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DIAGNÓSTICO
EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS
SOLIDÁRIOS
SETOR DE CONFECÇÃO
BELO HORIZONTE/ MG
RELATÓRIO TÉCNICO
Julho 2010
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Instituto Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Sustentabilidade
Av. Hum, 2863 – Casa Branca – 35.460-000 - Brumadinho - MG
CRÉDITOS
CRÉDITOS INSTITUCIONAIS
CRÉDITOS TÉCNICOS
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SUMÁRIO
CRÉDITOS......................................................................................................... 2
LISTA DE TABELAS ......................................................................................... 4
LISTA DE GRÁFICOS ....................................................................................... 4
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................... 4
SIGLAS E ACRÔNIMOS UTILIZADOS ............................................................. 5
GLOSSÁRIO...................................................................................................... 6
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 9
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..................................................... 11
2.1 FORMAÇÃO DO CADASTRO DE EES E ESCOLHA DA AMOSTRA 11
2.2 REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO .................................................... 15
3. RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO REALIZADO ................................... 20
3.1 EMPREENDIMENTOS DO SETOR DE CONFECÇÃO –
CARACTERÍSTICAS GERAIS .................................................................. 21
3.2 EMPREENDIMENTOS DO SETOR DE CONFECÇÃO – PROCESSOS
DE TRABALHO E DE PRODUÇÃO ......................................................... 27
3.3 EMPREENDIMENTOS DO SETOR DE CONFECÇÃO –
PRINCIPAIS DEMANDAS......................................................................... 32
4. ENTRAVES À SUSTENTABILIDADE E PROPOSIÇÃO DE
ENCAMINHAMENTOS .................................................................................... 34
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 45
ANEXO I........................................................................................................... 48
CADASTRO EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS DE BELO
HORIZONTE .................................................................................................... 48
CADASTRO EES BH....................................................................................... 48
ANEXO II.......................................................................................................... 49
ROTEIRO ORIENTADOR PARA ENTREVISTAS DE DIAGNÓSTICO
SITUACIONAL................................................................................................. 49
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Empreendimentos Econômicos Solidários visitados 24
Tabela 2 Distribuição dos equipamentos disponíveis dentre os EES 26
Visitados
Tabela 3 Demanda de cursos de capacitação dos EES de confecção 33
visitados
Tabela 4 Demanda de crédito dos EES de confecção visitados 33
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 EES de BH classificados por setor econômico 21
Gráfico 2 EES de BH classificados por forma jurídica de organização 21
Gráfico 3 EES de confecção classificados por forma jurídica de 21
organização
LISTA DE FIGURAS
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SIGLAS E ACRÔNIMOS UTILIZADOS
BH Belo Horizonte
ES Economia Solidária
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GLOSSÁRIO
Enfesto:
O enfesto é a operação de sobrepor varias folhas de tecido com medidas
determinadas respeitando suas larguras, comprimento estabelecido pelo risco
e encaixe e principalmente a capacidade de corte da maquina utilizada, não
comprometendo a qualidade da operação.
Modelagem:
A modelagem é o desenho técnico da roupa, usando as medidas em
conformidade com a estrutura do corpo humano, para se alcançar o design
desejado.
Moulage:
Trata-se de modelar diretamente no busto de costureira ou em uma pessoa
para que possa alcançar os mais diversos caimentos.
Mapa de risco:
Esta técnica trabalha de forma que possa reduzir o consumo final da peça,
obedecendo às regras que o tecido possa impor como a largura do tecido
quando este for de sentido único e risco fio do tecido, contra-fio, fio viés,
(risco diagonal obedecendo 90º entre outros.). Ou seja, trata-se da otimização
de consumo de matéria-prima possibilitada pelo encaixe dos moldes de
maneira a reduzir perdas.
Talhação (corte):
A talhação trata do corte das folhas de tecido em peças na modelagem
desejada para a costura.
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Utilização de ficha técnica de produto:
Esta técnica consiste em especificar os produtos em linha de produção quanto
ao tipo de material, quantidade a ser produzida, cores, tamanhos, tipos de
processos, data de entrega e em alguns casos o cliente.
Linha de montagem:
Na linha de montagem cada operador efetua uma parte da peça final, mediante
observação ou medida apropriada. È importante também estabelecer níveis de
produção, para que a seqüência não seja interrompida. Os tipos de
equipamentos utilizados são os que a peça exigir, por exemplo, reta ponto fixo,
ponto corrente, pespontadeira (duas agulhas) ponto zig-zag, overlock, ponto
invisível, máquina de bolso social, interlock, caseadeira, pregadeira de botões,
etc. Esta técnica é bem empregada conjuntamente com estudo de lay out
produtivo.
Células de fabricação:
Em alguns casos a utilização de células de fabricação ajuda a melhorar a
produtividade das organizações, elas podem ser resultado do estudo de lay out
produtivo. Trata-se organizar o maquinário e as pessoas de forma que se criem
pequenos fluxos responsáveis ou por uma parte do processo produtivo ou por
todo ele.
Revisão:
Nesta etapa os produtos recém chegados da costura passam por uma rigorosa
inspeção que irá avaliar as medidas (se a peça está alinhada na sua estrutura),
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se há desvios na costura ou se esta está repuxada. As peças que não passam
pela revisão retornam para o setor de fabricação para sofrerem os ajustes
necessários e as peças aprovadas são encaminhadas para o acabamento.
Acabamento (arremate):
Nesta etapa os produtos são arrematados, ou seja, todas as linhas e fios de
tecido excedentes são retirados e as peças ficam empilhadas aguardando
serem passadas.
Embalagem:
As peças recebem etiquetas com a marca do fabricante e por fim embaladas
em sacos plásticos ou outras embalagens, e após este processo estarão
prontas para ir à expedição onde serão encaminhadas para os compradores,
lojas da marca, ou outros veículos de vendas.
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1. INTRODUÇÃO
A ONG Moradia e Cidadania no cumprimento de sua missão de “promover a
cidadania para a população socialmente excluída, por meio da educação e da
geração de trabalho e renda, e do apoio a ações de combate à fome e à
miséria", firmou parceria com a Sistemática Fábrica Social, apoiada pela
Superintendência Regional Centro de Minas da Caixa Econômica Federal,
visando promover a geração de trabalho e renda para segmentos socialmente
e economicamente excluídos do mercado formal de trabalho, por meio da
articulação de parcerias técnicas, institucionais e comercias, para o
escoamento da produção dos grupos produtivos vinculados à economia
solidária.
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condições de sustentabilidade, e permitir embasar discussão e decisões sobre
medidas a serem implementadas para garantir esta sustentabilidade.
Trabalhou-se com a visão de que a Economia Solidária (ES) deve ser vista
como uma economia alternativa à economia capitalista, e é formada por
empreendimentos econômicos de múltiplos objetivos, que conformam novas
formas sociais de produção baseadas em valores diferenciados e objetivos
outros que não somente a acumulação de capital. Por isso, nestes
empreendimentos, o objetivo econômico, em geral, é um meio mais do que um
fim.
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assim, capazes de subordinar a lógica mercantil a outros imperativos da ação
organizacional, tais como um projeto associativo.
Mas, isso não se dá sem dificuldades, já que existe uma visão hegemônica que
privilegia o mercado capitalista e a racionalidade que o acompanha. Desse
modo, compreender a ES como uma alternativa de geração de trabalho e
renda, exige um olhar ampliado da economia, para além de sua redução ao
mercado como faz a teoria econômica neoclássica. Exige enxergar que há
diversas maneiras de se realizar a economia, ou seja, há que se admitir uma
pluralidade de princípios de comportamento econômico, o que permite não só
ultrapassar a idéia da economia de mercado como fonte única de riqueza, mas
também reconhecer a existência de uma economia não mercantil e não
monetária como complementares a esta, criando e consumindo riqueza.
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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universitárias de cooperativas populares, criou-se um banco de dados dos
empreendimentos econômicos solidários de Belo Horizonte/MG .
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Formado o cadastro de EES de BH, os critérios para a escolha da amostra
pesquisada foram definidos em discussão com a equipe da ANEFS e do CPES.
Inicialmente, a ANEFS demandou que se centrasse a pesquisa nos
empreendimentos que tivessem como atividade econômica a confecção. Foi,
então, criado um cadastro somente com os 147 empreendimentos do setor de
confecção (Vide Planilha 2, ANEXO I).
Vale registrar, ainda, que foi localizado um grupo registrado nos cadastros
como Coopernossa - Cooperativa de Produção Nossa Costura (Rua Santa
Inês,30,São Marcos-BH, telefones: 3296-5621/3296-6583), o qual possui
registro, CNPJ e cerca de 30 máquinas de costura, todas em desuso, uma vez
que a cooperativa encontra-se desarticulada e, portanto, sem qualquer
produção. A cooperativa não foi visitada, por não estar em produção, mas no
contato telefônico foi informado o interesse em se rearticular um grupo de
cooperados, caso haja demanda de serviços.
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2.2 REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
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As entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com as diretorias de cada
um dos empreendimentos, tendo como base um roteiro orientador (vide
ANEXO III).
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Esse tipo de roteiro e análise tem sido utilizado na assessoria e assistência
técnica a projetos de desenvolvimento local sustentável, tendo sido usado, por
exemplo, na consultoria realizada pelo IICA/OEA – Instituto Interamericano de
Cooperação para a Agricultura, órgão da Organização dos Estados
Americanos, da qual fizemos parte, para a Diretoria de Menor Renda do Banco
do Brasil, junto a micro empreendimentos coletivos, urbanos e rurais, apoiados
pela estratégia negocial de Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco
do Brasil, durante o ano de 2008 e 2009.
Entretanto, não foi possível realizar a AET da maioria dos postos de trabalho,
na maioria dos EES visitados, porque grande parte deles não se encontrava
em processo de produção normal, seja por falta de encomendas/ produtos a
serem fabricados ou pelo período em que foi possível realizar a visita, que
coincidiu com férias escolares, com diminuição dos ritmos de trabalho nos
grupos. Isso porque como os empreendimentos são formados por mulheres em
sua maioria, as férias escolares obrigam as trabalhadoras a estar mais em casa
para se ocupar dos filhos.
Pela mesma razão, nem sempre foi possível organizar os resultados relativos
ao processo produtivo em forma de fluxograma dos processos de produção,
para que, no processo de planejamento posterior, possam ser discutidos em
oficinas com a participação de todos os associados de cada um dos
empreendimentos, possibilitando, além da auto-confrontação de cada
trabalhador com os dados, uma construção coletiva da descrição dos
processos de trabalho e produção dos EES, como também dos problemas e
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das necessidades de mudanças nesses processos, a partir da experiência e da
visão coletiva e de cada um.
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Atividades dos Empreendimentos
Alimentos
Artesanato
Confecção
Reciclagem
Outros
Associação
Cooperativa
Grupo Informal
Outros
3
33
Associação
Cooperativa
7 Grupo informal
Outros
104
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Dentre os EES visitados, os quais se encontram listados na tabela 1 abaixo,
existem dois que se organizam em forma de cooperativa, mas, nenhum deles
tem efetivamente vinte cooperados atuantes, como exige a legislação brasileira
de cooperativismo. Três estão registrados como associação, mas não possuem
ainda CNPJ. A grande maioria não tem qualquer registro, se estruturando como
grupos familiares, onde membros de uma mesma família se unem para realizar
a produção, ou grupos informais, caso em que os membros se unem por laços
de amizade, ou simplesmente, por necessidade de geração de renda, a
amizade sendo constituída posteriormente, como conseqüência. Alguns grupos
informais (marcados com * asterisco na tabela 1) afirmaram estar em processo
de legalização e registro, a maioria, na forma jurídica de associação.
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40 anos, que necessitam complementar a renda familiar. Na Courosin e na
Confecção e Silk encontram-se trabalhadores mais jovens, alguns arrimos de
família.
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Em relação aos equipamentos para a produção, somam-se 64 máquinas
industriais de costura reta (MICR) disponíveis, distribuídas em 18 (dezoito) dos
20 (vinte) empreendimentos. Mas somente quatro empreendimentos têm mais
de cinco máquinas deste tipo: COONARTE (8 MICR), COUROSIN (10 MICR),
Confecção e Silk (15 MICR), e Ateliê Arte da Serra (8 MICR). O
empreendimento Colchas D’Antiga tem 4 máquinas industrial de costura reta e
os demais empreendimentos variam entre duas e uma máquina deste tipo.
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comercialização, constituindo-se, portanto, ferramenta estratégica de trabalho.
Estes, inclusive, recorrem a lan houses quando necessitam deste acesso.
EES/ 1 2 3 4 5 6 7 8* 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Tot.
Equipamentos
Máquina industrial 6 10 15 1 2 1 2 NI 1 1 2 4 2 2 2 2 2 1 8
costura reta
64
Overlock 3 1 1 1 1 1 NI 1 1 1 2 2 1 2 1 1 3 1
24
Interlock 1 2 NI 1 1
5
Mesa de corte 1 1 1 1 1 NI 1 1 1 1 1 1 1 1
13
Máquina de corte 1 2 NI 1 1 1 1 1
industrial
8
Ferro de passar 1 NI 1 1 1 1 2 1 1
industrial
9
Galoneira 2 1 1 NI 1 1 1 1 1 1 1
11
Zig Zag industrial 2 NI 1 1
4
Máquina de Kilt 1 NI
1
Pespontadeira NI
0
Máquina de tecer NI 3
3
Máquina de pregar NI 1 1
botão
2
Máquina de casear NI
0
Máquina ponto NI
cadeia
0
Máquina de 2 6 3 NI 1 1 1 3
costura doméstica
17
Máquina de botão NI 1 1
de pressão
2
Balcão para 1 NI
acabamento
1
Prancha de passar 1 NI 1 1 1 1 1
6
Manequim 3 NI 4 1
8
Computador 2 1 1 1 NI 1 1
7
Telefone 1 1 1 1 1 1 1 NI 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
19
Tabela 2 – Distribuição dos equipamentos disponíveis dentre os EES Visitados (os números na
primeira linha referem-se aos empreendimentos, conforme tabela 1)
* Pelas razões expostas no relatório individual de visita não se levantaram informações mais detalhadas
sobre o Grupo União.
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Por serem em sua maioria não formalizados, os empreendimentos não
passaram por qualquer processo de licenciamento ambiental. Entretanto,
suas operações não podem ser consideradas poluentes ou de risco. A maioria
dos resíduos que geram são reutilizados na produção de artesanato nos
próprios empreendimentos, ou em outros empreendimentos solidários que os
recebem em doação. O restante dos resíduos gerados são descartados no
sistema de coleta de resíduos sólidos da cidade de Belo Horizonte, sendo
devidamente destinados a aterros sanitários.
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Em 11 (onze) dos empreendimentos as associadas passaram por capacitação
em corte e costura, mas em apenas 3 (três) deles há pessoas que foram
capacitadas por meio de curso específico de modelagem, apesar de 7 (sete)
dos grupos produzirem artigos de moda feminina. Entretanto, esse fato
também explica porque a maioria dos grupos atua em trabalhos de facção (7
grupos) e/ou fabricando utilidades domésticas (5 grupos), ou ainda peças de
artesanato tais como tapetes, bolsas e camisetas artesanais (mais 3 grupos).
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No tocante aos processos de gestão, em todos os empreendimentos a
decisão do que produzir é tomada em conjunto com os produtores, embora, na
maioria dos casos uma ou duas associadas sejam responsáveis pelos contatos
mais externos ao grupo, como participação em reuniões para discussão de
espaço em feiras, vendas, compras de matéria prima, etc. Embora essas
pessoas acabem exercendo papéis de coordenação do grupo, atuam também
na produção e compartilham todas as decisões a serem tomadas.
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Para os termos técnicos aqui descritos ver a seção Glossário, deste relatório.
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da Av. Afonso Pena, locais em que a participação depende de licitação e
significa o pagamento de aluguel pela barraca.
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Em relação ao crédito dois grupos já tiveram acesso a crédito (cerca de R$
5.000,00 por empréstimo), tomados junto ao extinto BanPop, os quais foram
utilizados para compra de equipamentos. Muitos, apesar de necessitarem de
capital de giro e recursos para investimento em infra-estrutura e equipamentos
evitam acessar os canais formais de crédito, por temerem não conseguir arcar
com a dívida. Nenhum empreendimento recebeu doação substancial em
dinheiro, alguns receberam doações de equipamentos e cessão de uso em
espaços, e outros em forma de outros materiais tais como etiquetas, cartões de
visita e matérias primas.
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Cursos demandados Empreendimentos demandantes
Corte e costura Coonarte, Confecção e Silk, Meninas do Cafezal, Grupo
da Fátima, Grupo da Tita, Courosin, Manuarte
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Equipamentos demandados Empreendimentos demandantes
Acesso a internet Ponto Mágico
Pespontadeira Entrelaços, Confecção e Silk, Coonarte
Caseadeira Coonarte
Máquina de virar gola Coonarte
Máquina de bater botão Coonarte
Máquina de bordar Coonarte
Máquina de passar elástico Grupo Fátima
Máquina de passar viés Grupo Fátima
Máquina de costura reta Arte na Pele
Ferro industrial Arte na Pele
Disco de corte Arte na Pele
Tabela 5 – Demanda de equipamentos dos EES de confecção visitados
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previdência social ou constituir fundos de saúde e de educação, o que alimenta
o círculo vicioso de dificuldades que vivem esses empreendimentos.
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No campo que denominaremos de macro-fatores da sustentabilidade, ou seja,
relacionado ao ambiente de atuação – setor econômico, região geográfica, etc.
- encontram-se uma grande quantidade de demandas tais como o provimento
de infra-estrutura, qualificação de mão de obra, disponibilização de recursos
financeiros, e outras, exigidas continuamente pelas empresas ao Estado para
criar um ambiente que lhes seja favorável na economia capitalista. Tais macro-
fatores permeiam os debates sobre economia e estratégias de
desenvolvimento onde se ressaltam as “externalidades” do sistema.
2
A Rede CATAUNIDOS constituída por associações de catadores de materiais recicláveis de Minas Gerais, que se juntaram para
construir uma fábrica de pelletização de plásticos, é um exemplo de rede constituída para ampliação do acesso a tecnologia permitindo
uma atuação em patamares superiores da cadeia de valor e a rede Justa Trama, onde produtores de algodão e de produtos de algodão
(tecidos, camisas,etc) formaram uma cadeia solidária é um exemplo onde predomina a integração na cadeia de suprimentos, com as
vantagens obtidas sendo distribuídas aos diversos elos da cadeia.
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Assim como existem políticas públicas, nas três esferas de governo, que
incentivam a economia tradicional, é necessário se criar e implementar políticas
que garantam efetivamente condições adequadas de acesso à crédito e outros
mecanismos de financiamento, construídas em arcabouços legais cabíveis a
estes empreendimentos, com a instituição de mecanismos de aval solidário, e
de patamares reduzidos de remuneração do capital. O que sugere a
necessidade de ampliação de instituições de crédito solidárias e de micro
crédito, em que o sistema de aval se dê por meio de outras garantias que não
bens móveis e imóveis (garantias solidárias, do tipo empregadas no Banco
Palmas ou Grameen e que eram utilizadas pelo BanPop), ampliando-se
também os valores limites para o micro crédito.
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Fonte : IPT, 1992
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Outra possibilidade, seria a associação de alguns empreendimentos a
produtores de roupas em massa, para prestação de serviços de facção, em
bases justas. Neste caso, cabe ao articulador a capacidade de fortalecer o elo
mais fraco desta corrente, em troca da garantia de qualidade do trabalho,
regularidade de entrega e escala de produção oferecida pelos grupos
produtivos mobilizados.
Uma terceira maneira, dentre outras que ainda poderiam ser criadas, seria a
criação de canais próprios de comercialização, lojas em locais onde os
produtos dos EES pudessem ser acessados por públicos de poder aquisitivo
adequado à faixa de preços dos produtos, tais como em aeroportos e
shoppings especializados em produtos para casa, que receberiam incentivos
fiscais para abrigar lojas deste tipo, ou simplesmente poderia aderir à idéia,
como ação de responsabilidade sócio ambiental empresarial. A experiência
positiva relatada da loja criada pela ONG APRECIA para os grupos que
apoiava, reforça a possibilidade de sucesso desta alternativa.
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clientes e fornecedores, há que se avaliar melhor se a alternativa adequada
será prover a formalização dos grupos individualmente. Pois os custos deste
processo e de manutenção da legalização podem inviabilizar a sustentabilidade
dos empreendimentos no curto e médio prazo. Uma possibilidade seria a
ANEFS oferecer este serviço aos empreendimentos, em bases a serem
avaliadas e discutidas em conjunto com estes, pois, ao que parece tal atividade
seria compatível com a missão da Agência. Outra possibilidade seria a
constituição de uma cooperativa de segundo grau que aglutinasse os grupos.
Entretanto essa solução demanda mais tempo, pois a constituição de
cooperativas sustentáveis requer processos, na maioria das vezes, longos de
mobilização e maturação da proposta.
Por último, mas não menos importante, ao nível dos micro-fatores, internos
aos empreendimentos, a produtividade, e, portanto, as condições de
sustentabilidade podem ser ampliadas melhorando-se os processos de
trabalho e produção. Estudos de layouts, aprimoramento de técnicas de
produção, emprego de fichas técnicas de produtos, de linhas de montagem e
células de fabricação são algumas das ferramentas a serem empregadas, a
partir da realidade e da necessidade de cada um dos empreendimentos, e
dependendo do tipo de produto a ser fabricado.
Implementar essas ações requer, ainda, ter em mente que, nesse tipo de
produção alternativa adquirem importância dinâmicas não econômicas –
culturais, sociais, afetivas e políticas, tanto na decisão de se empreender
quanto no sucesso dos empreendimentos. Por isso, são necessários novos
critérios, gradualistas e inclusivos, para se avaliar o êxito ou o fracasso dessas
alternativas econômicas, tendo como base não os indicadores tradicionalmente
utilizados, mas estudos da economia das comunidades e da práxis, uma vez
que o que comumente é visto como fracasso para a economia neoclássica,
42
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muitas vezes, é considerado sucesso por aqueles que o vivencia,
recomendando-se a continuidade e o fomento destes projetos.
3
O engajamento, comprometimento e motivação dos trabalhadores também é fator importante nos resultados da empresa capitalista
tradicional, porém, não costuma ser o centro das preocupações quando do projeto de trabalho, uma vez que a lógica predominante é a
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Neste sentido, justifica-se o emprego de técnicas participativas na organização
e gerenciamento dos EES, não só para o relato e o diagnóstico de determinada
situação, mas, também, para a reflexão sobre o que poderia ser melhorado na
visão do grupo. Considerando ainda que o caráter multidimensional dos
objetivos dos EES deve ser o ponto de referência, o guia de ação e o
parâmetro de avaliação, técnicas de diagnóstico e planejamento participativos
devem ser aplicadas na definição e compreensão coletiva de objetivos a partir
dos quais os critérios de eficiência, e, portanto, a forma de concretizá-los
poderão ser definidos tendo como base o saber científico.
que considera o trabalhador obrigado a se adaptar àquele projeto técnico considerado o mais adequado aos objetivos da empresa uma
vez que definido cientificamente com base em uma tecnologia reconhecidamente adequada para tal fim.
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A lista, além de extensa, apresenta uma separação de itens que é
simplesmente formal, posto que todos se inter-relacionam já que uma
organização produtiva não pode ser vista de outra maneira senão de forma
sistêmica. Acostumados a lançarmos mão do método cartesiano de análise
como forma privilegiada de solução de problemas, certamente não teríamos
dificuldades de solucionar os problemas individualmente. Porém, tal método
não nos auxilia a resolver as interdependências entre cada item, o que
aumenta, sobremaneira, a complexidade da situação.
Por fim, cabe à ANEFS viabilizar, por meios próprios ou por meio de
articulações com instituições públicas e privadas, a assistência técnica de
diversos tipos necessária à construção e fortalecimento da sustentabilidade
dos empreendimentos da Economia Solidária.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Instrumentos. Porto Alegre:Tomo Editorial. 2001.
DIONNE, Hughes (tradução Michel Thiollent).A Pesquisa-ação para o
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DRUMOND,Maria A.Manejo adaptativo do minhocuçu Rhinodrilus alatus.
2008. Tese (Doutorado em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre).
ICB, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 2008.
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DRUMOND, Maria A. Participação comunitária no manejo de unidades de
conservação. Manual de técnicas e ferramentas. Cd-rom. Instituto Terra
Brasilis. BH. 2002
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atores e vice-versa. In: THIOLLENT, M. (org.) Pesquisa-ação e projeto
cooperativo na perspectiva de Henri Desroche.São Carlos,SP: EdUFSCar,
2006 .p.33-68.
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Regional Sustentável do Banco do Brasil – Relatório Final Projeto de
Cooperação Técnica IICA/Fundação Banco do Brasil. 2009.34f. Relatório
Técnico. Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura,Brasília,
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LIMA, Francisco de Paula Antunes. Ergonomia. Apostila do Curso de
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Engenharia de Produção /Fundação Christiano Otoni /Escola de Engenharia
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POLANYI, Karl A grande transformação. RJ: Ed. Campus. 1988.
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2008. 239f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção). COPPE,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2008.
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RUTKOWSKI, Jacqueline E., TORIBIO, N.B., DAMASCENO, Josiana P.,
Interação Engenharia de Produção e comunidade: uma proposta metodológica
ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Anais.....Curitiba. 2002.
THIOLLENT, Michel. Pesquisa-Ação nas Organizações. SP : Editora Atlas,
1997.
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ANEXO I
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ANEXO II
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Roteiro orientador para diagnóstico situacional
Empreendimentos Econômicos Solidários
Setor: Confecção
Identificação do Empreendimento:
NOME:_______________________________________________________________
TEL.: _____________
EMAIL:_______________________________________________
N. Membros: _______ N. homens____ N. Mulheres_____
Forma Jurídica: ___Coop.___Assoc.____Grup. Inf.____Emp.Aut. ___Outros
Qual?_________
Local de funcionamento: ___Próprio___Cedido___Alugado
Data de criação do empreendimento:_________
Produtos e quantidades mensais de cada produto
_______________________________
DATA DA ENTREVISTA: __________
1- Insumos
1.1 Os insumos necessários ao processo produtivo são comprados em BH? Não___
Onde? ______________________ Sim___ Qual(is)?________________
1.2 Há dificuldades de obtenção de insumos? Não___ Sim___
Qual(is)?________________Por que?________________
1.3 Como são escolhidos os fornecedores de insumos?___Preço __Proximidade
__Outro
Qual(is)?________________
1.4 Que impactos sobre o meio ambiente são gerados pela utilização dos
insumos?_________ Quais ações adotadas para minimizá-los ou eliminá-los?
__________________________________________
2- Produção
2.1 Quantas pessoas participa na produção?____Qual a relação delas com o
empreendimento? ___trabalhador informal ___assalariado___ autônomo___
cooperado
___associado__ outro(especificar)________________
2.2 Na maioria das vezes a produção é:___ continuada ___ por encomenda
2.3 Que produto gera maior renda? Há outras fontes de renda que não a produção?
2.4 As práticas de produção utilizadas possibilitam uma produtividade satisfatória?
Não___ Sim___ Por que?________________
Qual mudança poderia ser feita na produção (corte, costura, montagem, tingimento,
colocação acessórios, arremate, embalagem, armazenagem) que possibilite melhorar
a
produtividade?
2.5 Para definir o que e como produzir busca-se alguma informação? Não___ Por
quê?_____________________Sim___ Quais?________________
2.6 Qual o destino dado aos resíduos da produção? Quais ações são adotadas para
minimizar o impacto dos resíduos no meio ambiente?
_________________________________________________
2.7 Há problemas relacionados aos direitos e à saúde dos trabalhadores associados à
produção?____Não___ Sim ___ Quais?_________ Quais ações são adotadas para
minimizá-los ou eliminá-los?
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Existem problemas trabalhistas? ____Não___ Sim ___ Quais?_________ Quais
ações
são adotadas para minimizá-los ou eliminá-los?
2.8 Há dificuldades na produção relacionadas à infra-estrutura (energia, instalações
elétricas adequadas, abastecimento de água, saneamento, transporte pessoal,
transporte mercadoria ou matéria prima, armazenagem da produção, comunicação,
maquinário, espaço físico)?____Não___Sim. Quais?_______________________
2.9 Contrata fora alguma parte da produção?____Não___ Sim
____Corte___Costura____Tingimento___Colocação de
acessórios___Arremate___Outro
Quais?_________ Por que?________________
2.10 Há demandas de capacitação relativas à produção? ____ Sim. Quais? _____Não
2.11 Já foram realizadas capacitações para os membros do empreendimento em
relação
aos processos produtivos? ____ Não. _____ Sim. Quais?____________
2.12 Quais contribuições e resultados que as capacitações proporcionaram para a
melhoria das práticas de produção?
2.12 Utilizam práticas de planejamento e controle do processo produtivo? Sim____
Quais?_______________________ Não___ Por que?_______________________
2.13 Houve a incorporação de alguma técnica/ tecnologia nova nas práticas de
produção
ultimamente? ____ Sim. _____Não Quais?______________ Há possibilidade de
incorporar outras?________________________
2.14 Há algum controle e registro da quantidade e tipo de produto fabricado? Sim____
Quais?_______________________ Não___ Por que?_______________________
2.15 Há controle e registro de peças defeituosas?Sim____
Quais?_______________________ Não___ Por que?_______________________
2.16 Alguma fiscalização dos órgãos trabalhistas, de saúde, sanitários, etc. nas
estruturas/instalações onde são feitos os produtos apontou algum problema?
____Não___ Sim ___ Quais?_________ Quais ações foram adotadas para minimizá-
los ou eliminá-los?
2.17 Os produtores são consultados quando há necessidade de mudanças na
produção?
Como isto se dá?
2.18 Avanços e dificuldades na produção.
3. Comercialização
3.1 Quem são seus principais clientes?___________________________________
3.2 As exigências de qualidade os compradores são atendidas?(tamanho/ tipo de
embalagem, tamanho de lote, especificações de materiais, especificações de
qualidade, regularidade, outros) ____Sim _____Não .Por que?_________
3.3 Que melhoria é realizada nos produtos para agregar valor? (embalagem, marca,
certificação, materiais especiais, barra de leitura ótica, outros).
3.4 Quais as formas de comercialização (individual, coletiva, para atacadistas, para
varejo, venda direta ao consumidor)?
3.5 Há espaço para crescer nos mercados (local, regional, nacional, internacional)?
Sim_____ Onde?__________Não. _____Por que? __________
3.6 Qual a origem do(s) produto(s) concorrente(s)?A atuação da concorrência limita a
expansão de mercados?
3.7 Como é estabelecido o preço de venda do produto? (Planilha de custo, definido
pelo comprador, pesquisa de mercado, negociação por central de comercialização
ou rede, outros).
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3.8 Há problemas relacionados ao transporte ou distribuição dos produtos que
impeçam atingir outros mercados?____Não___ Sim.
Quais?_______________________
3.9 Há demandas de capacitação relativas às práticas de comercialização ? ____ Sim.
Quais? _____Não
3.10 Já foram realizadas capacitações relativas às práticas de comercialização ? ____
Sim. _____Não Quais?
3.11 Quais contribuições e resultados que as capacitações proporcionaram para a
melhoria das práticas de comercialização?
3.12 Utiliza práticas de planejamento e controle na comercialização? Sim____
Quais?_______________________ Não___ Por que?_______________________
3.13 Houve a incorporação de alguma técnica/ tecnologia nova nas práticas de
comercialização? ____ Sim. _____Não Quais?______________ Há possibilidade
de incorporar outras?________________________
3.14 Avanços e dificuldades na comercialização dos produtos.
Assistência técnica
Para quais etapas da cadeia produtiva (produção,
beneficiamento/processamento, comercialização) existe assistência técnica?
Quais instituições prestam assistência técnica?
Como funciona a assistência técnica oferecida (periodicidade, formas de
repasse:reuniões, visitas, dia de campo,outras)?
Houve a incorporação de alguma técnica inovadora? Quais? Há possibilidade de
incorporar outras?
Existe alguma articulação com instituições (local ou regional) que desenvolvem
atividades de pesquisa e de tecnologia?
Avanços e dificuldades na assistência técnica.
Financiamento e crédito
Já recebeu algum financiamento? Que tipo de crédito? De qual(is) agente
financiador?
Os créditos e recursos disponibilizados contemplam todos elos da cadeia? Quais?
Quais avanços verificados no processo de concessão de crédito?
Quais as principais dificuldades enfrentadas na obtenção do crédito?
Como se dá o acompanhamento e monitoramento dos créditos e recursos
investidos?
Ação de inclusão social
Há necessidade de ações de inclusão social para os membros dos
empreendimentos? Quais? (registro e documentos, Bolsa Família, assistência à
saúde, apoio para moradia, etc?
Há ações deste tipo sendo desenvolvidas? Por quais parceiros?
As ações desenvolvidas atendem a real demanda?
Que outras ações de inclusão social deveriam ser desenvolvidas?
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