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CONTROLE ALTERNATIVO DO OÍDIO NO TOMATEIRO

Entre as hortaliças de frutos no Brasil, destaca a cultura do tomate, no


entanto o seu cultivo em sistema protegido favorece o aparecimento de
doenças, como o oídio, fungo de aspecto pulverulento de cor cinza. Neste
sentido, objetivou-se nesta pesquisa avaliar diferentes concentrações do leite
de vaca no manejo do oídio no tomateiro. O experimento foi realizado no
viveiro de mudas da Faculdade de Agronomia, na Universidade José do
Rosário Velano. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado, com cinco
tratamentos, sendo o fungicida Collis, leite de vaca nas concentrações (10%;
20%; 30%) e controle. As mudas foram transplantadas em vasos plásticos com
capacidade de seis litros contendo solo na proporção 3:1 (terra de barranco e
areia ). Após a infestação do fungo que ocorreu naturalmente, foi realizada a
pulverização dos tratamentos a cada 15 dias. As variáveis analisadas foram %
de incidência e severidade das plantas infectadas. Concluiu-se com esta
pesquisa que concentração de 20% de leite foi eficiente para reduzir a
incidência do oídio em plantas de tomate.
Palavras- chave: Manejo, leite, tomate, fungo.
ABSTRAT
INTRODUÇÃO
O tomate é uma das culturas mais comuns do mundo, sendo fonte de
vitaminas e bastante consumida pela população, tanto na forma in natura ou
processado.
Esta cultura apresenta grande adaptabilidade climática, podendo ser
cultivado em climas tipo tropical de altitude, subtropical e temperado, o que
permite seu cultivo em diversas regiões do mundo.
No entanto esta hortaliça é afetada por diversas doenças, principalmente
sob determinadas condições do ambiente. O oídio, também conhecido como
“cinza”, é uma doença bastante comum em folhas de tomateiro. Mesmo não
sendo considerada entre as mais destrutivas, tem merecido maior atenção dos
tomaticultores pela maior ocorrência no cultivo em hidropônia e sob condições
protegidas, onde geralmente a temperatura é mais elevada, e em campo
irrigado por gotejamento, onde não ocorre a “lavação” das folhas (REIS, 2004).
A principal característica do oídio é a presença abundante de estruturas do
fungo principalmente na superfície superior dos folíolos, na forma de um pó
branco e fino (REIS, 2004). Tanto folhas velhas como folhas novas são
atacadas indiscriminadamente, consequentemente causa clorose e necrose
foliar. No entanto tem se observado que os sintomas são mais evidentes nas
folhas mais velhas da planta (Reis & Lopes,2009).
O manejo da doença mais utilizado pelos produtores tem sido o emprego
de fungicidas aplicados preventivamente ou após o aparecimento dos primeiros
sintomas (Reis et al., 2009). No entanto este manejo representa um
componente significativo na formação do custo de produção, além de oferecer
riscos de contaminação aos trabalhadores, consumidores e meio ambiente.
Considerando-se os aspectos mencionados e levando em consideração
a biodiversidade brasileira, pode-se acreditar que é possível reduzir os
impactos da agricultura na natureza, ao se optar por métodos alternativos ao
controle químico (Estrada et al., 2003).
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Produtos naturais como o leite “in natura” tem cada vez mais utilizado
para o controle de doenças, visto que há uma demanda crescente por
alimentos isentos de agrotóxicos. Além de não contaminar o solo e os cultivos
e ser seguro para os trabalhadores que fazem a aplicação, o uso do leite no
controle do oídio pode custar até a metade do que o agricultor gasta com
fungicidas.
Por essas razões, verifica-se uma tendência crescente pela procura de
defensivos alternativos que sejam praticamente atóxicos e com custo reduzido
para aquisição e emprego.
Diante do exposto objetivou-se nesta pesquisa avaliar diferentes
concentrações de leite de vaca no manejo do oídio no tomateiro.

1. MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada na Faculdade de Agronomia na Universidade


José do Rosário Vellano – UNIFENAS. As mudas de tomate da variedade
caqui, foram plantadas em vasos de plásticos com capacidade para seis litros,
contendo substrato (terra de barranco e areia, na proporção 3:1), sendo uma
muda por vaso. A calagem foi realizada aos 20 dias antes do plantio com
calcário dolomítico na proporção de 5.5g por vaso e a adubação utilizada foi
com supersimples, efetuando a cobertura de nitrogênio e potássio via solução
do solo. A irrigação foi realizada manualmente com o uso de irrigador, somente
no solo.
O tutoramento foi realizado aos 15 dias com fitilhos, mantendo a planta
ereta. Após o surgimento natural do fungo nas folhas, foi realizada a
pulverização com os respectivos tratamentos de 15 em 15 dias, até o
florescimento. As pulverizações foram efetuadas com auxílio de uma bomba
costal manual com capacidade de vinte litros, em jato dirigido, pulverizando
toda a cobertura foliar, utilizando um bico pulverizador cônico.
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O delineamento experimental utilizado foi em (DIC) delineamento


inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, (fungicida Collis- 0,5 kg/há;
leite de vaca -10%, 20% e 30% e controle somente água), em 10 repetições,
totalizando 50 vasos.

A característica avaliada foi a porcentagem de incidência do oidio, nas


plantas, a qual foi realizada contando o número de folhas sadias e infectadas
na planta de tomate .
A análise estatística dos dados foi realizada utilizando-se do programa
SISVAR (FERREIRA, 2000). Para comparação das médias, foi realizado o
teste Scott – knott a 5%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados médios da % de incidência do fungo nas folhas de tomate


submetidas aos diferentes tratamentos estão apresentados na Tabela 1.
Observa-se que houve diferenças significativas no tratamento químico e na
concentração de 20 %. No entanto ao que se refere ás concentrações de 10%
e 30 % não houve diferenças significativas entre si e nem ao controle. Já para
a concentração de 20% houve uma redução da incidência em relação ás outras
concentrações.

TABELA 1 – Resultado médios da incidência (%) do fungo na superfície foliar


de plantas de tomate submetidas a diferentes tratamentos, UNIFENAS-
ALFENAS
Incidência (%)
Tratamentos

Químico 2,66 A
10% de Leite 63,20 C
20% de Leite 44,26 B
30% de Leite 58,13 C
Controle 74,33 C
Médias seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott, ao
nível de 5% de significância. CV = 19,13.
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Quanto ao tratamento químico foi o que apresentou menor porcentagem


na incidência, mas este resultado já era esperado. O resultado obtido nesta
pesquisa foi semelhante aos observado por Bizi et.al, (2008), no qual a
concentração de leite a 20% foi eficiente em controlar a doença oídio em mudas de
eucalipto.
Segundo HAMANN; KROMKER (1997), o leite cru e fresco possui na
sua composição diversos constituintes, entre eles sais de Ca, Fosfato, Fe, Mg,
proteínas, vitaminas, aminoácidos, gorduras, micro-organismos e outros, em
concentrações diferenciadas dos demais tipos de leite. Assim, ele pode ter
mais de um modo de ação sobre o fungo, até um efeito direto, devido aos seus
componentes e ou a presença de micro-organismo ausente no leite longa vida.
O leite forma uma camada na superfície das plantas como se fosse um
biofilme de película bem fina, conseqüentemente impede a germinação e
penetração do fungo, além disso, como ele é rico em nutrientes, aqueles micro-
organismos que vivem na superfície da folha crescem mais e se colonizam pela
superfície (Wagner Bettiol, 2010). Segundo este autor outra característica
positiva do leite é uma ação germicida contra os fungos que são estranhos ao
leite e ainda é rico em sais que induzem a resistência ao oídio nas plantas.
Segundo BETTIOL (1999), observou eficiência do leite de vaca cru nas
concentrações 5; 10; 20; 30; 40 e 50% para o controle do oidio em abobrinha,
em condições controladas. Segundo este autor as maiores concentrações
foram as mais eficientes no controle da doença.
Há uma tendência, no mundo todo, em reduzir os fungicidas aplicados
nas culturas. Desta forma o leite poderá ser um aliado no manejo de doenças
porque fazendo a aplicação recomendada funciona de forma similar ao
fungicida. O agricultor pensa em gastar menos, mas existe ainda o aspecto
ambiental e a segurança do aplicador, que não vai ser contaminado com um
produto químico. Nota-se que é importante uma vez que os agricultores fazem
o manejo correto para que as plantas mantêm a sua sanidade e dessa forma,
utilizem o mínimo possível de produtos químicos na agricultura (Bettiol, 2010).

Conclusão
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Nas condições em que foi realizada a pesquisa a concentração de 20%


de leite foi eficiente para reduzir a incidência de oídio em plantas de tomate.

8. Referências Bibliográficas

BETTIOL, W; GARIBALDI,A; MIGHELL. Bacillus sublitis for the controlo f


powdery mildew on cucumer and ucchini squash. V2,p 281.287 – 1997

LOPES et al., Agencia Embrapa de informação tecnológica: Oídios do


tomateiro 2005.

MORAES, W.B.C Controle alternativo de fito patógenos. Pesquisa


Agropecuária Brasileira, 1992.

REIS, A.; BOITEUX, L. S.; FONSECA, M.E.N. Registro de Oidium


neolycopersici como agente causal do oídio adaxial do tomateiro no Brasil.
Tropical Plant Pathology, Brasília, DF, v. 34, p. S179, 2009. Resumo.

VIEIRA; Gustavo Haralampidou da Costa; ANDRADE, Wagner da Paz. Efeito


fungicida de produtos alternativos no controle de oídio em pepineiro. Omnia
Exatas, v.2, n.2, p.45-49, 2009.

BIZI, R.M.; JUNIOR, A. G. ; AUER, C. G.; MAY-DE MIO, L. L. Produtos


alternativos no controle do oídio em mudas de eucalipto. Summa
phytopathol. vol.34 no.2 Botucatu Apr./June 2008.

WAGNER BETTIOL, Emprego do leite reduz até 50% dos custos no


controle do oídio 05/08 /2010.

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