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SUMÁRIO
Página
CAPÍTULO 1 – Introdução ao estudo das fontes de potência.............................4
1.1 Consumo de energia pelo homem...............................................................4
1.2 Métodos de conversão de energia...............................................................5
1.2.1 Conversores eólicos e hidráulicos.............................................................6
1.2.2 Conversores térmicos de combustão externa e interna............................7
1.2.3 Conversores termonucleares.....................................................................9
1.2.4 Pilha de combustível, conversores termossolares,
magnetodinâmico e reator termonuclear..................................................9
1.3 Fontes de potência para a agricultura.......................................................10
1.3.1 Constituição geral das máquinas motoras...............................................10
1.3.2 Rendimento na conversão de energia.....................................................11
1.3.3 Tipos de fontes de potência para uso na agricultura...............................12
1.4 Noções elementares de mecânica.............................................................13
1.4.1 Objetivos e subdivisões...........................................................................13
1.4.2 Força, trabalho, energia e potência.........................................................15
CAPÍTULO 2 – Formas de Mecanização...........................................................26
CAPÍTULO 3 – Animais domésticos como fontes de potência..........................28
3.1 Formas de utilização..................................................................................28
3.2 Capacidade de trabalho em tração............................................................30
3.3 Escolha de animais em função da espécie................................................30
3.4 Escolha em função da raça........................................................................32
3.5 Jornada dos animais e número de cabeças da tropa de serviço..............34
3.6 Rendimento termomecânico......................................................................34
3.7 Formas de atrelamentos e arreios.............................................................36
3.8 Implementos para tração animal................................................................36
CAPÍTULO 4 – Tratores Agrícolas......................................................................38
4.1 Constituição geral dos tratores..................................................................38
4.2 Classificação dos tratores..........................................................................40
4.2.1 De acordo com o tipo de rodado..............................................................40
4.2.2 De acordo com a conformação do chassi...............................................42
3
Capítulo 1
Figura 1.1. Consumo diário de energia, per capita, para sociedades em seis estágios de
desenvolvimento humano. A área com hachura do Estágio VI corresponde ao consumo
sob a forma de energia elétrica. Adaptado de: Cook., “The Flow of Energy in a Industrial
Society”. Sc. Am., 224 (3), 1971.
5
A energia interna dos combustíveis disponíveis na Terra pode ser aproveitada quase
que diretamente pelo homem, para aquecimento. Todavia, a obtenção de trabalho útil
exige a presença de conversores de energia.
Conforme ilustra a Fig. 1.2, a partir de uma forma qualquer de energia disponível, os
conversores primários podem fornecer diretamente energia mecânica e elétrica. Também,
a energia mecânica assim obtida poderá ser transformada em elétrica e vice-versa,
através de um conversor secundário.
Figura 1.2. Fases da conversão da energia disponível nas fontes naturais em trabalho útil.
6
Figura 1.3. Conversores de energia eólica e hidráulica. (I) Vela de embarcação. (II)
Moinho de vento. (III) Roda-d’água.
de combustão externa;
de combustão interna.
Figura 1.4. Os motores de combustão externa são acionados por vapor d’água sob
pressão, produzido em caldeiras. (I) Motor de êmbolo a vapor. (II) Rotor de
turbina a vapor. (III) Esquema dos componentes de uma instalação para
geração de eletricidade utilizando conversor de combustão externa.
9
Fontes de potência é uma designação genérica dada aos recursos energéticos e aos
meios pelos quais é captada e transformada uma forma qualquer de energia em energia
mecânica, visando a uma utilização específica. O estudo das várias formas de energia e
das diversas máquinas motoras, utilizadas na sua conversão em energia mecânica, para
acionamento de máquinas agrícolas, constitui o tema central deste trabalho.
resistente, para cada condição de sobrecarga; são representados pelo volante e pelo
regulador centrífugo (também a vácuo, hidráulico, etc.).
Eo fonte de potência Em
(τm) (τu)
perdas E
1 m
Eo
u
100
m
r rendimento do receptor;
t rendimento do transformador;
o rendimento do operador;
Exemplos ilustrativos:
energia
interna do combustível
calor atrito
energia
do vento
perdas aerodinâmicas atrito
A medida da intensidade das forças é feita por meio de dinamômetros e aos estudos de
mensuração de forças dá-se o nome de dinamometria. Em dinamometria, são
empregadas as seguintes unidades:
segundo ao quadrado:
1 d = 1 g x 1 cm/s2
MKS absoluto Newton (N) é a força que, atuando sobre
a massa de um quilograma,
comunica-lhe a aceleração
de um metro por segundo ao
quadrado:
1 N = 1 kg x 1 m/s2
MKS técnico ou gravitacional quilograma-força (kg ou kgf) é a força que, atuando sobre
a massa de um quilograma,
comunica-lhe a aceleração
de 9,81 metros por segundo
ao quadrado:
1 kgf = 1 kg x 9,81 m/s2
Conversão de unidades
sendo o ângulo formado pela força com a direção do deslocamento. Quando = 0, cos
= 1, logo, a expressão acima toma a forma:
1 J = 107 erg
1 J = 102 x 10-3 kgf.m
1 kgf = 9,81 J
6.000 cm.N
F 4.000 N
1,5 cm
Fig. 1.10 II. No caso de movimento rotativo contínuo, como acontece nos motores, o
torque é medido através de dinamômetros de absorção ou freios dinamométricos.
O torque dos motores é expresso, comumente, em termos de metro x quilograma-
força ou m.kgf. É importante observar-se a ordem de apresentação das unidades:
primeiro m (metro) e depois kfg, ou seja, m.kgf. Isto, para não haver possibilidade de
confusão com a unidade de trabalho kgm – quilogrâmetro.
Energia. Mesmo sem conhecer sua definição ou conceito, sempre se tem alguma
idéia do que seja a energia. A idéia está intimamente ligada à de trabalho: uma mola
comprida possui energia porque, ao voltar a posição natural, executa trabalho; a pólvora
possui energia por ser capaz de produzir trabalho, ao ser deflagrada; a água em
movimento possui energia, também por ser capaz de realizar trabalho; e assim por diante.
Como se observa, a primeira idéia que se faz da energia é a de trabalho armazenado.
O conceito de energia tem passado por metamorfoses à medida que se desenvolvem
novos ramos do saber. Na mecânica newtoniana, o conceito de energia vincula-se apenas
à capacidade de movimentar os corpos; no século XIX tornou-se o princípio edificador de
três novas ciências: Termodinâmica, Química Quantitativa e Eletromagnetismo; no século
XX, voltou novamente a ocupar importante papel nas teorias da relatividade de Einstein e
do quantum de Plank. A equação de Einstein E = m . c 2, identificando energia com massa
e velocidade da luz, imprimiu notável impulso ao conhecimento do universo astronômico.
Idêntico papel desempenhou, sobre o conhecimento do universo subatômico, a equação
de Plank E = h . , restringindo a energia portada por uma radiação ao produto de uma
constante h, constante de Plank, por sua freqüência .
20
Figura 1.10. Sentido físico do conceito de torque. (I) Torque aplicado por uma chave
manual numa porca. (II) Chave torquimétrica para aperto dos parafusos do
cabeçote de motores. (III) Torque desenvolvido na árvore de manivelas
devido à força aplicada pela biela no moente da manivela. Multiplicação ou
redução de torque através de engrenagens com tamanhos diferentes.
(Fonte: Sussmann, Winfried et al., Fachkunde fur Landmaschinenmechanik;
5a ed., Stuttgart: Klett, 1975.)
Ep = P . h (2)
O termo “potencial”, designativo dessa forma de energia, não implica que ela não seja
real; ela existe em potencialidade apenas no sentido de que se encontra armazenada, em
alguma forma latente. Um pedaço de carvão tem energia potencial – se for queimado
liberará energia para realização de trabalho; quando se dá corda a um relógio, ele adquire
energia potencial – sua mola, ao desenrolar-se lentamente, fornece energia para seu
funcionamento; a água represada tem energia potencial – deixando-a escoar, a força da
correnteza pode movimentar uma turbina.
2
Em Física Nuclear utiliza-se uma unidade relativamente bem menor, o elétron-volt – EV. Posteriormente, verificar-se-
á que as unidades comumente usadas para expressar energia – kw-h, cv-h, etc., derivam de unidades de potência e
foram consagradas pelo uso.
21
m.v 2
Ec (3)
2
onde Ec = energia cinética, em J; m = massa do corpo, em kg; e v = velocidade, em m/s.
Considerando-se o peso P do corpo, a equação (3) fica:
P.v 2 P.v 2
Ec (4)
2 9,8 1,96
sendo a Ec expressa em kgm, P em kgf e v em m/s.
Todo trabalho é realizado por meio de transformações da energia, de uma forma para
outra. Por exemplo, quando se dá partida num trator, a energia potencial da bateria –
química – se transforma em energia elétrica; esta, no motor de arranque, transforma-se
em energia cinética, movimentando o motor diesel. O óleo diesel, ao ser injetado na
câmara de combustão, transforma sua energia potencial – química – em energia cinética,
pela movimentação dos êmbolos, árvore de manivelas e demais partes componentes do
motor, fazendo-o entrar em funcionamento. Parte dessa energia se aplica na
movimentação do gerador, onde se transforma em energia elétrica que vai ter à bateria e,
assim, esta se carrega novamente com energia potencial-química. No caso dos
combustíveis, todavia, designa-se sua energia potencial como energia interna.
O calor como uma forma de energia. Foi Joule3 quem demonstrou conclusivamente,
através de trabalhos experimentais, que calor e energia são de mesma natureza e que
todas as outras formas de energia podem ser transformadas numa quantidade
equivalente de calor. A quantidade de energia que, se completamente convertida em calor,
é capaz de elevar a temperatura de uma unidade de massa de água, de 0 o C para 1o C, é
denominada equivalente mecânico do calor. Os métodos mais recentes e precisos de
determinação do equivalente mecânico do calor revelam que para se elevar de 1 o C a
3
James Prescott Joule, físico inglês, nascido em 1818, que em 1843 anunciou ter encontrado experimentalmente pela
primeira vez o valor do equivalente mecânico do calor.
22
Assim sendo, o equivalente mecânico do calor pode ser expresso como 427 kgm/kcal ou,
em unidades inglesas, 778 foot-pound/BTU.
As máquinas motoras térmicas, isto é, os motores a vapor, os motores a gasolina e
diesel, álcool, etc., caracterizam-se por converterem a energia interna dos combustíveis
em trabalho mecânico. Nesse processo ocorre uma transmissão de energia, por meios
não mecânicos, denominada escoamento de calor, e o desenvolvimento de uma força que
efetua um deslocamento, produzindo trabalho. O estudo desses fenômenos que envolvem
escoamento de calor associados à execução de trabalho mecânico constitui objeto de
análise da Termodinâmica. Assim, para considerações pormenorizadas e em nível mais
avançado sobre o funcionamento dos motores térmicos, torna-se necessário conhecer os
conceitos, leis, princípios e fundamentos da Termodinâmica.
Num motor ideal, a quantidade total de calor fornecida pelo combustível seria
convertida integralmente em trabalho útil, cujo valor numérico se obtém através do
equivalente mecânico do calor, já definido anteriormente. A quantidade total de calor Q t
colocada à disposição de um motor é obtida a partir da quantidade total de combustível
gasto e de seu respectivo calor de combustão. Define-se calor de combustão, também
denominado poder calorífico, de uma substância como a quantidade de calor liberada por
unidade de massa, ou por unidade de volume, quando se queima completamente a
substância.
A caracterização das várias fases do processo de conversão da energia interna do
combustível em trabalho útil resulta no balanço energético do motor, isto é, na
comparação das energias colocadas à sua disposição, transformadas em trabalho útil e
perdidas sob a forma de trabalho ou não. Dessa comparação resulta o que se denomina
rendimento do motor, representado comumente pela letra grega . O rendimento térmico
(t) de um motor é expresso por:
Qu
t 100
Qt
onde Qu representa a quantidade de calor correspondente ao trabalho útil desenvolvido
pelo motor e obtida através do equivalente mecânico do calor; Qt é a quantidade total de
calor fornecida pelo combustível.
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Potência. Em nenhuma das considerações feitas até aqui se mencionou o fator tempo.
Isso porque o elemento tempo não entra, do ponto de vista da Física, na conceituação de
trabalho; realiza-se o mesmo trabalho mecânico ao elevar-se um corpo a uma dada altura
em um segundo, em uma hora ou em um ano. Igualmente, o trabalho mecânico requerido
para arar, gradear, semear, cultivar, etc. um dado terreno agrícola será o mesmo,
independentemente do tempo que se demore em executá-lo. Todavia, dada a
periodicidade das condições climáticas e das fases de desenvolvimento das plantas
cultivadas, o tempo é um fator importantíssimo nos trabalhos agrícolas. Não apenas a
quantidade total de trabalho mecânico requerido, mas também a rapidez com que for
realizado é da mais alta significância na execução das operações agrícolas.
A quantidade de trabalho realizada por uma máquina motora na unidade de tempo
denomina-se potência do motor. Embora a potência seja comumente designada por força,
como na expressão vulgar: “a força do motor”, na realidade a força é apenas um de seus
componentes. Para se determinar a potência desenvolvida na barra de tração do trator ou
aquela requerida para tracionar uma plantadora, três elementos devem ser conhecidos: a
força de tração, a distância percorrida e o tempo durante o qual a força agiu em seu
percurso. Assim, a potência é definida pela seguinte relação:
Trabalho
Potência
Tempo
Como trabalho é o produto da força pelo espaço, a relação acima poderá tomar a
seguinte forma:
Força Espaço
Potência
Tempo
segundo:
1kgm
1kgm / s
1s
Unidade prática (métrica) cavalo-vapor (cv) potência de uma máquina que
produz trabalho de 75 kgm por
segundo:
75kgm
1cv
1s
Unidade prática (britânica) horse-power (hp) potência de uma máquina que
produz trabalho de 33.000 ft-lb por
minuto ou 550 ft-lb por segundo:
ft lb
1hp 33.000
1 min
550 ft lb
1hp
1s
1 joule
1watt 0,102kgm / s
1s
Um múltipo dessa unidade, frequentemente usado, é o quilowatt:
1 cv = 735,7 W 1 hp = 745,5 W
1 W = 0,00136 cv 1 W = 0,00134 hp
1 kW = 1,36 cv 1 kW = 1,34 hp
Capítulo 2
- Implementos: Conjunto de peças que transmite o efeito das forças (não usa TDP).
Capítulo 3
São duas as formas básicas de utilização dos animais domésticos como fontes de
potência:
Para uma mesma espécie, raça, peso vivo, etc. a capacidade em desenvolver
esforço tratório é afetada pela alimentação e pela forma de atrelamento.
Transporte de cargas no dorso. A capacidade de transporte de cargas no dorso varia
com o peso vivo, segundo a espécie, da seguinte forma:
cd
Ft
t
onde:
Por exemplo, um fluxo de transporte de 0,25 t.km/h indica que o sistema (animal +
cangalha + homem), operando sob determinadas condições, é capaz de transportar 250
kg, na distância de 1 km, no tempo de 1 hora.
1
Armação de madeira ou de ferro em que se sustenta e equilibra a carga dos animais, metade para um lado
delas, metade para o outro; cangalha.
30
A capacidade para desenvolver esforço tratório relaciona-se com o peso vivo, com a
velocidade de caminhamento e com a espécie dos animais. Na velocidade de 0,8 a 1,0
m/s (2,9 – 3,6 km/h), eqüinos e muares desenvolvem a máxima capacidade de trabalho
(kgm/dia) na jornada. Nessa velocidade, o esforço tratório desenvolvido varia de 1/8 a
1/10 do peso vivo. Todavia, essas características de desempenho poderão atingir níveis
de até 50% mais elevados, sob condições especiais. Assim, em ensaios realizados pela
Divisão de Mecanização Agrícola, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo,
com parelhas de animais em pista de terra compactada de 100 metros de comprimento,
obtiveram os seguintes resultados:
Equinos (cavalos)
Vantagens
o Animal manso, fiel ao seu dono;
o Adestramento fácil para diversos tipos de trabalhos;
o Animal “inteligente”, apto para trabalhos de precisão;
o Trabalha a velocidades maiores de 1 m/s a 1,5 m/se (3,6 km/h a 5,4 km/h).
31
Desvantagens
o muitas vezes fora das raças próprias para tração, o cavalo é leve demais
para fornecer um trabalho pesado;
o requer alimentação e cuidados mais especiais;
o cansa mais rápido;
o o preço de compra é alto e não se vende para carne depois da vida útil para
o trabalho.
Muares (mulas)
Vantagens
o animal rústico, frugal, resistente;
o preço de compra relativamente baixo;
o velocidade de trabalho quase equivalente à do cavalo.
Desvantagens
o mais difícil de adestrar;
o menor peso;
o preço de venda é baixo depois da vida útil para o trabalho
Asininos (jumento)
Vantagens
o animal manso, fiel, rústico e frugal;
o preço de compra baixo, alimentação e cuidados simples;
o adestramento fácil, inteligente;
o resistente ao trabalho;
o adequado para transporte de cargas de até 2/3 de seu peso.
Desvantagens
o muito leve, esforço limitado de tração disponível;
o cansa depressa se a velocidade de trabalho for rápida demais;
o sem valor de venda no fim do período útil para o trabalho.
Bovinos
Vantagens
o trabalho lento – 0,6 a 0,8 m/s (2,16 km/h a 2,9 km/h) mas contínuo;
o animal rústico e resistente, alimentação simples;
o arreiamento muito simples
o preço de compra relativamente baixo em comparação com o do cavalo
o seu peso permite esforços maiores
o bom valor de venda depois da vida útil, principalmente em época de
engorda;
Desvantagens
32
o animal mais difícil de adestrar- no início precisa de mais uma pessoa para
ser conduzido;
o lento demais para alguns trabalhos;
o pouco adaptado a trabalhos de precisão
C2
I
A
Quando I for maior que 2,116, o animal revela aptidão para tração; se for menor que
2,116, o animal revela aptidão para desenvolver velocidade.
O trabalho mecânico ( ) desenvolvido pelo animal por dia de serviço pode ser
estimado por:
3
30 I A 22,5 I A (kilogrâmetro - kgm)
4
33
Exemplo ilustrativo
Um cavalo da raça Percheron apresentou as seguintes características ponderais e
dimensionais: peso = 720 kg; altura = 1,7 m; perímetro torácico = 2,1 m. Calcular a
distância percorrida por dia de serviço, desenvolvendo uma quantidade de trabalho diário
equivalente a 3600 vezes o peso vivo.
Solução:
2,12
I 2,5941
1,7
b) Cálculo do trabalho mecânico por dia de serviço:
22,5 I A
22,5 2,59411,7 99,22 kgm / passo
Se dividirmos o trabalho diário realizado pelo animal pelo trabalho desenvolvido num
passo, teremos o número de passos dados num dia.
2.592.000 kgm/dia
26.124 passos/dia
99,22 kgm/passo
Se multiplicarmos este valor pela metragem de cada passo, teremos a distância (D)
percorrida num dia.
3
D 26.124 1,7 33.307,8 metros
4
Admitindo como valor médio que cada passo do cavalo se efetue num segundo, sua
velocidade (V) de deslocamento será:
3
V 1,7 3.600 4.590 m/hora
4
34
33.307,8 m
t 7,3 horas ou 7 horas e 18 minutos
4.590 m/hora
Figura 3.2. Ação da inclinação da linha de tração sobre a distribuição de peso entre as
patas traseiras e dianteiras do animal (Fonte: Conti, M., Tratado de Mecânica Agrícola,
Buenos Aires, 1942.)
acordo com os meses do ano (em função da época de realização das operações
agrícolas) e com a espécie (muar ou bovino). A máxima eficiência de tempo, ao longo dos
12 meses do ano, para muares, foi de 80,8% e, para bovinos, de 89,2%. Isso indica que,
por vários motivos (doenças, acidentes, etc.), os animais podem deixar de estar
disponíveis para o trabalho; daí a necessidade de dimensionar a tropa de animais de
serviço com um excesso de no mínimo 10 a 20% sobre o número total de cabeças
requeridas.
Tempo efetivo de trabalho dos animais durante os meses do ano. (Boletim nº 9, IAC, Campinas, SP,
1937)
Dias de trabalho de 1 animal no mês* Eficiência de tempo (%)
Meses do Dias Muar Bovino Muar Bovino
Ano úteis
Jan 25 13,7 16,5 54,8 66,0
Fev 24 11,3 20,5 47,1 85,4
Mar 27 12,8 22,2 47,4 82,2
Abr 24 12,3 19,9 51,3 82,9
Mai 26 9,5 15,7 36,5 60,4
Jun 26 8,0 19,8 30,8 76,2
Jul 25 9,0 22,3 36,0 89,2
Ago 26 10,1 17,5 38,8 67,3
Set 25 14,5 21,3 58,0 85,2
Out 26 21,0 19,8 80,8 76,2
Nov 24 17,2 11,0 71,7 45,8
Dez 26 16,4 17,4 63,1 66,9
ANO 304 155,8 223,9 51,3 73,7
* Média da tropa de animais de serviço
u
tm
m
Exemplo ilustrativo
Solução:
a) hidrato de carbono
- alfafa (12 x 320 g)... ... ... ... 3840 g
- milho (4 x 460 g)... ... ... ... 1840 g
Total de hidrato de carbono 5680 g
b) proteínas
- alfafa (12 x 160 g)... ... ... ... 1920 g
- milho (4 x 80 g)... ... ... ... 320 g
Total de proteínas 2240 g
c) matéria graxa
- alfafa (12 x 27 g)... ... ... ... 324 g
- milho (4 x 32 g)... ... ... ... 128 g
Total de matéria graxa 452 g
3) Cálculo do rendimento - tm
Figura 3.7. Jogo de balancins. (I) Para 2 animais. (II) Para 3 animais. (III) Para 4 animais.
Figura 3.8. Canga ou jugo para juntas de bovinos. (I) De tiro pela cernelha. (II) De tiro pela
cabeça.
A canga utilizada em nosso país é do tipo de tiro pela cernelha, conforme ilustra a
Figura 3.9, e pode ser dupla ou simples.
Figura 3.9. Canga de tiro pela cernelha. (I) Canga dupla (A – cangalho, B – canzis, C –
brocha). (II) Canga simples. (III) Canga simples sem canzins.
No caso específico da canga dupla, o órgão de tiro simplifica-se em uma única peça,
de madeira, denominada cambão, que une a alça de atrelamento da máquina ou
implemento ao centro do cangalho.
Na Europa e Ásia são comuns os jugos de tiro pela cabeça, apesar de ser um
sistema primitivo e deficiente. Como se observa na Figura 3.10, o jugo de tiro pela cabeça
pode atuar na testa ou na nuca do animal.
41
Figura 3.10. Jugo de tiro pela cabeça. (I) Jugo duplo frontal. (II) Jugo simples de nunca.
- condições ambientais;
- alimentação;
- compleição física;
- velocidade de trabalho;
- forma de atrelamento.
Além da posição e do número de animais, outro fator que pode concorrer para a
melhoria da eficiência de utilização da capacidade de trabalho é o emprego de
dispositivos especiais de atrelamento, como é o caso dos amortecedores de tração e dos
balancins equalizadores, como mostra a Figura 3.13.
44
Figura 3.13. Amortecedores de tração. (Fonte: Conti, M., Tratado de Mecânica Agrícola,
Buenos Aires, 1942.).
Cultivador de Dentes
46
Capítulo 4
O motor eólico é uma máquina que converte energia eólica em mecânica. É destinada
a propriedades agrícolas, por seu baixo custo de aquisição e manutenção, facilidade de
manejo e por se constituir numa interessante fonte alternativa de potência para os
produtores rurais. A energia convertida é normalmente utilizada no Brasil para o recalque
de água ou em pequenas instalações para produção de energia elétrica.
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O aproveitamento das quedas de água para obter força motriz, através dos
conversores ou receptores hidráulicos é um método conhecido e utilizado há vários
séculos. Os conversores hidráulicos instalados em propriedades agrícolas são utilizados,
principalmente, para acionamento de máquinas estacionárias, recalque de água e
produção de energia elétrica.
Apesar de ser uma fonte de energia que não causa poluição, necessitar de pouca
manutenção e apresentar uma eficiência na conversão de energia em torno de 60 a 90%,
a utilização de turbinas hidráulicas nas propriedades agrícolas é limitada, pelo alto
investimento inicial representado na sua instalação. Assim, além da necessidade de se
realizar um estudo prévio do local para a determinação do seu potencial hidráulico, é
importante o estudo de viabilidade econômica da instalação. Por essa razão, os
conversores hidráulicos mais comuns no meio rural são:
Roda hidráulica;
Aríete hidráulico.
A roda hidráulica é uma máquina que transforma a energia potencial de uma queda de
água em potência mecânica. Pode ser utilizada como uma opção à utilização de motores
de combustão interna ou elétricos, considerando-se o mesmo nível de potência solicitada
pela instalação estacionária, que pode ser um moinho, serraria, bomba de recalque de
água, gerador de energia elétrica e outros.
A Figura a seguir mostra em detalhes a constituição de uma roda hidráulica de pás e
uma de alcatruzes.
49
Uma fonte de potência muito utilizada no meio rural é a energia elétrica. Sua utilização
em instalações agrícolas estacionárias se faz por conversão em energia mecânica,
através de motores elétricos. Esses são aplicados no acionamento de bombas de água,
moinhos, picadores, correias transportadoras, ferramentas rotativas, ventiladores,
equipamento de solda, comedouros automáticos para animais, ordenhadoras e outros.
Além disso a energia elétrica ao ser utilizada na iluminação e no acionamento dos mais
diversos eletrodomésticos, concorre de forma altamente significativa para a melhoria da
qualidade de vida no meio rural.
A energia elétrica, para uso nas propriedades, pode ser obtida de diversas formas,
como por meio de motores eólicos, grupos geradores, conversores hidráulicos ou, ainda,
pela forma mais tradicional, como rede de eletrificação rural, a partir das estações e
subestações das empresas concessionárias regionais.
A principal máquina utilizada na conversão da energia elétrica no meio rural é o motor
elétrico.
50
O motor elétrico é uma máquina que tem como principal função a conversão da
energia elétrica em energia mecânica, servindo como fonte de potência, normalmente
para acionamento de máquinas estacionárias.
O acoplamento às máquinas, na maioria das vezes é realizado por meio de polias,
correias e luvas elásticas.
As principais vantagens da utilização de motores elétricos consistem em custo inicial
relativamente baixo, pouca manutenção, baixo nível de ruído, peso e volume. Os motores
elétricos encontrados no mercado podem ser de corrente contínua ou de corrente
alternada, sendo os últimos de maior utilização e designados também como motores de
indução.
A Figura a seguir mostra a constituição básica de um motor elétrico.
51
Tratores agrícolas
O trator agrícola é uma máquina autopropelida provida de meios que, além de lhe
conferirem apoio estável sobre uma superfície horizontal e impenetrável, capacitam-no a
tracionar, transportar e fornecer potência mecânica, para movimentar os órgãos ativos de
máquinas e implementos agrícolas. Os tratores, hoje em dia, tornaram-se um dos mais
importantes insumos agrícolas modernos e devem cumprir as seguintes funções básicas:
Os tratores agrícolas são constituídos, conforme ilustra o esquema da Fig. 4.1, pelos
seguintes órgãos básicos:
a) motor: responsável pela transformação da energia potencial do combustível em
energia mecânica, na forma de potência disponível no volante da árvore de
manivelas;
52
Os tratores podem ser classificados segundo vários parâmetros como: tipo de rodado,
conformação de chassi e tratores para aplicações especiais.
De acordo com o tipo de rodado, os tratores dividem-se em dois grandes grupos
constituídos pelos tratores de rodas e tratores de esteiras. Existe ainda um terceiro,
porém inexpressivo no Brasil, designado de tratores de semi-esteiras.
Na agricultura brasileira predominam quase que exclusivamente os tratores de rodas.
Caracterizam-se por possuírem, como meio de propulsão, rodas pneumáticas cujo
número e disposição determinam os tipos com duas, três ou quatro rodas.
Os tratores de duas rodas são representados basicamente pelos tratores de rabiças.
Possuem duas rodas motrizes e um par de rabiças, conforme ilustra a Fig. 4.3, para
comando pelo tratorista que, geralmente, caminha atrás do trator. Recebe também a
denominação errônea de cultivadores motorizados ou “mula-mecânica”.
Os triciclos não são fabricados no Brasil, sendo a grande maioria representada pelos
tratores de quatro rodas.
Os tratores de quatro rodas são tratores cuja sustentação pelos rodados é
proporcionada através de quatro pontos, o que lhes confere maior estabilidade. Existem
ainda tratores de quatro rodas motrizes, cujo direcionamento pode ser feito tanto pelas
rodas dianteiras como por uma articulação do chassi.
54
Motor do trator
A embreagem
A embreagem tem por função efetuar a conexão entre o volante do motor e a árvore
primária da caixa de mudança de marchas. Nos tratores agrícolas, assim como em
qualquer outro veículo equipado com motores de combustão interna, não é possível dar
partida no motor juntamente com a partida do trator. Há necessidade de se colocar
primeiramente o motor em funcionamento fazendo-o adquirir certa velocidade angular,
para depois se transmitir gradualmente o movimento do volante à caixa de mudança de
marcha. Essa transmissão gradativa do movimento do motor à caixa de mudança de
marchas e, também, à árvore de tomada-de-potência (TDP) é feita pela embreagem.
É geralmente constituída por um disco de material com alto coeficiente de atrito que,
através de molas e um sistema de alavancas comandadas por pedal, é acoplado ou
desacoplado, progressivamente, contra a superfície plana da alma do volante.
Comumente é denominada embreagem de volante, para distingui-la de outros tipos de
embreagem como, por exemplo, aquelas utilizadas para direcionamento dos tratores de
esteiras.
FE
P
T
onde: P = potência
F = força
E = espaço
T = tempo
Mas, se a velocidade V pode ser expressa por V = E/T, então a potência será:
P=F.V
Para uma dada potência máxima que o motor é capaz de fornecer, podemos ter
infinitas combinações de força e velocidade, de maneira que seja satisfeita a seguinte lei
da Mecânica: “o que se ganha em velocidade, perde-se em força, e o que se ganha em
força, perde-se em velocidade”.
Na caixa de mudança de marcha, a relativamente alta velocidade angular do motor
sofre uma redução, específica para cada marcha, enquanto o torque é aumentado
proporcionalmente. Esse aumento de torque, proporcionado pela redução na velocidade
angular, transmite-se à árvore motriz das rodas, resultando em maior força de tração na
barra, a velocidades de deslocamento mais baixas. Passando-se para uma marcha mais
alta, a velocidade angular é maior e o torque, transmitido menor, o que resulta em maior
velocidade de deslocamento do trator, porém com menor força de tração na barra. Assim,
através da caixa de mudança de marchas, pode-se obter maior força de tração com baixa
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velocidade ou menor força com maior velocidade ou, ainda, um esforço tratório moderado
para uma velocidade moderada de deslocamento.
Órgãos de acoplamento
O trator agrícola, para desempenhar bem sua função, deve contar com dispositivos
que permitam o acoplamento de máquinas e implementos, fornecidos juntamente com o
trator e não como acessórios opcionais. É necessário que esses órgãos de acoplamento,
designados simplesmente como engates, sejam dispostos de maneira a não gerar
reações desfavoráveis sobre o trator ou sobre as máquinas e implementos a ele
acoplados. Engates colocados muito altos, muito baixos ou deslocados da linha de centro
do trator afetam a qualidade da operação, o desempenho e a vida útil do trator e da
maquinaria. Atualmente a tendência é no sentido de equipar os tratores com engates que
possam melhorar a tração, reduzir o tempo e trabalho de acoplamento e desacoplamento,
facilitar as regulagens e o manejo dos controles.
máquinas de arrasto;
máquinas semimontadas;
máquinas montadas.
trator verifica-se através de um eixo, que pode estar situado horizontal, vertical ou
longitudinalmente em relação ao plano médio do trator.
Máquina montada é aquela desprovida de órgãos de sustentação própria, apoiando-
se integralmente sobre o trator. Há casos de máquinas montadas que apresentam
elementos de sustentação; todavia, eles são empregados apenas quando a máquina se
acha estacionada (desacoplada do trator) ou então como limitadores de profundidade de
trabalho.
As máquinas de arrasto, que possuem seus próprios recursos para levantar e baixar
os órgãos ativos são acopladas à barra de tração, localizada na parte posterior dos
tratores. As máquinas semimontadas e a maioria das máquinas e implementos montados
são acoplados através dos denominados acoplamentos com levantamento, dentre os
quais o mais comum é o engate de três pontos, localizado também na parte posterior do
trator.
Existem ainda máquinas e implementos montados que são acoplados à parte média
do trator, entre as rodas dianteira e traseira, através dos denominados engates
intermediáriso de dois pontos. Finalmente, há as máquinas e implementos montados cujo
acoplamento ao trator se verifica através de um sobrechassi, parafusado ao longo da
estrutura dos elementos componentes do chassi do trator.
Portanto, distinguem-se os seguintes tipos de acoplamento:
acoplamento por barra de tração;
acoplamento com levantamento:
- acoplamento traseiro de eixo simples;
- acoplamento traseiro de dois eixos com vínculos convergentes ou
engate de três pontos;
- acoplamento intermediário de dois eixos, com vínculos paralelos ou
engate de dois pontos.
Engate de três pontos: neste tipo, a máquina ou implemento acopla-se ao trator por
um plano (três pontos determinam um plano); logo, o levantamento se efetua através da
movimentação desse plano de acoplamento.
Categoria I:
- de 20 a 45 c.v. (trator com até 1.150 kgf de força de tração máxima na
barra, segundo a P-PB-84/ABNT);
- de 20 a 35 hp (segundo a ASAE S 217.10).
-
Categoria II:
- de 40 a 100 c.v. (trator com mais de 1.150 kgf de força de tração
máxima na barra, segundo a P-PB-84/ABNT);
- de 40 a 100 hp (segundo a ASAE S 217.10).
Categoria III:
- de 80 a 168 hp (incluindo a “Categoria III-Normal” e a “Categoria III-
Estreita”, segundo a ASAE S 217.10).
Categoria IV:
- de 180 a 400 hp (incluindo as subcategorias “normal” e “estreita”,
segundo a ASAE S 217.10).
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Capítulo 6
As máquinas agrícolas
Se uma área vai ser mobilizada pela primeira vez com máquinas, deve estar
preparada para que o conjunto de trator e implementos possa trabalhar com facilidade,
sem empecilhos a seu deslocamento. O agricultor deve providenciar a remoção de
árvores, tocos e raízes bem como de outros objetos, como pedras, que possam danificar
a maquinaria. Em uma gleba limpa, o preparo do solo é melhor, permitindo bom
desenvolvimento das sementes e das plantas, o que influi no rendimento da cultura.
Antes de iniciar o desbravamento e limpeza de novas glebas, o agricultor deve
definir muito bem a finalidade dos serviços a executar: eles podem se destinar à formação
de pastagens, culturas anuais, culturas permanentes ou ao reflorestamento. Entretanto,
qualquer que seja a finalidade, o preparo do solo compreende duas etapas bem
diferenciadas: o desmatamento e o preparo do solo propriamente dito.
Elaborado o plano geral e, quando for o caso, de posse da autorização oficial para a
derrubada, o interessado deve atentar para algumas questões específicas, de modo a
conseguir o máximo rendimento das máquinas nas condições mais econômicas possíveis.
Para isso será necessário:
conhecer as condições topográficas, climáticas e geológicas da região e do
local de trabalho e as características da vegetação a ser eliminada;
preparar metodicamente a seqüência do trabalho das máquinas, estudando
ainda as possibilidades de acesso ao terreno, por meio da adequada
disposição de estradas e carreadores;
selecionar tratores e implementos adequados e dispor de operadores
habilitados.
As características da área em questão e os objetivos do empreendimento agrícola
que se tem em vista determinarão os procedimentos a serem seguidos. Porém, o
processo normal de aproveitamento de áreas cobertas de vegetação indesejável e
improdutiva pode ser entravado pelo pesado ônus do investimento de capital: o custo do
desbravamento e limpeza da terra em algumas regiões é pouco inferior ao próprio valor
da gleba.
Além disso, o agricultor deve tomar muito cuidado com o fenômeno da erosão do
solo agrícola. Por isso, não deve desmatar a cabeceira dos morros nem as encostas com
grande inclinação, margens de rios e terrenos ao redor de nascentes, pois somente a
floresta é capas de controlar a ação das enxurradas nessas áreas.
Cada projeto de adaptação de terras à agricultura deve ser bem estudado pelo
técnico encarregado de executa-lo. Acompanhado pelo agricultor, cabe-lhe fazer uma
vistoria da gleba, para avaliar seus pontos favoráveis e desfavoráveis.
Uma medida razoável para protege-los seria respeitar uma faixa regular da mata ou
capoeira que circunda a água, que poderia servir como obstáculo ao carreamento do solo.
Reservas florestais
Mata virgem
Mata secundária
Cerradão
Cerrado
Carrasco
Florestas plantadas
Capítulo 7
7.1 Introdução
Média (40 ha) Lâmina lisa Motoserras Lâmina lisa, rolos- Arado de discos
facas para serviços
pesados, grade de
discos
Grande (400 ha)
Lâmina KG, Lâmina KG Lâmina lisa, Lâmina lisa, grade
ancinhos, correntão motoserras, de discos para
com dois tratores de correntão com dois serviços pesados
esteira tratores de esteira
Desbravamento
- Grade pesada;
- Arado e grade
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Esquema 1
Recomendado para Atividade Finalidade Período
Assentar material
orgânico;
Gradeação Picar material orgânico. Logo depois da colheita
Glebas com grande quantidade de ou 2 a 3 semanas antes
restos de cultura, sobretudo Revirar o solo; do plantio.
material alto. Aração Incorporar material
orgânico
Destorroamento;
Gradeação Nivelamento; Vésperas do plantio
Completar incorporação
de matéria orgânica
Esquema 2
Recomendado para Atividade Finalidade Período
Revirar o solo; Logo depois
Aração Incorporar material da colheita.
- Glebas que vêm normalmente sendo
orgânico.
cultivadas, com poucos restos de cultura e
material baixo; Destorroar;
Nivelar;
- Com pouco mato e mato baixo. Gradeação Vésperas do
Carpir; plantio.
Quebrar superfície;
Completar
incorporação do
material orgânico
Esquema 3
Recomendado para Atividade Finalidade Período
Gradeação (grade Picar e incorporar o material; Logo depois da
colheita ou 2 a 3
- Glebas com grande
pesada, de discos Revirar o solo. semans antes do
recortados)
quantidade de restos de plantio.
cultura e material alto; Destorroar;
- Glebas com muita
Completar a gradeação anterior Vésperas do
Gradeação realizando trabalho de
vegetação e vegetação plantio.
alta. picagem, incorporação,
destorroamento e nivelamento
Esquema 4
Recomendado para Atividade Finalidade Período
Picar mateiral da
superfície;
- Glebas intensamente cultivadas, com solos soltos, Gradeação Revirar o solo;
com bastante matéria orgânica no perfil. Vésperas do
Incorporar matéria plantio.
orgânica;
Destorroar;
Nivelar.