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URGÊNCIAS VASCULARES
Prof. Dr. Jamil Jorge Abou Mourad
Prof. Dr. Ayrton Cássio Fratezi
Gustavo Nero Mitsuushi
ETIOLOGIA/FISIOPATOLOGIA
A oclusão de uma artéria periférica pode ser causada por embolia,
trombose, traumatismo ou dissecção. Os êmbolos podem originar-se de trombos
que se originam: 1)no coração (80% dos episódios), em pacientes portadores de
arritmias, naqueles com um infarto do miocárdio recente, portadores de próteses
valvares cardíacas; 2)êmbolos sépticos, naqueles pacientes com endocardite
infecciosa; 3)coágulos no interior de aneurismas, principalmente no sistema aorto-
femoral; 4)estados de hipercoagulação; 5)traumática, como por exemplo, em
laceração com desprendimento de fragmento dentro da circulação arterial; 6)
êmbolos espontâneos de origem não identificada (criptogênicos).
A trombose súbita de uma artéria periférica geralmente é determinada pela
dissecção hemorrágica por sob uma placa aterosclerótica. Nesses pacientes,
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QUADRO CLÍNICO
A isquemia arterial aguda caracteriza-se pelos sintomas:
CONDUTA DO SERVIÇO
Avaliar: Doppler US
Pulsos periféricos Duplex Scan
Temperatura local; Arteriografia
Palidez local; Angiorressonância
Sinais neurais;
Oclusão arterial
aguda
Heparinização
+
Sedação da dor
Embolectomia Arteriografia
Revascularização
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2)TRAUMATISMO VASCULAR
As lesões vasculares de origem traumática constituem outro tema de
grande importância ao cirurgião geral, tanto pelo aumento na criminalidade nas
metrópoles, como também pela violência no trânsito, com atropelamentos e
acidentes com veículos causando fraturas, luxações e consequente
comprometimento dos vasos.
A evolução dos conhecimentos para um atendimento mais rápido e conduta
terapêutica adequada foi observada com a experiência adquirida nas grandes
guerras da civilização. Essas experiências foram transferidas para a vida civil e
contribuíram decisivamente para que melhores resultados fossem atingidos. O
índice de amputações de membros devido a este tipo de trauma era de 50%
durante a II Grande Guerra mundial, 13% durante a guerra da Coréia e 1,5% nos
traumas civis.
ETIOLOGIA/FISIOPATOLOGIA
Vários são os agentes etiológicos que podem determinar lesões
vasculares traumáticas na população civil, sendo alguns mais freqüentes que
outros.
TIPOS DE FERIMENTOS
1) Ferimentos contusos: São os causados por traumas fechados, não
havendo solução de continuidade com a pele. Havendo fratura óssea associada,
os fragmentos podem contundir ou seccionar vasos. O agente contundente
pode provocar espasmo arterial, edema de parede, secção da íntima, que
podem evoluir para trombose e oclusão arterial.
QUADRO CLÍNICO
Os traumatismos vasculares determinam um quadro clínico misto de
isquemia e hemorragia. Assim sendo, a lesão vascular com redução e/ou
abolição do fluxo sanguíneo determinam graus variáveis de isquemia na região
acometida:
Palidez
Cianose
Forte dor local
Ausência de pulsos
Parestesias
Paralisias
CONDUTA DO SERVIÇO
Trauma vascular
Protocolo de atendimento
ao politraumatizado
(ATLS)
Verificar:
Pulsos periféricos
Estado hemodinâmico
Palidez/cianose local
Sinais neurais
Presença de sopro
Presença de frêmito
Etiologia
Heparinização
+
Compressão
Sedação
+
Aquecimento
+
Reposição volêmica
Duplex scan/
arteriografia
Cirurgia
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Way LW, et al. Current Surgical diagnosis & treatment, EUA; Guanabara-Koogan,
11ª ed.,2004 35:690-7
2. Maffei FHA, et al. Doenças Vasculares periféricas, Brasil; MEDSI Méd. Cient., 2ªed.,
1995, 25:387-99, 75:1113-25
3. Lane JC, et al. O Exame do Paciente Vascular, Brasil; Fund. Byk, 1995, São Paulo
4. Hughes CW. Arterial repair during the Korean War. Ann Surg 1958, 147:555