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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

TÓPICOS DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO

CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO PELA SUA COMPOSIÇÃO


QUÍMICA E O SEU GRAU API.

DIAN ALBERTO DASALA---20151547


EQM9
Marcílio Santos

Luanda,aos 19 de Março de 2019


LISTA DE FIGURAS

Fig 3.1 Constituintes do petróleo. ............................................................................. 9

Fig 3.2 Exemplos de n-parafina e isoparafina ......................................................... 10

Fig.3.3 Exemplos de hidrocarbonetos naftênicos ................................................... 11

Fig.3.4 Compostos aromáticos polinucleares contendo vários anéis benzénicos... 12

Fig.3.5 Etileno ......................................................................................................... 13

Fig.3.6 Classe de petróleos (característcias apoximadas ou médias) .................... 18

Fig.3.7 Teor de enxofre em fracções de petróleos de diferentes tipos. .................. 22

Fig.3.8 Características dos hidrocarbonetos. .......................................................... 22

Fig.3.9. Classes de Correntes em função do grau API e do Teor de enxofre. ........ 23

Fig.3.10. Exemplos de Asfaltenos e Resinas. ......................................................... 23


LISTA DE TABELAS

Tab.3.1. Análise elementar do crude típico. .............................................................. 9

Tab.3.2. Outros contaminantes do petróleo. ........................................................... 16

Tab.3.3 Classificação do petróleo segundo o grau ºAPI. Adaptado ........................ 19


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

API American Petroleum Institute


HCs Hidrocarbonetos
ASTM American Society for Tensting and Materials
Índice
RESUMO .................................................................................................................. 6

I- INTRODUÇÃO .................................................................................................. 7

I.1- OBJECTIVO GERAL ...................................................................................... 8

I.2- OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 8

II.METODOLOGIA .................................................................................................... 8

III. CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO ..................................................................... 9

III.1 CONSTITUIÇÃO QUÍMICA E SUA CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO ........ 9

III.1.1 CONSTITUINTES HIDROCARBONETOS ............................................9

PARAFINAS ................................................................................................10

NAFTÊNICOS .............................................................................................11

AROMÁTICOS ............................................................................................12

OLEFINAS ...................................................................................................13

III.1.2 CONSTITUINTES NÃO HIDROCARBONETOS ..................................13

ASFALTENOS E RESINAS .........................................................................13

CONTAMINANTES .....................................................................................14

TEOR DE EXOFRE .................................................................................15

OUTROS CONTAMINANTES ..................................................................16

III.2 CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO PELO GRAU API ................................. 19

I.V CONCLUSÃO .................................................................................................... 20

V. Bibliografia .......................................................................................................... 21

ANEXOS ................................................................................................................. 22
6

RESUMO

O petróleo embora um combustível fóssil e poluente ao nosso planeta, apresenta uma


preeminência sobre as demais fontes de energia. Assim é fundamental conhecer a sua
constituição e classificação para melhor percepção das suas propriedades e custos
associados ao tratamento. No decorrer deste trabalho foi identificado que em termos de
composição química um determinado petróleo pode ser composto por componentes
hidrocarbonetos e não hidrocarbonetos, estando incluídos nestes últimos os
contaminantes, que dificultam bastante o tratamento. No entanto, a classificação geral do
petróleo se baseia em classes, em função da predominância de um determinado
constituinte, possibilitando a existência de correntes mistas como parafênico-naftênica
(constituída maioritariamente por parafinas). Além da classificação pela composição
química existe a classificação segundo o grau ºAPI que varia de leves à pesados,
podendo sofrer algumas distinções entre literaturas. A medida que a densidade cresce o
grau ºAPI descresce , sendo que as fracções mais pesadas apresentam valores mais
baixos e frações mais leves valores mais altos. Ainda, verificou-se que o teor de enxofre
em massa, dita a classificação de petróleos em doces (abaixo de 1% em massa) e
salgados ou azedos (acima de 1% em massa). Este teor de enxofre por sua vez cresce,
geralmene com a diminuição do grau ºAPI, pelo facto do enxofre se armazenar com maior
estabilidade em compostos aromáticos polinucleares que compõem as frações mais
pesadas.

Palavras –chave: Petróleo; Classificação; Composição química; Grau ºAPI;


7

I- INTRODUÇÃO

Atualmente diversificação da economia Angolana bem como as contínuas apostas


nos diversos setores do país surgem como alvos a alcançar, motivados pela famosa crise
do petróleo em Angola que abalou drásticamente o nosso sistema financeiro. No entanto,
este precioso líquido, não tão cedo se ausentará da posição de principal contribuinte do
PIB Angolano.
Assim, torna-se imprescindível munir o engenheiro químico de conceitos associados
a grandiosa indústria petrolífera.
Em um panorama geral, o termo petróleo pode ser associado a todas ocorrências
ou concentrações naturais de hidrocarbonetos independentemente do seu estado de
agregação. Contudo, num sentido mais restrito e do ponto de vista comercial, o termo é
utilizado exclusivamente para hidrocarbonetos que ocorram na fase líquida, constituindo
o designado petróleo bruto ou crude oil. (ALVES; GOMES, 2011)

A American Society for Testing and Materials, ASTM, por meio da norma D4175-
09a (2010), o define como: “Uma mixtura de mixtura natural, consistindo
predominantemente de hidrocarbonetos e derivados orgânicos sulfurados,
nitrogenados e oxigenados e outros elementos”(FARAH,2012,P.16)

A composição, natureza e consequentemente a qualidade de um determinado tipo


de petróleo são os fatores que regem a extensão do refino necessário para a obtenção
das quantidades e tipos de derivados requeridos, tal e qual o valor comercial
destes.(FARAH,2012)
Os produtos derivados do crude quando comercializados devem cumprir as
exigências de mercado, devendo consequentemente atender a determinadas
especificações, que independem das distintas características físicas e químicas mediante
a origem do petróleo.(FAHIM et al, 2012)
Em função da composição, os crudes podem ser agrupados em Hidrocarbonetos –
compostos exclusivamente por carbono e hidrogénio; e Não hidrocarbonetos- que
contenham pelo menos um heteroátomo. Em função da densidade podem ser
classificados mediante o Grau APIº em Pesados, Médios e Leves. Assim sendo, ao
decorrer deste trabalho será realizado um estudo sobre as classificações mencionadas.
8

I.1- OBJECTIVO GERAL


• O objectivo central deste trabalho será realizar um estudo pormenorizado
sobre a classificação do petróleo mediante a sua composição química e Grau
APIº.

I.2- OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

• Sintetizar a classificação mais adequada em função da composição química


com base nas bibliografias disponíveis;
• Identificar a relação existente entre a qualidade do produto desejado com o
grau APIº e a composição química;

II.METODOLOGIA

A metodologia empregada para este trabalho é de carácter investigativa, adotando


como procedimento técnico a pesquisa bibliográfica.
Primeiramente foi realizado um levantamento bibliográfico das classificações do
petróleo disponíveis pela literatura.
Em seguida foi realizada uma comparação das informações reunidas e conjugação
de factos sobre a classificação do petróleo pelos dois critérios.
Por último, após a aquisação dos dados essenciais, procedeu-se para a elaboração
do trabalho.
9

III. CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO

III.1 CONSTITUIÇÃO QUÍMICA E SUA CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO

Antes de iniciarmos a nossa abordagem sobre a classificação segundo a


composição química, devemos altercar de forma sucinta sobre a composição elementar:

Tab.3.1. Análise elementar do crude típico.


Elemento % em massa A composição do petróleo, em uma base
H 11,00 - 14,00 elementar, varia dentro de certos limites
C 83,00 – 87,00 independentemente da sua origem. Além disso
S 0,06 – 8,00 na tabela 3.1 é verificada a preponderância dos
N 0,11 – 1,70 elementos Carbono e Hidrogénio de formas que
O 0,10 – 2,00 os principais constituintes do petróleo sejam os
Metais < 0,30 hidrocarbonetos.
Fonte: (SZKLO et al, 2012)

Constituintes

HCs Não HCs

Parafinas Naftenos Aromáticos Asfaltenos Contaminantes


e Resinas

Fig 3.1 Constituintes do petróleo.

Fonte: Autor (2019)

III.1.1 CONSTITUINTES HIDROCARBONETOS

Característica: Cadeias moleculares constituídas unicamente por carbono e


hidrogénio.
10

PARAFINAS

Os hidrocarbonetos parifínicos, (alifáticos ou ainda alcanos), são cadeias abertas,


constituídas por carbonos associados entre si, apenas por ligações simples, isto é,
apenas carbonos saturados. (ALVES; GOMES, 2011).
O termo parafina advém do latim- parafine, que significa baixa atividade, sendo os
hidrocarbonetos menos reativos (estáveis) (SZKLO et al, 2012). Segundo Szklo e outros
(2012, p.3) “As parafinas normais representam, tipicamente, 15 a 20% do óleo, variando,
contudo, entre 3 e 35%.” As parafinas podem se subdividir em:
• N-parafinas (ou n-alcanos)- quando a cadeia é linear ou seja, não ramificada.
• Isoparafinas (ou isoalcanos ou ainda
parafinas ramificadas)- quando a cadeia
carbónica apresenta ramificações, e são
isómeros estruturais dos n-alcanos,
existindo na natureza a partir de
hidrocarbonetos com 4 átomos de
carbono.(FAHIM et al, 2012)

Fig 3.2 Exemplos de n-parafina e isoparafina

Ambas famílias são governadas pela seguinte fórmula geral: C nH2n+2 sendo n o
número de carbonos. Em condições normais de temperatura e pressão , os
hidrocarbonetos parafínicos podem ser gasosos, líquidos ou sólidos consoante o
número de átomos de carbono que possuem, isto é, conforme o seu peso
molecular.( GOMES; ALVES, 2011, p.70)

As n-parafinadas predominam nas fracções mais leves, até cerca de 120ºC


(temperatura de ebulição) onde as suas quantidades se equilibram com as parafinas
ramificadas. A partir de 150ºC, predominam estes últimos sobre as n-
parafinas.(FARAH,2012)
Os hidrocarbonetos com menos de 5 átomos de carbono, encontram-se sob a forma
de gases e constituem o gás natural.
11

A combinação destes com hidrocarbonetos mais pesados, formam a base dos


petróleos brutos e de um elevado número de produtos petrolíferos. A passo que os
hidrocarbonetos acima de 18 átomos são os principais constituintes da parafina sólida.(
GOMES; ALVES, 2011).
Segundo Gomes e Alves (2011, p.70) “ estas longas moléculas, quando
presentes nos reservatórios petrolíferos, onde prevalecem altas temperaturas e
altas pressões, existem no estado líquido.Contudo este produto sobe pelo poço
até a superfície, arrefece e solidifica nas tubagens, formando ceras e restringindo
a produção.”

NAFTÊNICOS

Naftênicos (cicloalcanos ou ainda parafinas cíclicas) são cadeias de


hidrocarnonetos saturados, contendo pelo menos uma cadeia cíclica. Conhecidos como
naftênicos, por surgirem no
petróleo a patir da fração Nafta.
Obedecem a fórmula geral CnH2n,
sendo o mais simples destes o
ciclopropano, embora existam no
petróleo a partir de 4 átomos.

Fig.3.3 Exemplos de hidrocarbonetos naftênicos

Podem ocorrer cadeias parafínicas ligadas à estrutura naftênica, substituindo os


átomos de hidrogénio. Compostos naftênicos com um, duas ou três ramificações
parafínicas são os principais constituintes das fracções leves e médias de vários tipos de
crudes. De forma geral, os naftênicos ocorrem nos petróleos, maioritariamente, nas
fracções médias, querosenes, gasóleos atmosféricos e gasóleos de vácuo. Os naftênicos
dicíclicos ocorrem nas frações médias do petróleo, querosene, e gasóleos atmosféricos,
enquanto os compostos naftênicos conjugados ou condensados, de três, quatro e cinco
anêis, são constituintes das frações pesadas. (TISSOT, WELTE, 1984; apud por FARAH,
2012).
12

AROMÁTICOS

Os hidrocarbonetos aromáticos são aqueles que contêm um ou mais anéis


benzênicos, podendo apresentar ainda cadeias parafínicas e naftênicas associadas à
estrutura aromática. Estes são os mais frequentes no petróleo.(FARAH, 2012)
Segundo Farah (2012,p.19)

São minoritários nas frações leves e, na maioria dos casos, também são
minoritários nas frações médias. Ocorrem em teores maiores nas frações
pesadas e residuais, onde, dependendo do tipo de petróleo, podem ser
maioritárias, apresentando estruturas policíclicas na forma de aromáticos-
naftênicos,em alguns casos.

Estes obedecem a fórmula geral CnH2n-6


Existem também no crude, compostos poliaromáticos, isto é, compostos aromáticos
mais complexos constituídos por im número de anéis benzénicos condensados mais
conhecidos como aromáticos polinucleares.(FAHIM et all, 2012)

Fig.3.4 Compostos aromáticos polinucleares contendo vários anéis benzénicos.

Os naftalenos ( condensado de dois anéis aromáticos) aparecem em frações médias


como alquilnaftalenos, a passo que, os aromáticos com mais de 2 anéis se concentram
em frações mais pesadas.(FARAH, 2012)

Em suma, a presença dos compostos aromáticos polinucleares é indesejável,


pois causam desativação de catalizadores e a deposição do coque durante o
processamento, além de causar problemas ambientais quando estão presentes
no diesel e em óleos combustíveis.(FAHIM et al, 2012, p.18)
13

OLEFINAS

Esta família será agora abordada, porém, não é considerada pela maioria dos
autores como constituinte do petróleo. As olefinas ou alcenos, são hidrocarbonentos
insaturados que contêm pelo menos uma dupla ligação entre atómos de carbono. A
medida que o número de duplas (insaturações) vai crescendo, os prefixos di (duas
duplas), tri (três duplas) vão se acrescentando. Os alcenos mono-insaturados obedecem
a fórmula CnH2n (FAHIM et all, 2012)
Estes compostos são bastantes importantes para a indústria
petroquímica , como matérias-primas, por exemplo o etileno (eteno) é
amplamente usado como monômero de plásticos (polímeros). (FAHIM et
all, 2012)

Fig.3.5 Etileno

No crude, quase não há hidrocarbonetos insaturados, pois estes são extemamente


reativos: embora sejam sintetizados em grande quantidade na natureza, dificilmente se
preservam.(SZKO et al, 2012)
Embora estes não existam naturalmente no petróleo cru, são formados durante os
processos de conversão. Essa característica é razão de alguns autores não os
considerarem na classificação do petróleo em função da constituição.

III.1.2 CONSTITUINTES NÃO HIDROCARBONETOS

Além dos hidrocarbonetos que conferem a propiedades essenciais aos derivados, o


petróleo contém ainda os não hidrocarbonetos, entre os quais se destacam os alfaltenos
resinas, e os contaminantes. (FARAH,2012)
ASFALTENOS E RESINAS

Asfaltenos e resinas constituem o resíduo do petróleo obtido por destilação,


constituídos essencialmente de hidrocarbonetos aromáticos, ou mais precisamente de
estruturas policiclícas aromáticas ou nafteno-aromática, ligados a heteroátomos de S, N,
14

Os metais no petróleo compõem fundamentalmente as frações pesadas e residuais. São


os principais componentes do óleo combustível e do asfalto.(FARAH, 2012).
Segundo Farah (2012,p.31) “ Por cusa dessa natureza química, essas substâncias
apresentam elevada polaridade, constituindo-se em unidades básicas de agregados
moleculares com maior ou menor número” .
Assim, enquantos os agregados de menor número são denominados de resinas os
de maior número são chamados de asfaltenos. Ambos apresentam elevada relação
Carbono/Hidrogénio, elevada massa molar e baixa volatilidade. Cerca de 50% do enxofre,
80% do nitrogénio e mais de 80% do níquel e do vanádio que ocorrem em um petróleo
se concentram nessas frações. (SPEIGHT, 2001 citado por FARAH,2012)

As resinas não são estáveis, decompondo-se sob a acção do ar e da luz solar,


evoluindo provavelmente para formação de asfaltenos. Quando aquecidas, elas
produzem hidrocarbonetos e asfaltenos por reações de craqueamento. As
resinas apresentam maior polaridade do que os asfaltenos, e são as principais
responsáveis por sua dispersão no petróleo. A estabilidade de um petróleo
depende do equilíbrio entre os teores de hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos,
aromáticos, resinas e asfaltenos, em razão das diferentes polaridades dessas
substâncias. (FARAH, 2012, P.31)

Então embora as estruturas destes dois componentes sejam semelhantes, estes


diferem-se pelo tamanho e estabilidade, daí que se diz que as resinas se encontram
dissolvidas no crude, enquanto que os asfaltenos dispersos na forma coloidal.(SZKLO et
al, 2012)
Exemplos destes constituíntes encontram-se visíveis nos anexos.

CONTAMINANTES

Os contaminantes no petróleo são compostos orgânicos isto é, formados


essencialmente por carbono e hidrogénio, e outros elementos como enxofre, nitrogénio,
oxigénio e metais. (FARAH,2012)
Os contaminantes podem ocorrer em toda faixa de ebulição do petróleo e, de forma
geral, seus teores crescem, em geral, com o aumento do ponto de ebulição das
frações.(FARAH, 2012, p.30).
15

No entanto, pelo facto deste trabalho se focar na constituição para classificação,


será apenas enfatizado o efeito do teor do enxofre, sendo que sobre os demais
contaminantes abordar-se-hão de forma sucinta algumas características

TEOR DE EXOFRE

O exofre é o terceiro átomo mais abundante encontrado no petróleo. Os compostos


sulfurados estão presentes estão presentes em todos os tipos de petróleo, na forma
inorgânica ou orgânica, e, em geral quanto maior a densidade do petróleo maior o seu
teor de enxofre.( FARAH, 2012,p.32).
Embora existam algumas excepções a esta correspondência como o petróleo
brazileiro Marlim e alguns do Mar do Norte, como o Captain . que são exemplos da
existência de correntes leves e médias que simultâneamente são azedas. (SZKLO, 2012)
Assim, geralmente os petróelos pesados são normalmente mais aromáticos e
possuem mais enxofre.
Segundo Szklo e outros (2012,p.8):

Os compostos de enxofre são indesejáveis, porque aumentam a estabilidade de


emulsões (aumentam a polaridade) , provocam corrosão, contaminam
catalisadores de processo de refino e determinam cor e cheiro de produtos finais.
Produzem SOx e, quando presentes nos produtos finais, afetam a sua qualidade
ambiental.

No petróleo o enxofre pode ocorrer na forma de Mercaptanos, Sulfetos, enxofre em


anéis, entre outros,e taís estruturas podem ser observadas nos anexos.
Os petróleos são classificados de acordo com o seu teor de enxofre, como:
• Alto teor de enxofre (ATE) ou azedos, se maior que 1% em massa;
• Baixo teor de enxofre (BTE) ou doces, se menor que 1% em massa;
(GOMES; ALVES, 2011)

A classificação acima vai de encontro ao estipulado pela API (America Petroleum


Institute). No entanto, segundo demais autores esta classificação pode variar, por
exemplo, Szklo e outros (2012) apoiados na legislação brazileira, consideram como óleos
16

azedos (souer) aqueles com mais 2,5% em massa; óleos doces (sweet) áqueles com teor
abaixo de 0.5%; e intermédios (semidoces ou semiazedos) à faixa entre os dois últimos
limites.

Dentre os compostos sulfurados orgânicos, os mais importantes são os


alquilmercaptanos, que se concentram nos produtos do petróleo, da faixa do GLP
ao querosene. Nas fracções mais pesadas, o enxofre normalmente se apresenta,
principalmente, na forma de mercaptanos aromáticos, tiofenos e benzotiofenos.
Parte desses compostos sulfurados orgânicos se transformam por craqueamento
em hidrocarbonetos mais leves, H2S e mercaptanos. (FARAH, 2012, p.33)

O H2S e o enxofre elementar são os protagonistas pela corrosidade dos derivados


do petróleo. Estes actuam geralmente como “venenos” de catalisadores de processo.
Para além de contribuírem para o fenómenos de chuvas ácidas quandi liberam óxidos de
enxofre durante a combustão desses derivados.

OUTROS CONTAMINANTES
Tab.3.2. Outros contaminantes do petróleo.
COMPOSTOS CARATÉRISTICAS OCORRÊNCIA CONSEQUÊNCIA
Nitrogenados ➢ Teor médio de 0.17% em ➢ Básicos:Piridinas, ➢ Instabilizam
massa ➢ Quinolinas quimicamente
➢ >0,25% -teores altos ➢ Isoquinolinas produtos de refino
➢ Termicamente estáveis ➢Ñ Básicos: ➢ Envenenamento
➢ Podem ser básicos ou pirróis,indóis, de catalisadores
não básicos carbazóis

Oxigenados ➢ Conhecidos por ➢ Àcidos ➢ Corrosividade


➢ ácidos naftênicos carboxílicos: ➢ Acidez
➢ principais causadores da Fenóis, cresóis ➢ Formação de
coloração e odor ➢ Ñ ácidos: depósitos das
➢ <2% em massa ésteres,amidas, frações de petróleo
➢ Diretamente cetonas e
relacionados com TAN benzofuranos
17

Organometâlicos ➢ Concentram-se em ➢ Quelatos da ➢ Envenenamento


frações porfirina. de catalisadores
➢ Pesadas ➢ Heteroátomos ➢ Superaquecimento
➢ Incluem Fe, Zn, Cu, Pb, de compostos de fornos
As, Co, Mo, Mn, Cr, Na, Ni orgânicos industriais
eV ➢ Corrosão de
➢ Ni (1-50 ppm) e V (50- tubulações através
1200ppm) são os de maior das cinzas
incidência
➢ Removidos por
dessalgação

Fonte: Adaptado (FARAH, 2012; GOMES, ALVES, 2011; SZKLO et al, 2012; FAHIM, et
al, 2012)

Além destes contaminantes, Szklo (2012) e outros entende classificam ainda outras
impurezas como oleofóbicas, destacando a água, sais (brometos, iodetos, sulfetos,
cloretos, etc.), argilas, areias e sedimentos.
Até este momento foram abordados os principais constituintes o petróleo e
basicamente a sua denominação genérica em função da natureza dos compostos
predominantes. Agora pode-se observar na figura abaixo a classificação mais adequada
em forma de classes consoante a composição:

Total Acid Number-mg de KOH/g expressa o teor de acidez de um petróleo.TAN >1 –


petróelo ácido; TAN < 1 –petróleo não ácido.
18

Fig.3.6 Classe de petróleos (característcias apoximadas ou médias)

Fonte (SZKLO,2012)
19

III.2 CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO PELO GRAU API

Os petróleos também podem ser classificados com base na sua densidade. A escala
de densidades mais utilizada no universo petrolífero é a do API, cuja fórmula para o seu
141.5
cálculo é a seguinte: º𝐴𝑃𝐼 = 𝑑 60/60 − 135.5 ; onde d 60/60 é a densidade relativa

da amostra a 60 ºF , em relação à da água na mesma temperatura. Assim, como vimos,


o teor de enxofre tende a aumentar com o aumento da densidade da corrente,
consequentemente, com base na expressão acima o grau API diminui com o aumento da
densidade, assim podemos estabelecer a relação de que “ O teor de enxofre tende a
aumentar com a diminuição do grau API”.(GOMES; ALVES, 2011; SZKLO et al, 2012)
Algumas modificações nesta expressão podem surgir especificamente no
denominador quando a temperatura é especificada em graus celcius (à 15,6º C)
A escala grau API surgiu em alternativa à escala grau Baumé, para produtos mais
leves do que água, sendo que a última escala é normalmente utilizada para soluções
140
mais densas que a água. º𝐵é = − 130;
𝑑 60/60

Em termos da classificação teremos:


Tab.3.3 Classificação do petróleo segundo o grau ºAPI. Adaptado
FAHIM et al (2012) SZKLO et al (2012) FARAH (2012)
ºAPI CATEGORIA ºAPI ºCATEGORIA ºAPI CATEGORIA
>38 Leves >31.1 Leves ≥40 Extraleves
38>ºAPI>29 Médios 31.1>ºAPI>22.3 Médios 40>APIº≥33 Leves
29>ºAPI>8.5 Pesados 22,3>ºAPI>10 Pesados 33>APIº≥27 Médios
<8.5 Muito <10 Extrapesados 27>APIº>≥19 Pesados
Pesados
19> APIº≥15 Extrapesados
<15 Asfáltico
Fonte: FAHIM et al (2012); SZKLO et al (2012);FARAH (2012)

Nos anexos pode-se observar outro critério de classificação que incluí o teor de S.
20

I.V CONCLUSÃO

O estudo das possíveis classificações do petróleo é fundamental para a


compreensão de vários conceitos no universo petrolífero. Por exemplo, é através do
conhecimento da composição química de um determinado petróleo, que se projeta
também o custo associado ao seu tratamento com o intuito de se alcançarem derivados
de qualidade necessária consoante o estipulado por lei.
Com base neste trabalho foi possível verificar, embora que bastante reduzida, uma
ligeira descordância na classificação dentre as bibliografas consultadas, algumas
consideravam asfaltenos e resinas como constituintes não hidrocarbonetos a passo que
outras como contaminantes, no entanto, até certo ponto a primeira consideração pode
ser tomada como mais adequada, uma vez que, embora possam ser considerados como
resíduos, algumas legislações (por exemplo a Brasileira) classificam as correntes mais
pesadas como asfálticas. Ainda sobre a composição química, pela tab 3.2 podemos
verificar como a presença de impurezas como organometâlicos podem influenciar
negativamente na qualidade dos derivados, fundamentalmente da desativação de
catalisadores de processo.
Foi ainda verificado que em várias literaturas, as olefinas não são consideradas
duante a classificação devido a sua instabilidade (devido as insaturações) o que não
acontece com os aromáticos que embora apresentem insaturações, são estabilizados por
ressonância.
A classificação mais sólida e genérica do petróleo em função da composição
química assenta na distribuição de classes , sendo especificada a natureza predominante
podendo haver correntes mistas como naftênico-aromática.
Ademais, verificou-se uma relação inversamente proporcional entre a escala de
Grau ºAPI e o teor de Enxofre , que apenas se descumpre em algumas excepções.
Em suma, a natureza do petróleo em si, salgado ou doce, pesado ou leve, dita que
produto preferencialmente estará associado.
21

V. Bibliografia

1. ALVES, F. B; GOMES, J.S . O Universo Da Indústria Petrolífera Da Pesquisa À


Refinação. 2ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011.
2. FAHIM, M.; TAHER, A:A.; AMAL, E. Introdução ao Refino do Petróleo. 4ª ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2012.
3. FARAH, M.A. Petróleo e Seus Derivados. 1ª ed. Rio de Jameiro: LTC, 2012.
4. SZKO, A.; ULLER,V.C.; BONFÁ, M. H.P. Fundamentos do Refino de Petróleo:
Tecnologia e Economia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2012.
22

ANEXOS

Fig.3.7 Teor de enxofre em fracções de petróleos de diferentes tipos.

Fonte :Farah (2012)

Fig.3.8 Características dos hidrocarbonetos.

Fonte: Farah (2012)


23

Fig.3.9. Classes de Correntes em função do grau API e do Teor de enxofre.

Fonte Szklo e outros (2012)

Fig.3.10. Exemplos de Asfaltenos e Resinas.

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