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Belo Horizonte
Departamento de Pós-Graduação em Psicologia
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
2007
HUDSON CRISTIANO WANDER DE CARVALHO
Belo Horizonte
Departamento de Pós-Graduação em Psicologia
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
2007
150 Carvalho, Hudson Cristiano Wander de
C331t Tradução, adaptação e validação fatorial do inventário de
2007 externalização para o contexto de universitários mineiros /
Hudson Cristiano Wander de Carvalho. -2007
147 f. : il
Orientador: Ângela Maria Vieira Pinheiro
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas
Gerais, Faculdade de Filosofia.
.
compreendido pela população avaliada e bastante consistente com sua versão original. A
análise de consistência interna indicou que o inventário é uma medida precisa do fator de
externalização na amostra coletada, no que diz respeito tanto à totalidade dos itens
context of Minas Gerais. The results of the translation and adaptation study indicated that
the inventory is perfectly comprehensible to the evaluated sample and it is also highly
consistent to its original version. The internal consistency analysis indicated that the
inventory is a homogenous measure of the externalizing factor, not only in regard to its
general score but also in regard to its facets. As expected, the common factor analysis
extracted a one second-order with three subfactors structure. The Externalizing Inventory
is a valid and reliable measure of the externalizing dimension among university stundents
of Minas Gerais.
EXTERNALIZAÇÃO
EXTERNALIZAÇÃO
FATORES CORRELACIONADOS
TETRAFATORIAL
SUMÁRIO
RESUMO EXPANDIDO........................................................................................ 14
1 REVISÃO TEÓRICA........................................................................ 19
1.1 INTRODUÇÃO................................................................................... 19
CATEGORIAS PSICOPATOLÓGICAS............................................. 22
PSICOPATOLÓGICAS....................................................................... 28
EXTERNALIZAÇÃO........................................................................ 30
PERSONALIDADE............................................................................ 48
4 OBJETIVOS........................................................................................ 51
5 ESTUDO I: TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO CULTURAL DO
INVENTÁRIO DE EXTERNALIZAÇÃO....................................... 52
EXTERNALIZAÇÃO.............................................................................. 56
5.1.1 MÉTODO............................................................................................. 56
5.1.2 RESULTADOS.................................................................................... 57
AMOSTRA DE BILÍNGÜES............................................................... 59
5.2.1 PARTICIPANTES................................................................................. 59
5.2.2 MÉTODO.............................................................................................. 60
5.2.2 RESULTADOS................................................................................... 60
5.3.1 MÉTODO.............................................................................................. 62
5.3.2 PARTICIPANTES................................................................................ 63
5.3.3 RESULTADOS.................................................................................... 63
CONSTRUTO ..................................................................................... 67
6.1 MÉTODO............................................................................................. 70
6.1.1 PARTICIPANTES................................................................................ 70
6.1.2 PROCEDIMENTOS............................................................................. 71
DE EXTERNALIZAÇÃO....................................................................... 83
REPRESENTAÇÃO DO CONSTRUTO.............................................. 98
BRASILEIRO...................................................................................... 106
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 113
AMERICANA.................................................................. 125
BRASILEIRA.................................................................... 142
RESUMO EXPANDIDO
paradigma dominante não somente dita o que deve ser estudado, mas, principalmente,
revolução científica.
14
DSM-IV-TR 1 da Associação Americana de Psiquiatria (2002), dá-se por meio de
categorias nosológicas.
para várias de suas limitações e imprecisões. Clark, Watson e Reynalds (1995), por
diagnósticos categoriais. Outros autores, como Widiger e Sankis (2000), ressaltam não
Todavia, até então, pouca atenção tinha sido direcionada à ciência de classificação
esses grupos têm encontrado que o padrão de co-ocorrência entre diversos transtornos
mentais pode ser explicado por dois fatores latentes de vulnerabilidade correlacionados:
1
O Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais é uma publicação da American
Psychiatrical Association, Washington D.C., sendo a sua 4ª edição revisada conhecida pela designação
“DSM-IV-R”. Esse manual fornece critérios de diagnóstico para a generalidade dos transtornos mentais,
incluindo componentes descritivos, de diagnóstico e de tratamento, constituindo um instrumento de
trabalho de referência para profissionais da saúde mental.
15
o fator de externalização e o de internalização. Enquanto o primeiro (fator de
MARKON, PATRICK; IACONO, 2005; WATSON, 2005), assim como a relação entre
como uma ampla dimensão psicobiológica das diferenças individuais que unifica e
16
A tradução e a adaptação do Inventário de Externalização (Estudo I) ocorreram
inventário, adaptar o seu conteúdo para o contexto cultural local, avaliar a equivalência
semântica entre os itens originais e suas versões em português e, por fim, garantir que o
seis fases, a saber: tradução, tradução reversa, apreciação dos autores, reescrita de itens
dos itens.
sua versão original. Devido ao uso de linguagem coloquial, acredita-se que este
alpha (Alpha de Crombach), indicou que o inventário é uma medida precisa do fator de
externalização na amostra coletada, no que diz respeito tanto à totalidade dos itens
17
três subfatores (ou três fatores de primeira-ordem). O fator de segunda-ordem foi
eixo principal é a máxima de que a relação entre uma série de traços de personalidade e
18
1 REVISÃO TEÓRICA
1.1 INTRODUÇÃO
1992; COSTA; MCCRAE, 1990; 1992). Entretanto, poucas foram as reais tentativas de
diagnósticos psicopatológicos.
para esse problema – que, segundo alguns autores (CLARK, WATSON; REYNOLDS,
segundo Clark (2005) e Jang, Wolf e Larstone (2006), procuram explicar tal fenômeno:
19
a primeira sugere que a co-ocorrência entre duas ou mais síndromes psicopatológicas se
dá por meio de uma relação temporal; já a segunda que a co-ocorrência entre transtornos
Segundo Clark (2005), a perspectiva que teoriza uma relação temporal de co-
ocorrência entre duas ou mais síndromes pode ser subdividida em duas vertentes
como Modelo de Patoplastia (Pathoplasty). Esse modelo propõe que a existência prévia
uma outra psicopatologia que tenha apresentado seu início posteriormente à primeira.
seja pelo efeito que a primeira cause sobre a segunda (ou terceira, quarta, etc.).
dimensão latente contínua que varia em intensidade e pode ou não apresentar uma
distribuição normal, indo de uma leve até uma severa tendência psicopatológica.
20
Clark (2005) ressalta que esses modelos não são mutuamente excludentes, mas,
sim, que cada um deles pode estar “parcialmente correto ou simplesmente incompleto”
(p. 506). O fato é que para cada um desses modelos há evidências empíricos que, por
vez, evidenciam um modelo ou outro. Flyn et al. (1996) apresentam evidências de que o
indivíduo apresentar um TPA comórbido. Além disso, Clark et al. (1995), baseando-se
esse mesmo indivíduo apresentar mais uma outra síndrome psicopatológica comórbida.
apresentam variáveis genéticas comuns e que sua variância pode ser modelada em um
fator latente chamado de fator de externalização (KENDLER et. al, 2003; KRUEGER et
al, 1998; KRUEGER, 1999). Esse tipo de evidência oferece suporte para a idéia de que
Modelo Espectral.
21
Predisposição). A personalidade pode ainda interferir no curso, na severidade ou na
também podem ser descritas sob a forma de um modelo hierárquico espectral (Modelo
Espectral).
Assim como há pesquisas que fundamentam cada um dos quatro modelos de co-
hipótese de Clark (2005), como Watson, Kotov e Gamez (2005), Jang, Wolf e Larstone
CATEGORIAS PSICOPATOLÓGICAS
por ele.
“uma classificação categórica que divide os transtornos mentais em tipos, com base em
22
diagnóstico é, portanto, realizado por meio de critérios relevantes à categoria nosológica
Psicossociais e Ambientais” aos quais os indivíduos podem estar expostos e que afetam
ocupacional.
síndrome, por sua vez, deve ser considerada como “uma manifestação de uma disfunção
23
sociedade são transtornos mentais, a menos que o desvio ou o conflito seja sintoma de
forma que seu principal fator norteador está em criar “um formato conveniente para
pela utilidade clínica e não por outros fatores. Assim sendo, transtornos de
As taxas de comorbidade entre os transtornos mentais são tão elevadas que sua
ocorrência não pode ser justificada pelo mero acaso (KRUEGER et al., 1998). De fato,
24
uma série de pesquisas aponta para níveis extremamente elevados de co-ocorrência
entre transtornos mentais agrupados no mesmo eixo e em eixos diferentes. Clark (2005)
relata que uma busca realizada no PsycINFO 2 revelou três principais tendências de
diagnósticos; (2) desordens menos prevalentes (p. ex., transtorno de corpo disforme) e
II), Clark (2005) afirma que podem ser três as razões que causem a co-ocorrência entre
de humor) e, por fim, (3) sobreposição entre critérios (p.ex., TPA compartilha critérios
de um eixo apenas, “pode ser difícil de encontrar um caso diagnóstico puro que também
não sofra de outros tipos de psicopatologia” (CLARK et al., 1995, pp. 128). Com
2
Sítio virtual de busca de trabalhos científicos indexados da área de Psicologia
25
¾ Pacientes diagnosticados com transtorno de personalidade histriônica também
e II do DSM-IV.
onze por cento (11%) dos adolescentes apresentavam associação entre algum
26
maior) e dependência de substâncias e 30% das adolescentes e mais de 20% dos
substâncias.
¾ Clark et al. (1995) citam, dentre outros, um estudo epidemiológico realizado por
longo da vida foi de 69%: 33 % de transtornos dos eixos I e II; 29% apenas do
prevalentes e co-ocorrentes.
27
não-clínicas. Os estudos realizados no Brasil são difíceis de encontrar e, ao exemplo do
trabalho de Razzouk (1998) orientado por Jorge, o alcance de seus resultados é restrito e
de baixo poder de generalização, além disso, muitos não estão publicados em periódicos
indexados.
2002), o diagnóstico de TPA pode ser aferido a alguém que apresente pelo menos três
sem compartilharem nenhum critério relevante (CLARK et al., 1995; KRUEGER et al.,
confiável ou este não possa ser definido operacionalmente, devendo-se utilizar medidas
28
sinônimo do processo de validação de uma teoria que pressupõe o uso sistemático de
pode ser reduzido a uma disfunção no indivíduo (APA, 2002). Dessa maneira, exclui-se
outras pessoas, é muito provável que isso já reflita uma tendência interna à manifestação
da conduta anti-social.
culturas tem sido questionada. Segundo Widiger e Sanks (2000), há duas principais
ocidental de se classificar como anormal tudo aquilo que foge às normas locais.
representado pelo DSM-IV-TR (2002) apresenta uma série de limitações com relação a
depressão maior, por exemplo, não pode ser conferido a uma pessoa que perdeu um ente
querido recentemente, uma vez que os sintomas referentes a esse diagnósticos seriam
29
causados por um acontecimento extrínseco ao indivíduo. Todavia, não há critérios de
EXTERNALIZAÇÃO
fator de internalização. Essas dimensões têm sido estudadas tanto do ponto de vista da
2005).
30
2.1 ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
transtornos mentais e a estabilidade dessa estrutura ao longo de três anos. Para tanto,
uma amostra representativa da cidade de Dunedin (Nova Zelândia) foi avaliada em dois
momentos, aos 18 e aos 21 anos, por meio de uma entrevista psiquiátrica estruturada
que melhor representava as correlações entre as dez síndromes avaliadas. Estes fatores
associação com seus respectivos fatores. Além disso, ambos os fatores apresentaram
31
Em um estudo epidemiológico subseqüente, Krueger (1999) examinou o padrão
foram analisados por meio de análises fatoriais confirmatórias para a amostra total,
separadamente para homens e mulheres e para uma subdivisão da amostra que buscava
ocorreu. Quatro modelos fatoriais foram propostos (um modelo unifatorial, um modelo
de dois fatores, um modelo com três e um com quatro fatores) e, então, comparados em
termos de sua adequação aos dados. O modelo de três fatores foi o que apresentou
32
FIGURA 1
KRUEGER, 1999.
.79
Dependência de Álcool
Dependência de Drogas
.84 Externalização
T. Personalidade Anti-social
.74
contribuíram significativamente para o estado da arte, uma vez que esta foi a primeira
tratar de uma amostra casual e, portanto, generalizável para toda a população americana.
Outro importante fato é que essa pesquisa amplia e complementa os achados de Krueger
et al. (1998).
33
Vollebergh et al. (2001) replicaram os achados de Krueger (1999) e Krueger et
al. (1998) em uma amostra representativa e aleatória da população dos Países Baixos.
Entretanto, antes de descrever alguns desses estudos, é necessário fazer uma breve
genética comportamental.
do ambiente e da genética.
34
Os estudos de genética comportamental que focam a investigação das diferenças
gêmeos têm o objetivo de responder à seguinte pergunta: em média, duas pessoas que
foram criadas juntas e que são geneticamente idênticas – gêmeos monozigóticos – são
do que pessoas que compartilham o mesmo ambiente e apenas metade dos seus genes –
estatísticas modernas são capazes de examinar os resíduos e o erro padrão das medidas
como evidência do efeito do ambiente não compartilhado. Por fim, estudos de adoção
Esses estudos são os mais capazes dentre os citados em isolar, com alguma clareza, os
estudo.
uma amostra de 626 pares de gêmeos (411 pares monozigóticos e 215 pares dizigóticos)
35
adolescentes de ambos os sexos com relação aos diagnósticos de transtorno de conduta,
apresentam pressupostos básicas com relação ao modo como são estimadas a variância e
por essa mesma razão, este modelo, quando comparado aos outros dois, é o menos
parcimonioso, uma vez que não há qualquer restrição estrutural sobre a variância e às
genética e ambiental, já que as estas não são livremente estimadas. Nesse modelo, o
latente extraído por meio da variância comum obtida entre as variáveis observadas. O
36
modelo de caminho comum é o mais parcimonioso dentre esses, por utilizar apenas uma
variável latente para explicar toda a variância genética e ambiental comum às variáveis
empíricas.
variáveis genéticas aditivas explicam a maior parte da variância (81%) no nível do traço
Externalização.
etiologia dos transtornos mentais são de alta relevância, pois a herança genética passa a
não determinar o desenvolvimento de uma ou outra síndrome específica, mas sim a ser
que o mesmo gene ou grupo de genes que predispõe o uso ou a dependência de cocaína
37
devido ao efeito diferencial do ambiente na manifestação da externalização, por
exemplo.
descrito. O modelo apresentado por eles identificou dois fatores genéticos comuns,
em relação ao sexo. Todavia, o modelo biométrico proposto por Kendler et al. (2003)
difere daquele proposto por Krueger et al. (2002), pois, desta vez, a estrutura que mais
Até o momento em que esta dissertação foi escrita, Patrick et al. (2005) realizaram o
38
novos estímulos. Segundo os autores, diversas pesquisas têm associado o P300 ao uso e
executivo. Esse tipo de evidência os levou a hipotetizar que (1) o fator de externalização
deve ser capaz de predizer a amplitude do P300, (2) as conexões entre externalização e
P300 explicariam as relações entre álcool e P300 e, por fim, (3) a amplitude do P300
social e de traços de personalidade incontidos, de forma que a soma dos escores resultou
uma matriz e rodar uma análise de componentes principais, observou-se que apenas um
componente era capaz e suficiente para explicar a maior parte da variância. Por
fisiológico e sua validade como uma vulnerabilidade comum a uma série de domínios
psicopatológicos.
39
2.4 ESTUDOS PSICOMÉTRICOS
empiricamente mais bem descrita como indicadora de uma dimensão contínua que
entre síndromes psicopatológicas e seus sintomas seria mais bem descrito em termos de
40
possibilidade de o teste do modelo indicar que a presença de um diagnóstico ou a
então, o modelo de classe latente não é apropriado, sendo mais indicado o modelo de
traço latente.
de maneira compreensiva e empírica esse construto. Assim sendo, Krueger et al. (no
estudo apresenta destaque para os interesses dessa dissertação, uma vez que culminou
O método proposto por Krueger et al. (no prelo) consiste em um método misto entre
que se testem hipóteses mais elaboradas acerca de sua estrutura latente e distribuição na
41
colocar todos os elementos componentes do fator de externalização em um mesmo nível
equipe da pesquisa. A coleta de dados foi realizada em três etapas, utilizando três
terceira etapa quatro novos domínios foram adicionados ao inventário. Em cada uma
das etapas, cada domínio foi analisado com o objetivo de se encontrar e confirmar
derivadas do domínio agressividade. O nome de cada uma delas reflete com acurácia o
seu conteúdo. A escala de Agressão relacional (19 itens) apresenta itens que avaliam a
física (21 itens) refletem agressão e contenção física de um terceiro, uso de armas,
crueldade com animais, etc. Agressão destrutiva (19 itens) refere-se ao vandalismo, à
de apresentar remorso diante de atos cometidos que possam prejudicar outra pessoa, etc.
Essa escala foi derivada do domínio falta de remorso, e seu conteúdo é bipolar:
42
respostas em uma direção deflagram tendências à frieza e ausência de remorsos, e na
Um alto escore nessa faceta refletiria uma tendência a se descrever como indivíduo
Alienação (09 itens) avalia o grau em que a pessoa não consegue atribuir a si as
Uso de álcool (23 itens) e Problemas com álcool (30) foram originalmente
com o prazer proporcionado pelo uso de álcool e as situações em que este ocorre. Os
risco.
As escalas Uso de maconha (17 itens) e Problemas com maconha (18 itens)
risco.
Uso de drogas (13 itens) e Problemas com drogas (25 itens) originaram-se do
mesmo domínio. A escala de uso avalia a experiência com o uso de drogas sem se fazer
43
negativas do uso, abuso e dependência de substâncias, inclusive o uso em situações de
Furto (15 itens) e Fraude (14 itens) são duas escalas derivadas do domínio
Confiança (23 itens) avalia uma tendência geral do indivíduo em ser consciencioso
e confiável.
44
excitação, emoções e aventura. Os itens de propensão ao tédio refletem uma tendência
A precisão de cada escala e do inventário foi calculada pelo índice ρ, que estima a
proporção em que o escore total do teste reflete variância do traço latente na amostra
45
FIGURA 2
Legenda: no modelo, F0 representa o fator que satura a covariância das variáveis empíricas (v1 – V6) e
dois subfatores (f1 e f2) que explicam a variância específica de agrupamentos entre as variáveis
empíricas.
46
TABELA 1
Facetas de Externalização λ1 λ2 λ3 Θ
Agressão Relacional 0,619 0,676 0,000 0,198
Agressão Física 0,740 0,412 0,000 0,311
Agressão Destrutiva 0,654 0,551 0,000 0,301
Empatia -0,482 -0,554 0,000 0,485
Culpa Externalizante 0,508 0,238 0,000 0,697
Alienação 0,487 0,012 0,000 0,763
Problemas com Álcool 0,690 0,000 0,237 0,478
Uso de Álcool 0,449 0,000 0,357 0,681
Problemas com Maconha 0,751 0,000 0,476 0,232
Uso de Maconha 0,727 0,000 0,613 0,125
Problemas com Drogas 0,870 0,000 0,303 0,168
Uso de Drogas 0,790 0,000 0,490 0,160
Assalto 0,872 0,000 0,129 0,230
Fraude 0,870 0,264 0,000 0,195
Honestidade -0,541 -0,305 0,000 0,629
Irresponsabilidade 0,925 0,000 -0,011 0,143
Confiança -0,661 -0,152 0,000 0,549
Impulsividade Problemática 0,913 0,000 -0,036 0,164
Controle -0,661 -0,074 0,000 0,562
Urgência Impaciente 0,726 0,215 0,000 0,441
Rebeldia 0,794 0,305 0,000 0,300
Propensão ao Tédio 0,593 0,283 0,000 0,584
Busca de Excitação 0,555 0,457 0,000 0,506
Legenda: as cargas no fator geral de externalização estão descritas na coluna λ1; as cargas
fatoriais nos dois subfatores estão descritas nas colunas λ2 e λ3; a variância residual está
descrita na coluna Θ. Os índices em negrito destacam cargas fatoriais significativas
indivíduos com diferentes níveis de severidade. A escala uso de maconha parece ser
47
curva normal. Outras escalas, como busca de excitação ou impulsividade problemática,
intensidade média de externalização pode ser um cidadão normal que busca emoções,
coloca como “a vítima das injustiças do mundo”. Por outro lado, uma pessoa com alta
descrevem a externalização como uma orientação geral que coloca o indivíduo contra o
48
latente de ordem superior (KRUEGER et al. 2002; KRUEGER et al, no prelo). Isso
tornam a manifestação de uma ou mais de suas facetas mais provável que de outras.
Assim, pode-se diagnosticar um indivíduo como dependente de cocaína sem que ele
49
FIGURA 3
Mais E1
…
En
amplo
Externalização
personalidade a transtornos mentais são nada menos que revolucionárias. Deary et al.
determinantes dos diversos níveis (biológico, sócio-cultural, etc.) de cada área podem
trazer uma série de avanços tanto para a compreensão do comportamento normal quanto
50
uma dimensão latente ampla que em grande parte é responsável pela manifestação de
uma série de problemas relevantes do ponto de vista social e individual. Por exemplo,
VIRGINIE, 2005). Todavia, tais relações, expressas por meio de índices de correlação,
4 OBJETIVOS
51
psicológica de indivíduos altamente externalizantes – indivíduos com problemas
Essa dissertação será dividida em dois estudos principais que se ocuparão em:
contexto cultural local e discutir as implicações desse estudo para o procedimento geral
INVENTÁRIO DE EXTERNALIZAÇÃO
– de uma língua para outra requer uma série de cuidados, incluindo uma adaptação
cultural da língua de partida para a cultura da língua alvo. Dessa forma, garante-se a
ligada à cultura que possibilitou seu uso e articulação (OCHS; SCHIEFFELIN, 1995),
52
pode não apresentar uma correspondência perfeita no português brasileiro, por exemplo.
(2005) pondera que o termo validade de construto não se limita unicamente aos
Dessa maneira, todo e qualquer estudo científico que utiliza medidas psicológicas
que os mesmos foram desenvolvidos tem tido grande destaque por trazer informações
por exemplo).
pesquisa utilizado se baseou no método postulado por Pasquali (2000 apud GRASSI-
semântica dos itens (PASQUALI, 1998) e, por fim, na própria da pesquisa de Carvalho,
saber: (1) tradução da versão estrangeira de um instrumento para a língua alvo, no caso,
53
brasileiro para a língua de partida (inglês); (3) comparação da tradução reversa, gerada a
partir da versão em português, com a versão original (em inglês) e identificação dos
itens cuja tradução não reflete exatamente o sentido original em inglês e que, em
amostra de bilíngües com um intervalo de quinze dias entre uma aplicação e a outra; (6)
com os itens que apresentam problemas semânticos identificados na etapa cinco (etapa
bilíngüe).
quinta etapa foi motivada pela pesquisa de Carvalho e colaboradores (2004), que
Após 15 dias, inverteu-se a ordem de aplicação. O grupo que havia sido submetido à
54
bilíngües, falantes de inglês e de português, a fim de se constatar a consistência entre as
reproduzam o conteúdo dos itens com suas próprias palavras. Se o pesquisador julgar
que há apreensão adequada do significado do item por parte dos participantes, assegura-
Externalização para o português brasileiro. Para alcançar esse fim, ele foi estruturado
apresentou-se o detalhamento das etapas 1-4, cujo principal objetivo foi o de assegurar o
maior paralelismo possível entre os itens traduzidos e suas versões originais, inclusive
que teve como objetivo verificar a consistência entre as respostas dadas a cada item da
análise correlações de Spearman. Essa fase culminou com a identificação dos itens que
português com o item 1 em inglês, por exemplo), revelando, assim, problemas com a
sua tradução e/ou adaptação para o contexto brasileiro, com o nível de competência em
55
inglês por parte de alguns dos participantes bilíngües ou com relação à sua adequação
Na terceira parte, foi pedido a um grupo de oito indivíduos com educação formal
identificados na fase anterior. Dessa forma, a compreensão desses itens por essa amostra
5.1.1 – MÉTODO
inglês) que também possui o título de bacharel em Psicologia. Cuidou-se que o referido
Assim que a tradução foi concluída, o autor da presente dissertação e sua orientadora
A tradução reversa, do português brasileiro para o inglês (etapa 2), foi executada
por um falante de inglês britânico como língua materna, professor de ensino de inglês
português. Este foi um procedimento cego, de forma que o tradutor não teve acesso à
versão original do inventário. Essa etapa teve como objetivo avaliar a correspondência
56
da versão traduzida com a versão original do inventário. Quando concluída, a tradução
5.1.2 RESULTADOS
tradução reversa do Inventário de Externalização pelo grupo de Krueger (etapa 3). Após
apreciação feita sobre cada um desses itens foi tomada como referência para a sua
reescrita em português (etapa 4). Os itens reescritos foram novamente traduzidos para o
inglês por uma lingüista americana altamente proficiente em português – novamente por
para uma terceira apreciação. Por fim, foram identificados 23 itens que necessitavam de
ajustes mínimos, sendo reformulados com base nas sugestões dos autores.
dentre aqueles que necessitaram ser reformulados três vezes, em suas três versões: o
57
explicações dos autores sobre o significado do item mediante a incompatibilidade entre
TABELA 2:
Nova tentativa dos autores I enjoy pushing people around…“means” I enjoy forcing
de esclarecer o significado people to do what I want…"
do item
58
5.2 PARTE II: ADMINISTRAÇÃO DAS VERSÕES AMERICANA E
AMOSTRA DE BILÍNGÜES.
Essa parte teve como objetivo avaliar a consistência entre as respostas dadas ao
encontradas nas respostas dadas pelos participantes nas duas versões do instrumento,
5.2.1 PARTICIPANTES
deles já haviam tido experiência mínima de seis meses de moradia em um país de língua
inglesa. A idade média dos participantes era de 22 anos e todos estavam cursando ou já
59
5.2.2 MÉTODO
aplicação das duas versões do inventário foi de 15 dias, de maneira que a metade dos
brasileira e a outra metade seguiu a ordem inversa (primeiro a versão brasileira e depois
a americana). Com esse controle, evitou-se um possível efeito que a ordem de aplicação
do inventário poderia ter causado nas respostas dadas aos itens. Com relação à
administração da versão americana, uma explicação padrão em inglês foi gerada para
cada um dos itens que continham gírias; essas explicações eram oferecidas caso o
matriz de dados do SPSS para Windows 14ª versão. A consistência entre cada item da
5.2.3 RESULTADOS
69 (cerca de 16,6% do total) apresentavam índices não significativos (menores que 0,4),
313 (cerca de 75,42% do total) mostravam índices significativos (entre 0,4 e 0,99) e 33
60
Para se obter uma maior compreensão dos 69 itens com índices não significativos
de correlação, efetuou-se uma segunda análise em que apenas os dados referentes aos 11
participantes que haviam morado por minimamente seis meses em algum país de língua
inglesa foram utilizados. O resultado dessa análise mostrou, então, que apenas 36 itens
apresentaram correlações menores que 0,4, 29 itens apresentaram correlações entre 0,4 e
qual 36 itens não apresentaram índices de correlação acima de 0,4: (1) os participantes
equivalente em português pode ter sido mal formulado ou mal traduzido e (3) o
externalização.
Essas hipóteses foram verificadas por meio da análise de correlação do item com
teríamos evidência de que o item mede o mesmo construto que o teste como um todo e,
item e o seu correspondente em inglês está na compreensão do item em inglês por parte
baixo índice em português, teríamos, então, um indicativo de que o item em inglês mede
61
o mesmo domínio que o inventário e a baixa correlação com o seu correspondente em
Dos 36 itens assim avaliados, somente seis geraram baixas correlações com o escore
previamente à etapa de inteligibilidade dos itens. Outros sete itens geraram baixas
correlações com ambos os escores, indicando inadequação cultural. Todo o restante (23
5.3.1 MÉTODO
reformulada dos seis itens classificados como mal traduzidos e aos sete itens
62
5.3.2 PARTICIPANTES
cada participante foi solicitado que relatasse, individualmente, o que entendia sobre
cada um dos itens da lista. Com base na qualidade e na unanimidade das respostas
5.3.3 RESULTADOS
três itens dentre os 13 que compunham a lista, levando à modificação de eu sou uma
pessoa que faz planos para eu sou uma pessoa que faz planejamentos, de eu já restringi
pressionar as pessoas e fazer com que elas me obedeçam para às vezes, eu gosto de
mandar (controlar) nas pessoas. Nos três casos, os itens faziam parte daqueles
63
5.4 DISCUSSÃO DO ESTUDO I
normais até de suas manifestações mais intensas e patológicas. Esse objetivo foi
atingido por meio de três estudos interdependentes que, por sua vez, apresentaram metas
educacionais.
participação ativa dos autores da versão original do inventário durante todo o processo
de tradução de seu instrumento para o português. Por meio da tradução reversa, Krueger
oferecer explicações adicionais sobre o significado dos itens cuja tradução não revelou o
64
construir a versão em português do Inventário de Externalização que não somente
Esses resultados, todavia, não puderam ser considerados como inequívocos, uma
vez que a maioria dos itens avaliados nessa etapa (23 em 36) apresentaram baixas
português, indicando limitações de compreensão do inglês por, pelo menos, parte dos
por ter permitido que os itens originalmente formulados em inglês e traduzidos para o
65
bilíngües como uma maneira de se estimar a equivalência entre itens por duas razões
Adicionalmente, o uso de participantes bilíngües poderia ter sido mais proveitoso caso
fosse possível se realizar um delineamento como o de, por exemplo, Sireci e Berberoğlu
(2000) que analisaram a equivalência dos itens, em duas amplas amostras paralelas
aleatórias de estudantes universitários turcos tendo o inglês como segunda língua, por
línguas.
66
6 ESTUDO II: ANÁLISE DE REPRESENTAÇÃO DO CONSTRUTO
original, validade de construto era tida como um meio pelo qual era possível validar
instrumentos cujo construto não poderia ser operacionalmente definido por um critério
externo definitório. Dessa maneira, fazia-se necessário utilizar medidas indiretas para se
critério externo – e não a teoria psicológica – era tido como parâmetro de validade.
construída.
67
delineamento de pesquisa a ser implementado; (4) articulações de como os dados
base nos resultados produzidos pela pesquisa. Essas cinco etapas foram precedidas por
das teorias periféricas (Psicologia da Personalidade, Psicopatia, entre outras) que dão
suporte ao construto examinado, de maneira que essa revisão é tida como o marco
norteador para cada uma das cinco etapas. Desse modo, tanto o delineamento da
construto estudado. A quinta etapa não se caracteriza por um desafio; sua função reside
no modo como a teoria outrora revisada será confirmada ou modificada diante das
68
FIGURA 4
Revisão
Teórica
Revisão
Crítica
dissertação contempla, com alguma limitação, todos os passos propostos por Smith
69
2003). Há dois procedimentos estatísticos principais aplicados a esse propósito: a
6.1 MÉTODO
6.1.1 PARTICIPANTES
da área de artes (artes cênicas, design gráfico e design de produtos). A Tabela 1 traz
dos diretores das unidades onde foram coletados os dados, mas também dos professores
que permitiram a utilização de seu horário de aula para realizá-la. Os dados foram
70
TABELA 3
♂ ♀ padrão)
Legenda: a totalidade da amostra e sua divisão por área de estudo é descrita na Tabela 3. Essa foi a base
amostral utilizada na etapa de análise de consistência interna e análise de fatores comuns.
6.1.2 PROCEDIMENTOS
Externalização que consistia de uma instrução que deveria ser lida anteriormente à
aplicação do inventário:
vocês acabaram de receber cosiste de 415 afirmações que avaliam o seu uso de
substâncias, como álcool e/ou drogas ilícitas, além de o seu modo cotidiano de agir e
verdadeiro, v = em grande parte verdadeiro, f= em grande parte falso, F= falso.
71
Marque a alternativa que melhor lhe descreva, não há respostas certas ou erradas,
validade de construto.
correlações existentes entre cada par de itens e o escore total da medida. O seu uso
uma escala têm por objetivo a mensuração de elementos de um mesmo construto, estes
devem estar correlacionados uns com os outros e com o escore total (PASQUALI,
72
correlações em medidas que utilizam itens com possibilidades múltiplas de resposta,
deve ser superior ou minimamente igual a 0,7, de maneira que coeficientes acima de 0,8
e 0,9 são considerados muito bons e admiráveis, respectivamente (HAIR et al, 2005).
entre número de itens presentes no teste (n) e a soma das variâncias dos escores dos
itens (DPt2). Assim sendo, mesmo que a intensidade das correlações entre os itens se
mantiver inalterada, o coeficiente alpha será maior com a ampliação do número de itens.
portanto, justifique um coeficiente alpha mais elevado, por outro lado, o mesmo pode
variabilidade das respostas dadas aos itens, de tal modo que uma elevada
73
No que tange à análise da consistência interna do Inventário de Externalização,
itens que compõem o inventário (415 itens) pode provocar uma superestimação do
coeficiente alpha if item deleted, caso um determinado item fosse excluído. Esses
indicadores permitem uma análise qualitativa do alpha encontrado, uma vez que a
recomendado pela literatura, de maneira que apenas um coeficiente acima de 0,8 será
serão estimados os coeficientes alpha de cada uma das escalas e, devido ao reduzido
número de itens que compõem algumas delas (09 itens da escala de alienação, por
exemplo), serão utilizadas as recomendações de Hair et al. (2005) de que alphas acima
74
6.1.5 CONSIDERAÇÕES ACERCA DA ANÁLISE EXPLORATÓRIA DA
ESTRUTURA FATORIAL
multivariada que trabalha com a suposição de que uma série de variáveis empíricas
2005). Seu valor para a psicometria reside em sua capacidade de definir a estrutura
(HAIR et al., 2005). Além disso, esse método estatístico tem sido comumente utilizado
presente trabalho (para uma discussão aprofundada desse tema, ver McDonald, 1985).
Todavia, pode-se dizer que a lógica por detrás do uso da AEFC reside na necessidade de
assume que existe um número de variáveis não observadas (fatores comuns) que
equivalente zero” (McDonald, 1985, p.50). A porção da variância de cada variável que
não puder ser explicada pelos fatores comuns é chamada de variância específica ou
3
Análise exploratória de fatores comuns é mais comumente encontrada na literatura sob a rúbrica de
“análise fatorial exploratória”. Entretanto, esse termo é ambíguo, já que seu uso não implica
necessariamente na aplicação da análise de fatores comuns, podendo ser muito facilmente confundido
com a análise de componentes principais.
75
única e, do ponto de vista da álgebra linear, essa variância não está correlacionada com
fatores comuns.
sua aplicação, de seus pressupostos e de como reportar seus resultados (RUSSEL, 2002;
OSBORNE, 2005). Fabringer et al. (1999) ressaltam cinco passos que devem ser
fatorial inicial.
De maneira geral, regras pontuais com relação ao número amostral sugerido para a
número mínimo de cinco sujeitos por variável. Assim sendo, o número de variáveis a
76
ser incluído nessa análise é equivalente ao número de escalas (ou facetas) presentes no
com um total de 11,2 observações por variável (258 participantes/23 variáveis). Além
disso, outros indicadores foram utilizados para avaliar a adequação da amostra para a
computadas, de forma que coeficientes de KMO e de MSA acima de 0.6 são aceitáveis,
acima de 0.7 são moderados e acima de 0.8 são admiráveis, e resultados significativos
análise de fatores comuns, sendo o seu uso, dessa forma, altamente recomendado.
usados por psicólogos. O SPSS 14ª versão, por exemplo, dispõe de sete diferentes
Axis Factoring, PAF) (FABRINGER et al., 1999). Além destes, unweighted least
squares (ULS) também será considerado devido à sua superioridade estatística sobre
77
A ACP não se trata de um procedimento de análise de fatores comuns, mas sim de
extraídos) iniciais como iguais a 1.0. Isso significa que a variância presente em cada
variável da análise é inteiramente explicada pelos componentes extraídos, sem que haja
qualquer diferenciação entre variância comum e específica. Por essa razão, a ACP
compostas, com o intuito de maximizar o seu poder explicativo, sem que haja a
à ACP, de forma que sua única diferença reside na maneira como são calculadas as
extraindo fatores por meio dela, daquela variância que é única (Russel, 2002). Apesar
não será utilizado devido à sua inferioridade estatística em relação aos estimadores de
ML e de ULS.
objetiva adequar os dados de modo que a discrepância entre a correlação existente nos
78
seja o mais próximo possível de zero (se a distância for igual a zero, tem-se um perfeito
normalidade multivariada seja fortemente violado (skewness > 2 e kurtosis > 7),
distorções nos resultados serão esperadas, como casos em que a carga fatorial de uma
“Heywood cases” (Fabringer et al., 2002). Briggs e McCalum (2003) ainda ressaltam
que uma importante característica desse método de extração fatorial é que a distância
entre correlações baixas e altas é amplificada, ressaltando fatores fortes (fatores que
que são teoricamente relevantes e que devem ser ressaltados apesar de sua
vulnerabilidade estatística.
destrutiva, problemas com maconha, problemas com drogas, roubo) violam fortemente
literatura) é um método de estimação fatorial cuja noção de melhor adequação (best fit)
79
cargas fatoriais e a variância única na amostra coletada) a um segundo conjunto de
variância única na população da qual a amostra foi extraída) (McDonald, 1985). Assim,
esse método disponibilizará uma matriz fatorial cuja discrepância entre as cargas
a variância única presentes nos dados coletados será a menor possível dentro de uma
proposto.
distribuição das variáveis mensuradas. Ainda, segundo Briggs e McCalum (2003), ULS
apresenta uma outra vantagem sobre ML por ser capaz de recuperar com mais precisão
fatores fracos que estão presentes na população e que são importantes para a
tanto de fatores fortes quanto fracos, a utilização de ULS como o estimador fatorial para
original (KRUEGER et al., no prelo), uma estrutura hierárquica de um fator com dois
mais sofisticadas – modelagem por equações estruturais – o que vai além da proposta
número de fatores a ser retido foi determinado com base nos critérios do teste de scree,
análise das comunalidades. Também se privilegiou soluções fatoriais mais simples, com
80
Neste ponto, torna-se necessário fazer considerações adicionais sobre o valor da
comunalidades são computadas a partir do quadrado das correlações múltiplas que uma
comunalidades podem apresentar valores que variam entre 0 e 1, de modo que uma
variável com uma comunalidade cujo valor equivale a 1 é totalmente prevista pelos
apresenta uma relação de total independência com os fatores comuns presentes nos
fatorial e, portanto, sua interpretação pode ser fundamental tanto para a decisão de se
implementar a AEFC quanto para se determinar quantos fatores devem ser retidos e
qual é o grau de estabilidade da solução proposta. Segundo Velicer e Fava (1998, apud
tendem a produzir soluções fatoriais estáveis mesmo com amostras reduzidas. Todavia,
índices minimamente iguais a 0.4 são aceitáveis (outros autores, como HAIR et al.,
sugerem que comunalidades abaixo de 0.5 têm poder explicativo muito baixo).
Comunalidades menores que 0.4 podem indicar que o número de fatores extraídos é
podem indicar que a variável cuja comunalidade é menor que 0.4 não esteja,
após a extração de fatores será considerado tanto com relação ao número de fatores,
81
Neste estudo, utilizou-se rotação Promox (kappa = 4), seguindo-se as sugestões
de Fabringer et al. (1999), Russel (2002) e Costello e Osborne (2005). Segundo esses
autores, a rotação obliqua traz uma representação mais verossímil da relação latente
entre dimensões psicológicas, já que, em sua grande maioria, apresentam algum nível de
fatores sejam correlacionados. Caso a estrutura fatorial seja ortogonal (ou não
somente cargas fatoriais iguais ou maiores que 0,35 são significativas. Neste estudo,
cargas fatoriais dessa magnitude mostram que o item compartilha minimamente 10% de
variância comum com os outros itens do fator (0,322 = 0,1024). Além disso, a escolha
por se considerar cargas fatoriais acima de 0,32 como significativas justifica-se por uma
razão estratégica que será retomada no momento em que os resultados forem discutidos.
próxima seção foram extraídos por meio de uma análise exploratória de fatores comuns,
4), por meio da 14ª versão do aplicativo SPSS para Windows. A análise de segunda
ordem foi realizada por meio do aplicativo Mplus (MUTHEN; MUTHEN, 2002), por
82
permitir a exploração da estrutura latente de segunda ordem com base nas correlações
EXTERNALIZAÇÃO
dinheiro de membros de minha família” for respondido como verdadeiro, isso significa
parte verdadeiro (2), em grande parte falso (3) e falso (4)), assim o procedimento de
recoficação de variáveis permite que itens como este sejam invertidos na matriz de
externalizante”.
consideração os 408 itens analisados para esse fim, mostrou-se admirável, alcançando
um coeficiente alpha total de 0,983. A redução do número de itens de 415 para 408 se
83
justifica pela ausência de variabilidade presente nos itens de número 61 (Eu já usei uma
arma em uma briga), 86 (Eu já injetei drogas), 101 (Eu já deixei de pagar a pensão
alimentícia), 117 (Eu já comprei coisas usando um cartão de crédito ou seu número
roubado), 208 (Eu já usei uma arma para conseguir algo que eu desejava), 271 (Eu já
fui indiciado(a) por agressão) e 387 (O meu hábito de beber já me causou problemas
com a lei).
uso de drogas injetáveis, que já usou uma arma em uma briga, que já foi indiciado por
agressão ou que já comprou algo com um cartão de crédito roubado provavelmente não
acredita-se que esses itens possam ser sensíveis com relação à identificação das
deleted indica que o alpha do inventário não está superestimado, uma vez que, de
e admiráveis (acima de 0,9) para 19 delas, de maneira que o coeficiente mais robusto foi
84
o da escala de Uso de álcool (0,959). As escalas de Agressão Destrutiva, Agressão
Física, Assalto e Fraude obtiveram alphas moderados, estando eles entre 0,75 e 0,764.
85
TABELA 4
Agressão Relacional (19 0,869 Eu falo mal de pessoas que me causam problemas.
itens)
Empatia (31 itens) 0,909 Eu realmente sinto as emoções dos outros.
Culpa Ext. (14 itens) 0,896 As pessoas freqüentemente me usam de bode expiatório.
Alienação (09 itens) 0,8 As pessoas me usam.
Problemas com Álcool (30 0,898 Eu já tive problemas médicos por beber.
itens)
Uso de Álcool (23 itens) 0,959 Eu gosto de tomar um drinque para relaxar.
Problemas com Maconha (18 0,925 Eu ficava “doido” com uma menor quantidade de maconha do
itens) que é preciso hoje.
Uso de Maconha (17 itens) 0,926 Eu nunca na minha vida usei maconha.
Problemas com Drogas (25 0,897 Eu já abandonei coisas que eu gostava por causa de drogas.
itens)
Uso de Drogas (13 itens) 0,883 Eu já usei remédios para “ficar doido” .
Impulsividade Probl. (20 0,859 Minha falta de autocontrole me traz problemas.
itens)
Controle-plano (11 itens) 0,876 Eu penso antes de fazer as coisas.
Impaciência (12 itens) 0,859 Quando quero algo, quero para já.
Furto (15 itens) 0,76 Eu já fui pego(a) roubando em lojas.
Fraude (14 itens) 0,755 Eu já menti para obter vantagens no emprego.
Honestidade (15 itens) 0,847 Eu falo a verdade mesmo quando isso me traz problemas.
Irresponsabilidade (25 itens) 0,836 Eu já dei o bolo em amigos.
Confiança (23 itens) 0,876 Eu concluo projetos que começo.
Rebeldia (15 itens) 0,864 Eu não sou muito obediente.
Busca de Excitação (18 itens) 0,896 Eu faço várias coisas só pela emoção.
Propensão ao Tédio (12 itens) 0,857 Eu fico entediado quando tento relaxar.
Total (408 itens) 0,983
que tange tanto ao escore total do inventário, quanto às subescalas na amostra estudada.
86
Além disso, pode-se afirmar que, diante dos padrões consistentemente altos de
correlação item-total e dos alphas referentes às facetas do inventário, o alpha total não
considerados consistentes.
MSA se mostraram acima de 0,7 em todas as escalas, de forma que o índice menos
pela inteligibilidade dos fatores e pela análise das comunalidades. Entretanto, nenhum
extrair uma solução fatorial inequívoca. Diante disso, cada critério foi balizado pelos
variância total na matriz de dados. Após a extração de fatores comuns e, portanto, após
87
56,941% da variância. Apesar de o teste de scree indicar a presença de quatro fatores
cada fator, que os dois primeiros explicam 47,446% da variância total e os dois últimos
somados apenas 9,496%, de maneira que o quarto fator explica somente 3,996%.
Assim, serão extraídas e comparadas uma solução fatorial de três fatores e uma de
coletados.
FIGURA 5
Scree Plot
10
8
Auto-Valor
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Número de Fatores
88
6.3.2.1 ANÁLISE DAS COMUNALIDADES
uma solução de três fatores, utilizando rotação oblíqua (promox, kappa = 4) e ULS
TABELA 5
comunalidades acima de 0,4 como sendo minimamente necessárias para que a solução
89
fatorial apresente alguma estabilidade (COSTELLO; OSBORNE, 2005).
Comunalidades menores que 0,4 podem indicar que: a solução fatorial proposta não é
totalmente adequada aos dados, devendo-se, portanto, extrair um fator adicional, ou que
as variáveis cujas comunalidades são baixas devem ser excluídas da análise. Assim, o
padrão de comunalidades em uma solução tetrafatorial foi gerado (ver Tabela 6).
TABELA 6
90
as facetas do inventário, foram encontradas magnitudes acima de 0.4, com exceção da
escala de Empatia (0.361) que, ainda assim, apresentou uma importante melhoria. A
que uma solução tetrafatorial pode ser mais adequada. Entretanto, ainda é necessário
comportam pode trazer informações sobre a natureza desse quarto fator. Por exemplo, a
presença de heywood cases (casos em que a carga fatorial excede 1), a polarização da
fator foi determinado pelas escalas que avaliam o uso de substâncias e problemas com
substâncias, assim como pelas escalas assalto e rebeldia, de maneira que a escala que
apresentou a carga mais expressiva foi a de uso de drogas (0,973) e a menos expressiva
sendo que urgência impaciente foi a escala que mais fortemente o caracterizou (0,890),
91
e busca de excitação (0,336) a que apresentou menor associação com o fator. O terceiro
fator foi composto pelas escalas que avaliam diferentes tipos de agressividade e traços
anti-sociais, de maneira que a escala que apresentou mais forte associação ao fator foi a
(0.402) e entre o primeiro e o terceiro fatores (0.488), mas foi mais substancial a
correlação entre o segundo e o terceiro fatores (0.65). A Tabela 7 traz a matriz fatorial
92
TABELA 7
CORRELACIONADOS
Fatores
Escalas Fator 1 Fator 2 Fator 3
Uso de Drogas 0,973 -.189 .048
Uso de Maconha 0,950 -.130 -.136
Problemas com Maconha 0,899 .070 -.240
Problemas com Drogas 0,814 .068 -.085
Problemas com Álcool 0,549 .063 .197
Uso de Álcool 0,506 -0,037 0,239
Rebeldia 0,396 0,162 0,312
Urgência Impaciente -0,111 0,890 -0,143
Impulsividade Problemática 0,109 0,846 -0,066
Controle e planejamento 0,154 0,715 -0,254
Alienação -0,147 0,683 0,009
Propensão ao Tédio -0,105 0,661 0,061
Culpa Externalizante -0,206 0,584 0,195
Irresponsabilidade 0,237 0,468 0,152
Confiança 0,188 0,373 0,183
Busca de Excitação 0,301 0,336 0,195
Agressividade Destrutiva -0,074 -0,144 0,867
Agressividade Relacional -0,132 0,146 0,729
Agressividade Física -0,092 0,093 0,678
Empatia -0,021 -0,179 0,622
Furto 0,377 -0,134 0,531
Honestidade 0,007 0,072 0,506
Fraude 0,109 0,288 0,481
complexa de ser analisada que a de três fatores. O primeiro fator manteve-se bastante
semelhante ao primeiro fator da solução de três fatores, com exceção do fato de que, ao
significativa no modelo tetrafatorial (0.343). O segundo fator foi composto por algumas
93
escala que mais fortemente se associou ao fator foi a escala de urgência impaciente
(0,855) e a que apresentou menor associação foi a escala de busca de excitação (0.357).
de modo que agressividade destrutiva é a faceta que apresentou a carga fatorial mais
expressiva com o terceiro fator (0.755) e fraude (0.433) a escala com a carga fatorial
duas primeiras apresentam cargas fatoriais expressivas (0.69 para ambas) e as restantes
cargas fatoriais moderadas. Esse quarto fator parece formar um fator de anti-
externalização, uma vez que as facetas que mais intensamente se relacionam a ele são
fatores foram moderadas, com exceção do segundo com o terceiro fator, cuja correlação
fatorial rotada (approximate simple structure). Cargas fatoriais acima de 0.32 foram
94
TABELA 8
Fatores
Escalas Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4
Uso de Drogas 0,978 -0,195 0,036 -0,018
Uso de Maconha 0,960 -0,147 -0,135 -0,034
Problemas com Maconha 0,901 0,001 -0,226 0,029
Problemas com Drogas 0,794 -0,030 -0,074 0,107
Problemas com Álcool 0,627 0,175 0,142 -0,147
Uso de Álcool 0,550 0,038 0,198 -0,087
Rebeldia 0,398 0,135 0,274 0,104
Urgência Impaciente -0,057 0,855 -0,177 0,084
Alienação -0,078 0,729 -0,039 -0,016
Propensão ao Tédio -0,047 0,682 .0,018 0,021
Culpa Externalizante -0,139 0,655 0,138 -0,025
Impulsividade Problemática 0,067 0,607 -0,056 0,381
Busca por Excitação 0,343 0,357 0,147 0,020
Agressividade Destrutiva -0,008 0,069 0,755 -0,141
Empatia -0,119 -0,303 0,654 0,264
Agressividade Relacional -0,041 0,368 0,638 -0,185
Agressividade Física -0,044 0,219 0,590 -0,040
Honestidade -0,149 -0,208 0,585 0,484
Assalto 0,370 -0,111 0,481 0,061
Fraude 0,117 0,276 0,433 0,117
Confiança 0,005 -0,040 0,254 0,690
Controle e planejamento 0,001 0,302 -0,224 0,690
Irresponsabilidade 0,183 0,276 0,157 0,332
TABELA 9
TETRAFATORIAL
95
Diante do que foi exposto, optou-se por um modelo trifatorial por este ter
produzido uma solução fatorial mais parcimoniosa, com menor presença de cargas
fatoriais cruzadas e correlações mais expressivas entre os fatores. Além disso, o modelo
de três fatores produziu uma solução inteligível do ponto de vista da teoria, sendo que o
desrespeito por normas sociais, o que justifica as correlações encontradas entre eles.
Outro fato que chama atenção é a de que a estrutura trifatorial apresenta um fundo
correlações entre variáveis indicam que elas mensuram algo em comum. Dessa forma,
que cada variável passou a apresentar uma carga fatorial em cada um dos fatores (de
96
fato, essa carga representa o peso da regressão de uma variável sobre os fatores
Apenas um fator foi capaz de explicar 58,871% da variância total nos fatores de
97
FIGURA 6
INVENTÁRIO DE EXTERNALIZAÇÃO..
Fator de
Externalização
Fator de vulnerabilidade
ao uso Problemático de
substâncias
0,488 0,402
98
6.3 DISCUSSÃO SOBRE ESTUDO II – ANÁLISE DE REPRESENTAÇÃO DO
CONSTRUTO
coeficiente alpha – Alpha de Crombach – cujo resultado pode ser interpretado como
amostra estudada, no que diz respeito tanto à totalidade dos itens contidos no inventário
forma que alguns deles estabelecem afirmações sobre a maneira cotidiana de agir e
pensar e outros a respeito de eventos pontuais que podem, até certo ponto, ter ou não
99
ocorridos. Assim sendo, o elevado alpha encontrado para o referido instrumento não
pôde ser ter sido causado pela semelhança entre o conteúdo dos itens – que poderia ter
estrutura, mas, sim, ao fato de eles refletirem diferentes manifestações de uma mesma
segunda-ordem foi capaz de explicar a variância comum entre três fatores de primeira-
ordem. Os três fatores localizados no estrato inferior do modelo foram nomeados de:
e à conduta anti-social foi adequadamente empregada, uma vez que os escores nessas
possível diagnosticar um indivíduo como portador de uma das referidas síndromes com
base, unicamente, na posição desse indivíduo com relação à norma. Para tanto, é
DSM-IV-TR e pelo CID-10. O terceiro fator foi composto pelas escalas construídas a
100
personalidade está relacionada à emergência ou ao curso desenvolvimental de
determinadas psicopatologias (CLARK, 2005), esse fator pode apenas ser interpretado
controle de impulsos.
reanalisadas por meio da AEFC sem qualquer restrição quanto ao número de fatores a
em ser extraídos. Assim como esperado, apenas um fator foi extraído e, com base no
modelo teórico que embasa está dissertação, o fator foi nomeado de fator de
externalização, uma vez que sua estrutura reflete perfeitamente a definição constitutiva
do construto externalização.
(de que este seria um modelo hierárquico de um fator com dois subfatores, cuja natureza
Inventário de Externalização em uma cultura diferente daquela para a que ele foi
101
desenvolvido e por permitir a utilização futura do mesmo em outras pesquisas
7 DISCUSSÃO GERAL
Assim como estabelece Popper (1969), a teoria científica deve ser estruturada de
uma forma tal que permita a proposição de hipóteses que, ao serem testadas,
corroborem ou falsifiquem a própria teoria. Em uma pesquisa psicométrica que tem por
Assim, essa última parte da dissertação objetiva explicitar o modo como os resultados
102
limitações deste estudo. Além disso, reserva-se aqui o espaço para ir um pouco além da
brasileiro.
Esta seção irá seguir o seguinte roteiro: em primeiro lugar, serão ressaltados os
aspectos que foram considerados como destaque na dissertação; em segundo lugar, suas
considerada.
7.1 DESTAQUES
sucesso em atingir uma equivalência semântica entre o conteúdo dos itens da versão
pareceres que serviram de base para a reestruturação de itens que não haviam captado o
na validação do modo como os itens acabaram por ser estruturados. Um exemplo desse
duplo papel foi a adaptação do item I’ve stood friends up. Ao ser traduzido para o
103
português brasileiro, I’ve stood friends up tomou a forma de Eu já dei “o bolo” em
significado. Quando Eu já dei “o bolo” em amigos foi traduzido para o inglês ele voltou
a sua formulação original. Assim, apesar de não se tratar de uma tradução lexical
sua versão original. O parecer favarável diante do paralelismo óbvio entre os itens
tratamento dos dados realizado no estudo de Carvalho et al. (2004), que motivou a
realização desta etapa. Nesse estudo, uma amostra de adolescentes bilíngües respondeu
modo que os itens em português que apresentaram correlações não significativas com
correlação significativa com o escore total de sua escala em português, o que poderia
assegurar que o item traduzido, apesar de não equivalente ao original, seria homogêneo
104
Externalização, incluiu análises qualitativas para se testar três hipóteses, a saber: (1) os
inglês; (2) o seu equivalente em português pode ter sido mal formulado ou mal
a construção de itens mais simplificados e que poderiam ser compreendidos por estratos
sociais com educação formal menor que aquela utilizada para a validação do Inventário
atenção pelo modo como foi conduzida a análise de fatores comuns. Como ressaltam
2005), o uso do termo “análise fatorial” tem sido utilizada na literatura psicológica de
modo impreciso e, muitas vezes, incorreta do ponto de vista dos pressupostos dessa
ferramenta estatística. Assim, o uso dessa técnica para a análise da estrutura latente dos
105
disso, esta é a primeira tentativa formal de se avaliar tal proposição teórica no contexto
7.2 LIMITAÇÕES
Inventário de externalização – deveriam ter sido testados. Além disso, segundo Krueger
et al. (no prelo), o modelo estrutural que melhor se adapta aos dados é um modelo
hierárquico de um fator com dois subfatores. Por fim, Krueger et al. (no prelo)
coletada. Esses procedimentos não foram efetuados no presente estudo, pois – devido a
teórico por meio da aplicação do Inventário de Externalização vai muito além dos
106
7.3 APLICAÇÃO DO INVENTÁRIO DE EXTERNALIZAÇÃO:
um modelo diagnóstico dos transtornos mentais que tenha como eixo estruturante
vez que a comorbidade intra e inter-eixo seria acomodada pelo modelo como a
retardo mental. Por fim, Krueger et al. (2005) argumentam que a co-ocorrência entre o
107
controle de impulsos podem ser explicada por uma dimensão latente de externalização e
explicativo.
baseada no modelo dos cinco grandes fatores de personalidade, por exemplo – e a partir
da normatização desses instrumentos estabelecer pontos de corte para cada uma das
por esse indivíduo nas suescalas do inventário, assim como nos escores fatoriais
dentre os transtornos externalizantes que mais bem caracterizaria o seu estado mental.
Caso fosse encontrado um escore acima do ponto de corte nas escalas de uso de
108
diferencial (baseado em uma categoria nosológica), mas também sua posição relativa
modelo seja amplamente aceito e utilizado pelos profissionais de saúde. Segundo First
(2005), um modelo diagnóstico dos transtornos mentais deve ser prático acima de tudo,
um diagnóstico em apenas uma sessão. Ainda, por ser o diagnóstico mental realizado de
modo análogo ao diagnóstico físico – por meio de critérios observáveis – tem-se uma
seus critérios por parte das pessoas interessadas. Desse modo, um diagnóstico de
sucesso comunicativo dessas categorias nosológicas. Por outro lado, o uso desse sistema
mostra inverossímil ao fenômeno que pretende descrever, como mostrado por diversos
109
autores (CLARK, 2005, WIDIGER; SAMUEL, 2005; KRUEGER et al., 2005, CLARK
relacionadas no referido sistema seria profundamente dispendioso e longo, uma vez que
não seria um terinamento meramente técnico que visaria a adapatação dos profissionais
profissionais a uma complexa, abstrata e nova forma de pensar sobre noções básicas de
saúde mental como normalidade, anormalidade, comorbidade, entre outras. Ainda, seria
estabelecida uma quebra clara entre doenças físicas que existiriam em um plano
de álcool”).
avaliação de tais dimensões. Apesar de esse procedimento ser mais próximo do atual e,
110
dessa maneira, facilitar a familiarização dos profissionais a um modelo dimensional,
personalidade não se justifica do ponto de vista da teoria. Assim, não são fáceis as
decisões no que tange à essa temática. Pesquisas futuras podem ajudar a esclarecer o
Neste sentido, Arantes (2005) e Carvalho (2005) avaliam, por exemplo, que os
seriam, portanto, compreendidas pelas esferas do poder (peritos, juízes, entre outros) e
111
desviam da normalidade e que devem, compulsoriamente, ser recolocados na linha
dessa normalidade.
Neste sentido, Foucault se torna uma das principais bases de referência nacional,
uma vez que propõe uma análise desconstrutiva da própria noção de normalidade, mais
Foucault (1977) propõe que o sistema carcerário seria um local substitutivo, em que o
infrator não é avaliado como um indivíduo, ou mesmo por sua vida, ou pelos seus atos
psicólogo, munido de seu instrumentário teórico e prático, trabalha como uma espécie
meio do agrupamento de sintomas que codificam uma síndrome mental, uma categoria.
112
que o identifica como doente mental. Assim, o “delinqüente” ou “alcoólatra” é um
como incompatível com o sistema social que produz e é produzido pelas pessoas de
bem e que. O Modelo Espectral de Externalização traz uma noção mais ampla e
que se manifesta. Desse modo, o “delinqüente” não seria alguém diferente de todos e
não manifestá-las.
não é possível e não cabe aqui responder. O fato é que a implementação de modelos
dimensionais está relativamente longe de ocorrer. Ainda assim, a perspectiva trazida por
tal visão é, certamente, uma revolução científica na área e que, como toda revolução,
113
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122
WATSON, D., CLARK, L. A.; HARKNESS, A. R. (1994). Structure of Personality and
for the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – Fifth Edition. Journal
123
APÊNDICE A
fatores de Personalidade).
Sei que posso me recusar a participar desse estudo ou que posso abandoná-lo a qualquer
124
Sei que não está prevista qualquer forma de remuneração e que todas as despesas
Portanto, concordo com o que foi exposto acima e dou o meu consentimento.
_______________________________________
Assinatura do voluntário
Declaro que expliquei os objetivos desse estudo, dentro dos limites dos meus
conhecimentos científicos.
_______________________________________
Assinatura do pesquisador responsável
hdsncarvalho@yahoo.com
125
APÊNDICE B
Directions: This questionnaire contains statements that different people might use to
For each statement, fill in the bubble next to the choice that describes you best. There
are no right or wrong answers; just choose the answer that best describes you.
Answer all of the items. Please work rapidly and do not spend too much time on any one
statement.
2. I am a truthful person. τ Τ Φ φ
I have broken someone’s things to prevent them from being
3. τ Τ Φ φ
used.
4. I've smoked marijuana before going to work or school. τ Τ Φ φ
126
10. There have been periods when I kept using drugs even though
τ Τ Φ φ
it caused me harm.
11. I have been arrested or charged for drunk driving. τ Τ Φ φ
15. I've enjoyed getting drunk now and then, just for fun. τ Τ Φ φ
127
I've told lies about someone just to see how it would affect
37. τ Τ Φ φ
them.
38. When someone gets hurt, I experience his/her pain. τ Τ Φ φ
40. I've had urges to use marijuana that were hard to resist. τ Τ Φ φ
57. The faster over the speed limit the more fun the ride. τ Τ Φ φ
128
I've ruined lives because I couldn't resist doing something I
64. τ Τ Φ φ
wanted.
If something doesn't make my heart race a little, it's not as
65. τ Τ Φ φ
fun.
66. I have bought expensive things without figuring out how I
τ Τ Φ φ
would pay for them.
67. I have lied to get out of things I didn't want to do. τ Τ Φ φ
129
91. My drug use led to problems at work or school. τ Τ Φ φ
My life would be better if I planned things ahead of time
92. τ Τ Φ φ
more.
93. I have thrown something at a person who angered me. τ Τ Φ φ
115. I've often ended up using more marijuana than I meant to. τ Τ Φ φ
I have gotten things from people by making them feel sorry
116. τ Τ Φ φ
for me.
130
117. I have bought things using a stolen credit card or credit card
τ Τ Φ φ
number.
118. When I haven’t used drugs in a while, I get restless. τ Τ Φ φ
132. People are always trying to unfairly pin the blame on me. τ Τ Φ φ
I have inhaled the fumes of something to get high, like paint
133. τ Τ Φ φ
or glue.
134. I've never gotten drunk. τ Τ Φ φ
131
144. I have taken items from a store without paying for them. τ Τ Φ φ
151. I sometimes like to smash things just for the fun of it. τ Τ Φ φ
132
172. Sometimes I threaten people. τ Τ Φ φ
181. I’ve held someone down to get what I wanted from them. τ Τ Φ φ
183. I've done fun things that others thought were too dangerous. τ Τ Φ φ
133
199. I keep appointments I make. τ Τ Φ φ
212. When I feel a need for something, it's hard to say no. τ Τ Φ φ
215. I’ve told lies about someone else to make myself look better. τ Τ Φ φ
218. I've started a fire that caused damage, just for fun. τ Τ Φ φ
134
226. I've had more than five alcoholic drinks at one time. τ Τ Φ φ
235. Even when I don’t do anything wrong, I still get blamed for it. τ Τ Φ φ
240. I've had to use more marijuana to get the same high. τ Τ Φ φ
135
253. I have been in trouble with the police for physically hurting
τ Τ Φ φ
someone who angered me.
254. I have problems with being on time for things. τ Τ Φ φ
255. I don't like being around people who are using drugs. τ Τ Φ φ
136
280. I have talked someone into having sex with me. τ Τ Φ φ
137
307. Sometimes I function better with marijuana than without it. τ Τ Φ φ
321. I don’t care much about how my actions affect other people. τ Τ Φ φ
138
334. My drug use has caused problems with my family. τ Τ Φ φ
341. I have used more drugs for longer than I meant to. τ Τ Φ φ
356. I've taken drugs to get over the bad effects of quitting a drug. τ Τ Φ φ
357. I've made rules about how much alcohol to drink but ended
τ Τ Φ φ
up drinking more anyway.
358. I have failed to pay a traffic fine. τ Τ Φ φ
139
361. I have not tried drinking hard liquor. τ Τ Φ φ
364. Keeping people’s trust has always been a top priority for me. τ Τ Φ φ
369. I’ve felt tired or run down after not using drugs for a while. τ Τ Φ φ
381. It does not take long for me to get tired of doing something. τ Τ Φ φ
140
388. I have been caught shoplifting. τ Τ Φ φ
394. I've been blamed for things that are not my fault. τ Τ Φ φ
141
415. I’ve trembled and gotten sweaty when I stopped using drugs. τ Τ Φ φ
142
APÊNDICE C
Dados pessoais
Instruções: Este questionário contém afirmações que pessoas diferentes usariam para
V= Verdadeiro, v = em grande parte verdadeiro, f= em grande parte falso, F= Falso
Para cada afirmação, marque a alternativa que melhor descreve quem você é. Não há
Responda a todos os itens. Responda rapidamente e procure não gastar muito tempo em cada
item individual.
143
9. Eu sou sensível às necessidades dos outros.
V v f F
10. Já houve períodos em que eu continuei usando drogas ainda
que isso tenha sido prejudicial para mim. V v f F
11. Eu já fui multado ou preso por dirigir embriagado.
V v f F
12. Os sentimentos dos outros são importantes para mim.
V v f F
13. Às vezes, eu gosto de mandar (controlar) nas pessoas.
V v f F
As coisas são mais divertidas se há um pouco de perigo
14.
envolvido. V v f F
15. Eu já gostei de ficar bêbado, vez ou outra, só pela diversão.
V v f F
16. Eu me solidarizo com os problemas dos outros.
V v f F
17. Eu não vejo razão em “ficar doido” de maconha.
V v f F
18. Já houve períodos nos quais eu continuei bebendo ainda que
isso tenha me causado problemas. V v f F
19.
Eu já fiz alguém ter raiva de mim ao fazer algo sem pensar.
V v f F
20. Eu já menti para evitar pagar empréstimos.
V v f F
21. Após diminuir o consumo de álcool, eu vi ou ouvi coisas que
não existiam realmente. V v f F
22. Eu penso muito sobre o que fazer na maioria das situações.
V v f F
Eu me importo profundamente com a maneira como os outros
23.
se sentem. V v f F
24. Eu já cheirei drogas.
V v f F
25. Eu raramente (ou nunca) me envolvi em brigas corporais.
V v f F
Eu já me esqueci de compromissos com meu (minha)
26.
namorado(a) ou esposo(a). V v f F
27. Eu já me senti culpado por beber.
V v f F
28. Eu já fiz coisas que colocaram os outros em perigo.
V v f F
29. Eu me orgulho de ser responsável.
V v f F
Eu já danifiquei as coisas dos outros para conseguir algo que
30.
eu queria. V v f F
31. Eu já fiz coisas impulsivamente que acarretaram em pessoas
se machucando gravemente ou morrendo. V v f F
32. Eu já experimentei uma droga ilegal em uma festa.
V v f F
144
33. Eu já insultei alguém porque ele/ela me irritou.
V v f F
34. Eu raramente decepciono as pessoas.
V v f F
35. Em algum ponto da minha vida, eu não consegui mais ficar
“alegre” só com alguns drinques. V v f F
36. Eu cumpro regras.
V v f F
Eu já menti sobre alguém só para ver que efeito isso
37.
produziria nessa pessoa. V v f F
38. Quando alguém se machuca, eu sinto a sua dor.
V v f F
39. Eu cumpro promessas, até mesmo as pequenas.
V v f F
Eu já tive impulsos de usar maconha aos quais foi difícil
40.
resistir. V v f F
41. Eu nunca na minha vida usei maconha.
V v f F
42. Eu já atrasei a entrega de meus trabalhos escolares.
V v f F
43. Eu já roubei alguma coisa de um veículo.
V v f F
44. Eu anseio por agitação.
V v f F
Eu me envolvo em problemas por não pensar nas
45.
conseqüências das minhas ações. V v f F
46. Para mim, é fácil me relacionar com as emoções dos outros.
V v f F
47. Eu quase sempre falo a verdade.
V v f F
48. Eu já usei drogas pesadas.
V v f F
49. Eu já fumei maconha em festas.
V v f F
Meu uso de maconha feriu minhas relações com a família ou
50.
amigos. V v f F
51. Eu já fui culpado injustamente por tirar vantagem dos erros
dos outros. V v f F
52. Eu me controlo e penso antes de fazer alguma coisa.
V v f F
53. Não me incomoda ver alguém sofrendo.
V v f F
Eu já tive que gastar muito tempo para me recuperar dos
54.
efeitos do álcool. V v f F
Eu já acumulei grandes dívidas às quais eu tive dificuldades
55.
para pagar. V v f F
56. Eu não fico entediado(a) facilmente.
V v f F
145
Quanto mais acima do limite de velocidade, mais divertido é
57.
o passeio. V v f F
Eu já fui magoado tantas vezes que não posso mais confiar
58.
em ninguém. V v f F
Eu não vejo porque me preocupar se o que eu faço puder
59.
machucar alguém. V v f F
60. Eu já “dei o bolo” em amigos.
V v f F
61. Eu já usei uma arma em uma briga.
V v f F
62. Eu não questiono a autoridade.
V v f F
63. Eu já peguei dinheiro emprestado sem pensar em pagar.
V v f F
Eu já arruinei vidas porque não pude resistir em fazer algo
64.
que eu queria. V v f F
Se algo não faz meu coração bater mais forte, não é tão
65.
divertido. V v f F
66. Eu já comprei coisas caras sem pensar em como pagaria por
elas. V v f F
67. Eu já menti para me livrar de coisas que não queria fazer.
V v f F
68. Eu não tenho problemas em esperar por aquilo que eu quero.
V v f F
69. Eu já enrolei um cigarro de maconha.
V v f F
70. Eu digo a verdade sempre que há outras pessoas envolvidas.
V v f F
71. Eu raramente me atraso.
V v f F
72. Eu já faltei ao trabalho sem me importar em avisar.
V v f F
Eu corro atrás de emoções em quase todos os lugares que eu
73.
vou. V v f F
74. Na maioria das vezes, eu sinto necessidade de falar a verdade.
V v f F
75. Quando eu bebo álcool, eu bebo a qualquer hora do dia.
V v f F
76. Eu já pedi a alguém para me ajudar a sair de uma dívida.
V v f F
77. Ao tentar diminuir o consumo de álcool, eu tive problemas
físicos, como ficar suando ou ter tremores. V v f F
78. Eu faço várias coisas só pela emoção.
V v f F
79. Eu já não cumpri a minha parte de um contrato.
V v f F
80. Eu já contei mentiras sobre alguém que me aborreceu.
V v f F
146
81. Eu já tomei grandes decisões sem pensar sobre elas.
V v f F
82. Eu concluo projetos que eu começo.
V v f F
83. Eu não sou muito obediente.
V v f F
84. Eu já roubei dinheiro de membros da minha família.
V v f F
85. Em algum ponto da minha vida, eu precisei de mais drogas
para obter o mesmo efeito. V v f F
86. Eu já injetei drogas.
V v f F
87. Eu sou uma pessoa que faz planejamentos.
V v f F
88. Eu já tive fortes impulsos que foram difíceis de controlar.
V v f F
89. Eu fico entediado(a) quando tento relaxar.
V v f F
90. Por um período de tempo, já foi difícil me concentrar quando
parei de usar drogas. V v f F
91. Meu uso de drogas causou problemas no trabalho ou escola.
V v f F
Minha vida seria melhor se eu planejasse as coisas com
92.
antecedência. V v f F
93. Eu já joguei algo em alguém que me fez raiva.
V v f F
94. Eu nunca comprei maconha.
V v f F
Eu já participei de todo tipo de atividade que envolve riscos
95.
físicos. V v f F
96. Muitos dos problemas na minha vida são causados por fazer
as coisas sem pensar. V v f F
97. Eu já roubei um banco, uma loja ou outro tipo de negócio.
V v f F
98. Eu consigo controlar muito bem meus impulsos.
V v f F
99. Eu já feri pessoas para vê-las sofrendo.
V v f F
100. Eu já “apaguei” (não consegui lembrar o que aconteceu) em
conseqüência da ingestão de álcool. V v f F
101. Eu já deixei de pagar a pensão alimentícia.
V v f F
102. As pessoas já me disseram que estão preocupadas com a
minha ingestão de álcool. V v f F
Às vezes, eu insulto as pessoas de propósito, para obter uma
103.
reação delas. V v f F
104. Eu não gosto de fazer coisas arriscadas por diversão.
V v f F
147
105. As pessoas muitas vezes abusam da minha confiança.
V v f F
Eu aproveitaria muito mais as festas se as pessoas não
106.
estivessem fumando maconha. V v f F
Eu tento preencher minha vida com agitos e aventura sempre
107.
que possível. V v f F
108. Eu me sinto entediado(a) a maior parte do tempo.
V v f F
109. Eu já gostei de fumar maconha com amigos.
V v f F
110. Eu já saí de um emprego sem dar o aviso prévio.
V v f F
Eu não entendo porque as pessoas fazem coisas arriscadas
111.
buscando emoção. V v f F
112. Eu me entedio facilmente.
V v f F
Eu já tive que beber mais do que eu costumo para obter os
113.
mesmos efeitos. V v f F
114. Para mim, é fácil resistir às tentações.
V v f F
Muitas vezes, eu já acabei fumando mais maconha do que eu
115.
havia planejado. V v f F
Eu já consegui coisas das pessoas fazendo-as sentirem pena
116.
de mim. V v f F
117. Eu já comprei coisas usando um cartão de crédito ou seu
número roubado. V v f F
118. Quando eu não uso drogas por um tempo, eu fico inquieto.
V v f F
119. Eu não costumo comprar cerveja ou destilados.
V v f F
120. Eu já usei drogas como LSD ou chá de cogumelo.
V v f F
121. Eu sou vítima de traição.
V v f F
122. Eu não minto muito.
V v f F
123. Eu raramente ou nunca comprei cerveja, vinho ou destilados.
V v f F
124. As pessoas já me falaram que se preocupam com a minha
falta de autocontrole. V v f F
Eu já usei calmantes como Valium ou Lexotan por motivos
125.
não médicos. V v f F
126. Eu planejo minha vida cuidadosamente.
V v f F
127. Eu acho difícil resistir à tentação.
V v f F
128. Eu já gozei alguém que me irritava.
V v f F
148
129. Eu já usei uma arma contra alguém que me insultou.
V v f F
130. Eu não gosto muito de beber álcool.
V v f F
Não me incomoda quando pessoas ao meu redor estão
131.
sofrendo. V v f F
As pessoas estão sempre tentando pôr a culpa em mim
132.
injustamente. V v f F
Eu já inalei fumaça de alguma substância como cola ou tinta
133.
para “fazer a cabeça”. V v f F
134. Eu nunca fiquei bêbado(a).
V v f F
135. A honestidade é importante em tudo que eu faço.
V v f F
136. Eu, muitas vezes, fico entediado(a) e perco o interesse.
V v f F
137. Eu já continuei a usar maconha mesmo tendo me causado
problemas de memória ou saúde. V v f F
138. Muitas vezes, eu já acabei bebendo mais do que devia.
V v f F
Eu não sou uma pessoa que realmente se importa com os
139.
outros. V v f F
140. Eu sou uma pessoa compreensiva.
V v f F
141. Já houve tempos em que eu continuei bebendo ainda que isso
causasse problemas com a família ou amigos. V v f F
142. Eu já convenci um estranho a me dar dinheiro.
V v f F
143. Eu geralmente aviso quando vou me atrasar.
V v f F
144. Eu já peguei coisas de lojas sem pagar por elas.
V v f F
145. Quando eu vou a festas, prefiro drinques sem álcool.
V v f F
146. Eu já decepcionei pessoas que confiavam em mim.
V v f F
147. Quando eu quero algo, quero para já.
V v f F
148. Eu já assaltei alguém.
V v f F
Na maioria das vezes, sinto aquilo que quero como se fosse
149.
uma necessidade. V v f F
150. Eu gozo as pessoas só para “dar um agito” nas coisas.
V v f F
Às vezes, eu gosto de quebrar as coisas só pelo gosto de fazê-
151.
lo. V v f F
152. Eu já me meti em problemas por faltar muito à aula.
V v f F
149
153. Eu já machuquei um animal só pela diversão.
V v f F
Eu freqüentemente faço coisas só para não me sentir
154.
entediado(a). V v f F
155. Eu já fiquei bêbado(a).
V v f F
156. Eu já tentei fumar maconha.
V v f F
Eu já fui maltratado(a) tantas vezes que nem me lembro
157.
quantas. V v f F
Eu quase nunca falto ao trabalho, mesmo quando estou
158.
doente. V v f F
159. Eu já me envolvi em longas bebedeiras.
V v f F
160. Eu já perdi uma prova final.
V v f F
Eu já peguei dinheiro da carteira ou da bolsa de alguém sem
161.
pedir. V v f F
162. Eu já gastei mais dinheiro em maconha do que eu devia.
V v f F
163. Eu já comecei uma briga porque era excitante.
V v f F
164. Eu já perdi o controle do meu uso de álcool.
V v f F
165. Eu já bati na cabeça ou rosto de alguém por raiva.
V v f F
166. Se eu concordo em fazer algo, eu quase sempre o faço.
V v f F
167. Eu nunca comprei drogas.
V v f F
Eu já desisti de coisas das quais eu gostava por causa da
168.
maconha. V v f F
Muitas vezes, eu já achei meus empregos ou trabalhos de
169.
escola chatos. V v f F
170. Eu não ligo para os problemas dos outros.
V v f F
171. Eu já gozei alguém para impressionar outras pessoas.
V v f F
172. Eu ameaço as pessoas às vezes.
V v f F
173. Já fui acusado de coisas que eu não tinha feito.
V v f F
174. Já abandonei coisas que eu gostava por causa de drogas.
V v f F
175. Eu já menti para levar alguém para cama.
V v f F
As pessoas com quem eu já trabalhei me descrevem como
176.
altamente confiável. V v f F
150
177. Eu aviso às pessoas se eu estou atrasado.
V v f F
178. O meu hábito de beber me levou a ter problemas em casa.
V v f F
179. Eu sou bom em entender o que os outros sentem.
V v f F
Eu perco o controle de mim mesmo e faço coisas que eu
180.
provavelmente não deveria. V v f F
Eu já forcei alguém fisicamente para conseguir o que eu
181.
queria dele. V v f F
182. Eu revido insultos.
V v f F
Eu já fiz coisas divertidas que os outros achavam ser
183.
perigosas demais. V v f F
184. Eu já fiz cheques sabendo que estavam sem fundos.
V v f F
185. Eu já fiz coisas arriscadas para conseguir maconha.
V v f F
186. Eu já invadi uma casa, escola ou outro edifício.
V v f F
187. Eu gosto de uma boa briga.
V v f F
Houve momentos em que eu já fiz de quase tudo para
188.
conseguir álcool. V v f F
Eu já gastei muito tempo me recuperando dos efeitos da
189.
maconha. V v f F
Às vezes, eu uso minha esperteza para tirar vantagem das
190.
pessoas. V v f F
Se alguém me batesse, eu provavelmente iria embora sem
191.
brigar. V v f F
192. Já houve vezes em que a maconha foi mais importante para
mim que o trabalho, amigos ou a escola. V v f F
Eu já usei drogas quando isso seria arriscado, como quando
193.
eu dirigia. V v f F
194. Eu não gosto dos efeitos do álcool.
V v f F
195. Eu já me senti nervoso(a) e estressado(a) após tentar diminuir
o consumo de álcool. V v f F
196. As pessoas me acham digno(a) de confiança.
V v f F
197. Eu me entedio rapidamente se não tenho nada para fazer.
V v f F
198. Eu escuto os outros pacientemente.
V v f F
199. Eu cumpro os compromissos que eu assumo.
V v f F
200. Eu já usei de força física para tirar algo de alguém.
V v f F
151
201. Uma ou mais de uma vez na minha vida, eu já espanquei
alguém por ter me amolado. V v f F
202. Eu detesto esperar para conseguir as coisas que eu quero.
V v f F
Eu já espalhei boatos sobre pessoas que estavam competindo
203.
comigo. V v f F
204. Eu já quebrei coisas por estar entediado(a).
V v f F
205. Eu já usei uma droga ilegal que me deu uma “acelerada” e me
fez ficar mais "ligadão". V v f F
Eu já perdi um(a) amigo(a) por ter agido de forma
206.
irresponsável. V v f F
207. Eu já fui a um evento público com baseado escondido.
V v f F
208. Eu já usei uma arma para conseguir algo que eu desejava.
V v f F
209. Eu já usei maconha quando isso seria arriscado, como quando
eu dirigia. V v f F
210. Culpam-me por coisas que, na realidade, são culpa de outros.
V v f F
211. Eu raramente minto.
V v f F
212. Quando eu sinto necessidade de algo, é difícil dizer não.
V v f F
Eu quase nunca conto mentiras, nem mesmo pequenas
213.
mentiras. V v f F
214. É preciso muito para que eu me mantenha entretido(a).
V v f F
Eu já contei mentiras sobre outra pessoa para melhorar a
215.
minha imagem. V v f F
216. As pessoas podem contar com a minha palavra.
V v f F
217. Eu não tenho muita solidariedade pelas pessoas.
V v f F
218. Eu já pus fogo em algo causando danos, só pela diversão.
V v f F
219. Às vezes eu minto sem nem perceber.
V v f F
Eu geralmente penso muito sobre as decisões antes de tomá-
220.
las. V v f F
221. Quando eu digo que vou fazer algo, eu sempre cumpro.
V v f F
222. Eu já comprei objetos que são usados para fumar maconha.
V v f F
223. Eu já tive uma overdose acidentalmente.
V v f F
224. Eu tenho um bom autocontrole na maior parte do tempo.
V v f F
152
225. Eu já tive problemas legais pelo uso de drogas.
V v f F
226. Eu já tomei mais de cinco drinques com álcool numa ocasião.
V v f F
227. Eu deixo as pessoas esperando por mim.
V v f F
228. Eu me divirto mais quando não estou bêbado(a).
V v f F
Eu já tive problemas com a lei porque eu não pude resistir aos
229.
meus impulsos. V v f F
230. Já aconteceu de eu ingerir tanto álcool que eu desmaiei.
V v f F
231. Eu tentei parar de usar drogas, mas eu não consegui.
V v f F
232. Às vezes, eu causo problemas por não seguir regras.
V v f F
233. Já aconteceu de eu ter sido controlado por meus impulsos.
V v f F
Muitas pessoas me consideram uma pessoa que quebra as
234.
regras. V v f F
Mesmo quando eu não faço nada de errado, ainda sim recebo
235.
a culpa. V v f F
236. A existência de regras não me impediu de quebrá-las.
V v f F
237. Eu não ligo se uma pessoa de quem eu não gosto se machuca.
V v f F
238. Eu já “viajei” usando maconha.
V v f F
239. Eu perco interesse pelas coisas se elas não são estimulantes.
V v f F
240. Eu já tive de usar mais maconha para obter o mesmo efeito.
V v f F
Eu já destruí a amizade entre pessoas porque elas me fizeram
241.
raiva. V v f F
242. Eu mantenho minha palavra.
V v f F
243. Quando alguém me magoa, eu me asseguro de que ninguém
mais tenha contato com essa pessoa. V v f F
244. Eu prefiro não consumir álcool.
V v f F
245. Eu já dirigi quando estava bêbado(a).
V v f F
246. Às vezes, eu gosto quando as pessoas são excluídas de algo.
V v f F
247. Eu já menti para obter vantagens no emprego.
V v f F
248. Eu tenho um bom controle sobre mim mesmo(a).
V v f F
153
249. Eu já passei grande parte do meu dia usando maconha.
V v f F
250. Eu nunca usei drogas ilegais.
V v f F
251. Para mim é difícil esperar pelas coisas pacientemente.
V v f F
252. Já me disseram que eu sou uma pessoa rebelde.
V v f F
253. Eu já me meti em problemas com a polícia por machucar
fisicamente alguém que me fez raiva. V v f F
254. Eu tenho dificuldade em ser pontual com as coisas.
V v f F
Eu não gosto de estar presente quando as pessoas usam
255.
drogas. V v f F
256. Eu acho um tanto de coisas chatas.
V v f F
257. Geralmente, eu acabo levando mais culpa do que mereço.
V v f F
As minhas decisões impulsivas já causaram problemas com
258.
pessoas queridas. V v f F
259. Em alguma ocasião da minha vida, eu não consegui ter a
mesma “onda” com a quantidade de droga que funcionava V v f F
antes.
260. Eu quase nunca consumo álcool.
V v f F
Eu já consegui dinheiro de pessoas ameaçando contar seus
261.
segredos. V v f F
Eu já fui acusado(a) de crimes que na verdade não eram
262.
minha culpa. V v f F
263. Eu nunca fui de matar aula na escola.
V v f F
264. Eu já tive problemas médicos por beber.
V v f F
265. Eu nunca usei drogas de rua (crack, merla, cola, etc.).
V v f F
266. Eu penso antes de fazer as coisas.
V v f F
267. Eu geralmente não faço o que me mandam fazer.
V v f F
268. Quando alguém me bate, eu bato de volta.
V v f F
269. O modo como os outros se sentem é importante para mim.
V v f F
270. Eu já usei remédios para “ficar doido”.
V v f F
271. Eu já fui indiciado(a) por agressão.
V v f F
272. O meu uso de maconha já me levou a ter problemas com a lei.
V v f F
154
273. Eu consigo me relacionar com os problemas dos outros.
V v f F
Eu já saí do trabalho ou da aula para fumar maconha e “fazer
274.
a cabeça”. V v f F
Eu ficava “doido” com uma menor quantidade de maconha do
275.
que é preciso hoje. V v f F
276. Eu já me machuquei fazendo algo só pela emoção.
V v f F
277. Interromper meu uso de drogas já me deixou de mal-humor.
V v f F
278. Eu não sou alguém que bebe muito.
V v f F
279. Eu tenho o hábito de quebrar regras.
V v f F
280. Eu já convenci alguém a transar comigo.
V v f F
281. Eu já deixei de pagar o aluguel ou a hipoteca.
V v f F
282. Eu nunca fumei maconha sozinho(a).
V v f F
283. Eu tenho mais autocontrole que a maioria das pessoas.
V v f F
284. Eu nunca menti para levar alguém para a cama.
V v f F
Eu não penso o suficiente sobre os resultados das minhas
285.
ações V v f F
286. Eu não bebo.
V v f F
287. Eu já perdi dinheiro ou coisas de valor por ter tomado
decisões rápido demais. V v f F
288. Eu já fui muito prejudicado(a) por pessoas que me traíram.
V v f F
Eu fico incomodado(a) quando pessoas são tratadas
289.
injustamente. V v f F
290. Eu gosto de tomar um drinque para relaxar.
V v f F
291. Eu já tomei uma carteira ou bolsa de alguém.
V v f F
292. Eu já deixei de pagar os impostos na data certa.
V v f F
293. As pessoas me culpam por coisas que eu não faço.
V v f F
294. Meu dia já girou em torno de conseguir e usar drogas.
V v f F
295. Eu já fiz coisas ilegais apenas porque era emocionante.
V v f F
296. Eu muitas vezes desobedeço a regras.
V v f F
155
297. Eu já menti para obter benefícios que eu não merecia.
V v f F
298. Eu não ligo muito se o que eu faço machuca as pessoas.
V v f F
299. Eu já pensei muito em beber.
V v f F
300. Eu não tenho interesse em experimentar drogas.
V v f F
301. Em minha opinião, a honestidade é a melhor política.
V v f F
302. Eu não preciso de álcool para me divertir.
V v f F
303. Eu já pensei em ferir alguém que me machucou.
V v f F
Eu sigo as regras com menos freqüência que a maioria das
304.
pessoas. V v f F
305. Eu raramente me sinto usado(a).
V v f F
Eu me importo com os efeitos das minhas ações sobre os
306.
outros. V v f F
307. Às vezes, eu funciono melhor com maconha do que sem.
V v f F
308. Eu não sou uma pessoa que quebra regras.
V v f F
309. Eu já quebrei as coisas de alguém porque era emocionante.
V v f F
Eu me importo profundamente com os efeitos das minhas
310.
ações sobre os outros. V v f F
311. Eu já menti para a polícia.
V v f F
312. Eu me precipito nas coisas sem muita reflexão.
V v f F
Eu já larguei um emprego sem ter outra possível fonte de
313.
renda. V v f F
Muitas vezes, eu me meto em encrencas por quebrar as
314.
regras. V v f F
Um pouco de álcool torna o divertimento ainda mais
315.
divertido. V v f F
Eu iria gostar de participar de uma perseguição em alta
316.
velocidade. V v f F
317. Eu já abandonei coisas que eu gostava por causa da bebida.
V v f F
O uso de maconha já me causou problemas em casa, no
318.
trabalho ou na escola. V v f F
319. Eu já deixei de me apresentar ao tribunal quando deveria.
V v f F
320. Eu já menti num formulário de emprego.
V v f F
156
321. Eu não ligo muito sobre como minhas ações afetam os outros.
V v f F
Algumas vezes, eu já fiz de quase tudo para conseguir
322.
maconha. V v f F
323. Eu comecei a usar drogas antes da maioria dos meus amigos.
V v f F
324. Eu já danifiquei a propriedade de alguém por estar com raiva
dessa pessoa. V v f F
325.
Eu já quebrei algo de alguém para me vingar dessa pessoa.
V v f F
326. Quando eu parei de usar drogas, tive problemas para dormir.
V v f F
Às vezes, eu realmente não ligo para como as pessoas se
327.
sentem. V v f F
328. Eu sou uma pessoa que se importa com os outros.
V v f F
329. Eu já magoei alguém com o propósito de me vingar.
V v f F
330. Eu já deixei de pagar um empréstimo.
V v f F
Eu não hesito em complicar a vida de pessoas que me
331.
machucaram. V v f F
332. Eu já destruí a casa ou os pertences de alguém por essa pessoa
ter sido rude comigo. V v f F
333. Eu já roubei um carro ou caminhão.
V v f F
O meu uso de drogas já causou problemas com a minha
334.
família. V v f F
335. Eu já joguei as coisas de alguém no chão pela diversão.
V v f F
336. Eu planejo antes de agir.
V v f F
337. Às vezes, eu gosto de ouvir alguém levando uma bronca.
V v f F
338. Já houve pelo menos uma vez na minha vida em que eu não
funcionei sem álcool. V v f F
339. Eu já ridicularizei alguém para me sentir bem.
V v f F
340. Se eu machuquei alguém, foi porque essa pessoa era fraca.
V v f F
341. Eu já usei mais drogas por mais tempo do que eu planejava.
V v f F
342. Eu sou honesto(a) quando faço negócios.
V v f F
343. Eu já tive problemas com a lei por algo que fiz de impulso.
V v f F
344. Eu já tentei diminuir o consumo de maconha, mas eu não
consegui dar conta. V v f F
157
Eu já usei álcool para diminuir as tremedeiras que eu tive
345.
quando não estava bebendo. V v f F
346. Eu sempre busquei meus filhos ou pessoas da família na hora.
V v f F
347. Eu tenho um forte senso de dever.
V v f F
348. Eu já bati ou dei um tapa em alguém que me chateou.
V v f F
349. Culpam-me por coisas que eu não fiz errado.
V v f F
350. Eu evito riscos.
V v f F
351. As pessoas me usam.
V v f F
352. Eu pago os empréstimos que faço.
V v f F
353. Ficar “doido” de maconha não me atrai.
V v f F
Eu gastei muito tempo para me recuperar dos efeitos das
354.
drogas. V v f F
355. Eu sou uma pessoa que segue as regras.
V v f F
Eu já usei drogas para superar os efeitos do abandono do uso
356.
de uma droga. V v f F
357. Eu já estabeleci limites para o meu consumo de álcool, mas,
de todo jeito, acabei bebendo mais. V v f F
358. Eu já deixei de pagar uma multa de trânsito quando deveria.
V v f F
359. Eu não bebo álcool em festas.
V v f F
360. Minha falta de autocontrole me traz problemas.
V v f F
361. Eu nunca tomei bebidas fortes.
V v f F
362. Muitas vezes, eu pareço pagar pelos erros de outras pessoas.
V v f F
363. Eu nunca tive vontade de experimentar uma droga ilegal.
V v f F
Manter a confiança das pessoas sempre foi uma prioridade
364.
para mim. V v f F
365. Eu acho difícil mentir.
V v f F
366. Eu sou tratado(a) mais injustamente que os outros.
V v f F
Os efeitos das minhas ações são problemas dos outros, não
367.
meus. V v f F
368. Eu já fui chamado de valentão/valentona.
V v f F
158
Eu já me senti cansado(a) ou exausto(a) depois de usar
369.
drogas. V v f F
370. Culpam-me injustamente pelas coisas.
V v f F
371. Eu já destruí uma propriedade só pela diversão.
V v f F
372. Muitas vezes, eu perdi eventos aos quais tinha prometido ir.
V v f F
373. Eu levo a sério os compromissos que eu assumo.
V v f F
374. Eu já estive (ou estou) em tratamento pelo uso de drogas.
V v f F
375. Para mim, é fácil ignorar a dor de outra pessoa.
V v f F
376. Eu já enganei uma pessoa para ganhar dinheiro dela.
V v f F
377. Eu já invadi a casa de alguém e levei objetos.
V v f F
378. Eu geralmente faço o que devo.
V v f F
379. Para mim, é fácil ignorar os sentimentos dos outros.
V v f F
380. Já aconteceu de eu beber tanto que fiquei passando mal.
V v f F
381. Não leva muito tempo para que eu me canse de algo.
V v f F
382. Eu sou sensível aos sentimentos dos outros.
V v f F
Eu já infringi a lei para conseguir dinheiro para comprar
383.
drogas. V v f F
384. Eu sempre digo a verdade.
V v f F
Eu já faltei ao trabalho ou a reuniões para satisfazer anseios
385.
urgentes. V v f F
386. Eu já comecei um incêndio que causou danos para me vingar
de alguém que me magoou. V v f F
387. O meu hábito de beber já me causou problemas com a lei.
V v f F
388. Eu já fui pego(a) roubando em lojas.
V v f F
389. Eu realmente sinto as emoções dos outros.
V v f F
390. Eu não consumo bebidas alcoólicas.
V v f F
391. Eu já saí de um restaurante ou posto de gasolina sem pagar.
V v f F
Muitas vezes, eu ajo em resposta às minhas necessidades
392.
momentâneas. V v f F
159
393. Eu já faltei ao trabalho ou à aula por causa de uma ressaca.
V v f F
394. Já me culparam de coisas que não eram minha culpa.
V v f F
395. As pessoas freqüentemente me usam de bode expiatório.
V v f F
396. Meu dia já girou em torno de conseguir e consumir álcool.
V v f F
397. Eu já comprei maconha.
V v f F
398. Eu gosto de atividades arriscadas.
V v f F
Eu já me meti em confusão após ter feito de tudo para
399.
conseguir o que queria. V v f F
400. Eu não uso de força física para conseguir o que quero.
V v f F
As pessoas já me disseram que se preocupam com o meu uso
401.
de maconha. V v f F
402. Eu já roubei alguma coisa com valor superior a 10 reais.
V v f F
Eu me decepciono freqüentemente por confiar demais nas
403.
pessoas. V v f F
Eu me arriscarei a me machucar se isso significar ter mais
404.
diversão. V v f F
405. Eu falo mal de pessoas que me causam problemas.
V v f F
406.
Eu já fiz algo ilegal só para ver se poderia evitar ser pego
V v f F
407.
Eu já tentei diminuir o consumo de álcool, mas não fui capaz.
V v f F
408. Quando eu quero algo, nada mais parece ter importância.
V v f F
409. Eu já fui demitido(a) de mais de um emprego.
V v f F
410. Eu quase sempre sou pontual nos meus compromissos.
V v f F
Após tentar diminuir o consumo de álcool, eu já me senti
411.
triste ou irritável. V v f F
412. Eu sou honesto(a) com os outros.
V v f F
Meu consumo de álcool já causou problemas no trabalho ou
413.
escola. V v f F
414. Eu já bati em alguém por essa pessoa ter gozado de mim.
V v f F
Eu já fiquei tremendo e suando quando eu parei de usar
415.
drogas. V v f F
160