Os Maias

Cronica de costumes episodio do jornal – A tarde

Os maias é um romance constituído por episódios que retratam a sociedade burguesa lisboeta
dos finais do seculo XIX (19). Estes episódios constituem a cronica de costumes através da qual
Eça de Queirós nos da uma visão critica do mundo social e politico dessa sociedade .

A cronica de costumes situa-se no capitulo XV(15) e faz parte do desenvolvimento de ação.

Esta é constituída por 6 episodios , o episodio dos jornais que é o que eu vou apresentar
divide-se em 2 jornais “ a croneta do diabo” e “ a tarde “ .
Após Damaso publicar na corneta um artigo extremamente injurioso sobre Carlos e Maria
Eduarda , por uma questão de respeito , e obrigado por Ega e Cruz a escolher entre retratar-se
publicamente dessa injuria , isto é desmentir o que disse ou entrar num duelo entre ele e
Carlos.
Damaso , acobardado escolhe assumir o erro , embora contrariado .

Ega redige a carta a ser publicada e Damaso é obrigado a assina-la , no entanto Damaso não
tem a certeza se a carta é publicada .

Após Ega mostrar a carta a Carlos decide publica-la no novo jornal “A tarde”, com o titulo
“Pendencia de honra”.

Este jornal é dirigido por Neves um deputado politico ,que inicialmente recusa a publicação
mas apos reconhecer Damaso Salcede como “manganão” que os “entalara na eleição
passada” , aceita publicar .
É neste jornal que Ega consegue a publicação da carta de Damaso , não só como represália da
injuria feita a Carlos da Maia mas também para se vingar de uma possível ligação de Salcede
com a sua ex-amante Raquel Cohen.

Todo o dialogo de Ega com Neves e outros funcionários do jornal lisboeta mostra a atmosfera
politica, o cinismo e a parcialidade do jornalismo.

Nste jornal é também publicada uma noticia sobre o livro do poeta Craveiro por pertencer “ cá
ao partido”, onde se denota a parcialidade do jornal.

Inclusivamente numa das redatoras depois de considerar Gouvaninho numa “besta” e “uma
cavalgadeira”, reconhece que é necessário falar dele no jornalpor motivos de solidariedade
partidária e de compromissos financeiros.
Como diretor do jornal Neves aproveita a sua situação para influenciar politicamente os
leitores por isso,revela parcialidade na decisão de rejeitar ou publicar artigos com base em
amizades politicas.

Este episodio denuncia o baixo nível da impresa lisboeta de época, (que se alimenta de fatos da
vida privada das pessoas),e critica a falta de ética dos jornalistas, a vingança mesquinha, como
a de Damaso,, do próprio Ega e do Neves e ainda o compadrio politico.