do fruto e, após 4 a 14 dias, não mais germinam. Sementes
armazenadas em água, por 24 horas, têm maior germinação do que as mantidas em
vermiculita ou condições ambiente.
A semeadura deve ser feita em substrato com boa aeração, parcialmente sombreado, na
posição horizontal e a uma distância entre si, de 1 a 2,5 cm. A germinação dá-se em 3 dias,
sendo preferível a semeadura em bandejas com posterior transplante para sacos plásticos,
quando as mudas estiverem com 10-15cm. de altura. (TODA FRUTA, 2005).
5.2 Enxertia
Os chineses estão realizado enxertia de lichia há séculos, o método não é utilizado pelos
viveiristas por apresentar baixa porcentagem de pegamento. (TODA FRUTA, 2005).
5.3 Garfagem
Segundo Toda fruta (2005), a enxertia por garfagem pode ser feita por fenda cheia, inglês-
simples ou complicado, utilizando-se de garfos com 3 a 5 cm de comprimento e cavalos com
cerca de 2 anos de idade. Em condições de temperatura favorável, as gemas começam a se
desenvolver em 3 a 4 semanas. Quando a muda estiver com 50 a 100 cm de altura, estará
em condições de ir para o campo.
Este processo deve ser reconsiderado, uma vez que pode obter vantagens do uso de porta-
enxertos, tais como: controle do tamanho da planta ou hábito de crescimento, da produção,
qualidade e tamanho do fruto, resistência a frio, pragas e doenças, além de tolerância a
diferentes condições de solo. (TODA FRUTA, 2005).
5.4 Borbulhia
A enxertia por borbulhia pode ser feita por T invertido ou janela aberta, sendo que este
último é menos usado e tem menor pegamento, sendo utilizado, apenas, quando a casca
não se solta.A seleção do estádio da borbulha é mais crítico do que o processo de borbulhia
ou estádio do porta-enxerto. Recomenda-se a retirada de borbulhas de ramos vigorosos,
ainda verdes e que apresentem gemas axilares proeminentes. (TODA FRUTA, 2005).
5.5 Estaquia
A propagação da lichia por estaquia não é utilizada pelos viveiristas por depender de
diversos fatores, como genótipo, condições fisiológicas da planta, tipo de ramo e condições
ambientais, além de infra-estrutura complexa. (TODA FRUTA, 2005).
Apesar de este processo não ser utilizado, é indicado por diminuir o período juvenil, originar
plantas uniformes e permitir a obtenção de um grande número de mudas a partir de uma
única planta matriz. (TODA FRUTA, 2005).
5.6 Alporquia
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DOSSIÊ TÉCNICO
Uma vez o ramo enraizado, deve ser separado da planta matriz, época em que se deve
retirar de 50 a 70% das folhas para se diminuir a transpiração. As mudas deverão, então,
ser mantidas em ambientes quentes, sombreados, com alta umidade e protegidas de
ventos. As mudas estarão aptas para ser plantadas no campo, após passarem por dois
fluxos vegetativos (cerca de 12 meses). (EMBRAPA, 2009).
6 CLIMA
As condições ideais para a produção comercial da lichieira são: clima livre de geadas,
ausência de ventos fortes, presença de um período frio (com temperatura mínima entre
14°C e 8°C) e seco antes da floração, chuva e temperatura moderadas durante a floração,
temperatura e umidade elevadas durante a fase de desenvolvimento do fruto, temperatura e
umidade moderada durante a maturação dos frutos, solos levemente ácidos e profundos,
com boa drenagem e não salinos. (EMBRAPA, 2009).
A lichia é bastante exigente com relação ao clima, desenvolve-se bem, mas não produz
satisfatoriamente em regiões tropicais, adaptando-se melhor em regiões onde o clima é frio
e seco antes do florescimento e, no resto do ano quente e úmido. (VILELA, [200-?]).
A planta resiste mais o frio do que a mangueira e menos do que a laranjeira. A faixa de
temperatura ideal, para esta fruteira, situa-se entre 20 a 35ºC, sendo que paralisa totalmente
sua atividade, vegetativa abaixo de 15 ou 16ºC. As folhas novas são sensíveis a ventos,
necessitando, portanto, da instalação de quebra-ventos nas áreas onde eles ocorrem.
(TODA FRUTA, 2005).
Conforme Embrapa (2009) por ser um planta de grande valor, é viável a sua proteção com
telhados ou de outro material, durante o inverno, evitando-se danos com frio. Quando um
pomar se encontra numa área com clima quente, grande precipitação, como acontece na
Florida (USA), ou com excessiva adubação com nitrogênio, as árvores produzem brotações
vegetativas muito vigorosas, a cada dois ou três meses, em detrimento da floração.
Este é o caso da região centro oeste do estado de São Paulo (municípios de Taquaritinga e
Jaboticabal), com outono quente, ou seja com temperaturas acima das requeridas pela
cultura da lichieira, para apresentar um bom florescimento,portanto, é comum que estes
pomares tenham um pequeno número de inflorescências. (EMBRAPA, 2009).
Com relação à precipitação, o ideal encontra-se entre 1250 e 1700 mm. A exigência em
água é maior nas plantas novas e naquelas em produção. Entretanto, a planta encontra-se
sob estresse hídrico quando sob condições de dias quentes, secos, de baixa umidade
relativa e ocorrência de ventos, mesmo sob alta umidade do solo. (TODA FRUTA, 2005)
Segundo Toda fruta (2005) o clima é um dos fatores mais importantes que afetam a
iniciação floral, favorecida por temperaturas baixas e estresse hídrico; o florescimento é
maior nos locais onde ocorrem temperaturas abaixo de 13oC por 200 horas ou mais.
Entretanto, estes fatores por si só não são suficientes, pois o florescimento pode ocorrer
sem passar por estas condições, mostrando que fatores nutricionais e hormonais também,
estão envolvidos.
7 SOLO
A lichia não é muito exigente em solo, apesar de preferir os leves, profundos e com alto teor
de matéria orgânica, que pode ser substituída por adubações adequadas. O pH deve estar
entre 5,5 e 6,5, suportando solos mais ácidos que a mangueira e abacateiro; adapta-se a
solos com pH até 8,5, desde que haja fornecimento de micronutrientes. A maior exigência é
nos primeiros anos da cultura, quando necessita de alto teor de matéria orgânica para um
bom desenvolvimento. (TODA FRUTA, 2005).
O estresse hídrico não é essencial à floração, porem pode influenciar, uma vez iniciada a
diferenciação, o aumento da umidade no solo, não interfere no processo de florescimento.
No entanto a umidade no solo é importante para a fixação dos frutos. Entre as variedades
de lichia existem diferenças na tolerância ou suscetibilidade ao estresse por umidade no
solo. (PIRES, 2012).
8 PLANTIO
É mais interessante uma planta isolada, recebendo a luz solar de todos os lados para a
plenitude de sua produção, a duas a três árvores encostadas uma na outra. (EMBRAPA,
2009).
O espaçamento de plantio deve ser de 10 x 10m, resultando em 100 plantas por hectare.
Entretanto, seria interessante uma melhor utilização da área, utilizando-se de espaçamento
de 6 x 6m, fazendo-se um desbaste quando as plantas estiverem com cerca de 15 anos,
deixando-as espaçadas de 12 x 12m. Este método permite-nos a colheita da produção de
134 plantas por hectare, por um período de cerca de 10 anos. .(TODA FRUTA, 2005)
9 PRÁTICAS CULTURAIS
9.1 Poda
A planta deve ser conduzida em haste única até uma altura de, no mínimo 50 cm, quando se
deixam 3 a 4 ramos fortes e bem distribuídos que darão origem à copa. Na época da
colheita, deve-se retirar, juntamente com o cacho, cerca de 20 cm dos ramos, esta prática
estimula a produção de um maior número de ramos terminais. Recomenda-se, ainda, poda
de limpeza e aeração, para uma melhor penetração dos raios solares. (EMBRAPA, 2009).
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DOSSIÊ TÉCNICO
Nos pomares com plantio adensado, devem-se podar os ramos que se sobrepõem, entre
plantas vizinhas.(TODA FRUTA, 2005).
9.2 Anelamento
O anelamento não é recomendado como prática habitual, uma vez que os resultados são
variáveis e seu uso, com freqüência, resulta em diminuição do crescimento da planta, frutos
pequenos e morte dos ramos anelados. .(EMBRAPA, 2009).
10 ADUBAÇÃO
Segundo Toda fruta (2005): as adubações devem ser feitas com base no estádio e produção
da planta:
11 PRODUÇÃO
A lichia inicia a produção comercial a partir do 5º ano após o plantio das mudas. Algumas
plantas chegam a produzir de 150 a 200 Kg, sendo considerada uma produção boa, a média
anual de 40 a 50 Kg por planta. Conforme a região a colheita ocorre de novembro a janeiro
e são colhidos os cachos de frutos e a embalagem é feita em pequenas caixas de plásticos
transparente. (EMBRAPA, 2009).
A alta perecibilidade dos frutos de lichia e a rápida perda da cor vermelha da casca,um de
seus atrativos, após a colheita são os principais problemas na comercialização da fruta. O
ideal é que a fruta seja comercializada e mantida sob frio, com temperaturas que aumentem
sua vida de prateleira. (VILELA, [200-?).
O arilo é consumido fresco, cozido, enlatado ou em geléias. O sabor da polpa (arilo) é sub-
ácido a adocicado, lembrando o da lichia ou da uva, com açúcares em torno de 10 a 12%.
Em temperatura ambiente, a melhor aparência externa dos frutos dura entre 3 e 4 dias,
quando os espinhos começam a murchar, embora polpa não sofra alteração. O arilo (parte
comestível), que cobre a semente pode variar de estação para estação e entre cultivares de
28 a 54%. (EMBRAPA, 2009).
12 SUB-PRODUTOS
Segundo Linchias.com ([200-?]): a lichia pode ser vendida em diversas formas e processada
em tantas outras.
Venda à granel
Venda embalada
Venda congelada
Venda da polpa congelada
Processamento da lichia-passa (igual ao damasco, porém doce)
Processamento da casca da lichia para enriquecimento de ração aninal
Processamento da semente da lichia para produção de amêndoa torrada e
salgada
Processamento do liquor de lichia
Processamento do suco de lichia
Processamento do sorvete de lichia
Processamento da lichia em calda
Processamento de aguardente de lichia
Processamento de geléia de lichia
Muitos outros usos... e exportação de todos esses. (LINCHIAS.COM, [200-
?]).
13 PRAGAS E DOENÇAS
Segundo Raga et al., (2010) os sintomas do ácaro da lichia é conhecido como erinose. A
ataque dá-se nas brotações, de maneira que ele é mais preocupante em épocas favoráveis
ao crescimento vegetativo, embora ocorra o ano todo. A literatura internacional cita que sua
disseminação pode-se dar pelo vento, abelhas, pássaros e até mesmo pelo homem.
Efeitos: enrruga as folhas das lichieiras, cria bolhas e um tipo de veludo marrom na parte
inferior das folhas, e depois começa também acometia as inflorescências das lichieiras
resultando em perda de potencial produtivo e também dos próprios frutos, tornando-os
impróprios ao consumo ou depreciando-lhes sensivelmente o valor comercial.
(LICHIAS.COM, 2009)
O controle é feito com vistorias periódicas e eliminação da parte afetada com sintomas de
bolha na parte superior da folha e o crescimento aveludado marrom na inferior, que
dependendo da intensidade pode afetar ambas as páginas. Os danos podem ser
visualizados também nas inflorescências comprometendo a produção. (RAGA et al., 2010).
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DOSSIÊ TÉCNICO
Conclusões e recomendações
Estudos estão sendo realizados na área de fisiologia dessas plantas a fim de criar
alternativas de manejo que melhorem a produção desta cultura. Outro gargalo no Brasil para
a cultura da lichia no Brasil é a falta de variabilidade genética. (PIRES, 2012).
Com relação a ervas daninhas, a cultura deve ser mantida limpa, devido a ter um sistema
radicular superficial. Podem ser usados herbicidas evitando-se atingir as folhas, o que
provocaria problemas de fitotoxicidade. Durante os primeiros anos de cultivo da cultura, é
interessante que se faça cobertura morta sobre as plantas, o que auxilia no controle de
ervas daninhas, além de manter a umidade. (TODA FRUTA, 2005).
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DOSSIÊ TÉCNICO
Referências
LICHIAS.COM. Como começas a plantar lichias. São Paulo, 2009. Disponível em:
<http://www.lichias.com/page_22.html>. Acesso em: 19 ago. 2012
RAGA et al. Primeiro relato de Aceria litchii (Keifer) (Prostigmata: Eriophyidae) em plantas
de lichia no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura. v. 32, n. 2, 2010. Disponível em:
<http://worldofmites.wordpress.com/2010/05/28/o-acaro-da-lichia/>. Acesso em: 20 ago.
2012.
SEBRAE. Lichia: a nova estrela na fruticultura tropical. [S.I], [200-?]. Disponível em:
<http://www.sebrae.com.br/setor/fruticultura/o-setor/frutas-de-g-a-z/lichia/lichia-a-nova-
estrela-na-fruticultura-tropical/Informe_4454/integra_informe>. Acesso em: 12 ago. 2012.