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DOSSIÊ TÉCNICO –

Cultivo de Lichia

Eduardo Henrique da S. F. Matos


Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - CDT/UnB

Agosto/2012
Cultivo de Lichia

O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos
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Dossiê Técnico MATOS, Eduardo Henrique S. F.
Cultivo de Lichia
Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - CDT/UnB
20/8/2012
Resumo Aborda a descrição botanica, variedades, clima, solo, plantio,
práticas culturais, adubação, produção , subprodutos, pragas e
doenças da lichia.

Assunto CULTIVO DE LICHIA


Palavras-chave Adubação; adubo; agricultura; clima; condição ambiental; cultivo;
fruto; lichia; plantio; processo de produção; semente; solo;
subproduto

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DOSSIÊ TÉCNICO

Sumário

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3

2 OBJETIVO ......................................................................................................................... 3

3 DESCRIÇÃO BOTÂNICA .................................................................................................. 3

4 VARIEDADES .................................................................................................................... 5
4.1 Bengal............................................................................................................................. 6
4.2 Brewster ......................................................................................................................... 6
4.3 Americana ...................................................................................................................... 6

5 PROPAGAÇÃO.................................................................................................................. 7
5.1 Propagação por sementes ............................................................................................ 7
5.2 Enxertia ......................................................................................................................... 8
5.3 Garfagem ....................................................................................................................... 8
5.4 Borbulhia ....................................................................................................................... 8
5.5 Estaquia.......................................................................................................................... 8
5.6 Alporquia ........................................................................................................................ 8

6 CLIMA ............................................................................................................................... 9

7 SOLO ............................................................................................................................... 10

8 PLANTIO.......................................................................................................................... 10

9 PRÁTICAS CULTURAIS .................................................................................................. 10


9.1 Poda.............................................................................................................................. 10
9.2 Anelamento .................................................................................................................. 11
9.3 Uso de reguladores de crescimento........................................................................... 11

10 ADUBAÇÃO .................................................................................................................. 11

11 PRODUÇÃO................................................................................................................... 11

12 SUBPRODUTOS ............................................................................................................ 12

13 PRAGAS E DOENÇAS ................................................................................................. 12

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .............................................................................. 14

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 15

2 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT


DOSSIÊ TÉCNICO

Conteúdo

1 INTRODUÇÃO

Originária da China onde é considerada a fruta nacional, a lichieira e uma árvore subtropical
com até 12 metros de altura e de grande longevidade. A lichia (Litchi chinensisSonn.) é um
importante representante da família Sapindaceae, à qual pertence, também, o guaraná
(Paulinia cupana). (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA,
2009).

Na china meridional, a lichieira é considerada fruteira nacional e seu fruto bastante


consumido, é apreciado na Ásia , onde se concentra cerca de 95% da área mundial da
cultura, tendo duplicado a sua produção entre os anos de 1999 a 2011, passando de
950.000 toneladas para 2 milhões de toneladas de frutos neste período (PIRES, 2012).

A china e o principal país produtor de lichia, com produção anual de 1,3 milhões de
toneladas, correspondendo a cerca de 60% da produção e da área plantada no mundo
(PIRES, 2012).

Existem três subespécies de lichia: a chinensis, phillippenis e javanensis, sendo que a


segunda produz frutos não comestíveis e a terceira, frutos de pequeno valor comercial e de
interesse apenas na Indochina. Portanto, somente a Litchi chinensis é de interesse
econômico e, na qual, distinguem-se duas grandes raças: Lichia da água e Lichia da
montanha, sendo que , na China, a primeira tem frutos de melhor qualidade e é cultivada
nas terras baixas; já a segunda tem frutos menores, com casca um tanto espinhosa,
também comestíveis e é cultivada em altitudes mais elevadas. (TODA FRUTA, 2005).

A planta atinge 10 a 12 metros de altura e tem tendência a desenvolver ramos direcionados


para o solo. O sistema radicular das plantas, originadas de semente, apresenta uma grande
raiz pivotante (praticamente ausente nas originadas por processos vegetativos), sendo que
as raízes absorventes se distribuem no perfil do solo até uma profundidade de 1.0 metro.
(EMBRAPA, 2009).

A disseminação da cultura da lichia aconteceu recentemente, sendo que há séculos vem


sendo cultivada na China, de onde foi levada para a Índia e outras regiões. Atualmente, os
maiores produtores são China, Tailândia, Índia, Estados Unidos (Flórida e Havaí e Nepal).
(TODA FRUTA, 2005).

A lichia (FIG. 1) é consumida fresca ou industrializada, na forma de doces, geleias e polpas,


é considerada uma fruta exótica no Brasil. Tem como destino o mercado “innatura”, pois
alcança altos preços nos principais mercados. Não há empresas no país processando a
fruta, devido ao baixo volume disponível. (VILELA, [200-?]).

No Brasil ela também é chamada de "pitomba de luxo". Em muitos países é considerada a


estrela da fruticultura ou rainha das frutas. No Brasil, foi totalmente adaptada as condições
de clima do Estado de São Paulo e os produtores estão produzindo excelentes safras com
resultados econômicos compensadores. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE, [200-?]).

2 OBJETIVO

Aborda a descrição botanica, variedades, clima, solo, plantio, práticas culturais, adubação,
produção , subprodutos, pragas e doenças da lichia.

3 DESCRIÇÂO BOTÂNICA

3 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT


Cultivo de Lichia

Figura 1 – Lichia
Fonte: (VILELA, [200-?]).

É uma planta subtropical de grande porte, semelhante à mangueira. Apresenta tendência de


desenvolver ramos direcionados para o solo. A produção se inicia entre o terceiro e quinto
anos, para mudas propagadas vegetativamente, e após os dez anos em plantas obtidas por
sementes. A inflorescência é em panícula, produzida em ramo do ano e composta de
centenas de pequenas flores brancas. (VILELA, [200-?]).

Segundo Toda fruta (2005) as folhas são alternadas e compostas, o número de folíolos varia
de 2 a 12. Normalmente, a florada começa em fins do inverno a início da primavera, sendo
que ocorrem três tipos de flores que se abrem, consecutivamente, na mesma panícula:

 Flor tipo I: funcionalmente masculina


 Flor tipo II : funcionalmente feminina
 Flor tipo III: funcionalmente masculina

O fruto é uma drupa de forma e tamanho variáveis, dependendo do cultivar; pode ser
redondo, oval ou cordiforme e atingir até 5 cm de comprimento por 4 cm de largura; o peso
pode variar de 10 a 35 g. A casca é vermelho-brilhante (quando maduro), delgada, coriácea
e quebradiça, rugosa e fácil de ser destacada. (EMBRAPA, 2009).
Os frutos da lichieira apresentam características peculiares, tanto pelo aspecto externo da
casca (pericarpo), coloração avermelhada, que é atributo de qualidade mais atrativo para o
consumidor, como também pelo excelente sabor e aroma. Essas qualidades permitiram o
aumento do seu consumo, bem como a expansão do seu cultivo em diversas regiões.
(PIRES, 2012).

O fruto é rico em minerais e vitaminas, contendo por 100g de polpa: água (82,lg), calorias
(65), proteína (0,8g), gorduras (0.4g), carboidratos (l6,3g), fibras (0,2g), Ca (l0mg), P
(29mg), Fe (0,3mg), Na (3mg), K (l70mg), Tiamina (0,50mg), Riboflavina (0,60mg), Niacina
(0,6mg) e Vitamina C (50mg). (TODA FRUTA, 2005).

Segundo Embrapa (2009) a polpa é gelatinosa, translúcida sucosa e de excelente sabor,


lembrando ao de uva Itália e não é aderente ao caroço. A semente é marrom-brilhante, com
tamanho aproximado de 10 a 18% do fruto. Pode ocorrer aborto de sementes, as chamadas
"língua-de-galinha", o que não diminui muito o tamanho dos frutos, que passam a ser
preferidos por apresentarem uma maior porcentagem de polpa.

A lichia fornece uma grande riqueza em potássio. São 171 mg de potássio para cada 100g
de polpa de fruta. Isso significa que com a ingestão de apenas 10 frutinhos se absorve a
quantidade de potássio existente em uma banana prata, entretanto, com 10 lichias
consome-se apenas 60 cal. (LICHIAS.COM, 2009)

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Quadro 1 - Comparativo nutricional da lichia com a laranja e o limão.


Fonte: (LICHIAS.COM, 2009)
4 VARIEDADES

Há inúmeras variedades de lichia, que são definidas observando as seguintes


características: período de maturação, vigor da planta, forma, tamanho e coloração das
folhas, produtividade, forma, tamanho, textura e coloração da casca dos frutos, textura e
aroma da polpa, tamanho da semente e porcentagem de ocorrência de "semente abortada"
(lingua-de-galinha). (TODA FRUTA, 2005).

Segundo Donadio (1987) apud Toda Fruta (2005), as variedades mais plantadas são as
chinesas:

Incluindo a mais conhecida 'Brewster'; mas também são utilizadas


variedades indianas, hawaianas e as da África do Sul. Na China, tem-se as
variedades Brewster (Chen Purple), 'Kwai Mi', 'Hak Ip', 'No Mai Tez' e 'Wai
Chi'. Na Índia, tem-se as variedades 'Calcutá', 'Dehra', 'Dun', 'Early Large
Red', 'Early Seedless', 'Honh Kong', 'Late Seedless', 'Mazzaferpur', 'Rose
Santed', 'Saharampur', 'Seedless l' e 'Seedless 2'. No Havaí, tem-se a
'Groff', a 'Charley tong' e a 'Hilo'. Na África do Sul, tem-se a 'Mauritius'.
(DONADIO, 1987 apud TODA FRUTA, 2005).

Segundo Toda fruta (2005):

Mauritius

Maturação precoce, planta com alto vigor, copa muito aberta e muito
sensível a ventos. Os frutos são ovóides a cordiformes, com peso médio de
24 g, coloração vermelha, mas um pouco escuro quando maduro, polpa de
qualidade aceitável e em torno de 71%. Semente grande com cerca de 15 -
20% de abortos. Muito produtiva, mas o fruto não tem boa qualidade a não
ser que esteja totalmente maduro, mas, neste caso, a coloração não é boa.

Corresponde à variedade chinesa Tai So. A semente é grande, polpa doce


e sucosa. A ocorrência de sementes abortadas é de cerca de 15%. Os
folíolos são grandes, largos e levemente ondulados. A planta tem grande
vigor e apresenta frutificação irregular na Austrália, mas na China e África
do Sul, a frutificação é regular.

Sweet Clift

Na China, é conhecida como 'Wai Chee'. Fruto pequeno (l 7g.), ovalado e


vermelho-intenso. A semente é pequena, a polpa corresponde a 68% do
fruto, é sucosa e doce. A ocorrência de sementes abortadas é de 35%. É a
variedade de maturação mais tardia. Os folíolos são pequenos, ovalados e
ondulados. A planta tem pouco vigor e apresenta frutificação regular.

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Cultivo de Lichia

Groff

Corresponde a variedade chinesa Souey Tung. Fruto pequeno (14g),


cordiforme e vermelho escuro. A semente praticamente não existe, pois a
porcentagem de abortadas é de 90-100%, a polpa é doce e de excelente
qualidade. Os folíolos são pequeno e ondulados. A planta tem pouco vigor
médio e apresenta frutificação irregular. (TODA FRUTA, 2005).

No Brasil dispõem as variedades Bengal, Americana e Brewster. (EMBRAPA, 2009).

4.1 Bengal

A planta apresenta moderado vigor. Os frutos são cordiformes (em forma de coração), com
peso médio de 21 g, coloração vermelho-brilhante, polpa firme e de boa qualidade e 65% do
fruto, semente grande e com cerca de 20-35% de abortos. (VILELA, [200-?]).

Originada de semente e selecionada na Flórida a partir da variedade indiana Purbi. Os


limbos dos folíolos são grandes com leve ondulação. A planta é vigorosa e apresenta
frutificação irregular. (TODA FRUTA, 2005).

4.2 Brewster

Maturação mais precoce que a 'Bengal', planta vigorosa de crescimento ereto. Os frutos são
elípticos, com peso médio de 23 g, coloração vermelho brilhante, polpa macia, de qualidade
aceitável, cerca de 74%, de sabor ácido, a menos que esteja bem madura. Semente de
tamanho mediano a grande e com 30 - 50% de abortos. Quanto ao aspecto dos frutos, é
bastante semelhante aos da 'Bengal'; no entanto, não se apresentam em cachos tão
compactos. (EMBRAPA, 2009).

Tem origem na província chinesa de Fujian, onde foi selecionada pelo Reverendo W.M.
Brewster, de quem recebeu o nome. Entretanto, é a mesma que a variedade chinesa Chen
Zi. Os limbos dos folíolos são grandes, verde-escuros, ondulados e com ápice ligeiramente
voltado para baixo. A planta é vigorosa e apresenta frutificação irregular. (TODA FRUTA,
2005).

4.3 Americana

Variedade brasileira, selecionada a partir de sementes trazidas dos EUA, da variedade No


Mai Tszé. Apresenta fruto cordiforme, com cerca de 18 g, e coloração vermelho-intensa.
Ocorrência de cerca de 30 a 50% de sementes abortadas. Excelente qualidade. Produção
entre regular e alternante, com rendimento moderado. .(EMBRAPA, 2009).

A cultivar mais plantada no Brasil é a Bengal que apesar de ser altamente produtiva possui
alternância na produção. As variedades Brewster e Americana são plantadas em menor
quantidade. A Bengal é considerada precoce, a Brewster meia estação e Americana como
tardia. (CAVALLARI, 2009).

Segundo Pires (2012) a Universidade de Brasília em parceria inédita com 20 produtores de


SP, MG, GO, DF e BA, conseguiu junto ao MAPA, concluir a Análise de Risco de Praga da
lichia - ARP, para regulamentar a importação comercial de alporques de lichia na Austrália
em setembro de 2004. A partir de 2004 até a presente data já foram importadas 3.500
alporques de 15 variedades diferentes que estão sendo avaliadas em 20 propriedades nos
estados supracitados. Este feito trata-se de um marco para a cultura da lichia no Brasil que
estava concentrada na variedade comercial Bengal, que não e cultivada comercialmente em
outros países devido ao habito de frutificação alternante e semente graúda, ao passo que já
existem variedades sem semente e com produção estável que aumenta o nível de
satisfação tanto do consumidor como do produtor. (PIRES, 2012).

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Figura 2 – Polpa da Lichia


Fonte: (SEBRAE, [200-?]).

5 PROPAGAÇÃO

As mudas de lichieira devem ser obtidas em viveiros fiscalizados. A floração ocorre entre os
meses de junho e julho. (VILELA, [200-?]).

Segundo Embrapa (2009):

As mudas oriundas de sementes não são indicadas para a formação de


pomares comerciais, porque as plantas não são uniformes e demoram
acima de 12 anos para iniciar a produção. Para a formação de pomares
comerciais, as mudas devem ser de propagação vegetativa das plantas
vigorosas e produtivas.

É absolutamente necessário que o fruticultor ao ingressar em uma


atividade, certifique-se da qualidade do material propagativo a ser utilizado,
uma muda ruim determinará com certeza prejuízos na hora da
comercialização, muitas vezes levando o produtor a desanimar da atividade
iniciada. O melhor período para plantar as mudas é a época das chuvas.
(EMBRAPA, 2009).

A propagação comercial da lichia é feita por processo vegetativo, sendo mais comum a
alporquia. Entretanto, podem ser utilizados outros métodos, tais como: por semente,
enxertia ou estaquia. (TODA FRUTA, 2005)

5.1 Propagação por Sementes

A propagação por sementes é utilizada principalmente no melhoramento genético e na


produção de porta-enxertos. No entanto, é dificultada pela longevidade das sementes que
mal armazenadas ou uma vez retiradas, perdem a viabilidade em 24 horas após a extração
do fruto. Conservadas úmidas e em baixa temperatura (10ºC a 15ºC), as sementes podem
manter a viabilidade por até oito semanas. (VILELA, [200-?]).

Este processo, geralmente, não é utilizado, uma vez que plantas de pés-francos são
geneticamente desuniformes, apresentam um longo período juvenil (demoram 10 anos ou
mais para começarem a produzir), além de alternância de produção e frutos de baixa
qualidade. Entretanto, novas cultivares podem ser obtidas através de seleção de pés-
francos que tenham características interessantes. (TODA FRUTA, 2005).

Segundo Toda fruta (2005), as sementes podem ser armazenadas por até 4 semanas,
desde que mantidas dentro do fruto e, após 4 a 14 dias, não mais germinam. Sementes
armazenadas em água, por 24 horas, têm maior germinação do que as mantidas em
vermiculita ou condições ambiente.

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Cultivo de Lichia

A semeadura deve ser feita em substrato com boa aeração, parcialmente sombreado, na
posição horizontal e a uma distância entre si, de 1 a 2,5 cm. A germinação dá-se em 3 dias,
sendo preferível a semeadura em bandejas com posterior transplante para sacos plásticos,
quando as mudas estiverem com 10-15cm. de altura. (TODA FRUTA, 2005).

5.2 Enxertia

Os chineses estão realizado enxertia de lichia há séculos, o método não é utilizado pelos
viveiristas por apresentar baixa porcentagem de pegamento. (TODA FRUTA, 2005).

5.3 Garfagem

Existem alguns processos para se obter um maior pegamento do enxerto. Um deles é


realizar anelamento do ramo, 3 a 4 semanas antes da enxertia, ou utilizar garfos da porção
não terminal do ramo. Entretanto, o insucesso pode ser devido a características da própria
planta, pois o câmbio é ativo em somente um terço de sua circunferência, num dado
momento ou, ainda, por incompatibilidade entre as partes. (TODA FRUTA, 2005).

Segundo Toda fruta (2005), a enxertia por garfagem pode ser feita por fenda cheia, inglês-
simples ou complicado, utilizando-se de garfos com 3 a 5 cm de comprimento e cavalos com
cerca de 2 anos de idade. Em condições de temperatura favorável, as gemas começam a se
desenvolver em 3 a 4 semanas. Quando a muda estiver com 50 a 100 cm de altura, estará
em condições de ir para o campo.

Este processo deve ser reconsiderado, uma vez que pode obter vantagens do uso de porta-
enxertos, tais como: controle do tamanho da planta ou hábito de crescimento, da produção,
qualidade e tamanho do fruto, resistência a frio, pragas e doenças, além de tolerância a
diferentes condições de solo. (TODA FRUTA, 2005).

5.4 Borbulhia

A enxertia por borbulhia pode ser feita por T invertido ou janela aberta, sendo que este
último é menos usado e tem menor pegamento, sendo utilizado, apenas, quando a casca
não se solta.A seleção do estádio da borbulha é mais crítico do que o processo de borbulhia
ou estádio do porta-enxerto. Recomenda-se a retirada de borbulhas de ramos vigorosos,
ainda verdes e que apresentem gemas axilares proeminentes. (TODA FRUTA, 2005).

5.5 Estaquia

A propagação da lichia por estaquia não é utilizada pelos viveiristas por depender de
diversos fatores, como genótipo, condições fisiológicas da planta, tipo de ramo e condições
ambientais, além de infra-estrutura complexa. (TODA FRUTA, 2005).

Apesar de este processo não ser utilizado, é indicado por diminuir o período juvenil, originar
plantas uniformes e permitir a obtenção de um grande número de mudas a partir de uma
única planta matriz. (TODA FRUTA, 2005).

5.6 Alporquia

É o método mais utilizado, resultando em mudas de qualidade. Entretanto, ao se obter um


grande número de mudas, provoca-se grandes danos à planta matriz. Recomenda-se utilizar
ramos com 1,5 a 2,5 cm. de diâmetro e 45 a 60 cm de comprimento, obtendo-se uma
porcentagem de enraizamento superior a 90%. Pode ser realizado em qualquer época do
ano, desde que se tenha umidade suficiente, mas os melhores resultados são obtidos na
primavera. (EMBRAPA, 2009).

Segundo Embrapa (2009) o processo inicia-se com o anelamento do ramo, retirando-se um


anel de 1,5 a 2,5 cm de largura. A injúria deve ser coberta com substrato que retenha
umidade (solo, esfagno, etc.) e coberto com plástico. O processo pode ser melhorado pela

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aplicação de auxina na região anelada, o que melhora o enraizamento e diminui o período


de obtenção da muda.

Uma vez o ramo enraizado, deve ser separado da planta matriz, época em que se deve
retirar de 50 a 70% das folhas para se diminuir a transpiração. As mudas deverão, então,
ser mantidas em ambientes quentes, sombreados, com alta umidade e protegidas de
ventos. As mudas estarão aptas para ser plantadas no campo, após passarem por dois
fluxos vegetativos (cerca de 12 meses). (EMBRAPA, 2009).

Recomenda-se manter as plantas obtidas por alporquia, sob nebulização intermitente,


melhorando o crescimento e sobrevivência, além do que esta prática permite a retenção das
folhas, acelerando o estabelecimento da muda.(TODA FRUTA, 2005).

Figura 3 – Alporquia da Lichia


Fonte: (LICHIAS.COM, 2009).

6 CLIMA

As condições ideais para a produção comercial da lichieira são: clima livre de geadas,
ausência de ventos fortes, presença de um período frio (com temperatura mínima entre
14°C e 8°C) e seco antes da floração, chuva e temperatura moderadas durante a floração,
temperatura e umidade elevadas durante a fase de desenvolvimento do fruto, temperatura e
umidade moderada durante a maturação dos frutos, solos levemente ácidos e profundos,
com boa drenagem e não salinos. (EMBRAPA, 2009).

A lichia é bastante exigente com relação ao clima, desenvolve-se bem, mas não produz
satisfatoriamente em regiões tropicais, adaptando-se melhor em regiões onde o clima é frio
e seco antes do florescimento e, no resto do ano quente e úmido. (VILELA, [200-?]).

A planta resiste mais o frio do que a mangueira e menos do que a laranjeira. A faixa de
temperatura ideal, para esta fruteira, situa-se entre 20 a 35ºC, sendo que paralisa totalmente
sua atividade, vegetativa abaixo de 15 ou 16ºC. As folhas novas são sensíveis a ventos,
necessitando, portanto, da instalação de quebra-ventos nas áreas onde eles ocorrem.
(TODA FRUTA, 2005).

Conforme Embrapa (2009) por ser um planta de grande valor, é viável a sua proteção com
telhados ou de outro material, durante o inverno, evitando-se danos com frio. Quando um
pomar se encontra numa área com clima quente, grande precipitação, como acontece na
Florida (USA), ou com excessiva adubação com nitrogênio, as árvores produzem brotações
vegetativas muito vigorosas, a cada dois ou três meses, em detrimento da floração.

Este é o caso da região centro oeste do estado de São Paulo (municípios de Taquaritinga e
Jaboticabal), com outono quente, ou seja com temperaturas acima das requeridas pela
cultura da lichieira, para apresentar um bom florescimento,portanto, é comum que estes
pomares tenham um pequeno número de inflorescências. (EMBRAPA, 2009).

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Cultivo de Lichia

Com relação à precipitação, o ideal encontra-se entre 1250 e 1700 mm. A exigência em
água é maior nas plantas novas e naquelas em produção. Entretanto, a planta encontra-se
sob estresse hídrico quando sob condições de dias quentes, secos, de baixa umidade
relativa e ocorrência de ventos, mesmo sob alta umidade do solo. (TODA FRUTA, 2005)

Segundo Toda fruta (2005) o clima é um dos fatores mais importantes que afetam a
iniciação floral, favorecida por temperaturas baixas e estresse hídrico; o florescimento é
maior nos locais onde ocorrem temperaturas abaixo de 13oC por 200 horas ou mais.
Entretanto, estes fatores por si só não são suficientes, pois o florescimento pode ocorrer
sem passar por estas condições, mostrando que fatores nutricionais e hormonais também,
estão envolvidos.

7 SOLO

A lichia não é muito exigente em solo, apesar de preferir os leves, profundos e com alto teor
de matéria orgânica, que pode ser substituída por adubações adequadas. O pH deve estar
entre 5,5 e 6,5, suportando solos mais ácidos que a mangueira e abacateiro; adapta-se a
solos com pH até 8,5, desde que haja fornecimento de micronutrientes. A maior exigência é
nos primeiros anos da cultura, quando necessita de alto teor de matéria orgânica para um
bom desenvolvimento. (TODA FRUTA, 2005).

O estresse hídrico não é essencial à floração, porem pode influenciar, uma vez iniciada a
diferenciação, o aumento da umidade no solo, não interfere no processo de florescimento.
No entanto a umidade no solo é importante para a fixação dos frutos. Entre as variedades
de lichia existem diferenças na tolerância ou suscetibilidade ao estresse por umidade no
solo. (PIRES, 2012).

8 PLANTIO

É mais interessante uma planta isolada, recebendo a luz solar de todos os lados para a
plenitude de sua produção, a duas a três árvores encostadas uma na outra. (EMBRAPA,
2009).

O espaçamento de plantio deve ser de 10 x 10m, resultando em 100 plantas por hectare.
Entretanto, seria interessante uma melhor utilização da área, utilizando-se de espaçamento
de 6 x 6m, fazendo-se um desbaste quando as plantas estiverem com cerca de 15 anos,
deixando-as espaçadas de 12 x 12m. Este método permite-nos a colheita da produção de
134 plantas por hectare, por um período de cerca de 10 anos. .(TODA FRUTA, 2005)

O plantio deve ser realizado, preferencialmente, em dias nublados, e em covas previamente


adubadas com 5kg de esterco de curral e 500g de superfosfato simples. Após o plantio
deve-se promover irrigação sempre que for necessário e tutorar a planta, pelo menos no
primeiro ano, a fim de se evitar danos no sistema radicular. .(TODA FRUTA, 2005)

9 PRÁTICAS CULTURAIS

Alternativas para favorecer a floração são estudadas através de diferentes praticas de


manejo, focadas ao controle do crescimento vegetativo e reprodutivo das plantas e ao uso
de reguladores de crescimento, mas ainda faltam informações acerca dos diferentes
processos fisiológicos envolvidos (PIRES, 2012).

9.1 Poda

A planta deve ser conduzida em haste única até uma altura de, no mínimo 50 cm, quando se
deixam 3 a 4 ramos fortes e bem distribuídos que darão origem à copa. Na época da
colheita, deve-se retirar, juntamente com o cacho, cerca de 20 cm dos ramos, esta prática
estimula a produção de um maior número de ramos terminais. Recomenda-se, ainda, poda
de limpeza e aeração, para uma melhor penetração dos raios solares. (EMBRAPA, 2009).

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DOSSIÊ TÉCNICO

Nos pomares com plantio adensado, devem-se podar os ramos que se sobrepõem, entre
plantas vizinhas.(TODA FRUTA, 2005).

9.2 Anelamento

A prática do anelamento visa a evitar alternância de produção. No ano seguinte ao de uma


boa produção, antes do inverno (março a abril), realiza-se o anelamento de ramos com, no
mínimo, 1,5 cm de diâmetro na região a ser anelada. O processo consiste numa incisão de
0,16 a 0.40 cm, por toda a circunferência do ramo. (EMBRAPA, 2009).

O anelamento não é recomendado como prática habitual, uma vez que os resultados são
variáveis e seu uso, com freqüência, resulta em diminuição do crescimento da planta, frutos
pequenos e morte dos ramos anelados. .(EMBRAPA, 2009).

Apesar da literatura não apresentar trabalhos específicos quanto a espessura ideal do


anelamento em lichieira , utiliza-se como espessura padrão 2mm. O importante é que uma
seção completa de casca ao redor do tronco ou ramo seja removida pois, se alguma porção
de casca permanecer, o fluxo de seiva para as raízes continuará ocorrendo e a resposta ao
anelamento não será satisfatória. (PIRES, 2012).

9.3 Uso de Reguladores de Crescimento

Os reguladores podem induzir a dormência vegetativa e estimular o florescimento, quando


aplicados no inverno; já, quando usados no florescimento, melhora a frutificação e diminui a
queda de frutos. Em ambos os casos, é utilizado o Ácido Naftaleno Acético (ANA) nas doses
de 100 e 10ppm, respectivamente. Entretanto, os resultados obtidos são bastante
inconsistentes, pois há influência do clima e estado nutricional da planta. (TODA FRUTA,
2005).

10 ADUBAÇÃO

Segundo Toda fruta (2005): as adubações devem ser feitas com base no estádio e produção
da planta:

Sabe-se que exportam, na colheita, a cada 100 kg de frutos, cerca de 90-


250g de nitrogênio; 35-50g de fósforo; 240-320g de potássio; 20-60g de
cálcio; 2,0-2,5g de cloro; 1,0- 1,4g de sódio; 0,6-1,3g de ferro; 0,4-0,7g de
manganês; 0,7-l,0g de zinco; 0,5-l,0g de cobre e 0,3-0,7g de boro.

Do primeiro ao quinto ano, o nitrogênio deve ser parcelado entre a


primavera e o verão. Do sexto ano em diante, em duas parcelas, a primeira
antes da florada e a segunda logo após a colheita. O fósforo deve ser
aplicado de uma só vez, após a colheita. O potássio é aplicado da mesma
forma que o nitrogênio. (TODA FRUTA, 2005).

11 PRODUÇÃO

A lichia inicia a produção comercial a partir do 5º ano após o plantio das mudas. Algumas
plantas chegam a produzir de 150 a 200 Kg, sendo considerada uma produção boa, a média
anual de 40 a 50 Kg por planta. Conforme a região a colheita ocorre de novembro a janeiro
e são colhidos os cachos de frutos e a embalagem é feita em pequenas caixas de plásticos
transparente. (EMBRAPA, 2009).

A produtividade normal da lichieira é de 30 a 45 kg/planta. Nas condições brasileiras e em


cultivos tecnificados são observadas produtividades de 200 a300 kg/planta por ano. A
colheita ocorre em um período muito curto, de meados de dezembro a início de janeiro.
(VILELA, [200-?).

O fruto de lichia ainda é desconhecida do consumidor brasileiro e o mercado potencial é


enorme devido as qualidades de frutos e da época de comercialização no fim do ano.
Entretanto, o fruto de lichia tem boa aceitação em todo o mundo e há interesses inclusive de

11 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT


Cultivo de Lichia

países produtores, devido a oferta de frutos fora de época ou na entresafra. (EMBRAPA,


2009).

Os melhores preços ocorrem no inicio da safra de 15 a 31 de Dezembro. O mercado


brasileiro ainda é inexplorado. Atualmente o preço da fruta é muito alto e futuramente o ideal
é o estabelecimento de um preço médio, de valor mais baixo, favorecendo a
comercialização. O preço muito alto limita o número de consumidores. (EMBRAPA, 2009).

A alta perecibilidade dos frutos de lichia e a rápida perda da cor vermelha da casca,um de
seus atrativos, após a colheita são os principais problemas na comercialização da fruta. O
ideal é que a fruta seja comercializada e mantida sob frio, com temperaturas que aumentem
sua vida de prateleira. (VILELA, [200-?).

O arilo é consumido fresco, cozido, enlatado ou em geléias. O sabor da polpa (arilo) é sub-
ácido a adocicado, lembrando o da lichia ou da uva, com açúcares em torno de 10 a 12%.
Em temperatura ambiente, a melhor aparência externa dos frutos dura entre 3 e 4 dias,
quando os espinhos começam a murchar, embora polpa não sofra alteração. O arilo (parte
comestível), que cobre a semente pode variar de estação para estação e entre cultivares de
28 a 54%. (EMBRAPA, 2009).

12 SUB-PRODUTOS

Segundo Linchias.com ([200-?]): a lichia pode ser vendida em diversas formas e processada
em tantas outras.

Segue abaixo alguns exemplos:

 Venda à granel
 Venda embalada
 Venda congelada
 Venda da polpa congelada
 Processamento da lichia-passa (igual ao damasco, porém doce)
 Processamento da casca da lichia para enriquecimento de ração aninal
 Processamento da semente da lichia para produção de amêndoa torrada e
salgada
 Processamento do liquor de lichia
 Processamento do suco de lichia
 Processamento do sorvete de lichia
 Processamento da lichia em calda
 Processamento de aguardente de lichia
 Processamento de geléia de lichia
 Muitos outros usos... e exportação de todos esses. (LINCHIAS.COM, [200-
?]).

13 PRAGAS E DOENÇAS

Segundo Raga et al., (2010) os sintomas do ácaro da lichia é conhecido como erinose. A
ataque dá-se nas brotações, de maneira que ele é mais preocupante em épocas favoráveis
ao crescimento vegetativo, embora ocorra o ano todo. A literatura internacional cita que sua
disseminação pode-se dar pelo vento, abelhas, pássaros e até mesmo pelo homem.

Efeitos: enrruga as folhas das lichieiras, cria bolhas e um tipo de veludo marrom na parte
inferior das folhas, e depois começa também acometia as inflorescências das lichieiras
resultando em perda de potencial produtivo e também dos próprios frutos, tornando-os
impróprios ao consumo ou depreciando-lhes sensivelmente o valor comercial.
(LICHIAS.COM, 2009)

O controle é feito com vistorias periódicas e eliminação da parte afetada com sintomas de
bolha na parte superior da folha e o crescimento aveludado marrom na inferior, que
dependendo da intensidade pode afetar ambas as páginas. Os danos podem ser
visualizados também nas inflorescências comprometendo a produção. (RAGA et al., 2010).

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DOSSIÊ TÉCNICO

Na literatura encontra-se indicação de que o tratamento deve ser completado com a


utilização de acaricidas. (RAGA et al., 2010). Segundo Lichias.com (2009) o melhor método
para o controle satisfatório à infestação pelo ácaro da erinose na lichia, foi a poda preventiva
e poda de controle.

Figura 4 – Sintoma de Erinose


Fonte: (RAGA, 2010).

As pragas devem ser controladas principalmente com defensivos agrícolas sintetizados.


Para evitar o problema de resíduos nos frutos, existe uma tendência pelo uso de métodos
biológicos para o controle das pragas como a cobertura do solo, a inoculação de parasitóide,
a biodiversidade da vegetação, etc. As doenças da lichia durante a floração e frutificação
são geralmente controladas com fungicidas o que muitas vezes são aplicados nos demais
estádios de desenvolvimento. (LICHIAS.COM, 2009).

13 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT


Cultivo de Lichia

Conclusões e recomendações

Estudos estão sendo realizados na área de fisiologia dessas plantas a fim de criar
alternativas de manejo que melhorem a produção desta cultura. Outro gargalo no Brasil para
a cultura da lichia no Brasil é a falta de variabilidade genética. (PIRES, 2012).

No Brasil, torna-se necessário o conhecimento e domínio da cultura, pois muitos fatores


impedem a expansão da produção de lichia no país. Entre estes: ausência de organização
dos produtores; organização de toda a cadeia produtiva de lichia no país; falta de
variedades adaptadas as nossas condições; superação da alternância de produção;
produtividade reduzida e baixa resistência ou tolerância a pragas, doenças e fatores
abióticos que prejudicam a cultura; obtenção de melhores técnicas de propagação e
desenvolvimento de diferentes práticas culturais, de acordo com realidade de cada região
produtora, dentre outros. (PIRES, 2012).

Com relação a ervas daninhas, a cultura deve ser mantida limpa, devido a ter um sistema
radicular superficial. Podem ser usados herbicidas evitando-se atingir as folhas, o que
provocaria problemas de fitotoxicidade. Durante os primeiros anos de cultivo da cultura, é
interessante que se faça cobertura morta sobre as plantas, o que auxilia no controle de
ervas daninhas, além de manter a umidade. (TODA FRUTA, 2005).

Diversos estudos sobre embalagens e temperaturas de armazenamento e transporte estão


sendo realizados, mas os produtores enfrentam dificuldades na comercialização e perdas de
produtos, o que exige uma boa organização e logística adequada até os pontos de venda.

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DOSSIÊ TÉCNICO

Referências

CAVALLARI, L. L. Florescimento e Frutificação em lichieira. Jabuticabal, 2009. 56p.


Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias,
Universidade Estadual Paulista, 2009).Disponível em:
<http://www.fcav.unesp.br/download/pgtrabs/pv/m/3802.pdf >. Acesso em: 19 ago. 2012.

EMBRAPA. A Lichia. Brasília, 2009. Disponível em:


<http://redeagroecologia.cnptia.embrapa.br/boletins/frutiferas/Lichia.pdf>. Acesso em: 12
ago. 2012.

LICHIAS.COM. Como começas a plantar lichias. São Paulo, 2009. Disponível em:
<http://www.lichias.com/page_22.html>. Acesso em: 19 ago. 2012

________. Propriedades nutricionais. São Paulo, 2009. Disponível em:


<http://www.lichias.com/propriedades_nutricionais_136.html>. Acesso em: 19 ago. 2012.

________. Ácaro Erinose. São Paulo, 2009. Disponível em:


<http://www.lichias.com/homeorganica_116.html>. Acesso em: 20 ago. 2012.

PIRES, M. C. Efeito do anelamento e do paclobutrazol no florescimento e frutificação,


sobrenxertia e análise sazonal de marco e micronutrientes em (Litchi chinensis Sonn).
Brasília: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, 2012.
115p. Tese (Doutorado em Agronomia). Disponível em:
<http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/10679/1/2012_MarciodeCarvalhoPires.pdf>.
Acesso em: 19 ago. 2012.

RAGA et al. Primeiro relato de Aceria litchii (Keifer) (Prostigmata: Eriophyidae) em plantas
de lichia no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura. v. 32, n. 2, 2010. Disponível em:
<http://worldofmites.wordpress.com/2010/05/28/o-acaro-da-lichia/>. Acesso em: 20 ago.
2012.

SEBRAE. Lichia: a nova estrela na fruticultura tropical. [S.I], [200-?]. Disponível em:
<http://www.sebrae.com.br/setor/fruticultura/o-setor/frutas-de-g-a-z/lichia/lichia-a-nova-
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TODA FRUTA. Cultura da lichia. São Paulo, 2005. Disponível em:


<http://www.todafruta.com.br/portal/icNoticiaAberta.asp?idNoticia=8219>. Acesso em: 12
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VILELA, Pierre. Lichia. [S.I], [200-?]. Disponível em:


<http://www.sebrae.com.br/setor/fruticultura/o-setor/frutas-de-g-a-z/lichia/>. Acesso em: 12
ago. 2012.

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